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tem um caráter mais político, sendo fruto de acordos entre Estados. Seu objetivo é integrar e fortalecer economias, e os
países abrem mão de parte de sua soberania em troca de vantagens econômicas. Quanto mais abrangente for a
integração do bloco, maior a perda de soberania dos Estados participantes. Em uma economia globalizada e cada vez
mais competitiva, a constituição de blocos regionais permite a expansão de mercados e dos lucros das empresas.
A divisão do mundo em Estados nacionais, com fronteiras, moedas e alfândegas, cria barreiras para a livre
circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas. A criação de blocos econômicos é uma tentativa de reduzir
essas barreiras em escala regional, mas também uma forma de os países membros se fortalecerem frente ao processo
de globalização.
Os países participantes de blocos econômicos têm buscado acordos regionais para facilitar o fluxo de capitais,
serviços e, sobretudo, de mercadorias. A livre circulação de pessoas tem ficado em segundo plano. A liberalização não é
feita de forma homogênea. Dependendo do grau de integração, é possível definir quatro tipos de blocos económicos:
zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária. Observe no mapa a seguir os
principais blocos econômicos do mundo.
Comunidade
Andina
PERU
BOLIVIA
COLOMBIA
EQUADOR
VENEZUELA
Cooperação Econômica Ásia-
pacífico(Apec)
Paises-membros indicados por ∆
Mercado comum sul ASEAN HONG KONG (CHINA)
(mercosul) NAFTA CORÉIA DO SUL
BRASIL PARAGUAI RUSSIA NOVA ZELÂNDIA
ARGENTINA URUGUAI JAPÃO PAPUA-NOVA GUINÉ
CHINA AUSTRÁLIA
TAIWAN CHILE
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PERU
esses acordos, os produtos que circulam entre os países do bloco deixam de pagar impostos. O Acordo Norte-
americano de Livre Comércio (Nafta) é um exemplo; outro, é a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A Alca, caso
venha a se concretizar a partir de janeiro de 2006 (essa data foi acertada num encontro realizado em Buenos Aires, em
abril de 2001), será uma gigantesca zona de livre comércio envolvendo 34 países americanos. Devido ao bloqueio
econômico imposto pelos Estados Unidos para pressionar o governo de Fidel Castro, apenas Cuba não participará do
bloco.
Numa união aduaneira, além de não serem cobrados impostos no comércio entre os países membros, como na
zona de livre comércio, há uma tarifa externa comum. Em outras palavras, os produtos vindos de fora do bloco devem
pagar o mesmo imposto de importação ao entrarem em qualquer país membro. Por exemplo, imagine uma união
aduaneira formada por três países. A, B e C. Antes de ser formada, A cobrava 30% de imposto de importação de
automóveis, B cobrava 20% e C, 15%. Com a introdução da tarifa externa comum, todos passaram a cobrar, por
exemplo, 20%. O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um exemplo desse tipo de bloco. Como nele ainda circulam
produtos com tarifas diferenciadas, é considerado uma união aduaneira incompleta.
Num mercado comum, além da livre circulação de mercadorias e da implantação de uma tarifa externa comum,
há livre circulação de capitais, serviços e pessoas. Actualmente, o único bloco desse tipo é a União Européia, no qual
também houve padronização dos impostos pagos pela população e pelas empresas e de muitas leis civis, trabalhistas,
sociais e ambientais. Foram criados ainda órgãos supranacionais, como a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco,
e o Parlamento Europeu, órgão legislativo.
As características dos blocos são cumulativas; portanto, uma união econômica e monetária, além de incorporar todas
as características dos blocos anteriores, introduz uma moeda única e padroniza políticas macroeconômicas, como taxas
de câmbio, juros, nível de endividamento público, etc. Os países participantes desse tipo de bloco económico abrem
mão de sua moeda nacional e de seu banco central. É o tipo mais abrangente de integração, cujo único exemplo na
atualidade é a União Européia.
A partir do início de 1999, 11 dos 15 membros do bloco implantaram uma moeda única, o eu-ro. A Grécia o adotou
apenas em 2000 porque não tinha atingido as metas macroeconômicas definidas pelo Banco Central Europeu, no ano
anterior. Dinamarca, Reino Unido e Suécia optaram por não adotar o euro naquele momento.
Fonte: Magnoli, Demétrio, Globalização – Estado Nacional e Espaço Mundial, Ed. Moderna
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