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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
(Departamento Técnico e de Produção do Exército / 1946)

PORTARIA Nº 005 - DEC, DE 23 DE JANEIRO DE 2019


EB: 64444.000439/2019-14

Aprova o Caderno de Instrução sobre


Orientações Práticas para Adequação
Ambiental em Organizações Militares.
(EB50-CI-04.006)

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, no


uso das atribuições constantes nos incisos I e III, do art. 3º do Regulamento do Departamento de
Engenharia e Construção (R-155), aprovado pela Portaria nº 891, do Comandante do Exército, de
28 de novembro de 2006 e em conformidade com o parágrafo único do art. 5º, o inciso II do art. 12
e o caput do art. 44, das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB10-IG-
01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011,
resolve:

Art. 1º Aprovar o Caderno de Instrução sobre Orientações Práticas para Adequação


Ambiental em Organizações Militares (EB50-CI-04.006), que será denominado “CAmbEx 1 -
Cartilha Ambiental do Exército - Orientações Práticas para Adequação Ambiental em Organizações
Militares".

Art. 2º Estabelecer que este Caderno de Instrução entre em vigor na data de sua
publicação.

Gen Ex CLAUDIO COSCIA MOURA


Chefe do Departamento de Engenharia e Construção

(Publicado no Boletim do Exército nº ____, de _____ de ______________ de 2019)

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CADERNO DE INSTRUÇÃO SOBRE ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA ADEQUAÇÃO
AMBIENTAL EM ORGANIZAÇÕES MILITARES (EB50-CI-04.006)

ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pág
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação........................................................................................................ 3
1.2 Legislação ambiental no âmbito do Exército Brasileiro........................................ 3

CAPÍTULO II - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL


2.1 Considerações iniciais.......................................................................................... 5
2.2 Desenvolvendo o PGA......................................................................................... 6

CAPÍTULO III - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS


3.1 Considerações iniciais.......................................................................................... 11
3.2 Os diferentes Planos de Gerenciamento de Resíduos........................................ 14
3.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS....................................... 15
3.4 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS............. 20
3.5 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil - PGRCC................ 23

CAPÍTULO IV - CONFORMIDADE AMBIENTAL


4.1 Considerações iniciais.......................................................................................... 25
4.2 Desenvolvendo a Conformidade Ambiental......................................................... 25

GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO - TERMOS E DEFINIÇÕES 31

REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO
1.1.1 Esta cartilha faz parte de um conjunto de documentos elaborados pela Diretoria de
Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA), com o objetivo de orientar e subsidiar o
entendimento e preenchimento dos documentos técnicos que visam a garantir a boa
Gestão Ambiental no Exército Brasileiro.
1.1.2 A boa Gestão Ambiental na Organização Militar (OM) é alcançada ao se cumprir,
dentre outras legislações, as Instruções Gerais (IG 20-10) e as Instruções Reguladoras
(IR 50-20) para o Sistema de Gestão Ambiental no Âmbito do Exército e a Diretriz do
Programa de Conformidade Ambiental do Sistema de Gestão Ambiental do Exército
Brasileiro, Portaria nº 055-DEC (EB50-D-04.007). De acordo com essas referências, todas
as OM devem elaborar e/ou atualizar, anualmente, os seguintes documentos:
1.1.2.1 Plano de Gestão Ambiental (PGA) é um documento que conduz, direciona e
controla os recursos naturais por meio de determinados instrumentos, planejando as
ações ambientais e medidas necessárias para regular as atividades e uniformizar os
procedimentos para a execução da gestão ambiental no âmbito da OM.
1.1.2.2 Plano de Gerenciamento dos Resíduos (PGR) identifica a tipologia e a quantidade
gerada de cada tipo de resíduo, indicando as formas ambientalmente corretas para seu
manejo. Os Inventários de Resíduos podem ser: inventário de resíduos sólidos (PGRS),
inventário de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) ou inventário de resíduos da
construção civil (PGRCC).
1.1.2.3 Conformidade Ambiental verifica e analisa a Gestão Ambiental, monitorando os
requisitos que servem de parâmetros para as boas práticas ambientais.
1.2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
Apresenta-se a seguir uma linha do tempo com os principais marcos ambientais no
âmbito do Exército Brasileiro:

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FIGURA 01 - Legislação ambiental no âmbito do Exército Brasileiro.
Fonte: DPIMA, 2019.
1.2.1 Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro (SIGAEB) é uma “ferramenta”
de apoio ao gerenciamento de toda estrutura do Exército Brasileiro em consonância com

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as questões ambientais, sobretudo com a Política Nacional do Meio Ambiente. O SIGAEB
busca a proteção do meio ambiente em cinco níveis da gestão ambiental:
conscientização, prevenção, preservação, recuperação e cooperação. É um sistema que
precisa ser atualizado permanentemente, o que é um requisito fundamental do processo
de melhoria contínua, previsto no próprio Sistema.

CAPÍTULO II
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


2.1.1 O “Plano de Gestão Ambiental” (PGA) faz parte de um esforço integrado e contínuo
na busca pela excelência ambiental e da melhoria contínua, com vista a um
desenvolvimento sustentável. Um dos principais itens neste documento é a identificação
dos impactos ambientais mais significativos e/ou relevantes, apresentando metas,
medidas de controle e cronograma de execução, que visam monitorar ou mitigar o
aspecto levantado.
2.1.2 É o principal instrumento para o aperfeiçoamento do controle ambiental das
atividades militares, previsto no Planejamento Estratégico do Exército (PEEx). Dentro do
ciclo PDCA, o Plano de Gestão Ambiental faz parte do primeiro passo, Plan, realizando o
planejamento com objetivos e metas alcançáveis dos passivos ambientais existentes na
OM.
2.1.3 O PGA é o grande "guarda-chuva" da gestão do meio ambiente da OM, enquanto o
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos (PGRS), o Plano de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) e o Plano de Gerenciamento dos Resíduos da
Construção Civil (PGRCC) servem como anexo do primeiro. No entanto, os Planos de
Gerenciamento não podem ser desenvolvidos sem o Plano de Gestão Ambiental.
2.1.4 Conforme a Portaria nº 050-EME, de 11 de julho de 2003, os Órgãos de Direção
Setorial (ODS) deverão realizar anualmente a revisão do Plano Básico de Gestão
Ambiental, adequando-o à nova realidade e atualizando-o, principalmente, quanto às
metas propostas.

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2.2 DESENVOLVENDO O PGA
2.2.1 Desenvolvendo o PGA: Seguem relacionados, os tópicos mínimos que deverão
ser abordados e estar presentes no Plano de Gestão Ambiental da OM.
2.2.2 FINALIDADE
- Inserir a finalidade do Plano de Gestão Ambiental no âmbito da OM. Deverá estar
alinhada com os Objetivos Estratégicos Organizacionais (OEO) do EB, com o Plano de
Gestão Ambiental da RM/Gpt E e o resultado do "Diagnóstico/Conformidade Ambiental".
2.2.2 REFERÊNCIAS
- Inserir as legislações, portarias, cartilhas DPIMA, dentre outros documentos utilizados na
elaboração do PGA da OM.
2.2.3 OBJETIVO GERAL
- Apresentar o objetivo geral do PGA. Esse é tratado no seu sentido mais amplo, fazendo
menção à finalidade de forma direta. Inicia-se com o verbo no infinitivo, complementando
com o intuito principal do documento, e finaliza-se identificando o local. Como exemplo:
"Definir as ações e as medidas necessárias para regular as atividades e padronizar os
procedimentos que deverão ser adotados para a execução do Plano de Gestão Ambiental na
OM, de maneira a adequar a realização das atividades administrativas, logísticas e de preparo
e emprego da OM às leis ambientais vigentes."
2.2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar os objetivos específicos do PGA. Esses apresentam de forma detalhada o
que se pretende alcançar com o PGA, estabelecendo as particularidades da temática
trabalhada. Normalmente apresenta-se em forma a compreender o desenrolar do
documento, iniciando sempre com o verbo no infinitivo. Como sugestões:
"a. estabelecer os procedimentos ambientais adotados pela OM.
b. disseminar a conscientização socioambiental na OM.
c. proporcionar a capacitação e o treinamento de recursos humanos em gestão ambiental e
gerenciamento de resíduos.
d. buscar parcerias para a correta coleta dos resíduos gerados pela OM.
e. implantar a A3P na OM."
2.2.5 CARACTERIZAÇÃO DA OM
- Caracterizar o funcionamento da OM, preencher a tabela dada como exemplo e inserir
mapa com a localização geográfica da OM (campos de instrução, APP, etc.) e das
instalações que impactam a adequada gestão do ambiente (P Distr Cl III, rancho, ETE,
poços profundos, caçambas, etc.).

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Nome da OM:
Endereço:
Município / Estado: CEP:
Telefone(s):
Subordinação:
Composição do Oficiais Generais:
quadro pessoal: Oficiais:
Subtenentes/Sargentos:
Cabos/Soldados:
Servidores Civis:
Total:
FIGURA 02 - Caracterização da OM.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.5.1 Quadro de Atividades
- Apresentar as principais atividades e estruturas operacionais, logísticas e administrativas
desenvolvidas, bem como sua interação com os aspectos naturais do ambiente que
integra, detalhando-os sumariamente, alinhados à Diretriz Ambiental do C Mil A.
Identificar também as atividades e empreendimentos submetidos a licenciamento
ambiental.

Gera impacto no
Qual a consequência desse
Atividades realizadas na OM meio ambiente?
impacto?
Sim / Não
Abastecimento de viaturas em
Posto de Abastecimento, Sim Derramamento de óleo
Lavagem e Lubrificação (PALL)
Abastecimento de água a partir Possibilidade de contaminação do
Sim
de poços profundos lençol freático
(...) (...) (...)
FIGURA 03 - Quadro de atividades.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.6 CATEGORIA DE SEVERIDADE
- Preencher a tabela com os indicadores de desempenho para cada atividade da OM que
gera impacto no meio ambiente, visando monitorar as ações ambientais em
desenvolvimento que devem ser controladas periodicamente. Para as categorias de
severidade, utilizam-se os seguintes indicadores:

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Categorias de Severidade

Situação Frequência Abrangência

• 1 - Não Rotineira • 1 - Esporádico • 1 - Pontual


• 2 - Rotineira • 2 - Cíclico • 2 - Local
• 3 - Emergencial • 3 - Contínuo • 3 - Regional

O somatório da pontuação verificará a severidade da atividade da OM:


3 e 4 pontos: prioridade baixa.
5 e 6 pontos: prioridade média.
7 a 9 pontos: prioridade alta.
FIGURA 04 - Categoria de severidade.
severidade
Fonte: DPIMA, 2019.

Impacto ambiental gerado Categoria de severidade


pelas atividades realizadas
ealizadas Prioridade
Situação Frequência Abrangência Soma
na OM
Derramamento de óleo 3 1 1 5 Média
Possibilidade de
contaminação do lençol 3 3 2 8 Alta
freático
(...) (...) (...) (...) (...) (...)
Legenda: Situação - 1 Não Rotineira, 2 Rotineira, 3 Emergencial. Frequência - 1 Esporádico, 2
Cíclico, 3 Contínuo. Abrangência - 1 Pontual, 2 Local, 3 Regional.
FIGURA 05 - Impacto ambiental gerado pelas atividades realizadas
real na OM.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.7 OBJETIVOS, METAS E AÇÕES A REALIZAR
- Preencher a tabela de acordo com as atividades desenvolvidas pela OM para a gestão
ambiental.

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Objetivos Meta Ação Responsável
Realizar levantamento e
Uso racional de monitorar, periodicamente,
Reduzir em 10% do
recursos a situação das instalações Fiscal
consumo de água no
naturais e bens hidráulicas e propor Administrativo
prazo de 12 meses
públicos alterações necessárias
para redução do consumo.
Gestão Disponibilizar coletores
Instituir a separação de Oficial de
adequada dos identificados nos setores e
resíduos nas seções no Controle
resíduos destinação adequada dos
prazo de 12 meses Ambiental
gerados resíduos
Inserir nos processos
licitatórios os critérios de
sustentabilidade Capacitar o pessoal da
constantes do guia Seção de Aquisição,
Licitações Fiscal
nacional das licitações Licitações e Contratos-
Sustentáveis Administrativo
sustentáveis da SALC em licitações
Controladoria Geral da sustentáveis
União (CGU) no prazo de
12 meses
(...) (...) (...) (...)
FIGURA 06 - Objetivos, metas e ações a realizar.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.8 INDICADORES DE DESEMPENHO
- Preencher a tabela com os indicadores de desempenho para cada meta da OM, visando
monitorar as ações ambientais em desenvolvimento que devem ser controlados
periodicamente.

Objetivos Metas Indicador de desempenho


Reduzir em 10% do Volume de água utilizada
consumo de água no Quantidade de m3
prazo de 12 meses Mensal e anual
Reduzir em 10% o
Consumo de energia elétrica
consumo de energia
Quantidade de kwh consumidos
elétrica no prazo de 12
Mensal e anual
Uso racional de meses
recursos naturais Consumo mensal de papel branco (clorado)
Reduzir em 10% o
e bens públicos Quantidade (unidades) de folhas de papel
consumo de papel no
branco utilizadas
prazo de 12 meses
Mensal e anual
Reduzir em 20% o Consumo de copos de 200 ml descartáveis
consumo de copos Quantidade (unidades) de copos
descartáveis no prazo de descartáveis de 200 ml utilizados
12 meses Mensal e anual
Reciclagem de papel
Gestão adequada Instituir a separação de
Quantidade (Kg) de papel destinado à
dos resíduos resíduos nas seções no
reciclagem
gerados prazo de 12 meses
Mensal e anual
(...) (...) (...)
FIGURA 07 - Indicadores de desempenho.
Fonte: DPIMA, 2019.
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2.2.9 PRIORIDADES E RECURSOS NECESSÁRIOS
- Preencher a tabela com a priorização das metas da OM, levantando os recursos
necessários para a implementação das ações ambientais, visando subsidiar gestões junto
ao Escalão Superior, especialmente, através do Sistema de Gestão do Patrimônio
Imobiliário e Meio Ambiente (SIGPIMA).

Prioridades Recursos
1. Reduzir em 10% o consumo de energia elétrica no prazo de 12
Isento
meses
2. Reduzir em 10% do consumo de água no prazo de 12 meses Isento
3. Inserir nos processos licitatórios os critérios de sustentabilidade
constantes do guia nacional das licitações sustentáveis da Isento
Controladoria Geral da União (CGU) no prazo de 12 meses
4. Instituir a separação de resíduos nas seções no prazo de 12 meses R$ 30.000,00
5. Reduzir em 10% o consumo de papel no prazo de 12 meses Isento
(...) (...)
FIGURA 08 - Prioridades e recursos necessários.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
- Elaborar um cronograma para a implementação das ações ambientais da OM.

2019
Metas

AGO
MAR

NOV
ABR

OUT
JAN

JUN

DEZ
FEV

SET
JUL
MAI

1. Reduzir em 10% o consumo de energia


elétrica no prazo de 12 meses
2. Reduzir em 10% do consumo de água
no prazo de 12 meses
3. Inserir nos processos licitatórios os
critérios de sustentabilidade constantes do
guia nacional das licitações sustentáveis da
Controladoria Geral da União (CGU) no
prazo de 12 meses
4. Instituir a separação de resíduos nas
seções no prazo de 12 meses
5. Reduzir em 10% o consumo de papel no
prazo de 12 meses
(...)
Legenda: as cores de cada meta se referem ao objetivo que ela pertence, conforme tabela do item 8.
Conscientizar os recursos humanos da OM quanto às boas práticas ambientais
Adquirir produtos e serviços de forma a promover a sustentabilidade ambiental
FIGURA 09 - Cronograma de atividades
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.11 RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES
- Publicar em BI as responsabilidades e/ou atribuições do(s) militar(es) responsável(is)
pela Gestão Ambiental da OM, conforme quadro do item 7.

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2.2.12 PARCERIAS
- Viabilizar, junto a órgãos públicos e privados, parcerias para execução de projetos
ambientais, cursos de capacitação e estágios, visando à conservação do ambiente e à
formação e treinamento dos militares ligados às atividades de meio ambiente.

Instituição Finalidade Vigência Responsável Contato


Serviços de
desinsetização,
desratização e FEV 18 até
Bug defender João da Silva (00) 0000-0000
descupinização em FEV 19
ambientes internos e
externos
Cooperativa de
Catadores de Recolhimento dos AGO 18 até
Maria de Souza (00) 0000-0000
Materiais resíduos AGO 19
Recicláveis
(...) (...) (...) (...) (...)
FIGURA 10 - Parcerias.
Fonte: DPIMA, 2019.
2.2.13 ANEXOS
- Incluir anexos relacionados a gestão ambiental da OM.
"A - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) ou Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil (PGRCC).
B - Relatórios de Diagnóstico e Conformidade Ambiental realizados.
C - Projetos ambientais em desenvolvimento.
D - Plano de Prevenção e Combate a Incêndio.
E - Outros."

CAPÍTULO III
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


3.1.1 O gerenciamento de resíduos consiste no conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, voltadas ao manejo adequado desses, envolvendo aspectos técnicos e
operacionais. Devem estar em consonância com a legislação e com as boas práticas
ambientais, visando o princípio da não geração e/ou minimização da geração desses
resíduos, por meio da conscientização dos impactos e riscos envolvidos no manejo e
descarte inadequados.

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3.1.2 Dessa forma, o Plano de Gerenciamento de Resíduos é um documento que visa
orientar sobre o correto manejo dos resíduos, observadas as suas características e riscos.
Assim, esse documento contempla os aspectos referentes à geração, segregação,
segrega
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação dos
resíduos.
3.1.3 Com a finalidade de auxiliar o entendimento sobre as etapas que constitui o
processo gerenciamento dos resíduos, apresenta-se
apresenta se o fluxograma a seguir.

A gestão adequada dos resíduos sólidos de uma OM reduz os custos e pode proporcionar que
o resíduo sólido seja tratado como “recurso
“ sólido”.

Resíduo
Gestão
adequada $$
FIGURA 11 - Gestão de resíduos.
Fonte: DPIMA, 2019.

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Fluxo dos Resíduos

FIGURA 12 - Fluxo dos resíduos.


Fonte: DPIMA, 2019.

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Conceituação das etapas do fluxo
Etapa Descrição
Separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de
Segregação acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu
estado físico e os riscos envolvidos.
Embalo dos resíduos segregados, em sacos ou recipientes que
evitem vazamentos e resistam às ações de ruptura. A capacidade
Acondicionamento
dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a
geração diária de cada tipo de resíduo.
Traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado
Transporte interno ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a
finalidade de apresentação para a coleta.
Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando
agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
Armazenamento deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à
temporário apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito
armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre
o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes
de acondicionamento.
Aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
Tratamento interno eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou
de dano ao meio ambiente. Ex.: compostagem, autoclavagem e
reciclagem.
Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de
Armazenamento
transporte externo, em ambiente exclusivo com acesso facilitado
externo
para os veículos coletores.
Remoção dos resíduos do armazenamento externo até a
destinação final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação
Transporte externos das condições de acondicionamento e a integridade dos
trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de
acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou
Destinação final outras destinações, entre elas a disposição final, observando
normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos
à saúde
FIGURA 13 - Conceituação das etapas do fluxo.
Fonte: DPIMA, 2019.
3.2 OS DIFERENTES PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
3.2.1 De acordo com o tipo de resíduo, é elaborado um Plano de Gerenciamento de
Resíduos específico. Essa cartilha abordará o Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS), elaborado para as OM em geral, o Plano de Gerenciamento de Resíduos
do Serviço de Saúde (PGRSS), elaborado para as Organizações Militares de Saúde
(OMS), e o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC),
elaborado em situação específica, quando a OM é responsável por alguma obra.

14/39
Plano de
Gerenciamento
de Resíduos
Sólidos
(PGRS)

Plano de
Gerenciamento
de Resíduos

Plano de
Plano de
Gerenciamento
Gerenciamento
de Resíduos do
de Resíduos de
Serviço de
Construção Civil
Saúde
(PGRCC)
(PGRSS)

FIGURA 14 - Os diferentes planos de gerenciamento de resíduos.


Fonte: DPIMA, 2019
3.3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS
3.3.1 O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é o documento que visa orientar
sobre o correto manejo dos resíduos sólidos. Deve ser elaborado para as OM em geral.
Assim, com o intuito de facilitar a seleção do local para a correta destinação final do
resíduo sólido gerado, adota-se, para a presente cartilha, a seguinte classificação:

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Classificação dos Resíduos Sólidos
CLASSE Perigoso
Pilhas; baterias; lâmpadas; cartucho de tinta; tonner; embalagens de
agrotóxicos, combustíveis, produtos químicos e de veneno; resíduos
contaminados
minados por amianto; óleo lubrificante usado ou contaminado; fluido e
óleo hidráulico usado; óleos usados em isolamento elétrico, térmico ou de
refrigeração; e explosivos.
CLASSE Reciclável
Papel: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, papelão, cartões,
envelopes e folhetos; Alumínio: latas de alumínio, latas de aço (óleo,
sardinha, molho de tomate), ferragens, canos e arames; Plástico: potes de
alimentos; PET; garrafas; recipientes de limpeza; PVC, sacos plásticos e
copos; Vidro: potes, copos, garrafas
g e embalagens de alimentos.
CLASSE Não reciclável
Papel higiênico, adesivos, papel carbono, fotografias, metalizados, papéis
engordurados, clipes, grampos, esponja de aço, tomadas, acrílicos, espuma,
espelho, cerâmica e porcelana.
CLASSE Orgânico
Restos de alimentos e materiais de poda e jardinagem.

CLASSE Infectante
Ver os exemplos na tabela de classificação de resíduos de serviço de saúde.

CLASSE Perfurocortante
Ver os exemplos na tabela de classificação de resíduos de serviço de saúde.

CLASSE Construção civil


Ver os exemplos na tabela de classificação de resíduos de construção civil.

FIGURA 15 - Classificação dos Resíduos Sólidos.


Sólidos
Fonte: DPIMA, 2019.
3.3.2 Os resíduoss perigosos podem ser acondicionados de diferentes maneiras, por
exemplo:

Forma de Acondicionamento Pilhas e baterias Óleo lubrificante usado

Resíduos Perigosos

FIGURA 16 - Forma de acondicionamento.


Fonte: DPIMA, 2019.

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3.3.3 DESENVOLVENDO O PGRS
- Seguem relacionados, os tópicos mínimos que deverão ser abordados e estar
presentes no Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos da OM.
3.3.3.1 Introdução
- Apresentar a importância do tema no âmbito geral. É importante enfatizar os
procedimentos a serem adotados para a elaboração do Plano de Gerenciamento dos
Resíduos Sólidos nas Organizações Militares do Exército Brasileiro.
Salienta-se que o PGRS se baseia no princípio da não geração e/ou minimização dos
resíduos sólidos. Logo, sugere-se enfatizar que este PGRS tenha como diretrizes:
"repensar os procedimentos adotados.
recusar o consumo exagerado.
reduzir a geração de resíduos.
reutilizar materiais.
reciclar resíduos.
promover o acondicionamento e a destinação correta."
3.3.3.2 Referências
- Inserir as legislações, portarias, cartilhas e outros documentos utilizados na elaboração
do PGRS da OM.
3.3.3.3 Objetivo geral
- Descrever o objetivo geral do PGRS. Vale ressaltar o mesmo conceito apresentado
neste documento sobre o objetivo geral do PGA. Como exemplo:
"Apresentar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para as atividades
desenvolvidas na OM, de forma que se tenha um diagnóstico da situação atual da geração,
segregação, acondicionamento, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos."
3.3.3.4 Objetivos específicos
- Enumerar os resultados específicos que podem ser alcançados no contexto do objetivo
geral, para a execução do PGRS. Como sugestão:
"a. auxiliar no diagnóstico ambiental da OM a fim de propor melhorias e adequação às normas
vigentes.
b. organizar as ações internas da OM e de seus colaboradores para a adequada gestão
ambiental estabelecendo procedimentos técnicos e de boas práticas a serem adotadas para
atendimento à legislação ambiental."
3.3.3.5 Inventário de resíduos
- Inserir o levantamento dos resíduos sólidos gerados na OM e sua situação atual. O
inventário de resíduos é uma importante ferramenta de gestão. Por meio dele é possível
obter todas as informações dos resíduos gerados em determinada OM, a real situação
desde sua origem até a destinação final. Seguem algumas orientações para facilitar o
preenchimento do Inventário de Resíduos.

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"Preencha os espaços previstos para as respostas de acordo com as especificações de cada
tópico.
Preencha os dados de acordo com a situação real da OM.
Lembre-se que uma mesma atividade pode gerar mais de um tipo de resíduo, todos devem
constar no inventário. Não deixe de informar nenhum resíduo gerado nas diversas atividades
da OM.
Solicite suporte técnico do militar responsável pela área de meio ambiente no Gpt E /RM, ao
qual está vinculada sua OM, caso tenha dúvida ao responder e/ou necessite de apoio."
3.3.3.6 Metas, ações a realizar e prazos
- Descrever metas exequíveis e de acordo com a realidade da OM. Sugere-se o
preenchimento da seguinte tabela:

Objetivos Meta Ação


Instalar um ponto de coleta
Destinação para acondicionamento dos a. Definição do local mais adequado.
adequada resíduos de acordo com b. Solicitação de recurso para construção.
dos resíduos sua classe no prazo de 12 c. Construção da estrutura.
meses
a. Preparar a área para instalação dos
Implantação dos canteiros
canteiros de compostagem.
de compostagem para
Criação de b. Separação da matéria orgânica ou restos
aproveitamento dos
área de biodegradáveis que serão utilizados na
resíduos orgânicos gerados
compostagem compostagem.
pela cozinha e refeitório no
c. Monitoramento do processo de
prazo de 8 meses
compostagem.
(...) (...) (...)
FIGURA 17 - Metas, ações a realizar e prazos.
Fonte: DPIMA, 2019.

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Exemplo de Inventário de Resíduos Sólidos
INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Logo da OM
Responsável: Última atualização:
Coleta Destinação Final
Processo/ Classificação
Licença/
Atividade Resíduo do resíduo de Qtd gerada Und (1) Tratamento Meio de Meio de
EPI Acondic. Armazen. Autorização Tratamento Manifesto de
(fonte) gerado acordo com a (mensal) (Kg/L/m³) Interno transporte transporte
geradora fonte Externo (2) do transporte final Carga
interno externo
externo

Pilhas e
Perigoso
baterias

Oficina

Óleo
Perigoso
lubrificante

Almoxarifado Papelão Reciclável

Papel
Banheiros Não Reciclável
higiênicos

Restos de
Rancho Orgânico
alimentos

Materiais
Seção de
contendo Infectante
Saúde
sangue

Seção de
Agulhas Perfurocortante
Saúde

Reforma de Construção
Entulho
salas Civil
Legenda: (1) Acondicionamento. (2) Armazenamento externo.
Obs.: As informações deverão ser preenchidas de acordo com as atividades de cada OM/OMS em conformidade com a legislação e normas técnicas específicas.

FIGURA 18 - Exemplo de Inventário de Resíduos Sólidos.


Fonte: DPIMA, 2019.
19/39
3.3.3.7. Parceiros
- Viabilizar, junto a órgãos públicos e privados, parcerias para coleta seletiva de resíduos,
logística reversa, reciclagem, dentre outros, oriundos da geração de resíduos sólidos da
OM.

Instituição Finalidade Vigência Responsável Contato


Coleta seletiva de
SLU JUN 18 até JUN 19 Pedro Costa (00) 0000-0000
resíduos
Recolhimento de
LampLux lâmpadas AGO 18 até AGO 19 Luana Silva (00) 0000-0000
fluorescentes
(...) (...) (...) (...) (...)
FIGURA 19 - Parceiros.
Fonte: DPIMA, 2019.
3.3.3.8 Anexos
- Incluir anexos relacionados ao gerenciamento dos resíduos sólidos da OM.
"A - Contratos para coleta seletiva de resíduos.
B - Contratos de logística reversa de resíduos.
C - Contratos de reciclagem de resíduos.
D - Contratos e destinação final de resíduos perigosos.
E - Contratos de limpeza.
F - Dentre outros."
outros.
3.4
4 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - PGRSS
3.4.1 Os resíduos de serviço de saúde
saúde são classificados de acordo com a Resolução da
Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018, da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA, do Ministério da Saúde - MS, a saber:

CLASSE A (A1, A2, A3, A4 e A5) – Resíduos infectantes


Biológico, sangue e hemoderivados, cirúrgico, anatomopatológico,
exsudato, perfurocortantes, animais contaminados e assistência ao
paciente.
CLASSE B – Resíduos químicos
Resíduos farmacêuticos (medicamentos), resíduos químicos perigosos e
soluções que apresentam inflamabilidade e patogenicidade.
CLASSE C – Rejeitos radioativos
Resíduos que contenham radionuclídeos em quantidades superiores
definidos pelas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Tais
como serviços de medicina nuclear e radioterapia.
radiote
CLASSE D – Resíduos comuns
Resíduos de atividades administrativas, limpeza e restos de alimentos que
não tiveram contato com pacientes.
CLASSE E – Resíduos perfurocortantes
Materiais perfuro cortantes ou escarificantes: lâminas de bisturi, escalpes,
ampolas, seringas, agulhas, lancetas, tubos, micropipetas e outros
similares.
FIGURA 20 - Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Saúde
Fonte: DPIMA, 2019.

20/39
3.4.2 Assim sendo, o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS), bem como o Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) visam orientar a
OM sobre a segregação dos resíduos conforme suas características ou composição, o
armazenamento, o tratamento e a correta destinação final dos resíduos. A principal
diferença entre os dois é que o PGRSS além de contemplar todos os resíduos sólidos,
também contemplará os resíduos de serviço de saúde específicos de uma Organização
Militar de Saúde (OMS).
3.4.3 DESENVOLVENDO O PGRSS
3.4.3.1 Seguem relacionados, os tópicos mínimos que deverão ser abordados e estar
presentes no Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde da OMS.
"1. Introdução.
2. Referências.
3. Objetivo geral.
4. Objetivos específicos.
5. Inventário de resíduos (resíduos sólidos + resíduos de serviço de saúde).
6. Metas, ações a realizar e prazos.
7. Parcerias.
8. Anexos."
3.4.3.2 Vale ressaltar que todos os tópicos levantados no PGRS também são abordados
no PGRSS, com a inserção dos resíduos de saúde no Inventário de Resíduos. Logo,
a OMS poderá elaborar um único Plano, o PGRSS, que irá contemplar todos os resíduos,
não necessitando ter dois planos, o PGRS e o PGRSS.
3.4.3.3 Obs: a remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo externo até a
unidade de tratamento, unidade intermediária, ou disposição final ambientalmente
adequada, deve utilizar técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento.

21/39
Exemplo de Inventário de Resíduos de Serviços de Saúde
INVENTÁRIO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Logo da OM
Responsável: Última atualização:
Coleta Destinação Final
Processo/ Classificação
Licença/
Atividade Resíduo do resíduo de Qtd gerada Und (1) Tratamento Meio de Meio de
EPI Acondic. Armazen. Autorização Tratamento Manifesto de
(fonte) gerado acordo com a (mensal) (Kg/L/m³) Interno transporte transporte
geradora fonte Externo (2) do transporte final Carga
interno externo
externo

Secreções,
excreções,
Centro cirúrgico Grupo A4
fluidos
corpóreos

Farmácia Medicamentos Grupo B

Lâminas de
Raio-X Grupo C
chumbo

Recepção Papel Grupo D

Laboratório Agulhas Grupo E

Legenda: (1) Acondicionamento. (2) Armazenamento externo.

Obs.: As informações deverão ser preenchidas de acordo com as atividades de cada OM/OMS em conformidade com a legislação e normas técnicas específicas.

FIGURA 21 - Exemplo de Inventário de Resíduos de Serviços de Saúde.


Fonte: DPIMA, 2019

22/39
3.5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - PGRCC
3.5.1 Os resíduos de construção civil são classificados de acordo com a Resolução nº
307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, a saber:

Classificação dos Resíduos de Construção Civil


CLASSE A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados
De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem.
De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos
(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto.
De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos,
tubos, meio-fio, etc.) produzidas nos canteiros de obras.
CLASSE B – Resíduos recicláveis para outras destinações
Plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
CLASSE C – Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação
Produtos oriundos do gesso.
CLASSE D – Resíduos perigosos oriundos do processo de construção
Tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos
de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.
FIGURA 22 - Classificação dos Resíduos de Construção Civil.
Fonte: DPIMA, 2019
3.5.2 Desenvolvendo o PGRCC
- Seguem relacionados, os tópicos mínimos que deverão ser abordados e estar
presentes no Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil da OM.
"1. Introdução.
2. Referências.
3. Objetivo geral.
4. Objetivos específicos.
5. Inventário de resíduos (resíduos sólidos + resíduos de construção civil).
6. Metas, ações a realizar e prazos.
7 .Parcerias.
8 .Anexos."
3.5.3 Ressalta-se que todos os tópicos levantados no PGRS também são abordados no
PGRCC, com a inserção dos resíduos de construção civil no Inventário de
Resíduos.
3.5.4 Desse modo, o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil
(PGRCC), bem como o Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) visam orientar a
OM sobre a segregação dos resíduos conforme suas características ou composição, o
armazenamento, o tratamento e a correta destinação final dos resíduos. A principal
diferença será que além de contemplar todos os resíduos sólidos, também contemplará
os resíduos de construção civil.

23/39
Exemplo de Inventário de Resíduos de Construção Civil
INVENTÁRIO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Logo da OM
Responsável: Última atualização:
Coleta Destinação Final
Processo/ Classificação
Licença/
Atividade Resíduo do resíduo de Qtd gerada Und (1) Tratamento Meio de Meio de
EPI Acondic. Armazen. Autorização Tratamento Manifesto de
(fonte) gerado acordo com a (mensal) (Kg/L/m³) Interno transporte transporte
geradora fonte Externo (2) do transporte final Carga
interno externo
externo

Estrutura Madeira Classe A

Alvenaria Papelão Grupo B

Acabamento Gesso Classe C

Acabamento Tinta Classe D

Papel
Banheiros Não Reciclável
higiênicos

Restos de
Rancho Orgânico
alimentos

Legenda: (1) Acondicionamento. (2) Armazenamento externo.

Obs.: As informações deverão ser preenchidas de acordo com as atividades de cada OM em conformidade com a legislação e normas técnicas específicas.

FIGURA 23 - Exemplo de Inventário de Resíduos de Construção Civil.


Fonte: DPIMA, 2019.

24/39
CAPÍTULO IV
CONFORMIDADE AMBIENTAL

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


4.1.1 Todo Sistema de Gestão para ser eficaz precisa ser controlado para que os erros
sejam evidenciados e corrigidos. Esse processo garante que a melhoria contínua faça
parte do sistema. Esse monitoramento dentro do Exército se difundiu como Conformidade
Ambiental através da Portaria nº 055-DEC, de 31 de agosto de 2018.
4.1.2 A conformidade se dá pelo preenchimento de um lista de verificação anexa a essa
portaria, onde fica evidenciado o que se precisa melhorar e o que de fato já está dentro
das necessidades. A importância desse procedimento se dá pela capacidade de se ter um
controle melhor das interfaces dos processos das OM com as áreas ambientais,
resguardando a força contra possíveis surpresas com autuações e multas.
4.1.3 Na Portaria nº 055-DEC, a OM pode ser verificada em 3 níveis, sendo que as de
nível II e III só podem ser realizadas por conformadores que foram capacitados
anteriormente pela DPIMA:
NÍVEL I

NÍVEL II

CONFORMIDADE GRUPAMENTO DE NÍVEL III DPIMA


INTERNA ENGENHARIA /
REGIÃO MILITAR
Realizada por no
Realizada pelo Oficial mínimo 2 integrantes
de Controle Ambiental Realizada por no da Seção de Meio
da OM e é obrigatório mínimo 2 integrantes Ambiente (SMA-
ser realizada pelo da Seção de Meio DPIMA). Será realizada
menos uma vez ao ano Ambiente da RM/Gpt E. por ocasião de VOTs
Será realizada por e/ou Inspeções de
ocasião de VOTs e/ou Comando ou por
Inspeções de Comando solicitação da RM/Gpt
E para homologar a
certificação ambiental
das OM com
conformidade acima de
90%
FIGURA 24 - Níveis de conformidade.
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2 DESENVOLVENDO A CONFORMIDADE AMBIENTAL
4.2.1 Para aplicar e verificar a Conformidade Ambiental, é necessário realizar os
seguintes procedimentos de acordo com a Portaria nº 055-DEC, de 31 de agosto de 2018:
"1. aplicar o Anexo A (100 itens) - Lista de verificação para todas as OM.
2. aplicar o Anexo B (40 itens) - Lista de verificação complementar para OMS.
3. elaborar o Anexo C - Relatório de Conformidade."

25/39
4.2.2 Nas Listas de Verificações (Anexo "A" e "B") existem itens impeditivos à concessão
da certificação.

Cada item diagnosticado é avaliado em 3 indicadores, CONFORME, NÃO CONFORME e NÃO


SE APLICA, e a partir de uma média aritmética destes indicadores, identifica-se a
Porcentagem final de Conformação da OM.
CONFORME - Os itens serão considerados conforme sempre que o atenderam em sua
TOTALIDADE.
NÃO CONFORME - Os itens serão dados como não conforme se estiverem atendendo
parcialmente ao item.
NÃO SE APLICA - Não se aplica corresponde a itens que não se enquadram nas ações
e/ou atividades da OM.
FIGURA 25 - Conforme, não conforme e não se aplica.
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.3 Para auxiliar na aplicação das Listas de Verificação "A" e "B", serão apresentados
exemplos de como proceder à Conformidade para alguns dos itens dos Anexos A e B.
4.2.4 LISTA DE VERIFICAÇÃO GERAL - ANEXO "A"
01 - Possui Plano de Gestão Ambiental da OM atualizados conforme IR 50-20?
A OM deverá desenvolver o PGA de acordo com as orientações presentes no capítulo 1 desta
cartilha.
12 - A OM desenvolve algum trabalho específico de educação ambiental para os seus
integrantes?
A OM deverá promover programas para a promoção da Educação Ambiental em consonância
com Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro (SIGAEB), realizando treinamentos
sobre os projetos desenvolvidos na área ambiental, proporcionando inclusive publicações com
os treinamentos ministrados.
20 - Possui local apropriado para armazenamento e destinação dos resíduos (construção
civil/obras, recicláveis, orgânicos, perigosos, etc)?
A OM deverá possuir local apropriado, com coletores específicos e dimensionamento correto,
conforme descrito no Inventário de Resíduos do PGRS (capítulo 2 item 5).
32 - As lâmpadas fluorescentes são destinadas corretamente (empresa licenciada ou logística
reversa)?
A OM deverá procurar fornecedores que se responsabilizem pelo ciclo de vida de seus produtos
e pratiquem a logística reversa. Caso não seja possível, a OM deve contratar uma empresa
licenciada e especializada para realizar a destinação correta.
48 - A captação realizada por poços ou em corpos d'água superficiais com vazão superior a 1,0
l/s são outorgados?
A OM que possua captação para abastecimento de poço e/ou córrego, deverá possuir outorga
se a vazão de consumo for superior a 1L/s. Além disto, os poços devem possuir licença para
perfuração de acordo com a legislação vigente (municipal/estadual).
56 - Há um monitoramento/acompanhamento do lançamento dos efluentes de acordo com a
legislação vigente?
A OM deverá monitorar mensalmente o lançamento de efluentes atendendo aos padrões
exigidos da legislação vigente (estadual/municipal).
68 - As ordens de instrução da OM contemplam cuidados ambientais?
A OM deverá evidenciar que os quadro de instruções para as atividades de campo contemplam
todas as demandas observadas nos itens 61 ao 67.
26/39
74 - As áreas degradadas da OM foram identificadas?
A OM deverá verificar in loco a existência de áreas degradadas e registrar em relatórios (com
levantamento fotográfico e descritivo) para soluções futuras.
78 - Possui Plano de Prevenção e Combate a Incêndios ativo?
A OM deverá possuir o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) ativo, ou seja, tudo o
que estiver relacionado no plano deverá estar sendo executado. Além disto, o PPCI deverá
estar aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Vale ressaltar que toda mudança estrutural será
demandada uma revisão no plano e nova aprovação no Corpo de Bombeiros para permanecer
vigente.
86 - A OM dispõe de kit de emergência para derramamento de óleo/produtos químicos?
A OM deverá possuir o kit de emergência próximo as áreas de risco. O kit deve possuir, por
exemplo, pó de serra, manta, bandeja e lona.
94 - Todos os produtos químicos são manuseados conforme FISPQ (ficha de informação de
segurança do produto químico) e a mesma está próxima a seu produto correspondente?
A OM deverá manter próximo a todos os produtos químicos em uso (inclusive estoque e
almoxarifado) a Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico - FISPQ. Todos os
usuários que manipulam o produto químico devem ter conhecimento da localização da ficha.
FIGURA 26 - Exemplos da Lista de Verificação Geral - Anexo "A".
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.5 LISTA DE VERIFICAÇÃO AMBIENTAL ESPECÍFICA - OM DE SAÚDE - ANEXO "B"
01 - Existem medidas para controle e/ou adequação de áreas contaminadas por Resíduos de
Serviços da Saúde?
A OM deverá identificar suas áreas contaminadas, verificando se tem planos de mitigação de
acordo com o que preconiza no PGRSS.
10 - Há a segregação e acompanhamento do descarte dos medicamentos vencidos (recipiente
e destinação adequada que evite o seu reaproveitamento), identificando-os com nome do
produto, lote e data de vencimento?
A OM deverá possuir recipiente correto para o descarte, em embalagem rígida (resistente a
vazamento para o caso de medicamentos líquidos) e na cor laranja por se tratar de produtos
químicos e apresentarem risco a saúde pública e ao meio ambiente. Para evitar o
reaproveitamento dos remédios vencidos é importante realizar a descaracterização do
medicamente antes do descarte final (diluição para líquidos e macerar os medicamentos
sólidos).
33 - Caso não haja rede pública para destinação adequada ou o efluente não se enquadra para
tal lançamento, há um sistema de tratamento?
A OM deverá proporcionar o tratamento dos efluentes atendendo aos padrões exigidos da
legislação vigente (estadual/municipal) e solicitar ao órgão competente a outorga de
lançamento.
FIGURA 27 - Exemplos da Lista de Verificação Ambiental Específica - OM de Saúde - Anexo "B".
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.6 PASSO A PASSO - ANEXO "C" - RELATÓRIO DE CONFORMIDADE
- O relatório é dividido em 6 tópicos de acordo com a Portaria nº 055-DEC, de 31 de
agosto de 2018.
4.2.6.1 OM
- Identificação da OM onde está sendo aplicada a Conformidade Ambiental.
4.2.6.2 Data
- Período em que foi aplicada a Conformidade Ambiental.

27/39
4.2.6.3 Equipe de conformadores
- Identificação de todos os membros envolvidos na aplicação da Conformidade Ambiental.
4.2.6.4 Critérios observados
- O que foi considerado não conforme desencadeará a pontuação da OM/OMS e deve ser
descrito conforme a tabela do anexo C, ressaltando que o fato observado é o que levou o
item da lista de verificação se tornar Não Conforme. A Ação Corretiva deve abordar o que
será feito para resolver o problema de imediato e o que fazer para evitar que o problema
volte a acontecer.

Item verificado não


Fato observado Ação corretiva
conformidade
Possui Plano de
A OM deverá providenciar com
Gerenciamento de
17 Não existe PGRS na OM. urgência o PGRS de acordo com Art.
Resíduos Sólidos
48, IR 50-20.
(PGRS)?
Os produtos estão
Os produtos estão
armazenados cobertos, Solicitar junto a execução dos
armazenados em
porém não estão arejados projetos básicos de arquitetura e
ambiente coberto,
91 e não possuem ventilação engenharia executados pelas DOM e
arejado e
natural direta (apenas com CRO/SRO diretrizes de acordo com
proporcionando
a abertura da porta de NR 20.
ventilação natural?
acesso).
(...) (...) (...) (...)
Obs.: Itens identificados em vermelho = itens impeditivos para a conformidade.
FIGURA 28 - Critérios observados
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.6.5 Pontuação final
- A pontuação final apresenta o resultado da Porcentagem Total de conformação (%TC),
adquirido a partir da seguinte fórmula:

% = 100
100 − /
Legenda: %TC = Porcentagem Total de Conformação; C = Conforme; NC = Não Conforme;
N/A = Não se Aplica.
FIGURA 29 - Pontuação final.
Fonte: DPIMA, 2019.

PERCENTUAL PARA CERTIFICAÇÃO 90%


PERCENTUAL DE CONFORMIDADE ENCONTRADO 65,08%
FIGURA 30 - Percentual para certificação.
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.6.6 Observações
- Dividido em 3 subtópicos, todos com registro fotográfico.
4.2.6.6.1 Item verificado como não conforme: apresenta as principais não conformidades
encontradas.
28/39
ITEM VERIFICADO COMO NÃO CONFORME REGISTRO FOTOGRÁFICO

58. Os efluentes oleosos possuem tratamento


específico?

Figura 1: Efluente oleoso da máquina da


produção.

94. Todos os produtos químicos são manuseados


conforme FISPQ (ficha de informação de
segurança do produto químico) e a mesma está
próxima a seu produto correspondente?
Figura 2: Efluente oleoso da máquina da
produção.
(...) (...)
FIGURA 31 - Item verificado como não conforme.
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.6.6.2 Outros fatos observados: apresenta o que foi observado de melhoria que apesar
de não estar constando na lista de verificação deve ser um ponto observado e cuidado
para não vir a se tornar um passivo ambiental ou uma não conformidade.

OUTROS FATOS OBSERVADOS REGISTRO FOTOGRÁFICO E/OU SUGESTÕES


Todas as seções possuem lixos
individualizados (por mesa de trabalho)
para coleta seletiva (lixo comum
reciclável e lixo orgânico), e estes
encontravam-se misturados. Sugere-se
apenas 1 (um) lixo de cada coleta por
seção/ambiente de trabalho

Realizar a troca dos condicionadores de


ar que não possuem selo A de eficiência
energética

(...) (...)
FIGURA 32 - Outros fatos observados.
Fonte: DPIMA, 2019
4.2.6.6.3 Boas práticas: adicionar as boas práticas da OM com elementos conformes e
que se destacam pelo método de aplicação e solução.

29/39
BOAS PRÁTICAS REGISTRO FOTOGRÁFICO

Compostagem

Educação ambiental

(...) (...)
FIGURA 33 - Boas práticas.
Fonte: DPIMA, 2019.
4.2.6.6.4 Check-list auxiliar para conferência de documentação
- Este check-list foi elaborado visando auxiliar os responsáveis por realizar a
Conformidade Ambiental na OM/OMS, identificando a documentação mínima necessária
antes da análise em campo.
Documentação OM
a) ( ) Plano de Gestão Ambiental (PGA)
b) ( ) Publicação do militar responsável em Boletim Interno
c) ( ) Comprovação de adesão da A3P
d) ( ) Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos (PGRS)
e) ( ) Responsável técnico pelo PGRS
f) ( ) Plano de Combate a Incêndio e Pânico
g) ( ) Certificado de destinação e manifesto de carga dos resíduos perigosos (resíduos
contaminantes, contaminados com óleo e graxa, lâmpadas fluorescentes, baterias,
pilhas, material radioativo, etc.)
h) ( ) Licença da empresa de destinação dos resíduos perigosos
i) ( ) Licença da empresa coletora de óleo usado
j) ( ) Contratos de limpeza (quando tiver)
k) ( ) Contratos de destinação final dos resíduos (quando a coleta pública não tiver a
destinação correta para os resíduos gerados)
l) ( ) Registros e/ou publicações de treinamentos ambientais
m) ( ) Contrato de dedetização de desratificação (quando tiver)
n) ( ) Monitoramento da água (no caso da OM ser abastecida por meios próprios)
o) ( ) Licença e outorga do poço (vazão superior a 1L/s) e de captação de córregos e
rios (se houver capitação para abastecimento)
p) ( ) Outorga de lançamento dos efluentes (se houver lançamento de esgoto em corpo
hídrico)
q) ( ) Certificado/publicação de higienização semestral das caixas da água
r) ( ) Certificado/publicação de higienização das caixas da gordura
Documentação OMS
s) ( ) Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS)
t) ( ) Responsável técnico pelo PGRSS
u) ( ) Publicação da Comissão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
v) ( ) Certificado de destinação e manifesto de carga dos resíduos infectantes (resíduos

30/39
de serviço de saúde, etc.)
w) ( ) Contratos de limpeza (obrigatório)
x) ( ) Contrato de dedetização de desratificação (obrigatório)
FIGURA 34 - Check-list auxiliar e documentação.
Fonte: DPIMA, 2019.

GLOSSÁRIO
TERMOS E DEFINIÇÕES

Águas pluviais - água provida das chuvas.

Áreas de preservação permanente - são áreas protegidas com a função de preservar os


recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico
de fauna e flora, proteger o solo e garantir o bem-estar da sociedade.

Áreas de proteção ambiental - Unidade de Conservação (UC) destinada a proteger e


conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais existentes, visando à melhor
qualidade de vida da população e proteção dos ecossistemas.

Aterro sanitário - técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos
ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais (IPT,
1995). Método que utiliza princípios de engenharia para confinar resíduos sólidos à menor
área possível e reduzí-los ao menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de
terra na conclusão da jornada de trabalho ou a intervalos menores, se necessário.

Coleta seletiva - coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua


constituição ou composição.

Compostagem - conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de


materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material
estável, rico em húmus e nutrientes minerais.

31/39
Conformador - pessoa com competência para realizar as verificações.

Conformidade - atendimento de um requisito.

Conformidade ambiental - processo sistemático, independente e documentado, para


obter evidência de auditoria e avaliá-la objetivamente, para determinar a extensão na qual
os critérios de auditoria são atendidos.

Controle ambiental - conjunto de ações voltadas a conservar a qualidade do meio


ambiente.

Degradação ambiental - termo usado para qualificar os processos resultantes dos danos
ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades,
tais como, a qualidade ou a capacidade produtiva dos recursos ambientais.

Diagnóstico ambiental - documento produzido e atualizado anualmente pelo DEC cujo


objetivo é fornecer subsídios para o planejamento das atividades de meio ambiente da
Força Terrestre e para a elaboração dos Planos de Gestão Ambiental das RM, por meio
do levantamento dos aspectos ambientais significativos. O diagnóstico ambiental permite
o conhecimento dos principais problemas ambientais das OM, a determinação dos pontos
críticos e o acompanhamento da evolução dos indicadores ambientais no âmbito da
Força.

Educação ambiental - conjunto de processos educacionais por meio dos quais o


indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente.

Efluente - qualquer tipo de despejo no estado líquido tratado ou não, de origem industrial,
doméstica ou agrícola, lançados no sistema de coleta de esgotos ou no meio ambiente.

Esgoto - águas que apresentam as características naturais alteradas após a utilização


humana.
32/39
Gestão ambiental - a condução, a direção e o controle dos recursos naturais, por meio
de determinados instrumentos, o que inclui medidas econômicas, regulamentos e
normalização, investimentos públicos e financiamento, requisitos institucionais e judiciais.

Gestão de resíduos - corresponde às operações de recolha, transporte, armazenagem,


tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo o monitoramento dos locais
de descarga após o encerramento das respectivas instalações, bem como o planejamento
dessas operações.

Impacto ambiental - qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas


do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem
estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Indicador - representação mensurável da condição ou estado de operações, gestão ou


condicionantes.

Legislação ambiental - conjunto de regulamentos jurídicos especificamente dirigidos às


atividades que afetam a qualidade do meio ambiente.

Licenciamento ambiental - procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, instalação, operação e a ampliação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas
técnicas aplicáveis ao caso.

Logística reversa - instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado


por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
33/39
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Medidas mitigadoras - ações destinadas a corrigir ou minimizar impactos ambientais


negativos.

Meio ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,


química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Melhoria contínua - atividade recorrente para aumentar o desempenho.

Monitoramento - coleta, com um propósito determinado, de medições ou observações de


variáveis ambientais em uma série espaço-temporal que forneça uma visão resumida ou
uma amostra representativa do meio ambiente.

Não-conformidade - é o não-atendimento de um requisito legal ambiental, requisito do


SIGAEB, requisito estabelecido em documentação do SIGAEB ou reclamação de partes
interessadas ou ocorrências ambientais (acidentes/ incidentes).

Órgão Ambiental - órgãos ou entidades, instituídos pelo Poder Público, responsáveis


pela proteção, controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental, pela administração de recursos naturais e pela manutenção e recuperação da
qualidade de vida.

Passivo ambiental - danos e impactos ambientais produzidos no passado e que não


foram resolvidos representando, assim, a obrigação, a responsabilidade social da
organização com os aspectos ambientais.

Plano de gestão ambiental OM (PGA OM) - documento produzido pela OM para o


planejamento das ações ambientais do SIGAEB, cujo objetivo é definir as ações e as
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medidas necessárias para regular as atividades e uniformizar os procedimentos para a
execução da gestão ambiental no âmbito da OM, que deve ser atualizado anualmente,
cujo conteúdo mínimo é apresentado no Anexo F destas IR.

Política ambiental - conjunto de metas e instrumentos que tem por objetivo reduzir os
impactos negativos sobre o meio ambiente pela ação antrópica.

Preservação - conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a


longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos
ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais.

Reaproveitamento / reutilização - consiste em transformar um determinado material já


beneficiado em outro.

Reciclagem - termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais


beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser
reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico.

Recursos hídricos - quantidade de águas superficiais ou subterrâneas, disponíveis para


qualquer uso.

Registro - documento que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de


atividades realizadas.

Resíduos da construção civil - são os provenientes de construções, reformas, reparos e


demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação
de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidro, plástico, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados
de entulhos de obras, caliça ou metralha.

Resíduos de saúde - são resíduos gerados em ambientes de trabalho voltados à área de


saúde, em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção,
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objetos perfurantes-cortantes potencial ou efetivamente contaminados, produtos químicos
perigosos, e mesmo rejeitos radioativos, requerem cuidados específicos de
acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e disposição final.

Resíduos sólidos - material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semisólido, bem como
gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Resíduos sólidos perigosos - são os resíduos que apresentam características como


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e oferecem risco potencial aos
seres vivos e/ou ao ambiente.

Responsável Técnico – responsável Técnico é o cidadão habilitado, na forma da lei que


regulamentou sua profissão, ao qual é conferida atribuição para exercer a
responsabilidade sobre um determinado empreendimento.

Segregação de resíduos sólidos - separação dos resíduos sólidos conforme sua


constituição ou composição.

Separador água-óleo - equipamento usado para receber efluentes e águas


contaminadas com óleos e graxas de áreas de manutenção, lavagem de viaturas e
máquinas, além de oficinas mecânicas. Empregam métodos físicos e trabalham por
densidade, usando a tendência do óleo de flutuar na água.

Sistema de Gestão - conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos de uma


organização, para estabelecer políticas, objetivos e processos para alcançar esses
objetivos.

Sistema de Gestão Ambiental - parte do sistema de gestão usado para gerenciar


aspectos ambientais, cumprir requisitos legais e outros requisitos, e abordar riscos e
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oportunidades. Sistema interno que regula as atividades de uma organização em tudo que
se refere ao meio ambiente, assegurando a aplicação de sua política ambiental e
possibilitando, através de auditoria específica, sua certificação ambiental.

REFERÊNCIAS

ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 13853:1997.


Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - Requisitos e
métodos de ensaio.

__________. ABNT NBR 10.004:2004. Resíduos Sólidos - Classificação.

__________. ABNT NBR 13.221:2010. Transporte de resíduos.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada -


RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento
dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição Federal de 1988. Diário Oficial da


República Federativa do Brasil. 05 de outubro de 1998.

__________. Presidência da República. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe


sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 1981.

__________. Presidência da República. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a


Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e
dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2010.

__________. Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código


de cores para diferentes tipos de resíduos.

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__________. Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

__________. Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a


Resolução CONAMA nº 307, incluindo amianto na classe de resíduos perigosos.

__________. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o


tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.

__________. Resolução CONAMA nº 431, de 24 de maio de 2011. Altera o art. 3º da


Resolução CONAMA nº 307, estabelecendo nova classificação para o gesso.

__________. Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de 2012. Adequa a


Resolução CONAMA nº 307.

__________. Resolução CONAMA nº 481, de 3 de outubro de 2017. Estabelece


critérios e procedimentos para garantir o controle e a qualidade ambiental do processo de
compostagem de resíduos orgânicos, e dá outras providências.

MINISTÉRIO DA DEFESA (Brasil). Gabinete do Comandante do Exército. Portaria Cmt


Ex n° 571, de 6 de novembro de 2001. Aprova a Diretriz Estratégica de Gestão
Ambiental do Exército Brasileiro.

__________. Gabinete do Comandante do Exército. Portaria Cmt Ex nº 386, de 9 de


junho de 2008. Aprova as Instruções Gerais para o Sistema de Gestão Ambiental no
Âmbito do Exército (IG 20-10) e dá outras providências.

__________. Gabinete do Comandante do Exército. Portaria Cmt Ex nº 1.138, de 22 de


novembro de 2010. Aprova a Política de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro.

__________. Gabinete do Comandante do Exército. Portaria Cmt Ex nº 1.275, de 28 de


dezembro de 2010. Aprova a diretriz para adequação do Exército Brasileiro à Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
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__________. Estado-Maior do Exército. Portaria nº 050-EME, de 11 de julho de 2003.
Orientação para Elaboração dos Planos de Gestão Ambiental.

__________. Departamento de Engenharia e Construção. Portaria nº 001-DEC, de 26 de


setembro de 2011. Aprova as Instruções Reguladoras para o Sistema de Gestão
Ambiental no Âmbito do Exército (IR 50-20).

__________. Departamento de Engenharia e Construção. Portaria nº 055-DEC, de 31 de


agosto de 2018. Aprova a Diretriz do Programa de Conformidade Ambiental do Sistema
de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro.

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