Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
O PR E SE N T E V O LU M E , O Q U A R T O D A C O LE Ç Ã O
T R A N SLE T R A S, R E Ú N E A R T I G O S D O I C O L Ó Q U IO M AC H AD O D E A SSI S,
L IT E R AT U R A & T R AD U Ç ÃO , Q U E A C O N T E C E U E M F O R T ALEZA,
E M A B R I L D E 2015. O E V E N T O F O I U M E M PR E E N D I M E NTO
C O N J U N T O D A PG E T / U F SC E D A PO E T / U F C , PR O G R AM AS
D E PÓ S- G R A D U A Ç Ã O E M E ST U D O S D A T R A D U Ç Ã O
COLEÇÃO
D A U N I V E R SI D A D E F E D E R A L D E SA N T A C A T A R I N A TRANSLETRAS
E D A U N I V E R SI D A D E F E D E R A L D O C E A R Á .
- VOLUME QUATRO
A p re se nte co le çã o , q ue
foi cri ada no in ício d e 2 0 1 6
pe l os organi za d o r e s L ua n a
Fe rre i ra d e Fr e it a s ,
M ari e -Hé l è ne Ca th e r in e
Torre s e Wal te r Ca r lo s
Costa, se cha m a
TransL e tras, e tr a ta d e Diretores e Organizadores da Coleção
pe sq ui sas sobr e L it e r a t ur a MARIE -HÉ LÈ NE CATHE RINE TORRE S
e Tradução – t r a d uçã o LUANA FE RRE IRA DE FRE ITAS
978-85-69643-06-7
l e mb rad a p e lo lo go t ip o d o WALTE R CARLOS COSTA
l e ão d e S ão Je r ô n im o .
© Substânsia, 2018
Revisão: Luana Ferreira de Freitas, Marie-Hélène Catherine Torres & Walter Carlos Costa
Capa:
Lily Oliveira
Tradução e interpretação. 2. Antologias. 3. Literatura – coletânea. I. Freitas, Luana Ferreira de. II.
Torres, MarieHélène Catherine. III. Costa, Walter Carlos. IV. Simpósio de Literatura Traduzida.
V. Título. CDD 418.02
volume quatro
Coleção
TransLetras
Machado de Assis, Literatura e Tradução
volume quatro
Coleção
TransLetras
Sumário
Estudos da Tradução
| 12
Machado de Assis, Literatura e Tradução
13 |
Coleção Transletras
| 14
Machado de Assis, Literatura e Tradução
15 |
Machado de Assis no século XXI:
indexação e hipertexto
Marta de Senna
Fundação Casa de Rui Barbosa / CNPq
| 18
Machado de Assis, Literatura e Tradução
19 |
Coleção Transletras
| 20
Machado de Assis, Literatura e Tradução
[…]
[…] tornando à ideia fixa, direi que é ela a que faz os varões fortes e
os doudos; a ideia móbil, vaga ou furta-cor é a que faz os Cláudios
– fórmula Suetônio. (Grifo meu.)
Ora, Virgília não é uma árvore, para ser “florida”. O que ela
é é “flórida”, adjetivo hoje em desuso entre nós, mas que na
poesia do século XIX não era incomum e cuja definição calha
com precisão ao contexto: “que se caracteriza pela beleza, pelo
requinte; brilhante, elegante”.6
Outra surpresa interessante me reservou o cotejo das duas
primeiras edições de Iaiá Garcia (1878 e 1899). A segunda
foi a última em vida do autor e por isso, com razão, é a que
serve de texto-fonte para todas as edições subsequentes. Mas é
curioso o procedimento de “expurgo” a que procede Machado
na segunda, em relação à primeira. Suprime passagens de gos-
21 |
Coleção Transletras
| 22
Machado de Assis, Literatura e Tradução
23 |
Coleção Transletras
não quer ser lobo…”, 1872, Jornal das Famílias, assinado por
J.J.; Jackson, volume Histórias românticas, 1937); ou quando,
pudicos, substituem palavras que, usuais nas melhores rodas
no século XIX, adquiriram um significado considerado tabu
na primeira metade do século XX. Deve-se também levar em
conta que, dada a precariedade da tipografia da época, mesmo
nas publicações originais o leitor depara erros frequentes,
alguns dos quais são facilmente detectáveis.
Começo por comentar uma passagem que demonstra como
um erro tipográfico, aliado à falta de fidelidade à publicação
original, pode levar à desinteligência do texto. No conto “Aires
e Vergueiro” (1871, Jornal das Famílias, assinado por J.J.), a
certa altura se diz que, de determinado casamento, “[foram]
padrinhos um deputado maiorista e um coronel do tempo
da revolução de Campos.” (Grifo meu.) No álbum Brasil pi-
toresco, publicação bilíngue de Charles Ribeyrolles, em cuja
tradução colaborou o jovem Machado,9 existe menção a uma
revolução popular em Campos dos Goitacazes, no ano de
1748, contra a jurisdição senhorial de Martim Correia de
Sá e Benevides, visconde de Asseca. Dizer, portanto, que o
coronel era “do tempo da revolução de Campos” seria uma
hipérbole visando ao cômico, porque quase cem anos haviam
transcorrido entre a dita revolução e o ano do casamento de
Carlota e Vergueiro (1840). Consultada a publicação original
do Jornal das Famílias, o que se lê é: “[foram] padrinhos um
deputado maiorista e um coronel do tempo da revolução de
campo.” (Grifo meu.) É de supor que se trate de erro tipográ-
fico, dada a imprecisão do conceito: afinal, o que seria uma
“revolução de campo”? Diante dessa imprecisão (respeitada,
| 24
Machado de Assis, Literatura e Tradução
25 |
Coleção Transletras
| 26
Machado de Assis, Literatura e Tradução
27 |
Coleção Transletras
| 28
Machado de Assis, Literatura e Tradução
29 |
Coleção Transletras
| 30
Machado de Assis, Literatura e Tradução
31 |
Coleção Transletras
| 32
Machado de Assis, Literatura e Tradução
33 |
Machado contista em antologias
em língua inglesa15
| 36
Machado de Assis, Literatura e Tradução
37 |
Coleção Transletras
| 38
Machado de Assis, Literatura e Tradução
39 |
Coleção Transletras
| 40
DEVIL’S
THE OXFORD A CHAPTER THE ALIENIST EX-CATHEDRA JOAQUIM MISS DOLLAR:
CHURCH A MACHADO MIDNIGHT
PSYCHIATRIST ANTHOLOGY OF HATS AND OTHER 2014 MARIA STORIES BY
BRAZILIAN AND OTHER DE ASSIS TALES OF MASS AND
AND OTHER OF THE AND OTHER STORIES OF Org. Glenn MACHADO MACHADO
TALES STORIES ANTHOLOGY OLD BRAZIL OTHER
STORIES BRAZILIAN STORIES 19th CENTURY Alan Cheney, DE ASSIS DE ASSIS
1921 1977 2011 2013 STORIES
CONTO 1963 SHORT STORY 2008 BRAZIL Luciana STORIES 2016
Org. e trad. de Org. e trad. Org. Rosalia Francis K. 2014
Org. William 2006 Org. e trad. de 2013 Tanure, 2014 Ed. Glenn
Isaac Goldberg Jack Schmitt Garcia e Johnson Org. Juan
Grossman e Org. K. David John Gledson Org. e trad. Rachel Kopit Org. e trad. Alan Cheney
e Lorie Ian Alexander LePuen
Helen Caldwell Jackson Chasteen Rhett McNeil Trad.
3 contos Ishimatsu 5 contos
20 contos 21 contos Greicy Pinto
inéditos 17 contos 4 inéditos 19 contos:
12 contos 10 contos 4 inéditos 8 contos 19 inéditos 14 contos Bellin e Ana
18 contos 6 inéditos 10 inéditos
inéditos 3 inéditos 1 inédito 2 inéditos Lessa-Schmidt
17 inéditos
Confissões
de uma viúva
moça; Frei
Contos
Simão;
Fluminenses
Miss Dollar;
(1870) Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Frei Simão Ø Miss Dollar Ø
A mulher
de preto;
7 contos: 4
Segredos de
Augusta
Histórias da
meia-noite O relógio O relógio
(1873) Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø de ouro; Ø de ouro;
Ponto de vista O parasita azul
6 contos: 2
DEVIL’S
THE OXFORD A CHAPTER THE ALIENIST EX-CATHEDRA JOAQUIM MISS DOLLAR:
CHURCH A MACHADO MIDNIGHT
PSYCHIATRIST ANTHOLOGY OF HATS AND OTHER 2014 MARIA STORIES BY
BRAZILIAN AND OTHER DE ASSIS TALES OF MASS AND
AND OTHER OF THE AND OTHER STORIES OF Org. Glenn MACHADO MACHADO
TALES STORIES ANTHOLOGY OLD BRAZIL OTHER
STORIES BRAZILIAN STORIES 19th CENTURY Alan Cheney, DE ASSIS DE ASSIS
1921 1977 2011 2013 STORIES
CONTO 1963 SHORT STORY 2008 BRAZIL Luciana STORIES 2016
Org. e trad. de Org. e trad. Org. Rosalia Francis K. 2014
Org. William 2006 Org. e trad. de 2013 Tanure, 2014 Ed. Glenn
Isaac Goldberg Jack Schmitt Garcia e Johnson Org. Juan
Grossman e Org. K. David John Gledson Org. e trad. Rachel Kopit Org. e trad. Alan Cheney
e Lorie Ian Alexander LePuen
Helen Caldwell Jackson Chasteen Rhett McNeil Trad.
3 contos Ishimatsu 5 contos
20 contos 21 contos Greicy Pinto
inéditos 17 contos 4 inéditos 19 contos:
12 contos 10 contos 4 inéditos 8 contos 19 inéditos 14 contos Bellin e Ana
18 contos 6 inéditos 10 inéditos
inéditos 3 inéditos 1 inédito 2 inéditos Lessa-Schmidt
17 inéditos
O Alienista;
Papéis avulsos Teoria do A chinela turca; O Alienista; O Alienista;
O empréstimo;
(1882) medalhão; Na arca; Na arca; Teoria do Na arca;
Ø Ø Ø Ø Uma visita de Ø Ø
O espelho; O espelho A sereníssima medalhão; Uma visita de
Alcebíades
12 contos: 9 Verba república O espelho Alcebíades
testamentária
Cantiga de
esponsais;
Uma senhora;
Singular
A igreja do Anedota
ocorrência;
diabo; pecuniária;
Capítulo dos Cantiga de
Singular Fulano;
Histórias sem Cantiga de chapéus; A igreja do Singular esponsais;
ocorrência; A segunda
data (1884) Noite de esponsais; Conto diabo; ocorrência; Cantiga de Uma senhora;
Ø Conto Ø vida; Ø
almirante; Academias alexandrino; Noite de Capítulo dos esponsais Ex-cathedra;
alexandrino; Manuscrito de
18 contos: 16 de Sião Primas de almirante chapéus Academias
Primas de um sacristão;
Sapucaia; de Sião
Sapucaia; Ex-cathedra;
Noite de
A segunda vida A senhora
almirante
do Galvão;
Academias
de Sião
DEVIL’S
THE OXFORD A CHAPTER THE ALIENIST EX-CATHEDRA JOAQUIM MISS DOLLAR:
CHURCH A MACHADO MIDNIGHT
PSYCHIATRIST ANTHOLOGY OF HATS AND OTHER 2014 MARIA STORIES BY
BRAZILIAN AND OTHER DE ASSIS TALES OF MASS AND
AND OTHER OF THE AND OTHER STORIES OF Org. Glenn MACHADO MACHADO
TALES STORIES ANTHOLOGY OLD BRAZIL OTHER
STORIES BRAZILIAN STORIES 19th CENTURY Alan Cheney, DE ASSIS DE ASSIS
1921 1977 2011 2013 STORIES
CONTO 1963 SHORT STORY 2008 BRAZIL Luciana STORIES 2016
Org. e trad. de Org. e trad. Org. Rosalia Francis K. 2014
Org. William 2006 Org. e trad. de 2013 Tanure, 2014 Ed. Glenn
Isaac Goldberg Jack Schmitt Garcia e Johnson Org. Juan
Grossman e Org. K. David John Gledson Org. e trad. Rachel Kopit Org. e trad. Alan Cheney
e Lorie Ian Alexander LePuen
Helen Caldwell Jackson Chasteen Rhett McNeil Trad.
3 contos Ishimatsu 5 contos
20 contos 21 contos Greicy Pinto
inéditos 17 contos 4 inéditos 19 contos:
12 contos 10 contos 4 inéditos 8 contos 19 inéditos 14 contos Bellin e Ana
18 contos 6 inéditos 10 inéditos
inéditos 3 inéditos 1 inédito 2 inéditos Lessa-Schmidt
17 inéditos
A cartomante;
Uns braços; A cartomante;
Um homem Uns braços; Uns braços;
Um homem A cartomante; Entre santos; Trio em lá
célebre; Um homem A causa
célebre; Uns braços; Trio em lá menor;
Várias histórias A desejada célebre; secreta;
A cartomante; Uns braços; Adão e Eva; A causa menor; O diplomático;
(1896) das gentes; A causa Trio em lá
O enfermeiro; A causa O enfermeiro; secreta; Ø O enfermeiro Viver!; Viver!; Ø
A causa secreta; menor;
Viver! secreta O diplomático; O enfermeiro; Cônego ou Cônego ou
16 contos: 16 secreta; O enfermeiro; O diplomático;
Mariana; Dona Paula; a metafísica a metafísica
O diplomático; Conto de Conto de
Dona Paula Viver! do estilo do estilo
Conto de escola; escola
escola; Um apólogo
Dona Paula
Páginas
O erradio;
recolhidas Eterno!; O caso da vara;
O caso da vara; O caso da vara; Lágrimas
(1899) Ø Ideias de Ø O dicionário; Ø Ø Missa do galo O dicionário Ø
Missa do galo Missa do galo de Xerxes;
canário Missa do galo
Papéis velhos
8 contos: 8
DEVIL’S
THE OXFORD A CHAPTER THE ALIENIST EX-CATHEDRA JOAQUIM MISS DOLLAR:
CHURCH A MACHADO MIDNIGHT
PSYCHIATRIST ANTHOLOGY OF HATS AND OTHER 2014 MARIA STORIES BY
BRAZILIAN AND OTHER DE ASSIS TALES OF MASS AND
AND OTHER OF THE AND OTHER STORIES OF Org. Glenn MACHADO MACHADO
TALES STORIES ANTHOLOGY OLD BRAZIL OTHER
STORIES BRAZILIAN STORIES 19th CENTURY Alan Cheney, DE ASSIS DE ASSIS
1921 1977 2011 2013 STORIES
CONTO 1963 SHORT STORY 2008 BRAZIL Luciana STORIES 2016
Org. e trad. de Org. e trad. Org. Rosalia Francis K. 2014
Org. William 2006 Org. e trad. de 2013 Tanure, 2014 Ed. Glenn
Isaac Goldberg Jack Schmitt Garcia e Johnson Org. Juan
Grossman e Org. K. David John Gledson Org. e trad. Rachel Kopit Org. e trad. Alan Cheney
e Lorie Ian Alexander LePuen
Helen Caldwell Jackson Chasteen Rhett McNeil Trad.
3 contos Ishimatsu 5 contos
20 contos 21 contos Greicy Pinto
inéditos 17 contos 4 inéditos 19 contos:
12 contos 10 contos 4 inéditos 8 contos 19 inéditos 14 contos Bellin e Ana
18 contos 6 inéditos 10 inéditos
inéditos 3 inéditos 1 inédito 2 inéditos Lessa-Schmidt
17 inéditos
Marcha
Relíquias de Maria Cora;
fúnebre; Pai contra mãe;
casa velha Um capitão de
Pai contra mãe; Suje-se, gordo!; Pai contra mãe; Evolução;
(1906) Ø Ø Pai contra mãe Ø voluntários; Umas férias Ø Ø
Umas férias Evolução; Suje-se, gordo! Pílades e
Anedota do
Pílades e Orestes
9 contos: 9 cabriolet
Orestes
Capitão
Mendonça;
O machete;
A mulher
Capitão O imortal; O carro no 13;
Vinte anos! pálida;
Um esqueleto; Mendonça; Viagem à Três
Contos avulsos Ø Jogo do bicho Mariana Ø Ø Vinte anos!; Ø Trina e uma;
Terpsícore O caso Barreto; roda de mim consequências;
Terpsícore Uma partida;
A vida eterna mesmo Só
Flor anônima;
Um incêndio;
O escrivão
Coimbra
Machado de Assis, Literatura e Tradução
45 |
Coleção Transletras
| 46
Machado de Assis, Literatura e Tradução
47 |
Coleção Transletras
| 48
Machado de Assis, Literatura e Tradução
49 |
Coleção Transletras
| 50
Machado de Assis, Literatura e Tradução
51 |
Coleção Transletras
| 52
Machado de Assis, Literatura e Tradução
Referências
ASSIS, Machado de. The Alienist. Trad. Alfred Mac Adam. Ilust. Carroll
Dunham. San Francisco: Arion Press, 1998.
______. The Alienist. Trad. William L. Grossman. New York: Melville
House, 2012.
______. “The Attendant’s Confession”. Trad. Isaac Goldbeg. In: Stratford
Journal 1, pp. 6-16, 1917.
______. “The Cane”. Trad. John Gledson. In: Machado de Assis Magazine,
v. 1, 2012.
______. “The Devil’s Church”. Trad. Neil Miller. Ilust. Samuel Muschkin.
In: Américas, v. 8-9, 1973.
______. “The Devil’s Church”. Trad. Neil Miller. In: Latin American
Library Review, v. 1, n. 2, 1973.
______. “A Fable”. Trad. Neil Miller. In: Pacific Moana Quarterly, v.
3-4, 1978.
______. “The Immortal”. Trad. Alfred Mac Adam. In: The Hudson
Review, v. 61, n. 4. 2009.
______. “Life”. Trad. Isaac Goldberg. In: Stratford Journal 5.3, pp. 119-
129, 1919.
_____. Miss Dollar: Stories by Machado de Assis. Edição bilíngue. Org.
de Glenn Alan Cheney. Trad. de Greicy P. Bellin e Ana Lessa-Schmidt.
Hanover: New London Librarium, 2016.
______. “The Old Senate”. Trad. Anthony Doyle. In: Estudos Avançados
23, n. 67, 2009.
______. “A Short Story”. Trad. Alfred Mac Adam. In: Literature and
Arts of the Americas, v. 19, n. 36, 1986.
BROWN, Marshall. The Longman Anthology of World Literature –
Volume E, the nineteenth century. New York: Pearson-Longman, 2004.
53 |
Coleção Transletras
| 54
Machado de Assis para o francês: Memórias
Marie-Hélène Torres
PGET / UFSC; POET / UFC; CNPq
1. Ambiguidade do aparato
paratextual em Memórias
póstumas de Brás Cubas
| 56
Machado de Assis, Literatura e Tradução
57 |
Coleção Transletras
| 58
Machado de Assis, Literatura e Tradução
59 |
Coleção Transletras
| 60
Machado de Assis, Literatura e Tradução
61 |
Coleção Transletras
| 62
Machado de Assis, Literatura e Tradução
32 “l’une des vies d’hommes de lettres les plus singulières et les moins
connus des Français”
33 2010, p. 234.
63 |
Coleção Transletras
1944 1989
“Notre maître s’appelait Ludgero;
“Notre maître s’appelait Ludgero;
mais je tiens à donner ici son nom
mais je tiens à donner ici son nom
complet: Ludgero Barata – un
complet: Ludgero Cafard –un
nom funeste, éternel sujet de
nom funeste, éternel sujet de
plaisanterie pour les enfants”1.
plaisanterie pour les enfants”.
(CHAP. XIII)
[sem nota]
1
Barata: cancrelat.
| 64
Machado de Assis, Literatura e Tradução
65 |
Coleção Transletras
| 66
Machado de Assis, Literatura e Tradução
67 |
Coleção Transletras
Chap. XXVII
à son gré la réalité,
n’écris pas un roman où o autor sobredoura
fermant les yeux sur les
l’auteur dore la réalité a realidade e fecha
boutons et les taches
et ferme les yeux aux os olhos às sardas
de rousseur; mais je
taches de rousseur et e espinhas; mas
ne prétends pas non
autres: ce qui ne veut também não digo
plus, notez-le bien, que
pas dire qu’elle en que lhe maculasse o
son visage fût ainsi
eût au visage, non.” rosto nenhuma sarda
déparé par quelque
ou espinha, não.”
bouton ou quelque
tache de rousseur.”
| 68
Machado de Assis, Literatura e Tradução
69 |
Coleção Transletras
Bibliografia
| 70
“Habitar a língua do outro é acolher a
palavra do estrangeiro”: a tradução de
Memorial de Aires para o alemão
Mayara R. Guimarães
UFPA
| 72
Machado de Assis, Literatura e Tradução
73 |
Coleção Transletras
| 74
Machado de Assis, Literatura e Tradução
75 |
Coleção Transletras
| 76
Machado de Assis, Literatura e Tradução
77 |
Coleção Transletras
| 78
Machado de Assis, Literatura e Tradução
E no alemão:
Es scheint, daß Fidélia jemanden gebissen hat, so Ritas
eigene Worte.
»Gebissen?«, fragte ich begriffsstutzig.
»Jawohl, es gibt einen, der von ihr gebissen ist.«
»Davon wird es wohl viele geben«, entgegnete ich.
79 |
Coleção Transletras
Sie hatte keine Zeit, mir noch etwas zu sagen, bestieg die anru-
ckende Tram, drückte mir lächelnd die Hand und sagte mir mit
den Fingern auf Wiedersehen. (ASSIS, 2009, p. 52)
| 80
Machado de Assis, Literatura e Tradução
E:
Es war falsch, gestern hier nicht festzuhalten, was ich aus
Flamengo mitgebracht habe. Ich glaube, Tristão ist in Fidélia
verliebt. In meiner Jugendzeit sagte man gebissen; das war kraft-vol-
ler, wenn auch weniger stilvoll, und hatte nicht die Vergeistigung
des anderen, klassischen Ausdrucks. Liebeleiklingt banal,
da denkt man an das Treiben von Müßiggängern oder Lüstlingen,
aber verliebtklingt hübsch. Das Fähnlein der Verliebten, das
waren jene Ritter, die aus Liebe zu ihrer Dame in den Kampf
zogen… O Zeiten! (ASSIS, 2009, p. 140)
81 |
Coleção Transletras
21 de agosto
(…) A expansão com que D. Cesária falou a Fidélia e lhe deu o
beijo da entrada compensou, a meu ver, o dente que lhe meteu há
dias em casa do corretor Miranda. Daquela vez, apesar da graça
com que falou, não gostei de a ver morder a viúva; agora tudo
está pago. (ASSIS, 1994, p. 49)
| 82
Machado de Assis, Literatura e Tradução
83 |
Coleção Transletras
Referências Bibliográficas
| 84
Machado de Assis Contista: do
Cotidiano ao Universal
Amina Di Munno37
Università di Genova
“La desiderata da tutti”, “Un uomo celebre”, “Il caso della bac-
chetta”, “Messa di Natale”, “Padre contro madre” e “Lo scrivano
Coimbra”. Após vinte e cinco anos da publicação, a releitura
desses contos oferece novas revelações das feições do mundo
machadiano. Um mundo que abrange a história, a sociedade,
a geografia relativa à Corte e aos arredores do Rio de Janeiro:
Itaguaí, Paquetá, Mangaratiba, Catumbi e outros, a humani-
dade masculina e feminina com os traços psicológicos que a
caracterizam. Algumas das opiniões da crítica machadiana
também alteraram em parte o próprio rumo a respeito do
empenho social e político do autor do Dom Casmurro. O leitor
encontra-se frente a dúvidas, paradoxos, episódios cifrados.
Os contos ampliam o leque de temas machadianos e a escala
de mensagens alusivas, elípticas e subliminares.
Apesar de mencionar muitas datas, Machado, intencional-
mente, indicou como histórias sem data seu livro de contos,
por tratar-se de narrações de todos os tempos, com perso-
nagens que, por seus sentimentos, preocupações, ambições
e atitudes, pertencem a um lugar geográfico sem fronteiras e
fora de limites temporais.
Machado foi um leitor incansável, adquiriu com o passar dos
anos uma cultura imensa. Como narrador recebeu influências,
mas na narrativa, como em todas as artes, quanto maiores
forem as influências, maiores serão as possibilidades de que
o estilo se torne original. E quanto à originalidade, o autor de
Memórias Póstumas de Brás Cubas é um dos maiores mestres
da literatura brasileira. Para Afrânio Coutinho, foi nos contos
que Machado experimentou formas novas de escrita. Eles
foram “o laboratório mais fecundo de suas experimentações”.38
| 86
Machado de Assis, Literatura e Tradução
87 |
Coleção Transletras
| 88
Machado de Assis, Literatura e Tradução
89 |
Coleção Transletras
| 90
Machado de Assis, Literatura e Tradução
91 |
Coleção Transletras
| 92
Machado de Assis, Literatura e Tradução
93 |
Coleção Transletras
| 94
Machado de Assis, Literatura e Tradução
95 |
Coleção Transletras
| 96
Machado de Assis, Literatura e Tradução
97 |
Coleção Transletras
| 98
Machado de Assis, Literatura e Tradução
99 |
Coleção Transletras
| 100
Machado de Assis, Literatura e Tradução
101 |
Coleção Transletras
| 102
Machado de Assis em esperanto
| 104
Machado de Assis, Literatura e Tradução
105 |
Coleção Transletras
| 106
Machado de Assis, Literatura e Tradução
107 |
Coleção Transletras
| 108
Machado de Assis, Literatura e Tradução
109 |
Coleção Transletras
78 “(…) la frazo poezio estas netradukebla estas unu el tiuj tro oftaj kliŝoj,
kiuj ne signifas tion, kio supraĵe ŝajnas, sed kiujn oni citadas kvazaŭ
tiun signifon ili fakte havus.” (Tradução do articulista.)
79 “ĝia fleksebleco, ĝia semantika ekzakteco en kombino kun subtileco
de vortkonstruado, ĝia adaptebleco al diversaj ritmoj kaj ĝia riĉeco je
rimoj (…).” (Tradução do articulista.)
80 “Sed mi devas mencii la plej gravan el ili, en la kunteksto de kiu mi
ekiris: malsimile al preskaŭ ĉiuj tradukoj el unu nacilingvo en alian,
| 110
Machado de Assis, Literatura e Tradução
c. Os arcaísmos
d. Os jogos de palavra
e. As fraseologias
f. Fidelidade às formas 81
111 |
Coleção Transletras
| 112
Machado de Assis, Literatura e Tradução
113 |
Coleção Transletras
| 114
Machado de Assis, Literatura e Tradução
115 |
Coleção Transletras
| 116
Machado de Assis, Literatura e Tradução
117 |
Coleção Transletras
Referências
| 118
Machado de Assis, Literatura e Tradução
Referências de Machado
de Assis em esperanto
119 |
Três faces da crítica nacionalista
de Machado de Assis
Eduardo Luz
Universidade Federal do Ceará
| 122
Machado de Assis, Literatura e Tradução
123 |
Coleção Transletras
| 124
Machado de Assis, Literatura e Tradução
125 |
Coleção Transletras
| 126
Machado de Assis, Literatura e Tradução
127 |
Coleção Transletras
| 128
Machado de Assis, Literatura e Tradução
129 |
Coleção Transletras
| 130
Machado de Assis, Literatura e Tradução
131 |
Coleção Transletras
| 132
Machado de Assis, Literatura e Tradução
133 |
Coleção Transletras
Referências Bibliográficas
| 134
Roberto Schwarz e Abel Barros Baptista:
a competição das leituras machadianas
Marcelo Brice
Universidade Federal do Tocantins
| 136
Machado de Assis, Literatura e Tradução
137 |
Coleção Transletras
| 138
Machado de Assis, Literatura e Tradução
139 |
Coleção Transletras
| 140
Machado de Assis, Literatura e Tradução
141 |
Coleção Transletras
| 142
Machado de Assis, Literatura e Tradução
II
143 |
Coleção Transletras
| 144
Machado de Assis, Literatura e Tradução
145 |
Coleção Transletras
104 Essa questão pode ser percebida no tratamento que Ronaldes de Melo
e Souza dá às características que esse narrador ressalta. Por exem-
plo, em O Romance tragicômico de Machado de Assis, Rio de Janeiro,
EdUERJ, e também “Machado de Assis uma revisão”, In-Fólio, Rio de
Janeiro, 1998.
105 Como apresentado no prefácio de A narrativa de Arthur Gordon
Pym, Edgar Allan Poe, e explicitado por Abel Baptista; observamos
que situação desse porte é delineada em A utopia, de Thomas Morus,
mas ainda com a narrativa conduzida por quem escuta a história.
106 Importante reparar que o próprio Abel sofre disso, ao reclamar um
Machado de Assis específico, o que é razoável, e de algum modo, se
mostra, também, tautológico, mas não teleológico, por haver certa
implosão dessa estrutura de argumento, como numa reivindicação
por olhar Machado de Assis por outra via.
| 146
Machado de Assis, Literatura e Tradução
147 |
Coleção Transletras
| 148
Machado de Assis, Literatura e Tradução
149 |
Coleção Transletras
| 150
Machado de Assis, Literatura e Tradução
Bibliografia Citada
151 |
O belo e terrível mundo de Brás Cubas
e a impossibilidade da morte
| 154
Machado de Assis, Literatura e Tradução
155 |
Coleção Transletras
| 156
Machado de Assis, Literatura e Tradução
157 |
Coleção Transletras
| 158
Machado de Assis, Literatura e Tradução
159 |
Coleção Transletras
| 160
Machado de Assis, Literatura e Tradução
161 |
Coleção Transletras
| 162
Machado de Assis, Literatura e Tradução
163 |
Coleção Transletras
| 164
Machado de Assis, Literatura e Tradução
165 |
Coleção Transletras
| 166
Machado de Assis, Literatura e Tradução
167 |
Coleção Transletras
Referências Bibliográficas
| 168
Verga, machado e as
“malformações nacionais”
Yuri Brunello113
Simone Lopes de Almeida Nunes114
Universidade Federal do Ceará
| 170
Machado de Assis, Literatura e Tradução
171 |
Coleção Transletras
| 172
Machado de Assis, Literatura e Tradução
173 |
Coleção Transletras
| 174
Machado de Assis, Literatura e Tradução
175 |
Coleção Transletras
| 176
Machado de Assis, Literatura e Tradução
177 |
Coleção Transletras
Referências
| 178
Um problema de forma: o dogmatismo
em Machado de Assis115
Marcelo Peloggio116
Universidade Federal do Ceará
| 180
Machado de Assis, Literatura e Tradução
181 |
Coleção Transletras
| 182
Machado de Assis, Literatura e Tradução
183 |
Coleção Transletras
| 184
Machado de Assis, Literatura e Tradução
185 |
Coleção Transletras
| 186
Machado de Assis, Literatura e Tradução
187 |
Coleção Transletras
| 188
Machado de Assis, Literatura e Tradução
189 |
Coleção Transletras
| 190
Machado de Assis, Literatura e Tradução
191 |
Coleção Transletras
| 192
Machado de Assis, Literatura e Tradução
193 |
Coleção Transletras
| 194
Machado de Assis, Literatura e Tradução
195 |
Coleção Transletras
Referências
| 196
Machado de Assis, Literatura e Tradução
197 |
A fascinação de Machado por Alencar
Angela Gutiérrez
Universidade Federal do Ceará
| 200
Machado de Assis, Literatura e Tradução
117 Como não lembrar aqui o precioso texto de Eneida Maria de Souza -
“O homem da porta da Garnier, em que, a partir do mesmo artigo de
Machado, trata da importância da Livraria Garnier na vida literária
do Rio e, especialmente, na de Machado.
201 |
Coleção Transletras
| 202
Machado de Assis, Literatura e Tradução
203 |
Coleção Transletras
| 204
Machado de Assis, Literatura e Tradução
205 |
Coleção Transletras
| 206
Machado de Assis, Literatura e Tradução
207 |
Coleção Transletras
carta é ainda a voz de seu pai e foi bom citar-me o exemplo dele;
é modelo que serve e fortifica”. (ASSIS, 1976, v. III, p. 1043)
As citações aqui relembradas, que pecam, talvez, por abun-
dantes e longas, mostram, à saciedade, que Machado mantém,
da adolescência à velhice, atando as duas pontas da vida, sua
fascinação por Alencar aliada à contrariedade com os capri-
chos da cena cultural de seu tempo que, depois de entronizar
Alencar, promovendo o sucesso de seus romances, comédias
e dramas, destrona-o, através da “conspiração do silêncio”.
Se essas citações permitem dar por comprovado o senti-
mento de fascinação por Alencar que acompanha o escritor
fluminense em sua vida pública e na intimidade, suscitam
muitas outras questões aqui não respondidas. Entre elas: como
conciliar o traço de admiração a Alencar – o escritor de lin-
guagem exuberante, cultor da natureza e do amor cortês, que
melhor representa a ficção romântica no Brasil ao perfil con-
solidado de Machado como o sutil demolidor do romantismo
e das instituições morais e sociais que esse estilo representa?
Mesmo considerando a pertinência dos desdobramentos
dessa reflexão, ela já não cabe nos limites deste texto, que se
quer apenas, nesse momento, como trama narrativa de espar-
sos textos machadianos que expõem a relação amistosa entre
os dois expoentes da literatura brasileira do século dezenove,
quase sempre colocados em confronto ou considerados como
antípodas por alguns estudiosos de suas obras.121
| 208
Machado de Assis, Literatura e Tradução
Referências bibliográficas
209 |
Coleção Transletras
| 210
Esta obra foi composta em MinionPro em papel pólen soft
80 g/m2, enquanto Letieres Leite & Orkestra
Rumpilezz era ouvido numa noite de lua cheia,
para a Editora Substânsia em maio de 2018.
Editora Substânsia
Acesse:
www.editorasubstansia.com.br