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OS OLHOS DE RAECHEL: O ESTRANHO MAS VERDADEIRO

CASO DE UMA HUMANO-ALIENÍGENA HÍBRIDA

AGRADECIMENTOS

Devido à natureza controversa dos tópicos discutidos neste


livro, os nomes dos muitos que contribuíram com seu tempo,
lembranças e habilidades permanecerão anônimos, como
quiseram. Os autores, que são os únicos responsáveis pelas
interpretações contidas neste livro desejam expressar seu
apreço pelos colaboradores essenciais, Michael Brein, Rick
Coimbra e Paul Von Ward, na pesquisa prévia sobre este
projeto. Nossos agradecimentos vão para nossos editores,
Brian Crissey e Pamela Meyer, que acreditaram em nós por
um longo tempo e ao Dr. Richard Boylan cujo apoio
entusiástico ao projeto fez a diferença. Um agradecimento
especial à Dra. June Steiner, psicoterapeuta e hipnoterapeuta
especializada em eventos anômalos de todos os tipos. Ela é
presidente da OPUS, uma organização que ajuda pessoas a
compreenderem melhor a natureza de experiências pessoais
anômalas, de um modo geral, e auxilia àquelas que as
vivenciam. Nossa gratidão se estende a todos os amigos que
nos apoiaram ao longo desta jornada.

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“Os autores de “Os Olhos de Raechel”, Helen Littrell e Jean
Bilodeaux, viraram uma página importante no drama desvelado do
diário alienígena. O caso que eles apresentam não poderia ser mais
oportuno ou mais proeminente. A obra “Os Olhos de Raechel” deveria
ser uma leitura obrigatória para todos aqueles que encaram o assunto
de abdução por alienígenas com seriedade.

“Eu gostaria de recomendar o livro “Os Olhos de Raechel” nos


melhores quesitos possíveis. Este é um dos livros mais interessantes que
já li na área de ufologia. UM LIVRO ESSENCIAL para todos aqueles
que querem informações sobre os incríveis desenvolvimentos, por
detrás das cenas da saga da interação do governo com o Conselho
Intergalático, e as décadas que facilitaram passivamente que Visitantes
Estelares curiosos passeassem virtualmente entre nós sem serem
vistos”.

Comentários sobre o livro “Os Olhos de Raechel”

“Talvez tenhamos tido a oportunidade de olhar de relance para um futuro


não tão distante, no qual híbridos como Raechel serão comuns e andarão
juntos conosco. Apenas podemos imaginar se nos acostumaremos a olhar
nos olhos deles, algum dia”.
--Sean Casteel, Revista UFO Abril-Maio de 2005

“No livro “Os Olhos de Raechel” Helen Littrell e Jean Bilodeaux


descrevem um caso fascinante na vida de Helen que pode ser lida como
uma novela, exceto pelo fato da história ser verdadeira. Sua filha legítima
cega, Marisa, aluga um apartamento próximo à faculdade na qual estuda,
porém precisa de uma colega de quarto para ajudá-la. O coordenador da
escola encontra uma colega de quarto para Marisa, a qual acredita ser a
pessoa certa para ela. Assim, somos apresentados a Raechel, uma garota
incomum que supostamente é uma humano-alienígena híbrida, que sempre
usa óculos. Um nível mais profundo da história é revelado assim que nos é
apresentado um programa muito secreto do governo, na descoberta da nave
espacial e entidades alienígenas. Se alguém acredita que nós estamos
visitando formas de vida alienígenas, que estão abduzindo humanos e
criando crianças híbridas ou não, não podemos ignorar o significado e
impacto que esse programa causará em toda a humanidade terrestre, caso
tudo isso seja confirmado. Pesquisador, abduzido ou apenas uma pessoa
interessada nessas possibilidades, você deve a si mesmo a leitura deste
livro.”
--Bill Hamilton , AstroScience Research

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“Eu fiquei completamente impressionado com esta história. “Os Olhos
de Raechel” comemora a independência do espírito humano (e híbrido).
Helen Littrell e Jean Bilodeaux escreveram um livro do fundo do coração
com honestidade, integridade e talento.
--John McLaughlin, Buttercup Films

“Gostaria de recomendar o livro “Os Olhos de Raechel” nos melhores


quesitos possíveis. Acabei de ler a cópia de revisão e achei o livro de cair o
queixo. Depois de ler, a única coisa que poderia dizer: “UAU!!! Sentei-me
e o li sem parar, até terminar às 02h00m da manhã. Gosto de pensar que
sou até agora um blasé, tendo lido tudo o que há sobre ufologia.
Normalmente eu bocejo quando as pessoas maravilhadas me dão alguma
coisa para ler. O livro “Os Olhos de Raechel” é diferente. Posso dizer,
honestamente, que este é um dos livros mais interessantes que já li nessa
área. Um livro informativo e comovente da luta de um jovem Coronel da
Força Aérea para tornar-se amigo de uma Zeta híbrida humana e as
implicações disso para o futuro da Terra. Não deixe de ler “Os Olhos de
Raechel”.
--Dr. Richard Boylan, psicólogo.

"Os Olhos de Raechel” por Helen Littrell e Jean Bilodeaux é um


enigma de informações. Ele olha de modo não muito surpreendente uma
história que surpreende e se recusa a pestanejar mesmo quando a história se
transforma de tal modo, que os próprios autores sabem que as pessoas sem
experiência nos campos que ela abrange não acreditarão. Eu sinto que,
neste momento da nossa história, é muito importante saber sobre estas
coisas e tentar entendê-las. Este volume vai recompensar não só os
‘veteranos’ como também os novos a estas idéias. Altamente
recomendado!”
--Lawrence L. Shippen, Revisor da Amazon

Tradutor J.A

“We are not Alone in the Universe”

Nota prévia ao Resumo:


Este é um resumo traduzido, não uma tradução, propriamente dita, um lembrete dos
itens relevantes abordados no livro, por sua importância e significação.

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Com relação a discos voadores e extraterrestres, é bem possível que o
governo americano tenha mais informações do que divulga, e até esteja
cooperando com Alienígenas.

A obra intitulada “Os Olhos de Raechel”, publicada pela editora Wild


Flower Press, é uma história real das experiências vividas por Marisa, uma
universitária que compartilhava um apartamento com uma colega de
hábitos extremamente estranhos. A história é narrada por Hellen Littrel,
mãe de Marisa, e por uma ufóloga, Jean Bilodeaux.

Marisa e Raechel eram duas moças diferentes da maioria: Marisa era quase
cega e mal conseguia morar sozinha, ao passo que Raechel nunca falava de
seu passado possuía uma entonação estranha e só comia alimentos
esquisitos trazidos por homens misteriosos, sempre com terno preto. As
duas estudantes conviveram cerca de seis meses no norte da Califórnia, na
década de 70. Pareciam dar-se bem e tornaram-se amicíssimas. Pouco a
pouco o estranho estilo de vida de Raechel começou a instigar suspeitas
aterradoras em Marisa, que a levaram a conclusões tão inusitadas que não
ousava contar para ninguém temendo ser considerada louca.

Após uma série de eventos perturbadores e incomuns, o homem


declarando ser o pai de Raechel revelou ser um Coronel da Força Aérea
que estava tomando parte em um experimento ultra-secreto conduzido em
uma base subterrânea intitulada Four Corners, situada em Nevada. O
Coronel tinha sido outorgado pela Organização Nacional de Pesquisa, por
meio do Comando de Informação Técnica Aeroespacial da Força Aérea, a
adotar a humana alienígena-híbrida Raechel e lhe conceder liberdade, a fim
de ter uma vida normal, à medida que vivesse como uma estudante
universitária.

Controverso e envolvente, o livro “Os Olhos de Raechel” pode parecer-se


com uma obra clássica de ficção científica; mesmo assim para muitos,
como o cientista comportamental e psicólogo aposentado Dr. Richard
Boylan, que dissertou o prefácio do livro, os eventos ali narrados não são
ficção. Na verdade: “eles oferecem uma descrição exata dos contatos
extraterrestres reais, não incluindo a desinformação comum acerca do que
realmente acontece nos porões subterrâneos da atual base secreta Four
Corners, "irmã" da base aparentemente situada mais ao norte da notória
base Área 51, na área central do deserto de Nevada”. O Dr. Richard Boylan
explica que os contatos extraterrestres narrados no livro se coadunam

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estritamente com dados semelhantes, a respeito da atividade subterrânea
engendrada na Área 51, que foram vazados por antigos militares.

Marisa morreu no ano de 1990. Compreendendo que ocorreram mais


contatos extraterrestres do que tinham sido desvendados, Helen Littrell em
1995 contratou os serviços da ufóloga Jean Bilodeaux. No início de 1998,
sob a supervisão da psicoterapeuta e hipnoterapeuta Dra. June Steiner,
Helen submeteu-se durante dois anos a longas séries de regressões
hipnóticas, expondo uma história familiar de interação extraterrestre, que
não tinha sido pesquisada até então. As regressões também revelaram a
Helen, uma ligação entre Littrell e o Coronel Harry.

O livro “Os Olhos de Raechel” compõe-se de duas partes. Na primeira, a


maioria dos contatos extraterrestres ali narrados foram reconstituídos da
memória de Littrell. A maior parte das informações que Helen tomou
conhecimento foram transmitidas telepaticamente pelo coronel Harry,
segundo ela. Mas, incapaz de explicar por que as revelações extraterrestres
não a atordoaram naquela época, Helen não tinha idéia do papel chave a
cumprir, a desempenhar nesses contatos extraterrestres bizarros, até se
submeter à regressão hipnótica. Na segunda parte do livro, as crônicas dos
anos de pesquisa revelam um sumário do que foi descoberto durante a
pesquisa, que inclui transcrições completas de algumas das regressões
hipnóticas reveladoras, traumáticas e emocionais de Helen. Além de
entrevistas com amigos e membros de família que conheceram Raechel,
existem fotografias e ilustrações que comprovam a validade dos contatos
alienígenas estonteantes, que Marisa e Helen vivenciaram juntas com essa
garota híbrida estranhíssima.
* * *
Sobre os Autores:

Helen Littrell é a mãe de Marisa. Ela trabalha com


transcrição médica, é editora autônoma, também consultora de um grande

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editor médico. Já escreveu seis livros de terminologia médica. Littrell,
atualmente, mora numa área rural do sul de Óregon.
Quando criança, Littrell se encantava ao observar luzes estranhas durante a
noite. Mas não parou por aí. Após começar a fazer regressões hipnóticas,
depois da morte da sua filha Marisa, ela começou a compreender a
dimensão do seu envolvimento na ufologia e a missão que tinha com a
humana alienígena-híbrida Raechel, muito tempo antes de sua filha e
Raechel se tornarem companheiras de quarto. Littrell explica que seus
contatos paranormais e extraterrestres intervenientes não deixam dúvidas
de que sincronicidades importantes existem, a fim de nos mostrar o modo
de usufruir uma experiência de vida mais ampla do que a maioria das
pessoas possa imaginar. O paranormal tem exercido um papel
importantíssimo e extraordinário na minha vida. Desde que avistei as luzes
no céu na juventude, esse fenômeno prossegue até a data corrente.
Realmente, não sei dizer o que são tais contatos ufos. Nem sei, quais são os
intuitos dos seres extraterrestres, a não ser, talvez, provar para aqueles de
nós que desejam acreditar, que existem mais coisas nesse mundo do que
balões atmosféricos, balizas fulgentes de aeroporto e o eterno luzente
planeta Vênus, como nos dizem. “Eu acredito que os extraterrestres
relevam o fato de que não estamos solitários no universo”.

Jean Bilodeaux é a pesquisadora chave nesse caso e tem


trabalhado ao lado de Littrell desde os idos de 1995. Escritora autônoma e
correspondente de jornal, Bilodeaux iniciou sua carreira como professora e
empresária, antes de começar a pesquisar UFOs nos idos de 1992. Até hoje,
ela já entrevistou mais de 250 pessoas que testemunharam ufos e investigou
mais de 25 casos de mutilação de gado no norte rural na Califórnia e no sul
de Óregon, onde mora próximo de Cedarville, uma cidade com 600
habitantes. Bilodeaux explica: “Dificilmente passa uma semana, que não
tenha sido constatado um outro inexplicável avistamento UFO”.

PRÓLOGO

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Nós temos olhos, mas não enxergamos. Marisa é quase cega; enxerga com
o coração. Raechel pode ver; seus olhos guardam segredos. Os olhos de
Helen são os olhos maternos, que certa vez viram ódio e falta de esperança;
agora vêem esperança e amor.

Esta é a história verídica de duas garotas determinadas a não deixarem que


seus empecilhos físicos reprimam seus sonhos. Tentando sobrepujar a
barreira da diferença, elas servem de inspiração para outras pessoas, que
talvez se encontrem em situações símiles.

Talvez, a busca da verdade represente uma situação a ser sobrepujada,


sobretudo, se os eventos extraterrestres narrados no livro iniciaram há trinta
anos atrás e continuam atualmente. Enquanto interesses controladores não
almejam que a verdade venha à tona. À medida que aprofundamos mais
nossa pesquisa nos segredos do passado extraterrestre, mais essas verdades
vêm à luz. Essa é a história de indivíduos sinistros com olhares poderosos e
mentirosos, imiscuindo-se na vida de inocentes, mascarando segredos e
controlando seus destinos.

Esta é a história de como a mãe de Marisa, Helen Littrell, se lembra dos


fatos. Os diálogos foram reconstituídos, os personagens principais são reais
e todos os nomes, exceto os de Raechel e Marisa, foram mudados.

Este livro desperta a vontade do leitor de expandir a sua visão, a fim de


contemplar o ser humano, a alma, o mundo e o universo, através dos olhos
de uma garota quase cega, da sua mãe, pelo mais digno de apreço, pelos
olhos da garota chamada Raechel.

Escola de Comando de Informação Técnica sobre ETs e Nave Espacial –


Ano de 1955

Eu realmente ansiava tomar conhecimento do trabalho da SAC (Comando


Aéreo Estratégico).

Harry, sem nunca conhecer Colorado, Kansas ou Nebraska, lançou mão dos
seus últimos cinco dias, tomando seu tempo, rumando pra Crawford.
Sentado e relaxado enquanto dirigia, curtindo o panorama monótono da
paisagem, meditava à solta: "Annie, se as coisas tivessem mudado de rumo,
como planejávamos, você estaria aqui ao meu lado. Ainda não posso

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acreditar, que você divergiu de determinadas questões. Tomei a decisão
certa, me alistando na Força Aérea".

Harry, então, apanhou suas ordens militares, contemplou-as com atenção,


mais uma vez, e continuou seu solilóquio para Annie: "Que diabos é uma
Escola de Pesquisa de Informação técnica? Nomenclaturas bonitas, não me
dizem nada a respeito do que farei no meu trabalho militar. Provavelmente,
um jargão militar para tornar-se, nem mais nem menos, algum tipo de
guarda. E o título “Comando de Informação Técnica Aeroespacial”
(ATIC), seja lá o que for isso. E, como esse comando está vinculado aos
Comandantes da Base da Força Aérea na Califórnia? Tudo é muito secreto
e melodramático. Por que não podemos falar inglês na Força Aérea? E a
conversa sobre o alfabeto intrincado?”.

"Espero poder lidar com tudo isso a tempo. Mas, o que aconteceria se
caísse muita física e trigonometria na minha instrução militar? Estarei em
sérios apuros. Eu conseguiria safar-me nos testes de capacidade. Ao menos,
safando-me a fim de ser designado para essa escola de pesquisa técnica
militar. E, por que fui o único convocado, de fora do grupo inteiro, para ser
selecionado para a ATIC?”

"Eu sei que os militares investigam o passado de todos os militares


recrutados. Por que a minha autorização era Super-Secreta e não Secreta,
como do restante do pessoal? Por que o tenente frisou: Você precisará usar
essa credencial para o lugar que oficiará? Droga! Eu poderia ter
compreendido isso por mim mesmo”.

"Quem sabe, essa norma seja um procedimento normal para todos os


pilotos designados para a SAC, para todos os pilotos de aviões espiões,
controladores de sistemas de comunicação moderna, pilotos de aeronaves
secretas e outras coisas, que eu até mesmo não tenho conhecimento a
respeito. Mas, por que ninguém sequer tocou nesse assunto? E, por que o
tenente falou: Piloto! Jamais atente aos conselhos da ATIC! Você,
provavelmente, leu suas ordens erradas!”.

A resposta do tenente era súbita e ensaiada, sobretudo, no momento em que


sua face mudou, imperceptivelmente, para uma expressão facial frívola,
antes de me despachar e chamar o próximo nome da lista. "Bem, terei de
aguardar e ver. Eles deveriam conhecer a base Crawford. Eles são os
militares que me lecionarão, seja qual for a informação que eu tenha de
tomar conhecimento para a missão da ATIC. Quanto a esse maldito
alfabeto intrincado Harry lamentou: "Tô cansado de todas as iniciais que
ninguém sabe coisa alguma a respeito, ou declara não saber".

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Harry se apresentou na Base da Força Aérea de Crawford num domingo de


tarde, quando o oficial de serviço lhe informou: "Sua turma começa
amanhã às 7:00h da manhã. Sala 108. Haverá seis pilotos recrutados. Não
se atrase".

Harry notou que era o homem mais jovem dos seis militares, o único
recruta recém-chegado a se apresentar. Todos os outros estavam no serviço
havia vários anos, tinham se voluntariado para a escola e sua eventual
missão para a ATIC. Logo, às 7:00h da manhã, quando um tenente
adentrou no quarto, todos os seis pilotos saltitaram em posição de ordem.
"Descansar, homens! Eu lidero um grupo incomum, então, sem mais
continência. Bem, a primeira ordem do dia é que tudo o que vocês
escutarem neste aposento, permaneça neste recinto. Não comentem uma
palavra do que tomarem conhecimento neste lugar a ninguém. Nem mesmo
discutam estas informações entre vocês ou terminarão como alimento de
coiote, em alguma área inóspita no deserto. Estou sendo claro?"

"Sim, senhor!" Os seis homens responderam a uma só voz.

"Bem, senhores, peguem suas canetas e escrevam a resposta no papel.


Leiam e assinem essa Instrução de Não-Revelação. Tenham perfeito e
indiscutível conhecimento de que dão conta, plenamente, das implicações
do documento, cavalheiros".

Ao correr do tempo de uma hora de aula, Harry amadureceu a idéia do


segredo da sua missão e, ao final da primeira semana, achou que seu
cérebro irromperia. A ATIC era a organização da Força Aérea que
inspecionava a pesquisa de aterrissagens e quedas de naves extraterrestres,
e recuperação de ocupantes extraterrestres. A CIA e várias outras agências
de inteligência civis secretas estavam, subsidiariamente, tomando parte
nesta operação ultra-secreta.

Foi então que os militares informaram a Harry a tarefa que se impusera.


Seu primeiro posto de serviço estaria localizado numa das áreas de colisão
de naves extraterrestres, onde um número de quedas e aterrissagens tinha
ocorrido no passado, e ainda continuava acontecer. Harry fora designado
para um posto de serviço assim nomeado Four Corners, um regimento de

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Comandantes da Base da Força Aérea. Até aí, nenhuma explicação
adicional foi passada para Harry, nem sequer uma idéia da região onde se
localizava a base militar.

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Certa manhã, o instrutor entregou a cada um dos pilotos um pequeno


folheto estampado com os dizeres: ULTRA-SECRETO/ORCON.
"ORCON significa informação Controlada do Originador e tenham em
mente que, daqui por diante, vocês ainda estão sob as ordens estritas de não
comentarem nada a respeito do que tomarem conhecimento ou escutarem
nesta turma, com qualquer pessoa afora deste recinto. Sequer entre vocês
mesmos. Entenderam-me?" Nesse instante, ao paginar o folheto
cuidadosamente, do início ao fim, junto com os pilotos, seus instrutores
explicaram, com todos os detalhes, cada um dos projetos secretos, quais
eram os responsáveis por liderá-los e quais eram, exatamente, suas funções.
"Bem, no mais alto nível de segurança está a MAJI, ou Agência Superior
de Comitê de Inteligência. Ela controla todos os projetos secretos lidando
com entidades extraterrestres, planejando e disseminando desinformação
deliberada para o público como um capote. O Diretor da MAJI, comumente
o Diretor da CIA, é designado como MJ-1. Ele se reporta somente ao
Presidente dos Estados Unidos".

Então, Harry veio a saber que o Majestic-12 se compunha de um grupo de


peritos em várias áreas de espionagem, política e científica, a cargo de
avaliarem as informações obtidas das formas de vidas extraterrestres, que
transmitia essas informações para os militares pautados nesses dados. Cada
membro desse grupo oficiava independentemente; jamais se congregavam.
Eram providos apenas da informação que tinham ao seu cargo especial.
Essa informação era transmitida estritamente para outra que não era sua
intenção. Portavam uma credencial batizada de MAJIC, ou MAJI-
monitorado. Também tinham o dever de prestar contas somente ao
Presidente Americano.

Nesse instante, o instrutor examinou a lista de plantão que lhe confiaram.


Uma lista com os nomes e missões dos seis pilotos. Ele fez-se anunciar:
"Nadien, você está designado para o regimento dos Comandantes da Base
da Força Aérea situada em Four Corners. Veremos que essa base não é a
verdadeira base Four Corners, que julgamos ser. Você não a encontrará no
mapa. Todos os outros seguirão para a Área 51 ou Terra dos Sonhos, como
alguns alcunham. Esta base está situada em Groom Lake, Nevada. Não
sondem estradas dando acesso para lá. Existem algumas, mas o lugar é tão
secreto que é dado somente acesso para pessoal autorizado. Entretanto,

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cabe frisar: qualquer pessoa não autorizada, civil ou militar, que lá entrar
perderá seu rastro. Nenhuma explicação é dada. O governo americano nada
sabe e explica. Até onde os militares estão preocupados, o lugar não existe
e ninguém dedura".

Uma vez entregue uma cópia para cada membro da lista de plantão, com
um grupo de ordens anexadas, os homens viram ali na prática o nome de
suas repartições de serviço, assinaladas em algum lugar não remoto
impressas em preto e branco. Isto aditou um tiquinho de realidade para a
cena surreal que havia sido planeada para tais homens. Logo, o instrutor
deu a anunciar: "Bom, homens, vocês agora já têm ciência de quais são
suas ordens, mas ainda não sabem em qual projeto trabalharão. Atentem-se
para esse espaço em branco no meio da página. Verão arrazoado “Projeto
Luna” ou “Projeto Ataque” datilografado na folha."As ordens de Harry
informavam Projeto Ataque”.

"No entanto, pilotos, eu creio que vocês serão conduzidos a cumprir suas
atividades nos dois projetos, que lidam diretamente com as formas de vida
extraterrestre e suas naves. Também relembraremos os outros projetos a
miúdo, assim vocês terão um panorama geral de como todos esses projetos
se encaixam conjuntamente. Essa coisa é um verdadeiro elo constrito, na
verdade, como um quebra-cabeça novo em folha. De certo, é importante
tomarem conhecimento, exatamente, da parte do projeto aonde cada um de
vocês se encontrará em atividade”.

Consultando seus papéis, o tenente indagou: "Terminado?"

"Sim, senhor!" “Responderam todos ao mesmo tempo”.

"Bem, voltemos a falar do Projeto MAJI” O tenente frisou: “É onde tudo


deu início”. Nos idos da década de 1960 o Projeto MAJI e o Projeto Platão
puseram em vigor um acordo secreto com o Conselho Intergaláctico,
composto de governos planetários de vários dos mais adiantados planetas.
Sob os termos do acordo, os aliens acordaram em compartilhar conosco,
informações tecnológicas médicas e científicas. Em troca, concordaríamos
em manter a presença extraterrestre na Terra, em segredo, e permitir-lhes
conduzir experimentos em animais e humanos.

"Certamente, alguns de vocês já ouviram falar a respeito das alcunhadas


mutilações de animais, que têm ocorrido no mundo inteiro. Não adentrarei
em pormenores, a não ser para dizer que os animais são encontrados com
várias incisões lancinantes cirúrgicas, com certas partes de seus corpos
removidas, sem qualquer traço de sangue nas suas carcaças. Estes são

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alguns dos experimentos, que nós acedemos aos alienígenas levarem a
cabo. Mas, ocorreu o inevitável. Como o DNA bovino é parecido com a
natureza do DNA humano, os aliens lançaram mão desse material em
algumas de suas pesquisas de clonagem. Também manipularam esse
material para criar um ambiente artificial, a fim de procriarem híbridos no
interior de tanques preenchidos com líquido. Sabe lá Deus o que mais
estarão embrionando mundo afora. Se alguns de vocês desejarem obter
informações adicionais, em atenção ao assunto, disponho de muitas
fotografias e informações para examinar acerca desses materiais”.

"O grupo MAJI também consentiu que os extraterrestres executassem um


número de abduções humanas, com limites estipulados. Em troca, os
extraterrestres forneceriam listas acuradas e atualizadas daqueles
abduzidos. Recentemente, as listas estão mitigando, embora, cada vez mais
pessoas declarem terem sido abduzidas. Vale dizer que, existem relatos
crescentes de abduzidos, plausíveis e responsáveis, desconsiderando o
pedido do governo americano de impor silêncio ao assunto. Acham que
estão sendo seqüestrados e impelidos a participar de algum tipo de
experimento reprodutivo interespécies, onde seres humanos alienígenas-
híbridos estão sendo engendrados. Confesso, de minha parte, que um destes
experimentos, o Projeto Humanização, está sendo conduzido na base Four
Corners, mas desconheço os detalhes do projeto".

Daí, pausando, o tenente com um olhar fixo e arguto, indagou aos seis
estudantes: "Continuam todos atentos? Alguma pergunta?” Bom, há muito
mais informações para serem abordadas. O Projeto Aquarius é o que vocês
alcunham de capote para os demais projetos secretos. Esse projeto é
responsável por recolher todas as informações tecnológicas, médicas e
científicas sobre as formas de vida extraterrestre e suas aeronaves. O
Projeto Aquarius repassa todas essas informações para outras agências de
inteligência e para a NASA, que empregam esses conhecimentos em suas
sondas espaciais. Esse projeto incorporou todos os projetos secretos
fundados, preexistentes a este, sendo totalmente financiado pelos fundos
secretos da CIA, que não emprega verbas do governo; logo, não há meio de
como rastrear a procedência do dinheiro ou como a verba é gasta. Não há
restrições postas em vigor, nem explicações dadas, nem interrogações. O
público sequer tem idéia da existência desse projeto. Se alguém descobre,
tudo é negado. É um dos mais pardos intitulados projetos negros em
atividade. No final das contas, a Agência de Segurança Nacional (NSA)
tomou o comando da administração do Projeto Aquarius. Posto isto, o
tenente tornou a indagar: "Vocês todos são pilotos solteiros? Ninguém
deixou uma esposa ou noiva no lar, certo?”

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Tendo ouvido todas essas palavras, eles se entreolharam interrogativos,
querendo saber o que ele estava insinuando. Como soube? Por que isso era
importante?

"Todo indivíduo recrutado para o Projeto Aquarius, tem de permanecer


solteiro durante sua incursão de serviço. Isto é, sempre desacompanhado.
Não deve comunicar nada para a consorte no lar, acerca do posto de serviço
do marido ou sequer onde está lotado, já que isto é um alto risco de
segurança. Logicamente, ela julga que deve saber onde seu marido está
lotado. Isso não pode acontecer. Já que, falar para qualquer um, qualquer
coisa sobre onde você está lotado ou o que está fazendo, você é
automaticamente culpado de uma violação de segurança e será morto. Em
linguagem simples, cavalheiros, vocês desaparecerão e serão esquecidos”.

"Isso é uma coisa muito séria, homens!” “Cada um de vocês recebeu uma
credencial Ultra-Secreta. Assim que se apresentarem na sua repartição
militar, receberão sua credencial MAJI”. Dito isso, alguma coisa clicou na
mente de Harry. Esse é o motivo pelo qual recebi essa missão. Então,
quando investigaram meu passado, levantaram a notícia que Annie e eu
éramos noivos; que ela tinha perdido a vida em um acidente; que eu não
tinha muito em comum com meus velhos amigos; que era solitário. Foi o
tempo em que, sendo arredado pela minha família ao me juntar à Força
Aérea, auferi pontos extras também. Assim, as coisas estão começando a se
resolver. Mas, logicamente, que a NSA tem todas as informações a meu
respeito.

Nisso, a reflexão de Harry interrompeu-se: "Nadien, fale-me sobre seu


novo trabalho no projeto". O tenente prosseguiu: "Lerei o que menciona o
meu manual. É um pouco mais pormenorizado que os folhetos em poder
dos homens".

Harry concentrava-se em cada termo que era lido. "Agora, O Projeto


Ataque pretendia recuperar todas as naves extraterrestres aterrissadas, a
salvo ou colididas, e os extraterrestres. Os militares designados para o
Projeto Ataque estavam lotados em vários regimentos localizados em áreas
remotas no sudoeste dos E.U.A, inclusive, em Nevada, Utah, Arizona e
Novo México”.

"O projeto apregoava histórias de capote, pois as explicações tencionavam


satisfazer os residentes locais que testemunharam os incidentes ufos e
tinham vivenciado encontros imediatos extraterrestres. Mas, quando os

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cidadãos não aceitavam as explicações dadas pelos militares da segurança
da base eram conduzidos para locais remotos pela polícia militar e
sujeitados a manipulação de mente. Algumas destas pessoas, com
conhecimento do que tinham visto se recusavam a mudar seus relatos. Uma
química era injetada nelas, que causava perda de memória de curto prazo e
partiam dali, novamente para suas casas. A seguir, era organizado um
encontro com a mídia local, por vezes com a mídia nacional, onde
anunciavam que os relatos oficiais se tratavam apenas de trotes”.

"No ensejo de obstar qualquer propósito de liberação de informações ufos,


todos os relatos arrazoados originais e fotografias de avistamentos, ou
incidentes ufos nas mãos de funcionários da justiça ou de civis, eram
confiscados e supostamente destruídos. Os agentes militares ligados ao
Projeto Ataque confiscavam todos os registros escritos, fotografias e
qualquer prova material ufo que descobriam”.

"Essa é uma ação contínua, homens! Realmente, é uma pena tratarmos


testemunhas inocentes desse jeito, mas esse negócio é supersecreto para
tomarmos decisões. Apenas seguimos ordens superiores".

O tenente prosseguiu, apesar da rouquidão: "O Projeto Luna é um


codinome que assinala, ao menos, duas bases subterrâneas extraterrestres
que foram edificadas com o aval e suporte do governo americano e demais
agências civis. Uma destas bases subterrâneas, a base Terra dos Sonhos ou
Área 51 está balizada em uma área remota no deserto de Nevada. E um
exíguo regimento militar, que se associou a essa base militar, trabalhando
com as mais exóticas naves espaciais e seres extraterrestres está localizado
em Papoose Lake, não distante da base Terra dos Sonhos”.

"A outra base subterrânea chama-se Four Corners. Ambas as bases são
intensamente vigiadas pelo pessoal da Força Delta da Organização de
Pesquisa Nacional ou NRO. Estes caras não brincam em serviço. Os
infratores são imediatamente alvejados e nenhuma explicação é exigida ou
dada. A Organização de Pesquisa Nacional tem absoluta responsabilidade
quanto à segurança e bem-estar de todos os alienígenas ou projetos ligados
aos extraterrestres, em qualquer parte a se fixarem. Eles criam suas próprias
regras; não se reportam a ninguém, apenas ao Presidente".

Nesse instante, o corpo de Harry empederniu-se. Não é de estranhar que


tudo o que indaguei até agora tenha sido tão evasivo. Eles estavam sob as
ordens de não revelarem nenhuma informação sobre o projeto secreto
extraterrestre e não tinham escolha. Simplesmente, não queriam enfrentar
as conseqüências de revelarem essas informações ufos. Eu não os culpo.

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"Agora, homens, completaremos a apresentação dos projetos secretos num
escrutínio rápido. Mas, se vocês quiserem saber um pouco mais a respeito
desse tópico, está tudo escrito nos seus folhetos, asseverou o tenente. "Ou,
me procurem a qualquer hora antes de deixarem suas repartições. Ficarei
honrado de explicar-lhes os pormenores dos projetos secretos o melhor que
posso”.

Harry supôs ser duro trabalhar nos mais importantes Projetos, Ataque e
Luna. Deus! É difícil acreditar que estão sendo reveladas todas essas
informações ufos, que o governo declara ser um disparate de mentiras, as
quais eu perpetuarei.

"O Projeto Gabriel adveio da tecnologia Alemã confiscada durante e após a


Segunda Guerra Mundial. Esse projeto tomou parte na pesquisa e
desenvolvimento de ondas sonoras de baixa-freqüência, planeadas a fim
neutralizar os sistemas de controle de naves extraterrestres e armas. Vale
dizer que, durante anos, os residentes de vários estados na área sudoeste
dos Estados Unidos reportam ter ouvido ruídos de baixa-freqüência, não
tão audíveis como sentidos. Os ruídos têm até sido alcunhados “Alaridos
do Absoluto”. Já o governo informa que os habitantes queixosos possuem
imaginações hiperativas. Realmente, muitos moradores dessas áreas
elencadas sofrem de todos os tipos de patologias físicas, emocionais e
neurológicas, em face desses contínuos ruídos de baixa-freqüência,
causados por esse projeto que não parece ser real. E, quanto mais os
residentes alardeiam sobre os ruídos, mais o governo apregoa
desinformação como se o problema fosse causado por ruídos de motor de
ar condicionado. Justamente, um fato que esses moradores deveriam se
acostumar e aprender a conviver. Assim, o governo põe em xeque a
credibilidade dos moradores queixosos”.

"Já o Projeto Excalibur é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de


uma arma movida a energia nuclear visando destruir as bases subterrâneas
extraterrestres, caso a situação perca o controle".

Harry quis saber o que eles querem dizer com "perca o controle". Isso é
chocante. Como o governo tem sido capaz de manter esse assunto ufo em
sigilo por todos esses anos?

O tenente continuou: "O Projeto Granada controla todas as informações


acerca da manipulação genética, executada pelos extraterrestres. Meu deus!
É duro acreditar que os extraterrestres dizem haver criado a raça humana
através da hibridização usando o macaco da espécie Reso; que a existência

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do sangue negativo de tipo RH é a prova de suas asserções. Acho que os
alienígenas têm feito experimentos e continuam fazendo: engendrando
formas de vidas humanas alienígenas/híbridas usando óvulo e sêmen
humano vindimados dos abduzidos durante as abduções”.

"Os extraterrestres comem esses extratos genéticos e desenvolvem os fetos


em grandes tanques de tipo aquário. Usam uma solução de nutrientes para
manter a vida do ser, até os híbridos crescerem plenamente. Esse aspecto
particular do Projeto Humanização é uma das condições das quais o
governo americano aceitou sob os termos do acordo com os seres
extraterrestres. Esse acordo continua em vigor por muitos anos. Já o
presenciei várias vezes. E, um ou dois seres híbridos estão trabalhando nos
laboratórios subterrâneos junto com os nossos cientistas neste momento".

Relanceando um olhar ao redor da turma, o tenente encarou Harry. Ele diz


haver real existência de alguns seres híbridos fixados na base Four Corners;
Harry ansiou saber e seus pensamentos alvoroçaram. Isso impele mais
loucura o tempo todo, já que a real loucura é que isso tudo é verdade. Os
extraterrestres têm estado aqui entre nós por muitos anos, exeqüíveis há
milhares de anos. Mas, temos sido embromados por todo esse tempo.
Somos ditos que estamos somente imaginando coisas, as quais realmente
sabemos que vimos e vivenciamos. O tempo todo, qualquer coisa que
pudéssemos possivelmente imaginar, que até mesmo adviesse de algures,
se aproxima da verdade bizarra. Logo, supus que meus pais contivessem as
informações ufos. Mas, não é de se estranhar, que isso seja um segredo
muito bem engavetado. Tanto é que os poucos oficiais e militares que
revelaram informações ufos foram mortos; desaparecendo sem rasto.

O tenente prosseguiu: "Às vezes, informantes militares cometem suicídio,


sempre sob condições que são logo explicadas em pormenores críveis.
Histórias de capote são imediatamente apregoadas, a fim de subestimar ou
explicar quaisquer informações ufos que venham a público. Eles não
discriminam sequer as regras de sigilo absoluto impostas, igualmente, aos
oficiais governamentais de alto posto militar e homens alistados. Essa
norma é a política governamental”.

Meneando lentamente a cabeça, o tenente terminou sua explicação


frisando: "Homens! Esse é um jogo perigoso que estamos jogando. O
governo tem todas as vantagens, quais sejam. Tanto eles, quanto nós
estamos manipulando o destino da raça humana inteira e sequer somos
permitidos informar às pessoas acerca desse assunto e, logicamente, não

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podemos deixar que tomem conhecimento de que somos uma parte desse
jogo. Bom, continuemos as explicações".

¥¥¥

No final da terceira semana, os pilotos terminaram de examinar as


informações a respeito de cada projeto secreto, nos mínimos detalhes.
O tenente, fechando o manual após terminar as explicações, inquiriu: "Mais
perguntas?"

Se alguns dos homens tivessem perguntas adicionais, ninguém ousou


indagá-las.

Estou contente por essa parte da aula ter chegado ao fim. Aliviara-se Harry.
Minha mente está saturada. Há três semanas atrás, achei que o conteúdo do
folheto secreto era pura ficção científica. Eu jamais imaginava, que tudo o
que sei agora é totalmente verídico e que serei parte disso, muito
brevemente.

"Eu sei que todos vocês estão ávidos por saber acerca dos pequeninos
homens verdes. Todos serão informados a respeito deles na próxima
semana”. O instrutor falou com um ar de riso frívolo. Em resposta, os seis
pilotos sorriram de um jeito incrédulo. Realmente, observar fotografias
reais de nave espacial, seja qual for ou quem quer que as pilote, não era um
assunto que os pilotos estivessem ainda preparados para lidar. Seus
sentidos ainda estavam sem firmeza do que haviam tomado conhecimento
até agora.

Nesse momento, Harry julgou que um intervalo de fim-de-semana seria


bom. Apenas dois dias de repouso para minha paupérrima mente abalada e
aproximadamente cinqüenta voltas, ao redor da piscina do Clube de Pilotos
da Aeronáutica, talvez aclarassem um pouco meus pensamentos. Deus!
Não posso imaginar quão confuso me sinto: Os militares estariam jogando
os mesmos jogos que meus pais jogaram, fingindo que seus problemas não
existiam ou afastando-os do caminho à medida que fossem surgindo?
Quem sabe, também, controlando a família deles com autoritarismo, em
uma escala cósmica? E a respeito dos seres híbridos alojados na base Four
Corners? Será que uma parte dessa família é minha nova família,
também?”

Caindo na gargalhada, Harry lembrou-se dos dizeres escritos no afixador de


cartazes da secretaria de recrutamento na cidade de Nampa, onde se lia:
"Junte-se à Marinha e Conheça o Mundo".

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Bem, eu me juntei à Força Aérea em vez da Marinha, Harry fez consigo
essa reflexão, mas, eu conhecerei esse mundo, e o testemunho decisivo e
insensível de vários outros mundos, também. No entanto, estando em meio
aos mais importantes segredos mundiais é excitante. Assustador, porém
excitante. Tomando conhecimento desses assuntos que têm mudado a
minha vida, nada será mais o mesmo.

Ao tomar seu banho mais tarde, irrompeu a refletir novamente. Uma coisa
é certa. A Força Aérea está correta ao informar ao público não existirem
objetos voadores, não identificados. Entretanto, temos identificado cada
disco voador desses seres extraterrestres. Eles têm vivido na Terra
miscigenando-se conosco engendrando uma nova espécie híbrida. Nós os
ocultamos em nossas bases subterrâneas como também os auxiliamos e os
albergamos, com a proteção das nossas maiores forças de segurança.
Realmente, estamos interagindo com eles, mas não hesitamos em matar
qualquer militar por comentar a respeito dessa interação em público.
Meditemos acerca disto: Os seres extraterrestres são mais importantes do
que os cidadãos americanos? Bem, eu espero que a tecnologia, que
estejamos recebendo em troca justifique os experimentos e as mortes.
Aliás, os extraterrestres têm feito o mesmo acordo com outros países? Se
for assim, nos foi permitido manter o acordo ou alguém mais se tornará a
força dominante neste planeta?

Em poucas semanas, estarei contemplando meus primeiros seres


extraterrestres, frente-a-frente. Cristo! Quanto mais penso nesse contato,
mais afundo em algum tipo de sonho esquisito. Espero que esse sonho não
seja constante, com crueldade e que, de forma desequilibrada, não se torne
um pesadelo.

Missão: Base Four Corners - Ano de 1955

Numa manhã de segunda-feira, ao alvorecer, Harry se encontrava


novamente na sala de aula. Por um lado, ansioso para começar a próxima
fase de seu treinamento, por outro, apreensivo acerca do que tinha
aprendido.

O instrutor deu início à aula: "Esta semana será devotada ao estudo dos
vários tipos de naves extraterrestres recuperadas, incluindo os discos
voadores que aterrissam em segurança. Sabe-se, entretanto, que a NASA
conduz extensivas análises laboratoriais das naves extraterrestres
recuperadas. Suas descobertas são patrocinadas por laboratórios como o

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MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) e outras universidades. Os
resultados dessas análises são sempre os mesmos tipos de materiais e ligas
de metais desconhecidos.
Outrossim, o método de propulsão dos discos voadores é um derradeiro
mistério, tanto que os engenheiros aeroespaciais estão convencidos de que
mais de um método de propulsão é usado na locomoção das naves
extraterrestres, dependendo dos seus delineamentos. Eles já tentaram usar
um sistema alcunhado de retroengenharia para locomovê-las, visto que não
parece haver outro modo de compreender os sistemas de propulsão destas
naves. Os equipamentos governamentais também não são muito
sofisticados, a fim de efetuarem qualquer análise final. Sempre que
ocorrem eventos ufos complexos, muitas vezes, níveis extremamente altos
de radiação se alastram em grande parte nas imediações da área dos
acidentes”.

"A maioria das naves extraterrestres colididas explodem e se carbonizam


no impacto, incinerando o veículo e seus ocupantes. Já as naves que caem
por acidente ou que são intencionalmente derrubadas pela Força Aérea
Americana são quase sempre encontradas na mesma condição. Os
ocupantes de uma nave extraterrestre são raramente recuperados com vida.
E, aqueles que sobrevivem a uma colisão têm sobrevida curta”.

"Todos vocês começarão sua nova excursão de serviço como parte do


grupo de segurança nos projetos secretos. Suas missões serão juntar os
pedaços de nave extraterrestre descobertos no lugar da queda, logo que a
equipe médica recuperar a tripulação alienígena. Se existirem
extraterrestres com vida, serão apanhados e transportados para o
laboratório médico, antes de vocês terem permissão para entrar na área de
queda. Se estiverem mortos, vocês ainda terão de esperar até que sejam
colocados em sacolas e levados para o laboratório de patologia para
análise".

Fazendo uma pausa, o tenente olhou ao redor da sala para ver como seus
estudantes lidavam com essas informações. Em silêncio, aguardaram que
ele prosseguisse com a explicação.

"Vocês terão uma rede de mapas da área dos acidentes de naves e serão
designados a analisar cada rede de mapas, uma a uma, até se certificarem
de que apanharam todos os vestígios dos destroços da nave. Na maioria das
vezes, vocês terão de esperar até que o calor se dissipe no local do acidente
Às vezes, o calor emanado da nave colidida é tão intenso, que não se pode
tocar um objeto por horas. Não existe muita urgência ligada a essa parte da
investigação; isto pode levar todo o tempo necessário”.

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"Vocês serão orientados durante dois dias a respeito desses assuntos, assim
que chegarem às suas repartições. Eles informarão, exatamente, o que
executar e como fazê-lo. A equipe a que vocês serão designados está nesse
lugar há alguns meses e não levará muito tempo para vocês adquirirem
bastante experiência. Eles darão qualquer informação que precisarem tomar
conhecimento".

Nesse instante, Harry imaginou desde os pedaços recolhidos da nave


espacial colidida, até imagens de como se aparentaria uma nave
extraterrestre intacta. Concentrando-se nisso, outra vez, ele compreendeu
que era exatamente o que estava sendo discutido na classe.

O tenente continuou explicando: "Estas naves aparecem de tamanhos e


formas variadas, desde naves pequenas de formato oval, de quinze ou vinte
pés de diâmetro até as compridas, do formato de um charuto, do tamanho
de um campo de futebol ou maiores. Algumas naves são de formato
triangular e muito rasas em profundidade; contudo nenhuma destas naves já
realizou uma aterrissagem testemunhada e somente podemos especular
sobre as formas de vidas alienígenas que, eventualmente, pilotem essas
naves exóticas. Entretanto, toda nave extraterrestre tem duas coisas em
comum: materiais e método de propulsão incógnito”.

"Alguns membros do projeto teorizam que as variações na aparência das


naves extraterrestres, talvez tenham relação com o propósito de suas
expedições na Terra. As naves extraterrestres grandes, com vários
compartimentos internos, contendo instalações médicas e equipamentos,
são utilizadas na abdução de humanos e animais restando amplo espaço
para os extraterrestres executarem seus experimentos. Já as naves
extraterrestres pequenas julgam ser empregadas para reconhecimento. Tudo
isso é estritamente uma conjectura. Ninguém sabe ao certo. Contudo, os
seres híbridos participando dos projetos de intercâmbio na Área 51 e base
Four Corners chegam em naves pequenas”.

"Nós jamais encontramos suprimento de alimento a bordo de uma nave


extraterrestre. Mas, nós comumente encontramos garrafas plásticas
contendo um líquido parecido com água, que supomos ser algum tipo de
suplemento nutritivo”.

"As tripulações alienígenas de algumas naves extraterrestres tem um


semblante de inseto. A análise química determinou serem formas de vidas
estruturadas à base de clorofila; uma aparência física que requer um tipo de
nutrição líquida, absorvida através de suas peles, por estarem faltos de um

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sistema digestivo discernível. Isso talvez explique os recipientes de líquido
encontrados nas suas naves".

Dia após dia, a turma estudava fotografias e esboços de vários tipos de


naves extraterrestres. Sentiam como se suas cabeças fossem irromper por
causa de todas aquelas informações impressionantes. Na sexta-feira à tarde,
o instrutor comentou finalmente: "Basta por esta semana. Logicamente,
seus cérebros precisam de um descanso. Mas, homens, tomem a sério
minhas palavras. Vocês ainda não escutaram nada. O melhor está por
vir.“Acrescentou o tenente com um riso frívolo”.

Sentado com os braços cruzados na sua cadeira, Harry estava fascinado e


impressionado, com o que tinha tomado conhecimento. Assunto
extraterrestre era uma coisa real. Todas as histórias que ele tinha escutado
durante anos a respeito de UFOs e seres extraterrestres estavam
confirmadas. Já quanto ao público, os militares apregoam sobremaneira os
UFOs como balões meteorológicos, gás de pântano, planeta Vênus ou,
ainda pior, alucinação do indivíduo.

À medida que a turma progredia, seus sentimentos de constrangimento


aumentavam. Harry estava estupefato; com emoções variadas. Excitação
sobre todas essas incríveis informações ufos; ressentimento de estar sendo
enganado; envergonhado de não ter visto através das mentiras; raiva de ter
sido tratado como um bobo; repugnado em saber como seu governo
deliberadamente fazia de bobo às pessoas ingênuas e inocentes. Além
disso, a empatia com os cidadãos que realmente tinham avistado naves
espaciais ou extraterrestres e que conscientemente reportavam seus
avistamentos, unicamente para serem ridicularizados publicamente. Ao
mesmo tempo, a CIA bem como outras agências de inteligência e os
militares levavam a cabo suas investigações ultra-secretas de cada incidente
ufo – trabalhando conjuntamente com os alienígenas. Então, Harry refletiu
consigo: O que é pior? As atividades honestas e intenções dos seres
extraterrestres ou as nossas fraudes governamentais? E agora, me tornarei
um deles?

Até mesmo o Presidente Americano, na realidade vários deles que se


estabeleceram na Casa Branca, asseguravam o controle imediato de todas
as malditas operações militares, instruindo os militares a maquinarem estas
ou aquelas histórias ufos mais aceitáveis para cada incidente ufo, à medida
que ocorressem.

Nesse instante, o tenente mitigava o ritmo das informações ufos para o dia:
"Uma última coisa, homens. Em toda nave extraterrestre e todo uniforme

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extraterrestre, nós contemplamos um triângulo com três linhas horizontais
cruzando através deste símbolo, que alcunhamos de uma insígnia trilateral.
Julgamos que esse símbolo constitua algum tipo de símbolo universal,
representando uma federação ou um grande grupo extraterrestre. No
decorrer da semana, tentem relaxar e divirtam-se um pouco. Existem muito
mais fotos e esboços de naves extraterrestres e seus pilotos, a serem
abordados. O material que receberão na próxima semana trará detalhes a
respeito das dimensões e quais informações que concluímos, a partir das
nossas pesquisas. Lembrem-se justamente disto: Uma vez que saírem a
campo, provavelmente irão presenciar vários eventos que não estão
descritos no livro. Bom, homens. Liberados! Vejo-os na segunda-feira".

Chegando cedo para sua última semana de aula, Harry mal continha seu
entusiasmo. Estava ávido por aprender mais sobre como se pareciam as
outras formas de vidas extraterrestres. Ele queria partir para sua nova
repartição em Four Corners, onde se defrontaria com a coisa real.

Dando um sorriso para Harry, o tenente lhe entregou um livreto com os


dizeres: MAJIC/ULTRA-SECRETO com a insígnia trilateral estilada na
capa. Esse livreto tinha mais espessura do que os outros.

Nisso, o tenente aproveitou estar a sós com Harry para lhe perguntar:
"Nadien, você parece mais interessado no assunto ufo que os outros. Você
provou ser mais alto que a média e você é o mais moço na turma.
Francamente, como você conseguiu ser designado para a ATIC?”

Harry ficou atônito com a pergunta e como respondê-la, com o tenente


sentado ao pé da mesa. “Descansar, piloto! Isso é entre você e mim. Sem
relação a nada, percebo que você logrou um interesse especial nessa coisa
toda. Uma aptidão especial, também, da qual eu posso falar pelo seu
empenho nessa turma. Eu endossarei, por meio de emitentes, que você
levou somente seis meses no grupo de perímetro, em vez dos normais dois
anos de preparação. Você será designado diretamente para o Grupo Azul.
Eles são a primeira unidade que parti, de principio, para investigar todos os
incidentes ufos que acontecem em Four Corners. Eles recuperam os
membros da tripulação alienígena com vida e os escoltam para a instalação
subterrânea para tratamento médico, caso necessário. Também realizam
investigações, exatamente no sitio de queda da nave extraterrestre, toda
hora que possível. Em suma, vocês seriam parte do comitê que dá as boas-
vindas aos extraterrestres".

Circulando um olhar na direção da porta, ele continuou: "É parte do meu


trabalho prestar atenção em quaisquer pilotos que apresentem interesse

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especial nos projetos. Vocês parecem ter as qualificações certas para se
juntarem ao Grupo Azul. Alguns homens se saem bem na classe, mas não
têm tudo o que é preciso para lidar com o trauma emocional de tratar com
alienígenas frente a frente. Eu examinei seu passado e mostra que você tem
lidado sucessivamente com algumas responsabilidades pesadas, devido a
problemas pessoais. Não deixa ninguém pisar em você, fica com a cabeça
fria não importa o que acometa. Eu já conversei com a Sede da ATIC. O
Coronel Walker e o Comandante da base Four Corners querem você no
Grupo Azul, assim que seja possível". Ele olhou diretamente nos olhos de
Harry e perguntou: "O que você acha, Nadien?"

Dando-se conta de que ele tinha sido escolhido para uma missão muito
especial, Harry foi pego completamente desprevenido. Ele conseguiu
expressar sua gratidão o melhor que podia. "Obrigado, senhor. Isso é uma
honra. Espero poder lidar com a minha missão. Eu esperava trabalhar em
um lugar distante, como todo mundo".

As palavras pareciam totalmente inadequadas, mas era tudo o que podia


conseguir no momento. Regojizando-se, o tenente assegurou-lhe: "Nadien,
você irá cumprir com seu trabalho muito bem. Pode ser, que num dia
desses você seja aquele piloto que eu comunique à base Four Corners para
recomendar um astuto jovem piloto, para o Grupo Azul”.

A estas palavras, Harry ficou em estado de choque. As coisas pareciam


estar precipitando-se subitamente. Ele, então, meditou: Não sei se estou
pronto. Sinto-me como se estivesse galopando um cavalo em disparada,
desprendido das rédeas. Acho que essa cavalgadura será um passeio
extraordinário.

O dia passou com rapidez. Contudo, pareciam existir tantos tipos diferentes
de seres extraterrestres como naves espaciais. Harry, que tinha sido
preparado para se comportar com atitude oposta, talvez, até mesmo
repugnado com a percepção do modo de viver e respirar de seres não-
humanos, ao contrário, ficou fascinado com tudo o que aprendeu e
atemorizado com a absoluta diversidade da aparência destes viajantes
espaciais. Eles se apresentavam da escala que ia desde inseto, para planta,
para humanóides mutantes, bem como para a prole de experimentação na
hibridização de humanos e extraterrestres. Ele ficou ansioso para que o
treinamento chegasse ao fim e pudesse realmente contemplar algumas
dessas entidades, na vida real.

O instrutor, então, explicou: "Os seres Greys altos são assim nomeados por
causa de suas estaturas e cor de pele, freqüentemente, azul-cinza. Parecem

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ameaçadores, são extremamente difíceis de se comunicar, mas, até hoje,
nenhum deles demonstrou qualquer perigo físico para os membros do
Grupo Azul. Esse grupo extraterrestre particular nunca se mantém no solo
por muito tempo, e assomam-se às suas naves por breves períodos. Sequer
permitem que os membros do grupo azul se aproximem a uma distância
não mais de 9 metros, já que é melhor assim, uma vez que exalam um
desagradável odor de suor úmido, similar ao odor de papelão molhado ou
de um antigo porão que tem ficado fechado por longo tempo. Presumimos
que estes seres Greys são os responsáveis pela maioria das abduções
humanas e mutilações de animais. Geralmente, viajam em naves de grande
tamanho, por vezes do tamanho de um campo de futebol, talvez até
maiores".

Harry esperava que seu primeiro contato com extraterrestres não fosse com
estes seres alienígenas, mas, admitiu que não tinha muita escolha na
questão. Tinha que lidar com qualquer ser extraterrestre independente da
raça alienígena, a qualquer hora que assomassem.

Durante cinco dias consecutivos, o tenente explanou para a turma, tudo o


que era sabido de cada tipo de raça extraterrestre, que tinha visitado a
Terra. No final do último dia, Harry decidiu que ele, particularmente,
lidaria com os pequeninos seres extraterrestres, cuja pele era de cor verde-
amarelada. De acordo com o livro, seus semblantes eram mais como de
inseto e se movimentavam de um jeito letárgico e estranho. Pareciam muito
mais amistosos e, em todas as aterrissagens, tinham sido os primeiros a
iniciarem um tipo de comunicação telepática. A maioria desses seres tinha
braços compridos, franzinos, longos e estreitos, e pernas que, conforme
Harry, pareciam como de um louva-a-deus.

Estes eram os extraterrestres que tinham se prestado a compartilhar seus


conhecimentos com a humanidade, e que estavam neste momento
trabalhando com os cientistas governamentais, nos laboratórios
subterrâneos em Four Corners e Área 51. Conforme o acordo firmado entre
os governo dos E.U.A e o Conselho Intergaláctico, uma agenda de
revezamento tinha sido arranjada, onde alguns dos mais notórios
pesquisadores de várias galáxias, passavam vários meses em Four Corners.
Após retornarem aos seus lares eram substituídos por um novo grupo.

Harry passou a deduzir que todos fazemos parte de uma mesma família.
Todos têm alguns parentes estranhos nas suas árvores genealógicas. Essa
missão será a coisa mais interessante que já aconteceu comigo. Estou tão
preparado quanto estarei para o ATIC e o Grupo Azul.

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Quando o curso chegou ao fim, foi o momento de Harry deixar Crawford,
rumo ao seu novo posto. O assunto tem sido profundo, pensou, e agora é
um alívio ter acabado. Minha pobre mente precisa de um descanso, antes
de encarar a realidade de lidar com seres extraterrestres. Eu sinto, como se
tivesse caminhado através do espelho da porta da realidade. Só espero que
não seja um espelho de um só caminho.

Harry aporta em Four Corners - Ano de 1956

Chegando numa bifurcação da estrada, Harry decidiu seguir pelo trajeto da


esquerda. Tão logo chegou ao cume de uma colina havia uma cerca viva,
da altura de 2,43 m, indicando que chegara à Four Courners. Ambos os
lados do amplo portão, que se estendia na estrada, possuíam grandes placas
com os dizeres: "PROPRIEDADE DO GOVERNO DOS E.U.A. NÃO
ENTRE. USO AUTORIZADO DE FORÇA LETAL".

Do lado de fora do portão, em ambos os lados da estrada, estavam dois


enormes guardas trajando uniforme militar desmarcado, com um coldre
duplo na cintura, portando uma arma automática leve MP6. Ao lado de
cada um deles havia cachorros malignos, nunca presenciados por Harry. De
que raça são? Parece uma mistura de Dobermann, Mastim Inglês, Pit Bull e
leão. Deus! Espero que não me peçam para descer do carro.

Nisso, Harry contemplou a centenas de jardas, no lado distante do portão,


uma antiga casa de rancho abandonado, com vários celeiros compridos,
antigos, com telhas voltadas para baixo. Havia um caminhão de cinco
toneladas estacionado atrás de um celeiro, camuflado com uma pintura de
serviço.

Nesse instante, os guardas e os cachorros caminharam até o carro de Harry,


que desceu o vidro da janela do carro, abriu sua pasta e tirou suas ordens.
Imediatamente, um grupo de guarda e os cachorros se acercaram. Os olhos
avermelhados, inflamados e sombrios de um dos cachorros espreitavam
Harry; seus lábios arqueavam-se para trás, sobressaindo dentes
ameaçadores e ferozes. Imóvel de terror por causa da criatura, Harry fitou
novamente os olhos fulgentes do animal, pensando: Cristo! Esse bicho não
parece um cachorro. Seu pânico foi interrompido pela pergunta do guarda:
"Posso lhe ajudar, senhor?"

Harry deu-se a conhecer: "Piloto Nadien apresentando-se para o dever!"

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Exprimiu ele corajosamente, no momento que entregou as ordens. O
guarda, as examinou rapidamente e as devolveu acenando positivamente.
Então, Harry se acalmou imediatamente.

"Siga diretamente para o celeiro e estacione ao lado do caminhão. O


Coronel Walker o aguarda. Bem-vindo à Four Corners!"

O guarda e a criatura do inferno recuaram e o portão lentamente moveu-se


para frente e para trás, abrindo-se. Harry notou que o guarda não tinha
ativado o portão; que tinha sido remotamente colocado em funcionamento
por alguma pessoa, não visível. Havia mais neste lugar do que seus olhos
percebiam.

Harry prosseguiu com seu carro através do portão, na direção dos prédios
abandonados. No momento em que o portão se fechou, os guardas e os
cachorros assumiram suas posições originais.

"Estou em Four Courners finalmente: murmurou Harry”. Não parece muito


com o que eu esperava, de qualquer forma. Tudo está a ruir. Não existem
muitos prédios neste lugar, sequer um pelotão. Cristo! Parece que os
prédios derruiriam, se eu assoprasse forte neles.

Subitamente, Harry sentiu-se exausto, emocionalmente e fisicamente.


"Bem, Nadien, para melhor ou pior, esse lugar é isso". Comentou o que
achava, fitando a paisagem no lado oposto. "Sua nova família o aguarda.
Espero que você esteja pronto para encontrá-la".

Após estacionar seu carro ao lado do grande caminhão, Harrry saltou do


carro, tomou fôlego e bateu a porta. Em seguida, auscultou alguém se
avizinhando pelo outro lado da base e no momento em que Harry abriu a
porta da base, contemplou uma cena completamente diferente da parte
externa dos prédios.Um quarto completo, enorme, que parecia uma
combinação de sala de jantar e quarto, com poltronas, televisão, mesa de
bilhar, máquinas de venda automática de soda e barras de doce.

"Bem-vindo a Four Corners, Piloto Nadien!" Acabou por dizer, um grande


e forte homem trajando uma camisa cáqui e calças com camuflagem,
dobradas para dentro de suas botas de combate, que o cortejou firme:
"Coronel Walker! Vamos, chegou no momento certo para a refeição”.

Confuso, Harry não prestou atenção ao cumprimento de mãos e de bater


continência. Depois de tudo, essa é a forma de apresentar-se a um Coronel.
A confusão de Harry era visível. "Relaxe, Harry, isso é a ATIC. Nós ainda

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somos da Força Aérea; não existe formalidade neste lugar. Nem
continências obrigatórias e nós somos informais; como todo inferno”.

Isto posto, o Coronel conduziu Harry para o interior de um lugar, onde


havia vários outros homens, trajados informalmente com camisas e
uniformes militares, utilizados em atividades não militares; eles entravam
no quarto a partir de uma escadaria que provinha de algum lugar na parte
inferior do celeiro.

"Homens! Alguém recém-chegado aqui!" Anunciou o Coronel. "Vamos


dar-lhe as boas-vindas. Venham cá e se apresentem. A propósito, meu
nome é Bill."

Harry ficou extremamente confuso. Estou no meio de nenhum lugar, em


algum lugar no deserto de Nevada, dentro do que parece um celeiro
abandonado do lado de fora, mas é uma instalação subterrânea moderna
interiormente. E meu Comandante Oficial, um Coronel, quer que o chame
de Bill. E nem ele mesmo fala como um oficial.

Depois da refeição, Bill mostrou a Harry os alojamentos da base, instalados


debaixo de um antigo maquinário de armazenamento de produtos,
estatelados rente ao celeiro. A entrada conduzia para uma escadaria, que
descia para a parte de trás da sala de jantar, onde Harry tinha avistado os
pilotos chegando, no momento em que, de princípio, aportou na base. Um
pequeno túnel subterrâneo conectava os dois prédios.

No instante em que chegaram na área dos alojamentos, Harry observou


dois compridos corredores com pequenos quartos de cada lado. Havia uma
cama em cada quarto e cada aposento tinha um banheiro com um chuveiro.

Deus!“Eu estou fatigado após três dias de viagem” murmurou. Depois de


um longo e relaxante banho, caiu na suave e confortável cama de casal,
roncando de satisfação. Enquanto se deixou levar pela imaginação para
dormir, imaginou Annie deitada ao seu lado e bradou: “Bem, até aqui, tudo
bem. Minha nova família parece mais amigável do que a minha verdadeira
família".

Lidando com Diabete e Cegueira - Ano de 1960

Recolhida na cama, Marisa meditava a respeito dos terríveis e turbulentos


anos, que transformaram uma garota de oito anos de idade, brilhante e
saudável, em uma estudante cega em retiro, justamente começando a cursar

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o penúltimo ano de uma instituição de ensino.

Após receber os resultados dos testes de laboratório, o médico explicou a


Marisa o que estava acontecendo: "Marisa, você tem o que chamamos de
Diabetes Mellitus. Crianças, ocasionalmente, contraem essa doença quando
estão na sua idade. É difícil tratá-la, já que você ainda está em fase de
crescimento. Isso é o que está fazendo você se sentir tão cansada. Não
podemos curar essa doença; podemos controlá-la. Para se sentir melhor,
terá que tomar injeções de insulina diariamente, por toda a sua vida,
começando a partir de hoje".

O médico interrompeu a explicação, deixando Marisa começar a


compreender a situação devagar, e continuou: "Eu a internarei no hospital
por alguns dias, para que possamos verificar a dosagem certa de insulina
que você precisará tomar, assim você não ficará tão cansada e com sede o
tempo todo".

A única resposta de Marisa foi: "Posso levar minha boneca irmã?"

Daí em diante, após alguns dias no hospital, Marisa já se sentia melhor.

Em um certo dia de tarde, quando a mãe estava com ela, Marisa lhe contou
que tinha uma amiga especial no quarto, no outro lado do corredor.
Emocionada, levou sua mãe até o quarto, puxou a cortina ao redor do berço
e apontou para a criança ali deitada.

Marisa disse: "Esse bebê parece um rato! Olhe mãe!" Helen ficou atônita.
Deitado no berço encontrava-se um bebê com um defeito de nascença
horrível. Tinha feições faciais de um rato, mãos e pés pequeníssimos
lembrando as garras de um rato. Seus dedos das mãos e pés eram
unificados ao longo da metade dos dedos abaixo; onde deveriam estar suas
pequenas unhas estavam formadas parcialmente garras. Suas sobrancelhas
espessas e frondosas afunilavam-se para baixo em uma linha fina de cabelo
passando ao longo da ponte de sua narina. O resto de seu corpo, seus
braços e pernas que podiam ser vistos sobressaindo por fora de seu pijama,
parecia humano.

Erguendo os olhos para sua mãe, Marisa explicou: "Às vezes, no momento
em que ela desata a chorar e a enfermeira não chega prontamente, eu entro
no quarto, lhe digo para não recear e ela pára de chorar. Ela é a minha nova
amiga".

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No dia seguinte, quando Helen compareceu para visitar Marisa, ela
mostrou-se apreensiva: "Mãe, minha nova amiga partiu. Não está no quarto
dela. Você acha que ela morreu?"

"Os médicos provavelmente remanejaram essa criança para um outro


quarto. Não acho que ela tenha morrido: "Helen falou reafirmando essa
questão para sua filha e mudou de assunto. Marisa queria saber a respeito
da criança, mas nunca repisou esse assunto novamente.

Pouco tempo depois de completar dezessete anos de idade, Marisa acordou


de manhã incapaz de enxergar por um olho. Atemorizada, bradou: "Mãe,
alguma coisa está errada! Não posso enxergar nada com meu olho
esquerdo”.

Após três semanas, Marisa acordou cega de ambos os olhos. Agora, ela já
estava totalmente cega. O Dr. Parks tentou recuperar sua visão com duas
aplicações de laizer, mas sem êxito.

Primeiro Contato de Harry com um Extraterrestre - Ano de 1956

No segundo dia, à noite, Harry estava alojado na base Four Corners quando
auscultou um aterrador e gritante alarido de uma sirene, alertando da
aproximação de uma nave extraterrestre. Naquele instante, o Grupo de
Segurança do Perímetro do turno da noite, ou PST, para o qual Harry fora
designado repousava no quarto recreativo. Ao escutarem o toque de sirene,
os homens apressaram-se trajando jaquetas de guarda militar, de forma
sincronizada como uma máquina perfeita.

O Grupo Azul entraria no local do acidente primeiro, ao passo que o grupo


PST, agiria no perímetro ao longe. Realmente, eles se contentaram em não
se expor ao tremendo calor da explosão da nave extraterrestre, que
emanava de algumas naves colididas.

Os membros do grupo PST trajavam um pesado sobretudo com várias


camadas de proteção por baixo, incluindo botas, luvas e capuz,
especialmente confeccionados para protegê-los da radiação intensa, que
estava quase sempre presente nas áreas de acidente. O Grupo Azul trajava
jalecos similares ao do grupo PST, mas com material mais leve, já que seu
período de exposição à radiação era mais breve.

Cada membro do grupo tinha afivelado em cada jaleco um medidor de

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intensidade de radiação, meticulosamente calibrado, que media a
quantidade exata de radiação, à que eram expostos durante um acidente
com nave extraterrestre. Após cada acidente, cada membro do grupo
restituía seu medidor e recebia um novo.

Naquele dia de manhã cedo, Bill concluiu um resumo, já classificado de


antemão, em que Harry tinha de assinar uma instrução desobrigando o
governo de toda e qualquer responsabilidade, no caso de qualquer possível
doença vindoura a partir da exposição à radiação. “Harry, essa assinatura é
meramente uma formalidade. Eles me informaram, que não existe perigo
relacionado com suas obrigações. Isto é uma rotina governamental; você
sabe como isso tem um certo procedimento. Nós todos aceitamos essa
norma”.

Harry perguntou. “O que pode acontecer se eu não assinar esse


documento?”

Bom, visto que a assinatura desse termo é uma ordem direta


governamental, uma recusa constitui uma desobediência a uma ordem, que
o levará a uma corte marcial”.

Imediatamente, Harry apôs seu nome no documento, mesmo estando


apreensivo. Não posso acreditar que os intensos níveis de radiação, que
estamos sendo expostos, possam ocasionar dano à saúde. Se nosso trabalho
é tão seguro, para que temos que trajar pesados e enfadonhos jalecos? E
quanto aos dosímetros? Droga! Todos os membros do grupo são tão
saudáveis! Mas, quanto tempo eles estão oficiando neste lugar? Quantos
acidentes extraterrestres já se expuseram à esse “suposto seguro” nível de
radiação?

Nesse instante, o alarido da sirene cessou nos alojamentos e um alto-falante


anunciou: “Nave aproximando-se na grade cinco a sudoeste”.

Harry juntou-se ao restante dos seus membros de equipe, correndo na


direção do caminhão. O portão principal balançou abrindo e a caravana
correu para dentro do deserto enluarado, à medida que os passageiros
trajavam suas roupas protetoras.

Espreitando através da janela lateral do caminhão, Harry observou uma


grande nave espacial, cuja forma era ovóide, pulsando luzes azul e verde,
emitindo um fulgor de outro mundo na paisagem taciturna do deserto.
Movendo-se de forma ondulatória para baixo em uma velocidade
inimaginável, a nave parecia descontrolada. Os caminhões estacionaram no

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cume de uma baixa elevação. A partir de uma distância segura, observaram
a nave, desprotegidos, no instante em que se precipitou no solo e explodiu
no impacto. A seguir, Harry escutou um ruidoso assobio, tal como a água
vertendo sobre uma brasa.

“Ninguém vivo esta noite, homens!” Disse Billy.“Vamos, deixem que a


equipe dos Azuis trabalhe!” “Não quero permanecer perto dessa nave nem
um minuto”.

Harry esperava que seu primeiro resgate fosse diferente, por meio de uma
aterrissagem segura. Ele escutara rumores de que recentemente haviam
ocorrido quedas fatais de naves extraterrestres e queria saber se havia
algum motivo particular. Supôs haver um lugar seguro em Four Corners,
onde cientistas extraterrestres recebiam boas-vindas, ao fim de suas longas
viagens. Harry frustrou-se e entristeceu-se, ao saber que esses pioneiros
intergalácticos, viajando distâncias incompreensíveis sem acidente, corriam
o risco de se acidentarem a poucos pés de suas viagens. O que havia na
Terra, que os impelia a colidirem? Seria por causa dos campos magnéticos?
Talvez, a alta gravidade terrestre? Evidentemente, as tecnologias
extraterrestres deveriam ser capazes de lidar com tudo isso.

O próximo alerta sucedeu três semanas depois. A sirene soou e o chefe da


equipe de radar emitiu um brado frenético pelo sistema de auto-falante.
“Funcionamento defeituoso no sistema de alerta do radar! Homens! Nave
no solo na grade cinco!”

Harry lembrou-se, então, da explicação de Crawford, que isso poderia


acontecer, no momento em que uma nave se materializava numa dimensão;
não seria detectada por radar convencional. Nesse instante, em que o grupo
de resgate correu para os veículos à espera, todos sentiram que alguma
coisa incomum estava por vir. O ar parecia carregado de excitação e
eletricidade. Até mesmo a sirene soou diferente.

Como que parando seus veículos justamente sobre um cume na paisagem,


as equipes observaram a nave extraterrestre taciturna. A lua quase cheia,
que iluminava o deserto, não se comparava com a forte luz estroboscópica
pulsante e intensa da nave. O objeto tinha o formato circular, além de uma
fileira única de janelas no meio, ao redor de seu centro. Essa nave pairou
em total silêncio, não mais que poucos pés acima do solo, supostamente
criando condições para aterrissar no solo do deserto.

No caminhão líder, o comandante do Grupo Azul observou a nave através


do binóculo, que aumentava a luz, e transmitiu via rádio: “Nenhum sinal de

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movimento, nem dentro nem fora da nave. Nós entraremos na área. “Bill,
dê cobertura aos meus seis homens!”

A seguir, ambos os grupos se aproximaram da nave cautelosamente,


estacionando seus caminhões a uma distância afastada e logo desceram.
Harry lembrou da luz pulsante da nave, como as luzes estroboscópicas dos
clubes noturnos. Então, os membros do Grupo Azul caminharam em fila
indiana acerca de cem pés da nave, pararam e observaram, no instante em
que a nave lentamente aterrissou no solo. Mas, instantes antes da nave
aterrissar, três pernas como o tripé, assomaram silenciosamente, debaixo da
nave. De pronto, diante do Grupo Azul, surgiu o contorno de uma fresta,
que de outra forma, não havia sinais distintivos de cor prata no corpo da
nave. Os membros do PST então, avançaram lentamente na retaguarda dos
Azuis.

Ainda não havia som, nem sinal de movimento no interior das janelas
iluminadas e sequer variação na luz cintilante que fulgia da fachada da
nave. Logo, uma fresta se abriu silenciosamente e baixou ao solo,
formando uma rampa. Uma luz espargia do interior da nave para quem quer
que fosse ou estivesse na nave, aparecesse.

Em seguida, Harry olhou para Bill e depois para o restante do grupo. Cada
um estava nervoso e tenso. Ninguém ousou se mover. O líder do Grupo
Azul permaneceu aproximadamente a dez pés da fresta da espaçonave,
olhando para o interior da nave. Harry então escutou um fraco sussurro,
como de folhas secas em uma calçada.

Uma figura assomou-se à fresta da nave. Pausando por alguns segundos, o


ser extraterrestre olhou para cada membro do Grupo Azul e, então, para os
membros do grupo PST. Quando o ser encarou diretamente esse grupo,
Harry sentiu um calor, uma sensação no interior de sua cabeça. Meditando
sobre isso, depois, concluiu ter sido uma sensação agradável.

O ser extraterrestre está me sondando para uma comunicação telepática,


Harry quis saber. Agora, o que eu faço? Isso não foi explicado em
Crawford.

O líder Azul seguiu o enfoque do ser extraterrestre, que voltou os olhos


para Harry, e o líder Azul falou: “Harry, está tudo bem para que ele nos
diga o que aconteceu com a outra nave. Eles normalmente escolhem uma
pessoa para se comunicar. Desta vez aconteceu, por acaso, ser você.
Justamente, permita-lhe tomar conhecimento sobre como você se sente a
respeito do que aconteceu e os pormenores do acidente da nave. Como

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você se recorda dos fatos e suas emoções. Não fale isto em tom alto.
Concentre-se bem e visualize, claramente, esse acidente na sua mente.
Deixe nosso visitante captar isto da sua mente”.

Harry cerrou seus olhos, recordou o acidente, observando a nave


condenada espiralando para baixo, fora de controle, sentindo o mesmo
ímpeto de emoções, que tinha sentido há três semanas atrás, no momento
em que observava os destroços da nave queimando. Ele rememorou seu
devastador juízo de tristeza pela perda das vidas dos ocupantes da nave.

Daí, o alien moveu-se de forma rígida e mecânica para baixo através da


fresta da nave, e pisou no solo. Nesse instante, Harry ansiou aproximar-se
do ser e esperou que ele lhe enviasse o pensamento. Harry, então, deu
passos curtos e deliberados à frente, com cuidado, até aproximar-se o
bastante para estender a mão e tocar o frágil ser extraterrestre. De perto, aos
meus olhos, o ser não se encaixava exatamente com quaisquer dos seres
extraterrestres, apresentados nos materiais na sala de aula. Esse ser
extraterrestre media cerca de 1,40m de altura, corpo esquálido, braços finos
e compridos e pernas que pareciam completamente fora de proporção para
um corpete. Sua pele era pálida verde-amarelada, seus olhos eram grandes,
negros, de forma estranha oblíquos, olhos que espreitavam corajosamente
Harry. No lugar da sua boca havia somente uma pequenina fenda
horizontal. O ser não tinha lábios, seu queixo afunilava acentuadamente,
até diminuir gradualmente de espessura no seu pescoço fino. Harry
começou a meditar: “Bom, dialogando mentalmente, não há motivo para
falar”.

Na verdade, o ser extraterrestre trajava um uniforme cinza prateado. Uma


insígnia, atada na área do peito do uniforme extraterrestre apresentava um
triângulo com três linhas horizontais percorrendo através de um lado,
exatamente como descrito no livro.

Quando o ser extraterrestre continuou fitando diretamente nos olhos de


Harry, ele sentiu novamente espargir uma tranqüilidade dentro de sua
mente. Esta não foi uma sensação desagradável, precisamente não familiar.
A sensação de calma logo voltou aos pensamentos do visitante
extraterrestre, que sem nenhum esforço mental, comunicou-se
telepaticamente: “Não tenham medo. Viemos em paz. Almejo expressar
aqui a minha gratidão pela compaixão, que todos vocês têm mostrado para
com meus companheiros, que perderam a vida na queda da nave”.

Nesse instante, Harry quis estender a mão e apalpar o ser extraterrestre,


mas ficou inseguro. Sentiu-se estranhamente compelido a efetuar uma

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expressão física de compaixão, já que não sabia se aquilo seria apropriado.
Cada vez mais, confuso e estressado, Harry sentiu-se inseguro com relação
à maneira de proceder, a seguir. Todo esse conceito de comunicação mental
ainda era muito novo para Harry.

Naquele instante, Bill sussurrou para Harry: “Estenda sua mão


vagarosamente. Se o alienígena esticar a dele vá adiante e segure-a. Tome
cuidado e observe a reação“.

A seguir, Harry, retirou suas luvas grossas e, como se estivesse lendo a


mente do extraterrestre, ele alcançou vagarosamente a mão direita de
Harry, apalpando-a de leve, suavemente. Então, Harry observou quatro
dedos em cada mão do ser extraterrestre, desprovido do dedo polegar. Os
dedos lembravam antenas de inseto, compridas e tenazes. De forma
surpreendente, a pele do ser extraterrestre era gélida e agradável ao toque.

Os olhos do ser extraterrestre cativaram a atenção de Harry. Ele soube que


o alien expressava a gratidão, não apenas para ele, mas para o grupo
inteiro. Logo depois, o extraterrestre virou-se, caminhou lentamente e, com
letargia, subiu a rampa e desapareceu no interior da nave. A escotilha se
fechou, discretamente, à retaguarda do extraterrestre.

Ambos os grupos de resgate permaneceram ainda no local da aterrissagem,


mas assim que ouviram um suave ruído do vento, vindo de debaixo da
nave, eles, instintivamente, recuaram alguns passos para trás. A nave então
subiu, pairou por alguns segundos por cima do grupo de homens e, então,
lançou-se para o alto, a fim de tornar-se uma das milhares de estrelas no
céu enluarado do deserto.

Harry Assume o Comando da Base Four Corners - Ano de 1966

Harry lembrou-se, com alegria, de sua primeira fraca tentativa de


comunicação via telepatia. Só depois, mais relaxado, aperfeiçoou
subitamente sua comunicação telepática. Apenas duas vezes Harry não
obteve êxito na telepatia. Não mais que duas vezes, os seres extraterrestres
altos Greys tinham aterrissado sem eventos especiais, usando um campo de
força invisível ao redor deles e da nave. O campo de força tinha impedido
os membros do grupo, de se avizinharem o mais próximo possível dos
4,60m, e os Greys se recusaram a se comunicar com Harry ou qualquer
outro. Eles não permaneceram no solo por muito tempo e não foram
agradáveis; ninguém pôde compreender a razão por que tinham aparecido.
Se a intenção desses aliens foi de intimidação, a aparição deu bom

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resultado. Todos os homens no Grupo Azul se sentiram aliviados, no
momento em que os Greys partiram.

Harry achou a aparência física dessa espécie extraterrestre particularmente


ameaçadora. Seus olhos tinham um olhar sinistro, absorvente, de forma
amendoada no centro, tendendo acentuadamente para cima num ângulo de
quarenta e cinco graus, com fenda amarelo-esverdeada acentuada contra o
resto de seus olhos preto-azuis. Harry já tinha visto seres répteis com olhos
assim; estes seres altos Greys pareciam, ao menos, tão mortíferos como um
crocodilo ou uma cobra.

Ainda que suas cabeças lembrassem cabeças humanas, suas narinas eram
grandes e bicudas, suas mandíbulas sobressaíam-se como se estivessem
prontas para o embate. Cada um tinha uma protuberância exagerada na
parte de trás do crânio. Suas orelhas, se é que possuíam, não estavam à
mostra, como se trajassem sempre macacão de piloto metálico, com um
apetrecho fixo envolvendo a cabeça, semelhante a um capacete. As botas
ajustadas estavam atadas ao jaleco. Estes seres mediam mais de seis a oito
polegadas de altura que seus amistosos seres extraterrestres menores e que
seus mais freqüentes visitantes, os seres extraterrestres primos. Entretanto,
havia uma coisa em comum entre todos os visitantes extraterrestres: Os
uniformes e a nave os declaravam como pertencendo ao Conselho
Intergaláctico.

Novamente, Harry meneou a cabeça, consumido pela curiosidade.


Subitamente, Bill, que abandonara o bom e antigo companheiro de sala,
disse muito sério: “Harry, o lugar chamado Four Corners é , justamente,
mais que um lugar de operação de recuperação de naves extraterrestres. É
também como um tipo de embaixada para seres extraterrestres. Nós temos
uma junta de grupo de humanos, bem como os pequenos extraterrestres
Greys, trabalhando no subterrâneo em vários projetos, alguns dos quais são
extremamente complexos. E, com alguns dos mais difíceis conceitos,
nossos cientistas deparam-se com problemas de comunicação. Já que você
tem um valioso atributo mental, que lhe permite enviar e receber
informações com nossos visitantes, estou designando você para trabalhar
com o grupo como um intérprete ou embaixador, se isso lhe aprouver.

A seguir, Bill Walker mostrou a Harry uma cópia de um acordo realizado


alguns anos atrás, entre o governo dos Estados Unidos e um grupo de seres
extraterrestres. Harry, lembrou-se de alguma coisa a respeito desse acordo,
retrocedendo à sua instrução na sala de aula. “Sim, eu me lembro, e do que
li também, Bill!” O governo deu permissão para os extraterrestres
abduzirem e executarem experiências em humanos e animais, em troca de

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certa tecnologia avançada. Além disso, o governo colocaria em
funcionamento um acobertamento e um programa de depreciação para
reprimir qualquer publicidade sobre as abduções extraterrestres praticadas.
Entretanto, o acordo especificou uma quantidade determinada de abduções,
mas a ATIC suspeita que os seres extraterrestres ignoraram, rudemente,
esse limite de cota durante os anos. O acordo especificou com precisão qual
grupo de seres extraterrestres abduziria seres humanos, mas eu pressinto
que são os seres altos Greys”.

Harry prosseguiu: “Em face disto, as tensões entre humanos e os altos


Greys agravaram-se durante os anos. Conforme os relatos, os rancheiros
estão encontrando cada vez mais gado morto com várias partes de sua
anatomia removidas de forma limpa, a princípio: o reto, vagina, pênis e
testículos, orelhas, lábios e boca. Mas, não há nenhum traço de
sangramento das incisões precisas, que indiquem ser executadas com
algum tipo de utensílio, como faca. Às vezes, os cortes parecem ter sido
feitos com cortes de tesouras cortantes, como se os extraterrestres tivessem
feito as excisões cirúrgicas com um cortador de biscoito. Cristo! Que tipo
de instrumento realiza aqueles cortes? Você acha que os animais estão
vivos no momento do procedimento?”

“A ATIC suspeita que as cirurgias bizarras no gado são conduzidas a bordo


de naves extraterrestres e, a seguir, os animais são deixados no campo, sem
vida, no instante em que são mortos. Oficialmente, o governo americano
tem feito o melhor para subestimar a coisa toda, mas isto está se tornando
um problema real”.

Harry, ficou sem vontade de almoçar, enquanto esperava nervosamente o


que estaria por vir no período da tarde. Então, exatamente às 2:00h da
tarde, Harry bateu à porta do gabinete do Coronel Walker. Bill apareceu e o
conduziu até um celeiro indescritível, fora das barracas do prédio, que
Harry nunca visitara. Na parte interior desse prédio, Bill teclou um código
dentro de um painel de controle do elevador e a porta abriu
silenciosamente. Conduzindo Harry para o interior, Bill apertou o botão
para o nível 4 e o elevador começou a descer velozmente. Harry não tinha
idéia da distância real percorrida e logo que a porta do elevador abriu
apareceram dois guardas fortemente armados acolhendo-os em um pequeno
saguão.

Então, Bill disse para Harry:“Precisamos mudar de elevador para os níveis


mais baixos. Quando Bill apoiou sua mão num pequeno painel de vidro
apareceu a informação: “Acesso estritamente controlado abaixo do nível
quatro”.

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Assim que uma outra porta do elevador se abriu, eles entraram. Bill então
apertou um botão para o nível 7 e o elevador desceu. Quando a porta se
abriu, surgiu um corredor comprido cujo caminho Bill liderou passando por
várias portas e, então, parou diante de uma pesada porta de aço. Apoiou sua
mão em um outro painel e uma luz verde se acendeu. A porta deslizou
abrindo-se silenciosamente e ambos entraram. Nisso, outra porta se abriu
mostrando uma confortável sala de estar, e Harry ficou boquiaberto. À
primeira vista estavam recostados no sofá três pequenos seres
extraterrestres Greys.

“Sente-se, Harry, fique à vontade. Eles lhe aguardavam”.

Harry, sente-se! Logo sua mente foi preenchida com sinceras saudações.
Ele respondeu com pensamentos de quão satisfeito estava em se encontrar
com os visitantes extraterrestres, que esperava que estivessem saudáveis.
Bill ausentou-se da sala, por alguns minutos. Harry e os três extraterrestres
harmonizaram os padrões de pensamentos uns com os outros.

Uma vez que a sua aptidão para conversar e responder perguntas, de uma
forma não verbal, havia crescido, Harry sentiu-se pronto para os
questionamentos, que lhe trouxeram a este lugar, indagando: “Alguns seres
do seu planeta participam ainda das experiências com animais na Terra?”

De súbito, Harry recebeu pensamentos claros em volta: “Não, não estamos


mais envolvidos naquele tipo de pesquisa. Descobrimos que o DNA e os
produtos do sangue do gado são muito similares aos dos humanos e
híbridos, e podem ser usados alternadamente quando necessário. Nós temos
estocado matéria-prima de uma grande reserva de suprimento de amostras
de tecido, que talvez sejam necessárias e que poderão ser usadas em alguns
experimentos futuros. O mais importante é que aperfeiçoamos um
procedimento de clonagem para assegurar que o estoque de amostras de
tecido seja perpétuo. De fato, atualmente estamos envolvidos em abduções
humanas, levando à cabo experiências de miscigenação de seres
extraterrestres e humanos, usando DNA do tecido que clonamos de
humanos e animais, em tempos passados, para alcançar o ponto máximo
nos resultados almejados”.

Eles continuaram a conversar com Harry: “Os altos Greys provindos do


mais distante planeta da constelação intitulada Zeta Reticulum, ainda estão
executando pesquisa de reprodução interespécies, e progredindo em seu
programa de abduções de animais e mutilações. Eles parecem obcecados
com o desafio de hibridizar seres humanos, animais e extraterrestres”.

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Harry, então, perguntou aos extraterrestres: “Por que nenhum traço de
sangue é encontrado nas incisões de mutilação?”

“Em razão do animal ser soerguido do solo através de um tufão de


partículas, altamente carregadas de luz, em direção a uma nave espacial à
espera, pairada em grande altura. No interior da nave o gado é submetido à
uma excisão cirúrgica das partes prediletas do corpo, com o uso de um
instrumento capaz de atingir altíssimo grau de calor. Esse equipamento
cauteriza e estanca instantaneamente o sangramento, em cada um dos lados
do corte, em meio a uma acurada incisão micro-cirúrgica realizada entre as
filas das células. A seguir, o animal é desovado na Terra por meio de um
turbilhão luzente, similar ao primeiro que transportou esse animal para a
nave”.

Em seguida, Bill abriu a porta do quarto e presenciou Harry e os seres


extraterrestres taciturnos. Harry levantou-se, saudou ligeiramente os três
extraterrestres e lhes agradeceu pelos seus discernimentos. Sua mente
estava novamente tomada de entusiasmo e um desejo de retornar e
conversar mais com os alienígenas em sua comodidade.

Assim que Bill deixou o centro subterrâneo e adentrou no primeiro


elevador, Harry retransmitiu-lhe as informações que os extraterrestres lhe
haviam passado, a respeito das espécies extraterrestres que conduzem
abduções e experiências em humanos e animais.

Harry concordou com Bill: “Sim, eu acho que os altos Greys são mais
perigosos do que originalmente presumíamos. Eles desdenham os termos
do acordo, assim como para se comunicarem conosco. Acho que esses
seres sequer tinham qualquer intenção de cooperar com qualquer coisa ou
qualquer um. Já os pequenos seres Greys, como aqueles três extraterrestres,
na outra mão, são muito amistosos. Não captei de seus pensamentos
nenhuma ameaça iminente. Por sinal, envidaram esforços para melhor se
comunicarem e cooperarem, contudo, poderão ser bons para ocultar suas
verdadeiras intenções”.

“Bom, Harry, agora que você obteve autorização total do Grupo MAJIC,
você será muito procurado. Nós temos muitos geneticistas, biofísicos,
astrofísicos e médicos trabalhando nos porões subterrâneos desta base,
contudo é comum ficarem em apuros ao lidar com conceitos complexos.
Palavras são inúteis e a maioria do nosso pessoal, aliás, as pessoas, não
entendem de telepatia. Suas mentes já estão abarrotadas de fórmulas e
equações”.

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“Eu me sentiria honrado em atuar como interprete. Com efeito, apreciei
dialogar com aqueles três extraterrestres”.

“Agora, senhor, ponha sua mão nesta placa! O sistema cuidará do resto” O
policial militar solicitou e Harry obedeceu. Posto isto, Bill disse: “O código
de quatro dígitos para o elevador subir muda semanalmente, mas eu o
colocarei na lista de pessoal para que todos sejam notificados, verbalmente,
do novo código, todos os domingos. Por motivos óbvios, esse código nunca
é anotado. Espero que você tenha uma boa memória. Esta semana, seu
código é 2243”.

Aproximadamente seis meses, após sua missão no grupo extraterrestre, um


dos Ets chamado Chisky, já que assim soaria seu nome se pudesse ser
pronunciado, comentou com Harry seu interesse perspicaz em aprender a se
comunicar oralmente, uma vez que achava que podia ser entendido mais
facilmente no meio dos humanos e seus companheiros na troca de
cientistas. De fato, era muito mais difícil lecionar telepatia para humanos e
requeria mais tempo. Assim, Harry informou a Bill e, imediatamente, a
ATIC arranjou um grupo de especialistas lingüísticos para trabalhar com
Chisky, além de duas outras pessoas, a fim de desenvolverem um protocolo
de comunicação. Isto era um desafio, já que os exames físicos rotineiros
revelaram que muitos dos pequenos seres extraterrestres Greys eram faltos
de cordas vocais, contudo, em raras ocasiões, eles tinham à disposição
alguns aliens Greys com traços de cordas vocais. Adicionalmente, suas
cavidades oral e nasal eram, em grande parte, muito pequenas para formar
sons. Estes seres eram incapazes de falar, não importava quão grandes
fossem suas aplicações. No entanto, o exame físico de Chisky revelou que
embora suas cordas vocais e suas cavidades oral e nasal fossem pequenas,
havia uma grande possibilidade dele aprender a falar, ao menos um bocado.

Chisky progrediu rapidamente em seqüência, da telepatia com Harry para


vocábulos expressados. Harry ficou impressionado quão rápido Chisky
aprendia a falar. De começo, sua voz era gritante e mecânica, mas, com a
terapia de comunicação, a altura do som estridente diminuiu gradualmente
com poucos tons. O grupo ATIC estava condescendente em relação ao
sucesso da primeira tentativa deles, a fim de ensinar um extraterrestre a
falar.

A partir daquele momento, Chisky e o restante de seus companheiros


cientistas extraterrestres, compartilhavam, mais facilmente, seus
conhecimentos e opiniões nas áreas de viagem espacial, políticas

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intergalácticas, astrofísica, e medicina. Chisky atuava como um intérprete e
intermediário, contudo Harry ainda era um membro principal do grupo e
presidia todas as sessões, caso Chisky tivesse problemas com um conceito
ou ainda não tivesse aprendido o vocabulário.

Uma vez que a ação inteira realizada na base Four Corners era executada
com classificação de segurança MAJIC, apenas poucas pessoas do governo
e cientistas da NASA, com um correspondente súpero-crachá de
autorização tinham permissão para participar. O governo ainda mantinha a
opinião de que o público e a maioria dos militares não estavam prontos
para tomar conhecimento de certas informações controversas. Muitos
pesquisadores civis, que poderiam ter se beneficiado com essa troca de
informações lhes foi negada a admissão. De certo, sequer tomaram
conhecimento de que esse projeto existiu.

Harry gastou incontáveis horas, confuso, meditando sobre o impacto da


negação governamental e seu programa de engano de massa. Milhões de
pessoas, mundialmente, estavam sendo permitidas a morrer de dor, como,
por exemplo, câncer e doenças auto-imunes, que os renomados médicos
extraterrestres poderiam ter curado, tudo porque o governo se negava a
admitir que a informação tivesse sido revelada de fontes extraterrestres,
cuja existência era oficialmente negada. Harry concluiu, que o problema
em si não era que as formas de vida extraterrestre e objetos voadores não-
identificados fossem reais, e que o público não estivesse pronto para tomar
ciência disso; o problema real era que, admitindo a verdade sobre ETs e
UFOs, o governo confessaria cinqüenta anos de desinformação, mentiras
cabais e acobertamentos. E no momento em que o público americano
compreendesse a grande escala de fraude, a confiança no governo
subitamente romperia, e aqueles no poder seriam removidos. Esse era o real
motivo por detrás do continuado acobertamento.

Com isso, o governo achava extremamente embaraçoso admitir que os


seres extraterrestres haviam estado na Terra por décadas, com seu total aval
e colaboração. Não haveria como admitir mentiras de tal porte, ao menos
nos dias atuais e talvez nunca; portanto, o segredo continuaria ano após
ano. Assim, o governo tomou a atitude de que mantendo o segredo era
muito menos complicado e silenciaria aqueles que ousassem contar a
verdade.

Resgate - Ano de 1969

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A não ser o vazio causado pela partida de Bill, nada mudou muito na base
Four Corners. Os membros do grupo iam e vinham, revezando-se em uma
viagem de 18 meses de serviço. Quase todos ficavam aliviados quando suas
viagens chegavam ao fim, uma vez que jamais se habituavam ao
isolamento da base.

Nesse período, havia poucas quedas de naves, porém a maioria das naves
aterrissava seguramente, tendo melhorado aparentemente seus sistemas de
controle, a fim de lidarem com a gravidade da Terra com o nosso sistema
de radar e com o campo magnético instável na área. Então, os visitantes
extraterrestres vinham e permaneciam como convidados da NASA e do
governo, trabalhando nos laboratórios subterrâneos junto com os cientistas
humanos. E Harry ainda achava tempo para conversar telepaticamente com
os visitantes extraterrestres.

Chisky era um dos poucos extraterrestres que restou, participando dos


progressivos projetos de pesquisa. Ele tinha chegado à Four Corners em
uma das aterrissagens seguras havia vários anos atrás e realizou uma
viagem, ocasional, de volta para o planeta Zeta 1, mas nunca permaneceu
nesse planeta por muito tempo. Chisky agora considerava a Terra o mais
favorável lugar, a fim de conduzir suas experiências em clonagem e
reprodução celular. Ele fornecia para a ATIC, com esboços dos
equipamentos do laboratório indispensáveis para sua pesquisa, e a ATIC
garantia que ele recebesse equipamento fabricado com suas especificações
exatas. Estavam, sobretudo, gratificados pelo seu interesse no Projeto
Humanização, que havia sido proposto justamente pelo grupo MAJIC.

Pelos anos, Harry e Chisky haviam se tornado bons amigos. Eles se


encontravam por cerca de uma hora toda noite, assim que terminavam suas
obrigações diárias. Somente uma nave chegando quebrava a tradição do
encontro. Era um par insuspeito, sentavam-se próximos um do outro nas
suas poltronas, no sétimo nível subterrâneo, conversando com um frágil ser
extraterrestre da altura de 1,21m, trajado no seu previsível jaleco prateado.
Chisky nunca desistia de aprender a respeito das complexidades dos seres
humanos e a vida na Terra, e sondava a mente de Harry ávido de saber, a
fim de alcançar a história humana. Harry por sua vez ficava ávido de saber,
tudo o que pudesse aprender sobre a vida extraterrestre.

Conversando a respeito da fisiologia de uma miríade de formas de vidas


inteligentes, que cada um tinha estado em contato, eles estavam gratos que
a maioria dos seres extraterrestres tinham um semblante humanóide bípede.
Eram mais fáceis de interagir do que os extraterrestres de semblante inseto
ou certos tipos de plantas ou, até mesmo, com as nuvens de plasma

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conscientes.

Numa noite, Chisky explicou: “Muitas das raças de extraterrestres, no


decorrer do tempo, perderam suas capacidades reprodutivas. No momento,
contam exclusivamente com a criação de novos seres, os clonados, a partir
da população existente. Os programas de clonagem sempre enfatizaram a
inteligência superior, à custa do desenvolvimento emocional e físico.
Somente quando já era tarde para corrigir esse problema, os extraterrestres
perceberam que a resistência física e o vigor deles estavam mitigando
dramaticamente, e que a população extraterrestre estava se tornando
progressivamente mais frágil. O insucesso da replicação durante a
clonagem somente suscitou a fragilidade física, e a mortalidade infantil
tornou-se um dilema”.

“Algumas espécies extraterrestres, continuou explicando, deterioraram-se


fisicamente a tal ponto que, miscigenar com espécies compatíveis e
dinâmicas saudáveis é o único modo de atingir força e vigor suficientes
para sobreviverem, visto que os humanos e todas estas espécies
extraterrestres compartilham a mesma herança genética, que remonta há
milhões de anos atrás, quando a Terra foi inicialmente semeada com vida,
uma vez que os humanos são a espécie ideal para misceginar com os
alienígenas. Então, nós combinamos o óvulo e o sêmen humano coletado
dos abduzidos com sua contraparte extraterrestre em fertilização artificial.
Depois, implantamos essa combinação dentro de uma mãe de aluguel
humana. Dois ou três meses depois, removemos o feto durante uma outra
abdução e incubamos isto em uma solução de propagação”.

“O que as mães humanas acham a respeito disso?” Indagou Harry. “Elas


julgam essa intervenção como uma invasão de seus corpos?”

“Isto depende de como esse procedimento é diligenciado”, respondeu


Chisky. “Em alguns casos, a mãe está completamente consciente durante o
procedimento de inserção e retirada do feto, e a memória é bloqueada
depois. Mas, nós preferimos trabalhar com mulheres totalmente
consentidas, isto é, as mantemos totalmente informadas de cada passo do
processo. Entretanto, nós descobrimos há pouco, que o temor da mãe é
transmitido para o feto e isso produz indesejáveis cicatrizes emocionais,
por toda a vida, no ser”.

Harry perguntou: “Então, são sempre usadas mães de-aluguel?”

“Nem sempre,” Chisky explicou: “Um outro método de otimizar o vigor


físico das inúmeras civilizações é extrair o DNA de humanos, combiná-lo

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com o DNA retirado dos seres extraterrestres e, então, incubar os
pequeninos embriões híbridos no interior de recipientes nutridos por uma
solução, espalhando rico nutriente, da mesma forma como aqueles seres
criados com sêmen e óvulo convencional”.

“Chisky, como você foi escolhido para esse trabalho?”

“Como um híbrido, o resultado bem sucedido de um programa de


miscigenação inter-espécies no planeta Zeta I, meu planeta lar, e como o
geneticista principal deles, eu fui a escolha lógica para conduzir o
programa de pesquisa em reprodução inter-espécies na Terra”.

No instante em que um comboio de veículos correu para a área de queda de


nave, um grande lampejo iluminou o céu noturno, indicando uma outra
queda de nave. Harry soube que, uma explosão dessa magnitude, observada
de uma certa distância, significava nenhum sobrevivente.

Quando Harry adentrou na nave acidentada, subitamente se deparou com


Reachel. Nesse instante, Harry sentiu um entusiasmo familiar na sua mente.
Ela está tentando se comunicar comigo, cogitou. Informações preenchiam
sua mente. “Nós viemos aqui para auxiliar Chisky no Projeto
Humanização; fomos selecionados para tornar parte desse projeto. Havia
quatro extraterrestres comigo, sei que os demais perderam a vida no
acidente. Não estou ferida, exceto a pequena laceração no meu antebraço.
Estou pronta para curá-lo, por meio de uma técnica respiratória especial
usada por nós extraterrestres, a qual estanca o sangramento e o tecido se
reconstitui instantaneamente”.

Comunicação com Humanos - ano de 1969

Você pode me explicar por que sua raça concluiu que o dialeto e as
emoções não eram essenciais?”

“A emoção foi eliminada há séculos atrás quando nós, a comunidade


galáctica, percebemos que a emoção era uma fonte principal de diversos
problemas sociais”. Chisky, então, replicou: “Nós observamos como a
emoção descontrolada e o discurso apaixonado resultou em guerras
devastadoras na Terra, assim como em outros planetas. Isto foi considerado
um fator indesejável e perigoso de nossa personalidade. A engenharia
genética de híbridos é relativamente recente para nós, e o grau de emoção
que qualquer híbrido talvez apresente é cuidadosamente monitorado. Se o

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problema advém em decorrência de um forte fator emocional, reduzimos a
soma de DNA humano, a fim de extirpar esse traço emocional indesejável
em quaisquer gerações vindouras de seres híbridos. Se algum híbrido
demonstra sobremaneira emoção, ele é monitorado com atenção. Nós não
podemos arriscar, que esse indesejável traço genético desenfreado se
manifeste no meio de nós”.

Primeira Visita de Helen ao Apartamento de Marisa - Ano de 1972

“Então, como estão indo as coisas com você? E a escola? Eu quero saber de
tudo”, perguntou Helen começando a cortar a carne em porções
empacotando-as em sacos no congelador, que também havia comprado. Ela
rotulava cada pacote com letras grandes.

Mas, quando abriu o refrigerador, ao pôr de lado a fruta fresca observou


algumas caixas brancas empilhadas de modo ordenado sobre as prateleiras.
Tinham o nome de um produto que jamais viu, rotulado simplesmente com
um triângulo e três linhas horizontais, mas sem impressão. Deve ser uma
marca genérica, supôs, no momento em que empurrou de lado as caixas,
para abrir espaço para a fruta.

Helen indagou “O que existe dentro daquelas pequenas caixas brancas?”.

“Não sei. Pertencem à minha companheira de quarto. Seu nome é Raechel.


Não faço idéia como ela se parece, mas do modo que fala, gastou muito
tempo em um outro país. Ela saiu com o pai dela esta noite, espero que
você a conheça um dia. Então, você poderá me falar o que você acha de sua
aparência”.

“Sim, eu espero que sim, também”.

As Suspeitas Aumentaram - Ano de 1972

Tendo uma companheira de quarto, diferente do que Marisa presumia que


fosse,
sequer havia qualquer interação entre elas. Mas, desde o primeiro dia,
Marisa sentiu uma ligação inexplicável de proximidade com Raechel e
percebeu que realmente sua companheira de quarto também correspondia.
Não obstante que Raechel sempre parecia aberta para conversar, seu fundo

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de conhecimento de adolescência era quase inexistente, e a “conversa de
menina” era virtualmente impossível. Nos primeiros dias, Raechel
permaneceu no seu quarto, exceto quando comparecia à aula. Marisa achou
que, talvez, fosse saudade de casa, timidez ou precisava organizar suas
coisas no seu quarto. A partir de então, Raechel começou a fazer longas
caminhadas, muitos exercícios, a fim de manter seus músculos fortalecidos.
Finalmente, após aproximadamente um mês, Raechel começou a gastar
mais tempo na sala de estar conversando com Marisa.

Numa noite, Marisa perguntou: “Qual é sua banda musical favorita,


Raechel?”

Qual é minha banda musical predileta? “Não tenho nenhuma”.

“Oh! Eu gosto de Simon e Garfunkle: a música chamada ‘Bridge Over


Troubled Water’. Qual música dessa banda você gosta mais?”

“Nunca ouvi uma música deles”.

Não posso acreditar nisso; pensou Marisa. Que lugar é esse, tão distante,
que Raechel e seu pai intitulam de Four Corners? Até mesmo no deserto
deve existir uma televisão ou, ao menos, um rádio.

“Bem, se você não ouve música, qual programa de televisão você aprecia
assistir?”

“Eu raramente assisto televisão, não me importo muito com isso” “Eu gasto
a maioria do meu tempo lendo, sobretudo, livros sobre astronomia e
cosmologia”.

Marisa caçoou: “Bom, você é do tipo fã de leitura?”.

“Não realmente. E eu também nunca namorei. Não conheço nenhum


homem da minha idade”.

Está bem, Marisa supôs: Então, Ela não parece ter o mínimo interesse por
garotos, também. Eu queria ver o seu semblante. Deve haver alguma
explicação para seu comportamento estranho. Talvez, ela evite conhecer
pessoas, já que é feia. Mas, isso não explica o fato de ser uma pessoa
completamente desprovida de conhecimento, não interessada em coisa
alguma. Como se ela fosse de um outro planeta ou alguma coisa.

“Bem, o que você sabe sobre amizade? Certamente, você tem amigos”.

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“As únicas outras mulheres que eu já conheci, antes de conhecê-la foram
minhas instrutoras, enviadas para a base a fim de me ensinar a ler e duas
enfermeiras que ajudaram a tomar conta de mim”.

Isso não está certo, Marisa supôs: Bem, se ela está com 18 anos de idade,
ficou na base três anos, ela deveria estar, talvez, com 15 anos de idade no
período que chegou à base. Então, por que ela começou a aprender a ler
com essa idade? Por que ela não começou a aprender a ler com cinco anos
de idade, como qualquer outra pessoa? Onde ela estava até completar
quinze anos de idade? E por que ela tinha pessoas cuidando dela, quando
era uma adolescente? Por que motivo, ela não fala qualquer coisa a respeito
da sua vida, antes de chegar à base Four Corners e por que ela não tinha
conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial? Isto está começando a
ficar cada vez mais estranho”.

“Raechel, quais esportes você gosta de jogar?” Marisa indagou, esperando


encontrar algum assunto em comum para que pudessem compartilhar.

“Não estou familiarizada com o vocábulo ‘esportes’. Você poderia


explicar-me o que traduz esse nome, por obséquio?”

“Bem, atividade física: boliche, andar de skate, montar a cavalo ou times de


esportes, como futebol, basquetebol, etc.”.

“Não, eu nunca pratiquei nenhuma dessas coisas. E não sou uma pessoa
rueira. Como sou sensível à luz do sol devo resguardar-me em casa, tanto
quanto possível”.

Marisa surpreendeu-se com as respostas de Raechel. Ela ansiava poder


compreendê-la, já que Raechel não queria contar-lhe a verdade ou
realmente não sabia nada sobre tais coisas. Ao menos, se eu pudesse
enxergar o seu rosto, talvez pudesse saber mais. Seu jeito estranho de
expressar-se não me confessa qualquer coisa, também. Realmente, é difícil
acreditar que qualquer um, seja quem for, possa ter vivenciado uma vida
isolada. Frustrada, ela meneou os ombros e pensou: Ela é uma garota
estranha. Acho que ela é realmente uma pessoa de um outro planeta.

Na realidade, Marisa não conseguiu enxergar a expressão condoída no


rosto de Raechel, no instante em que ela lera esse seu último pensamento.

Ainda não posso compreender o que poderia ter acontecido no passado de


Raechel, que motivasse essa evidente ausência de vivência. Quem sabe, ela

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sofreu um acidente aos 15 anos de idade e teve amnésia. Isso explicaria seu
desconhecimento sobre tudo até a corrente data ou, talvez, algum terrível
trauma apagou sua memória e teve de recomeçar a aprender a ler e a falar
do início. Sua inteligência está fora de padrão e seus hábitos são
impecáveis. O único mistério de sua vida é seu passado e Harry oficiar num
lugar chamado Four Corners.

Também, porque ela chama seu pai de Harry, não papai ou pai? Eu nunca
poderia chamar Jon de “Pai”. Outra coisa. Por que a voz dela é tão
mecânica? Expressa cada palavra de-li-be-ra-da-men-te, parando
ligeiramente entre as sílabas, como se estivesse falando no ritmo de um
metrônomo. Seu vocabulário é tão abrangente para alguém de nossa idade,
como se ela tivesse passado toda a sua vida perto de adultos espertos e
cientistas. Se, ao menos, eu pudesse enxergar seu semblante. Bem, talvez
possa combinar com Bobby de encontrá-lo e obter detalhes da aparência de
Raechel.

Na tarde do dia seguinte, Marisa e Bobby estavam resolvendo um teste,


quando Raechel entrou no apartamento e rumou direto para seu quarto sem
dirigir-se á ninguém, até mesmo quando Bobby a chamou: “Oi, Raechel. O
que você está fazendo?”

Bobby comentou serenamente: “Raechel é uma garota muito estranha, não


é?”.

Marisa murmurou: “Ela sequer fala, quando fala, é como se não


compreendesse perfeitamente o que expresso”.

Bobby indagou: “Como ela pode usar aqueles óculos escuros sempre, até
mesmo dentro de casa? E também usar alguma coisa na cabeça?”.

“Ela me contou que seus olhos e pele são muito sensíveis à luz do sol. Isso
é tudo que sei. Bobby, você está certo. Não há luz solar batendo dentro de
casa. Quem sabe, ela aprecie usar chapéu. Ela é realmente diferente de
qualquer pessoa que já conheci, mas é fácil de lidar. Nós nunca discutimos,
ela tem sido realmente legal comigo. Até mesmo me ajuda a escolher o
melhor vestido a usar, mas ela sequer sabe quais cores de vestido combinar.
Às vezes, realmente destoam. Daí, eu acabo trajando essas roupas tão
horrendas para freqüentar a escola, inclusive, as pessoas perguntam por que
eu me visto tão estranha assim. Você já tocou nesse assunto, uma ou duas
vezes. Lógico que eu tenho um bom motivo para dizer isso, ela não. Por
isso, da próxima vez que minha mãe voltar a me visitar, eu lhe pedirei para

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colocar alguns vestidos decentes que combinem comigo, no mesmo
guarda-roupa. Esta é a única forma que sei me vestir, decentemente, sem
ter de pedir ajuda à Raechel”.

“Sabe, Bobby, uma vez, quando nossos horários coincidiram, jantamos


juntas e eu perguntei a Raechel, se poderia provar a coisa verde estranha,
que ela come. Sua resposta foi um sonoro não, que eu adoeceria. Acho que
realmente eu ficaria doente, caso comesse essa comida, basta cheirá-la, me
deixa doente. Parece espinafre cortado em pedaços”.

“De certo, alguém lhe entrega essa comida. Toda vez que Raechel tem
pressa para sair, um novo suprimento de caixas, magicamente, se
materializa na porta do apartamento. Na verdade, eu nunca percebi em que
momento essas caixas eram entregues. Isto é muito estranho, como se
alguém soubesse o momento que ela teria de sair às pressas do
apartamento. Ela nunca telefona para ninguém para pedir uma entrega. Pelo
menos não em casa. Contudo, quando lhe perguntei quem entregava sua
comida, disse que eram alguns caras que trabalhavam com Harry, mas não
se lembrava dos nomes. Se você me perguntasse, eu diria que isso é
estranho”.

“Sim, isso soa estranho”.

“Uma manhã, quando Raechel tinha aula cedo, saiu uma hora antes de
mim. Então, peguei minha lente de aumento, a fim de examinar uma de
suas caixas de comida. A única marca estampada na caixa era um pequeno
triângulo vermelho, com três linhas pretas horizontais percorrendo através
do símbolo. Eu nunca vi um logotipo desse antes, mas essa descrição é
algum tipo de marca registrada”.

Bobby perguntou: “O que você sabe sobre as garrafas d’água?”.

“Bem, tinham os mesmos pequeninos triângulos vermelhos em meio às


linhas percorrendo através do símbolo. Como as caixas chegavam juntas,
obviamente vinham do mesmo lugar. Aqueles pequenos triângulos
vermelhos, realmente, chamaram minha atenção. Por isso, estou
determinada a descobrir de onde vem a comida de Raechel e quem a
entrega”.

“Ela recebe mais algumas visitas?”

“Bem, no primeiro mês, foi somente de Harry, seu pai.

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“De qualquer modo, quando eu estava chegando em casa, prestes a alcançar
a maçaneta da porta, escutei vozes no apartamento. Era Raechel e dois
homens conversando. Soube que esse som não era da televisão porque
Raechel não assistia. Nisto, eu entrei e caminhei através da sala de estar em
direção ao meu quarto. Então, dei uma espiada dentro da cozinha e
observei Raechel sentada ao pé da mesa com dois homens trajados de
jalecos pretos. Também trajavam um chapéu preto com aba. O primeiro
homem sentado distante da mesa, que olhava para Raechel, tinha uma pasta
preta espessa aberta à sua frente, sobre a mesa, e portava alguns papéis. O
outro estava de costas para mim, não pude ver seu rosto. Eu também não
queria que Raechel me observasse de perto. Tive a intuição de que alguma
coisa não estava certa sobre esse encontro. Os caras não a estavam
ameaçando, porque Raechel não parecia atemorizada de jeito e maneira.
Eles talvez sejam gângsters”.

Imediatamente perguntei “Quem são suas companhias, Raechel?’


Nenhum deles, incluindo Raechel, me cumprimentou. Nesse instante, cada
homem puxou seu chapéu, rapidamente, cheio até a borda, colocando-o um
pouco abaixo dos olhos, numa ação de reflexo conjunta. Não pude avaliar
se este foi um verdadeiro gesto amigável. O fato é que nenhum dos dois
caras deu conta de mim. Agiam como seu eu estivesse ausente.

“Raechel respondeu: Oh! Estes homens trabalham com Harry. Eles vêm
checar-me a cada semana ou duas. Já estamos prestes a terminar a
conversa”.

“Já que Raechel estava calma conversando com os dois estranhos, decidi
questioná-la depois a respeito desse encontro naquela tarde. Então, me
dirigi ao meu quarto, peguei as respostas do teste e saí rapidamente do
apartamento. Ao sair, observei um grande carro preto, nada familiar,
estacionado numa das vagas para visitantes. Havia alguma coisa estranha
nesse carro e, a princípio, não pude perceber do que se tratava. Foi aí, que
me lembrei de ter visto um carro assim num antigo filme da Segunda
Guerra Mundial. Sei, porque olhei para trás no momento em que minha
visão melhorou. Era, como um carro de funcionário Germânico. Um grande
carro Mercedes preto. Ansiei saber, se esse veículo pertencia aos visitantes
de Raechel. Sei, que esse carro não pertence a nenhum morador das
redondezas. Mas, no momento em que caminhei em direção ao carro,
ajoelhei-me, e olhei para a placa de identificação. Era completamente
negra, salvo, um pequeno triângulo vermelho com três linhas pretas
horizontais ao redor da placa”.

“Exatamente como descrito nas caixas de comida de Raechel”.

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Pensativo, Bobby disse: “Continue”.

“Bem, aquele era o carro de entrega mais estranho que já vi, até mais
estranho que a pinta dos entregadores. Eu queria aguardar e descobrir se, de
fato, esse carro pertencia a eles, mas tive de apressar-me para a aula”.

Bobby então perguntou: “Você alguma vez os observou novamente?”.

“Sim. Duas semanas depois, aproximadamente, numa manhã de sábado, os


homens de preto, como eu os chamo, apareceram diante da porta do
apartamento. A campainha tocou às nove horas em ponto; eram os mesmos
dois caras. Bom, o fato é que o cara mais alto dos dois disse que ambos
precisavam conversar alguns minutos, a sós, com Raechel. Mas, sua voz
manifestou que ele estava acostumado a ter suas ordens obedecidas sem
questionamentos. Aí, então, entraram apressados no apartamento e se
dirigiram para a cozinha. Foram entrando assim, sem mais nem menos, no
apartamento. Sem serem convidados”.

Foi, então, que disseram: “Marisa, a conversa não tardará”. “Você poderia
entrar no seu quarto e fechar a porta, enquanto estivermos aqui?’ Posto isto,
Raechel saiu de seu quarto e falou: “Lamento, Marisa, essa conversa tem
de ser muito particular”. Sua voz, normalmente, alta e mecânica, como
você sabe, estava mais baixa e parecia triste. Daí, respondi: “Sem
problema, já que preciso mesmo arrumar o meu quarto. Mas, me deixe
saber, quando tudo estiver tranqüilo”. Sabe, aqueles dois caras me
intimidaram um pouco. Tive a impressão de que se eu negasse suas
solicitações, se tornariam perigosos. Porém, este é meu apartamento,
também”.

“Você conseguiu enxergar os rostos naquele momento?”

“Sim, no momento em que abri a porta, fiquei mais apreensiva do que a


primeira vez que os observei. Seus rostos eram pálidos e claros,
contrastavam claramente com os óculos escuros que usavam. Pareciam dois
caras feiosos da Máfia, que acabaram de sair da prisão. Eram realmente
assustadores e pareciam perigosos. Como eu queria sair de lá, retornei para
a cozinha e disse: “Raechel, mudei de idéia, não vou ficar no meu quarto.
Está tão bom lá fora, acho que decidi descer e sentar-me ao pé da piscina.
Então, quando seus visitantes partirem, desça e me encontre ali”.

“Por que você falou isso?”

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“A fim de convencê-los. Fazê-los acreditar, que sou aquela pequena garota
cega e desprotegida, que aparento ser. Bom, o fato é que antes de ir à
piscina, repentinamente, fui até a garagem, e observei o mesmo limusine
grande e preto estacionado na mesma vaga de visitantes, como da outra
vez”.

“O que você quer dizer?”

“Eu resolvi encarar de frente tudo o que penso a respeito de todas as


circunstâncias incomuns, que rodeiam Raechel. A dieta especial, os óculos
de sol ao redor do seu rosto, sempre trajando algum tipo de capa
protegendo a cabeça. Até mesmo dentro de casa, sua estranha voz
mecânica, sua incapacidade para coordenar as cores, completamente
inconsciente e fora de sintonia com coisas que, qualquer adolescente
normal estaria familiarizado, sem importar em que lugar da Terra tivesse
vivido. Agora, os estranhos homens de preto, dirigindo um carro de modelo
estranho, com placas de identificação preta, vindo investigar Raechel a
cada duas semanas. Repentinamente, isso tudo fez total sentido. Por que,
em nome de Deus, eu não percebi essas coisas mais rápido”? ”

“Lamento, Marisa, eu ainda não faço idéia do que você está falando”.

“Esquece. Preciso de algum tempo para pensar nisso tudo. Não comente
esse assunto com ninguém, está bem?”

Helen encontra Raechel - Ano de 1972

Marisa telefonou para sua mãe, emocionada: “Mãe, preciso vê-la em breve.
Tenho duas surpresas para você. É possível dar uma passada no meu
apartamento de noite?”

“Lógico que posso, querida. Você parece misteriosa: O que está havendo?”

“Mãe, não posso falar a respeito por telefone. Lhe contarei tudo hoje à
noite”.

Logo que Helen adentrou no apartamento, Marisa a surpreendeu com a


notícia: “Adivinhe o quê, mãe! Já posso enxergar ligeiramente! Ainda
tenho de usar a lente de aumento para ler, mas posso enxergar figuras
indistintas perfeitamente, chegar ao local da universidade, tomar sozinha o
ônibus ao redor da cidade e fazer coisas aqui em casa. É um alívio não ter

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de depender de Bobby, como antes!”

“Mãe, isto não é incrível?”

Sim, isto é muito bom!

Pegando um bocado de biscoito, Helen falou: “Este biscoito está realmente


delicioso. Que maravilha! Você pode fazer as coisas por si mesma,
novamente. Sei que cozinhar é uma de suas paixões. Hei! O que são
aquelas grandes jarras d’água na geladeira?”

“Ah! Aquelas jarras são de Raechel. Você já observou as caixas brancas no


interior do congelador? Ela diz que está proibida de comer ou beber
qualquer coisa, além do que há exatamente nessas caixas. Nada, nem
mesmo chá gelado Eu sei que ela degusta essa comida. Mas, ela sequer
anseia saborear a minha. A coisa que ela come parece alimento de bebê,
feito de espinafre, é uma coisa mole como mingau. Uma vez, eu lhe
perguntei se poderia prová-lo e respondeu que essa comida me deixaria
doente”.

“Isso é estranho”.

“Você não escutou a metade da estória. Novas jarras d’água e caixas de


comida surgem misteriosamente do lado de fora da porta do apartamento,
justamente, quando ela está saindo com pressa, só que eu nunca presenciei
ou escutei a pessoa que as entrega. Logicamente, agora que já posso
enxergar um tiquinho melhor, talvez possa descobrir quem é. Disse ela,
sorrindo para sua mãe”.

No momento em que Helen e Marisa estavam dando um abraço de


despedida, na porta da frente, escutaram alguns passos vindo dos degraus
de concreto. “Parece ser Raechel”. Disse Marisa, justamente quando a porta
abriu.

Helen soube imediatamente que era Raechel, dado que a garota trajava
grandes óculos de sol envolvendo seu pequeno e estranho rosto. Sua testa
era larga e alta, suas bochechas estreitavam-se acentuadamente, a partir da
proeminência situada abaixo dos olhos, em meio a um queixo quase
inexistente. Sua narina era muito pequena e achatada, com minúscula ou
nenhuma ponte. Porém, algo perturbou Helen que a fez esquecer o fato por
ora. Havia algo no rosto de Raechel que a emocionava, além da
oportunidade de, finalmente, conhecer o seu modo vago de ser.

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Quando Raechel começou a movimentar-se no meio delas, Marisa falou:
“Hei, Raechel, quero apresentar-lhe minha mãe”.

“Queria muito conhecê-la” disse Reichel. “Espero, em breve, ter a chance


de conhecer-nos melhor. Por ora, tenho de juntar alguma coisa que esqueci
e voltar para a aula”.

Helen e Marisa voltaram-se para um lado, enquanto Raechel passava por


entre elas correndo em direção ao seu quarto. Ao voltar com uma agenda,
dirigiu-se rapidamente até a porta, tropeçou num pequeno tapete e
cambaleou. Instintivamente, Helen estirou a mão a fim de segurá-la.
Agarrando com força o braço de Raechel a ajudou a recuperar seu
equilíbrio. A seguir, Raechel endireitou-se e falou. “Lamento ser tão
desajeitada. Obrigada por me amparar. Espero vê-la novamente em breve”.

À medida que Raechel caminhava depressa, descendo o passadiço na


direção dos degraus, perdendo-se de vista, os joelhos de Helen fraquejaram
e seu rosto ficou pálido. Um fraco zumbido começou a soar nos seus
ouvidos e sentiu um súbito calor na cabeça. Sua boca ficou seca e suave,
quando tentou falar. Voltou para a cozinha e sentou-se ao pé da mesa.

Nessa situação, Helen falou para Marisa: “Ela é realmente estranha”.


“Quando você estava nos apresentando, percebi um peculiar matiz
amarelo-esverdeado na pele dela. Eu me preocupo se está doente. A voz
dela é estranhíssima, particularmente mecânica, como você falou. Com
meu conhecimento musical, eu percebo padrões de fala mais longos que da
maioria das pessoas. Alguma coisa estranha estava acontecendo aqui. Eu
senti um zumbido na minha cabeça a partir do instante que a toquei. Esse
som está aumentando, também. É o mesmo som que eu, freqüentemente,
escutava antes, toda vez que me envolvia em algum tipo de perigo ou
confusão. Não tenho idéia que tipo de ameaça Raechel poderia ser para
você Marisa, mas aprendi a nunca ignorar o som. Isto é sempre um sinal de
que alguma coisa fora do comum está por vir, que farei parte, ou de alguém
perto de mim”.

“Mãe, eu quero saber o que isto poderia ser”.

“Não sei. Existe algo mais a respeito de Raechel, também. Isto aconteceu
no momento em que estendi a mão e agarrei com força seu braço, para que
ela não caísse. Vi e senti alguma coisa. Lamento, Marisa, estou sem
condição de dirigir para casa agora”.

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Marisa sentou-se no outro lado da mesa e falou para sua mãe. “Mãe, você
está me pondo medo. O que você viu?”

“Filha, isso não será simples de falar, seja paciente comigo. Você disse que
havia alguma coisa diferente em Raechel. Sabe, você estava certa. Raechel
não é definitivamente a pessoa que parece ser ou que se considera ser, nem
quem ela tenha presumido ser”.

Então, tomando a mão da filha para reafirmar sua explicação, Helen


continuou: “No momento em que Raechel tropeçou, segurei seu braço com
força para que ela não caísse. Sua manga escorregou para cima e agarrei
com força sua pele descoberta. Isto não pareceu certo. Lembro-me quando
menina que minha boneca favorita, Beverly, tinha braços e pernas
moldados em material sintético. Parecia quase real, mas não era. A pele de
Raechel parecia como a da boneca Beverly. Fria e esponjosa, quase real,
mas não totalmente.

“Mas o que realmente me aflige, ocorreu justamente quando ela tropeçou e


aqueles óculos de sol envolvendo a face de Raechel escorregaram para
baixo, e caíram para o lado no seu rosto. Rapidamente olhei para seus
olhos. Não é de se estranhar, que ela os mantenha cobertos o tempo todo.
Eram grandes e moldados tal qual um olho de gato, exceto as extremidades
internas eram mais esféricas, oblíquos nas extremidades externas,
estendendo-se ao redor para os lados de suas têmporas”.

“Da minha parte, Marisa, confesso que aqueles olhos não eram humanos.
Não tinham a cor branca de forma alguma. Eram de uma cor de luz verde,
tangível, como a parte interna de um abacate. Também não observei
pálpebras, não estou convicta. Seus olhos também estão posicionados no
seu rosto em um ângulo estranho. Inclinam-se para cima na direção de suas
têmporas. Não como os olhos orientais. Realmente, nunca vi olhos assim
num ser humano. Dizer que Raechel é um pouco diferente é a expressão do
século”.

“Mãe, isto poderia ser um defeito de nascença? Sabe, um dos meus colegas
da classe tem uma rara doença de nascença. Quem sabe, um defeito dessa
natureza poderia ter deixado Raechel com a pele esponjosa e artificial, e
olhos grandes de gato puxados para o lado contornando sua cabeça”.

“Isso não explica sua fala estranha. Contudo, minha voz interior me diz que
existe muito mais nisso tudo. Está me dizendo, que tudo aquilo que
observei não é deste mundo. O que uma garota extraterrestre está fazendo,
como sua companheira de quarto e freqüentando uma instituição de ensino

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superior? Isto não faz sentido. Isto é ridículo! Vou lhe dizer: ela não é
normal”.

Helen parou, sentindo-se estupefata, ansiando saber se estava perdendo o


juízo: “Não sei exatamente o que pensar disto, nem mais nem menos”.

Finalmente, ela parou de tentar falar e sentou-se. Marisa rompeu o silêncio:


“Mãe, essa é a segunda surpresa, que eu tinha para você. Eu tenho
vivenciado muita coisa que tem acontecido por aqui e, de antemão, não vi
como poderia lhe explicar isto. No instante em que Raechel tropeçou e
você agarrou seu braço, o mistério todo irrompeu. Tenho certeza, que ela
está querendo saber agora da sua reação. Mas, talvez tenha medo do que
você pense disto e do que você, porventura, faça ou diga. Se você tiver
tempo, eu lhe contarei o que sei”.

“Eu não irei a lugar nenhum, por enquanto”.

Helen sentou-se no sofá, tirou suas sandálias e pôs seus pés sobre a
mesinha de centro, na sala. Reclinada no sofá, sorriu tímida para Marisa e
falou: “Conte-me tudo o que você sabe sobre Raechel”.

“Hoje, mais cedo, Raechel me disse: Noto, que a sua visão está começando
a voltar. Talvez eu tenha de partir, quando você enxergar. É possível, que
ao me ver, você tenha medo da minha aparência, do que realmente pareço.
Eu conversei com Harry a respeito disto e ele concordou comigo. No
entanto, curto nosso apartamento e eu gostaria que você me deixasse ficar,
mas eu compreenderia, se você decidisse de outra forma”.

“Então, Harry me telefonou para mencionar que assim que ele saísse do
serviço amanhã, me encontraria para contar a estória toda de Raechel. Ele
falou que eu mereço saber a verdade, que a intenção dele nunca foi de
iludir-me ou mentir para mim. Também afirmou que não corro perigo e
que, neste momento, Raechel precisa demais da minha ajuda”

“Ele faz isto parecer muito misterioso. O que você falou?”

“Bem, contei para Raechel e Harry que eu não queria que ela partisse. O
quanto me ajudou, quando eu estava completamente cega. Que ainda é a
mesma boa pessoa, que era quando eu não podia ver seu semblante. Ela me
aceitou do modo que eu era, agora é a minha vez de aceitá-la do modo que
ela é. Eu disse para Harry, que nós nos tornamos realmente boas amigas e
não me importa se ela não se parece como o restante dos humanos”.

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Helen não respondeu. Mas, ela sabia que jamais esqueceria os olhos de
Raechel.

A Verdade Sobre Raechel - Ano de 1972

“De fato, Harry, Marisa e sua mãe sabem que não sou uma humana. Por
que nós achamos, que eu poderia ocultar o modo que pareço? O que sou
eu? Estou cansada de tentar passar como um humano normal. Como
poderíamos imaginar, que eu me pareceria como uma humana? Eu me dou
bem na classe, mas nunca posso me aproximar de qualquer pessoa e ser
realmente amiga. Eu não posso ser algo que não sou. Não sou humana. Eu
sou eu! Será que algum dia as pessoas me aceitarão como sou? Por que
tenho de fazer isso?”

As palavras de Raechel inundaram a mente de Harry e o coração, com a dor


dela ser diferente, de estar solitária, de nunca ser o que era considerado
uma pessoa normal. Cada pergunta cravava o coração de Harry, até que
achou que não poderia suportar mais essa aflição. Sua filha estava sentindo
as emoções humanas de mágoa e rejeição.

Quando Harry dirigiu da base para o apartamento de sua filha Raechel, seus
braços sentiram compaixão em meio à necessidade de apoiar e confortar
Raechel. Remoendo-se com aquelas idéias. Eu me esforcei tanto para
torná-la humana. Ela tinha aprendido tão bem. Deus! Eu nunca me senti tão
impotente e miserável. Nunca antevi essa dor incrível, como sendo parte do
Projeto Humanização.

Em Four Corners, jamais houve qualquer dúvida sobre o que Raechel era.
Ela era aceita por si própria. Sua aparência não importava e de onde ela
vinha não era problema, bem como, nossa aparência e onde vivíamos não a
incomodavam. Ela é um ser consciente, assim como nós também. Isto era o
suficiente.

Maldição! Todos esses anos, eu cumpria normas de controle da ATIC. Eu


guardava seus malditos segredos, segredos de “família”, mas isso somente
serviu para dividir, avultar suspeita e gerar preconceito com o mundo
“exterior”. Em Four Corners, sem duplicidade e mentiras, isso tinha
funcionado.

Com sua decisão tomada, a inquietante sobrecarga da dúvida que tinha lhe
incomodado todos esses anos veio à tona. Harry tocou a campainha e
Raechel atendeu. Caminhando para dentro do apartamento das garotas,

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Harry cortejou sua filha rapidamente, antes de sentar-se numa cadeira bem
estofada. Raechel foi para seu quarto taciturna.

“Marisa, eu quero agradecer-lhe por me receber hoje, apesar do que tem


acontecido”. Harry, então, começou a falar: “Lamento, eu não lhe falei tudo
antes, mas não é uma coisa simples para eu conversar a respeito. A maioria
das pessoas ficaria assustada, se soubesse da verdade. Certamente, não
daria a Raechel uma chance”.

Harry estava extremamente preocupado: “Nós achávamos, uma vez que


você estava cega, que você seria a companheira de quarto perfeita para
Raechel”.

Marisa interrompeu Harry e disse em voz alta: “Raechel, você gostaria de


ficar aqui conosco?”

Quando Raechel se afastou, Marisa pôde compreender quão doloroso seria


qualquer informação que fosse revelada. Raechel permaneceu no seu
quarto, mas deixou a porta ligeiramente entreaberta.

“Raechel ficou muito aflita, quando você Marisa observou seu rosto com
uma fisionomia séria. Ela acha que você provavelmente desejará que ela
saia do apartamento, porque ficará receosa ao saber da verdade sobre quem
ela é. Você é a primeira verdadeira amiga que ela já teve, além de mim e as
pessoas de Four Corners. Ela realmente quer ser sua amiga”.

“Bem, eu começarei a explicar do início, logo esta explicação fará tanto


sentido para você, quanto possível. Esta é a primeira vez que conto toda a
história para alguém. Se você desejar me interromper, fale. Eu responderei
quaisquer de suas perguntas, que você talvez tenha”.

Marisa reclinou-se no travesseiro da poltrona. Ela supôs que a conversa


fosse se prolongar e tencionava escutar a história toda, detalhadamente.

“Tome seu tempo, Harry. Comece do início”.

“Por anos, eu fui designado para oficiar, numa unidade altamente secreta da
Força Aérea, assim denominada ATIC, ou Comando de Informação
Técnica Aeroespacial”. “Nós pesquisávamos objetos voadores não
identificados e inteligências extraterrestres, como o governo os descreveu.
Trabalhávamos estritamente com o Projeto Livro Azul, o qual você talvez
já tenha escutado a respeito, mas nossa classificação de segurança era
vários níveis acima da deles. Realmente, nós trabalhávamos sob o capote

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de vários outros projetos secretos, mas seus nomes nunca foram revelados
em público—os assim intitulados projetos negros que tem a mais alta
segurança possível”.

“Várias vezes por mês, aterrissavam naves transportando seres


extraterrestres. Às vezes, colidiam. Alguns visitantes aliens permaneciam
somente por breve período; outros permaneciam por meses nas bases, a fim
de trabalharem em projeto conjunto. Um deles era um ser híbrido chamado
Chisky. Seres híbridos são misturas genéticas de duas ou mais espécies,
incluindo o ser humano. Chisky trabalhou conosco num projeto para
aclimatar seres híbridos a fim de viverem na Terra. Nós o alcunhamos de
Projeto Humanização. Uma noite, uma nave transportando quatro visitantes
extraterrestres caiu e três deles morreram no impacto. O único sobrevivente
foi Raechel. Ela é um ser meio a meio extraterrestre humano. À vista disso,
Chisky formulou-lhe uma dieta especial e duas enfermeiras tomaram bem
conta dela. Desde o momento em que eu a retirei dos destroços
incandescentes da nave, soube que ela era especial”.

Harry parou de falar por um instante, observando Marisa, que não tinha
movido um músculo, desde que ele começou a contar sua estória. A
expressão no rosto de Marisa era de espanto, não de horror ou medo. Ela
não demonstrou qualquer reação, que mostrasse medo ou rejeição.

“Alguma pergunta até aqui?”

“Não, não ainda. Eu não posso sequer pensar em alguma coisa inteligente
para perguntar. Por favor, continue, eu quero escutar o restante de sua
estória. Eu tive um pressentimento, desde o início, que Raechel era uma
pessoa incomum, pela sua fala e a maneira estranha de andar. Mas, eu
subestimei. De brincadeira, julguei que ela fosse de um outro planeta, mas
realmente eu não acreditei nisto. Eu achei que vocês dois estavam
associados com gângsters. Essa é a mais incrível estória que já escutei, mas
sei que isto é tudo verdade. Você não insultaria minha inteligência,
arquitetando uma certa estória e tentando passá-la como verdade. Além
disso, a prova viva está a menos de vinte pés de distância. Isto é estranho.
Tive receio de ficar assustada ou preocupada, mas não estou. Harry,
continue por favor”.

“Bom, o único modo da ATIC permitir que Raechel permanecesse na base


e participasse do Projeto Humanização seria adotá-la como minha filha. Já
que ela era uma híbrida, parte humana e parte extraterrestre, era a candidata
perfeita para tentar integrar-se na sociedade humana. E, uma vez que era
totalmente telepática, não poderia falar. Um perito lingüístico foi enviado

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para ensinar-lhe a falar, ler e a escrever Inglês. Ela aprendeu depressa, mas
nunca sobrepujou totalmente as nuanças da fala, como você sabe”.

“Bem, resumindo uma longa história, minha missão para especialista na


Base da Força Aérea aqui nesta cidade, nos deu a oportunidade para tentar
integrar Raechel na sociedade. Em vista de seu semblante incomum, você
era a companheira perfeita de quarto, mas você começou a recuperar um
pouco da sua visão e houve o incidente com sua mãe. Como Raechel ainda
é telepática, ela soube exatamente o que sua mãe estava pensando.
Basicamente, que o capote de Raechel tinha sido descortinado. Então, em
vez de mentir para você ou afastar Raechel da única amiga que ela tem, eu
decidi confessar a verdade. Espero que concorde em permitir que Raechel
permaneça no apartamento com você. Porém, eu compreenderei se você
não concordar”.

Marisa, então, disse: “Espere um minuto, Harry,” “Volto já”.

Ela levantou-se da poltrona e entrou no quarto de Raechel. “Está tudo bem,


Raechel”. Disse isso, no momento em que sentou na cama e pôs seu braço
ao redor dos ombros finos da sua companheira de quarto. “Ninguém é
exatamente igual a qualquer outro. Eu não sou como muitas pessoas,
porque não enxergo muito bem. Você e eu somos diferentes, porque
viemos de mundos distintos. Isso não tem importância para mim. Nós duas
precisamos é de uma amiga do peito, isto é o que nós somos: amigas. Você
é como uma irmã para mim. Não quero que você vá embora”.

Curvando-se para frente, ela suavemente limpou com os dedos as lágrimas,


das bochechas de Raechel. Naquele momento, Raechel, estendeu seus
braços e pausadamente removeu seus óculos de sol, focando
intencionalmente os olhos de Marisa. Este foi o primeiro e o mais próximo
olhar de Marisa nos grandes olhos verdes de Raechel. “Não se preocupe,
tudo ficará bem. Você permanecerá aqui”.

Marisa retornou à sala de estar e sentou-se com os braços cruzados. “Por


favor, Harry, conte-me o restante da estória”.

“Bem, a ATIC despachou minha transferência para a base dos


Controladores como meu próximo passo no Projeto Humanização. Estou
muito grato pela bondade e aceitação que você tem mostrado pela Raechel.
E, para nossa boa sorte, em encontrá-la para ser a companheira de quarto
dela”.

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Um Presente de Despedida para Marisa - Ano de 1972

Numa tarde, no final do semestre, ao abrir a porta do seu apartamento,


Marisa sentiu-se apreensiva. Alguma coisa estava errada. Havia um clima
pacato no interior do apartamento. Então, ela chamou “Raechel: “Você está
aí?”.

Um silêncio. Nisso, Marisa correu para o quarto de Raechel, o qual estava


vazio. Sem a escrivaninha, a cadeira e seus livros. Na cozinha, as garrafas
d’água especiais não estavam na geladeira, nem as caixas brancas no
congelador. Nenhum sinal de Raechel. Em pânico, Marisa telefonou para o
serviço de administração da instituição de ensino superior, a fim de saber se
Raechel havia sido transferida. “Lamento: Ninguém com esse nome está
registrado aqui”.

Com um catálogo telefônico, Marisa folheou as páginas até encontrar um


pedaço de papel em que Harry tinha anotado o número do telefone, onde
ele poderia ser encontrado no trabalho. Marisa então, telefonou para o
trabalho de Harry, mas colocava o telefone no gancho após o décimo
quinto toque. Resolveu telefonar para sua mãe no trabalho: “Mãe, Raechel
desapareceu, estou preocupada. Você poderia ver se é possível encontrar o
pai dela na Base dos Controladores?”

Helen, percebendo a preocupação da filha, contatou o chefe de segurança


da base. Eles tinham sido amigos havia vários anos e, provavelmente, lhe
prestaria um favor especial. “Alô, Jim. É Helen, mãe de Marisa. Quero lhe
informar que a companheira de quarto de minha filha se mudou e ela
gostaria de falar com ela. O pai da companheira de quarto é o Coronel
Nadien, da base de Controladores. Você poderia encontrá-lo e saber para
onde ele foi transferido, e como podemos contatá-lo?”

“Claro, Helen. Eu retornarei para informá-la”.

Em alguns minutos, o telefone de Helen chamou. “Helen, você deve estar


enganada. Não há ninguém com esse nome na base de Controladores.
Nunca houve. Você está certa de que essa pessoa trabalhava na base de
Controladores? Verifique com sua filha novamente, talvez tenha entendido
o nome errado”.

Helen telefonou para Marisa e explicou o que ela soube: “Olhe, eu sairei do
trabalho cedo e irei verificar se há alguma coisa no apartamento, que você
talvez tenha perdido”.

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“Está bem, Mãe. Conversarei com você mais tarde”.

Desalentada, Marisa pôs o telefone no gancho e caminhou lentamente para


o quarto de Raechel. “Ela não pode ter partido. Não depois de tudo. Não
após tudo que aconteceu. Nós nos tornamos boas amigas. Curtíamos nossas
noites passeando a pé juntas. Conversando e caçoando sobre os garotos do
conselho de ensino. Não, ela não pode ter partido”.

No momento em que Marisa olhou de relance para o quarto de Raechel


mais uma vez, observou um pequeno pedaço de papel colado com fita
métrica no espelho da cômoda. Ao removê-lo, cuidadosamente, ela leu um
lembrete de Raechel que estava escrito metade a mão e outra metade
impresso: “Cara Marisa, sentirei muita saudade sua, mas eu lhe deixei um
presente especial para que você se lembre de mim. Raechel”.

Por alguns segundos, Marisa surpreendeu-se com a mensagem oculta. Qual


presente especial? Não vejo nada aqui. Oh, meu Deus! Posso ler sem minha
lente de aumento! Posso enxergar sem ter de entortar os olhos. Ao observar
detalhadamente o quarto de Raechel, Marisa compreendeu claramente o
significado daquela mensagem: sua companheira de quarto, com grandes
olhos verdes, tinha lhe dado o dom da visão.

Nós agora começaremos a descrever a Parte Dois do livro “Os Olhos de


Raechel”, cuja documentação arrima a provável veracidade da história
assim como relatado na Parte Um.

Prólogo da Parte II

A Parte II provê um sumário do que se apurou durante as pesquisas. Uma


transcrição completa de texto adveio de muitas regressões hipnóticas
reveladoras, emocionais e traumáticas. Detalhes da pesquisa, às vezes
assustadores e cômicos, e as referências com eventos sempre
surpreendentes que aconteceram com Helen e outras pessoas que estiveram
associadas a essa pesquisa foram tomados de próprio punho. A Dra. June
Steiner tem documentado as lembranças de Helen nesse caso. Essa
informação, junto com um posterior evento atemorizante aponta para o
prosseguimento do Projeto Humanização.

Um provérbio em Inglês Antigo menciona que: “Os olhos são as janelas da


alma”. Os Olhos de Raechel são as janelas da alma da humanidade.

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Relanceando através de seus olhos enxergamos o pior e o melhor da
humanidade. Reiteradamente, a pesquisa revela uma resposta, daí a
resposta revela um outro segredo.

Quando nos aventuramos a olhar bem fundo nos olhos de Raechel, na


esperança de desvelar a verdade, nos achamos impotentes de olhar para
outro lugar. No começo, os olhos de Raechel eram um espelho, refletindo
uma realidade física, nossos sonhos e esperanças. Então, ela acenou
prometendo mais, nos indagando a fim de observarmos mais profundo. De
novo, como outras pessoas ousaram previamente, nós, hesitantemente,
trilhamos um caminho no mundo por detrás dos seus olhos. Nós nos
encontramos surpreendidos por detrás do espelho, de quando em vez
assustados, de quando em quando regozijados, e freqüentemente frustrados
e descrentes. A realidade mesclada com a irrealidade, o normal com o
paranormal revelam um novo mundo que jamais esqueceremos. Por fim,
descobrimos que seus olhos não eram justamente as janelas para sua alma;
eles incorporavam o passado, o presente e o futuro de todas as almas.
---

“Leiam todas as notas nas margens das páginas, examinem os apêndices,


verifiquem as referências, nenhuma delas desaparecem por completo. Em
algum lugar, existe um vestígio, o vestígio de uma impressão digital
jazendo oculta nas sombras, esperando ser encontrada”.

— Antigo Oficial do Serviço de Informações

Preâmbulo da Parte II

No momento em que Helen narrou sua estória, perguntas vieram á mente.


Ela realmente teve uma filha? Sua filha tinha sido cega? Ela freqüentou o
conselho de ensino superior? Ela teve uma companheira de quarto,
chamada Raechel? Como ela soube toda essa coisa? Porque ela soube
disto? Ela estava arquitetando essas informações? Por fim, haveria a
possibilidade de descobrir muitas informações, a fim de confirmar sua
história?

Na data corrente, Helen é semi-aposentada, vive de previdência social e


trabalha em um emprego de meio expediente. Ela é inteligente, calma e um
tanto tímida. Nunca, durante os anos, eu soube que ela tinha mudado sua
história ou aparentou mudar, salvo, uma mãe e avó com meia idade normal.

Impressionante como esta história despontou. Acreditei que havia mais na

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história contada por Helen e que talvez a hipnose pudesse ajudá-la a
relembrar os contatos.

A Dra. June Steiner, uma hipnóloga graduada pelo Instituto de Psicologia


Trans-Pessoal e pelo Instituto Americano de Hipnose, concordou em
realizar uma regressão com Helen.

Os desmistificadores tomam grande satisfação em analisar os relatos de


uma regressão, indicando que o hipnoterapeuta tem removido lembranças,
questionando o que parece ser a pergunta orientadora, ao conduzir a pessoa
sob hipnose. Por exemplo, como alguém que reporta ter visto uma luz no
céu. Durante a hipnose o hipnotizador indaga: “O que parecia o UFO?”
Essa é a pergunta chave pondo a sugestão que o objeto era um UFO.

Levou várias semanas, a fim de formular perguntas que queríamos indagar


para Helen. Muito cuidado foi tomado pela Dra. Steiner em deixar que
Helen relatasse seus contatos, sem conduzi-la ou influenciá-la com
perguntas, tonalidade ou termo escolhido, ou confirmando, negando, ou
surpreendendo-se pelo que era dito.

Esta é a declaração da Dra. Steiner com respeito a esse fato: “Meu interesse
nesse caso, proveio no momento em que fui solicitada para auxiliar nas
sessões de hipnose e ler a história de Helen. Ela tinha memórias
conscientes abrangentes e achei serem um pilar forte para quaisquer
descobertas intervenientes por meio de hipnose. Minha preocupação com o
bem-estar de Helen e zelo com a imparcialidade das perguntas foi, antes de
tudo, tal como sondamos seus contatos. Em alguns casos, as respostas
inconscientes foram usadas para comunicar-nos diretamente com a mente
subconsciente de Helen, suplantando as palavras articuladas e com sus
mente consciente, a fim de obter detalhes específicos”.

Sob hipnose, Helen foi capaz de rememorar contatos extraterrestres, que


assustaram a todos que participavam do processo, incluindo Helen.
Realmente, encontramos sugestões deliberadas engendradas por pessoas e
Ets, para que Helen não rememorasse ou comentasse a respeito dos seus
contatos extraterrestres novamente, ou de um período precedente antes de
se lembrar.

A Dra. June Steiner continua com suas explicações: “Muitas pessoas


vivenciam telas de memórias, no momento em que o abduzido observa um
animal ou outra silhueta simbólica, em vez da forma ET. Isso acontece
freqüentemente, já que a pessoa não pode vislumbrar a forma real do
contato, porque a mente não acredita no fato.

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3
“Helen realmente vislumbrou diferentes tipos de pássaros idealizados como
telas de memórias e contatos durante as sessões de hipnose. Deu-se uma
série de eventos incomuns com figuras caindo, dois seres estranhos dentro
de um restaurante e pássaros com olhos fora do comum. Após cada
semana, Helen entrou em contato com uma ou mais águias, e contemplou
figuras simbólicas nos seus contatos extraterrestres durante as sessões de
hipnose”.

“Helen tinha muitas boas lembranças de seus contatos antes


mesmo de realizar as sessões de hipnose. As sessões de
regressão esclareceram sobremaneira essas informações e
trouxeram adiante muitas memórias suplementares. No lugar
do temor, Helen foi capaz de prosseguir e entrar a fundo nos
eventos extraterrestres e, eventualmente, relembrar
informações importantes a respeito dos relacionamentos entre
ela, Raechel e Marisa, e o contato com seres híbridos. Ela teve
a capacidade de lembrar e continuar a contar sua história sem
relembrar claramente e respondeu perguntas, geralmente, sem
hesitar, requerendo tempo e autoconfiança somente no
momento em que o contato se tornava extraordinariamente
atemorizante. Ela também confirmou respostas prévias, no
instante em que se deparava com algumas perguntas
montadas, ocasionalmente usadas para averiguar, caso
refutasse alguma parte de suas prévias respostas”.

Para dar ao leitor o impacto direto do que Helen vivenciou,


uma transcrição completa da primeira regressão é apresentada.
Isto estabelecerá na mente do leitor de que forma os contatos
extraterrestres aconteceram no âmago de Helen, uma vez que a
diligente e cautelosa Dra. Steiner emprega o auxílio da
regressão e hipnoterapia. Isto também servirá a fim de mostrar
a diferença entre o retratado em filmes na televisão e a hipnose
regressiva na vida real.

A pesquisa explorou os cantos mais recônditos no enredo da


mente de Helen—em que contemplamos uma bonita história,
com uma felicidade que se esvai lentamente e demuda
inexorável para alguma coisa completamente distinta.

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4
28/03/98: Primeira Sessão de Hipnose de Helen com a D.ra June
Steiner:

June (J): (Contatando a mente profunda). Helen, antes de iniciar esta

sessão de hipnose, preciso estar certa de que estará tudo bem caso
venha a lembrar-se de informações ainda não reveladas de uns
tempos para cá? Quero que saiba que caso exista alguma coisa contra
a qual precise proteger-se ou da qual sinta medo, poderá a qualquer
momento, durante a sessão, avisar-me gesticulando seus dedos ou até
mesmo falando. Devo lembrar-lhe de que me preocupo com sua
segurança e conforto. Estou ciente de que esta sessão de hipnose foi
solicitada por você a fim de que possa penetrar com maior
profundidade em sua memória e compreender claramente o que tem
acontecido, encontrando as respostas que possam ajudá-la a integrar-
se junto aos contatos extraterrestres. Preciso saber, existe alguma
coisa que você gostaria de falar nesse momento?

Helen (H): (Lamuriando) Não, preciso vivenciar isto. Tenho de


passar por esta experiência. (Lamuriando)

J: Este talvez seja um momento difícil, ocasionalmente…

H: Sim…

J: Você está confortável? Lembre-se, quaisquer contatos alienígenas


que estão no passado não serão desvendados agora se você não
estiver em condições de tomar ciência deles.

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H: Eu estou preparada.

J: O que eu gostaria que você fizesse nesse ponto é que recuasse à


época em que Marisa, inicialmente, se mudou para o apartamento a
fim de freqüentar a faculdade. Quero que retroaja no novo
apartamento dela a fim de viver com uma companheira de quarto,
chamada Raechel. Deixe-se retroagir à época desse primeiro
encontro que você teve com Raechel. Quero que sua mente profunda
recorde esse momento, mas antes de relatar os detalhes, deverá
vislumbrá-lo integralmente. Sua mente profunda capturará todas as
entonações de vozes, cores, sons, intuições, movimentos,
acontecimentos e vocábulos. Exatamente, examine minuciosamente
tudo aquilo que está sendo falado, do que você conscientemente
possui lembranças, assim como tudo aquilo sobre o qual até agora
não tem se recordado. Eu contarei até três, na contagem três, eu
quero que esteja presente àquele momento no apartamento, antes de
você, a princípio, conhecer Raechel. Pronta? Um, dois, três.
Mantenha-se naquele lugar agora. Diga-me se você está ciente.

H: Estou dando um abraço de despedida em Marisa e ela diz: “Eu


gostaria que você permanecesse um pouquinho mais até Raechel
chegar. Não sei como, nem sei quando ela voltará, sei que você tem
de ir embora…” Então nós escutamos os passos de alguém se
avizinhando, subindo os lances da escada em direção ao
apartamento. Marisa falou: “Eu acho que talvez seja ela. Espere um
minuto, é ela. Chegou”. Essa moça ou quem quer que seja chegou à
porta do apartamento e nós tivemos de abrir espaço ao lado para que
ela passasse. Ela entrou e passou diretamente por nós a toda marcha.

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Nesse ponto, Marisa falou: “Espera aí, Raechel! Essa é a minha mãe.
Eu gostaria de apresentá-la a você!”

J: Helen, mantenha-se exatamente no ponto em que você está agora.


Quero que rume mais adiante no contato sob um profundo estado
hipnótico, no lugar em que você realmente está posicionada e diga-
me o que está acontecendo neste momento.

H: Estou avistando Raechel, mas eu não posso enxergar muito bem


seu rosto porque usa óculos grandes encobrindo-o, não todo ele,
porém é tão pequeno que não há muito à mostra sob os óculos. Ela
também está usando alguma coisa sobre a cabeça, um cachecol. Está
desenriçando para baixo e atado sob seu queixo. Ela parece estranha,
é magérrima ou esquálida, ou melhor, não parece normal. Está com
pressa e eu não posso ou não quero encará-la. Realmente estou sem
jeito de encará-la de outra forma, porque é estranhíssima.

J: O que você sente ao tentar encará-la?

H: Sinto-me nervosa, na verdade, não exatamente nervosa, sinto um


incômodo. Nunca presenciei nada assim antes. Ela não é
precisamente uma pessoa com uma aparência estranha, na verdade,
não se assemelha a uma pessoa.

J: Com que ela se parece?

H: Não sei, seus braços são compridíssimos, no entanto não posso


enxergá-los porque ela traja mangas longas e seus braços
encompridam para baixo demasiadamente, de certa forma, alguma

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coisa não está normal, alguma coisa realmente não está normal
(lamuriando). De qualquer forma, estou sem jeito de encará-la e isso
não é cortês. Sei que Marisa não pode me enxergar observando
Raechel, então está tudo bem, mas…

J: Agora, permita-se lembrar de todos os mínimos detalhes que você


observou em Raechel. O que você lembra sobre a aparência das
mãos dela?

H: Suas mãos eram compridíssimas. Seus dedos não eram normais,


eram dedos, mas pareciam de algum modo, artificiais. Eu não posso
continuar encarando-a, pois ela quer passar e Marisa está tentando
nos apresentar, no entanto continuo olhando... Não estou agindo
corretamente, afinal nunca vislumbrei nada assim antes. Não sei o
que Raechel pensa, mas não me importo. Estou preocupada. Sei que
deveria dizer: “Estou contente em conhecê-la”, porém não me sinto
feliz por encontrá-la, não estou confortável, sinto medo dela
(lamuriando), estou sentindo medo, (lamuriando), apesar de ter
certeza de que ela não me fará mal algum.

J: Como você pode estar tão convicta disso?

H: Eu tenho a sensação, estou emocionada ou algo desse gênero.


Não sei o que há de errado comigo. Marisa não demonstra estar com
medo dela, mas eu não sei o que é isso, ela não é uma pessoa real
(lamuriando.)

J: Então você tem a impressão de que alguma coisa...

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H: (lamuriando) Acho que ela é… Bem, só de olhar, nota-se que ela
não é normal.

J: Você confia em suas emoções, então se sinta confortável, porque


é o seu eu profundo respondendo alguma coisa sobre a qual você
sente e tem conhecimento. O que acontece logo em seguida?

H: Bem, nós nos apresentamos e ela diz: “Estou tão contente em


conhecê-la. Ouvi falar muito a seu respeito”. Ela até diz alguma
coisa legal, mas isso tudo está estranho. Ela não parece ser realmente
uma pessoa normal.

J: Com que ela se parece?

H: Ela assemelha-se a uma máquina. Sua voz é mecânica. Na


verdade, é a maneira como fala que é tão mecânica... A voz não
parece ser sua... Parece-se com a voz de uma garota, mas cada
pronúncia é tão… Soa tão estranhamente. Nunca escutei nenhuma
pessoa falar assim. De algum modo, ela disse que eu falara: “Estou
contente por ter finalmente conseguido encontrá-la”. No entanto, eu
falei: “Raechel, estou contente por ter finalmente conseguido
conhecê-la”. Então, Raechel falou: “Eu devo correr...”, Mas essa
elocução não era a forma correta, ela deveria ter dito: “Estou com
pressa”. Eu devo correr não era a forma correta de se expressar
naquele momento.

J: Quer dizer que ela falou isso, assim mesmo? Agora eu quero que
você observe a boca, diga-me como ela a articula ao falar.

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H: Mal pude enxergar sua boca articulando. Essa boca é, em outras
palavras, como quando você tenta se expressar com sua boca fechada
ou seu dente encerrado, como se fosse um ventriloquista.

J: Continue lhe encarando e diga-me o que você enxerga.

H: Fiquei tão assustada por um instante que não pude alhear a


atenção dos olhos dela. Ela estava mais amedrontada do que eu
quando me avistou. Oh, eu pude reparar quão assustada ela estava.

J: Baseada em que você pode afirmar que ela estava assustada?

H: Ela me falou (sussurrando).

J: Como ela lhe falou?

H: Com os olhos... Eu disse a ela: “Está tudo bem, você está bem?”.
Então eu notei, enquanto ainda segurava seu braço, que a pele dela
não estava normal, nem um pouco, não estava normal, a pele não era
real, aquela pele não parecia real. Ela continuou me encarando e eu
calei, muda de temor só por ter olhado. Eu restei silente.

J: Com que se parecia a pele dela? Você a apalpou.

H: Oh, parecia-se com a textura de um cogumelo. Exatamente: fria e


esponjosa.

J: Quando você falou, fria, quão fria? Diga-me, essa pele era
realmente fria?

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H: Não, essa pele não era fria. Era... Não posso definir exatamente.
Essa pele era... Não posso definir com que essa pele realmente se
parecia.

J: Tudo bem. Conserve-se no contato, diga-me mais alguma coisa


sobre a qual você esteja ciente a respeito do corpo dela.

H: Eu deveria ter soltado o braço, porém continuei segurando-o. Eu


não deveria tê-lo apalpado.

J: Por quê?

H: Ela não queria que eu… Eu não queria que ela se machucasse.

J: Quero que você retroaja no momento em que você estava


observando os olhos dela. Diga-me aproximadamente, quão grandes
eram os olhos e com que se pareciam. Fixe sua atenção nos olhos
dela.

H: Ela não tinha pálpebras, seus olhos ocupavam a cavidade toda, ou


sei lá como devo chamar a isso. Eu deveria saber como chamar a
isso.

J: Se você estivesse comparando com uma (falta uma palavra), qual


seria aproximadamente o tamanho dos olhos dela?

H: Hum, bem, seus olhos eram provavelmente do tamanho dos meus


olhos, mas sem pálpebras: a coisa toda! Não, isso não está certo…

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(longa pausa)… As pontas apareciam...

J: As pontas apareciam e voltavam ao mesmo tamanho assim?

H: As pontas eram para cima dessa forma e vertiam para baixo. O


olho todo era esverdeado e tinha uma coisa pequena no centro.

J: Que tipo de coisa pequena havia no centro?

H: Essa coisa não era esférica. Era para cima e para baixo e da cor
preta. Eu senti como se tivesse sido empurrada com vigor para
dentro daquela coisa preta.

J: Então, ao invés dessa informação ter sido transmitida


verbalmente, isso foi transmitido como se você estivesse de algum
modo sendo comunicada telepaticamente através desse ponto preto
do olho dela? A isso é que você está se referindo?

H: Sim.

J: Mantenha-se olhando para essa parte preta do olho dela. Fale-me


mais a respeito disso.

H: Hum, eu não posso!

J: Quando você diz que não pode o que isso significa?

H: Que ela me encontrará novamente, ela quer me contar alguma


coisa, mas não pode me dizer isso, eu estou apavorada, esse não é o

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momento para que converse comigo.

J: Bem Helen, sabemos que você não conversou com ela. Você
gostaria agora de olhar novamente para a cavidade dos olhos dela e
permitir que lhe informe o que não foi capaz de lhe contar? Você
está segura neste lugar ou gostaria de retroagir àquele momento e
olhar novamente para a cavidade dos olhos dela, deixando que lhe
diga?

H: Hum, que ela quer ser como as pessoas, e não ser como os outros.
Ela quer ser como as pessoas, mas não pode. Tenta ser como elas
sem sucesso. Ela não é exatamente igual aos outros. Ela não é igual a
eles e não importa que providências ela tome, não pode mostrar sua
fisionomia. Está tão frustrada e a razão pela qual pode conviver com
Marisa é o fato dela não lhe enxergar. Marisa não percebe quão
diferente Raechel se parece. Tudo que ela sabe é que Raechel lhe dá
assistência, conversa com ela. Marisa não percebe quão estranha
Raechel parece. Ela me diz isso: “Eu pareço estranha, tento
conversar como os outros, mas não posso conversar como eles”.
Disse: “Eu não sei quanto tempo poderei tentar me comunicar como
os outros. Os caras me dizem que eu devo tentar me comunicar como
os outros logo, ou nós desistiremos, abriremos mão. Eu tento me
comunicar como os outros tanto quanto eu posso, mas não consigo
trocar idéias com qualquer pessoa sobre qualquer assunto”. Ela está
visivelmente perturbada. Eu continuo lhe encarando exatamente para
dentro das fendas dos seus olhos. Eu digo a ela que está tudo bem:
“Você sabe, você está tentando interagir com os outros
obstinadamente, no entanto as pessoas estão realmente sentindo
medo de você; eu estava com medo de você, mas não estou mais

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agora”. Eu disse a ela: “Você sabe que seus olhos são tão bonitos,
seus olhos são tão lindos!” Finalmente, ela havia retirado os óculos,
não os estava usando. Ela os retirou, mas esse encontro foi em outra
ocasião. Não foi no momento em que eu, de início, a conheci.

J: Quando aconteceu esse encontro?

H: Um pouco depois, uma semana, não sei. Duas ou três semanas,


imagino.

J: Onde esse encontro aconteceu?

H: No apartamento. Marisa não estava. Eu não sei por que eu estava


lá, talvez estivesse esperando para me encontrar com Marisa, mas ela
não estava no apartamento naquele momento. Penso que não era
correto que Raechel estivesse no apartamento. Não me recordo de
que forma cheguei lá. Lembro-me de que estava na cozinha, perto da
janela. Raechel estava no quarto, bem rente, a 1m e 21 cm ou a 1m e
52 cm distante de mim e não estava usando o cachecol dessa vez. Ela
estava lindaça.

J: Como se pareciam os cabelos dela?

H: Seus cabelos eram lindos, rubros, loiro-avermelhados. Eram finos


e franzinos, pareciam crescer em várias direções. Não sei como
descrevê-los, mas eram longuíssimos como se não fossem usados
para serem penteados ou escovados a fim de espichar-se em uma
única direção: a direção certa. Eram bonitos, finíssimos. Eu os
contemplei, pois ela precisava usar um cachecol a fim de escondê-los

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por não serem normais. Porém, dessa vez, ela não se importou com
isso e eu os achei lindaços.

J: O que ela trajava?

H: Bem, ah… (longa pausa). Era como um uniforme, mesmo assim,


havia algo que não estava certo. A veste era uma jaqueta ou parecia-
se com uma. Não sei dizer se tinha uma parte sobreposta ou por
baixo, quer dizer, se a jaqueta era separada em duas ou mais partes.
Esse traje era todo unicolor.

J: Você se lembra da cor da veste dela?

H: Era azul. Oh, um azul lindo como o das nuvens, como o azul-
celeste. Ela estava com as mangas arregaçadas. Não sei por que ela
as arregaçara, já que seus braços eram estranhos e muito finos.

J: Quão grandes eram os braços?

H: Oh, como os braços de uma criança, e longuíssimos. Suas mãos


eram estranhas também. Seus dedos eram compridos, pareciam ser
todos do mesmo tamanho. Não eram do mesmo modo que os de uma
pessoa. Uma pessoa tem dedos de tamanhos diferentes, seus dedos
eram incomuns. Todos eles não deveriam ser iguais, mas eram.
Antes de fitar seus braços, olhei para seu rosto, porque eu
contemplava seus olhos, então, eu falei comigo mesma: “Quão
lindos! Que cor bonita possuem!” Então, olhei para sua pele e, oh
deus, não era normal! Não senti medo, apesar de pensar que deveria,
somente pelo fato de fitá-la de perto. Era esverdeada, não um

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esverdeado fulgente, mas com certeza não era rosa. É como se
houvesse faltado a cor rosa ou não fosse exatamente da mesma cor
da pele humana. Era esverdeada e amarelada, mais esverdeada. Seus
braços também eram da mesma cor. Então, no instante em que olhei
para a parte de baixo do seu corpo, foi quando eu, de princípio,
vislumbrei seus braços. Eram da mesma cor pelo que pude enxergar.
Então tive certeza de que seus dedos eram todos do mesmo tamanho.

J: Como pareciam as pontas dos dedos dela?

H: Seus dedos não tinham unhas, por isso, comecei a sentir-me mal,
não muito, tentei disfarçar o mal-estar, já que eu realmente não
estava com medo dela. Naquele momento, eu soube que ela não era
real. Eu logo reconvalesci do mal-estar porque permaneci mais
tempo nas dependências do apartamento, e Marisa, em momento
algum, estivera lá e eu ainda não descobri como entrei.

J: Helen, eu quero que você retroaja no momento em que vocês


conversaram através dos olhos. Quero que você permaneça olhando
para dentro dos olhos dela novamente, para dentro das fendas dos
olhos dela, diga-me, de que tamanho eram as fendas? Com o que se
pareciam?

H: Nunca observei nada assim. Eu senti como se eu estivesse sendo


empurrada para dentro deles, mas eu não estava.

J: Deixe-se ser empurrada para dentro daqueles olhos, o que quer


que isso signifique. Exatamente, deixe-se estar naquele lugar. Você

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estará segura. Diga-me tudo o que você está sentindo, tudo o que está
acontecendo. Exatamente, adentre os olhos dela.

H: Hum… (longa pausa).

J: Indo profundo e profundo nos olhos dela.

H: Oh! Eu estou enxergando luzes... Oh!

J: Está tudo bem?

H: Oh! Essas luzes são como, exatamente como, não como


relâmpagos, mas esse lugar está completamente iluminado com luzes
ofuscantes. Oh! Ela diz que está tudo bem, que ela estará, está nesse
ambiente e que está tudo bem, mas eu nunca presenciei nada assim
antes. Eu não acho, não creio que esteja tudo bem, eu digo a ela que
não quero ir a esse lugar. Oh! Somente posso enxergar luzes
brilhantes. Não sei o que está acontecendo.

J: Quais são as cores das luzes brilhantes?

H: São azuis e verdes, bonitas, com lindos matizes de cores azuis e


verdes que eu nunca contemplei antes. Oh! Eu não sei se estou, ou
melhor, acho que ainda estou na cozinha, mas como eu posso estar
nesse lugar e contemplar outro? Eu posso enxergar estas outras
coisas, é como se ela quisesse que eu me encaminhasse a algum
lugar onde as luzes estão, mas…

J: A cozinha está situada naquele mesmo lugar?

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7
H: Sim, e eu estou atemorizada. Oh! Oh! Não… Então eu dou um
passo para trás e agarro à força a quina da mesa, mas não sei por que
estou fazendo isso.

J: Quero que você retroaja um pouco mais ao momento antes de dar


um passo para trás e agarrar à força a quina da mesa. Quero que
recue ao momento em que contemplou as luzes azuis e verdes. Quero
que saiba que a cozinha estará localizada naquele mesmo lugar
quando retornar. No entanto, permaneça todo o tempo na presença
das luzes azuis e verdes e diga-me tudo o que acontecerá.

H: (Uma longa pausa)… Oh! É como se eu estivesse olhando para


dentro de um vidro da janela. O vidro da janela não é quadrangular.
É mais comprido do que alto e existe uma luz azul brilhante acesa no
lado de fora dela e uma luz azul fulgente acesa em seu interior.
Existe uma luz azul brilhante acesa no lado de fora e uma outra luz
fulgente acesa na parte interna da janela. Raechel está agora na parte
interna da janela; ela quer que eu a atravesse. Eu digo a ela, (rindo à
toa): “Bem, eu não vejo uma porta. Ela diz: “Não precisa existir uma
porta”. Ela diz: “Apenas toque o vidro da janela. Oh, Deus! Oh! Eu
apalpo o vidro da janela pelo lado de fora e me deparo de pé na parte
interna do recinto. Oh!

J: O que você sentiu no momento em que transpassou o vidro da


janela?

H: Oh, aquele ambiente era tão quente; eu me senti confortável, mas


estava apavorada. Então, uh! Eu avistei mais janelas, havia mais

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corredores e mais janelas, então eu disse a ela: “Raechel, eu não
posso ir a esse lugar! Eu tenho que…” Ela falou: “Bem, esse é o
lugar para o qual eu irei. Eu queria mostrá-lo. Na verdade, não irei
para lá agora, eu apenas não queria que sentisse medo de mim, no
momento em que eu for... Quando eu for”. Bem, eu falei: “Não sei,
você vive onde existem janelas ou o que é esse lugar?” Ela falou:
“Bem, eu não posso dizer-lhe agora, você tem de ir, deve observar a
coisa toda. Mas eu não posso levá-la agora. Eu quero que saiba que
esse lugar é quente e prazeroso de se contemplar”. Eu falei: “Eu
tenho de voltar, preciso tomar conta de Marisa. Tenho de tomar
conta de Marisa!” Então, retornei pelo lado de fora das janelas e
deparei-me de pé com a minha mão pousada à mesa, matutando...
“Em que lugar eu estava?… O que acontecera comigo?” Nisso,
Raechel ainda estava de pé no mesmo lugar em que se encontrava
previamente, ela ainda estava me encarando... E tudo parecia ser o
mesmo, e ao mesmo tempo não. Hum... Nada parecia igual.

J: O que você quer dizer com isso?

H: Sei que ela veio de um outro lugar, mas eu também estive lá e


não quero retornar.

J: Helen, eu contarei de um até três, na contagem três, eu quero que


você esteja ciente de alguma vez ter retornado com Raechel àquele
lugar, de ter percorrido os outros corredores e janelas onde ela leva
certa vida. Um, dois, três!

H: (Longa pausa)… (sussurrando)… Acho que não, não creio que eu


tenha ido, eu gostaria de visitá-lo, mas nunca topei ir com Raechel a

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partir daquele dia; no entanto acredito que seja o lugar onde ela está
morando.

J: Raechel alguma vez a contatou de outra forma a partir daquele


dia?

H: Sim (sussurrando).

28/03/98: Segunda Regressão de Helen com a D.ra June Steiner

J: Mantenha-se nesse lugar. Não o compare com qualquer coisa.


Deixe-se estar nesse ambiente, diga-me o que você contempla.

H: Não enxergo nada além de luzes azuis brilhantes, mas eu não


estou no mesmo lugar onde estive antes.

H: Oh! Ela era uma pessoa real, ela não pode ser essa outra coisa.
Oh! Mas ela é, sempre foi. Oh! Não havia nada que eu pudesse fazer
em relação a isso. Não há nada que eu possa fazer a respeito.

J: Diga-me o que você sabe. O que existe e que ela não pode fazer
qualquer coisa em relação a isso?

H: Ela não pode mudar o lugar em que ela está morando agora. Ela
não pode mudar o que ela sempre foi.

J: O que ela sempre foi?

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H: (Longa pausa). Ela nunca foi humana. Parecia humana e agia
como tal. Então esse é o motivo pelo qual ela é Raechel, é a razão
pela qual veio a conhecer-me. Oh! Por que eu não soube disso? Ela
me disse que não deveria tomar ciência, mas eu andei meditando e
lembrei… Oh! Ela tentou, acho que tentou me dizer alguma coisa e
eu não compreendi a questão.

J: Nesse momento, você tem um modo de se comunicar com Marisa


e Raechel constantemente.

H: Oh, Deus! Oh! (muito preocupada) Oh! Oh! Oh! Ah….

J: Diga-me o que você recordou.

H: Oh, Deus! Eu tive uma criança que não era o que eu supus ser.

J: Quando isso ocorreu?

H: No instante em que eu olhei para dentro dos olhos da águia, foi


por isso que quando olhei para dentro dos olhos de Raechel, eu os
achei lindos. Ela talvez tenha tentado me comunicar alguma coisa.
Ela talvez quisesse me dizer a verdade, mas não era, talvez tenha
achado. Oh! Eu não sei o que ela realmente achou.

J: Você talvez ainda não estivesse pronta para tomar ciência dessa
informação.

H: Eu não estou pronta agora. É isso mesmo. Mas como isso poderia
acontecer?

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J: Esse evento é alguma coisa que você gostaria de sondar agora, ou
prefere esperar algumas horas ou dias antes de querer examiná-lo?

H: Acho que eu preciso tomar ciência desse evento agora.

J: Tudo bem. Helen, eu quero que você rume até mesmo mais
profundo. Sinta-se flutuando novamente. Contarei até três, na
contagem três, você estará em uma situação em que saberá como isso
tudo preludiou. Tome ciência de sua parte nesse evento e do por quê.
Um, dois, três.

H: (Uma longa pausa). Isso não pode ser, isso não está certo!

J: Deixe a informação afluir e não a julgue. Sobre o que você está


ciente?

H: Oh! Mas isso ocorreu há muito tempo atrás.

J: Quão muito tempo atrás esse fato aconteceu?

H: Oh, eu era muito jovem.

J: Muito jovem para quê?

H: Muito jovem para dar a luz a um bebê.

J: Quão jovem você era?

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H: Hum, treze anos de idade.

J: E o que aconteceu? Diga-me o que está acontecendo agora,


quando você está nesse evento?

H: Hum… Bem… Eu não sei como cheguei a esse lugar, mas me


lembro dele, já que costumava visitá-lo constantemente.

J: Que lugar é esse?

H: Era um lugar pequeno nos bosques onde eu costumava ir a fim de


isolar-me de todos e de tudo. Um pequeno lugar nos bosques, mas
gastava a maior parte de meu tempo ali, mas não sei dizer o que fazia
lá.

J: Você estava sozinha?

H: Eu não, acho que ia sozinha... Nós costumávamos conversar a


respeito de… Mas como eu poderia conversar com alguém se eu
estava sozinha? Eu... Alguma coisa está… Era um lugar onde eu
podia ir e encontrar coisas.

J: Você tomou ciência deles ou os conhecia, ou…

H: Eu certamente os conhecia. Mas, como pode, eu não compreendo,


como eu posso saber, como você pode saber coisas, se existem,
como você pode saber qualquer coisa de si mesma? Eu não tomei
conhecimento de coisas, mas ninguém me deu ouvidos. Quando eu
contava a eles, diziam: “Você está louca”.

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J: Que tipo de coisas você contou a eles?

H: Sobre a luz fulgente.

J: Que luz fulgente era essa?

H: Era uma luz azul brilhante, uma bonita e vistosa luz, no entanto
me disseram: “Não, não, você está louca”. Então, eu não toquei mais
no assunto do contato com a luz brilhante no bosque, apesar de que
ainda freqüentasse aquele lugar.

J: Quando você retornou ao bosque e presenciou a luz, permaneceu


lá para contemplá-la?

H: Oh, sim. Era uma luz brilhante muito bonita.

J: O que mais aconteceu no instante em que você estava no meio da


luz brilhante?

H: Oh! Aquela luz brilhante era quente. Como se eles realmente


tivessem zelo e preocupação comigo.

J: Quem são eles?

H: Não sei. Bem, não eram pessoas, não pessoas reais, porém
conversavam comigo.

J: Com o que eles se pareciam?

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H: Eles mediam aproximadamente a minha altura na juventude, mas
eram magérrimos. Eu costumava levar coisas para comerem, mas
nunca comiam um naco das comidinhas. Oh, eles me disseram que
não gostavam de comer maçãs e coisas assim.

J: Eles lhe disseram de que gostavam de comer?

H: Não. Disseram-me que a comida deles era diferente, mas não me


mostraram, apesar de eu querer saber. Disseram que não me
mostrariam porque a comida deles não seria boa para mim nem,
tampouco, a minha comida seria boa para eles. Então, depois de um
tempo, não levei mais comidinhas, mas eles ainda continuavam
vindo. Eu não sei como, porém sabiam quando eu ia visitar o bosque,
porque eu não ia lá todos os dias. Em qualquer hora que eu
assomasse no bosque, eles apareciam. Só não sei quanto tempo
permaneciam.

J: Você alguma vez foi a algum lugar com eles ou permaneceu


somente no bosque?

H: Acho que eu permanecia no bosque. Eles me perguntaram…

J: Eles lhe perguntaram…

H: Eles me perguntaram se eu queria conhecer o lugar onde eles


moravam. Eu não sei, não estava com medo deles; não sei por que
não aceitei o convite. Acredito que não tenha ido.

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J: Helen, eu contarei de um até três, e caso você tenha visitado esse
lugar e queira recordar disso, na contagem três, você estará nesse
lugar. Do contrário, você estará no ponto em que você está situada.
Um, dois, três.

H: Hum...Eu não fui a esse lugar com eles, mas eles me disseram
que eu era parte deles.

J: O que eles lhe disseram com relação a isso?

H: Que não havia nada que eu pudesse fazer a respeito, no entanto


verificariam, ou seja, me monitorariam, me vigiariam, pois eu era
muito jovem para saber da verdade.

J: Eles alguma vez lhe disseram que você mais cedo ou mais tarde
acabaria sabendo toda a verdade sobre isso?

H: Eles revelaram que eu era muito jovem para saber de toda a


verdade sobre minha pessoa, mas quando eu amadurecesse,
compreenderia. Eles não poderiam me dizer nada daquilo naquele
momento, pois de outro modo, eu terminaria sabendo. Eu fiquei
confusa por não compreender o que queriam dizer, mas não ousei
perguntar.

J: Você alguma vez os chamou pelos seus nomes?

H: Não.

J: Eles alguma vez a chamaram pelo seu nome?

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H: Não, mas eu, após um tempo, retornei àquele lugar e nunca mais
apareceram.

J: Com que idade você estava aproximadamente, quando eles


interromperam a vinda?

H: Talvez um ano mais velha. Oh, não sei, quatorze anos talvez. Não
importavam quantas vezes eu retornasse àquele bosque, eles nunca
mais assomaram naquele lugar.

J: Helen, eu quero que você recue à época do contato que aconteceu,


quando você estava com treze anos. Lembra de ter dito que você era
muito jovem para que aquilo acontecesse? Na contagem três, eu
quero que você rume diretamente para esse contato, diga-me, sobre o
que você está ciente. Um, dois, três.

H: Eles querem saber se eu gostaria de dar a luz a um bebê. Eu


respondi que não, pois era muito jovem, me assustei comigo mesma:
“Por que vocês estão me indagando sobre isso?” Eles me disseram:
“Oh, nós queríamos saber disso, só isso. Achávamos que você
quisesse dar a luz a um bebê”. Eu falei: “Não quero dar a luz a um
bebê agora”. Eles disseram: “Tudo bem, você não tem de dar a luz a
um bebê agora, depois você dará a luz a um. Numa época vindoura,
você dará a luz a um bebê e ele será especial”.

J: Você perguntou a eles o que isso significava?

H: Sim. Eles disseram: “Bem, esse bebê se parecerá com você, mas

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no íntimo, pensará como nós”. Eu agora nem saberia dizer ao certo o
que pretendiam dizer com isso.

J: Agora, focando os idos tempos, a quem eles se reportavam?

H: Marisa. No entanto, esse evento aconteceu muito antes de eu


conceber Marisa. Eu nem sei dizer como que, na verdade, não estou
certa de como isso aconteceu, mas, no fundo, essa coisa tem sentido.
Pensando bem, como poderiam realizar essa intervenção comigo sem
a minha anuência prévia?… Eu não deveria estar ciente?

J: Deixe-se ir bem profundamente agora. Deixe-se questionar a fim


de saber, como e quando esse evento aconteceu. Na contagem três,
deixe essa informação vir à luz. Um, dois, três

H: Oh…. Oh...

J: Helen, o que está acontecendo?

H: Oh… Eu estou... Estava sendo examinada, mas esse exame


machuca, eu não estou passando mal. Oh! Existe uma luz azul
brilhante acesa no recinto... “Oh! Eu não preciso passar por um
exame”. Dizem-me que ficará tudo bem. Eu estou bem, tudo ficará
bem.

J: Quem são eles?

H: Ela é uma médica.

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J: Como se parece essa médica? Quem é ela?

H: Eu não a conheço. Eu deveria conhecê-la, mas não a conheço.


Nunca avistei nenhum deles. Há uma luz azul fulgente acesa no
ambiente focada diretamente dentro dos meus olhos. Eu mal posso
enxergar qualquer um muito bem. No entanto, me dizem que meu
exame foi bom e que está tudo bem. Para falar a verdade, essa não é
a minha médica, eu não tenho uma médica particular. “Ah, como eu
parei nesse lugar? Como eu cheguei até aqui?” Eu estou, eu não
estou, nem sei dizer até mesmo onde eu estou.

J: Deixe-se lentamente retroagir alguns instantes, até você estar


situada à época precedente a esse evento, diga-me sobre o que está
ciente?

H: (Longa pausa) Hum, eu tive de permanecer em casa à noite.


Alguém me visitou para saber se estava passando bem. Eu não estava
me sentindo mal. Eu já havia topado com aquela senhora antes, ela
sempre me cumprimentava, mas eu não sei onde mora. Lembro de
que eu a avistava pelas redondezas. Toda vez que ela deparava
comigo, sempre me cumprimentava, mas agora resido em outro
lugar. Ninguém mais me cumprimenta assim. Então, por que ela me
cumprimentava?

J: Como ela se parece?

H: Dizem que ela se parece comigo, mas tem cabelos pretos, logo
não se parece comigo. Ela é alta e compareceu a minha casa para
saber como eu estava passando. “Como soube onde eu morava? Eu

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moro agora no segundo andar de uma padaria, como ela soube
disso?” Disse-me ela: “Você precisa ir lá fora tomar um ar fresco”.
Eu falei a ela: “Estou muito cansada, não quero ir a nenhum lugar”.
Na verdade, não quero ir a nenhum lugar com ela, mas não posso
dizer isso. Eu não quero dizer isso a ela. Ela insistiu: “Pegue seu
casaco, vamos passear”. Então, apanhei meu casaco e fomos.
Encaminhamos-nos a uma ala da cidade que eu conhecia. Ela falou:
“Eu tenho de parar aqui por um instante, preciso buscar alguma coisa
ali”. Eu falei: “Tudo bem, eu te esperarei aqui fora”. Ela falou: “Não,
você deve entrar comigo”. Eu entrei. Ela tirou o paletó que trajava
por cima e por sobre a veste trajava um vestidito esverdeado,
apropriado para ser usado no interior de uma sala de cirurgia. Logo,
eu pensei que estaria tudo bem, pois nós estávamos dentro de uma
sala de cirurgia. Havia uma médica e uma enfermeira e eu os avistei.
Eles acenderam uma luz brilhante, era a luz, a luz azul brilhante. Era
uma luz real. Não era ofuscante. A luz brilhante era como uma luz
brilhante que é acesa dentro de uma sala de cirurgia: uma luz
fulgente acesa e posicionada no alto. Porém, eu não lembro. Sei que
me encontrava na mesa de cirurgia quando a médica falou: “Está
tudo bem. Seu exame foi bom”. Eu falei: “Não quero passar por um
exame, não preciso passar por um exame; não estou doente”. Ela
falou: “Bem, seu exame terminou, você está bem. Você verá que
passará bem”. Então eu desci da mesa de cirurgia, puseram meu
paletó por cima e a senhora encaminhou-me até minha casa. Depois
me recolhi ao leito para dormir. Logo depois, meu marido chegou,
porque precisara viajar à longa distância até chegar em casa naquela
noite. O fato é que eu nunca contei isso a ele. Seria melhor que ele
não tomasse ciência daquilo, não havia nada que eu pudesse fazer.

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J: Helen, você sabe em que ano isso aconteceu?

H: Hum, eu não sei exatamente. Esse evento ocorreu logo após eu


desposar, creio. Nos idos de 1951. Tinha de ser porque foi o ano em
que casei, mas nem sei quem era aquela senhora ou por que me levou
até aquele lugar. No entanto, não havia motivos para que eu tivesse
me negado a passear com ela. Ela me enganou, porém, falando:
“Vamos sair a passear”. Então, rumamos àquele lugar onde eu passei
por um exame.

J: O que você acha que aconteceu com você naquele lugar?

H: Acho que, de alguma forma, colocaram algum tipo de implante


ou fizeram uma inseminação artificial. Acho que passei por essa
intervenção.

J: Helen, em poucas horas ou dias, você terá se lembrado claramente


de como e onde essa intervenção aconteceu. Quando eu pedir para
que recue à época, através da hipnose, você facilmente irá até aquele
lugar e será capaz de lembrar-se de tudo o que aconteceu. Agora,
você recorda ter presenciado essa mesma senhora alguma vez
novamente?

H: Sim.

J: Quando isso aconteceu?

H: Oh! Eu lembro dessa senhora agora. Eu a reconheço.

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J: Ela era a médica, mas falava de uma forma; agora fala de outra.
Lembro que eu a procurei para uma consulta, pois pensava que
estava grávida novamente e que estaria abortando, porque estava
com hemorragia. Fui atrás dela, afinal foi a única que pôde me
atender imediatamente. Ela não conversou muito, me levou para
dentro e disse que realizaria um procedimento de dilatação e
curetagem, estancando meu sangramento. Sanaria meu problema.
Essa é a mesma senhora que me levou para dar uma volta. Não
deveria tê-la consultado, porque não percebi que era a mesma
senhora que me levara para passear.

J: Qual era o nome dela?

H: Seu primeiro nome era Rosalinda. Não me advém seu sobrenome.

J: Onde você estava quando passou pela intervenção de dilatação e


curetagem? Em que cidade?

H: Em Johnsonville, Nova York.

J: Você lembra do ano?

H: Ah, talvez nos idos de 1956. Não consigo lembrar do sobrenome


dela. Era uma senhora germânica com sotaque alemão. Não era
cordial, mas rude. Não deveria ter ido consultá-la. Nem sei por que
eu a procurei.

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J: Você alguma vez encontrou-se com ela novamente, após o
exame?

H: Sim.

J: Por quê?

H: Ela era uma médica que trabalhava no hospital em que eu


trabalhei. Na verdade, nunca mais conversamos. Eu a avistava no
corredor, mas como não era cordial, ninguém simpatizava com ela.

J: Em poucas horas, dias ou semanas, você terá uma compreensão


geral de por que a consultou para submeter-se à intervenção de
dilatação e curetagem, será capaz de lembrar-se desse evento por
completo e de forma consciente. Logo, existe mais alguma coisa que
seria importante tomarmos conhecimento agora sobre Raechel ou
Marisa, em relação aos seus nascimentos ou em relação a você como
mãe?

H: Acho que não. Eu não sei.

28/03/98: Terceira Regressão de Helen com a D.ra June Steiner.

June (J): Lembre-se claramente de tudo que aconteceu naquele encontro.


Quando você se lembrar claramente aponte para cima seu dedo “sim” para
certificar-me de que você está naquele ambiente. Agora, deixe-se estar no
apartamento com o coronel. Diga-me exatamente o que está acontecendo.

Helen (H): Quando eu entro, ele já está no apartamento. Marisa diz: “O pai

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de Raechel está aguardando você na saleta, ele quer conhecê-la”. Nisso,
quando eu entro, vejo-o sentado na poltrona na sala de estar, ele se levanta
e Marisa nos apresenta, mas ela não o apresenta pelo seu primeiro nome.

J: Como Marisa lhe apresenta o coronel?

H: Ela diz: “Esse é o pai de Raechel, o coronel Nadien”. Ele se levanta, me


dá as boas-vindas e diz: “Estou tão contente em conhecê-la”! Eu não posso
lembrar de seu primeiro nome, ela não me disse, mas me parece que ele
falou: “Eu sou Rich, eu sou Rich Nadien” ou alguma coisa assim. Não o
escutei muito bem e não quis pedir que repetisse, não sei dizer ao certo,
mas acho que se chamava Richard.

J: Deixe sua mente profunda recuar por um instante à época dos outros
fatos, onde Marisa falou a você sobre o coronel, disse seu nome.
Exatamente, deixe sua mente profunda captar toda a conversa, a fim de
saber se o primeiro nome do coronel foi pronunciado.

H: Ela sempre o chamava de coronel. Eu o ouvi dizendo somente uma vez,


realmente não memorizei, mas penso que se chamava Rich, então, seu
nome deveria ser Richard.

J: Tudo bem, nós abandonaremos esse assunto por hora. Caso nas
próximas horas, dias ou semanas um nome diferente de Richard for
lembrado, você o memorizará, irá anotá-lo, então nós saberemos se o nome
é realmente Richard. Por hora está tudo bem, mas se no decorrer dessa
sessão de hipnose, se lembrar de um outro nome, me comunique. Estará
tudo bem?

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H: Sim.

J: Então, você pode me dizer o que foi que o coronel lhe contou naquele
encontro?

H: Sim.

J: O quê?

H: Bem, ele falou que já que eu havia tido algumas desconfianças sobre a
origem de Raechel (creio que ela deva ter falado com ele a respeito do
incidente no qual eu contemplara seu rosto e de que era o momento em que
eu deveria tomar conhecimento, saber a verdade). Ele me contou que havia
encontrado, inicialmente, Raechel, quando ela era muito jovem e havia
olhado para dentro dos olhos dela, sentiu uma afeição de algum tipo. Ela
conversou com ele por meio dos seus olhos e mente. Ele revelou-me que
não compreendeu por que se identificara daquela maneira com ela, porque
nunca acontecera com qualquer outro ser extraterrestre com o qual já havia
deparado. Foi nesse ponto que me revelou que decidiu tomar conta dela e
não enviá-la de volta, afinal eles precisavam de um ser extraterrestre jovem
para o Projeto.

J: Que projeto?

H: Um Projeto que a ATIC estava tentando implementar. Na verdade, eles


o instituíram por razões diversas, mas nem tudo correu bem, não havia
saído conforme previram e esperavam. Então, passaram a acreditar que
caso trabalhassem com um extraterrestre jovem, o projeto talvez vingasse.
Então, o coronel sentiu uma especial afeição por Raechel. Essa afeição

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talvez nunca tivesse sido vivenciada antes pelos homens da ATIC, pois os
outros extraterrestres mais velhos não quiseram cooperar com eles. Com
um extraterrestre jovem, eles talvez pudessem instigá-la sobremaneira a
fim de aprender com os extraterrestres e vice-versa. De início, ele não
soube como procederia, mas sabia que deveria fazê-lo de um modo ou de
outro. Quando ele a levou à base tudo se ordenou para ele, todos quiseram
ajudá-lo. Não ao certo por que, mas decidiram que precisavam ajudá-lo no
que pudessem. Raechel concordou, no entanto, o coronel assuntou consigo
sobre isso por algum tempo. A ATIC reforçou: “Não, você tem de
desempenhar este trabalho por um longo período”. De qualquer forma, ele
continuou a cumpri-lo; contou-me a respeito dos problemas que eles
enfrentaram. Quando se deram conta que tinham de ensinar Raechel a falar,
notaram que ela nunca demonstrara o desejo em tentar falar inglês, na
verdade nunca aperfeiçoara corretamente sua pronúncia, já que sempre
pronunciava feito uma máquina. Por outro lado, ela era uma extraterrestre
tão bem comportada que permitiram que residisse a maior parte do tempo
na base, e eles a auxiliaram. Ele também me falou a respeito da aparência
de Raechel. Eles não sabiam que providências iriam tomar em relação ao
seu semblante. Ah, isso era aceitável na base, mas não poderiam
permanecer lá para sempre. Então, me falou a respeito de como tiveram
que aprender a disfarçá-la. Assim, as pessoas não saberiam sua verdadeira
identidade.

J: No momento em que o coronel contou a você tim-tim-por-tim-tim a


respeito dessa história toda, como você estava se sentindo?

H: Eu estava chateada, mas também fascinada. Eu desconfiava de que isso


pudesse vir a acontecer, no fundo sabia que ele não estava mentindo para
mim. Mesmo que estivesse mentindo, eu ainda conversaria com Raechel.

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Sabe, eu tinha certeza de que ela era uma extraterrestre. Portanto, eu sei
que me contou a verdade.

J: Ele falou a você alguns detalhes adicionais sobre o trabalho que


realizava na base?

H: Quando ele adotou Raechel?

J: Hum... Hum...

H: Ele falou apenas que ela era uma das poucas extraterrestres que era
meio humana. Assemelhava-se a uma outra coisa que eles estavam
procurando, pois precisavam encontrar um extraterrestre que estivesse o
mais próximo possível da caracterização humana, afinal, na maioria das
vezes era insuportável contemplar a fisionomia dos alienígenas. Ele mal
podia suportar o semblante de alguns deles. Disse-me que muitos
alienígenas não tiveram êxito, tentaram salvá-los, mas eles se carbonizaram
ou se despedaçaram em acidentes ou algo assim; não puderam fazer nada
para salvá-los. Não era a morte dos alienígenas que era tão ruim, mas sim a
sua aparência, caso todos sobrevivessem sãos e salvos. Ele falou que dera
as boas-vindas à Raechel. Depois do primeiro dia e um pouco depois,
achou que ela poderia permanecer na base. Essa era a chave do problema.
Então, ele não teve de lidar com as outras coisas, no entanto apercatou que
adveio um problema, porque um tempo depois de ela ter viajado de tão
longe, ele precisou deixar a base. Sua missão era verificar como ela se
adaptaria interagindo com as pessoas. Então, tiveram de procurar a pessoa
certa. Não perguntei quem tentou conseguir a pessoa certa para morar com
Raechel, já que eu não pude comentar sobre o assunto.

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J: Quero que se mantenha bem consciente de sua aparência, corpo e peso.
Diga-me tudo o que você possa se lembrar sobre o semblante do coronel.

H: Bem, ele era realmente um homem elegante. Tinha cabelo preto,


castanho, olhos azuis fora do comum, não azuis claros, mas escuros. Não
lembro de sua altura, talvez beirasse 1m 55 cm ou1m 82 cm. Deveria pesar
aproximadamente 81 quilos. Era realmente um homem forte, muito
elegante e em boa forma. Eu não quis encará-lo, mas ele era um homem
bem-aparentado.

J: Que idade ele tinha aproximadamente?

H: Não sei. Talvez quarenta e quatro ou quarenta e cinco anos. Não sei
dizer ao certo.

J: Quando você estava conversando com o coronel, Raechel estava no


apartamento?

H: Ela estava dentro do quarto.

J: Você sabe por que ela não estava conversando com você?

H: Ela não quis escutar a conversa.

J: Ela falou por que não quis escutar a conversa?

H: Não.

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J: Agora, eu quero que você se concentre novamente no coronel. Quando
você o escutou falar, percebeu algum sotaque ou maneirismos incomuns?

H: Não, ele tinha uma voz… Talvez estivesse tentando disfarçar o sotaque,
pareceu-me muito tranqüilo, muito mais do que eu estava. Ele sentou e
falou, mas não havia um sotaque, todos temos algum sotaque, pelo menos
deveríamos ter, a menos que tenhamos sido treinados para não tê-lo.

J: No momento em que ele contou a história de Raechel, relatou alguma


coisa relacionada ao que ela comia ou ao que precisava comer, ou…

H: Sim. Ele falou que ela não podia comer a comida que as pessoas comem
ou alimentar-se do mesmo modo que as pessoas. Disse que a manteria
provida exatamente com aquilo que ela teria de comer. Ele se certificaria de
que essa comida fosse sempre entregue no apartamento.

J: Ele falou o que era essa comida?

H: Sim, relatou que aquelas jarras grandes acondicionadas no piso da


cozinha era o que Raechel tomava.

J: Ele falou o que havia nas jarras?

H: Não, mas o líquido nas jarras se parecia com água.

J: Esse líquido era a única coisa que Raechel ingeria como alimento?

H: Não, ela também recebia sua própria comida entregue em pequenas


caixas brancas.

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J: Você alguma vez observou essa comida?

H: Não, mas Marisa me falou com que se parecia.

J: Com o que se parecia?

H: Ela alcunhou essa comida de a “coisa verde horrível. ”Parecia-se com


espinafre talhado em pequenos nacos que eram esquentados várias vezes.
Ela falou que certa vez perguntou à Raechel se poderia provar. Raechel
respondeu que não, sequer poderia pôr-lhe a mão, pois passaria mal. Ela
realmente não quis provar daquela comida de forma alguma, pois parecia
horrível.

J: Essa conversa com o coronel, aconteceu antes de Raechel se


estrambelhar no chão do apartamento?

H: Não, isso aconteceu depois.

J: Quanto tempo depois?

H: Talvez um ou dois meses. Difícil precisar.

J: Quanto tempo depois dessa conversa, Raechel deixou o apartamento


definitivamente?

H: Provavelmente, dentro de um ou dois meses. Não me advém o tempo


exatamente.

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J: Durante esse tempo, você alguma vez observou de perto as caixas de
comida ou as jarras d´água?

H: Sim.

J: Diga-me com que se pareciam.

H: Eu não nunca pus a mão naquelas jarras, porém quando as observei


havia seis engradados acondicionados no piso da cozinha. Eram jarras
grandes e altas como galões, contendo água destilada. Eu gostaria de
salientar o fato de serem provavelmente muito pesadas. Como ela poderia
soerguê-las? Nunca assuntei comigo sobre isso, porque achei que não havia
problema. As seis jarras d’água estavam acondicionadas em duas fileiras de
três e colocadas no piso da cozinha.

J: Havia quaisquer rótulos impressos nas jarras?

H: Sim. Mas, eu não os contemplei.

J: Como você sabe que havia rótulos impressos nas jarras?

H: Porque durante uma das vezes em que a visão de Marisa estava um


tiquinho melhor, e Raechel estava ausente, ela verificou o fundo de uma
das jarras d’água. Havia o desenho impresso de um triângulo com linhas
estilizadas. Então...

J: Havia quantas linhas no triângulo?

H: Três linhas. Então, eu constatei que havia algumas caixas

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acondicionadas no congelador, mas eu não toquei nelas de forma alguma.
Elas também tinham pequenos rótulos impressos.

J: Você alguma vez percebeu aqueles rótulos impressos nas jarras e caixas
em algum outro lugar?

H: Sim.

J: Em que lugar?

H: Na placa daquele carro estranho que aqueles caras dirigiam.

J: De que caras você está falando?

H: Bem, dos caras que eram amigos do coronel e compareciam a cada duas
ou três semanas para ver como Raechel estava passando. Certa vez, eu
avistei o carro e constatei que não pertencia a nenhum citadino da
vizinhança. Aquelas pessoas tinham carros antigos; aquele carro era muito
estranho, pois o modelo não se parecia com qualquer marca que eu já havia
contemplado de perto. Eu já correra os olhos em fotos de carros similares,
mas não havia muitos carros daquele modelo naquelas redondezas.

J: Onde você tinha visto as fotos dos carros antigos?

H: Em filmes antigos, ou livros, livros de história.

J: Então, aquele não era um carro novo?

H: Não. O veículo parecia ser novo. Era lustroso, realmente bonito, mas eu

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sei que não era novo e também não era americano.

J: Aquele rótulo triangular estava no carro?

H: Estava rotulado na placa do automóvel preto.

J: Você já observou essa placa em algum outro lugar?

H: Acho que não. Não lembro.

J: Contarei de um até três, quando eu der início à contagem, eu quero que


você continue indo, profundo e profundo, observando qualquer parte
interna da sua consciência para descobrir se alguma vez, viu o rótulo em
algum outro lugar. Na contagem três, se houver alguma outra informação
sobre o rótulo, isso será revelado a você nesse instante. Um, dois, três.

H: (sussurrando) Não, eu nunca avistei esse rótulo antes, mas Marisa sim.

J: Onde Marisa o observou?

H: Ela tinha visto o carro também em outro período.

J: Ela já presenciou alguma coisa em relação ao carro que tenha sido


diferente ou mais além do comum do que você já me falou?

H: Não muito. Ela soube que algo não estava certo, mas não pôde avistar o
carro muito bem. De certo forma, ela soube que algo não estava normal. O
carro não deveria estar estacionado naquele lugar.

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J: Você pode me falar o que mais estava escrito na placa do veículo, além
daquele rótulo?

H: Nada. O carro era preto.

J: De que cor era o rótulo?

H: Vermelho.

J: As caixas também tinham cor vermelha?

H: Sim, a mesma cor, somente menores.

J: O que você pode me dizer sobre os três caras que costumavam entregar
aquelas caixas e jarras d’água no apartamento e que dirigiam o carro preto?

H: Não sei se eles entregavam as caixas e as garrafas no apartamento.


Nunca presenciamos ninguém, mas acredito que as entregavam. Na
verdade, elas não eram entregues nas dependências do apartamento.
Comumente, seja lá quem as entregassem, eram deixadas à porta do
apartamento.

J: Em que local, próximo à porta do apartamento, eram entregues as


provisões?

H: Do lado de fora. Eles as colocavam lá e quando as moças abriam a


porta, os caras tinham um semblante bizarro.

J: De que modo?

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H: Não pareciam muito saudáveis, mas não eram magros ou qualquer coisa
desse gênero. Seus rostos eram realmente caucasianos, pareciam sujeitos
não saudáveis como se nunca tivessem pegado sol. Então cogitei: aqui é a
Califórnia. Esses caras não parecem adaptados para viverem aqui, talvez
trabalhem em serviço interno na maior parte do tempo. Não matutei
sobremaneira a respeito disso, mas alguma coisa não parecia normal. Eles
eram perversos, reais, pareciam não se importar se tirassem sua vida. Essa
foi a impressão que tive. Por pouco, não me abalroaram ao chão, ao
descerem a escadaria, enquanto eu estava subindo até o apartamento.
Nenhum dos caras desviou para o lado. Eu tive de dar um passo atrás para
não quedar. Do contrário, eles teriam me derrubado. Fiquei zangada com
essa atitude.

J: Quero que você esteja presente no momento em que eles, por pouco, não
lhe derrubaram. Diga-me como se sentiu?

H: Senti-me inicialmente zangada, assustada. Pareciam ameaçadores, mas


não disseram nada. Soube que eram os caras que compareciam ao
apartamento. Trajavam-se de forma estranhíssima. Seus ternos pareciam
não se encaixar adequadamente ao corpo; eram pretos e apertadíssimos em
seus corpaços. Dava a impressão de que os caras precisavam trajar-se
convenientemente para um trabalho e não conseguiram o terno que se
encaixasse adequadamente neles. Então, vestiram qualquer coisa. As partes
de cima do terno eram muito apertadas e antiquadas. Pareciam fora de
caráter. Não pareciam estar vivendo na década de trinta. Marisa comentou
que estavam vestidos dessa forma toda vez que se deparava com eles. Não
lhe pareciam normais e também eram rudes com ela.

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J: Quando passaram por você nos degraus da escada ou em qualquer outro
momento em que você se deparou com eles, alguma vez escutou suas
vozes?

H: Não, em nenhum momento.

J: Alguma vez sentiu qualquer odor de perfume ou outra coisa nos caras da
qual tenha tomado ciência?

H: Perfume… Cheiravam a mofo. Cheiravam como se seus paletós


tivessem sido acondicionados no fundo de um antigo armário que tinha
estado trancafiado, e as coisas exalavam odor esquisito. Não tinham odor
de roupa nova. Eles passaram por mim com muita pressa, portanto eu pude
sentir o cheiro de suas indumentárias.

J: Houve mais alguma coisa que Marisa ou Raechel falou a você a respeito
dos caras?

H: Hum... Bem, Raechel contou a Marisa que eles não machucariam


ninguém, não a machucariam. Apenas compareciam ao apartamento para
verificar o progresso de Raechel. Eram amigos do coronel, seu pai e,
provavelmente, trabalhavam com ele na base.

J: Então, os caras trabalhavam na base ou onde eles trabalhavam?

H: Marisa não lhes perguntou. Creio que trabalhassem na base, mas talvez
não, pois não trajavam uniformes.

J: Ela alguma vez os chamou pelos seus nomes?

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H: Não, ela não os chamou pelos seus nomes, mas perguntou a Raechel o
nome deles e ela me falou.

J: Quais eram os nomes dos caras?

H: Um se chamava Auran, e o outro Asaterek, e… Eu não consigo lembrar


do outro nome. Sei do nome, mas não posso lembrar.

J: Tudo bem, deixe o nome ser recordado agora. Você lembrará.

H: Oh, sim. Eu sei os nomes, quando eles falaram com Marisa, certa vez,
pediram a ela que saísse do apartamento. Ela não imaginava que teria de
sair do apartamento, achou que a melhor coisa a fazer era… Então, desceu
a escadaria e conseguiu avistar o veículo que pertencia aos caras, já que
pôde enxergar um tiquinho melhor do que Raechel imaginava, naquele
instante, pôde avistar a placa do carro.

J: Algum desses três caras, alguma vez, descreveu ou conversou sobre


Raechel ou sobre o pai dela com você?

H: Não.

J: Eles alguma vez descreveram ou conversaram a respeito de Marisa,


como tendo sido informada por Raechel ou pelo pai dela?

H: Eu não compreendi sua pergunta.

J: Marisa alguma vez falou a você se um dos três caras teria trabalhado ou

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estado com o pai de Raechel?

H: Não. Raechel contou a Marisa que os caras trabalhavam com o seu pai.

J: Você conversou alguma coisa sobre qualquer um dos três caras?

H: Não.

J: Existe mais alguma coisa sobre a qual você possa lembrar-se agora, a
respeito dos três caras e que ainda não me falou?

H: Eu não lembro em que lugar estou agora, mas da outra vez eu avistei
pela janela um cara parecido com um ator de cinema antigo. Esse cara era o
mesmo sujeito com quem eu deparei na escada; era um dos três caras.
Parecia-se com George Raft. Estranho, porque ele não se parece desse jeito
agora, como o contemplei na escadaria naquele dia.

J: O que você quer dizer com ele não se parece desse jeito agora?

H: No lugar em que estou agora, situada na escadaria, eu o vi um tempo


depois, mas sei que ele é o mesmo cara.

J: Como sabe que ele é o mesmo cara?

H: Bem, talvez eu não tenha certeza, mas penso que era o mesmo.

J: Ele estava junto com os outros dois caras?

H: Não, ele estava sozinho.

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J: Em que lugar ele estava dessa vez?

H: Estava espreitando através de uma janela, posicionado no outro lado da


rua, mas não me enxergou.

J: Onde estava situada a janela?

H: Era uma janela… Sei que uma janela tem de estar situada em algum
lugar, tem de estar posicionada em uma parede.

J: Eu contarei de um até três. Na contagem três, você estará rente à janela


observando o cara no outro lado da rua e tomará ciência do lugar em que
você está situada. Um, dois, três. Diga-me do que você está ciente.

H: Esta janela é uma janela de um carro, mas o cara está sozinho. Os outros
dois sujeitos não estão ali ou eu não consigo vê-los.

J: Qual é o tipo de carro que eles estão usando?

H: Um grande carro preto.

J: Você alguma vez viu esse carro?

H: Já o vi na garagem do edifício.

J: Este é o mesmo carro que tem a placa com o impresso triangular?

H: Sim.

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J: Em que lugar está localizado esse carro agora?

H: (Longa pausa)… Está estacionado na garagem do prédio, mas em outro


lugar, no entanto o cara está sozinho.

J: Como o cara se comporta no momento em que você o espreita pela


janela?

H: Ele olha para frente e me observa.

J: Quão perto você está rente ao carro?

H: Hum... Talvez uns 3 metros ou 4m e 50 cm. Mesmo assim, creio que ele
não pode me ver. Está olhando em outra direção, mas tenho a impressão de
que poderia estar me enxergando de soslaio.

J: Por que você acha isso?

H: Sinto isso, mas não sei por que motivo me espreitaria. Não sei por que
ele estaria ali sozinho.

J: Agora, eu quero que você observe tudo à sua volta. Perceba se pode
divisar os outros dois caras em algum lugar.

H: Não.

J: Por quanto tempo você observou o cara sentado no banco do carro?

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H: Somente por um minuto ou pouco mais, porque ele é assustador.
Quando eu o observei da última vez, estava ao lado dos outros dois e eles
justamente tentaram me atemorizar. Assustaram-me. Então, eu achei
melhor seguir viagem.

J: A que lugar você estava indo quando topou com esse cara?

H: Eu estava subindo a escada para o apartamento.

J: Continue subindo a escada para o apartamento. Aconteceu alguma coisa


no momento em que você saltou do carro e assomou ao apartamento? Você
avistou alguém?

H: Eu não avistei ninguém, mas também quando cheguei no apartamento e


toquei a campainha, não havia ninguém lá. Então, não fiquei muito tempo à
porta. Eu desci pela escada e deixei o prédio.

J: O carro ainda estava estacionado na garagem do prédio quando você


desceu a escada?

H: Sim.

J: O cara ainda estava sentado no banco do carro?

H: Sim.

J: Ele ainda estava sozinho?

H: Sim, mas eu não presenciei mais ninguém além daquele cara.

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J: Alguma vez você avistou esse cara ou qualquer um dos outros sujeitos
no carro preto novamente?

H: Não. Se eu tivesse visto eu lembraria.

J: Agora, eu quero que você retroaja até o instante em que você conversava
com o coronel. Deixe-se retroagir até aquele instante, quando estava de
frente para ele, plenamente consciente. Quero que você me diga se alguma
vez viu o coronel novamente, após aquele encontro.

H: Não. Eu nunca mais encontrei com o coronel. Não o vi mais em


nenhum lugar.

J: Quando você falou diretamente com Raechel na época em que você me


relatou, quando ela lhe contou a respeito dela, quando você contemplou
seus olhos nitidamente, você observou os cabelos dela; ela lhe contou
alguma coisa nova sobre o coronel que você não conhecia?

H: Não.

J: Ela lhe falou o que sentia em relação ao coronel?

H: Ela o amava, mas eu não soube o que ela quis dizer com isso, porque,
bem, eu gostaria de saber se eles sabiam o que era amor.

J: Por que você quis saber isso?

H: Porque eu sabia que Raechel não era da Terra, mas ela falou que

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gostaria de aprender como ter sentimentos humanos. Então, eu penso que
ela poderia aprender.

J: Que tipo de comportamento Raechel demonstrava em relação a Marisa?

H: Raechel demonstrava...

J: Hum... Hum...

H: Ela agia como se fossem amigas, mas não da mesma forma como
namorados demonstram.

J: Um, dois, três.

H: Fazer laços de amizade era dificílimo para Raechel. Não sei por que
falei isso.

J: No momento em que você estava conversando através dos olhos com


Raechel, alguma vez ela falou desse lugar em que estava vivendo quando
alcançou a maturidade?

H: Não.

J: Ela alguma vez falou sobre como era o lugar em que viveu?

H: (longa pausa)… Nada, exceto que não importava se, como aqui, se você
parecesse diferente ou se você fosse diferente de alguma forma. Nesse
lugar, eles todos tinham a mesma aparência, então não havia esse
problema.

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J: Ela alguma vez falou como era o lugar em que ela vivera?

H: Justamente, as cores.

J: Quais eram essas cores?

H: Azul… verde.

J: Quando ela falou sobre essas cores, como ela as descreveu?

H: Ela me fez enxergá-las, não me fez, deixou-me vê-las e eram lindas.


Não sei o que eram, se eram cores, ou o céu, ou a água. Quando eu as vi,
não pareciam ser precisamente cores.

J: Alguma vez ela falou sobre a família ou sobre quem havia tomado conta
dela, quando ainda estava naquele lugar, antes de vir para a Terra?

H: Não, ela não falou. Não pareceu existir nenhuma família naquele lugar.
Não como uma mãe e pai, pois não havia uma mãe e um pai, creio que não
havia irmãos e irmãs, tampouco. Sei que não havia mãe e pai, contudo não
sei a respeito dos irmãos e irmãs.

J: Ela alguma vez falou a você como chegou a bordo daquela nave que
colidiu no deserto?

H: Sua presença na Terra foi requisitada. Um outro híbrido já estava na


Terra atualmente, ela viria, tudo estava pronto para ela. Ela não tinha
escolha, tinha de vir… (sussurrando)… Tinha de vir.

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J: Ela soube por que estava vindo para a Terra?

H: Não realmente, no entanto não tinha escolha. Tinha de fazer o que foi
solicitado.

J: Como ela se sentia a esse respeito?

H: Ela não possuía emoções. Eles lhes comunicaram que era o momento de
ir. Ela não pôde discutir. Não tinha emoções, logo, isso não tinha
importância.

J: O que você quer dizer com: logo, isso não tinha importância?

H: Porque depois que ela chegou, começou, ou seja, foi requisitada para o
Projeto. Frustraram-se com os seres extraterrestres mais velhos que não
puderam se adaptar. Então, o Projeto Humanização achou que se tentassem
com um ser extraterrestre mais jovem, isso talvez sucederia, talvez
pudessem ser ensinados, talvez pudessem aprender.

J: Quando Raechel, inicialmente aterrissou na Terra, na aterrissagem


forçada, ela falou para você o que aconteceu com ela?

H: Não muito, exceto que foi capturada. Achou que talvez ninguém a
encontrasse e não poderia sair dali. Então, quando alguém a encontrou, ele
pode conversar com ele, o coronel.

J: Como o coronel conversou com ela?

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H: Com os olhos.

J: Ele soube como dizer de que modo ela se expressou?

H: Claro, afinal havia dialogado antes com outros seres extraterrestres e


então, quando ele a resgatou, levou-a a um lugar seguro. Então, disse a ela
que poderia permanecer.

J: Ele disse a ela o nome dele?

H: Não imediatamente, então, não muito tempo depois lhe falou de


qualquer forma.

J: Quando eles se conheceram melhor, ela alguma vez disse para o coronel
de que nome o chamaria?

H: Ela o chamava pelo primeiro nome, mas eu não me lembro exatamente,


ela não o chamava de pai. Eu não lembro qual era o primeiro nome dele...
Oh, eu deveria me lembrar disso!

J: Helen, eu pedirei à sua mente profunda para me responder com seus


dedos por um instante. Exatamente, deixe-se levar totalmente para dentro
desse lugar, onde sua mente profunda responderá minhas perguntas. Helen
alguma vez foi informada sobre o primeiro nome do coronel por Raechel?

H: Ela não me falou. Não sei por que, porém não o chamava de pai.
Realmente ele não era o pai dela.

J: Eu gostaria que sua mente profunda respondesse novamente. Helen,

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pode deixar seus dedos responderem as perguntas. Helen, alguma vez
ouviu o primeiro nome do coronel de alguma pessoa?

H: Não sei dizer, sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Helen, alguma vez escutou o coronel sendo chamado por algum outro
nome diverso de “o coronel” e pelo sobrenome dele?

H: Não sei dizer, sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Existe alguma outra informação sobre o coronel que Raechel relatou a


você ou a Marisa e que você não tenha permissão para falar nesse
momento?

H: Sim. (gesticulando os dedos)

J: Sim. Essa é a informação que você permitirá relembrar e falar nas


semanas intervenientes ou meses?

H: Indecisa, se sim ou não. (gesticulando os dedos)

J: Houve algum tipo de condição ou ameaça que impediu você de revelar


essa informação?

H: Sim. (gesticulando os dedos)

J: Deixe-se relaxar e desloque-se duas vezes mais profundo do quanto você


está agora. Se chegarmos a um lugar onde não seja permitido deixar essa
informação vir à tona, quero que levante seu dedo médio a fim de saber se

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você não está permitida a responder essa pergunta... O coronel alguma vez
mencionou sobre quaisquer postos de serviços onde tenha servido?

H: Não. (gesticulando os dedos)

J: Houve alguma outra parte da vida do coronel sobre a qual ele tenha
falado a respeito?

H: Não. (gesticulando os dedos)

J: Agora, eu gostaria que a sua mente profunda permita que você fale.

H: O coronel não me falou sobre essas coisas.

J: Ele falou a alguém mais a respeito dessas informações?

H: Sim.

J: Para quem ele falou?

H: Marisa.

J: Você pode me dizer o que foi que ele disse a Marisa?

H: (longa pausa)… Ele falou onde ele havia estado antes de estar em
Nevada.

J: Que lugar era esse?

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H: Nebraska.

J: Ele falou para ela onde ele cresceu?

H: Sim.

J: Em que lugar?

H: Idaho.

J: Ele falou em que lugar em Idaho?

H: Nampa.

J: Ele alguma vez falou a ela sobre a escola de treinamento militar que
freqüentou?

H: Não o nome exatamente, ele foi para a escola superior militar lá mesmo,
então se formou.

J: Quando ele partiu de lá?

H: Imediatamente após graduar-se na escola superior militar.

J: E para onde ele seguiu, imediatamente após graduar-se na escola


superior militar?

H: Texas.

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J: O que aconteceu no Texas?

H: Ele passou por um treinamento como todo mundo.

J: E quando ele terminou esse treinamento?

H: Foi instruído a ir para um outro lugar, mas ninguém falou a ele onde se
localizava. Não importava para quem perguntasse, ninguém lhe falava. Eles
diziam que aquilo era um engano, mas ele soube que não era. Antes que
pudesse partir para aquele lugar, ele teve de ir a Nebraska.

J: Você sabe que lugar em Nebraska?

H: Ele teve de freqüentar uma escola especial militar. Era uma base imensa
da Força Aérea.

J: Você sabe o nome da base?

H: Chamava-se Crawford.

J: Que tipo de treinamento ele praticou nesse lugar?

H: Essa escola era uma escola militar diferente, a escola mais incomum
que ele já havia conhecido, em que ele já havia estado. Todos eles
aprendiam sobre outros lugares. Naves espaciais, mas todos os outros
recrutas da turma partiriam para lugares diferentes, bases diferentes e todos
eram… Na verdade, nenhum deles soube exatamente por que estavam
naquele lugar. Todos foram enviados, despachados.

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J: Havia alguma coisa que todos esses recrutas tinham em comum?

H: Bem, todos eram rejeitados por suas famílias, não tinham famílias, nem
esposas, nem namoradas, talvez fossem órfãos. Eram todos distintos, mas
por razões diversas eram todos iguais também. O coronel tinha um pai e
uma mãe, mas eles não o quiseram. Tampouco, tinha amigos.

J: Por que isso?

H: Porque ele era uma pessoa distinta. Todos os outros na família não
serviram como militares. Ele serviu, quando voltou, não se importaram
com ele.

J: Que tipo de credencial ele recebeu, enquanto estava lotado nessas bases?

H: Ele tinha uma credencial Ultra-Secreta e superior secreta, a qual ele não
precisaria ter tido.

J: Por quê?

H: Porque não precisava dessa autorização enquanto estivesse sob


instrução militar.

J: Então, ele recebeu esse crachá de segurança imediatamente?

H: Foi-lhe entregue após duas ou três semanas. Ele não recebeu nenhum
crachá de segurança em menos de duas ou três semanas, já que isso levava
mais tempo.

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J: A ele foram dados os mais altos crachás de segurança ou outros tipos de
insígnias?

H: Antes de ele ir para Nebraska, o crachá de segurança foi substituído por


outro, passando a ser chamado MAJIC. Ninguém lhe informou o que era
isso, já que todos sempre diziam que desconheciam. No entanto, ele sabia
que não era verdade.

J: O que não era verdade?

H: Que eles não tinham conhecimento sobre o crachá de segurança. Então


resolveram revelar-lhe isso.

J: Como ele se sentiu recebendo o crachá de segurança e obtendo todas as


informações até então desconhecidas?

H: Ele realmente não soube como lidar com isso, tudo aconteceu muito
rápido. Mesmo assim, quis saber mais e então descobriu que iria para um
lugar diferente daquele para onde haviam ido os outros recrutas. Ele seria o
único recruta a seguir para lá.

J: Onde era esse lugar?

H: Esse lugar sequer tinha nome real, alcunhava-se Four Corners. Eles
também não o informaram em que lugar se situava essa base.

J: Quando ele chegou à base, o que encontrou?

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H: Em Four Corners?

J: Sim.

H: Pensou que estava no lugar errado, mas não estava. Imaginou que a base
seria como uma base militar normal, mas tudo lá era antigo. Os prédios,
além de antigos eram estranhos com velhos celeiros, além das outras coisas
na superfície da base.

J: Havia mais alguma coisa na base?

H: Oh, sim. Era tudo subterrâneo. Os celeiros antigos e as outras coisas na


superfície eram apenas um disfarce para ludibriar as pessoas.

J: Diga-me mais sobre o que havia no subterrâneo da base.

H: Instalações que serviam como residência e grandes laboratórios.

J: O que eles faziam nos laboratórios?

H: (longa pausa)… Trabalhavam em diversas atividades que


propulsionavam as naves, como em peças que conseguiram recuperar a
partir das naves extraterrestres recolhidas, como a da nave acidentada. Eles
as desmontavam e tentavam compreender como funcionavam. Ele não ia à
base freqüentemente, pois não entendia sobre isso.

J: Qual era a missão dele?

H: Sua missão era sair a campo e resgatar as coisas e as pessoas, no

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entanto, sabemos que não eram pessoas. Os pilotos das naves não eram
sequer pilotos, eram coisas.

J: O que você quer dizer, com a palavra “coisas”?

H: Bem, ele não soube do que mais poderia apelidá-los. Alguns não eram
fáceis de serem descritos. Outros eram como Raechel. Além do mais,
poucos daqueles seres sobreviviam. Inicialmente, não soube por que
motivo aquelas naves chegavam até à Terra e colidiam durante a
aterrissagem. Então, soube que estavam sendo derrubadas em outros
lugares.

J: Quem estava derrubando as naves?

H: Nós estávamos... Ele não pôde perguntar muito a respeito desse assunto.

J: Quando você falou que alguns dos ocupantes extraterrestres daquelas


naves eram muito diferentes, com que se pareciam?

H: (longa pausa)… Com percevejos, alguns pareciam....

J: Com que tipo de percevejos?

H: Com gafanhotos. Alguns dos seres pareciam dessa forma. Não poderia
ser, mas era. Isso o deixou preocupado, mas era seu trabalho, tinha de
cumpri-lo.

J: Ele foi capaz de se comunicar com cada um dos seres extraterrestres que

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sobreviveram?

H: Com a maioria dos deles, ou melhor, com aqueles que quiseram se


comunicar. Alguns E.T.s se negaram, ele tentou, mas não pôde manter
contato com eles. Nunca compreendeu por que motivo era tão bom nisso.

(Mudança de Fita—uma pequena parte da sessão de hipnose está


perdida)

H: …membros do grupo de resgate que partiram junto com o coronel para


o local do desastre, eles não foram até mesmo vasculhar o interior da nave.
Eles foram para observar a nave incinerar-se.

J: Como o coronel soube que tinha de examinar o interior da nave?

H: Ele sentiu que alguém estava no interior da nave, alguma coisa, apesar
de não poder enxergar o interior da mesma.

J: Helen, você ou algumas das pessoas que você conhece, alguma vez
presenciou algumas daquelas criaturas tipo percevejo, desde quando
Raechel tomou parte em sua vida?

H: (longa pausa)… Não sei.

J: Eu contarei de um até três, na contagem três, deixe sua mente profunda


observar totalmente o período compreendido entre aquele em que Raechel
veio à Terra até agora. Um, dois, três.

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H: Oh… Oh… Não… Eles não se parecem com percevejos, mas os rostos
desses sujeitos não eram realmente humanos.

J: Diga-me com o que se pareciam.

H: Hum... Pareciam ser compostos por camadas, como se tivessem


manchas suturadas, mas não eram esverdeados como são os percevejos,
mas… Oh… Eu não sei.

J: Onde você os avistou?

H: No interior de um restaurante. Eles não se assemelhavam aos


percevejos, porém suas faces não eram normais, tampouco tinham a mesma
cor dos humanos, mas decididamente não eram esverdeados.

J: De que cor eles eram?

H: Marrom, não marrom escuro, mas sim com diferentes matizes


amarronzadas. Eram semelhantes a manchas e estavam por todo o corpo,
sendo que todos eles pareciam iguais.

J: Você se comunicou com eles ou eles com você de algum modo?

H: Oh, eu acho que sim...

J: O que você quer dizer?

H: Bem, eles olharam para mim através da janela, bem perto.

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J: O que você ficou sabendo quando eles a observaram?

H: Que eles estavam me procurando e que não puderam me encontrar


antes. Mas por que estariam me procurando?

J: Deixe-se observar por eles agora, de perto, olhe para seus olhos e
pergunte-lhes: “Por que estavam me vigiando”?

H: Eles queriam certificar-se de que eu estava segura. O que poderiam


fazer? Que diferença isso faria?

J: Pergunte a eles por que estavam interessados em vigiá-la se você estava


segura. Que ligação eles têm com você?

H: Oh… Eu não quero estar ligada a eles, parecem perversos.

J: Mas, eles queriam que você estivesse segura!

H: Sim.

J: Pergunte a eles por que estavam interessados em mantê-la segura.

H: Porque sabiam que eu estava preocupada. Estavam receosos. Não


conhecem nada sobre carros, achavam que a viagem seria muito longa para
eu percorrer. Isso é ridículo! Estúpido!

J: Agora, observe atentamente os dois caras que você presenciou no


restaurante. Diga-me, alguma vez já topou, de alguma forma, com esses

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caras ou criaturas, seja lá quem fossem?

H: Os olhos são todos iguais, todos os olhos são iguais.

J: O que isso significa?

H: Todas essas criaturas têm olhos idênticos. Todos são distintos, mas no
restante deles, seus olhos são todos iguais.

J: Como os olhos de Raechel?

H: Estes são olhos pretos grandes.

J: Quando você diz que os olhos são iguais, quem mais tem olhos assim?

H: Os pássaros… (longa pausa)…

J: Existe mais alguém?

H: (sussurro)… A médica… Oh… Oh… (lamuriando)… Não sei (eu não


posso compreender)… Não posso fugir ao controle deles... Não importa
aonde eu vá, porém os outros seres não me machucam.

J: A médica é o único ser que já machucou você?

H: Sim.

J: A médica alguma vez lhe submeteu a algum exame médico, exceto


naquele instante que você nos descreveu, quando a senhora a conduziu ao

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escritório?

H: Não. Não me lembro de nada. Nem sei por que ela agiu assim, penso
que tenha sido porque eu a acompanhei, nem sei por que eu agi daquela
forma. Eu deveria ter ido para algum outro lugar.

J: Helen, quando você fala “todo o restante deles tem olhos idênticos”,
poderiam estar associados de algum modo?

H: Não sei. Às vezes, são tão esquisitos que me dão medo. Agora eu estou
assustada, pois alguns dos pássaros não parecem normais, estão ferozes,
têm olhos cruéis, mas não pretendem me machucar. Estão ferozes, mas eu
não posso ajudar dizendo como parecem seus olhos.

J: Helen, eu gostaria que você retroagisse agora até o momento em que


Raechel, de início, chegou com a nave, quando o coronel a resgatou. Diga-
me o nome do projeto no qual ela viria a tomar parte aqui na Terra, o
mesmo projeto em que o coronel estava trabalhando.

H: Era chamado “Projeto Humanização”.

J: Projeto Humanização?

H: Eram parecidos com humanos, mas eu não sei quanta emoção eles
podiam desenvolver. Apesar do poder de influência nos híbridos, essa
experiência frustrou-se em qualquer um dos seres extraterrestres
submetidos a ela.

J: Essa experiência não obteve êxito com os ETs?

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H: Sim. Eles tentaram, mas os resultados foram frustrantes.

J: Isso foi o que o coronel falou a Marisa?

H: Sim.

J: A que lugar seguro eles levaram Raechel?

H: Qual lugar seguro?

J: Depois que Raechel foi levada para a base, depois que tomaram conta
dela e a ensinaram, como era mantida em segurança quando eles partiam
para ir à cidade?

H: Ela era mantida em segurança na base. Eles prepararam um lugar para


que ela morasse, mas havia sempre alguém que a vigiava.

J: Quem tomava conta dela na base?

H: Havia duas enfermeiras.

J: Quais eram seus nomes?

H: Eu não sei, mas uma delas estava sempre ao lado de Raechel.

J: Marisa alguma vez falou a você os nomes das enfermeiras?

H: Não creio que ela soubesse, talvez tivesse conhecimento.

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J: Raechel alguma vez falou a você sobre as enfermeiras?

H: Ela não as chamava de enfermeiras.

J: Como ela as chamava?

H: Ela as chamava de mulheres. Elas tinham nomes, mas eu os


desconheço.

J: Quem começou a ensinar Raechel?

H: Uma senhora do Projeto.

J: O Projeto Humanização?

H: Hum... Hum...

J: O que foi que ela lecionou a Raechel?

H: Ensinou-a como falar, como traduzir seus pensamentos em palavras,


afinal ela deveria aprender em razão do Projeto Humanização.

J: Havia mais algum ser híbrido que podia falar na base? Essa experiência
tinha sido levada a cabo antes?

H: Sim. Havia um outro ser híbrido abrigado na base subterrânea. Estava


trabalhando em alguma outra coisa, mas ajudou Raechel, já que eram
realmente semelhantes e próximos. Preparou alguma coisa para que ela

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comesse e bebesse. Sabia como fazê-lo, afinal, quando os militares
abrigavam os ETs, não puderam mantê-los vivos, pois não os alimentavam
corretamente. Então, ele preparava a sua própria alimentação, era a mesma
para Raechel. Ele também pôde ajudá-la a aprender a falar.

J: Você saberia dizer se Raechel alguma vez encontrou esse ser híbrido
novamente após deixar a base?

H: Eu não sei. Acho que não o encontrou, mas não estou certa disso.

J: Helen, eu quero que você retroaja até uma época, de forma breve, diga-
me a respeito de qualquer coisa que você tomou conhecimento com
respeito ao treinamento do coronel no Texas e para que lugar no Texas ele
se dirigiu.

H: Oh… Foi no lugar em que todos os militares encaminham-se para


Lakeland,na base da Força Aérea Lakeland. Acho que é essa. Está
localizada perto da cidade de San Antonio… Não... Wichita Falls, Texas,
talvez… Não sei… Essa base está situada em uma ou outra… Eu nunca
estive lá.

J: Você alguma vez, visitou a área adjacente à base Four Corners?

H: Acho que sim.

J: Quando foi?

H: Não sei.

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J: Essa visita ocorreu antes ou depois de você ter conhecido Raechel?

H: Eu nunca tomei ciência disso antes. Então... Isso deveria… Eu não me


lembro. Eu não sei como eu visitei essa base.

J: Você esteve alguma vez na base Four Corners?

H: (longa pausa)… Eu devo ter estado lá, já que me recordo dela, mas não
sei como cheguei até lá ou por que visitei aquela instalação. Na verdade,
não estou certa de que estive lá realmente e se eu não a visitei, não poderia
dizer com que se parecia a base.

J: Deixe sua mente profunda tomar o comando por um instante. Deixe sua
mente profunda lembrar-se de como você soube como era a base. Deixe sua
mente profunda claramente enxergar toda a informação margeando seu
conhecimento sobre a base. Então, deixe a sua mente profunda responder,
gesticulando seus dedos sobre o que aconteceu na base a fim de deixá-la
saber detalhes adicionais a respeito da instalação subterrânea. Helen, você
alguma vez realmente visitou a base em Four Corners?

H: Sim.

J: Quando Helen visitou a base em Four Corners, essa visita ocorreu depois
que Raechel e o coronel deixaram a base?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen foi para a base junto com o coronel e Raechel?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Essa visita ocorreu durante a época em que Raechel e Marisa viveram


juntas no apartamento?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen visitou a base somente uma vez?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Enquanto Helen estava na base Four Corners, foi conduzida ao


subterrâneo e à superfície da base?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Naquele momento disseram a Helen alguma coisa, se poderia ou não


falar sobre isso novamente?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Está tudo bem para Helen nos dizer agora, o que foi dito a ela sobre o
que não falar?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Houve algum tipo de ameaça?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Helen?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de alguém mais?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Marisa?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida do coronel?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ameaça contra a vida de Raechel?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Nós conhecemos a outra pessoa ou as pessoas que foram ameaçadas de


morte?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você pode nos falar quem são essas pessoas?

H: Sim.

J: Helen, quem eram as outras pessoas que foram ameaçadas de morte, caso
você mencionasse a respeito da sua visita à base?

H: Meus garotos… eu não posso falar sobre isso. (Sussurrando).

J: Helen, eu quero você rume novamente para sua mente profunda, a fim
de que responda algumas perguntas. Deixe sua mente profunda gesticular
com seus dedos. Você tem sido contatada, de algum modo, pelo coronel,
desde que o coronel e Raechel desapareceram e saíram do apartamento?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você recebeu alguma informação, de qualquer outra fonte, falando sobre


o paradeiro dos dois?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Ao receber as visitas dos pássaros pedindo-lhe para olhar dentro dos


olhos deles e ir visitar esse outro lugar, você alguma vez passou
informações específicas sobre esse outro lugar?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Mente profunda, Helen nos tem repetido, ciclicamente, o termo “janela”.


Ela avistou o cara trajado de preto, no carro que entregava a comida de
Raechel pela janela. Ela o achou, novamente, parecido com George Raft,
ao mesmo tempo em que viu o símbolo rotulado nas caixas de comida e na
placa do carro preto, de cabeça para baixo, por uma janela. Também
avistou os dois caras estranhos, com manchas nos rostos, quando olhou
através da janela do apartamento. Existe alguma relevância especial para
Helen comentar o termo “janela” quando fala sobre isso?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você está à vontade para saber, neste instante, o significado do


termo “janela”?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Helen, você sabe o significado do termo “janela”, mas não é oportuno


falar sobre o assunto agora?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen se permitirá falar a respeito desse assunto ou estar ciente do que


significa o termo “janela”, dentro dos próximos poucos meses?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Ela será capaz de permitir que essa informação venha à tona,


naturalmente, na sua consciência?

H: (Gesticulando com os dedos). A resposta não será dita nesse instante


(June).

J: Alguém mais seria capaz de auxiliar Helen a desvendar o significado da


palavra “janela”?
H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen está soerguendo seu dedo médio. Mente profunda, você está
tentando nos dizer que existe algum evento em que está sendo ajudada a
descobrir o significado do termo “janela”?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Quero assegurar à mente profunda e à Helen que essa informação não


será obtida ou tomada à força, até que Helen esteja pronta para permitir o
acesso a essa informação, até que ela se sinta segura. É importante que
Helen e a mente profunda tomem ciência de que essa informação não será
retirada à força, antes do tempo devido…, então, eu gostaria de indagar
uma pergunta final a respeito das janelas, se estiver tudo bem…Bom, as
janelas são um meio de alertar Helen de algum modo para o fato de que o
contato extraterrestre prossegue?

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H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Eu gostaria de indagar a mente profunda: Helen foi contatada ou tomou


parte de algum modo nas experiências extraterrestres, antes dos seus cinco
anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus dez anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus treze anos de idade?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Antes dos seus doze anos de idade?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Helen foi contatada pela primeira vez entre seus doze e trezes anos de
idade?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Esse contato extraterrestre ocorreu nesse lugar secreto, que ela


costumava visitar?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Seria oportuno, Helen nos revelar agora detalhes adicionais a respeito


desse primeiro contato extraterrestre?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Os extraterrestres estavam em contato após Marisa adoecer do diabetes e


você conhecer Raechel?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada mais de cinco vezes pelos seres extraterrestres, entre
a época da concepção de Marisa e a época em que ela adoeceu do diabetes?

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H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada mais do que três vezes pelos extraterrestres?

H: Não (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada duas vezes ou menos pelos extraterrestres?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada duas vezes pelos extraterrestres?

H: Indecisa para responder. (Gesticulando com os dedos).

J: Você foi contatada por seres extraterrestres em alguma outra época, além
da época da concepção de Marisa? Entre a época da gravidez e quando
Marisa adoeceu do diabetes?

H: Indecisa para responder. (Gesticulando com os dedos).

J: Houve alguma ligação entre esse contato extraterrestre e a doença de


Marisa?

H: Não posso responder isto agora. (Gesticulando com os dedos)

J: Marisa foi de algum modo alterada geneticamente pelo óvulo ou sêmen,


que veio a gerá-la de alguma forma e essa intervenção alterou sua forma
original?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Você pode deslocar-se agora para essa época, quando foi informada ou
mostrada a respeito dessa alteração genética?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Eu vou contar de um a três…

03/29/98: Quarta Regressão com a Dr.a June Steiner e Helen.

June (J): O primeiro nome do coronel é George?

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Helen (H): Não sei. (Gesticulando com os dedos).

J: O primeiro nome do coronel é Rich ou Richard?

H: Não sei ou isto não é certo dizer. (Gesticulando com os dedos).

J: Existe um bom motivo para sondar esse nome agora, já que Helen não é
capaz de lembrar o primeiro nome do coronel?

H: Não sei ou isto não é certo saber. (Gesticulando com os dedos).

J: A resposta é “eu não sei”?

H: (Resposta duvidosa).

J: Helen, deixe a mente profunda realizar todo o trabalho. Deixe que ela
responda cada pergunta. Quero que retroaja até o momento em que o
coronel conduziu você até a base. Preciso que observe, completamente, a
viagem toda: quem era a pessoa, como eles chegaram à base, o veículo que
pegaram e quem mais se juntou a eles. Deixe a mente profunda recordar
claramente tudo sobre essa viagem. Quando eu pedir em alguns minutos
para me dizer o que sabe sobre a viagem, tudo se apresentará facilmente e
com clareza.
Mente profunda, quando foi a última vez que Helen manteve contato com a
luz azul? Isso sucedeu no decorrer dos últimos seis meses?

H: Sim (gesticulando com os dedos).

J: Helen tem mencionado diversas vezes, ter observado percevejos


esverdeados. Existe alguma ligação entre os percevejos esverdeados e os
contatos de Helen com os ETs ou seres híbridos?

H: Não sei dizer ou não posso responder isto agora. (Gesticulando com os
dedos).

J: Isto é o que Helen não sabe?

H: (Helen está insegura em responder).

J: Obrigado por responder às minhas perguntas. Bem, no momento em que


você estava nessa base subterrânea, você conheceu as duas mulheres que
ajudavam a tomar conta de Raechel?

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H: Eu conheci apenas uma mulher.

J: Qual era o nome dela?

H: Eu não fui apresentada a ela. Quero dizer… eu a vi, mas não fui
apresentada.

J: Então, você realmente não a conheceu.

H: Eu não a conheci. Não fui apresentada a ela, mas eu a presenciei.

J: Como você soube, que ela era uma das pessoas que lecionava Raechel ou
tomava conta dela?

H: O homem que me acompanhou, me falou.

J: Você conheceu o outro ser híbrido?

H: Sim.

J: Você foi apresentada a ele?

H: Não pelo seu verdadeiro nome. Justamente… ele era responsável por…
para ajudar a criar Raechel… parcialmente responsável. Mas, eles não me
disseram seus nomes. Era como se ninguém quisesse que eu tomasse
conhecimento de suas identidades.

J: Quando você o encarou, que aparência tinha?

H: Ele era um ser pequeno, de compleição frágil, não muito alto… parecia
como Raechel. Sua pele era... como a dela, com aparência muito lisa e, de
certo modo, esverdeada ou verde-amarelada, mas um tiquinho mais clara
do que a pele de Raechel. Seus olhos eram tais quais os dela, mas eram
azuis, de um bonito tom azul.

J: Você alguma vez olhou dentro dos olhos dele?

H: Sim.

J: O que aconteceu ou o que você enxergou, no momento em que olhou


dentro dos olhos dele?

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H: Seu olhar era amistoso e percebi que ele estava me agradecendo por ser
uma amiga. Contudo, ele podia falar, mas sua voz era estridente, realmente
um pouco aguda... porém ele não falou tão... não com suas palavras e sim
com os olhos. Percebi que não gostava de conversar, já que as palavras não
eram entendidas, não soavam direito.

J: Então, você também soube como conversar sem as palavras.

H: Sim.

J: Onde você aprendeu a conversar telepaticamente?

H: Eu podia conversar telepaticamente por muito tempo.

J: Quando foi a primeira vez, que você soube que poderia conversar
mentalmente?

H: (uma longa pausa)… quando, eu inicialmente… quando era uma


garotinha… eles queriam que eu… me perguntaram se eu gostaria de ter
um bebê… inicialmente, eu disse… falei… mas, na outra mão, descobri
que não tinha que… justamente pensando, esse diálogo era mais fácil.

J: Você continuou se comunicando com eles durante os anos?

H: Às vezes... O diálogo mental era mais simples desse jeito… era mais
rápido. Você pensa, eles compreendem no ato. Isto é simples.

J: Houve mais alguma pessoa, além do coronel e os seres extraterrestres,


que a contatou durante os anos, com quem você pôde conversar
mentalmente ou compreender dessa forma?

H: Oh… podia me comunicar mentalmente com os seres extraterrestres que


assomavam naquela época. Eu fiquei com medo, mas acho que posso me
comunicar mentalmente agora. Não tentei me comunicar telepaticamente
antes mas, acho que posso conversar mentalmente com os pássaros agora...
E, também, podia conversar telepaticamente com Raechel.

J: Você alguma vez conversou telepaticamente com a médica?

H: Não, mas ela… ela conversou telepaticamente comigo. Conversou


verbalmente e telepaticamente. Ela dialogou e falou comigo,
simultaneamente com os olhos.

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J: Você a compreendeu?

H: Não a compreendi falando… era muito alto… mas, eu podia desligar a


minha mente… então, eu não tinha que captar o que ela expressava com os
olhos.

J: Você alguma vez se comunicou com Marisa dessa forma?

H: Não diretamente.

J: O que você quer dizer?

H: Nós podíamos realizar essa comunicação de longa distância. Onde ela


estivesse, podia pensar em alguma coisa que eu captava seus pensamentos;
podia efetuar essa comunicação mental com ela, quase sempre… nós não
tentamos… nós realizávamos esse tipo de comunicação… No começo ela
ficou realmente surpresa, mas, se acostumou com isso… então, após um
tempo, nós dificilmente tínhamos de telefonar uma para a outra. Quando
nos telefonávamos… já havíamos conversado sobre o assunto pelo
telefone. A partir daí, passamos a conversar primeiro com nossas mentes.
Às vezes, quando ela tinha alguma dúvida, me ligava… eu dizia “já sei
disso”, você já me falou pelo telefone… então, com o tempo, ela foi se
acostumando com essa conversa mental.

J: Helen, agora eu quero que você retroaja novamente para a base, quando
você estava ao lado do homem que ajudou Raechel a falar. Diga-me, há
mais alguma coisa que aconteceu com esse homem ou na base, que você
ainda não nos falou?

H: Eu não acho que exista algo mais.

J: Você alguma vez conversou com alguém sobre essa viagem até a base?

H: Não… não. Porque não era para eu falar.

J: Quem lhe disse isso?

H: O homem que me acompanhou no carro.

J: Ele disse mais alguma coisa, além de você não falar para ninguém a
respeito dessa viagem?

H: Não… ele falou que eu nunca deveria dizer… eu não sei… (longa

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pausa)… pareceu como se esse cara fosse o coronel, mas… não pude ver
seu rosto claramente… nisso, ele me advertiu várias vezes: “Você não pode
falar com ninguém…”, sua voz não soava como a voz do coronel. Eu
entendi o que ele quis dizer com a advertência e também o que significava.

J: Ele alguma vez falou, o que ele quis dizer?

H: Ele falou que haverá… ninguém nunca encontrará um rastro seu ou de


sua família, se você alguma vez comentar uma palavra… eu disse: está
bem, eu nunca falarei… mas, não me importo agora...

J: Porque você parece diferente agora?

H: O que eles estão fazendo é errado… o que fizeram comigo foi errado…
eles nunca me perguntaram, justamente fizeram isto: bagunçaram a minha
vida… a vida da minha filha… eu não posso perdoá-los por isso.

J: Helen, deixe a viagem para trás agora. Mais lembranças advirão se


houver mais recordações nos próximos dias, semanas e meses. Eu gostaria
que você me dissesse, se tem algum motivo para sentir-se desconfortável
perto de percevejos, sobretudo, os esverdeados.

H: Não… porque eles nunca me feriram.

J: O que você quer dizer com: “eles nunca me feriram?”

H: (longa pausa)… bem, às vezes, eles parecem assustadores, mas… nunca


fizeram qualquer coisa.…

J: Que tipo de percevejos você está mencionando?

H: Alguns percevejos com escamas.

J: Onde você os avistou?

H: Bem, não acho que eles eram percevejos reais… se pareciam com
pessoas… mas, não eram... Não eram esverdeados, tampouco.

J: Você alguma vez, presenciou percevejos verdes que a atemorizaram?

H: Não.

J: Você alguma vez presenciou qualquer coisa, parecida com um percevejo

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verde, que a assustou?

H: Não esverdeado.

J: Que tipo de percevejos você presenciou que a deixou apavorada?

H: Percevejos grandes, compridos e acastanhados, com escamas... Eles


parecem… eles não se parecem com percevejos… eu não sei mais o que
parecem… eles parecem ser pessoas, mas não são…

(parte apagada na fita)

H: …de qualquer jeito… eles não pareciam… ninguém percebeu que eles
eram tão esquisitos...

J: Deixe aquelas duas entidades de aparência esquisita e diferente saírem de


sua consciência, diga-me se você alguma vez esteve em contato com
quaisquer outras formas de vida, além de humanóides ou híbridos como
Raechel, e o homem que a ajudou a falar.

H: Não… isso foi o bastante... O suficiente.

J: Então, na contagem um, tome um outro fôlego profundo; dois,


começando a mover a energia sobre seu corpo; três, movendo suas mãos e
pés, ficando mais e mais desperta; quatro, sentindo-se muito cheia de
energia; cinco, abrindo seus olhos, percebendo-se acordada, revigorada e
muito bem.

“Empreendendo pesquisa ampla e não descobrindo qualquer coisa, é uma


resposta também”.—antigo oficial da inteligência.

Eventos Irrompem — Olhos e Janelas

Durante as sessões de regressão, Helen deveria responder as perguntas.


Subitamente, pulou um evento ou falou alguma coisa que não fez sentido
lógico dentro do contexto, que estava sendo aludido. Em uma prévia
regressão, Helen recusou-se a falar no momento em que foi solicitada a

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encaminhar-se para o lugar com janelas, onde ela foi com Raechel. A Dr.a
Steiner não prosseguiu com essa linha de questionamento e passou para um
outro assunto. Nas regressões intervenientes, ela conduz Helen de volta
para o lugar com janelas.

17-07-99 - Sondando o assustador evento desencadeador do “balcão”.

J: Em nossa última sessão de hipnose, nós conversamos muito sobre


Raechel com respeito às janelas que você observou, quando olhou fundo
dentro dos olhos dela, e como você foi impelida e permitida a ir para esse
lugar; pois foi nesse lugar que você soube o que estava sendo dito; pôde
comunicar-se com Raechel claramente, e descreveu as janelas de uma
forma nova, mais clara e definida do que havia dito anteriormente. Quando
você esclareceu a respeito daquelas janelas falou sobre o balcão e um
cadeira em cada janela. Então, eu quero que você permaneça na parte
interna desse lugar, um quarto elíptico. Olhe ao seu redor e mantenha-se
totalmente presente nesse lugar. Preciso que você olhe para o balcão.
Agora, dirija-se ao balcão de uma das janelas; quero que você alcance e
toque o balcão, e se deixe sentir e reagir ao contato, completamente. Diga-
me do que você está ciente.

H: Hum, o balcão quer que eu o apalpe… mas, como pode um balcão…

J: Helen, toque justamente o balcão!

H: Eu apalpo. Estou apalpando o balcão… oh, eu… isto é rijo… parece


como um pedaço de prancha… como se esse material fosse fabricado de
madeira ou plástico, mas é suave… não realmente suave. Oh, esse material
parece como a pele de Raechel… porém é quente, não… realmente quente,
mas apenas no lugar em que a pele da garota era fria.

J: O que mais acontece, quando você apalpa o balcão quente?

H: O balcão não quer desgrudar a minha mão… não existe qualquer


coisa… o balcão não é adesivo... Oh... Esse balcão não quer deixar
descolar…

J: Deixe sua mão, justamente, pousada no balcão.

H: Não quero a minha mão pousada no balcão.

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J: Tudo bem. Deixe sua mão, exatamente, pousada no balcão. Você
vivenciou esse contato no passado e transcorreu tudo bem; logo, deixe sua
mão pousada no balcão e diga-me o que acontece.

H: Oh, eu não sei…

J: Tudo bem. Siga com esse balcão.

H: O balcão quer que eu mova a minha mão mais distante e… estou com
medo… Oh! Estou com medo do balcão. O balcão não deixará desgrudar…

J: O que está acontecendo com a sua mão? Está grudada?

H: O balcão é realmente quente e vibra totalmente… Oh, eu não sei…


estou com medo de pôr a mão no balcão.

J: Helen, mas a mão está no balcão.

H: Eu sei.

J: O que está acontecendo?

H: Oh… Oh…

J: Você ficará bem. Rume para dentro do contato.

H: Oh...Oh... Inesperadamente... o balcão pára de puxar, mas eu ainda estou


colada, grudada com força no balcão… eu não ouso pôr a minha outra mão
no banco, porque tenho medo que fique colada, também. Assim, eu nunca
irei embora... Não sei o que o balcão quer.

J: Pergunte ao balcão, o que ele deseja.

H: O balcão quer que eu permaneça… não ali na mesa. Ele deseja que eu
permaneça dentro desse quarto, mas, não existe realmente um quarto. Há
muitos corredores que vão de um lugar a outro e ao redor.

J: Helen, eu quero que você pare exatamente neste ponto. Eu contarei de


um até três. Preciso saber se durante esse tempo em que sua mão
permaneceu grudada no balcão, você percebeu claramente o lugar onde
estava ou foi levada para qualquer outro lugar, e se você será capaz de ir a
esse lugar na contagem três. Um, dois, três.

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H: Hum…

J: Helen, do que você está ciente? Onde você está situada?

H: Não estou mais naquele lugar.

J: Onde você está?

H: Não sei.

J: Justamente, observe ao seu redor.

H: Estou dentro de um quarto desconhecido. Este quarto não é branco…


onde os balcões e os bancos estavam era um quarto branco… Isto é
como… oh… a cor é esquisita… parece azul-cinza… realmente, uma
aparência lúgubre… meio anuviado...

J: Existe alguém mais nesse quarto?

H: Oh, sim… bem, este quarto é onde Raechel se dirigiu… Ela está lá…
oh, ela diz, venha até aqui… O que existe nesta parede?… Isto é um… um
quarto grande… parece como tanques…

J: Helen, diga-me mais.

H: Eles parecem como aquários… não há peixe no interior.…

J: O que há no interior dos tanques?

H: Pequenos bebês… eles são tão pequenos... mas, podem enxergar…


justamente… boiando ao redor…

J: Helen, quem está lhe mostrando o quarto?

H: Raechel.

J: O que ela está lhe dizendo sobre esse quarto?

H: Ela diz: “Isto é… de onde eu vim…” Eu digo: “Não quero olhar para
isso. Não quero acreditar que isso… isso é… perturbador e bizarro”. Ela
continua: “Não me importo se você não quer olhar para isto. Você... tem...
olhar. Este é o momento que você tomou ciência. Você não tem que

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lembrar disto..., mas tem de observar isto agora”. Os bebês não eram… não
eram rosados ou brancos, todos tinham uma cor esverdeada horrível.

J: Helen, aconteceu mais alguma coisa no interior desse quarto, enquanto


você estava presente?

H: Não. Eu me senti enjoada. Eu pedi a Raechel que me retirasse daquele


recinto; me levasse de volta. Não podia lidar com aquilo. Eu disse que
precisava meditar a respeito.

J: Helen, porque eles queriam que você permanecesse nesse lugar?

H: Não sei, mas eu não quis ficar lá… É justamente… oh… eu não quero
olhar para essas coisas. Eles nem mesmo parecem reais, mas são o que
aparentam e estão vivos.

J: Helen, alguém está tomando conta dos bebês?

H: Não. Eles querem que eu tome conta deles, mas eu não posso assumir
essa responsabilidade.

J: O que eles querem que você faça?

H: Eu não sei, eles não me dizem. Raechel não me diz. Eu falei: “Não
posso permanecer neste lugar, nem posso olhar para essas coisas. Lamento
que seja este o lugar do qual você veio, mas não há nada que eu possa
ajudar. Não posso tomar conta deles. Tenho de voltar. Marisa precisa do
meu auxílio. Preciso tomar conta dela. Não preciso tomar conta dessas
coisas”. Nesse instante, Raechel não gostou, quando eu os chamei de coisas
e alegou: “Eles não são coisas. São seres como… você”. Eu disse:
“Raechel, não importa. Não posso tomar conta destas coisas; não posso
ficar neste lugar...”

J: Helen, então, o que aconteceu?

H: Ela permaneceu me encarando. Eu disse: “Raechel, eu quero que você


me leve de volta, agora mesmo. Não quero ficar neste lugar. Não é certo
me trazer até aqui e me mostrar essas… seja lá o que forem”.

J: Helen, o que são aqueles seres no interior dos aquários?

H: Eles são como pequenos bebês, mas nadam ao redor e até mesmo a
coisa em que eles estão imersos é esverdeada. Todavia, eu ainda pude ver

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que a pele deles era esverdeada, suas mãos tinham quatro dedos como ela
tinha… seus dedos são todos do mesmo tamanho. Eu contemplo isso e não
quero ficar nesse lugar. Ela diz: “Bem, não tem importância. Eu levarei
você de volta… Talvez possamos encontrar algo mais para você fazer”.
“Mas Raechel, não estou procurando um trabalho”. Ela: “Não importa o
que você queira” Eu: “Não quero discutir. Não tomarei conta deles e quero
voltar ao apartamento agora mesmo”. Então, fiquei encarando-a e não
retornamos mais ao lugar dos balcões e cadeiras… Nós... Estou novamente
na cozinha.

J: Continue no contato, Helen, mantenha-se totalmente no contato e diga-


me o que você fez. Fale-me o que está acontecendo agora.

H: Estou na cozinha, onde eu estava no início com… minha mão ainda


pousada na mesa atrás de mim… e… ela continua me encarando, mas ela
não está… ela estava… entre o fogão e a geladeira. Agora, ela está mais
rente a mim e próxima das jarras d’água. Ela não está me tocando, está
justamente me encarando. Eu estou me sentindo mal… passando mal… eu
nunca presenciei nada assim antes. Havia muitos bebês no interior dos
tanques, uns eram grandes, outros pequenos, alguns pequeninos…
justamente nadando ao redor dos aquários.

O Projeto Humanização

No momento em que Helen se recusou a tomar conta dos bebês nos


tanques, Raechel disse que eles encontrariam alguma outra coisa para ela
fazer. A Investigação adicional do Projeto Humanização revelou a função
de Helen nisto.

17-07-99 - Regressão Hipnótica

June (J): Quero que você retroaja àquele momento em que Raechel
comentou que os extraterrestres talvez encontrassem alguma outra coisa
para você realizar, já que você não quer tomar conta de seja lá o que estiver
no interior daqueles tanques. Eu contarei de um até três, na contagem três
quero saber se eles encontraram alguma outra coisa para você fazer. Um,
dois, três.

Helen (H): Acho que não… exceto que eu posso... Podia comunicar-me
com o coronel através dos meus olhos… eu realizava essa comunicação

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com Marisa e com os garotos. Afinal, que diferença isso faz?

J: Helen, eu quero que você segure um momento e se mantenha totalmente


em contato, a fim de saber porque você tem aquelas habilidades. Deixe-se
contemplar, sentir e saber o que você irá realizar com aquelas habilidades,
e por quê.

H: Não sei… apenas, que eu posso fazer tais coisas. Mas, qual é o
propósito?

J: Helen, quero conduzi-la para um outro lugar. Preciso que você se


imagine entrando num elevador ou descendo profundo ao centro da Terra.
À medida que desce fundo ao centro da Terra, você está entrando em um
novo grau de transe. Nesse grau de transe, você está indo para um dos
compartimentos dentro de si, onde você sabe que é completamente seguro
de dano. Um lugar, que você conhece a resposta para essa questão, já que
tem estado em contato com toda essa experiência de contato, nesse lugar
onde é seguro, e talvez não deixe o restante de você saber o que a manterá
segura. Assim, eu quero que você continue descendo ao centro da Terra;
contarei de um até dez e na contagem dez você descerá ao centro da Terra,
e ao centro de seu próprio ser, para um lugar dentro de si onde tem sido
permitido saber as respostas, uma vez que a sua mente profunda disse que
estava tudo bem para irmos hoje a esse lugar, a fim de permitir que novas
informações de contato venham à luz. Um, dois, três.

H: Eles não… não querem abrir mão, mas isto não é muito trabalho, pelo
menos de uma parte.

J: Helen, qual é a parte?

H: Eu teria feito esse trabalho, de qualquer forma. Justamente, falar sobre


Raechel… e sobre Marisa. Essa era a minha parte… é a minha parte, não
sei porque esse trabalho é um negócio importante. Quero dizer, como se eu
fosse dotada de uma posição importante.

J: Porque eles querem que você fale sobre Raechel e Marisa?

H: Eles dizem que as pessoas acreditarão em mim. Não sei porque isso
seria mais do que qualquer outra pessoa.

J: Eles querem que essa informação comece a vir a público?

H: Sim, talvez eles me conheçam melhor do que eu imagino, já que sabem

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que uma vez que comece a falar disto em público, eu não pararei.

J: Helen, quem são eles?

H: Ninguém que eu já tenha visto ou conversado, também não acho que


eram as entidades que estavam desenvolvendo aquelas coisas dentro dos
tanques.

J: Helen, como eles se comunicavam com você?

H: Justamente com pensamentos.

J: Helen, eles são desse planeta ou advém de algum outro lugar?

H: São de ambos os lugares… Esse projeto está sendo levado a cabo na


Terra.

J: O que está sendo levado a cabo na Terra?

H: Realizar o crescimento daquelas coisas, mas ninguém sabe disso. A


ninguém é permitido saber sobre esse projeto, a não ser algumas pessoas.
Esse projeto é tão terrível, que ninguém realmente deseja tomar ciência
disso.

J: Helen, o que é tão terrível saber sobre esse projeto? É o modo real no
qual os bebês são desenvolvidos ou este é o produto final? O que você diz
que é terrível?

H: Eu acho que é o modo como são desenvolvidos. O resultado final, não é


pior do que as crianças que criamos. Às vezes, é melhor.

J: O que acontece com estas crianças após nascerem?

H: Eles são adotados. Algumas pessoas sabem o que estão recebendo,


outras não; isso é o que causa preocupação. Eles tentam levá-los para casa
e criá-los, mas não se adaptam. Às vezes, desaparecem.

J: O que você quer dizer com, eles desaparecem?

H: São levados de volta. Saem pra brincar ou vão a algum lugar, talvez
com uma família e subitamente a criança desaparece… a criança nunca
retorna.

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J: Helen, qual é o propósito desse projeto todo? O projeto que o coronel
trabalhou, trazendo híbridos; o desenvolvimento de bebês, adotando-os.
Qual é o propósito?

H: Não sei o propósito todo. Tudo o que sei é um bocadinho a respeito


desse projeto.

J: O que você sabe sobre esse projeto?

H: Esse projeto é um experimento colossal, a fim de ver se os híbridos


poderiam se adaptar… para substituir.

J: Helen, para substituir o quê?

H: As pessoas reais.

J: Porque eles desejariam substituir as pessoas reais?

H: Não sei o motivo. Não me disseram isso… eu não sei a respeito. Qual é
o propósito da coisa toda, então?

J: O coronel nunca lhe falou qual era o propósito?

H: Não realmente.

J: O que ele falou?

H: Disse que ela era parte do projeto… para averiguar o que eles podiam
obter como resultado. A fim de verificar, até que ponto as emoções
extraterrestres podiam ser otimizadas. Entretanto, o coronel não disse
porque eles queriam efetuar essa experiência, mas ele era parte desse
projeto.

J: Helen, é possível que… as formas distintas de contatos, as quais você foi


contatada através dos caras no furgão, por meio de pássaros, música e
odores —estão de algum modo associadas?

H: Sim, creio que estão.

J: De que modo?

H: A fim de me deixarem tomar consciência de que nunca estarei isenta de


comunicar-me com eles; que nunca serei livre ou quando eu achar que

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talvez esteja livre, que o contato aconteça novamente, portanto, eu agora
não tento combatê-lo. Não estou certa de qual é o propósito, mas eles não
estão me ameaçando mais, pelo menos não tenho medo. Realmente, não
estou nem mesmo surpresa.

J: Adentre naquele espaço, naquele lugar seguro e reservado, onde nada é


mascarado ou ocultado. Helen, qual é o nome do Projeto?

H: Projeto Humanização.

J: Qual é o codinome?

H: Não sei o codinome. Eles nunca me disseram, mas existe um.

18-07-99 - Regressão

J: Existe mais alguma coisa, que precisamos saber a respeito das crianças
híbridas? Existe algo importante, a fim de que tomemos ciência a respeito
desse projeto, cientificamente ou filosoficamente, que você esteja ciente?

H: Hum… as crianças híbridas não têm alma, muitos daqueles seres são
desalmados. Eles estão criando sérios problemas.

J: Bem, você diz que muitos daqueles seres híbridos não têm alma. Por
acaso, algum deles tem?

H: De certa forma, existe muita alteração genética, contudo eu não sei o


que isso tem que ver com a alma, porém, tudo indica que esse fator tem a
ver. Realmente, as crianças híbridas são desalmadas. Esses seres almejam
matar pessoas, mas realmente não intentam fazê-lo.

J: Helen, quem almeja matar pessoas?

H: As crianças extraterrestres. Elas parecem não ter bons pensamentos.

J: Essa era a verdade de Raechel e Marisa?

H: Não.

J: Por que eram diferentes?

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H: Não sei. Creio que possuíam a combinação genética certa, muitos deles
são assim. Contudo, existem muitos que ficam perversos. Normalmente
planejam se matar. Primeiro matam pessoas e depois se exterminam. Não
creio que essa experiência seja uma boa coisa.

J: Helen, qual é o motivo dessa experiência genética estar sendo


engendrada?

H: Não sei. Apenas posso informar que tudo isso é justamente uma
experiência. Realmente, existe uma razão para cada experimento. Você tem
um propósito, mas eu o desconheço.

Nas páginas seguintes, são reveladas informações sobre o coronel, Helen e


a viagem que fizeram à base subterrânea intitulada “Four Corners.”

07-11-97 - Entrevista com Helen

“Penso que você merece saber a verdade a respeito de Raechel. Já que ela é
muito diferente de você, embora tenham se tornado amicíssimas… você
quer saber porque ela não age como seus amigos; não agimos como você.
Ela é extraterrestre. A resgatei em uma queda de nave perto de Four
Corners. Por algum motivo, algo especial nessa extraterrestre cativou
minha atenção, já que ela era distinta dos demais extraterrestres que tinham
chegado à base. Ela era uma extraterrestre que me ajudou; ele soube como
manter a vida de Raechel. Por algum motivo, ele quis tomar conta dela. Eu
soube que o Projeto Humanização nunca havia tido um extraterrestre
jovem, não me advém o termo certo, um ser jovem…. Então, eu achei que
ela talvez fosse uma boa candidata para trabalhar nesse projeto. Foi quando
contatei a ATIC e contei tudo o que tinha acontecido. Concederam-me a
permissão, porém disseram que teria de adotá-la, cuidar dela como uma
humana. Mas, como eu não sabia como lidar com isso, pelo fato de não ser
casado, nunca interagi sobremaneira com crianças: “Tive a ajuda de todos
os outros colegas da base”. Estas não são as palavras certas, mas foi o que
ele falou para ela.”

09-07-98 - Entrevista com Helen

June (J): O coronel se emocionou, no momento em que conversou com


você?

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Helen (H): Não.

H: Foi aquela viagem que me perturbou. Parecia ser o coronel, mas não
aparentava ser. Era como se fosse o verdadeiro coronel, na viagem, mas
suas feições não pareciam as mesmas do coronel, com quem havia
conversado no apartamento....

J: Como você entrou no carro com ele?

H: Não sei.

10-03-98 - Regressão

H: As emoções do Coronel, não eram do modo como deveriam ter sido.

J: Como pareciam?

H: Insensível… ele pareceu ser afável, como uma pessoa normal… mas, ao
me observar, antes de eu tomar conhecimento de todas essas informações,
seus olhos eram realmente insensíveis, rígidos, penetrantes.

J: Quando você está olhando para os olhos do coronel, observando quão


rígidos, insensíveis e penetrantes são, qual é a cor desses olhos?

H: Azul. No início achei que os olhos eram pretos, mas, agora, eu sei que
me enganei. Isso é o que eu presumi ter observado. Ele disse, que havia
trabalhado no Projeto Humanização junto com outros e tinha aprendido a
comunicar-se com eles. Quando ele me falou isso, não compreendi que
estavam sendo passadas informações através dos olhos. Achei que isso
tinha sido feito por meio de um computador ou alguma outra coisa. Ele não
me disse que tal comunicação era feita com os olhos, mas era dessa forma
que se comunicava comigo. Como eu poderia não ter… Por que eu não
soube? Bem, de qualquer jeito, eu não tomei ciência disso. Mas, agora,
estou certa de que ele aprendeu isso com os outros caras no projeto e com
os adultos na base subterrânea.

J: E como você soube que esteve na base?

H: Por que o coronel falou.

J: Houve alguma coisa na base, que a deixou saber que essa base era

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diferente de qualquer outro lugar?

H: Essa base era subterrânea.

J: Havia uma cerca ao redor da base?

H: Sim.

J: Como você passou pela cerca?

H: Eles abriram o portão.

J: Quem abriu o portão?

H: O guarda abriu.

J: Por que ele abriu o portão para você?

H: Porque ele conhecia o coronel.

J: Como o guarda se dirigiu ao coronel?

H: Senhor.

J: O coronel teve de mostrar alguma identificação?

H: Não. Ele deveria ter apresentado. Mas, não o fez.

J: Ele falou alguma coisa?

H: Não, nenhum deles comentou qualquer coisa. Eles apenas entreolharam-


se. Então, o guarda falou: por favor, siga em frente, senhor.

J: Em algum momento, enquanto de visita à base, foi passada alguma


informação, para você, através dos olhos do coronel?

H: Sim.

J: Em que momento isso aconteceu?

H: Quando eu, inicialmente, cheguei à base.

J: Diga-me, exatamente, o que aconteceu na base.

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H: Ele explicou, que esse era o lugar onde tudo começou e aconteceu.

J: Onde tudo começou?

H: No lugar em que ele tinha acolhido Raechel, onde e como eles tinham
vivido. E como ela tinha sido educada. Então, ele me levou para conhecer
alguns lugares na base, também. Mas, esse diálogo era realizado mais
através dos olhos.

J: Ele a levou através da base com os olhos, em vez de conduzi-la


realmente através da base?

H: Não, na realidade ele me levou fisicamente. Estive de fato nessa


instalação, mas não conheci todos aqueles lugares na base; ele os descreveu
através dos olhos, com seus olhos.

J: Que lugar você conheceu, quando ele lhe mostrou?

H: Não sei. O primeiro lugar onde entramos foi no subterrâneo, cuja


entrada era conduzida através de uma porta de um antigo celeiro. Não sei
porque ele me levou a esse lugar, mal cheguei a conhecê-lo direito. Então,
me levou para conhecer o porão subterrâneo; havia muitos quartos, onde as
pessoas albergavam-se como em barracas, mas todos estavam separados
por pequenos quartos. Nesse momento, ele me conduziu até um quarto para
descansar. Eu estava exausta da viagem, sentei na cama…, ali recebi muita
informação sobre o laboratório. Na realidade não entrei no laboratório
fisicamente, mas soube como era porque ele projetou sua descrição na
minha mente, onde pude observá-lo.

J: Porque ele quis fazer isso?

H: Não sei.

J: Agora, deixe-se lembrar dos olhos do coronel. Deixe-se recordar, olhe


profundamente e intensamente para dentro dos olhos dele. Lembre-se, que
você está começando a receber informação; recorde-se de qualquer coisa
que ele falou sobre transmitir-lhe essa informação e porquê. Qual era o
propósito?

H: Porque eu era a mãe de Raechel. Mas, isso não foi o que ele disse.

J: O que ele falou?

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H: Originadora.

J: Qual foi a palavra?

H: Originadora.

J: Originadora.

H: Eu nunca escutei esse termo usado dessa forma antes. Então, eu


perguntei ao coronel novamente: O que você está falando a respeito? Ele
disse: Isso é onde ela originou, com você. Você precisa ver o que
aconteceu, depois que a acolhi. Eu não gosto de ser nomeada como uma
originadora… mas, acho que isso é o que eu era.

J: Que idade tinha Raechel, quando o coronel a encontrou?

H: Treze ou catorze anos de idade. Ele não tinha certeza.

J: Porque Raechel foi entregue aos cuidados do coronel?

H: Porque eles coletaram alguma coisa dele e acrescentaram dentro do


corpo dela. Mas, ele não disse o que era.

J: Então, o coronel estava relacionado de algum modo...

H: Sim.

J: O coronel era o pai de Raechel?

H: De certa forma… isso foi após eles tomarem Raechel de mim. Ele não
deu detalhes a respeito e eu não o questionei. Recusei-me a acreditar nessa
história. Porém, essa história era verdadeira, só que ele não era
exclusivamente o pai dela.

J: O que você quer dizer?

H: Porque havia coisas que eles retiraram dos outros que acrescentaram
nela...

J: De que outros?

H: De alguns outros que estiveram no lugar em que ela esteve, após a

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removerem do meu corpo, antes que ela chegasse à base. Eu não sei o lugar
onde isso aconteceu, quando eles coletaram alguma coisa dele.

J: Isso era diferente do modo que a maioria dos híbridos eram criados, ou
isso é típico?

H: Não creio que isso era típico. Acho que isto era um novo experimento.

J: Qual foi o propósito do experimento?

H: Observar quão bem ela poderia adaptar-se aos seres humanos. Como um
ser extraterrestre como esse poderia adequar-se aos humanos, quais seriam
as reações desses extraterrestres, o que eles sentiriam. Eles seriam aceitos?
Contudo, eles bagunçaram com ela, porque era boa demais em todas as
considerações, exceto pela cor da sua pele e dos seus olhos. Outrossim, eles
fizeram um bom trabalho.

J: Qual era o propósito de criar um ser híbrido que pudesse adaptar-se ao


progresso humano?

H: Ele não me deu uma razão para isso, exceto que essa experiência era
alguma coisa que o governo almejava fazer. Ele falou que essa experiência
era necessária, que nunca pararia.

J: O que você quer dizer?

H: Não sei quantos governos estariam envolvidos nesse projeto, mas eu


acho que abrangia além do nosso governo. O projeto atingia outras
civilizações, outros planetas; mas não sei qual era o propósito… qual seria
o objetivo.

J: Helen, eu contarei de um até três, quero que você rume diretamente para
os olhos do coronel e pergunte qual era o propósito desse projeto… ter
híbridos vivendo juntos com humanos. Um, dois, três.

H: Ele falou que os híbridos não eram fortes. Requeriam um programa de


procriação. Isto tudo era um programa de procriação. Exatamente, como
criar gado; você seleciona os melhores, os miscigena, até obter o resultado
almejado. Eles queriam realmente engendrar seres híbridos que fossem
fisicamente fortes, com bom sistema imunológico, que pudessem obter a
partir dos humanos. Desejavam criar seres híbridos com alguma emoção,
não seres destruidores. Queriam otimizar a inteligência que os híbridos
tinham, entretanto tiveram problemas para combinar tudo corretamente.

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Raechel era o ser híbrido mais próximo que eles obtiveram.

J: Por que o governo dos Estados Unidos tomou parte nesse projeto?

H: Ele não comentou. Ele soube… mas, ele não me falou a respeito disso.

J: Quanto tempo, você permaneceu na base “Four Courners”?

H: Um curto prazo de tempo, talvez, vinte e quatro horas ou menos. Mas,


eu pareci ter perdido o rastro do tempo.

Helen, sua Mãe, e sua Tia

10-03-98 - Regressão

June (J): Eu gostaria de lhe perguntar sobre sua mãe. Diga-me, do que você
está ciente.

Helen (H): Ela realmente me rejeitou.

J: Como você sabe disso?

H: Ela me falou.

J: O que ela lhe falou?

H: Que realmente sempre me rejeitou. Que nunca fui sua filha.

J: O que ela quis dizer com, você nunca foi sua filha?

H: Isso ninguém me dirá. Ela não me contaria isso.

J: Alguma vez, outras pessoas lhe disseram que você não era a filha dela?

H: Não, mas é bizarro.

J: Helen, eu quero que você rume agora para o interior de sua mente
profunda. Preciso que sua mente profunda me responda algumas perguntas,
sobre seu parto…, sobre sua concepção. Rume tão profundo quanto puder,
a fim de estar em contato com essa informação. Helen, quando você foi

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gerada, quem era a pessoa que você descobriu que era sua mãe? Agora, eu
perguntarei aos seus dedos. A mulher, que era supostamente sua mãe, era
sua mãe real?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Sua tia era sua mãe verdadeira?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Sua mãe real foi quem abriu mão da sua adoção?

H: (não sei – gesticulando com os dedos)

J: Quero que sua mente profunda fique “a saber” bem claramente da


primeira vez em que você estava ciente da mãe, que você supôs ser a sua
mãe real. Esse evento aconteceu antes da sua idade de um ano?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Esse fato ocorreu, quando você tinha menos de dois anos de idade?

H: (sim – gesticulando com os dedos)

J: Sim. Sua concepção foi normal?

H: (não – gesticulando com os dedos)

J: Não. Quero que você esteja bem clara, contemplando a sua concepção,
para que tome ciência do que foi anormal na sua concepção. Está tudo bem
com Helen, nesse instante, para conversar sobre sua concepção?

H: (sim – gesticulando com os dedos)

J: Sim. Então, Helen, diga-me, do que você está ciente a respeito disto.

H: Esta concepção foi… oh… é tão complicado… tão confuso… Oh,


deus… eles tomaram um óvulo da minha tia… realizaram alguma coisa
com esse óvulo… Então, esse óvulo foi inserido no ventre da minha mãe…
Ela me carrega.

J: O que foi efetuado com o óvulo e quem realizou essa inseminação?

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H: Eu não posso ver, mas eu sou toda misturada… A minha tia não pode
dar à luz a uma criança… Ela não tem útero; é estéril. Isso é porque eles
querem fazer uso da minha tia… eles fizeram o que podiam… então, eles
tomaram o óvulo.

J: Quem são eles?

H: Não sei… mas, eles coletaram o que puderam da minha tia, não sabiam
que ela não podia ter filhos; que era estéril. Então, eu acho que sou parte
deles, mais ou menos. Não é de se estranhar, que a minha mãe não tenha
comentado a respeito disso.

J: Helen, eu agora contarei de um até três, na contagem três quero que você
me diga quem “eram” aqueles seres que tomaram o óvulo da sua tia e o
inseminaram na sua mãe. Um, dois, três.

H: Acho que são os seres que costumavam aparecer no meio das luzes
verdes e azuis, que eu observava quando era criança, assim como a minha
tia.

J: Diga-me a respeito das luzes azuis e verdes.

H: Eram parecidas com as luzes que eu presenciei no momento em que eu


fui para aquele lugar com Raechel. Eles pareciam desse jeito. Minha tia,
também descreveu essas luzes dessa forma; ela também avistou naves
como todos na sua família, como todos seus irmãos e irmãs. Acho que os
seres que chegavam naquelas naves eram os responsáveis pelo que fizeram
com minha tia, comigo e com a minha mãe.

As Gestações de Helen

03-10-98 - Regressão

J: Helen, diga-me sobre a mesa da cozinha. Quero que você sinta o frescor
da mesa, e sua mão nela. Diga-me se lembra de mais alguma coisa sobre a
mesa. Você alguma vez sentiu a mesma textura, matéria, frescor e frio?

H: A mesma baixa temperatura, como no interior de uma sala de operação


ou sala de exame.

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J: Quero que você se imagine no interior de uma sala de operação ou numa
sala de exame, com esse tipo de temperatura baixa e me diga o que vem à
sua mente.

H: Muita dor terrível...

J: Onde você sente a dor?

H: (mostrando)

J: Na sua área pélvica?

H: Hum…

J: O que está acontecendo?

H: Não sei exatamente, mas eles estão efetuando alguma coisa.

J: Quem são eles?

H: Dá a impressão de ser um médico… submetendo-me a um exame,


mas… isso é mais que um exame…

J: Diga-me, o que você quer dizer com isso.

H: Sinto como se eles estivessem inserindo alguma coisa em mim.

J: Como é esse exame?

H: Esse exame machuca, machuca terrivelmente. Acho que eles estão


inserindo… eu não sei.

J: O que lhe dizem, quando estão realizando esse exame?

H: Dizem: fique quieta que este exame acabará logo.

J: Eles lhe dizem, por que estão fazendo esse exame?

H: Eles dizem que eu me sentirei melhor e eu afirmo: sinto-me bem quando


venho aqui, porém sinto-me terrível agora. Não importa, dizem: você ficará
bem; tem que se submeter a esse exame. Ninguém tomará conhecimento
desse exame depois, quando estiver tudo terminado.

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J: O que eles não saberão?

H: O que estão fazendo. Não sei o que tudo isso significa, mas alguma
coisa eles inserem no meu colo do útero, porque dói quando é aberto.
Contudo, continuam afirmando que está tudo bem, que essa intervenção
não causará nenhum dano. Ninguém perceberá a diferença.

J: Ninguém, a não ser…?

H: Eu.

J: Você. O que você saberá sobre a diferença?

H: Que Marisa não é totalmente humana.

J: Como você se sente sabendo disso?

H: Não muito bem… não muito bem.

J: Eles dizem de que forma você será capaz de lidar com isso?

H: Não. Na verdade, dizem que primeiramente ela seria muito semelhante a


qualquer outra criança. Disseram também: essa é a sua primeira criança,
você não saberá a diferença, nem mais nem menos. Creio que, de certa
forma, eles estavam certos…

J: O que eram aquelas coisas, que você estava ciente?

H: Ela era pequenina, mas isso não é incomum para um bebê. Ela não se
alimentava muito bem, mas sua pele me parecia estranha.

J: Como essa pele parecia?

H: A pele dela era sempre fria, mas ela era saudável. A pele parecia um
pouco esponjosa, não muito. Eu não quis admitir que essa pele fosse
diferente e também não quis recordar o que me disseram.

J: Então, o que você fez com essa recordação?

H: Eu a pus de lado.

J: Quando você olhou, profundamente, para os olhos de Marisa, o que você


viu?

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H: Não percebi nada. Somente amor, como uma criança normal.

A Origem de Raechel

Helen lembra, conscientemente, de terem passado informação que Raechel


não era da Terra, que ela não tinha uma mãe e um pai real. Pesquisas
adicionais vieram a revelar, uma interessante e assustadora reviravolta dos
acontecimentos.

03-10-98 - Regressão. Quando Helen, inicialmente, conheceu Raechel.

J: Você alguma vez foi informada por Raechel ou pelo coronel, ou alguém
mais, por que Raechel foi tomada de você e reapresentada a você, quando
ela morava com Marisa?

H: Sim.

J: Diga-me a respeito disso.

H: Naquele dia na cozinha, no momento em que eu estava conversando


com Raechel, ela falou: “Eu… nunca… tive… uma… mãe… Eu… não…
sei… o…que… seria…uma... mãe… mas,… Marisa… fala… sobre…
você… o… tempo… todo”. Bem, ela falou que desejava que eu fosse sua
mãe, então, eu disse: “Realmente não posso ser sua mãe, mas, o que
aconteceu com a sua?” Ela respondeu: “Eu… nunca… tive… uma....mãe.
De… onde… eu… venho… nós...não....temos… mãe. Contudo,... eu…
quero… ser… como… Marisa… e… ter… uma… mãe. Acho… que…
você… seria...uma… boa…mãe”. Então, eu falei: “Raechel, não sou sua
mãe.” Ela..: “Bem, talvez você não se lembre…” “Um dia você se
lembrará”. Eu retruquei dizendo: “Não quero tocar mais nesse assunto”.
Ela, então, falou: “Bem, deixe-me mostrar-lhe o lugar onde moro”.
Naquele instante, fui transportada para o lugar com janela. Bem, isso tudo é
ridículo. Porém, não quis conversar a respeito desse assunto com ela, já que
eu achava que não era a sua mãe. Mesmo assim, sabia que era.

Helen depois revela informações adicionais sobre os prévios anos de


Raechel.

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J: Eles lhe disseram de que forma mantinham a vida de Raechel?

H: Ela foi desenvolvida dentro de um tonel, como um aquário.

J: Você quer dizer, com líquido?

H: Sim, com líquido. Mas, eu não sei qual o tipo.

J: Como você sabe disso?

H: É a informação adicional, da qual tomei ciência. Eu não sei quem me


passou essa informação. Acho que foi ela.

J: Quando isso aconteceu?

H: Deveria ter acontecido naquele dia em que eu fui andando por detrás das
janelas.

Em uma outra parte, da mesma seção de hipnose, informações adicionais


são reveladas sobre a juventude de Raechel.

H: A ATIC determinou, insistiu, que o coronel Harry adotasse Raechel e a


criasse como uma humana. Ele não tinha idéia do que fazer com uma
criança, porque nunca conviveu com crianças. Ele não sabia se poderia
criá-la. Então, deu um sorriso, sem zombar, porque ele não era um
zombador, mas sorriu. Com esse ar de sorriso observou, fixou seus olhos na
minha pessoa e toda essa informação que teria levado, ao menos, duas
horas para ser dita, subitamente veio à minha mente.

07-11-97 - Entrevista com Helen, comentando a respeito de uma


ligação telefônica, dialogando com Marisa.

Helen estava preocupada com a segurança de Marisa. Ela telefonou para


Jim, um amigo que trabalhava na segurança da Base da Força Aérea
Highland, a fim de pedir-lhe para verificar o paradeiro do Coronel Nadien.
Helen pegou um pedaço de papel, anotou o nome de Jim e o número do
telefone. Enquanto conversava com Jim pelo telefone, também fez algumas
anotações. Por puro acaso, no final da conversa, ela guardou o bilhete, ao
invés de jogá-lo no lixo. Vinte anos depois, ela encontrou esse bilhete, por

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acaso, escondido dentro de alguns outros papéis. Esse bilhete forneceu
pistas valiosas aos pesquisadores, incluindo o número do telefone da base
que ainda estava em uso. A seguinte é uma transcrição, relembrada por
Helen, quando Jim lhe retorna uma ligação com a informação que
descobriu.

Jim (J): Espero que você esteja sentada para escutar isso. O coronel e a
filha vieram para Four Corners. Ele estava envolvido em um dos projetos
negros mais classificado que o do Livro Azul. Estava trabalhando nesse
projeto por um longo tempo e era o comandante do destacamento militar.
Suas suspeitas sobre sua filha são verdadeiras, mas, eu não posso informá-
la com certeza - você sabe o que eu quero dizer - a coisa toda é muito
excêntrica, a tal unidade que ele oficiava, a ATIC, Centro de Informação
Técnica Aeroespacial. Já os homens que você citou, parecem ser como os
Homens de Preto, alguma coisa concatenada com a Nação do Terceiro
Olho,… eu não sei. Mas, mesmo se soubesse, também não poderia falar a
respeito.

H: Você está certa sobre a ATIC? Eu nunca escutei sobre isso; estou
tentando encontrar essa sigla na minha lista de acrônimos, mas essa
nomenclatura não está listada.

J: Sim, eu estou certa que essa sigla está incluída nessa lista, como estou
certa, também, que você não encontrará essa nomenclatura listada em
nenhum lugar, porque esse lugar não é suposto existir, mas acredite em
mim, esse lugar existe. Acredite, também, que essa garota que estava
vivendo como sua filha possivelmente seja alguma coisa que o coronel
resgatou de uma daquelas espaçonaves, que foram levadas para Four
Corners. E de qualquer outra coisa, também. Mas se você disser uma
palavra sobre esta conversa, com qualquer pessoa, negarei a coisa toda. Eu
não tenho escolha.

Luzes Azuis

As Luzes azuis parecem ter acompanhado Helen por toda sua jornada de
vida. Somente após cíclicos questionamentos, Helen, começa a
compreender e a revelar a importância de suas visitas extraterrestres.

03-10-98 - Regressão

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June (J): Que aconteceu, quando você tocou a luz azul, quando era criança?

Helen (H): Disseram-me… você não faz parte da família. Não pertence ao
lugar que você supõe pertencer. Eu afirmei: não importa, eles tomam conta
de mim. Eles falaram: mas, não a amam. Eu disse: sei disso.

04-10-98 - Regressão

H: A primeira vez, que eu avistei a luz azul, os extraterrestres me


perguntaram se eu queria ter um bebê; eu falei, não, não quero ter um bebê.
Sou muito jovem. Então, eles me disseram: “nós poderíamos esperar”.
Achei que isto fosse o final da história, mas era justamente o início.

J: Helen, eu quero que você, por um instante, se concentre na sua tia, que
era sua mãe real. Quero que você entre em contato com seus olhos, que
pergunte ou obtenha informação de sua tia, se ela havia ou não realizado
algum acordo com relação à vida dela com outros seres extraterrestres.
Diga-me, você está ciente disso?

H: Sim…

J: Helen, que informação é essa, da qual você está ciente?

H: Ela fez um acordo, do tipo…

J: Que tipo de acordo?

H: Para continuar adiante.

J: O que isso significa?

H: Porque a mãe da minha tia também havia firmado um acordo com os


extraterrestres. Ela, a minha tia era parte desse… ela firmou esse acordo.

J: De que você está ciente?

H: Ela sabe que não tinha escolha. Ela podia ter refutado o acordo, mas não
tinha escolha.

J: O que você quer dizer com: “ela podia ter refutado o acordo, mas não
tinha escolha?”

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H: Ela podia ter dito não, mas estava com medo. Então, ela justamente
firmou o acordo.

J: E você firmou um acordo?

H: Sim, porque eu era parte do acordo de minha tia, mas ela não podia
conceber qualquer outra criança.

J: Você está dizendo, Helen, que o acordo de sua tia envolveu sua pessoa,
mas não em níveis de consciência espiritual, física ou mental; então, você
firmou um acordo para estar tomando parte nisto?

H: Isso é o que estou dizendo. Acho que não esclareci o acordo muito bem,
quando os extraterrestres me perguntaram se eu queria ter um bebê. Eu
disse que era muito jovem. Não posso ter um bebê. Eu deveria ter dito, não,
não quero ter um bebê, talvez, eles tivessem compreendido. Como não falei
isso dessa forma, então eu acho que concordei.

J: Helen, quem foi que lhe perguntou, se você queria ter um bebê?

H: Não era alguma coisa que eu pudesse enxergar, aquilo não era uma
forma, era como uma presença que eu podia sentir.

J: Quero que você esteja nesse contato agora, sentindo essa presença.
Preciso que você olhe para a luz azul, que veja e sinta essa presença, quero
que você esteja ciente de quem ou o que é isso, que está se comunicando
com você.

H: Oh, minha cabeça dói, a luz… a luz é… eu não posso enxergar


ninguém, não há forma… esse objeto é justamente essa luz.

J: Adentre na luz...

H: Não sinto… nem ouço qualquer coisa. Eu sei exatamente o que está
saindo dessa luz, mas não ouço essa coisa.

J: Helen, não é necessário que você ouça isso. Como você sabe disso?

H: Isto é posto dentro da minha mente!

J: À medida que você for tomando conhecimento disso, quero que


questione… “o que é isto ou quem é que está me passando esta informação
por meio da luz?” “O que é esta luz e quem está me passando esta

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informação?”

H: Hum…

J: Sinta-se na sua presença.

H: Eles querem que eu me sinta quente e confortável, e aceite o que eles


sugerem e querem. Mas, eu não posso enxergá-los e eles não dizem quem
são.

J: Quero que você pergunte. Preciso que se concentre, faça contato e


pergunte a eles, quem são… Helen, você pode fazer isso.

H: Eles não querem me dizer de onde vêm, mas não são da Terra.

J: Helen, eles tem um nome?

H: Eles não me dizem o nome. Dizem, que eu ainda não compreenderia.

J: A luz ou a energia destes seres a apalpou de algum modo?

H: Sim. A luz azul me apalpou.

J: Onde essa luz azul a apalpou?

H: Na minha mão.

J: O que você sentiu quando essa luz a tocou?

H: Algo latejante e quente, mas essa luz não me feriu.

J: Helen, eu quero que você sinta essa luz azul agora. Quero que
experimente a luz apalpando sua mão. Você está nesse contato, revivendo-
o no momento que aconteceu. Quero que você esteja ciente do que está
acontecendo, ao toque da luz. Preciso que esteja ciente do ambiente ao seu
redor e me diga onde você está. O que você enxerga ao seu redor, além da
luz?

H: Eu estava nesse lugar especial, aonde sempre ia quando queria estar


solitária.

J: Que lugar era esse?

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H: Não muito distante da minha casa, na floresta.

J: Nessa época particular, quando você foi apalpada pela luz e indagada se
você queria dar à luz a um bebê, você tinha que idade?

H: Acho que uns onze ou doze anos de idade… onze anos de idade.

J: Quantas vezes você observou essa luz brilhante, nesse lugar?

H: Não sei... cinco ou seis vezes, talvez sete.

J: Quero que você retroaja e se deixe ir para a memória mais recente que
você tem da luz azul. Quando você estiver fazendo isso, quero que se sinta
mais jovem..., sinta seu corpo para que eu possa saber quão grande você é,
quão velha você é… me fale sobre esse grande contato inicial.

H: Eu tinha oito anos de idade. Essa foi a primeira vez, que eu enxerguei a
luz azul. A outra vez, quando eles me perguntaram sobre o bebê, eu era
mais velha.

J: O que aconteceu na primeira vez, que você avistou a luz? Essa luz lhe
tocou?

H: Não, essa luz não se aproximou de mim sobremaneira. Eu pude


enxergá-la a curta distância. A luz assentou no solo, mas não se elevou.
Essa luz estava um pouco soerguida do chão, justamente acima do solo.
Não era muito grande. Olhei para a luz, mas não me amedrontei. Eu
deveria ter me atemorizado, já que nunca havia enxergado essa luz.

J: Diga-me, quando foi a última vez que você avistou a luz azul?

H: Não posso lembrar. Acho que eu não contemplei essa luz antes. Eu
continuo enxergando essa luz…

J: O que você quer dizer, é que continua enxergando essa luz?

H: Esta luz não pode ser a mesma. Tem a mesma cor, parece a mesma e a
sensação é a mesma.

J: Onde você está avistando essa luz?

H: Bem, antes de eu dar à luz a Carl, disseram-me que havia morrido, que

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me trouxeram de volta. No momento em que estava desencarnando, eu
enxerguei a luz e esse objeto me pareceu o mesmo… quente, bonito. Essa
luz quis me impelir, mas eu não deveria ir.

J: O que você quer dizer: você morreu e eles a trouxeram de volta?

H: Eu sofri um ataque de eclampsia, estava realmente muito mal e não me


importava se ficaria viva ou morreria. Eu havia sofrido tanto e estava tão
mal no hospital, que eles estavam fazendo tudo o que podiam para me
manter viva, mas acho que cansei de lutar. Eu desisti por um minuto. Eu
deveria ter dado à luz àquele bebê mais cedo, simplesmente não parecia tê-
lo. Eu tive esse problema e finalmente desisti. Teria sido tão fácil
simplesmente ir, ir com a luz, no entanto ainda não estava pronta.

J: Você contou para alguém esse contato?

H: Oh, sim. Eu contei ao medico, ele falou que não comentasse sobre isso
com ninguém, porque achariam que sou maluca. Contei esse incidente para
a minha mãe, ela falou a mesma coisa. Meu marido não deu muita
importância, mas achou que eu estava maluca, também. Finalmente, não
falei desse contato para ninguém mais, porque todos eles julgariam que eu
enlouqueci. Mas, eu não estava maluca. O contato aconteceu e essa era a
mesma luz.

J: O que você acha que a luz realizou naquele momento? Porque essa luz
surgiu?

H: Porque eu precisei de alguma ajuda.

J: Essa luz a ajudou?

H: Essa luz me passou força, a fim de ultrapassar o que eu tinha de fazer.


Eu nem sabia o que era esse objeto luminoso.

J: Quão breve após esse contato o bebê nasceu?

H: Acho que em dois ou três dias. Eu convalesci e os médicos me deram


alta do hospital. Então, fui para casa.

J: Helen, o que você acha agora a respeito desse contato?

H: Que isso é uma coisa complicadíssima.

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18-07-99 - Regressão

J: Quando você observa a luz surgindo, ocorre alguma coisa diferente?


Acontece algo importante, após você ter visto luz azul?

H: Sim, sempre. Mas, esse contato nem sempre ter a ver com o projeto,
como o período em que eu enxerguei essa luz, antes de conhecer você.
Bem, você está envolvida no projeto agora; não no projeto em si, mas está
envolvida no meu projeto.

J: O qual também é parte do…

H: Este projeto também é parte do outro… isto foi como um sinal para que
eu não ficasse com medo ou apreensiva.

J: Além de ser importante você tomar conhecimento sobre o projeto, a luz


azul também é uma fonte de conforto e confiança para você?

H: Oh, sim… sempre.

J: Então, essa luz é um dom que lhe permite saber, que você está orientada
e bem auxiliada. Helen, eu quero que você estire sua mão e toque a luz
azul. Deixe-a ficar ali. Estenda sua mão e toque a luz, já que eu quero que
você retroaja no tempo, não para frente, mas de volta no tempo. Então,
deixe-se estirar a mão e tocar a luz azul. Deixe-me saber, quando você está
apalpando a luz.

H: Hum…

J: Bom. Deixe-se envolver completamente por essa luz azul. Sinta seu
corpo inteiro, envolvido nessa luz. Sinta a sensação admirável de bem
estar, de maravilhosa cura, que acontece em cada célula do seu corpo, sua
mente e seu espírito. Agora, Helen, eu quero que você fique totalmente
engajada nessa escolha, plenamente ciente do que está acontecendo e me
diga… o que você está fazendo e sentindo…

H: Estou no interior da luz, a luz está toda ao redor, ela está na frente… a
luz está toda ao meu redor, mas a minha luz é diferente. Estou… estou
ciente de que… eu tenho uma chance…

J: Que chance é essa?

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H: Será um momento difícil. Eu posso ser parte da consciência. Mas não
estou certa, do significado disso.

J: Helen, permita-se partir para o interior desse lugar, para que tome ciência
do que isso significa. Profundo... Profundo... Retorne para a grande fonte
do ser, que você tem levado consigo desde o início, desde o primeiro
contato, deixe-se tomar consciência disso totalmente… o que é essa
consciência, e qual é a sua chance de ser uma parte disto.

H: Eles dizem que eu poderia ser uma instrutora, não sei o que isso
significa. Porém, não sou uma professora. Achei que isso significasse o que
era um professor. Mas, eu não sou pressionada…

J: Helen, rume para seu lugar particular de compromisso e consciência. O


que é que você escolhe realizar?

H: Escolho ser uma instrutora. Eu faço esse trabalho de um modo diferente.

J: Helen, qual é esse modo?

H: Eu escolho ser parte desse projeto.

J: Helen, por qual motivo você escolhe tomar parte nesse projeto?

H: Porque… pessoas precisam saber.

J: O que as pessoas precisam saber?

H: Que a humanidade não é a única civilização ou universo. Que existem


outras formas de realizar as coisas, para ser…

J: Helen, o que é essa coisa que estão lhe passando, a fim de ajudá-la a
executar esse compromisso, que você pactuou?

H: Força, eu recebo força. Sei que esse trabalho é realmente difícil, às


vezes, até para fazer algumas escolhas rudes, mas eu tenho a força para
fazê-lo agora… com a luz agora.

J: Helen, quando você foi inicialmente entregue à luz azul?

H: Lembro-me da primeira vez que ocorreu esse contato, eu tinha nove ou


dez anos de idade. Recordo antes… quando eu prestei compromisso.

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Quando eu era mais velha, o contato ocorreu aos nove ou dez anos de
idade, mas eu não prestei compromisso. Porque esse compromisso já estava
firmado.

J: Helen, que significa esse pacto?

H: Que eu prestei compromisso antes de nascer, isto é, eu mesma tinha de


prestá-lo, ninguém mais poderia fazê-lo por mim.

J: Helen, eu quero que você pergunte para a luz azul, questione essa luz,
quando ela inicialmente adentrou na sua vida, sem se importar em saber
quando ocorreu esse contato.

H: Esse contato ocorreu quando os seres extraterrestres tomaram o óvulo da


minha mãe verdadeira… fizeram alguma coisa… essa intervenção me
marcou… eles fizeram alguma coisa comigo. Eu fui gerada no útero da
pessoa que eu achei ser a minha mãe. Mas isso não me atormentou por
muito tempo, porque a luz brilhante estava naquele lugar… mas essa luz
assomou à minha… Oh… estou tão confusa…

J: Continue concentrada na luz, essa luz a deixará tomar conhecimento.


Torne-se una com a luz.

H: Minha tia era a minha mãe real. Acho que, de algum modo, a luz… a luz
permaneceu comigo… quando eu rumei para o interior da… eles estão me
carregando, mas, agora, não lembro da luz até estar mais amadurecida…
talvez, não precisasse lembrar desse contato… até então.

SÍMBOLOS

A insígnia triangular, com três linhas horizontais, verificada nos vasilhames


de comida, jarras d’água e nas placas dos carros era um logotipo real que
urgia uma investigação complementar. Pesquisando dezesseis fontes
literárias, sobre símbolos, abrangendo desde dicionários de símbolos,
hieróglifos, astrologia, misticismo, mitologia e até simbolismo Chinês, um
pesquisador nada encontrou de definitivo. Um livro sobre placas de carros
na Califórnia nada proveu. Uma pesquisa na internet no site
www.symbols.com nos deu alguma esperança, mas isso não foi uma
comparação exata. Contatando uma pessoa que constrói sites na internet,
tal como esse site com busca, Carl Liungman, o autor de “O Dicionário de
Símbolos” nos respondeu e passou algumas dicas sobre como proceder.
“Meu conselho é que vocês estudem o triângulo e os ideogramas com

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linhas estilizadas nas suas subestruturas e vejam quais pistas eles talvez
lhes forneçam”.

Os símbolos e os ideogramas foram descobertos nesse site, combinados


para formar o logotipo que Helen desenhou. O significado resultante dessa
combinação foi de certa forma revelador.

Um triângulo pode simbolizar poder, perigo, Deus, a Trindade Sagrada e o


fogo. Símbolos podem ter significados opostos, nesse caso, segurança e
sucesso.

Um triângulo com uma linha rotulada é o sinal mais comum para o


elemento ar.

Um triângulo com duas linhas impressas é o sinal alquimista para mistura.

O ideograma significa similaridade em uma dimensão. Mas,

significa identidade, uma similaridade tão forte, que não há


diferença real.

É perfeitamente lógico que o tem sido usado na meteorologia, a fim de


indicar névoa, por exemplo; uma condição atmosférica, onde tudo é
idêntico.

A combinação destes símbolos apresenta um símbolo que poderia ter o


mesmo significado, dando a entender uma organização muito perigosa,
tendo poderes divinos com aqueles poderes, sendo uma parte identificada
tão fortemente, que não existe diferença.

Poderia o símbolo contemplado na caixa de comida e vasilhames d’água de


Raechel, e nas placas do carro preto, simbolizar essa definição? Poderia ser
esse, o propósito do Projeto Humanização? Comparando-o com um projeto
lidando com a manipulação genética da raça humana, talvez seja
considerado como tendo poderes Divinos. Seus intuitos finais parecem ser
a miscigenação de duas raças, engendrando uma nova raça que é idêntica,
sem distinções aparentes. O símbolo invertido presume-se verdadeiro
também e poderia simbolizar “segurança” para a raça extraterrestre,
“sucesso” para o projeto.

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Amigo de Marisa e seu antigo companheiro de quarto

“Eu conversei com Marisa a respeito de Raechel, no primeiro mês, após ela
deixar definitivamente o apartamento. Ambos tivemos uma pequena
“conversa de garotos”; lembro-me de estar sentado nos degraus da escada
da parte de fora do apartamento, nervoso e dando gargalhadas sobre esse
caso estranho. Estávamos assustados, mas tratamos esse assunto como
sobrenatural.”

09-01-98 - Entrevista com o irmão de Marisa chamado Carl

Jean (J): Marisa recuperou um pouco de sua visão?

Carl (C): Ela recuperou sua visão toda novamente. Teve uma hemorragia
na parte de trás dos olhos, que a deixou cega, mas antes de morrer, ela pôde
enxergar.

J: Você tem alguma idéia de quando a visão de Marisa começou a voltar,


no período dos idos de 1972?

C: A visão dela melhorou após esse ano. Foi uma surpresa para mim. Nesse
dia, eu estava no trabalho, nessa época ela ainda era cega, então, a próxima
coisa que eu tomei conhecimento foi de que ela estava enxergando
novamente.

J: E... inesperadamente, ela não estava mais completamente cega?

C: Eu nunca imaginei que ela recuperasse sua visão completamente dessa


forma. Sua visão melhorou desse jeito, não melhorou?

*Marisa morreu em 7 de Dezembro de 1990, vítima de arritmia cardíaca.

Contato com Marisa, Raechel e o Coronel

Foi discutido contatar Marisa, Raechel e o coronel, diretamente através de


hipnose. Foi decidido, que não se perderia nada, possivelmente algumas
interessantes novas idéias ou pistas a serem conhecidas. Tentando
estabelecer contato fisicamente pareceu um pouco extremo. Contudo, June,
com a permissão de Helen, concordou em ver se poderia obter informações
adicionais.

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Nenhum de nós três tentou entrar em contato com Marisa, Raechel ou o
coronel, que se expressariam por meio da voz de Helen. Mas, eles
concordaram em se comunicar através de respostas ideomotoras, usando o
movimento dos dedos de Helen. De forma frustrante, isso limitou as
perguntas para sim, não e eu não sei.

Marisa

Marisa tem tentado contatar sua mãe através de vários incidentes incomuns,
que aconteceram com Helen.

Marisa confirmou a informação de que ela era uma híbrida; deu-se conta
disso quando era criança. No começo, ela não se deu conta de que Raechel
era uma híbrida, mas, dentro de pouco tempo ela veio a compreender que
elas estavam ligadas geneticamente.

Ela ainda está em contato com Raechel, que morreu brevemente após
deixar a universidade, mas não por causas naturais. Ela foi assassinada por
membros militares ou governamentais. O coronel, que ainda está vivo,
soube que isso aconteceria e concordou que essa ação precisava ser levada
a cabo. Mas, ele não participou diretamente da execução do assassinato de
Raechel.

Marisa ressaltou, que poderia se comunicar através dos olhos. Os pássaros


incomuns visitando Helen estão tentando comunicar-se com ela através dos
olhos. Ela disse, que Helen tem mais informações na sua mente
subconsciente, mas ainda não é capaz de se lembrar dos contatos.

Marisa nos garantiu, que ela tinha morrido de causas naturais.

Ela salientou, que tem sido advertida para não passar informações
adicionais sobre o coronel. Ela acredita, que ela e outros, incluindo Helen,
estariam em perigo se revelassem essa informação. Marisa entrará em
contato com sua mãe quando achar seguro falar mais sobre o coronel. Ela
quis que continuássemos a investigar o caso; julga que os resultados de
nossa investigação serão de uso positivo para o mundo.

Marisa ressalta que tem mais informações sobre o projeto Humanização,


mas não pode falar agora.

Raechel

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Raechel confirmou que tinha sido removida do corpo de Helen, nutrida
como um embrião no interior de grandes tanques. O coronel era seu pai,
mas ele não se deu conta disso inicialmente.

Ele decidiu tomar conta de Raechel, porque ela contou que ele era seu pai
através dos olhos.

O coronel transmitiu muitas informações sobre a base Fours Courners para


Helen através dos olhos.

Raechel falou que o coronel ainda está vivo e que esteve envolvido no seu
assassinato, mas não foi o responsável pela sua morte. Ela tinha sido morta
aproximadamente dois anos após deixar o apartamento, já que foi
considerada uma ameaça ao projeto.

Raechel confirma, que tem tentado se comunicar com Helen através das
águias. Que no momento em que Helen se recusou a tomar conta dos bebês
nos canastréis, lhe foi passada a missão de tornar público as informações
sobre o projeto Humanização. O coronel ainda participa desse projeto e
continua trabalhando na instalação subterrânea. Atualmente, não é seguro
para Helen tomar ciência de informações adicionais sobre o projeto
Humanização.

Outros membros da família de Helen estão envolvidos no projeto. Contudo,


o namoro entre Raechel e Carl não envolveu nenhum ato sexual. A
inabilidade de Carl para lembrar-se da maior parte do namoro se deve ao
fato dele ter sido conduzido para algum lugar ou passado alguma
informação, que se tornou importante para ele esquecer do encontro à noite.

Raechel era criada como uma híbrida na Terra, foi incubada em uma
espaçonave. A nave deixou a Terra, retornou e ela deparou-se com o
coronel. No entanto, Helen e o Coronel são completamente humanos.

Agora, nós investigaremos as circunstâncias da morte de Raechel através


de uma regressão hipnótica com Helen.

17-07-99 - Regressão

Durante a regressão, toma-se conhecimento de que Raechel não está mais


viva. Que morreu em um suposto acidente.

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J: O que você quer dizer em um suposto acidente?

H: Ela caiu em algum lugar... Caiu nas escadas do apartamento. Ela não
caiu, foi empurrada. Não morreu na hora, estava morta quando a
encontraram.

J: Por que ela foi morta?

H: Não me informaram isso... Exceto que ela lamentou muito.

J: Ela lamentou muito? O que você quer dizer?

H: Ela lamentou muito ter se preocupado comigo e com Marisa.


Permitiram-lhe ir somente até aqui. Ela passou do ponto. Esse não era o
momento disso acontecer.

J: O que eles temiam que acontecesse e porque ela lamentou muito?

H: Eles não me informam o motivo.

O Coronel

O coronel não quer que seu verdadeiro nome seja revelado nesse momento.
Acha que seria um perigo para Helen obter essa informação. Ele ainda está
monitorando Helen através de outros membros do projeto. Está ciente do
contato de Raechel e Marisa com Helen, e ainda está em contato com
Raechel. Embora ainda não esteja trabalhando diretamente com os
militares; o projeto Humanização ainda prossegue.

Ele tinha sido ensinado a comunicar-se através dos olhos, pelos militares
que foram lecionados pelos híbridos e os ETs. Atualmente, pessoas ainda
estão aprendendo esse dom.

O coronel, não mais acredita que o projeto Humanização é para o bem da


humanidade, mas realmente um perigo. Ele acha, que se as informações
sobre o Projeto Humanização vierem a público, alguma coisa poderia ser
providenciada a fim de interromper o projeto. Ele ressaltou, que o projeto
está sendo usado de uma certa forma, que está tirando a superioridade da
espécie humana. Outros na arena militar, que são contra o projeto, estão
começando a falar. O coronel não acha que o acordo entre os extraterrestres
e o governo esteja sendo honrado, que ambos os lados não estão honrando

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o acordo.

Ele falou, que informações adicionais sobre o Projeto Humanização viriam


à luz, após o livro ser escrito.

Nada de concreto foi descoberto por meio das sessões de hipnose, que
pudessem ser pesquisadas além destas regressões. No entanto, o contato
com esses seres ou espíritos era interessante, mas não havia modo de
verificar se o contato era realmente realizado. Isso está incluído aqui, como
um esclarecimento. Então, espere e verá.

Epílogo

Após cinco anos de intensiva pesquisa, visitas à universidade, à biblioteca


do Estado, cidades natais, bases militares, incontáveis entrevistas,
regressões, pesquisando muitos livros e pesquisas na internet, todas as
direções tomadas na pesquisa foram exaustivas. Apesar do testemunho das
testemunhas atestando a existência de Raechel e o coronel, teoricamente,
eles não existiram.

Em total frustração, uma companhia de investigação particular veio a ser


contratada. O anúncio dessa firma dizia: “Não importa quem você esteja
procurando, nós podemos ajudá-lo a encontrá-los. Nosso extensivo banco
de dados de informação nos permite localizar pessoas perdidas. Diferente
de outros serviços que, simplesmente, fornecem uma lista de nomes, nós
realmente localizamos a pessoa que você está procurando”. Melhor ainda,
eles ofereciam uma garantia “Não encontramos - Não pague”.

Poucos dias depois, a companhia de investigação nos telefonou


comunicando: “Lamentamos, mas você deve ter passado um nome
incorreto ou, talvez, você escreveu esse nome de forma incorreta”.

Assegurando-lhes que o nome tinha sido escrito corretamente, eles


responderam: “Você está certa? Bem, você talvez esteja equivocada ou esse
nome é fictício. Não podemos encontrar ninguém com esse nome. Não nos
Estados Unidos”.

“Nós não pudemos encontrar ninguém com esse nome, tampouco”.

“Esse nome não é similar. Veja, nós temos uma extensiva base de dados e
fontes de recursos. Isso é o que temos disponível, nós encontramos pessoas.
Nunca na história de nossa companhia, nós terminamos uma pesquisa sem

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descobrir absolutamente nada.

Nisso, eles desligaram o telefone.

Lembramos, o que o prévio oficial de inteligência nos disse: “Realizando


pesquisa extensiva e nada descobrindo é uma resposta, também. Nunca
esqueça que, ‘não’ é uma resposta, também”.

A nossa investigação paralisou e decidimos continuar com o que tínhamos


descoberto, embora um pouco circunstancial em partes, factual em outros,
mas nós achamos que tínhamos constituído um caso convincente para a
validade da história de Helen.

Então, um dia, enquanto concluíamos a investigação, nós recebemos uma


carta de um departamento secreto da universidade em que as jovens
estudaram. A carta informava: “Esta é uma verificação oficial que Raechel
Nadien foi uma aluna de nossa universidade no semestre primaveril. Ela foi
autorizada a ausentar-se das aulas, naquela época”. O ano de presença
também estava registrado, estampado em relevo no papel de carta da
universidade. Uma prova real, finalmente.

Então, vários meses depois, nós entramos em contato com o departamento


que nos remeteu a nota, a fim de obter informações adicionais. A mulher
que havia assinado a carta foi transferida da universidade. E, até o ponto
em que a universidade estava preocupada, Raechel nunca freqüentou a
universidade.

Nos idos da década de 1970, quando Marisa e Raechel eram companheiras


de quarto, clonagem, fertilização artificial, manipulação de DNA, e
combinação de genes eram assuntos de conjectura irreal e ficção científica.
Nos dias atuais, eles são realidade de vida, e nós lutamos com assuntos de
ética e moral com respeito a esses avanços científicos.

Há trinta anos atrás, instalações militares subterrâneas secretas eram


histórias de fantasias de crendices exageradas. Nos dias atuais, fotografias
de satélites da Área 51 são comercializadas na internet. A revelação e a
subseqüente admissão do envolvimento governamental no caso Tuskegee, e
em outros experimentos sub-reptícios confirma a tese da não solicitada, não
almejada e não conhecida intervenção militar subversiva na vida dos
humanos, atualmente.

Dizem que os olhos são as janelas da alma. Os olhos de Raechel não são
somente as janelas da alma da humanidade, mas da alma universal.

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A história de Helen talvez seja a resposta, por que não contemplamos uma
espaçonave aterrissando em algum gramado de um líder mundial. Já
assumimos nosso lugar no cosmos e estamos de pé, lado a lado, olhando
para o céu irmanados. Raechel não é somente a irmã de Marisa, ela é a
nossa irmã, também. Nós somos eles, eles somos nós.

FIM

J.A

“We are not alone”


“We are not alone in the universe”

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