Sie sind auf Seite 1von 77

ANTOLOGÍA DE SANTA

MARÍA JALAPA DEL


MARQUÉS ,OAXACA.

SELECCIÓN DE TEXTOS E
INTRODDUCIÓN
NASELI MELÉNDEZ ZÁRATE
©2020

Raíces de mi tierra, Jalapa del Marques

Calle tercera norte 701

70710, Jalapa del Marqués, Oaxaca


Índice

Introducción…………………………………………………………………..………..4

El papel de Oaxaca en la cultura precortesiana


Jorge Fernando Inturribarria……………………………………………….…………6

El Marquesado del Valle: Reflejos medievales


Francois Chevalier…………………………………………………………………...25

El marquesado del Valle en Tehuantepec, México (1522-1563)


Laura Machuca Gallegos………………………………………………….……..…41

Nadxieelii Pinopiia
Naseli Meléndez Zárate…………………………………………………….………54

Las minas de oro del marqués del Valle en Tehuantepec, 1540-1547


Jean-Pierre Berthe…………………………………………………………..………61

Anexo: Línea del tiempo Santa María


Jalapa del Marqués 1390-1670 ……………………………………………………72
Introducción.
Para tener un bello y sublime jardín en Jalapa del Marqués se tiene que salir
a la calle, observar lo que nos rodea: Las flores que adornan las banquetas, las
jardineras de los vecinos, interactuar con los demás, buscar las flores o plantas que
quieres cuidar en tu jardín. Cuando lo encuentras te acercas y pides amablemente,
si te regala una "ramita de su planta”, refiriéndose ya sea un tallo, una flor, unas
semillas o directamente la planta completa. Se corta y se pone en periódico, de
preferencia húmedo. Llegas a tu casa, le buscas una maseta un poco de tierra, un
poco de agua, un poco de luz, un poco de sombra, un tiempo de tus cuidados y así
sucesivamente hasta que no tengas espacio donde poner más plantas.

Esta antología tiene el mismo objetivo, pues, así como su etimología lo indica,
antología proviene del griego y significa selección o escogido de flores.

La antología representa la recopilación de los textos más selectos para


introducirse a la historia de Jalapa del Marqués empezando con la llegada los
Zapotecas a este valle, así como la transición que hubo con la llegada de los
españoles que marca un suceso curioso en la historia.

Esperando que el lector embellezca el jardín de su alma intelectual, dándole


forma con sus criterios e interpretación dando a conocer sus conclusiones mediante
expresiones artísticas o de cualquier índole.

4
5
Jorge Fernando Inturribarria
Instituto de Ciencias y Artes del Estado de Oaxaca.
Oaxaca, México.
"El papel de Oaxaca en la cultura precortesiana"
pp. 411-427.

Revista Historia Mexicana

México
Revista Historia Mexicana
1956
pp. 411-426
ISSN 2448-6531
Link:
https://historiamexicana.colmex.mx/index.php/RHM/article/view/641/532

6
EL PAPEL D E O A X A C A E N L A
C U L T U R A PRECORTESIANA
Jorge Fernando ITURRIBARRIA

EL H E C H O HISTÓRICOGEOGRÁFICO de encontrarse l a totalidad


de los numerosos g r u p o s étnicos de O a x a c a alojados e n l a co-
m a r c a más estrecha d e l país, y l a c i r c u n s t a n c i a de ser esa z o n a
e l c e n t r o geográfico de Mesoamérica, e q u i d i s t a n t e de l a a l t i -
p l a n i c i e m e x i c a n a y de los p u e b l o s centroamericanos, o sea el
vasto t e r r i t o r i o e n d o n d e t u v i e r o n su c u n a las viejas culturas
de A m é r i c a , confiere a O a x a c a u n a i m p o r t a n c i a e x c e p c i o n a l
c o m o centro de investigaciones antropológicas, consideradas
e n s u más a m p l i o s e n t i d o : a r q u e o l ó g i c o , etnológico, etnográ-
f i c o , lingüístico e histórico.
O a x a c a , p o r su situación geográfica e n l a A m é r i c a M e d i a ,
t e n í a q u e ser, y fue, e l eslabón entre l a a l t i p l a n i c i e , e l S u r y
e l Sureste: u n escenario de tránsitos obligados y n u t r i d o s entre
p u e b l o s de o r i g e n m i l e n a r i o , q u e i n f l u y e n unos sobre los otros,
d e j á n d o n o s los vestigios y las r e l i q u i a s de sus culturas.
E n consecuencia, p a r a todo estudio de correlación, inter-
p r e t a c i ó n y ajuste d e l c u a d r o de c o n j u n t o , p a r a u n a visión
p a n o r á m i c a de l a A m é r i c a M e d i a , los g r u p o s étnicos oaxa-
q u e ñ o s d e b e n estar presentes e n c u a l q u i e r investigación ac-
tual o futura.
E n efecto: e n e l a c t u a l t e r r i t o r i o o a x a q u e ñ o e n c o n t r a m o s
l a presencia de viejas c u l t u r a s . L a hipótesis de q u e l a c u l t u r a
m a d r e - d e s p u é s de l a a r c a i c a o t o m í - fue l a olmeca, proce-
d e n t e de las costas d e l G o l f o , v a c o b r a n d o seriedad y categoría
de v e r d a d histórica c o n l a confirmación, cada día más acen-
t u a d a , de l a versión s a h a g u n t i n a . Según esta versión, ciertas
t r i b u s desconocidas, h o y i d e n t i f i c a d a s c o n los olmecas - h a b i -
tantes d e l país d e l h u l e - , l l e g a r o n a P á n u c o p o r el m a r e n
t i e m p o s m u y remotos y f u n d a r o n el p r i m i t i v o T a m o a n c h á n ,

7
412 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

q u e q u i e r e decir " e l árbol de d o n d e n a c i e r o n los vástagos".


U n o s se s e p a r a r o n d e l g r u p o y f u e r o n a p o b l a r el Sureste, e n
las costas de C a m p e c h e y l a península de Y u c a t á n , y los q u e
p e r m a n e c i e r o n en T a m o a n c h á n " f u e r o n a p o b l a r las p r o v i n -
cias q u e a h o r a se l l a m a n O l m e c a - m i x t o t i " . L l e g a r o n estos úl-
timos e n su peregrinación a los valles de M é x i c o y M o r e l o s , y
en r e c u e r d o d e l p r i m i t i v o T a m o a n c h á n f u n d a r o n o t r a p o b l a -
ción de i g u a l n o m b r e .
A l l í se asentaron, p e r o transcurridos m u c h o s años h i c i e r o n
u n viaje de r e t o r n o a l a costa d e l G o l f o . Se les l l a m ó p o r eso
"los regresados"; f u n d a r o n más tarde u n a p o b l a c i ó n , cuyo
n o m b r e a c t u a l es " L a M i x t e q u i l l a " , a l S u r de A l v a r a d o , V e r a -
cruz, e n l a m i s m a z o n a e n que se h a l l a M i x t á n , el viejo l u g a r
que d i o n o m b r e a los mixtecas, c o m o se lee e n e l P o p o l Vuh,
cabeza de i m p o r t a n t e señorío. D u r a n t e su p e r m a n e n c i a en los
valles de M é x i c o y M o r e l o s se n a h u a t l i z a r o n p o r su c o n v i v e n -
cia c o n las c u l t u r a s de T e o t i h u a c á n y X o c h i c a l c o , convirtién-
dose en los olmecas tardíos de l a costa y de l a a l t i p l a n i c i e , en
los integrantes d e l g r u p o p o p o l o c a - m i x t e c o , a n t e r i o r a l a fa-
m i l i a nahuatlaca.
De l a r e g i ó n de los paleo-olmecas, c o m p r e n d i d a entre las
zonas arqueológicas de T r e s Zapotes (Veracruz) y L a V e n t a
(Tabasco), u n fuerte n ú c l e o de anahuaca-mixtecas subió nue-
vamente a l a a l t i p l a n i c i e y se alojó, n o sabemos p o r c u á n t o
t i e m p o , e n l a c o m a r c a de los popoloca-mixtecas, q u e c o m -
p r e n d e p a r t e de los actuales Estados de P u e b l a , V e r a c r u z , O a -
xaca y Guerrero. Allí t u v i e r o n contacto c o n l a c u l t u r a de
T e o t i h u a c á n y c o n los pre-toltecas, anteriores a l a f u n d a c i ó n
de l a T u l a histórica, e n e l período de transición entre l a deca-
d e n c i a de T e o t i h u a c á n y los albores de l a c u l t u r a tolteca. L a
c o n v i v e n c i a de estos anahuaca-mixtecas c o n l a c u l t u r a tolteca
- q u e d e n t r o de esta z o n a t e n i a su centro de irradiación e n
C h o l u l a - i n f l u y ó g r a n d e m e n t e e n l a toltequización d e l m i x -
teca; se p r o d u j o así u n a v i n c u l a c i ó n de ambos horizontes c u l -
turales, f o r t a l e c i d a p o r mezclas de sangre. E s t a c o n v i v e n c i a y
a c u l t u r a c i ó n persistió hasta fines d e l siglo x v , pues a A t o n a l ,
m e j o r c o n o c i d o p o r A t o n a l t z i n , rey de C o i x t l a h u a c a de 1450

8
OAXACA PRECORTESIANA 413

a 1458, se le l l a m a e n los A n a l e s d e Cuauhtitlán "príncipe de


los toltecas".
A h o r a i m p o r t a m i r a r h a c i a el h o r i z o n t e zapoteca. L o s pre-
zapotecas f o r m a r o n o r i g i n a l m e n t e parte d e l m i s m o n ú c l e o
p a l e o - o l m e c a q u e emigró de P á n u c o h a c i a e l O r i e n t e ; pero
este g r u p o , s i n c o n t i n u a r h a c i a las costas de C a m p e c h e y Y u -
c a t á n , c o m o l o h i z o e l g r u p o mayance, se d e t u v o e n tierras
de T a b a s c o ; de allí descendió h a c i a e l S u r y p e n e t r ó a O a x a c a
por el Sureste, adonde llegó unos seis o setecientos años antes
q u e los mixtecas, pues éstos, c o m o se h a visto, necesitaron
i n v e r t i r a l r e d e d o r de siete siglos e n su emigración de l a costa
del G o l f o a l a a l t i p l a n i c i e , su r e t o r n o a l l i t o r a l atlántico, su
regreso a los valles de M é x i c o y M o r e l o s y su establecimiento
en l a z o n a p o p o l o c a - m i x t e c a , p a r a a l f i n penetrar, h a c i a el
s i g l o v i l de nuestra era, en l a r e g i ó n d o n d e h o y se e n c u e n t r a n :
desde Acatlán (Puebla) hasta T u t u t e p e c , e n l a costa del
Pacífico.
Los zapotecas p e n e t r a r o n e n e l a c t u a l t e r r i t o r i o oaxaque-
ñ o p o r e l Soconusco y se e n c o n t r a r o n e n l a z o n a d e l Istmo y
en l a r e g i ó n d e l C e m p o a l t é p e t l c o n dos grupos étnicos m u y
a n t i g u o s , q u e les d i s p u t a r o n el paso: los huaves, raza emi-
g r a d a de N i c a r a g u a o el Perú, y los m i x e s , p u e b l o a g u e r r i d o
y v a l i e n t e . L o s huaves f u e r o n fácilmente vencidos, y hoy que-
dan c o n f i n a d o s e n los p u e b l o s de S a n t a M a r í a , San D i o n i s i o ,
San F r a n c i s c o y San M a t e o d e l M a r , e n las L a g u n a s S u p e r i o r
e I n f e r i o r d e l l i t o r a l tehuantepecano. L o s m i x e s , cuyo n ú c l e o
es e l C e m p o a l t é p e t l , o p u s i e r o n d u r a resistencia, y a l f i n se
r e t i r a r o n de los bajos y de l a costa a l a m o n t a ñ a ; p e r d i e r o n
t a m b i é n p a r t e de las estribaciones d e l S u r , Este y Sureste, a l
i n c e n d i a r los zapotecas l a densa v e g e t a c i ó n boscosa e n q u e se
habían refugiado.
A s í se a b r i e r o n paso los zapotecas hasta l l e g a r a u n sitio
que denominaron X a q u i x e ("al p i e de l a m o n t a ñ a " ) , hoy
T e o t i t l á n d e l V a l l e , e n las estribaciones de l a S i e r r a M a d r e
O r i e n t a l , j u n t o a l v a l l e de T l a c o l u l a . A l l í p e r m a n e c i e r o n a l -
g ú n t i e m p o ; luego a v a n z a r o n a l V a l l e de O a x a c a y o c u p a -
ron u n cerro que denominaron "del Tigre" (Danibée en

9
4H JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

zapoteco, Y u c u ñ a n a e n m i x t e c o , y M o n t e A l b á n e n castellano,
sin q u e hasta a h o r a se sepa e l p o r q u é de este ú l t i m o n o m b r e ) .
En l a parte s u d o r i e n t a l de l a g r a n p l a z a e r i g i e r o n sus
p r i m e r o s templos y nos d e j a r o n las extrañas estelas de "los
danzantes", de i n n e g a b l e aspecto o l m e c a u o l m e c o i d e , vesti-
gios q u e d a t a n de tres siglos antes de Jesucristo y q u e posi-
b l e m e n t e representan a l dios-jaguar de los olmecas.
Ésta es l a época arcaica c o n o c i d a c o m o M o n t e A l b á n I,
c r e a d o r a de u n a cerámica p r i m i t i v a ; n o se tiene u n a defini-
ción c l a r a de los portadores de esta c u l t u r a . L a época M o n t e
A l b á n I I revela l a i n f l u e n c i a de las c u l t u r a s de l a A m é r i c a
C e n t r a l ; está e m p a r e n t a d a c o n las formas pre-mayas de B e l i c e
y el P e t é n , y a l m i s m o t i e m p o se a p u n t a e n e l l a l a transición
h a c i a M o n t e A l b á n I I I , el p e r í o d o clásico de los zapotecas,
q u e v a d e l siglo v a l i x ; los portadores de esta c u l t u r a l l e g a n
entonces a su e s p l e n d o r y se r e v e l a n excelentes escultores y
arquitectos, a u n q u e siempre d e n t r o de las formas religiosas
y f u n e r a r i a s de los templos, de las t u m b a s escultóricas, c o m o
l a 104, y de las magníficas urnas de s u c i u d a d sagrada y p a n -
teón. C o i n c i d i e n d o c o n e l estilo clásico zapoteca, se n o t a l a
influencia teotihuacana.
D u r a n t e este p e r í o d o de e s p l e n d o r de l a c u l t u r a zapoteca,
c u y a e x p a n s i ó n rebasaba las fronteras d e l a c t u a l t e r r i t o r i o de
O a x a c a , o c u r r e l a emigración m i x t e c a desde e l N o r t e y N o r -
oeste h a c i a e l S u r , ocasionada t a l vez p o r e l e m p u j e de los
chichimecas. L o s mixtecas son aguerridos, d u r o s p a r a las
fatigas, sobrios y fuertes. D u r a n t e los siglos de poderío los za-
potecas h a n p e r d i d o estas cualidades, y l e n t a , pero f a t a l m e n -
te, se v a n p a c t a n d o nuevas fronteras de r e p l i e g u e , hasta llegar
a l a ú l t i m a , o f i c i a l m e n t e c o n v e n i d a , entre e l Z a p o t e c a p a n y e l
M i x t e c a p a n , o sea H u i t z o , e n e l a c t u a l d i s t r i t o de E t l a , límite
entre l a m o n t a ñ a y e l v a l l e q u e d a acceso a M o n t e A l b á n .

L A L L E G A D A D E LOS MIXTECAS se c a l c u l a q u e ocurrió a fines


del siglo v i o p r i n c i p i o s d e l v n , pues e n e l a ñ o de 720 da
p r i n c i p i o l a g e n e a l o g í a de los reyes y señores de T i l a n t o n g o
con e l l l a m a d o " 4 L a g a r t o " , según l a excelente interpretación

10
OAXACA PRECORTESIANA 415

q u e d e l C ó d i c e V i n d o b o n e n s e , c o m p l e t a d o p o r e l m a p a de
T e o z a c o a l c o y los códices N u t t a l l y B o d l e y , h a hecho e l d o c t o r
A l f o n s o Caso.
Los zapotecas c o m i e n z a n a s u f r i r las angustias de l a gue-
rra c o n sus vecinos. L a h e g e m o n í a zapoteca y s u c u l t u r a v a n
a desplomarse. Es e l t i e m p o d e l colapso de las viejas c u l t u r a s
en toda e l área de Mesoamérica; época de invasiones, v i o l e n -
cias y l u c h a s , de confusión y de grandes desplazamientos gue-
rreros, cuyo vasto escenario se e x t i e n d e desde T u l a y l a a l t i -
p l a n i c i e hasta H o n d u r a s y N i c a r a g u a . E n 1158 cae T u l a , l a
T u l a histórica de los toltecas, ante e l e m p u j e b r u t a l de los
chichimecas. L o s toltecas, perseguidos, v a n a refugiarse a l a
z o n a m i x t e c a de P u e b l a , entre sus h e r m a n o s antes emigrados,
residentes e n C h o l u l a , y a l l a d o de sus amigos los mixtecas.
La a d v e r s i d a d e n l a g u e r r a hace q u e los zapotecas p i e r d a n
la fe e n sus dioses y l a confianza e n sus sacerdotes. E l r é g i m e n
teocrático de los zapotecas v a a desaparecer p a r a d a r sitio a u n
r é g i m e n m i l i t a r de jefes guerreros. E n t r e los años 1000 y 1200
M o n t e A l b á n se despuebla. S u r g e n los c a u d i l l o s m i l i t a r e s , se
f u n d a Z a a c h i l a , n u e v o centro político, y c o m i e n z a u n a n u e v a
dinastía, q u e terminará, e n l a c o n q u i s t a española, c o n C o s i -
joesa y su h i j o Cosijopí, rey de T e h u a n t e p e c . Los jefes
m i l i t a r e s g o b i e r n a n c o n c r i t e r i o o b j e t i v o y d e d i c a n vastas zo-
nas d e l v a l l e a l a a g r i c u l t u r a ; desecan l a ciénaga de Z i m a t l á n
y a b r e n cauces a l agua, r o m p i e n d o e l d i q u e n a t u r a l de los
cerros q u e r o d e a n u n a g r a n l a g u n a . E n e l C e m p o a l t é p e t l , sus
vecinos son n u e v a m e n t e los m i x e s , q u e h a n b a j a d o a o c u p a r
las tierras q u e antes e r a n suyas; así q u e d a c u b i e r t a esta reta-
g u a r d i a , y los zapotecas p u e d e n p e l e a r a h o r a c o n t r a los m i x t e -
cas. Éstos h a n l l e g a d o a l a c u l m i n a c i ó n de su poderío, c o n
su rey " 8 V e n a d o " a l a cabeza y establecen nuevas e intere-
santes formas de organización política y m i l i t a r que más
tarde a p a r e c e n c o m o formas c u l t u r a l e s e n e l h o r i z o n t e de l a
altiplanicie E l a l u d m i x t e c o es c o n t e n i d o e n u n a b a t a l l a de
armas q u e tiene l u g a r e n 1063 en u n lugar llamado "Río-
Árbol Papagayo" p o s i b l e m e n t e s i t u a d o e n l a c o m a r c a for
m a d a p o r E l T u l e y T e o t i t l á n d e l V a l l e * ahí d e b i ó h a b e r u n

11
4i6 JORGE FERNANDO 1TURRIBARRÍA

río, e n c u y a r i b e r a nació e l gigantesco s a b i n o que h o y todavía


a d m i r a m o s . L a referencia " P a p a g a y o " procede de " X a q u i x e "
(o sea T e o t i t l á n ) , d o n d e persistía el c u l t o de l a g u a c a m a y a
sagrada.
E n esa b a t a l l a m u e r e "8 V e n a d o " , y l a invasión m i x t e c a
q u e d a c o n t e n i d a ; pero n o i n d e f i n i d a m e n t e , pues a m e d i a d o s
d e l siglo x i v los mixtecas se h a n a p o d e r a d o de H u a x y a c a c , de
M o n t e A l b á n , de E t l a , T l a c o l u l a , O c o t l á n y Zimatlán, y d u -
r a n t e l a r g o t i e m p o i m p o n e n su d o m i n i o e n los valles centrales,
a u n q u e deben l u c h a r c o n algunos centros zapotecas, refracta-
rios a l a invasión m i x t e c a de los valles.
L a presencia de cerámica m i x t e c a e n todo el V a l l e de O a -
xaca, e n c o n t r a d a recientemente e n numerosas exploraciones
estratigráficas, pone de m a n i f i e s t o , s i n l a m e n o r d u d a , esta
situación, i g n o r a d a hasta el p r i m e r tercio de nuestro siglo.
L a d o m i n a c i ó n o c o n v i v e n c i a p o r vasallaje q u e d a c o r r o b o r a d a
p o r las e x p l o r a c i o n e s de Y a g u l , e n el v a l l e de T l a c o l u l a , i n i -
ciadas e n 1953 P ° r Ignacio B e r n a l y c o n t i n u a d a s en este año
(1955) p o r el D e p a r t a m e n t o de A r q u e o l o g í a d e l M é x i c o C i t y
C o l l e g e . Estas exploraciones d e m u e s t r a n q u e llegó a formarse
u n a c u l t u r a m i x t a , zapoteco-mixteca. A d e m á s de q u e se ha-
l l a r o n varias tumbas mixtecas, los m u r o s presentan meandros
de grecas d e l t i p o más tarde d e s a r r o l l a d o e n M i t l a . A h o r a se
sabe q u e M i t l a ya corresponde a u n a época francamente m i x -
teca o m i x t e c a z a p o t e q u i z a d a ; l o d e m u e s t r a n las p i n t u r a s de
esta c u l t u r a q u e se h a l l a n e n los dinteles d e l g r u p o de " e d i f i -
cios católicos", según l a clasificación de. Holmes, pinturas
iguales a las de los códices mixtéeos y c o n el signo d e l año
m i x t e c o claramente grabado.
D u r a n t e el r e i n a d o de A t o n a l t z i n , rey de C o i x t l a h u a c a , se
traslada a este sitio, desde T i l a n t o n g o , e l centro p r i n c i p a l d e l
p o d e r í o m i x t e c a , y e n el año de 1457 e m p r e n d e M o c t e z u m a I
l a p r i m e r a e x p e d i c i ó n g u e r r e r a c o n t r a esta zona, l l e v a n d o u n
p o d e r o s o ejército de c o n q u i s t a q u e r e s u l t a v e n c i d o p o r los
c o i x t l a h u a c a s . U n año después, en 1458, c o n más n u m e r o s o y
m e j o r e q u i p a d o ejército de aliados x o c h i m i l c a s , teepanecas,
chalcas, acolhuas y m e x i c a n o s , e m p r e n d e u n a n u e v a g u e r r a

12
OAXACA PREC0RTES1ANA 417

c o n t r a C o i x t l a h u a c a . A t o n a l t z i n , a su vez, r e c u r r e a l a a l i a n -
za de h u e x o t z i n c a s y tlaxcaltecas, se enfrenta a las huestes de
M o c t e z u m a y es d e r r o t a d o . L o s p r o p i o s vasallos de A t o n a l t z i n ,
molestos p o r esta d e r r o t a - q u e atribuyen al m a l comporta-
m i e n t o de los a l i a d o s - , a h o r c a n a su rey, c o m o se ve e n el
C ó d i c e M e n d o c i n o , l á m i n a 7. L a p o b l a c i ó n fue d e s t r u i d a , y
grandes cuerdas de p r i s i o n e r o s mixtecas f u e r o n llevados a
T e n o c h t i t l á n p a r a ser sacrificados. C o n esta b a t a l l a se inició
la e x p a n s i ó n i m p e r i a l i s t a de los mexicanos sobre las áreas m i x -
teca y zapoteca.
L a siguiente incursión m i l i t a r se efectuó, d u r a n t e e l m i s m o
r e i n a d o de M o c t e z u m a I l h u i c a m i n a , sobre las p o b l a c i o n e s de
H u a x y a c a c y u n l u g a r d e l v a l l e de T l a c o l u l a , a l que, p o r l a
m o r t a n d a d h a b i d a , los m e x i c a n o s b a u t i z a r o n c o n e l n o m b r e
de M i c t l a n , " l u g a r de m u e r t e o de los m u e r t o s " ; esta designa-
ción n o tiene n i n g u n a relación con las r u i n a s de los palacios
de L i o b a á , i n d e b i d a m e n t e conocidos c o n a q u e l n o m b r e , pues-
to q u e L i o b a á era l u g a r de oración y r e s i d e n c i a de los sacer-
dotes zapotecas. L a erección de sus m o n u m e n t o s d a t a de u n a
época p o s t e r i o r , q u e e n l a clasificación a r q u e o l ó g i c a de A l f o n s o
Caso se l l a m a M o n t e A l b á n V y corresponde a los fines d e l
siglo x v y p r i n c i p i o s d e l x v i . L o s mixtecas conservaron más
tarde e l t é r m i n o " M i c t l a n " , y n o el zapoteca de L i o b a á ("lu-
g a r de d e s c a n s o " ) , e n e l t i e m p o de l a segunda y d e f i n i t i v a
p e n e t r a c i ó n m i x t e c a e n los valles centrales de O a x a c a .
Los p r i s i o n e r o s hechos en H u a x y a c a c y M i c t l a n p o r los me-
x i c a n o s , entre los cuales h a b í a n o sólo zapotecas, sino t a m b i é n
mixtecas colonizadores y gentes de las nuevas generaciones p r o -
venientes d e l mestizaje zapoteco-mixteco, f u e r o n llevados a T e -
n o c h t i t l á n , y c o n su sacrificio se i n a u g u r ó allí e l Templo
Mayor.

MUERTO MOCTEZUMA, A x a y á c a t l aplaza su c o r o n a c i ó n hasta


tener suficientes cautivos p a r a c e l e b r a r l a c o n s o l e m n i d a d , y
e m p r e n d e p e r s o n a l m e n t e las incursiones a las costas de H u a -
tulco y Tehuantepec. L a cosecha h u m a n a es g r a n d e , y c o m o
esta e x p e d i c i ó n n o tiene u n propósito p r i m o r d i a l de con-

13
4 i8 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

q u i s t a , n a d a i n t e n t a el vencedor sobre los d o m i n i o s m i x t e c a -


j i c a l a n c a s de T u t u t e p e c , n i t a m p o c o e n Z a a c h i l a , centro polí-
tico de l a dinastía zapoteca. V u e l v e a M é x i c o , cargado de
p r i s i o n e r o s , el año de 3 C a l l i , o sea en 1469.
A s í t r a n s c u r r e n diecisiete años. D u r a n t e e l posterior rei-
n a d o de T í z o c los m e x i c a n o s n o e m p r e n d e n n a d a n u e v o en
esta área, salvo sofocar brotes de insurrección e n T e o t i t l á n d e l
C a m i n o , Yanhuitlán y M i c t l a n . D e esta i n a c t i v i d a d se v a l e n
los m i x t e c a s para r e a n u d a r su p e n e t r a c i ó n y a f i r m a r l a e n los
p u e b l o s zapotecas; h a b í a n c o n v i v i d o c o n ellos pacíficamente,
a u n q u e e n ocasiones t u v i e r o n q u e rechazar agresiones de gen-
tes de l a m i s m a comarca. T l a c o l u l a y M a c u i l x ó c h i t l , p o r ejem-
p l o , sostenían guerras c o n M i c t l a n y C h i c h i c a p a n ; en este
ú l t i m o p u n t o r e i n a b a Q u i e n g o l a , " q u e era señor u n i v e r s a l de
todos los i n d i o s zapotecas" y p e l e a b a c o n t r a los mixtecas.
P o r f i n , en 1486, c o n el a d v e n i m i e n t o de A h u í z o t l a l t r o n o
m e x i c a , se r e a n u d a , p e r f e c c i o n a y c o m p l e t a e l d o m i n i o me-
x i c a n o sobre las tierras m i x t e c a s . O r g a n i z a este m o n a r c a u n a
expedición para conquistar Tehuantepec, con la m i r a de
a b r i r s e paso a l Soconusco, G u a t e m a l a y Centroamérica. E n -
c u e n t r a resistencia en l a M i x t e c a y p o r eso evade el paso de
Sosola, p a r a dar u n rodeo p o r C u i c a t l á n y l l e g a r a H u a x y a c a c ;
a q u í es r e c i b i d o c o n vasallaje p o r el rey zapoteca Z a a c h i l a I I ,
q u i e n le p r o p o r c i o n a guías p a r a a c o m p a ñ a r l o en l a e x p e d i -
ción. A h u í z o t l c o n q u i s t a T e h u a n t e p e c y M i a h u a t l á n , y desiste
de i r más lejos. T a m p o c o más tarde, e n u n a segunda expedi-
ción, r e a l i z a sus planes; se detiene en e l Soconusco y o p t a
p o r r e t o r n a r , a pesar de las i n s i n u a c i o n e s q u e recibe de l l e v a r
sus conquistas a Q u a u h t e m a l l a n (Guatemala).
E n 1495, con m o t i v o d e l asalto s u f r i d o p o r u n a caravana
de comerciantes m e x i c a n o s e n M i c t l a n , en el c u a l se dice q u e
t o m a n parte gentes zapotecas (de las q u e c o n v i v e n c o n los
m i x t e c a s , p r o p i a m e n t e ya zapotecas m i x t e q u i z a d o s ) , A h u í z o t l
m o d i f i c a r a d i c a l m e n t e l a política q u e h a seguido c o n los za-
potecas de Z a a c h i l a - s u j e t o s a u n a especie de p r o t e c t o r a d o
m e x i c a - : o c u p a m i l i t a r m e n t e su m e t r ó p o l i , sometiendo a l a
p o b l a c i ó n a duras represalias, altos t r i b u t o s y y u g o severo.

14
OAXACA PRECORTESIANA 419

E s t a situación n o sólo afecta a los zapotecas, sino t a m b i é n a


los mixtecas de los valles centrales y a las nuevas generaciones
d e l a p o b l a c i ó n m i x t a q u e se h a b í a v e n i d o f o r m a n d o e n esa
z o n a desde m e d i a d o s d e l siglo x i v .
Esto ocurre ya d u r a n t e el r e i n a d o de Z a a c h i l a I I I . A l mo-
rir él, asume l a dirección política de su p u e b l o su sucesor,
Cosijoesa, n o t a b l e c a u d i l l o , h á b i l p a r a l a g u e r r a y de a u d a c i a
y talento. C o i j o e s a p r o p o n e a los mixtecas d e l V a l l e y de l a
M i x t e c a A l t a y B a j a u n a a l i a n z a m i l i t a r p a r a e x p u l s a r a los
m e x i c a n o s , y c o n c i b e u n excelente p l a n : escoge y p r e p a r a e l
escenario de l a g u e r r a e n Q u i e n g o l a , T e h u a n t e p e c , q u e es u n a
fortaleza n a t u r a l f o r m a d a p o r dos grandes macizos m o n t a ñ o -
sos i n e x p u g n a b l e s , q u e se a p r o x i m a n c o n s t i t u y e n d o u n a gar-
ganta. P e r f e c c i o n a c o n obras de ingeniería l a fortificación,
construye jagüeyes, e n d o n d e cría peces, y a v i t u a l l a e l l u g a r
con cereales, carne salada, g r a n n ú m e r o de lanzas y arpones
envenenados, a r m a esta ú l t i m a q u e p o r p r i m e r a vez v a a
usarse e n las guerras de l a A m é r i c a M e d i a . C u a n d o calcula
q u e h a r e u n i d o bastimentos p a r a veinte meses, hace v e n i r a
los mixtecas, sus aliados, y f o m e n t a en T e h u a n t e p e c l a rebe-
l i ó n c o n t r a A h u í z o t l , p a r a p r o v o c a r e l envío de u n a e x p e d i -
ción punitiva.

La l u c h a d u r ó siete meses, d u r a n t e los cuales Ahuízotl


e n v i ó sucesivamente tres poderosos refuerzos, s i n p o d e r que-
b r a n t a r l a resistencia de Cosijoesa. E n c a m b i o , e l c a u d i l l o za-
poteca p u d o i r a l Soconusco m i e n t r a s d u r a b a e l sitio de
Q u i e n g o l a , c o n q u i s t a r v a r i o s p u e b l o s de l a región, l a n z a r a sus
p o b l a d o r e s c o n t r a A h u í z o t l y r e n o v a r a los defensores d e l re-
d u c t o c o n sangre n u e v a , e n tanto q u e los refuerzos m e x i c a n o s
tenían que t r a n s p o n e r largas distancias.
E n t r e los capitanes m e x i c a n o s estaba T l a c o c h c á l c a t l M o c -
tezuma, s o b r i n o de A h u í z o t l , e l f u t u r o M o c t e z u m a I I . A i n i -
c i a t i v a suya, discutió Cosijoesa c o n él los términos d e l armis-
ticio, a l c u a l seguiría u n c o n v e n i o de a l i a n z a y a m i s t a d . C o s i -
joesa impuso condiciones que podrían considerarse muy
ambiciosas, d a d o e l o r g u l l o de los m e x i c a n o s ; n o h a y ante-
cedentes análogos e n l a h i s t o r i a de T e n o c h t i t l á n , desde 1428,

15
420 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

e n q u e los mexicanos, c o n l a sujeción de A z c a p o t z a l c o , o b t u -


v i e r o n l a supremacía política y m i l i t a r . L a condición fue u n a
a l i a n z a de sangre, e l casamiento de u n a p r i n c e s a m e x i c a n a
c a n Cosijoesa. F u e r o n a T e n o c h t i t l á n , v i n i e r o n los emisarios
y, p o r f i n , A h u í z o t l aceptó e l enlace p r o p o n i e n d o como can-
d i d a t o a l a p r i n c e s a C o y o l k a l t z i n ( " C o p o de A l g o d ó n " ) , so-
b r i n a suya, a q u i e n los zapotecas v i e r o n r e i n a r c o n el n o m b r e
de P i n o p i a á . O b t e n i d a l a aquiescencia de Cosijoesa, éste
i m p u s o o t r a condición: q u e el m a t r i m o n i o se efectuara en
Tehuantepec y no en Tenochtitlán, como Ahuízotl propo-
nía. E l rey m e x i c a n o se a v i n o a esta n u e v a exigencia, y l a
n u t r i d a embajada q u e conducía a l a p r i n c e s a desde M é x i c o ,
f o r m a d a p o r u n séquito de nobles, señores y guerreros m e x i -
canos, fue a T e h u a n t e p e c p a r a c u m p l i r c o n e l pacto. Esta
a l i a n z a n o fue d e l agrado de los mixtecas, q u e se r e t i r a r o n
airados a sus m o n t a ñ a s , considerándose t a n vencidos como
A h u í z o t l , a pesar de h a b e r sido los vencedores, pues les co-
rrespondió sostener l a parte más d u r a d e l sitio. Se s i n t i e r o n
d e f r a u d a d o s p o r h a b e r a y u d a d o a sus enemigos tradicionales,
los zapotecas y los m e x i c a n o s , q u e se h a b í a n a l i a d o p a r a avasa-
llarlos.

L o s M I X T E C A S D E L V A L L E se i n c o r p o r a r o n e n C u i l a p a n a los
d e su raza, y los de l a m o n t a ñ a s i g u i e r o n siendo objeto de l a
saña de los m e x i c a n o s , q u e entonces e x t r e m a r o n c o n ellos su
r i g o r de conquistadores. L a s insurrecciones de C o i x t l a h u a c a y
Sosola, o c u r r i d a s e n respuesta a estos rigores el año de 4 C a l l i ,
o sea 1506, r e i n a n d o y a M o c t e z u m a I I , f u e r o n sofocadas cruel-
m e n t e , c o n matanzas generales, s i n e x c e p c i ó n de niños, muje-
res n i ancianos, y c o n e l i n c e n d i o de sus templos, palacios y
casas. E n 1509 estos escarmientos se r e p i t i e r o n en Sosola y en
Yanhuitlán.
F i n a l m e n t e , l a g u e r r a m e x i c a n a de invasión a l área m i x -
teca p o n e f i n , en 8 C a l l i ( 1 5 1 3 ) , c o n l a c a m p a ñ a de T u t u t e -
pec, a l r e i n o m i x t e c o de l a C o s t a C h i c a . Este g r u p o étnico es-
t a b a d i f e r e n c i a d o p o r v a r i o s siglos de separación d e l de l a
Mixteca A l t a , q u e l l e g ó a guerrear c o n sus hermanos de

16
OAXACA PRECORTESIANA 421

la m o n t a ñ a p o r disputarse e l " t i a n g u i s " de P u t l a ; también


l u c h ó c o n los zapotecas, p o r q u e los tututepecanos i n v a d i e r o n
e i n c o r p o r a r o n a su d o m i n i o extensas zonas de P o c h u t l a y
T e h u a n t e p e c , e n l a costa d e l Pacífico.
Sin e m b a r g o , desde e l año de 1516, q u e m a r c a el apogeo
del poderío m e x i c a n o y e l p r i n c i p i o de su decadencia, co-
m i e n z a el a b a n d o n o de sus conquistas, p o r l a c o n c u r r e n c i a de
pronósticos y sucesos adversos, y los mixtecas v u e l v e n a r e i v i n -
d i c a r el terreno d e l área zapoteca, de d o n d e h a b í a n sido ex-
pulsados. L o s zapotecas, s i n l a eficacia ya d e l apoyo m e x i c a n o ,
van replegándose e n sucesivas transacciones. L a d i p l o m a c i a , e l
d i s i m u l o y l a cortesanía, las buenas palabras y las suaves
maneras son el recurso usado p o r los zapotecas c o n sus ances-
trales enemigos, p a r a l i b r a r s e de mayores males y p o d e r con-
l l e v a r l a forzada v e c i n d a d q u e les i m p o n e n . U n o de los m a -
yores p r o b l e m a s q u e ofrece l a p e r s p e c t i v a de expulsarlos es e l
l a r g o proceso de m i x t e q u i z a c i ó n s u f r i d o p o r varios p u e b l o s
zapotecas.
M i c t l a n o L i o b a á es u n c l a r o e j e m p l o , más q u e de este
proceso de m i x t e q u i z a c i ó n d e l zapoteca, de l a c u l t u r a m i x t a
resultante. C o m o y a se d i j o , allí se e r i g i e r o n a fines d e l si-
g l o x v y p r i n c i p i o s d e l x v i los palacios de los sacerdotes, de
a q u e l l a dinastía sacerdotal r e s e n t i d a c o n los c a u d i l l o s m i l i t a r e s
de Z a a c h i l a desde los tiempos, y a remotos, de su e x p u l s i ó n de
M o n t e Albán. V a n a refugiarse desde entonces a l a p r o l o n -
g a c i ó n de l a m i s m a m o n t a ñ a de X a q u i x e (unos kilómetros
m á s h a c i a e l N o r o e s t e ) , d o n d e h a b í a n a d o r a d o hacía m u c h o s
siglos a l a g u a c a m a y a sagrada. Se v e n protegidos a h o r a p o r
los zapotecas disidentes de l a sierra, p r i n c i p a l m e n t e p o r los de
I x t e p e j i , q u e y a aparecen aliados c o n los mixtecas de C u i l a -
pan e n 1521, a l a caída de T e n o c h t i t l á n en p o d e r de los c o n -
quistadores españoles.
Este L i o b a á , e n sus más suntuosos edificios, es desde e l
p u n t o de v i s t a a r q u i t e c t ó n i c o p r o l o n g a c i ó n de algunos m o n u -
m e n t o s de M o n t e A l b á n I I I ( p r i n c i p a l m e n t e los de l a P l a -
t a f o r m a P o n i e n t e , e x c e p t u a n d o los Danzantes). T i e n e m u c h a s
de sus características, l o c u a l d e m u e s t r a u n a secuencia - c o n

17
422 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

l a r g a i n t e r r u p c i ó n t e m p o r a l , p o r s u p u e s t o - de l o zapoteca
clásico, a u n q u e y a c o n l a intervención de otros elementos c u l -
turales. N o podemos menos de considerar a éstos c o m o m i x -
tecas, p e r o t a m p o c o podemos c o m p a r a r l o s c o n el estilo de su
a r q u i t e c t u r a , p o r q u e todavía l a desconocemos totalmente.
Si antes h a b í a a l g u n a reserva sobre e l p a r t i c u l a r , acaba de
desvanecerse c o n e l reciente d e s c u b r i m i e n t o d e l a r q u i t e c t o
Ignacio Bernal. E n 1953, e n Y a g u l , cerca de T l a c o l u l a , en-
contró e n u n a z o n a d e l área zapoteca - p e r o m i x t e c a desde e l
p u n t o de vista de su c e r á m i c a - q u e d a t a de mediados d e l si-
g l o x i v , varios edificios de construcción idéntica a los de
L i o b a á , hasta e n sus m e d i d a s , c o m o el Salón de las C o l u m n a s ,
y en cuyos m u r o s p u e d e verse i g u a l decoración de m e a n d r o s
de grecas d e l t i p o q u e después se desarrollaría m e j o r e n L i o -
baá. E s t o s i g n i f i c a , p o r u n a parte, que los palacios de L i o b a á
no son zapotecas, sino p r o d u c t o de u n a c u l t u r a zapoteca-mix-
teca, y m u e s t r a , p o r o t r a , l a i n f l u e n c i a p r e p o n d e r a n t e e n l a
decoración de formas estéticas y religiosas q u e v i e n e n d e l ho-
rizonte M i x t e c a - P u e b l a , d o n d e n o es p o s i b l e subestimar e l
i n f l u j o toltecoide, y a v i n c u l a d o p o r siglos a l a c u l t u r a m i x t e c a ,
que aparece a l r e d e d o r de C h o l u l a .
E l e s t u d i o de estos m e a n d r o s y su comparación con algunos
signos o f i d i f o r m e s q u e e v o l u c i o n a r o n e n otros horizontes c u l -
turales, c o m o T e o t i h u a c á n , T u l a , C o p á n , m e h a n l l e v a d o a
conjeturar, s i g u i e n d o las investigaciones de R a f a e l G i r a r d , l a
p o s i b i l i d a d , expresada a q u í c o n las naturales reservas, de q u e
esas grecas de L i o b a á n o sean o t r a cosa q u e e l x i c a l c o l i u h q u i ,
síntesis de l a m i t o l o g í a m e t e o r o l ó g i c a d e l c u l t o a l dios de l a
l l u v i a , u n a especie de o r a c i ó n e n p i e d r a , incesantemente repe-
t i d a , a u n q u e c o n g r a n v e r s a t i l i d a d estética d e l m o t i v o , en u n a
z o n a p a r t i c u l a r m e n t e seca y árida, d o n d e las nubes pasan s i n
dejar su l l u v i a f e c u n d a . D e acuerdo c o n u n r i t o chortí, " e l
p l u v i o m a g o b a ñ a c o n agua v i r g e n y consagrada el cielo y las
paredes d e l t e m p l o , q u e s i m b o l i z a n e l m u n d o indígena, de
m a n e r a q u e a l gotear e l agua desde e l c i e l o y las paredes sobre
el piso, p r o v o c a , p o r m a g i a i m i t a t i v a , el d e s c e n d i m i e n t o de
las l l u v i a s " .

18
OAXACA PREC0RTES1ANA 423

Las grecas e n zigzag representan, e n m i concepto, el rayo;


su inversión, de abajo h a c i a a r r i b a , d a o r i g e n a u n a a b e r t u r a
o b o c a de caverna, que es l a t i e r r a sedienta. E l espacio q u e
q u e d a entre los bordes de l a greca zigzagueante c o n f i g u r a e l
x i c a l c o l i u h q u i , o sea l a "serpiente t o r c i d a d e l c i e l o " , l a t r o m -
ba o l a n u b e cargada de agua, a l a c u a l se d i r i g e l a oración
en p i e d r a p a r a q u e se deshaga e n l l u v i a y baje a f e c u n d a r
la simiente. Fernando Ortiz ( E l huracán, p . 258) c o r r o b o r a
l a hipótesis de l a i n f l u e n c i a t o l t e c o i d e e n L i o b a á a l a f i r m a r
q u e los m e a n d r o s que d e c o r a n esos palacios son de o r i g e n
c h o l u l t e c a , c o m o resultado de u n a transculturación a L i o b a á
del h o r i z o n t e tolteco-chichimeca. C o m o se recordará, en sus
chimallis o escudos los m i x t e c a s u s a n l a greca escalonada,
s í m b o l o d e l dios de l a l l u v i a y de l a f e c u n d i d a d .

P O R FIN, esta f o r m a c o n v e n c i o n a l de c o n v i v e n c i a de mixtecas


y zapotecas, n o s a n c i o n a d a p o r a c u e r d o a l g u n o , va a t e r m i n a r
por i n i c i a t i v a de los mixtecas, c u a n d o saben q u e e n T e n o c h -
t i t l á n los m e x i c a n o s están e n graves d i f i c u l t a d e s c o n h o m b r e s
b l a n c o s llegados d e l m a r e n grandes casas flotantes. S i n em-
b a r g o , y a a raíz de l a a l i a n z a de Cosijoesa c o n A h u í z o t l , aquél
h a b í a d a d o m o t i v o a l a r u p t u r a , c u a n d o trató de e x p u l s a r l o s
d e C u i l a p a n ; los mixtecas, e n respuesta a l a notificación de
Cosijoesa, h a b í a n m a n d a d o colgar de u n árbol a l emisario.
El d e r r u m b e d e l poderío tenochca, c o n l a prisión y m u e r t e
d e M o c t e z u m a , el trágico d e s t i n o de C u i t l á h u a c y l a c a p t u r a
d e C u a u h t é m o c , ofreció a los mixtecas u n a excelente opor-
t u n i d a d p a r a c o b r a r a Cosijoesa l a c u e n t a p e n d i e n t e de Q u i e n -
gola.
Los mixtecas c o n v o c a r o n a u n a g u e r r a general y p a c t a r o n
una a l i a n z a c o n el rey de T u t u t e p e c . A su vez, Cosijoesa h i z o
v e n i r de T e h u a n t e p e c , e n v i a d o s p o r su h i j o C o s i j o p i , fuertes
c o n t i n g e n t e s guerreros de esa región. D i o p r i n c i p i o l a con-
c e n t r a c i ó n de los dos ejércitos, y los m i x t e c a s a v a n z a r o n h a c i a
Z a a c h i l a p a r a p o n e r l e s i t i o ; p e r o Cosijoesa decidió salir c o n
sus huestes y presentar b a t a l l a a sus enemigos e n las faldas de
una p e q u e ñ a e m i n e n c i a s i t u a d a e n términos de Zegache.

19
424 JORGE FERNANDO ITURRIBARRÍA

A ú n n o c o n c l u í a n los aprestos m i l i t a r e s p a r a d e c i d i r l a
supremacía de los futuros contendientes, c u a n d o , d i r i g i d o s
p o r el c a p i t á n F r a n c i s c o de O r o z c o , los conquistadores espa-
ñoles, solicitados p o r Cosijoesa a Cortés, e n t r a b a n p o r * e l
valle de E t l a a l de O a x a c a y e r a n recibidos c o m o amigos y
aliados. N o tardó m u c h o e n llegar e l capitán P e d r o de A l -
varado y e n f o r m a l i z a r s e así l a c o n q u i s t a de T u t u t e p e c . Re-
forzado p o r los soldados de O r o z c o y los aliados zapotecas,
e m p r e n d e A l v a r a d o e l viaje a l a C o s t a C h i c a , s i n i n t e n t a r
n a d a c o n t r a l a M i x t e c a A l t a , q u e ya h a b í a desistido de opo-
nerse a l a c o n q u i s t a , e n a c a t a m i e n t o a l mensaje de los orácu-
los de A c h i u t l a : "sus dioses n o p o d í a n evitar q u e se c u m p l i e r a
l a profecía de Q u e t z a l c ó a t l " . E l rey tututepecano acató tam-
bién los designios de sus dioses. L o s demás p u e b l o s procedie-
r o n , según l a z o n a de i n f l u e n c i a , conforme a l a c o n d u c t a de
mixtecas y zapotecas, c o n e x c e p c i ó n de los m i x e s y de u n a
parte de l a C h i n a n t l a .

R e s u l t a interesante observar cómo e n mixtecas y zapote-


cas o p e r a n m o t i v o s diferentes p a r a aceptar l a c o n q u i s t a es-
pañola. L o s p r i m e r o s desisten p o r m o t i v o s religiosos, q u e
sus augures, v i n c u l a d o s a l h o r i z o n t e de l a a l t i p l a n i c i e , les
t r a n s m i t e n c o n e l carácter de u n m a n d a t o sagrado; los zapo-
tecas actúan p o r razones e m i n e n t e m e n t e políticas y m i l i t a r e s ,
pues así e n c u e n t r a n (o creen encontrar), de m o m e n t o , u n
d i q u e a l a d o m i n a c i ó n m i x t e c a y v e n e l señuelo de u n a discu-
t i b l e o p o r t u n i d a d p a r a vengarse, más tarde, de sus t r a d i c i o -
nales enemigos. M u y p r o n t o e l t i e m p o los desangañaría, pues
f u e r o n los zapotecas los q u e sacaron l a peor parte de l a con-
quista, m i e n t r a s q u e los mixtecas o b t u v i e r o n algunas excep-
ciones favorables a sus señores y caciques. Después, e l t i e m p o
los igualó e n e l i n f o r t u n i o .

D E S A R T I C U L A D A Y ROTA l a c u l t u r a de los dos g r u p o s étnicos


o a x a q u e ñ o s m e j o r c o n o c i d o s p o r su pasado, es y a c o n v e n i e n t e
v a l o r a r los más característicos aspectos de su civilización.
L o s zapotecas l l e g a r o n a formarse u n a c u l t u r a e q u i l i b r a d a ,
espléndida e n su a r q u i t e c t u r a m o n u m e n t a l de M o n t e A l b á n ,

20
OAXACA PREC0RTES1ANA 425

g r a n d i o s a , s o b r i a y l l e n a de d i g n i d a d . L a t u m b a 104 es, s i n
q u e r e r serlo, u n alarde de m o n u m e n t a l i d a d , d o n d e l a a r q u i -
t e c t u r a , l a e s c u l t u r a y l a p i n t u r a m u r a l se c o m b i n a n e n u n
p e r f e c t o e q u i l i b r i o . L a s u p e r v i v e n c i a d e l a l m a después de l a
m u e r t e y su destino e n e l más allá p a r e c e n ser e l sentido fun-
d a m e n t a l de l a v i d a y de c u a n t o sus hábiles manos l a b r a n e n
su c i u d a d sagrada y p a n t e ó n de M o n t e A l b á n I I I .
C u a n d o menos d e n t r o de este p e r í o d o de su teocracia sacer-
d o t a l , carecen de sentido histórico; e l pasado n o les interesa
s i n o i n c i d e n t a l m e n t e . E s c u l p e n e n sus estelas temas q u e más
p a r e c e n religiosos q u e históricos y cuyo verdadero sentido sólo
l l e g a r á a conocerse c u a n d o se h a y a i n t e r p r e t a d o su alfabeto;
p e r o n o t i e n e n tlacuilos o escribas sagrados q u e g r a b e n sus
empresas e h i s t o r i a en códices, pues n o les interesa esta activi-
dad, t a n esmeradamente c u i d a d a , e n c a m b i o , p o r los m i x -
tecas.
G u s t a n de las formas señoriales, de los buenos y finos
m o d a l e s ; atesoran su saber e n los discursos, p r o n u n c i a d o s e n
las grandes y solemnes ocasiones; c u l t i v a n c o n e x q u i s i t o gusto
su l e n g u a , l l e n a de i n f l e x i o n e s sonoras y de ricas formas gra-
m a t i c a l e s , p o r q u e son oradores, políticos y diplomáticos y
c o n o c e n el v a l o r m á g i c o de l a p a l a b r a ; c u l t i v a n e l arte escul-
tórico de sus urnas funerarias, s i n i g u a l e n l a A m é r i c a M e d i a ,
p e r o p a r e c e n descuidar su cerámica r i t u a l ; l l e g a n a estructu-
rar su u n i d a d política ayudados p o r u n terreno sin grandes
accidentes y c o n m e j o r definición geográfica.
En c u a n t o a los mixtecas, d e s c u e l l a n s i n competidores, en
t o d o e l vasto t e r r i t o r i o de Mesoamérica, c o m o los mejores
ceramistas, los más d i s t i n g u i d o s orfebres y los más hábiles
d i b u j a n t e s y p i n t o r e s de códices. E n cuanto a la cerámica
de t i p o c e r e m o n i a l o r i t u a l , p o r s u técnica y belleza l a corres-
p o n d i e n t e a l a ú l t i m a época (fines d e l siglo x v y p r i n c i p i o s
del siguiente) "es l a más b e l l a de todas las de M é x i c o " , se-
g ú n a f i r m a e l d o c t o r Caso. A l g u n a s piezas representan figu-
ras de códices y r e v e l a n l a m a n o de expertos dibujantes, de
un gusto estético r e f i n a d o , q u e saben c o m b i n a r los colores y
darles u n b a r n i z p u l i d o y b r i l l a n t e y u n acabado perfecto.

21
426 JORGE FERNANDO ITURRJBARRÍA

E n c u a n t o a l a orfebrería, sus joyeros u s a b a n e l m a r t i l l a j e


y el r e p u j a d o , p o r u n a parte, y p o r l a o t r a e l p r o c e d i m i e n t o
l l a m a d o de " c e r a p e r d i d a " o fundición, q u e llevó a los m i x -
tecas a p l a n o s artísticos sólo comparables c o n las realizaciones
de los más egregios orfebres d e l R e n a c i m i e n t o . "Se puede
d e c i r s i n h i p é r b o l e - a f i r m a C a s o - que los egipcios, los grie-
gos, los etruscos, los romanos, n o l l e g a r o n a e l a b o r a r t a n
perfectos objetos de o r o c o m o los orfebres mixtéeos, y ten-
dríamos q u e llegar a l R e n a c i m i e n t o p a r a e n c o n t r a r artistas
q u e p u d i e r a n comparárseles." Basta observar tres piezas f u n -
damentales p a r a rendirse a l a e v i d e n c i a : e l escudo o c h i m a l l i
de o r o y t u r q u e s a de Y a n h u i t l á n , el p e c t o r a l de M i c t l a n t e c u h -
t l i y l a máscara, de t i p o pectoral, q u e representa a l dios X i p e
T o t e e , c o n los ojos entrecerrados, l a b o c a m u y a b i e r t a y l a
faz q u e s i m u l a estar c u b i e r t a p o r l a máscara de p i e l h u m a n a
c o n q u e se cubría el sacerdote d e d i c a d o a l c u l t o de " N u e s t r o
Señor e l D e s o l l a d o " .

T a m b i é n sus códices se consideran c o m o los mejores d e l


M é x i c o p r e c o l o m b i n o p o r su estilo pictográfico, l a c a l i d a d
d e l d i b u j o y l a r i q u e z a d e l c o l o r i d o . G r a c i a s a algunos de
ellos, e l d o c t o r Caso h a p o d i d o i n t e r p r e t a r l a genealogía de
sus reyes a p a r t i r de 720. Se conservan, a u n q u e desgraciada-
m e n t e n o todos e n M é x i c o , numerosos y valiosísimos códices
mixtecas; los p r i n c i p a l e s son el V i n d o b o n e n s e , el N u t t a l l , el
B o d l e y , e l S e l d e n , e l B e c k e r 2, el C o l o m b i n o y el l l a m a d o
" M a n u s c r i t o d e l C a c i q u e " , además de los lienzos geográfico-
históricos post-cortesianos de Y o l o t e p e c , Zacatepec y C o i x t l a -
huaca.
D e todos los códices, e l más b e l l o es e l N u t t a l l , q u e repre-
senta entre otras escenas a q u e l l a en q u e e l rey " 8 V e n a d o " y
dos guerreros q u e l o a c o m p a ñ a n atraviesan u n lago e n u n a
canoa, p a r a c o n q u i s t a r u n islote. Éste se ve p o b l a d o p o r ani-
males e s t u p e n d a m e n t e r e p r o d u c i d o s : garzas, lagartos, serpien-
tes acuáticas y caracoles m a r i n o s ; l a escena parece representar
u n aspecto de l a c o n q u i s t a de l a b a h í a de C h a c a h u a , cerca de
Tututepec. E n o t r a escena de este m i s m o códice, escena
de g r a n fuerza, se r e p r o d u c e u n s a c r i f i c i o h u m a n o : d e l c i e l o

22
OAXACA PRECORTESIANA 427

desciende u n xiuhcóatl (serpiente azul) p a r a llevarse e l co-


r a z ó n de l a víctima, e n tanto q u e a diestro y siniestro l u c h a n
un á g u i l a y u n tigre, símbolos estelares de l a noche y d e l
d í a ; el sol, q u e nace d e l corazón de l a t i e r r a , vence a l a l u n a
y a las estrellas; después las estrellas vencen a l astro rey a l a
h o r a d e l crepúsculo.
R e c i e n t e m e n t e los estudios c o m p a r a t i v o s d e l d o c t o r C a s o
sobre l a c u l t u r a d e l h o r i z o n t e M i x t e c a - P u e b l a y l a de l a alti-
p l a n i c i e , v i e n e n a presentar m u y seriamente l a p o s i b i l i d a d
d e q u e l a civilización de d i c h o h o r i z o n t e h a y a i n f l u i d o , m u c h o
m á s de l o q u e se supone, en varios aspectos de l a organización
de l a v i d a m e x i c a : el religioso, e l político, e l social y el esté-
tico. L a hipótesis parece lógica, si se observa e l m a p a d e l
M é x i c o p r e c o l o m b i n o y se concluye q u e e l centro más pró-
x i m o , e l m á s c a l i f i c a d o p o r l a c a l i d a d s u p e r i o r de su c u l t u r a
y e l de m a y o r a n t i g ü e d a d es precisamente e l hozizonte M i x -
t e c a - P u e b l a , q u e tiene su centro de irradiación en C h o l u l a .

23
24
Francois Chevalier
Universidad de Grenoble.
Francia
"El Marquesado del Valle: Reflejos medievales"
pp. 49-61.

Revista Historia Mexicana

México
Revista Historia Mexicana
1951
pp. 49-61
ISSN 2448-6531
Link:
https://historiamexicana.colmex.mx/index.php/RHM/article/view/435/326

25
EL M A R Q U E S A D O DEL V A L L E
REFLEJOS MEDIEVALES*

François CHEVALIER

E N T R E LOS ricos encomenderos y capitalistas de la Nue-


va España en sus primeros tiempos, Hernán Cortés
ocupa u n lugar de excepción. Inmediatamente después
de la conquista, fué dueño del capital más grande del
Nuevo M u n d o . Además, por la real cédula del 9 de
julio de 1529, recibió "hasta 23,000 vasallos", que eran
en realidad muchos más, y que todavía en 1560, a pe-
sar de severas reducciones, le pagaban u n valor total
de 36,862 pesos. 1

Pero Cortés podía tenerse por más que u n riquísi-


mo encomendero, pues al convertirse en Marqués del
Valle de Oaxaca y otros lugares, había recibido, con
las villas y pueblos tributarios, "sus tierras y aldeas y
términos y vasallos y jurisdicciones civil y c r i m i n a l , alta
e baja, mero mixto imperio, y rentas y oficios y pe-
chos y derechos, y montes y prados y pastos y aguas
corrientes, estantes y manientes. . . " a título heredita-
rio y perpetuo. É l mismo había escogido los lugares
que enumeraba la real cédula: casi lo mejor de la N u e -
va España, donde el rey no conservaba más que las ape-
¡ a r i n n e s dp justicia l a s minas v la moneda. E l coniunto

formaba u n vasto territorio, dividido en cinco o seis


partes, de las cuales una de las más importantes era, al
sur de México, la ancha depresión de Cuernavaca y

* D e l l i b r o de próxima publicación L a f o r m a t i o n des g r a n d s domai-


nes a u M e x i q u e . X V I " - X V I l e siècles.

26
EL M A R Q U E S A D O D E L VALLE 49

del actual estado de Morelos; le seguían diversas loca-


lidades muy cercanas a la capital (Tacubaya y Coyoa-
cán), con el valle de T o l u c a al oeste; mucho más lejos,
hacia el sudeste, la zona de las "cuatro villas", alrededor
de Antequera de Oaxaca, que se unía a la del istmo de
Tehuantepec. Finalmente, hacia el golfo Atlántico,
T u x t l a y varios pueblos próximos a la Veracruz. E n 2

1535, erigido todo ello en mayorazgo, se hizo indivisi-


ble e inalienable.
E l marqués nombraba los oficiales de justicia y
administradores de su "estado" - c o m o se d e c í a - . Pre-
tendió, al igual que el rey, ejercer en ellos el Jus p a t r o -
n a t u s que le había concedido una bula pontificia. E m -
pezó a edificar u n palacio en Cuernavaca, que pensaba
tal vez convertir en su capital. Más tarde su hijo quiso
sellar sus cartas con el nombre de M a r t i n u s C o r t e s u s
p r i m u s h u j u s n o m i n i s , D u x M a r c h i o s e c i i n d u s ? Estaba
constituyéndose en el riñon de la N u e v a España u n
gran estado feudal, como una lejana réplica de lo que
había sido en Europa el ducado de Borgoña.
Casi inmediatamente después de haber expedido
la famosa cédula de 1529, los juristas reales se dieron
cuenta de la enormidad de la concesión. C o n los proce-
dimientos habituales de los hombres de ley, empeza-
ron a roerla, a minarla y a limitar su alcance por todos
los medios: de ahí la cólera del primer marqués, la
"conjuración" del segundo, y, más tarde, el secuestro
del "estado" durante largos años. Entre múltiples ór-
denes, cédulas, provisiones y medidas diversas que l i -
mitaban y reglamentaban estrechamente las prerroga-
tivas de Cortés, pronto se precisó que los españoles no
podían ser considerados como vasallos suyos. N o hacían
más que asimilar los castellanos del marquesado a los
hidalgos de la Península, que dependían directamente

27
50 FRANÇOIS C H E V A L I E R

del rey en los "lugares de señorío"; pero esta regla tuvo


consecuencias muy importantes, pues los marqueses
tuvieron buen cuidado de no fundar villas de españo-
les, que habrían limitado su propia jurisdicción. 4

Y a desde 1531 los licenciados en derecho de la nue-


va A u d i e n c i a habían denunciado las pretensiones de
Cortés, q u i e n consideraba los bosques y pastos de su
"estado" como coto suyo, cuando a u n el rey, decían,
no puede enajenar "cosa tan pública". A pesar de la
letra de l a real concesión, la Corona acabó por adherir-
se a esta opinión, declarando que "los montes y pastos
y aguas deben ser comunes entre los españoles" y que
el marqués no podía, por lo tanto, reservarse su uso
exclusivo (1533) . Se abordaba desde el principio un
5

problema que iba a ser objeto de largos debates entre


los juristas de una y otra parte: los pastizales y terrenos
baldíos del "estado", ¿dependían del rey, o bien de los
marqueses, como permitía suponerlo l a gran cédula
de 1529? E l problema cobró u n interés más inmediato
cuando l a Corona, renunciando a l a comunidad total
de los pastos en N u e v a España, dejó su distribución
entre los particulares en manos de los virreyes.
De hecho, durante más de u n siglo, no hubo so-
lución general n i definitiva; así lo muestran la constitu-
ción de las haciendas rurales del marqués, y sobre todo
la manera como fueron distribuidas entre los españoles
las tierras baldías del marquesado. L a apropiación o
la atribución de todas estas tierras obedecieron en
efecto a reglas diferentes según el lugar, el tiempo y la
persona. Esta diversidad y esta imprecisión, de sabor
u n tanto medieval, no son por ello menos significati-
vas, pues el "estado" del marqués representaba así una
zona aparte, donde las haciendas se constituían en con-
diciones que les eran propias.

28
E L M A R Q U E S A D O D E L VALLE 51

M Á S Q U E muchos de los españoles que le rodeaban,


Cortés tenía cierto sentido de la empresa económica;
lo había demostrado ya en las islas, donde había sabido
ganar dinero, dedicándose a la cría y a los negocios. E n
el continente, se encontró dueño del mayor capital y de
las rentas más cuantiosas del N u e v o M u n d o . Este hom-
bre prodigiosamente activo no podía contentarse con
percibir sus tributos, n i siquiera con emplear sus recur-
sos en expediciones de descubrimiento, por lo demás
azarosas o desafortunadas, como las del Pacífico. T r a t ó
entonces de desarrollar su fortuna por medios menos
brillantes pero más seguros, criando ganado, estable-
ciendo explotaciones agrícolas, sobre todo ingenios,
que fueron los primeros y los más grandes del país.
Pero ¿solicitarían los Marqueses del Valle, como los
encomenderos y labradores, esas mercedes de tierras
que distribuían los virreyes, sus odiados sucesores en
el gobierno del país? ¿O bien tenían derecho a los te-
rrenos baldíos de su "estado", según la cédula de 1529,
cuyo alcance, es cierto, fué singularmente limitado en
1533? Cortés era u n astuto jurista - h a b í a estudiado
en S a l a m a n c a - y, sin recurrir a las concesiones virrei-
nales, actuó con la prudencia que aconsejaba la actitud
enérgica de u n A n t o n i o de Mendoza. Entre las impor-
tantes fincas rurales de los dos primeros marqueses, una
sola estancia (Ateneo, cerca de Toluca) fué poseída
con certeza sin otro título que la propia voluntad de su
fundador: aún en 1556 Martín Cortés estaba en pro-
ceso por este motivo con el Fiscal de Su Majestad. 8

Pero había otra forma de apropiación que tenía la ven-


taja de reservar para el porvenir los derechos del
señor, al tiempo que daba títulos indiscutibles sobre
los terrenos utilizados.

29
5 2 FRANÇOIS C H E V A L I E R

Apoyándose principalmente en una cédula real de


1535, que autorizaba la compra de tierras a los indios
para desarrollar la producción agrícola, Cortés o sus
administradores adquirieron a bajo precio zonas férti,
les con las cuales formaron sus mejores haciendas. T a l
es el origen del gran ingenio de T u x t l a , fundado con
"muchas y muy buenas tierras, que todas son compra-
das y pagadas a los Y n d i o s " . L o mismo sucedía con
7

las estancias y cultivos de Oaxaca y Etla, por las que se


habían pagado 100 pesos en 1543 y que fueron reven-
didas en 8,002 pesos menos de cincuenta años después. 8

E n cuanto al ingenio de Tlaltenango, cerca de Cuer-


navaca, fué en u n principio el más importante de
México, pues hacia 1556 producía, u n año con otro,
8,000 arrobas de azúcar blanco, a casi tres pesos cada
una. Quince años más tarde era todavía arrendado en
9,000 pesos, y el de T u x t l a en 5,000, a pesar de encon-
trarse mermado y bajo secuestro. A h o r a bien, el i n -
genio de Tlaltenango estaba gravado con u n modesto
censo de 12 pesos anuales, mientras que las tierras de
cañas pagaban arriendos generalmente liquidados con
seis años de anticipación. Estas precauciones no im-
9

pedían que el virrey nombrara en 1550 u n juez de


comisión para que se restituyeran a los indios de Cuer-
navaca las tierras "usurpadas" por el marqués. ¡ T a l 10

era entonces el poder del impulso centralizador de la


Monarquía española!
Es más difícil saber cuál fué el origen de las vastas
y lejanas estancias del istmo de Tehuantepec - u n a de
ellas c e r c a d a - que producían caballos de raza, propor-
cionaban reses a las carnicerías de Oaxaca y, gracias a
u n a curtiduría, enviaban cueros hasta el P e r ú . Allí
11

es probable, como se verá, que el marqués tomara po-


sesión personalmente del suelo. A estas apropiaciones

30
E L M A R Q U E S A D O D E L VALLE 53

directas se refiere sin duda Cortés cuando pide en su


testamento que se verifique si los indios no han sido
perjudicados, "porque - d i c e - en algunos lugares de
m i estado algunas tierras han sido tomadas para huer-
tos y v i ñ a s " : el primer marqués no dejó por ello de
12

actuar con una cautela de la que habría de prescindir


alguno de sus descendientes.
Después de la muerte de Cortés, sus sucesores si-
guieron comprando tierras a los indios, principalmente
en la rica depresión situada al este de Cuernavaca. Pos-
teriormente, comprometidos por la "conjuración" de
1566, castigados en sus bienes por el largo secuestro
de su "estado", los marqueses segundo y tercero pare-
cen aceptar la autoridad de los virreyes como u n hecho
consumado, ya que se les ve solicitar o conseguir mer-
cedes de estancias como simples particulares; en 1589,
seis, del virrey Villamanrique, hacia la desembocadu-
ra del río Alvarado; en 1597, dos, hacia el istmo de
Tehuantepec, etc. Por entonces no tendían más que
13

a ser opulentos encomenderos y ricos hacendados, sin


mostrar por lo demás en este aspecto la actividad crea-
dora del primer marqués, el grande: porque es extraño
ver que no fundan otros ingenios en una época en que
éstos se multiplicaban casi en todos los puntos de su
"estado". Los dos grandes ingenios de los comienzos
habían de seguir siendo las piezas esenciales del ma-
yorazgo.

S I N E M B A R G O , D o n Pedro Cortés Ramírez de Arellano,


cuarto Marqués del Valle, iba a intentar restaurar su
autoridad. A u n poniendo a veces una sordina a sus
reivindicaciones, los dos primeros marqueses no habían
renunciado al principio a ciertos derechos sobre el
suelo de su "estado". Y a Cortés, en " s u " villa de Cuer-

31
54 FRANÇOIS C H E V A L I E R

navaca, había podido hacer merced de u n pedazo de


tierra " c o n sus árboles, piedras y aguas" a u n criado,
su mayordomo Bernardino del Castillo (1536) . E l es-
pacio concedido por el marqués, ¿le pertenecía ya por
habérselo comprado a los indios? ¿O se atribuía espon-
táneamente el derecho de darlo? D e l título, retendre-
mos en todo caso la forma, que recuerda extrañamente
las mercedes hechas en nombre de Su Majestad. 14

Por lo menos, no subsiste ninguna duda respecto a


Martín Cortés, quien, a este respecto, atrajo sobre sí
las iras del segundo virrey: en la provincia de Tehuan-
tepec, el alcalde mayor nombrado por el marqués ha-
bía distribuido estancias de crianza y caballerías de
cultivo entre diversas personas. E n 1555, L u i s de Ve-
lasco prohibió toda merced de este género sin licencia
expresa del rey o de él mismo; no estaba sin duda muy
seguro de sí, porque en lugar de invocar la verdadera
razón, que hacía de las mercedes de tierras una prerro-
gativa real, no fundaba su intervención más que sobre
los perjuicios causados a los indios por las concesiones
del marqués. Por lo demás, el istmo de Tehuantepec
15

entraba de manera especial en las miras de los repre-


sentantes de Su Majestad, debido a su importancia
para las comunicaciones marítimas con el P e r ú . 18

Por su parte, los dos primeros virreyes otorgaban


algunas estancias o caballerías a españoles del marque-
sado, hacia T o l u c a y en otros puntos. Después del es-
cándalo de la "conjuración" de Martín Cortés y del
secuestro de su "estado" (1566-67), esas mercedes vi-
rreinales se hicieron más numerosas y más generaliza-
das, como para dejar bien sentados los derechos de la
Corona en el principado del vasallo rebelde. Precisa-
mente en 1567 es cuando aparecen hacia Tehuantepec,
para multiplicarse allí como en las demás partes; por
1 7

32
E L M A R Q U E S A D O D E L VALLE 55

u n último escrúpulo, los virreyes parecen no obstante


haber hecho una excepción de la zona de Cuernavaca,
" v i l l a " en la que se encontraban el palacio y el prin-
c i p a l centro administrativo del "estado", con su Go-
bernador y Justicia Mayor, su Contador y otros oficiales
nombrados por el marqués.
Demasiado contento de que se hubiese tenido a
b i e n devolverle sus derechos, el tercer Marqués del
V a l l e no podía hacer nada. Pero no sucedió así con el
cuarto, D o n Pedro Cortés, convertido en jefe de la
familia en 1602. Felipe II no estaba ya en el trono;
u n a mano menos firme y graves dificultades financieras
favorecieron las empresas de D o n Pedro que, durante
varias décadas, iba a disponer de las tierras de su "es-
tado" mejor que ninguno de sus predecesores, inclusive
e l primero del nombre. Y a desde 1605 da instruccio-
nes a su "Gobernador y A d m i n i s t r a d o r " , con el fin,
según dice, de que éste "pueda lebantar y lebante en
tierras del dicho m i estado cuaíesquier estancia o es-
tancias de grangería de ganado mayor o menor, en las
partes, sitios y lugares que bieresen mas acomodados
para las tales ganaderías. E n todo el marquesado
el apoderado no tenía más que escoger los mejores pas-
tizales para los rebaños del amo: las estancias estaban
aprobadas por anticipado.
Pero hay más. Sin esperar reacciones como la de
Velasco el antiguo frente a las mercedes otorgadas an-
taño por Martín Cortés, el cuarto marqués tomó la
ofensiva denunciando a Su Majestad las "intromisio-
nes" de diversos virreyes, y en particular de Montes-
claros (1603-07) que osaba distribuir en su "estado"
"caballerías de tierras, montes, sitios de estancias y de
molinos y batanes, dehesas, prados y otras cosas. . , " . 1 9

Finalmente, D o n Pedro, antes que montar él mismo

33
56 FRANÇOIS C H E V A L I E R

nuevas empresas, juzgó sin duda particularmente ven-


tajoso imponer censos perpetuos sobre las tierras que
explotaban o deseaban explotar los españoles de su
"estado". Puso en pública almoneda sus mercedes de
caballerías o de estancias, y luego, contra censos anua-
les de 10, s o . . . 50, 80 pesos o más, repartió títulos en
forma, concebidos de esta manera en sus partes esen-
ciales:
"Sepan quantos esta carta vieren como yo don Pe-
dro Cortés, Marqués del Valle de Guaxaca, señor de
las villas de T o l u c a y Cuernabaca y de los catorze pue-
blos de la Tlalnagua, Patrón y administrador perpetuo
del ospital de Nuestra Señora de la L i n p i a y Pura
Consesión de la ciudad de México, cavallero del ávito
de Santiago, del consejo de Su Magestad, etc. Por
q u a n t o . . . [ X ] , vezino de la dicha m i villa de. . . me
pidió le diese a censo perpetuo [tales estancias y ca-
ballerías] . . . y para hazer las dilijencias que se acos-
tumbran libré mandamiento dirijido a . . . [Y], m i al-
calde mayor, el qual las hizo, y por las ynformaciones
de oficio y de parte. . . consta ser tierras de m i estado
baldías y eriasas y podersedar en el dicho censo a el d i
c h o . . . [ X ] , y ser sin perjuycio de los naturales n i de
otro tersero alguno, y las dichas dilijencias mandé se
llevasen a el doctor. . . [ Z ] , abogado de la Real A u -
diencia . . . el d i c h o . . . dió por pareser poderse dar a
censo perpétuo a el dicho. . . las tierras que pedía. . .
por esta presente carta otorgo y conosco que por mí y
en nombre de mis herederos ^ susesores doy a censo per-
petuo a el dicho. . . [X] el dicho sitio destancia.
(etc. . . etc. . . ) .
20

Los beneficiarios entraban en posesión de las áreas


concedidas por el alcalde mayor del marqués.
Muchos títulos análogos, calcados en parte sobre las

34
E L M A R Q U E S A D O D E L VALLE 57

mercedes de los virreyes, fueron repartidos durante más


de veintitrés años, hasta 1628 por lo menos. A veces el
marqués se contentaba con arrendar a u n ganadero tal
zona por u n tiempo l i m i t a d o . Los españoles que ha-
21

bían obtenido de los virreyes mercedes de estancias


tuvieron que arreglarse con D o n Pedro, comprometién-
dose a pagarle u n censo perpetuo sobre sus tierras, a
veces no sin protestas. 22

Como los marqueses habían evitado establecer co-


munidades españolas que habrían escapado a su juris-
dicción, podían considerar que no existía ningún alo-
dio n i territorio independiente en su "estado". D o n
Pedro hacía, pues, del marquesado u n inmenso latifun-
dio cuyas tierras eran o bien explotadas directamente
por él, o bien dadas a censo a hidalgos españoles, o
b i e n cultivadas por sus vasallos o tributarios indios. Los
tiempos de Carlos V y Felipe II habían pasado, y el
débil Felipe III ocupaba el trono. Pero D o n Pedro
Cortés iba demasiado lejos. . .
E l gobierno real no podía menos de reaccionar en
la persona del Fiscal de la Audiencia, quien, efectiva-
mente, acusó al cuarto marqués "de usurpar lo que
pertenecía al Real Patrimonio, al Fisco y a la Cámara",
ai atreverse a efectuar ventas, arrendamientos y otros
contratos sobre las tierras, terrenos baldíos y bosques
de su "estado" y señorío, siendo así que no le pertene-
cían sino la jurisdicción y los tributos. E l contraataque
del Fiscal fué hábil: es sabido que en todo tiempo, entre
otros bienes mostrencos, los patrimonios de las perso-
nas muertas sin herederos pertenecían de pleno derecho
a l a Corona. A h o r a bien, a causa de las grandes epi-
demias, la población indígena había disminuido hacia
el último cuarto del siglo x v i ; entre los baldíos y tierras
desocupadas, una gran parte estaba representaba por

35
5 8 FRANÇOIS C H E V A L I E R

los terrenos abandonados de aldeas desaparecidas - e l


caso es mencionado con bastante frecuencia en las ac-
tas. Cuando el marqúés daba a censo tales tierras, sobre-
pasaba sus derechos de señor para adentrarse en los de
su soberano, según la vieja costumbre castellana. E n
el medio tan diferente de las Indias, esta regla estaba, es
verdad, sujeta a múltiples interpretaciones.
E l hecho es que u n proceso en regla comenzó en
1610. E l marqués apeló en contra de una sentencia
de la Audiencia, y en 1612 el asunto fué llevado ante el
Consejo de Indias. Éste reconoció primero ios derechos
de la Corona sobre las tierras de las comunidades des-
aparecidas y otros bienes de personas muertas sin he-
rederos (1620), después resolvió el punto esencial del
litigio prohibiendo al marqués distribuir las tierras
desocupadas o pastizales comunes (1627), mientras que
el 2 de j u n i o de 1628 u n a "real provisión executoria"
confiaba a u n oidor la ejecución de la sentencia. L a
"contradicción" del apoderado de los marqueses no
fué rechazada hasta 1634 y la muerte del oidor retrasó
aún la aplicación de las órdenes hasta 1642-44. 23

L a lentitud y la debilidad de las reacciones monár-


quicas y centralizadoras eran u n síntoma de los tiem-
pos. De derecho, no por ello habían dejado los M a r -
queses del Valle de perder la partida. De hecho, su
situación se encontró igualmente comprometida por-
que después de la muerte de D o n Pedro Cortés, acae-
cida en 1620. el "estado" nasó sucesivamente a manos
de dos mujeres que n i siquiera vivían en México: Doña
Estefanía, Marquesa del Valle y mujer del Duque de
Terranova, y luego Doña Juana, esposa del D u q u e
de Monteleone, a quien sucedió D o n Andrés, a la vez
Marqués del Valle, D u q u e de Terranova y Duque de
Monteleone (1653-91). Todos ellos residieron en Es-
24

36
EL M A R Q U E S A D O D E L VALLE 59

paña y sobre todo en Italia, abandonando completa-


mente la administración del marquesado en manos de
mayordomos y apoderados.
Así pues, los marqueses no podían ya disponer de
las tierras de su "estado" y el Tesoro R e a l recobró para
su propio provecho los censos que había impuesto D o n
P e d r o Cortés sobre los baldíos o tierras incultas. Los
virreyes empezaron finalmente a cobrar "derechos de
composición" para confirmar, en nombre de Su M a -
jestad, los títulos de tierras juzgados insuficientes. E l
marquesado conservó no obstante una justicia autó-
noma, de suerte que los alcaldes mayores y representan-
tes del marqués mantuvieron cierto control sobre las
mercedes de tierras que otorgaban los virreyes dentro
de los términos del "estado": sería necesario conocer
las prerrogativas de unos y otros, en esta segunda m i -
tad del siglo x v n , en que asistimos a una descentrali-
zación de hecho en beneficio de la aristocracia de te-
rratenientes.
En sus palacios italianos, los Duques de Terrano¬
va, como se intitulaban preferentemente, seguían con-
tándose de todas formas entre los más importantes
hacendados de ese lejano México que n i siquiera co-
nocían.

NOTAS

1 T o t a l obtenido sumando el monto de los tributos pagados por cada


p u e b l o del marquesado, según u n a lista oficial de todas las encomiendas
en 1560. P u b . P A S O Y T R O N C O S O , E p i s t o l a r i o de N u e v a España; I X , 4 a 6.
2 E l texto de l a real concesión de 1529 h a sido editado particular-
mente por Silvio Z A V A L A , L a s i n s t i t u c i o n e s jurídicas... Apéndice I X . V e r
C o l . d o c . i n . . . América y O c e a n i a (42 vol.); X I I , 291, citado por Ots
Capdequí en A n u a r i o h i s t . d e l D e r e c h o Español; I I , 1924. L a relación
más completa de las localidades del marquesado, de 1532, en G o l . d o c .
i n . . . América y O c e a n i a ; X I I , 554-63 (lista establecida por Cortés y que
comprende, por l o tanto, u n a extensión m á x i m a ) .

37
6o FRANÇOIS C H E V A L I E R

3 Jus p a t r o n a t u s y aplicación de l a b u l a prohibidos p o r u n a real


cédula del 20 de marzo de 1532: C o l . d o c . i n . . . U l t r a m a r ; X , 139. E l texto
completo en A r c h i v o General de Indias (Sevilla), Méjico 1088, v o l . I I , Fos.
32 a 4 7 - M a r t i n u s Cortesus e t c . , p r o h i b i d o en 1564: citado p o r R u b i o
Mañé, R e v i s t a de h i s t . de América, N 9 13, 1941; 70, etc.
4 C o l . d o c . i n . . . América y Oceanía; X I I , 314 y sgte. (provisión de
Mendoza del 30 -11 -1537 q u e recuerda cédulas de 1534 y 1536, etc.);
acerca de los hidalgos de l a península, cf. M O N T E M A Y O R Y C U E N C A , T r a -
t a d o d e l o r i g e n : . . . de l o s R i c o s h o m e s de Aragón (licencia de 1664, Méxi-
co, cap. 10 & 55 y 56. Otras medidas contra el marquesado: C . P É R E Z
B U S T A M A N T E , A n t o n i o de M e n d o s a , Apéndice III; Archivo General de l a
Nación; Mercedes, I V , F o . 138, etc.
5 Carta de l a A u d i e n c i a del 14 de agosto de 1531, p u b . C o l . d o c .
i n . . . América y Oceanía; X L I , 49. Contestación de S. M . d e l 20-4-1533,
pub. C o l . d o c . i n . . . U l t r a m a r ; X , 170; y también E N C I N A S , C e d u l a r i o ; I,
Fo. 63, o Vasco de P U G A , C e d u l a r i o ; 298 (u 83 Vo.); A r c h i v o General
de Indias, Méjico, 1088; v o l . I I , F o . 48 y sgts.
6 " . . . l a estancia no se puede vender, que es del señorío y traemos
pleito sobre e l l a con e l f i s c a l . . . " en: Relación de l a s h a z i e n d a s grangerías
q u e l Marqués m i señor t i e n e en e s t a N u e v a España y en t i e r r a s de su
e s t a d o , 12 dic. 1556, A r c h i v o General de l a Nación, H c s p . Jesús, leg. 267,
exp. 26.-EI proceso (que d u r a b a todavía en 1575) se encuentra en e l A r c h i -
vo General de Indias, Escribanía de Cámara 161A; véanse especialmente
Fos. 861-863, q u e precisan los orígenes de l a estancia (al parecer des-
de 1528).
7 A r c h i v o General de l a Nación, Hosp. jesús, 267, 26, doc. cit.
8 A r c h i v o General de l a Nación, Hosp. Jesús, leg. 69, exp. 13. Fos.
304-324 (con l a cédula, numerosas compras de tierras en 1557, en i b i d . ,
leg. 28, exp. 4-V.
9 A r c h i v o General de l a Nación, Hosp. Jesús, 267, 26, doc. cit.; T l a l -
tenango: " d e l sitio yngenio y casas se paga 12 pesos de censo a l a ñ o ; las
tierras que tienen en que están los cañaberales están arrendadas por seis
años, y muchas dellas pagado el arrendamiento por todo el t i e m p o . . . "
etc. Los arriendos de 1570: doc. p u b . P A S O Y T R O N C O S O , E p i s t o l a r i o ;
I X , 8-57.
10 A r c h i v o General de l a Nación, Mercedes; I I I , Fo. 130 (23 de j u -
lio de 1550).
11 A r c h i v o G e n e r a l de l a Nación, Hosp. Jesús, 267, 26 (1556).
12 E l testamento, p u b . G . R. C. C O N W A Y , México, 1940, p. 38, X L .
Véase Silvio Z A V A L A , D e e n c o m i e n d a s y p r o p i e d a d t e r r i t o r i a l ; 25-26 y
76-80.
13 Merced d e l 25 de mayo de 1598 cerca de T l a c o t a l p a , A r c h i v o Ge-
neral de l a Nación, H o s p . Jesús, leg. 107, exp. 48. A c o r d a d o d e l 15-2-1597
en Mercedes, X X I I , F o . 96 y V o . , etc.
w U n a fotografía de este curioso documento (fechado en l a " v i l l a
de Quoanavac" e l i<> de septiembre de 1536) me h a sido dada a conocer
por D . Federico Gómez de Orozco, su poseedor.

38
EL M A R Q U E S A D O D E L VALLE 61

15 Doc. d e l 4 de a b r i l de 1555, A r c h i v o General de l a Nación, M e r -


cedes; I V , F o . 141, "para que los alcaldes mayores de Teguantepeque
n o d e n nyngunas estancias n i caballerías de tierras en término de T e -
guantepeque syn lycencia de Su Magestad".
16 P A S O Y TRONCoso.-Epistolario; V I , 369-270, y también 139-143.
17 H a c i a T o l u c a : A r c h i v o General de l a Nación, Mercedes; II, F o .
214, V o . (1550); I V , F o . 247; etc. H a c i a Tehuantepec: I b i d . I X , Fos. 44,
83, V o . (1567); X , Fo. 94 V o . (1576); X X I I , Fos. 52 V o . , 174 V o . , 176, e t c . . .
(1596-98); X X V I I I , F o . 249 (1614) etc. Sobre l a "conjuración": OROZCO
Y BERRA, M a n u e l , N o t i c i a histórica de l a conjuración del Marqués del
Valle (1565-68). México, 1853.
18 Poder d e l Marqués a Gerónimo Leardo "gobernador y adminis-
t r a d o r d e l d i c h o m i estado", fechado el 4 de mayo de 1605; doc. d e l pro-
ceso citado, A r c h i v o General de la Nación, H o s p . Jesús, leg. 128, exp.
5, F o . 5.
19 T é r m i n o s de l a queja del Marqués que se repiten en u n a real
cédula... a l visitador de l a A u d i e n c i a L i c . Diego Landeros de Velasco;
autos fechados e n M a d r i d el 20 de j u n i o y el 19 de j u l i o de 1607, México
19 de mayo de 1608 y 14 de j u n i o de 1611. I b i d . 128, 5, F o . 82 V o . y sgts.
Fos. 90-94: ej. de mercedes virreinales en el estado en 1605-1610.
20 Se trata principalmente de u n título expedido en Cuernavaca el
29 de j u l i o de 1621 perteneciente al archivo de l a hacienda de Miaca-
tlán (Mor.); I, Fos. 122-126, proporcionado p o r D . Rafael García G r a -
nados. Otros títulos análogos se encuentran en este mismo archivo, en los
de las antiguas haciendas d e l estado de Morelos y en diversos legajos d e l
A r c h i v o G e n e r a l de l a Nación, Hosp. jesús; están mencionados "constan-
temente, y a veces citados i n - e x t e n s o , en los cuatro volúmenes de H o s p .
J e s ú s , leg. 96 (por ej. I, Fos. 88-90; III 418 y sgts.). Véase también leg.
128, exp. 5, F o . 122, 169, e t c . . .
21 P o r ej. H o s p . Jesús, 96, II (1618). O t r o tipo de contrato particu-
lar: I b i d . leg. 12, exp. 3, F o . 23.
22 P o r ej. documentos d e l proceso citado, Hosp. Jesús, 128, 5, F o . 122.
23 H o s p . Jesús, leg. 128, exp. 5 (transcripción de u n a serie de docu-
mentos m u y importantes). Véanse especialmente Fos. 2, 5, 9, 40-41 y
sgts. (tierras de indios muertos), 69, 82, 89 a 95, 104 a 107 (real cédula d e l
2 de j u n i o de 1628), 122, 177 a 180, 195-196 (doc. d e l 2 de mayo de 1642
q u e resume todo el proceso).
24 Lucas A L A M Á N . — D i s e r t a c i o n e s sobre l a h i s t . de l a r e p . m e g i c a n a .
M é x i c o , 1844; I I , 113-115, y especialmente 123-125; y R O M E R O DE T E R R E -
ROS, Hernán Cortés, sus h i j o s y n i e t o s , t a b a l l e r o s de l a s órdenes militares.
M é x i c o , 1944.

39
40
Laura Machuca Gallegos
México.
Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional Autónoma de México.
"El marquesado del Valle en Tehuantepec, México (1522-1563)"
pp. 121-131.

América bajo los Austrias: economía, cultura y sociedad.


Hector Noejovich Ch. (Editor)
Primera Edición
Perú
Fondo Editorial de la Pontifica Universidad Católica del Perú
2001
pp.121-131
ISBN 9972-42-447-2
Link:

https://books.google.com.mx/books?id=ctwcRZBnmsoC&pg=PA121&lpg=PA121
&dq=El+marquesado+del+Valle+en+Tehuantepec,+Mexico+(1522-
1563)%22&source=bl&ots=XMydFgWt7I&sig=ACfU3U2snBHFVKxZMQ_sBltZw
g3VSRu5Tw&hl=es-419&sa=X&ved=2ahUKEwiv-
KXts7_qAhVEnq0KHZbrC_sQ6AEwAHoECAoQAQ#v=onepage&q&f=false

41
El marquesado del Valle
en Tehuantepec, México (1522-1563)

Laura Machuca Gallegos


Universidad de Toulouse II, le Mirail, Francia

La provincia de Tehuantepec, situada en la parte sur del actual estado de Oaxaca,


México. fue una zona estratégica desde tiempos prehispånicos pues, ahi cruzaba el
camino para ira Chiapas y a Guatemala, tenia salida hacia el «Mar del Surm el Océano
Pacifico y, ademås, era centro de una actividad comercial importante,
Hernån Cojtés se enter6 de la existencia deTehuantepec desde 1.521. Cuando Cosijopi.

el cacique zapoteco. envi6 emisarios a pedirle ayuda contra sus vecinos mixtecos y algu-
nos pueblos insubordinados. Pedro de Alvarado realiz6 la conquista en 1522 y Cortés
asign6 la mismo aho- Cuando Cottés panic; para Hi bueras (Honduras)
provincia para si ese
en 1524. Gonzalo de Salazar y Peralmidez Chirinos la tomaron. Conés la recuper6 en
1526 y fue anexada al marquesado del Valle en 1529. tres décadas después, en 1560 la

Corona decidi6 integrarla en sujurisdicci6nl.


El objetivo de este trabujo es analizar el interés de Hernån Cortés por integrar la

provincia de Tehuantepec en Marquesado del Valle, y los problemas que él


el y, mås
tarde. su hijo Martin sostuvieron con la Corona a causa de este hecho.
No se puede negar el caråcter empæsarial de Hernån Cortés, sölo un hombre con
gran capacidad creadora y ambici6n puede ser capaz de Ilevar a cabo tantos negocios al

mismo tiempo. Su primera gran empresat la conquista de Tenochtitlåns fue un hecho


bastante relevante como para preservar su gloria. pero el de Cortés era un espiritu
inquieto.
Paralelo a la conquista y a los problemas que tuvo con la primera Audiencia, con el

virrey Mendoza y con la Corona, Coalés nunca dej6 de lado sus opemciones econ6micas•.
sus viajes de exploraci6n por «la mar del Sur», el comercio establecido con el Perü, la
puesta en marcha del ingenio de Tuxtla, el ingenio de Tlaltenango, sus estancias de
labor en Oaxaca, entre otras. En este esquema empresarial entra Tehuantepec que,

1 eMemoriade algunosde Ios pueblos que ej marqués del Valle don Fernando Cortés tenia e posciaal
tiempo de esta ciudad partiö a las Higucras». 1532. AGN. I/J. leg. 265 exp• 5. f. 10.
Pctcre Geograjia histöricade ta Nuevo Espana. 15/9•/821. México: UNAM: Instituto de Investigacioncs

1986, pp. 272-275.

42
122 Laura Machuca Gallegos

sin embargo, fue un mal negocio. De las actividades emprendidas en la regi6n: la


construcci6n de navios. la explotaci6n de yacimientos de oro y la cria de ganado. s610
ésta liltima proporcion6 algunas ganancias.

Construccic;n de navios

Quizå Ia razön mås importante que impuls6 a Cortés para solicitar la provincia de
Tehuantepec como parte de su marquesado fue, precisamente, la oportunidad que le
brindaba el puerto que se encontraba en la misma para ampliar sus conquistas por
Otras tierras, La travesia por e! «Mar del Sur» fue de una de sus grandes obsesiones2.
Inicialmente Cortés insta16 un astillero en Zacatula, Acapulco también fue una
opciön utilizada por Cortés. pero la diiicultad estribaba en que no habia caminos abienos
y el uso de bestias y carretas se haciu casi imposible3.
Tehuantepec resultö mås pråctico por su puerto natural, por la comodidad de
construir ahi mismo los navios por haber madera de buena calidad a su alcance ---en
la selva Chimalapa habia årboles de cedro, pino, roble, bålsamo y liquidåmbaH—— y
sobre todo por la posibilidad que presentaba el istmo de unir el Golfo de México con el
Océano Pacifico. La cornunicaciön entre los dos extremos se hacia a través del rio
Coatzacoalcos; el transporte de mercaderias se realizaba desde el lugar de su naci-
miento. en la vertiente norie de la sierra atravesada en un puerto llamado Utlatepec»
hasta el Golfo, y viceversas.
En el astillero de Tehuantepee. llamado del Carb6n se construyeron algunas naves
que zarparon del puerto de Santiago; aunque para la década de los cincuenta s610
funcionaba otro puerto, Salinas, de donde se mandaban mercancias al puerto de
Huatulc06i Desde Huatulco las expediciones de Cortés también se centraron en el
Peri y Panamå, a partir de 1536.

A1 respectovid. Primer Congres0deAmericanistas. Cortés. flombrede empresa. Valladolid:


Publicaciones de la Casa Museo de Colon, 1990.351 p. PORTO-LA, Miguel. /lernån Cortés y Mar
del Sue Madrid: Cultura Ilispånica c Instituto de Cooperaciån lb.•roamericana. 1985.200 p.
Ccxrts, Ilemån. de relaciJ/l. Prelimma.r Manuel Alcalå. 12 ed. México: Pomia, 19SI. (Scpan
cuantos, 7), 169-170. de Diego I alguaeil mayor de lentando
Conés, sobre haber mandado cargar muchos indios tamemes contra as ordcnanzas mandadas publicar
I su
majeslad». México: 1532 Archivo General de Naci6n. México adelante AGN). IlospiialdeJei$És. leg.
289 exp. 103,AptidZwA1.A. Silvio. Tributosyserviciospersonalesde indiosparaHemån Cortés y sufumilia.
Ertraciosde dtrnmenlos delsiglo X VI. México: ArchivoGeneraI de IaNaci6n. 1984. 88.
••Relaciön deTehuantepec». Ent René (Ed.). Relacionesgeogråficas delsigloXVI„ Aniequera.
2 v, México: Universidad Nacional Aulönoma de México. Instituto de Investigaciones
1984. Tomo 11. p. 119.
S Scgün 10 "Relaciånde Tehuantepec» sc (222.S8km.)enapmximadarncnte
S dias. De Utlalcpec hasta Ia vi Ila de Tehuantepec Ios tamemes debian Ilevarlas cargas en una distancia de
30 0 40 lcguas ( 167.16 kmr, 222.88 km.)i Para 1580 ya se hahfa descubierto un camino mås cono y mås
scguro. queya no tenia como punio de embarque a Utialcpec, donde sc podia transilar con carrelas en
oeho u nueve dias en una distancia de 24 leguas (133.728 km.) p. 124.

Scdesconoccla localizaciön exacta deestossitios.parauna discusi6nsobreeste1cmavid.


Max. •Hernån Cortés and the Tehuantepec passagc». En: Ilispanic American Ilistorical Review. XXIX.

43
El marquesado del Valle on Tehuantepec, México (1522-1563)
123

Parece que el astillero de Carb6n fue instalado en 1526, cuandoel rey orden6 a Conés
preparar una armada para buscar a la de Francisco Gaucia de Loaysa y la de Sebastiån
Cabot07. Inmediatamente. Cortés envi6 a Tehuantepec a su sirviente Francisco Ma Idonado,
como Capitån General y Superintendente en la construcci6n de tres navios. Sin embargo,
Maldonado se dedic6 a hacer fonuna y se pivocup6 de las érdenes de su jefe.
La primera Audiencia en 1528. como sus miembros eran enemigos
se instalö
acérrimos de Cortés, quien se encontraba en Espaia, el astillero se abandonö y las
naves, atin inconclusas, se daiaron.
A su regreso en 1530. Cortés ordcn6 reconstruir dos navies en Tehuantepec y dos
en Acapulco; con eslos ültimos mand6 recorrer el Pacifico, pues obtuvo por real
cédula de 1531 la capitulaciön para el descubrimiento de la Mar del Sur8.
Alrededor de noviembre o diciembre de 1532. Cortés se dirigiö a Tehuantepec
para terminar los dos navios, residiö ahi con todos sus criados y 30 oficiales espaioles
a los que pagaba 400 pesos de minas al aio, el costo de los navios 10 calculaba en 30
mil castel lanos9.
También, fray Martin de Valencia y otros franciscanos, entre ellos Motolinia. se
instalaron en Tehuantepec para ir en la flota al descubrimiento de nuevas tierras y
evangelizar. Fray Martin decidi6 regresar cuando consider6 que los navios todavia

tardarian en terminarse y dej6 a tres comparieros para que continuasen el viaje: fray
Martin de la Coruna, fray Juan de San Miguel y fray Francisco Pastrana10
Consta que en abril de 1533. Cones trat6 de efectuar la botadura de los navios al

agua, pero segén versi6n de fray Francisco de Burgoa. el viento soplaba tan fuelle que
choc6 con uno de los navios y se fue a pique, raz6n por la cual uno tuvo que hacerse de
nuevo y el otro casi tcxlo. Los franciscanos dicen que la causa de no realizado el
viaje fue que la madera estaba carcomida y por ser asi la voluntad de Diosl 1.

agoslo 1949. p. 376. 01-a relaci6n de Tehuantepec» indica el logar donde se echaban los navios al agua.

[bidet". p,
CORTGS. Hernån. Cartas y doewnenlos. Introducci6n Mario Herndndez Sånchez. México: Pornia.
1963. p. 593-594.
s eCédu1ade la reina Juanacon Hernån Cortés parael descubrimientodcl Mardel Surge Madrid: 1531.
Cédularioconesiano. Compilaciön Bealriz Arteaga y Guadalupe Pérez San Vicente México: Just 1949.
217-2 IS. El viaje de Diegode I-luttado Cue un fracaso vid. Bernal Diazdel Castillo„ l/isforia verdaderade
Ia ia Naeva Espana. 5 ed. Introducci6n y notas Joaquin Ramirez Cabanas, Mésicot Pornia.
1967. (Sepan 5): cap. CC. SOO.
9 Carta de Hernån Cortés asu parieme y procurador Francisco Nüilcz». Tehuantepec•, 20jumo 1533.
Cartas y documentos. Op. eit., p. 517.
10 *Cuentade 10 que ha gastadoel Marques del Valle con los oficiales e marineros e gente de guerra del
armada que saliå a descubrir en ci mar del suf». Puerto de Santiago. Tehuantepee. 20 oclubre 1533.
Coleceiön de documen10$ inédi105 relalivos at descubrimiento. conquista y organizaciön de las antigltas
posesiones espanolas de América y Oceania. 42 v. (En adelante CDI); XJI. p, 298. Motot.tStA, Ilistoria
de tos indios de Nueva Espafia. Estudio. notas e indice Edmundo O'Gorman. México: Pornia, 1969.
(Sepan cuåntos. 129). p. 137.
oe BURCOA, Francisco. Geogråficadescripciön. Ed, Facsimil. 2 v. México: Tallercs Gråfieos de la

Naci6n. 1934. (Publicaciones del AGN, XXV y XXVI): II, p, «Carta a la empetatriz de Audiencia

44
124 Laura Machuca Gallegos

Cortés permaneci6 en Tehuantepec hasta el otofio de 1533, Cuando el 30 de octubre,


pudo despachar dos navios del puerto de Santiago: la Concepci6n y el San Låzaro. A1
frente del San Låzaro iba Diego Becerra de Mendoza y como piloto Ortufio Jiménez,
en el otro iba Hernando de Grijalva subordinado a Becerra. Esta expedici6n, como las
otras, fue un fracas012i Dos expediciones mås, una de 1535 y Otra de 1539, acabaron

con las esperanzas de Cortés,


En enero de 1540 Cortés parti6 a Espafia para teclamar sus derechos y nunca volvi6
a la tierra de sus conquistas. Sin embargo, como en el astillero de Tehuantepec Se
construia el gale6n Santa Cruz y toda una flota para realizar nuevas expediciones, dio
6rdenes de suspender la obra, y aunque tomö medidas para conservar los navioss éstos
sufrieron una lenta desintegraciön debido al sol. el viento y la Iluvia. Ademås, el virrey
Mendoza mandö confiscar el astillero.
En 1552, los encargados de los negocios de la Sucesi6n del marquesado, el gobemador
Pedro Ahumada y el contador Juan Altamirano decidieron echar andar empresas para
obtener mis dinero y utilizznron nuevamente el astillero. Bajo los auspicios de Pedro de
Ahumada se repararon los navios para transportar carga.
Dos barcos, el San Pedro y el Santa Cruz ya estaban listos para zarpar en el otoio de
1553 y se destinaron al tråfico con el Penfii„ el San Läzaro, que en 1539 y 1540 se utiliz6
para comerciar con Panamå, también fue reparado para el transporte de abastecimientos
entre Tehuantepec y Huatulco y para el tråfico de cabotaje. Un nuevo navio el San
Vicente se mandé a Nicaragua con cargas de sal. Por liltimo, se construy6 el Santi

Spiritus, cuya botadurajamås se realiz613.


Después que el Segundo Marqués Ileg6 a Nueva Espaöa en 1562 y que la Corona se
adjudic6 la Provincia para si, los descendientes de Cortés dejaron de construir navios y
de participar en empresas mercantiles al Peni

Actividades mineras

Pasemos ahora a las actividades mineras, de las cuales poco se sabei4. Se tiene
noticia de que Cortés ya explotaba los yacimientos de oro de Tehuantepec desde

de México», I I mayo 1533. Epistolario cie Nueva Espwia ( 1505-1818) 16 v, Francisco


del Paso y Troncos0i México: Antigua Libreria Robredo, i 940. (Biblioleca hist6riea mexieana de obras
inéditas. segunda serie): II 1. p; 89, (En adclante ENE).
12 Antonio. I/i$toriageneraldeloshechosdeloseaste/lanose/' lasislasytierrasdelmar
océanu 5 v. Pr61 Natalicio Gonzålez. Asunei6n Paraguay Guarania. dec. vol. 4. t. 7. p. 10. Para
una relaci6n mås amplia de este hecho vidi Bernal Diaz. Op.cilw, p.
Accrcade CSIÄS naves vid BORAH. Woodrow. Comercioynavcgaciön enfreMéxicoyPertieneIsigIo
X VI. Trad. del inglés por Robcno Gérncz. México: Instituto Mexicanode Comercio Exterior. 1975. (Seric
historia del comercio exterior de México. 2). Cap. 4 •Las empresas comcrciaJes de Cortés». Accrca del
navio San Vicente AGN, Hospital de Jestis leg. 60 bis exp. 2. 1

14 Vid Jean Pierre. •L.as minasde orodel Marqués del Valle en Tehuantepec„ 1540-1547». En:
Historia me-vicana- México: 1958, pp. 122-131,CAOF.N1iV.ADJk.. Ivie E. •Some mining operations
ofCones in 1538-15470. 190, pp. 283-287.

45
El marquesado del Valle en Tehuantepec, México (1522•1563)
125

1532. pero de hecho la documentaci6n no proporciona datos rnås concretos sino hasta
1538. Cortés poseia esclavos indios y algunos ncgros que buseaban oro en el rio de
Nuestra Seöora de la Merced y en las minas de Macuiltepec y Nuestra Senora de 10s
Remedios15.
Por ejemplo, en 1543 se empleaban 395 esclavos indios. divididos en cuadrillas. Cada
una bajo las 6rdenes de un minero espafioL De la administraci6n general se encargaba
un mayoldomo, quien debia Ilevar el polvo de oro recogido a Tehuantepec dos veces al
afio. El oro era pesado por el alcalde mayor y enviado al gobernador del marquesado. EI
marquesado suministraba un fuene capital en mano de obra y herramienta, aunque la
manutenci6n de las minas. como en el caso del astillero, corria a cargo de los tributos de
10s indiosdeTehuantepec. quienes también prestaban servicio personal,
La producci6n dcclin6 poco a poco, La epidemia de 1545 fue una catåstrofe. Poco
tiempo después, los esclavos fueron trasladados a las minas de Taxco. Zumpango y
Zultepec, que ofrecian mayores ganancias.
La documentaci6n también indica que aunque a Conés se le neg6 Nexapa (provincia
vecina de Tehuantepec) como parte del marquesadoy explot6 ciertas minas de plata
de esta provincia, sin que se conozcan 10s alcances de su producci6n16.

Cria de ganado

Finalmente. se tiene la cria de ganado mayor y menor que fueempresa econ6mica


la

que més ganancias rindi6. Tehuantepec se abri6 campo en la dinåmica colonial


principalmente a través de la Cria de ganado en la que no s610 participaron los marqueses
del Vaile. sino numerosos espaöoles y naturales. sobre todo a partir de la segunda
mitad del siglo X VI.
De heeho, ya Francisco Maldonado en 1526 habia Ilevado varias cabezas de ganado
porcino para alimento de sus hombres17. Pero a partir de 1530s en lugar de criar
cerdos. que resultaba poco rentable pues su reproducci6n era råpida y por 10 tanto•su
valor disminuia en el mercado, se procurö introducir toda clase de ganado y aprovechar
la tierra llana y con muchos pastos, ideal para la ganaderia a gran escala-
Conés form6 una compania de ganado vaeuno, ovejuno y yeguas con Juan de Toledo,
alcalde mayor de Tehuantepec, a panirde 1538. Esta empresa comenz6 con 12 caballos
y I I I vacas; para 1543. se tenia en las estancias 13.700 ovejas. 700 vacas y 185 caballos18.
Una parte de este ganado se Ilevaba a vender a Guatemala y Otra se utilizaba para la

Pierre. ibidem: 122


€SecogieronenIasminasdeNejapaconesclavosdesu sefior(aqueteniaacargo Salvador Pilaret30
los que les dice tiene enviadocierta pane a su seiorfa y que de 10 demås pago al mi ncro
marcos de plata de
que anduvocn Ias minas». "Proceso de residencia a Juan de Toledo. alcalde mayor de Tehuanlcpec». 10
octubre 1543. AGN. nospilal de Jesti$. leg. 160 his. parte.• 10.1 i6v•111.

«Testimonio de Francisco dc Paz a Juan Suårez, gobernador». 4 octubre 1531. AGN.


nospital deJestis. leg, 160 his plc.. 1'0.3.

«Proeesode residencia a Juan Doc.cil: 10.112 y 113v.

46
126 Laura Machuca Gallegos

alimentaciön de tos esclavos y empleados del marquesado, En una de las haciendas


ademås se mantenia una teneria, 10s cueros y sebos eran enviados a Perth. La documen-
taci6n no menciona cuando termin6 esta compaiia, la cantidad de ganado fue en
aumenio. Precisamente cuando la provincia de Tehuantepec pas6 a jurisdicci6n real, el
segundo nurqués del Valle pudo mantenerel pueblo de Jalal*i convenido en couTegimiento
(pero subordinado econömicamente a la cabecera Tehuantepec) y sus haciendas gana-
deras llamadas Marquesanas. que para 1600 contaban ya catorce.

Los intereses de la Corona

En esta primera parte hemos delineado el interés de Cortés por incluir la provincia
de Tehuantepec dentro del marquesado del Valle; veamos ahora las razones de la

Corona y de las autoridades novohispanas para que esto no sucediera.


Desde el momento mismo en que la reina Juana y el emperador Carlos V (1519*
1555) otorgaron a Hernån Cortés la merced del marquesado y de los veintitrés mil
vasalloss como dice Francois Chevalier, los juristas y demås personas encargadas de
los asuntos de Indias se dieron cuenta de la enormidad de la concesi6n y «con los

procedimientos habituates en Ios legistas, comenzaron a cercenarla, a minarla y a


medios posibles»lO.
limitar su alcance por todos los
El emperador y los miembros det Consejo de Indias no desconocian la calidad de
Tehuantepec como puerto, Cortés ya habia hecho alusi6n a ello en sus cartas. Si se
fama y poder de que gozaba Cortés y porque de esa forma se le
cediö, fue por la gran
mantenia ocupado en otras actividades, que no eran las politicas, sufragadas por él
mismo y para beneficio de la Corona.
La situaciön cambi6 con Felipe II ( 1556-1598), quien percibi6 muy bien la necesidad
de restringir el poder de los espafioles en América y Martin Conés no escap6 a esta
consigna.
Hernån Cortés. después de realizada la conquista de Tenochtitlån, comenz6 a
organizar el nuevo territorio; una de sus acciones fue repartir, en nombre del rey.
pueblos en encomienda a sus soldados con el fin de ayudarles en su sustentaci6n y
como una forma de procurar la conservaci6n y buen tratamiento de los indios20. El
asign6 para si los territorios mås ricos o aquellos que contaban con una posici6n
geogråfica estratégica.
Como 10 indica Bernardo Garcia Martinez, las empresas de navegaci6n y
descubrimiento de Cortés debian ser productivas y estar orientadas haeia el Pacifico,
para 10 cual se vali6 de las rulas eomerciales y culturales de los pueblos indigenas que

19 Francoism informaciöndelosgrandeslalifimdios cu México. lierraysociedadenlossiglos


X V/ y X VIL 2 ed. 'Trad. del francés Alilonio Alatorre. México: Fondo de Cultura Economica. t 976. p. 161
20 ZAVALA, Silvio. lulencomiendalndiana- Madrid: Junta parala Ampliaci6ndeEs1udioseInves1igaciones
Cientificas. 193.5. (Centro de Estudios hist6ricos. serie hispanoamericanu. 2). p. 41.

47
El marquesado del Valle en Tehuantepect México (1522-1563) 127

formaban dos tentiiculos hacia dos regiones importantes: Tututepec y Tehuantepec„


Zacatula y Colima21.
La merced tnås grande que el rey otorgaba a un subdito era nombrarlo senor
jurisdiccional o senor de vasallos. 10 que significaba tener el entero dominio sobre un
territorio, mås no la propiedad. El senor podia gobernar y ejercer su delvcho sobre
éste y los habitantes, asi como cobrarles un tributo o renta en reconocimiento del
seüorio; el rey solo conservaba el derecho a legislar, acuöar moneda y tenia la ültima
palabra en casos de justicia y de guerra22. No obstante. la Corona siempre percibi6
muy bien el peligro de nombrar senores en lugares tan lejanos de su control.
Hernån Cortés menciona en una carta de 1526 dirigida a su padre, su deseo de
obtener en merced Tehuantepec y otros pueblos del Océano Pacifico como Zacatula
y Michoacån «porque para mi proposito de seguir esto de la mar del sur es 10 mås
necesario» y 10 mismo ocurre en el memorial de 1528 aunque ya no pide Zacatula23.
En una breve cédula de abril de 1528, la Corona senalö los pueblos que convenia
quedaran a su servicio, entre ellos Tehuantepec. Por 10 tantos resulta desconcertante

la actitud de la Corona en la merced de 1529, de las 22yillas y los 23 mil vasallos. que
incluia en la regi6n del istmo no s610 Sino también Jalapa y Utlatepec,
que era el punto de embarque de las mercancias que venian de Veracruz por el rio
Coatzacoalcos al puerto de Tehuantepec:
Por la presente vos hacemos merced. gracia e donaciön pura, perfecta y no revocable que
es Otra entre vivos para agora e para siempre jamas de las villas e pueblos de Cuynacan.
Atlacavoye. Matalcingoy Toluca. Calimaya, Cuernavaca, Guastcpcques Acapistla. Taute-
pcquc, Tepistlan. Guaxaca, Cuyulapa, Etlantequila. Vacoa, Tehuantepeque,JaIapa, Udarepe-
ques Atroyestan. Equerasta. Ttuistlatepcca, Izcalpan que son en Ia dicha Nueva Espana

hasta en nimero de veinte y tres mil vasallos y jurisdicciönCiviI y Criminal alta y baja mero
mixto Imperio e Rentas y oficios y pechos y derechos, y monies y prados y pastos e aguas
corrientes, estantes y manantes..y con todo lo otro el senorio de las dichas villas y pueblos
de suso declaradas24

Los puertos de mar no se incluian en los sefiorios, sin embargo, ni el rey ni 10s
miembros del Consejo de Indias desconocian que Tehuantelx•c contaba con uno. Desde
su tercera carta de relaci6n, Cortés menciona a Tehuantepec como un provinciajunto

2 i GARCIA MAKTisrz. Bernardo. EI marquesado del Valler Tres siglos régimen Nneva
Espano„ México: EI Colegio de México. 1969. (Centro dc Estudios Elisiöricos Nueva Series 5). p, 43.
22 pp. IS-19.
Canade Elernåncortésasupadre DonMartin Tenoch1itlån:26 scptiembre 1526 •Memorial
de servicios y conquistas hecho para ci emperador en solicitud de éste». Cartas y documentos. Op. cito pr
y pp. 396-399m
24 .DcIos pueblos cycsehande lacorona Real". Madrid. 5 abril 1528 Leyes
y ordenun:as reales de Ias indias del mar océanom Preliminar Jestis Silva•l-lertog. Estudio ctilico Beatriz
Bernal. México. Miguel Angel Ponia. 1984: 42, •Real cédula cn que se hacc merced a Ilernån Cortés dc
veintidos y vcintc y tres mil Vasaltos». Barcelona. Giulio 1529, Carlos y docuntentos, Op. Cir. 596-
599. Cuando Tehuantepec pasa a la Corona el M arquesado reclamö Utlatepec como depedencia de Jalapa.

48
128 Laura Machuca Gallegos

al mar del Surt por cuya tierra se podia descubrir este mar. En la quinta carta cuando
escribe al rey sobre la Ilegada del navfo del capitån Loaysa, refiere claramente que
«estando... haciendo este despacho para vuestra sacra majestad. me Ileg6 un mensajero
de la mar del Sur eon una carta en que me hacia saber que en aquella costa, cerca de
un puerto que se dice Teaoantepeque. habia Ilegado un navio...» 25
Silvio Zavala menciona que toda legislaci6n indiana debe ser mirada despacio y en
tcxlos sus escondrijos, pues las sin razones aparentes tienen a veces su raz6n26. En
este caso se puede considerar que la Corona comenz6 con Cortés el juego de tira y
afloja; le daba Tehuantepec que todavia era una puerta para realizar desde ahi nuevos
descubrimientos, pero le quitaba Zacatula. Michoacån y Tututepec, Incluso, no es de
dudarque desde el momento mismo de expedidu la cédula, ya se pensara en quitårselo
larde o temprano.
Cuando el nuevo Marqués regres6 de Espafia en 1530, debi6 esperar la inslalaci6n
de la segunda Audiencia en enero de 1531. Pensando que el proceso de la posesi6n de
sus pueblos seria råpidos present6 ante los nuevos oidores la merced del rey. pero
éstos le mostraron un capilulo de su instrucci6n en que se les mandaba «contasen los
27
dichos veinte e tres mil vasallos y que después de contados, se Ios entregasen»
Desde un principio, la segunda Audiencia comprob6 la dificultad de contar los
vasallost aunada a la necesidad de conciliar los distintos grupos que se disputaban el
poden Por esta raz6n. decidiö Ilegar a un acuerdo con el Marqués: se le daria en plena
posesi6n los pueblos de Cuernavacat Acapixtla, Yautepecs Tepoztlun, Oaxtepec.
Tehuantepec. Jalapa, Utlatepec, Questastla e Izcalpan y los restantes pueblos quedarian
en encomienda28. En febrero de 1531 se otorg6 el mandamiento de posesiön de
Tehuantepec. s610 un mes después de instalada la Audiencia, 10 que nos puede indicar
un apresuramiento en sus decisiones en 'torno a los bienes de Cortés.
Cortés aprovech6 la situaci6n para hacer dos reclamaciones. una sobre 10s residuos
de pueblos, que habia pedido y no fueron incluidos en Ia merced de 1529, y sobre Ios
pueblos sujetos a la villas de su El problema fue que se quiso asignar pueblos
que con•espondian a otras provincias e incluso hizo uso de violencia para lograr1029.
Quizå de primer momento. la segunda Audiencia desconcxia la calidad de Tehuantepec
y poreso la cedi6 en seiorio. y no en encomienda; aunque muy pronto fue informada por
varias personas sobre la calidad del territorio. En una relaci6n de 1531 al rey, y por

Canacon fechade 15 de mayo de 1522. Cartas de relacidn, 165•169. La quintacartaeslå


fechada en 3 de septiembre de 1526: 281.
26 Silvio Zavala. EI servicio personal de los indiosen Nueva Espaia. 3 v. México, Ej Coiegio de
México, El Colegio Nacional. 382. 627.
27 *Relaci6n dada Ilernardo Cortés al licenciado Nuncz sobre tascosas dc Nueva Espaia». 1532-
1533?, Cartas y documenros. Op. cir 426.
2s «Tesumonio de un asienlo hecho entre la audicnciade México y Hernån Cortés. sobrc Ios veinlitres
mil vasallos de que el rcy te habia hecho mercede. México. 2 mayo 1531. CDI'I XIL 515.
2') Pocejempto.Tequisistlan. unpuebloqucsecncucntradcnlrodelaprovincia.sedioenencomiendaaun
tal Luis delaCueva, el cual pore! mismo Zavala- Tributosy servicios. Op. cir 349-352.

49
El marquesado dei Valle en Tehuantepec, México (1522-1563)
t 29

informaci6n de Pedro de Alvarado. la Audiencia menciona que entreg6 este sitio al

Marqués aque tiene pueno donde hacer los navios•, esto tiene calidad por tener puerto é
no es tierra de la calidad de '10 del dicho esl rica de oro y buenas
maderas para hacer navios como los hace»301
La Corona también empez6 a hacer pesquisas sobre los territorios otorgados a
Cortés. En 1532 pregunt6 a la Audiencia qué puertos habia en el mar del Sur y ésta
contest6 que doss Acapulco encomendado a Villafuerte y Tehuantepec en merced del
Marqués que «por ser puerto Ian principal y tener aparejo para las navegaciones y
estar en él la provincia de Tehuantepeque que es muy buena paresce que convenia
ser de vuestra majestad. especialmente no habiendo otros puertos en el mar del sur»31
A partirde entonces» varias solicitudes de vecinos y autoridades, entre ellos el mismo
virrey Velasco, fueron enviadas a Ia Corona, pidiendo que Tehuantepec y Cuernavaca
no permanecieran en el marquesado.
Se hab(a dejado Tehuantepec a Cortés pues se pensaba que si sus empresas resul-
taban exitosas serian en provecho del rey, sin embargo no se obtuvieron Ios resultados
deseados. Mås de 30 anos después de otorgadas las mercedes del marquesado y las
22 villas, Felipe II, quien ademås estaba necesitado de recursos, hizo caso a la serie de
solicitudes acumuladas desde el momento mismo de otorgada la merced.
1560 fue el aio clave en la realizaci6n de un prop6sit04eseado por varios juristas
y particulares. En febrero la Audiencia envi6 al rey una memoria de las provincias y
pueblos que no convenfa se enajenaran de la Corona, Tehuantepec figur6 en primer
término, y recomend6 remunerar al Marqués con la equivalencia en tributos de otro
pueblo. de 10 cual no recibiria ningün agravi032.
Por real cédula despachada en Toledo el 16 de diciembre de 1560, el rey —-en
atenci6n a la poca renta que el fiscal dejaba para el segundo Marqués, el gran daöo y
disminuci6n que pcxlian resultar de su estado y autoridad. y por los servicios prestados
por su padre— confirm6 lamerced de los 23 mil vasallos y 22 villas con sus sujetoss
jurisdicci6n y rentas, sin que el fiscal de la Corona se entrometiese ya en minarla,
salvo Tehuantepec•.

30 aRelaciOndodaporlos oidorcs de Nueva Espufia, paru nouciade su magestad accrca delos vasallos
del Marqués del Valles remitida por el capitån Alvarado». México, 1531. CD/: XIV, 336.
"Cartaalaemperatriz. delaAudieneiadeMéxico, diciendoque habian dado noticiadelaarmadaque
preparaba Alvarado...dan otras noticias y consultas varias particulares•, México, 3 noviembre 1532.
ENE:lJ.214.
32 al marqués del valle por raz6n del pleiloqueconél fiscal sobre Ia cuentade 10s se
le hubiesen de quitar algunos. se debria mandar las causas que escnbo. a su majestad, que se pusicsen en
Ia Real Corona los siguientes: Teguantepcque que es provincia y pueno importante y Cuilapa y
Guaxaca ser pueblos principates„». y el pueblo dc Toluca. convernia que Teguantepcque se pusiese en
la Real Corona. y se le diese la equivalencia en otros tantos indios y tributo igual que en ello no recibiria el
marqués agravio. c impona de su magestad que esté en su cabeza esta provincia y puerto».
al setNicio

eMemona de las provincias que estan en cabeza de su magezt;ad en la Nueva Espana y que no sc debco
enajenarde 10 Real Corona ni encomendarlos a alguna». México 25 febrero 1560. ENE: IX. 48-40

50
130 Laura Machuca Gallegos

«...habiendo se me eonsultado por 10s del dicho nuestro Consejo de las Indias e teniendo
por bien de hacer merced a Vos el dicho don Martin Cortés. marqués del Valles de os
aprobar y confirmar la merced de los dichos veinte e dos villas y lugares con sus aldeas,
jurisdicci6n y derechos que asi si majestad el emperador mi senor hizo en la dicha Nueva
Espaha al dicho marqués don Fernando Cortés vuestT0 padre sin limitaciones ni restricci6n
de nümero de vasallos, con tanto que el pueblo de Teguantepeque con sus sujetos ques
puerto de la mar del Sur quede para nos e para Ia Corona real destos reinos con su
jurisdicci6n civil e criminal e rentas e provecho que en él hubiere...»33.

Martin Cortés obluvo el derecho de conservar Jalapa y las estancias de ganado,


adenuis de una recompensa perpetua pagada en dinero y maiz equivalente a 10 que
recibia en Tehuantepec. Juan de Salinas. que habia Sido alcalde mayor de Ia provincia de
zapolecas, tom6 posesiön de Tehuantepec en nombre de la Corona el 8 dejunio de 1563;
recibiö 6rdenes de residir como justicia y de averiguar los tributos que los naturales
solian dar al Marqués y la posibilidad de aumentarlos. El 23 de noviembre de 1563, la
Audiencia resolvi6 retribuir al segundo marqués perpetuamente. la cantidad anual de
1,527 pesos de oro comün y 3,442 fanegas de maiz que pagarian los pueblos de Tenango,
de Chimalhuacan y, en caso de faltante, también los pueblos de la provincia de Chalco.
Sin embargo, esta renta representa apenas las tres cuartas partes de 10 que vetdadera-
mente tributaban los indios de Tehuantepec, ya que en diciembre del mismo aio se
mandé tributaran a la Corotra 2.325 pesos de oro comtin y 49650 fanegas de maiz34, Esta
recompensa se entreg6 hasta 1814 —incluso en los periodos de secuestro del
marquesado-— «en que por urgencias del erario se dejode pagar la dicha recompensa» 35
Considero que esta separaci6n de Tehuantepec del marquesado del Valles puede
ser una causa indirecta de la conjuraci6n de Martin Cortés. Me explico brevemente;
en 1562 el hijo de Hernån Cortés, Martin, Ileg6 a Nueva Espaöa y uno de los primeros
asuntos que trat6 fue la renta que debia obtener a cambio de Tehuantepec. La influencia
y el respeto que gozaba entre la sociedad novohispana no se pone en duda, pero tuvo
varios roces con el virrey Velasco y pleitos de jurisdicci6n territorial con espafioles a
los que debia agradecimiento. El virrey Velasco antes de morir (1566) escribi6 al rey
y se quej6 de la conducta del Marqués, agregando que sus tributarios rebasaban el
mimero estipulado y que sus rentas eran cuantiosas. Esto propici6 que el fiscal del
Consejo de Indias pidiera declarar nula la concesi6n hecha al Marqués de gozar
libremente de su estado, sin tomar en cuenta el nimero de vasallosy y abri6 de nueva
cuenta el proceso. Se mand6 a Martin Cortés presentarse personalmente o enviar un
representante ante el fiscal.

•Merced confirmadaaMar1fnCor1ésenreal cédulahcchaen Toledoconcxcerxiöndclavillaypuerto


de Tehuantepec». 16 diciembre 1560, AGN, nospilal de leg. 235 f. 545.

34 Ibidem f. 550 Bernardo Garcia Manjnez incluye la forma en que sehizo Ia distnbuci6n paracl pago
de Ia recompensa entre Ias pueblos de Ia provincia de Chalco. Op. Cir.: 147-148
Ibidemf.568.

51
El marquesado del Valle en Tehuantepec, México (1522-1563)
131

Segdn Juan Suarez de Peralta. con esta citaci6n también se mand6 la cédula real
—--que nunca se mostr6— donde que
encomiendas pasaran a tercera
se prohibia Ias
Vida. I os encomenderos no estaban dispuestos a ver mermado su patrimonio y ya
desde antes habian empezado a organizar una conspiraci6n contra la autoridad real e
invitaron al marqués del Valle a encabezarla. Quizå Martin Cortés decidi6 entrar en la
conjuraei6n, cuando se enterö de la resoluci6n del fiscal y porque aun tenia muy pre-
sente la pérdida de Tehuantepec y sabia que la Corona no se limitaria en menguar mås
sus posesiones. No obstantes como dice Manuel Orozco y Berra, Manin Cortés titube6
demasiado y de ahi una de las causas de que la conjuraci6n abonara. Su actitud
motiv6 el secuestro de sus bienes de 1567 a 157336.
En el siglo XVII, el marquesado pasö a terceras manos que 10 administraron desde
Europa, y todo parece indicarque la perdida de Tehuantepec no tuvo efectos adversos
sobre su economia general.
En conclusi6n, Carlos V no quit6 Tehuantepec a Hernån Cottés por una politica de
de poderes y de conveniencia, el Marqués era una figura bastante fuerte en
conciliaci6n
Nueva Espafia y su espiritu de aventura podia Ilevarlo a realizar otros descubrimientos
en provecho de la corona espafiola. Con Felipe II, la situaci6n cambi6, el nuevo rey
necesitaba rnås recursos econ6micos para Sus empresas en Europa y presionado también
por los constantes requerimientos de varios espafioles residentes en la Nueva Espaha.
decidiö poner bajo sujurisdicciön la provincia de Tehuantepec, la cual, sin embargo, no
era de las mås comparada a Cuernavaca. Yautepec o 'Toluca.
rentables,
En realidad en esta separaciön nada tuvo que ver la dinåmica interna de la provincia
de Tehuantepec, la cual sigui6 su desarrollo aunque distinto de cuando pertenecia al
marquesado; su gran cualidad fue contar con un pueno y la legislaci6n no podia Ser
dejada de tado: el gran sefiorfo de los Cortés en América qued6 sin un puerto de mar.

36 AcercadeIaconjuraci6n.ManueI Orozcoy Ben-a. Noticiahiståricadelaconjuraciåndelmarquésdel


Val!e. 1565-1568. (Formada en Vista de nuevo$ document0$ originates y seguida de un estraeto de IOS
documentos). Méxi La conjuraciön de
Tipografia de R. Rafael. 1853, Juan Suårez de Peralta.
tnarlin Cortés y orros remas. Prölogo Agustin Yanez. México: Universidad Nacional Autånoma de
México, 1945. (Biblioteca del estudiante universitano. 53).

52
53
Naseli Meléndez Zárate
Instituto de Estudios Superiores del Istmo de Tehuantepec
Oaxaca, México.
"Nadxieelii Pinopiia"

54
Nadxieelii Pinopiia

Naseli Meléndez Zárate.

La virtud hace del ser humano un ser controlado, cuidando la razón y no


dejando que lógica pierdan ante suposiciones apresuradas. La virtud como toda
cosa lógica tiene un orden. La virtud es la razón, prudencia y sabiduría, desde los
diálogos platónicos como el Fedón, Fleobo, Banquete, Tetettes y la República,
Platón desarrolla el interés de la virtud que nos lleve a la realización y satisfacción.

Cada lugar, cada contexto se manifiesta en formas y percepciones, pero


siempre conservando la virtud que nos hace únicos, no hablando de lo físico o
fisiológico si no, de cómo hacemos sinergia con los que nos rodean.

En Jalapa de Marqués yace a la vista, de todo aquel que haya caminado


entre sus montañas, el templo dedicado la Diosa Zapoteca de la bondad y virtud.
Esta Diosa ha sido narrado en libros de frailes que en época de 1538 llegaron desde
el mar del occidente, se dedicaron a explorar la tierra y mente de los naturales
Zapotecas y de otros grandes imperios, así como sus códices y ritos. Narrando todo
en diferentes libros y en diferentes épocas. Entre todas esas importantes historias
registradas hay una que resalta. por lo importancia que fue para los naturales de
Guiigu Yudxi (Jalapa), el de la Diosa Pinopiia.

Hija de madre con descendencia de los más grandes sacerdotes Mexicas y


Padre de descendencia de los más fuertes guerreros zapotecas (Carriedo J.,1949,
p.42). El lugar de su nacimiento se da en Guiengola en 1504, lugar de suma
importancia, ya fue donde su padre peleó en contra su futuro suegro el Rey Mexica,
habían librado batallas siendo el ejercito Zapoteco vencedor y dando como
resultado el matrimonio entre Cosijoeza y Coyolicaltzin (Burgoa F.,1674, p. 359)
teniendo como hermanos a, Bitopaa Dios deleite, Ñaatipa brazo fuerte, Cojicopii
rayo de aire, Donají alma grande(Martínez M.1888.P.32-56) (Chicatti D.,2006,p.14).

Su belleza al nacer era contemplada por todos "Que la infanta sería bella
como la luz crepuscular y virtuosa como pocas damas"(Martínez M. 1888, P.46)

55
gritaban con energía, emoción y felicidad los sacerdotes Zapotecas al contemplar
su nacimiento.

Se educó y rigió en Zachilla junto a su hermano Cojicopii. Hasta que en 1518,


su hermano Cojicopii es coronado como rey de Tehuantepec por su padre y a los
pocos días contrae matrimonio con la bella Zeetoba. Motivo por lo cual, semanas
después Pinopiia acompaña a su hermano a tomar posesión de los territorios de
Tehuantepec (Zeitlin J. ,1994). Todo el camino se llena de ovaciones, ya que sus
nombres y nobleza les permitió forjar la admiración del imperio zapoteca (Martínez
M. 1888, P.68).

La buena racha y felicidad se terminaría pronto, ya que, al llegar a Guiigu


Yudxi (Jalapa), la doncella cae enferma de fiebre. Los recursos médicos de los
naturales de Guiigu Yudxi (Jalapa) les impidió salvar la vida de la princesa Pinopiia,
falleciendo (Burgoa F.,1674, p. 136). Causando un dolor a su hermano quien era
compañera de infancia, siendo ella una doncella pura, honesta, caritativa y devota
a los Dioses.

Suficiente fue sus buenas virtudes que los Dioses la aceptarían como uno
ellos, parte de uno ellos, pasa de ser princesa a Diosa. Cuando se pretendía darle
honrosa sepultura del cielo cayó un rayo que causo un estruendo terrible, los vientos
se volvieron locos, las llamas que rodeaban el féretro se extinguieron con tan gran
escándalo. Al calmarse la situación los naturales vieron como el cuerpo había
desaparecido y en su lugar yacía una piedra blanca con símbolos, descrita de ser
labrada por los dioses (Münch G.,1999, p.75).

La cual los nativos de Guiigu Yudxi (Jalapa) le construyeron un templo y la


aceptaron en su espiritualidad como Diosa de la bondad y de la virtud, valiéndose
de su divinidad para todas sus necesidades, trabajos y dolores del alma.

Su templo estaba en la cima de una montaña de difícil acceso llena de plantas


y animales huraños, pero al llegar al lugar sagrado una especie de meseta, una
plaza, con árboles gigantes, un patio siempre bien barrido y cuyo centro rodeado de

56
flores se encontraba el nicho que guardaba el espíritu hecho piedra de la Diosa
Pinopiia, donde brotaba el humo de copal.

Las ceremonias eran realizadas por los Copabito (Sacerdotes)lo cual eran
siete. (Burgoa F.,1674, p. 330-331). Es curiosos este número de Capabito´s pues
en templos aledaños como por ejemplo el de Tehuantepec se encuentran el mismo
número (Martínez M.1888.P.76). Las ceremonias alimentaban la bondad y la virtud
de los naturales; Ayudando a despejar y soportar el miedo, temor, la enfermedad,
la confusión que las circunstancias iban a tomar con el la llegada de los españoles
que traían la cruz y el pecado en sus barcos. Pues como menciona León Portilla;

La memoria de un mundo bello: endiosado y verdadero, hasta el día que la belleza tuvo
que huir al lugar de origen al mundo de lo que no sobre pasa, cuando fueron abatidos los
sabios, quemados los códices y convirtiendo monumentos de piedras sin forma las
esculturas y los palacios. (Portilla L.1956.p.323)

Así se permaneció casi cien años hasta que en el año de 1609 el fraile Alonso
de Espinosa, que por el aviso del cura párroco a cargo de Fray Pedro Sobrino
informa que un pastor que estaba extraviado encontró el templo, el pastor menciona
que los sacerdotes de ese lugar expresaron ante el:

No profanéis, muchacho con vuestro contacto impuro ese objeto sagrado, pues es un
delito que el Cielo no dejará sin castigo, como ha pasado a muchos, que, sin venerarlo, se
han acercado él. Dejadlo, y guardaos de revelar lo que habéis visto si no queréis morir
(Martínez M.1888.P.68-69).

Por supuesto que esto no sucedió pues el pastor dio el informe, e


inmediatamente todo el clérigo se dejó caer al templo tomando presos a los siete
sabios que cuidaban el lugar. Se menciona que personas de la comunidad
abogaban por la libertad de los siete sabios, y que un natural educado por los
religiosos dijo que la patrona de su barrio Santa Catrina de Siena era la misma
Pinopiia que adoraban en esa piedra (Münch G.,1999, p.7576), por supuesto la
jurisdicción dominicana hizo caso omiso tomo la declaración de aquellos siete que
a sus ojos eran unos blasfemos y les dio sentencia.

57
La sentencia se suscitó un domingo ante los ojos de todos los naturales de
Guiigu Yudxi (Jalapa) frente de su iglesia dominica fueron puestos sobre un tablado,
desnudos hasta la cintura, con sogas en el cuello, con una coraza en su cabeza de
cada Capabito y sostenido una vela de color negra en cada mano (Gay J.1888 a,
107) con toda intención de darle muerte a su espiritualidad jurando todo ante los
naturales el abandono de su doctrina. Mientras les predicaba en lengua Chontal el
salmo 93, todos lo escucharon fuerte y vieron el castigo (Gay J. 1888 b, 136).

El castigo no llego a la pena de muerte, pero acto de la muerte espiritual


habrá impactado a todos, lo cual no sería suficiente, ya que la bondad y la virtud los
mantendría de pie durante los próximos siglos.

Burgoa (1674) menciona que tiempo después el mismo cura o quizás un


sucesor viendo la creencia que seguía existiendo de la Diosa Pinopiia reestructura
la manera de verla catolizando su imagen y nombre, rebautizada como Magdalena,
patrona de Guiigu Yudxi (Jalapa) a lo que se le atribuyera el mismo culto pero sin
tener castigo represión por la manifestación espiritual, siempre que se le
mencionara como Magdalena (p. 362-364) .

Y así en los siglos la imagen de la Diosa se fue desvaneciendo y siendo


distorsionada, pero no la espiritualidad de virtud y la bondad de sus naturales que
encubierta en cada evento, ritual o fiesta patronal siempre poniendo en lo alto la
importancia de sus ritos que ha formado una identidad cultural y social a los
miembros de la comunidad (Münch G.,2004, p.62). La Diosa, así como era no
tendría problemas con esto, pmientras la bondad y virtud esté entre los corazones
y mente de sus guerreros, ella siempre deleitada.

58
Bibliografía

Carriedo J (1949). Estudios Históricos del Estado de Oaxaca Tomo 1. Prólogo


Jorge Fernando Iturribarria. Impreso en los talleres de Adrián Morales.
México.

Chicatti D.(2006) Tehuantepec. Ayer y hoy. CONACULTA. México.

Burgoa F.(1647)Geografica descripcion de la parte septentrional, del polo artico de


la America, y nueua iglesia de las Indias Occidentales, y sitio astronomico
de esta Provincia de Predicadores de Antequera Valle de Oaxaca: en diez y
siete grados del tropico de Cancer: debaxo de los aspectos, y radiaciones
de planetas morales, que la fundaron con virtudes celestes, influyendola en
santidad, y doctrina tomo 1 y 2 . Editoral Iuan Ruyz. México.

Gay J. (1881) Historia de Oaxaca tomo 1 y 2. Imprenta del comercio de Diblan y C.


México.

Judith Zeitlin (1994) Historia política del sur del Istmo de Tehuantepec durante la
época colonial. Cuadernos del sur, núm. 6-7.

Martínez M, (1888) El rey Cosijoeza su familia, reseña histórica y legendaria de los


últimos soberanos de Zachilla. México.

Münch G. (1999) La organización Ceremonial de Tehuantepec y Juchitán. Instituto


de Investigaciones Antropológicas, UNAM. México.

Münch G (2004) El sistema de cargos en las celebraciones del Istmo de


Tehuantepec”, en Diidxa biaani’, diidxa’ guie’ Palabras de luz, palabras
floridas. Universidad del Istmo: México.

Portilla L.(1956) La filosofía Náhuat estudiada en sus fuentes .Instituto Indigenista


de México.México.

59
60
Jean-Pierre Berthe
Liceo Franco Mexicano
Francia.
"Las minas de oro del marqués del Valle en Tehuantepec, 1540-1547"
pp. 122-1331.

Revista Historia Mexicana

México
Revista Historia Mexicana
1958
pp. 122-131
ISSN 2448-6531
Link:
https://historiamexicana.colmex.mx/index.php/RHM/article/view/740/631

61
LAS M I N A S D E O R O DEL
MARQUÉS D E L V A L L E
E N T E H U A N T E P E C , 1540-1547
Jean-Pierre BERTHE

H E R N Á N C O R T É S estableció pocos años después de l a C o n q u i s -


ta varias empresas económicas e n l a p r o v i n c i a de T e h u a n t e -
pee; mas n o se sabe exactamente c ó m o y c u á n d o . Llegó a
poseer e n esa z o n a grandes estancias de g a n a d o , 1
y además
estableció en l a costa, p a r a sus viajes de d e s c u b r i m i e n t o en
e l M a r d e l S u r y el c o m e r c i o c o n e l P e r ú , u n a v e r d a d e r a base
n a v a l , c o n u n astillero e n q u e se construían sus p r o p i o s ga-
leones. 2

P u s o t a m b i é n m u c h o interés e n e x p l o t a r los placeres de


o r o de l a p r o v i n c i a . L o s i n d i o s de T e h u a n t e p e c le p a g a b a n
t r i b u t o s de o r o en p o l v o antes d e l a ñ o de 1534; 3
es m u y
p r o b a b l e q u e Cortés h a y a t e n i d o e n estas fechas c u a d r i l l a s
de esclavos " c o g i e n d o o r o " p o r su c u e n t a . P e r o los d o c u m e n -
tos conservados n o se r e f i e r e n a los años anteriores a 1540.
M u c h a s empresas m i n e r a s d e l m i s m o t i p o encontramos e n
las p r o v i n c i a s de l a costa d e l Pacífico entre 1525 y 1550, sobre
todo e n l a z o n a de Z a c a t i l l a , p e r o h a c e n f a l t a datos precisos
4

sobre su f u n c i o n a m i e n t o y r e n d i m i e n t o .
A l g u n o s d o c u m e n t o s d e l R a m o Hospital de Jesús del A r -
c h i v o G e n e r a l de l a N a c i ó n nos p e r m i t e n d a r u n a descripción
sumaria de l a empresa m i n e r a de Cortés en Tehuantepec
entre 1540 y 1547. 5
E l M a r q u é s d e l V a l l e poseía e n T e h u a n -
tepec c u a d r i l l a s de esclavos i n d i o s q u e b u s c a b a n o r o " e n e l
r í o de N u e s t r a Señora de l a M e r c e d y e n las m i n a s de N u e s t r a
Señora de los R e m e d i o s " y " e n las m i n a s de M a c u i l t e p e c " .
E l n ú m e r o de esclavos de c a d a c u a d r i l l a v a r i a b a de 28 a
100. E l t o t a l de esclavos e m p l e a d o s e n 1543 era de 395, q u e
representaban un capital considerable, aproximadamente
20,000 pesos de o r o de m i n a s (el p r e c i o de u n esclavo i n d i o

62
MINAS EN TEHUANTEPEC 123

h a b í a s u b i d o de 3 a 7 pesos de m i n a s en los años 1525-1528,


hasta 50 e n 1536). 6
C a d a c u a d r i l l a estaba a l cargo de u n
m i n e r o español p a g a d o a p a r t i d o d e l o r o r e c o g i d o , general-
m e n t e e l v e i n t e n o , o a veces asalariado, y de u n capataz i n d i o
7

o tequitlato. U n m a y o r d o m o c u i d a b a el c o n j u n t o de l a em-
presa y tenía t a m b i é n a su cargo u n a c u a d r i l l a de c u y a pro-
d u c c i ó n recibía a p a r t i d o el d i e z m o o el seteno. 8

C o m o l o s u b r a y a José M i r a n d a en su estudio sobre l a


f u n c i ó n e c o n ó m i c a d e l encomendero, u n a empresa m i n e r a de
este t i p o estaba estrechamente l i g a d a a l sistema de l a enco-
m i e n d a , s i n l a c u a l h u b i e r a resultado incosteable. E n este
caso, el M a r q u é s d e l V a l l e s u m i n i s t r a b a u n c a p i t a l bastante
i m p o r t a n t e , c o n s t i t u i d o esencialmente p o r l a m a n o de o b r a
esclava y las h e r r a m i e n t a s ; pero g r a n parte de los m a n t e n i -
m i e n t o s de las m i n a s q u e d a b a a cargo de los i n d i o s de Te-
h u a n t e p e c , c o m o se p u e d e c o m p r o b a r p o r sus tasaciones de
1542 y 1545. 9
E n 1542, estaban obligados a d a r cada año
3,200 m a n t a s " d e las q u e suelen p a r a los esclavos", 800 g a l l i n a s
de C a s t i l l a y 800 p o l l o s ; cada 50 días, 80 cargas de sal y 80
cargas de pescado; cada 40 días, 80 cargas de camarones;
además, c i e r t a c a n t i d a d de maíz, ají y frijoles (4,020 fanegas
de maíz, 130 cargas de ají y 160 cargas de frijoles cada año
según l a tasación de 1545, q u e m o d e r a b a l a a n t e r i o r ) . Te-
n í a n t a m b i é n l a o b l i g a c i ó n de entregar todos estos bastimentos
"puestos en las m i n a s , a tres j o r n a d a s d e l p u e b l o " , de " l l e v a r
las cartas y despachos q u e c o n v i n i e r e n p a r a l a h a c i e n d a d e l
M a r q u é s " , y " c u a n d o se m u d a r e n en las m i n a s . . . , de hacer
las casas y b o h í o s q u e fueren necesarios e n ellas". Debían
además v a r i o s servicios y bastimentos p a r a las casas d e l alcaide
m a y o r , e l aserradero y el astillero, y u n t r i b u t o de 1650 pesos
de o r o de 16 a 17 q u i l a t e s en tejuelos. E l trabajo de los i n d i o s
de e n c o m i e n d a constituía así u n elemento esencial de la
empresa m i n e r a .
L o s d o c u m e n t o s nos p r o p o r c i o n a n t a m b i é n algunos datos
sobre l a p r o d u c c i ó n de las m i n a s de Cortés de 1540 a 1547.
D o s veces a l a ñ o , e l m a y o r d o m o traía a T e h u a n t e p e c el o r o
e n p o l v o q u e se h a b í a r e c o g i d o en u n a d e m o r a de seis meses.
E l alcalde m a y o r l o pesaba en presencia d e l escribano y de

63
124 JEAN-PIERRE BERTHE

varios testigos, l o m e t í a en bolsas de cuero q u e se sellaban, y


j u n t o c o n e l oro de los t r i b u t o s de T e h u a n t e p e c y X a l a p a , l o
e n v i a b a " a l m u y m a g n í f i c o señor" J u a n A l t a m i r a n o , gober-
n a d o r d e l M a r q u e s a d o en M é x i c o , " p a r a q u e l o haga f u n d i r
y se pague el q u i n t o y los derechos de S u M a j e s t a d y se cobre
e l p a r t i d o de los m i n e r o s " .
C o n s i g n a m o s e n el c u a d r o siguiente los datos existentes so-
bre el p r o d u c t o de las m i n a s . 1 0

PRODUCCIÓN D E L A S M I N A S E N PESOS D E O R O E N P O L V O
DE DIVERSAS LEYES

Año i? de enero-30 de junio i$ de julio-31 de diciembre

1540 3>3*3
1541 4458
1542 3>3°9 (2,010)
1543 3.179 2,328
1544 3>332 2,711
1545 2,384 y 4 ts.
1546 1,960
1547 764
i*? de enero-14 de j u l i o

E l análisis de estas cifras, desgraciadamente i n c o m p l e t a s ,


p e r m i t e hacer varias observaciones.
C u a n d o disponemos de datos completos sobre u n año, l a
p r o d u c c i ó n de los últimos seis meses aparece i n f e r i o r a l a de los
seis p r i m e r o s : l a t e m p o r a d a de l l u v i a s estorbaba el trabajo de
las c u a d r i l l a s en los ríos y a r r o y o s . 11

Si nos atenemos, p o r o t r a parte, a l m o v i m i e n t o de l a pro-


d u c c i ó n , limitándonos a los seis p r i m e r o s meses de cada a ñ o
(período de m a y o r p r o d u c c i ó n ) , se p u e d e n o t a r u n descenso
casi c o n t i n u o a p a r t i r de l a c i f r a más a l t a , l a de 1541: el pro-
m e d i o m e n s u a l de las cantidades de o r o recogido es de 743
pesos e n 1541, de 551.5 en 1542, de 529.3 en 1543 y de 555.3
e n 1544; p e r o cae r e p e n t i n a m e n t e a 397.4 pesos en 1545, a
326.1 e n 1546 y a 101.8 en 1547 ( p r o m e d i o m e n s u a l d e l i ° de
enero a l 14 de j u l i o de 1547).
P a r a estudiar e l r e n d i m i e n t o d e l trabajo de los esclavos,
se necesitarían más i n f o r m a c i o n e s sobre e l n ú m e r o de esclavos

64
MINAS EN TEHUANTEPEC 12$
empleados, d a t o q u e raras veces aparece en los d o c u m e n t o s .
E l cuadro siguiente r e ú n e los datos referentes a l plazo d e l i<?
de j u l i o a l 31 de d i c i e m b r e de 1543. 12

PRODUCCIÓN Y T R A B A J O E N L A S M I N A S ,
J U L I O - D I C I E M B R E D E 1543

Promedio
Número de esclavos Oro recogido de producción
empleados (Pesos) por esclavo
(Pesos)

1 c u a d r i l l a de 74 esclavos 530 7.2


97 584 6
„ 100 „ 561 5.6
90 474 5-3
179 5-3
34
Promedio
Las 5 cuadrillas general
con u n total de 395 esclavos 2,328 por esclavo: 5.8

Así, pues, cada esclavo recogió en u n mes algo menos de


1 peso de o r o (4,009 gramos). S i el t o t a l de esclavos e m p l e a -
dos fue e l m i s m o en los seis p r i m e r o s meses d e l m i s m o año,
c a d a esclavo d e b i ó recoger 8.04 pesos en seis meses, en l a
estación de secas, más f a v o r a b l e a l trabajo.
D e l i ° de j u l i o a l 31 de d i c i e m b r e de 1544, u n a c u a d r i l l a
de 71 esclavos recogió 567 pesos 4 tomines, o sea casi 8 pesos
p o r esclavo e n seis meses; o t r a , de 28 esclavos, 183 pesos, o
sea 6.5 pesos p o r e s c l a v o . 13

D e las c a n t i d a d e s de o r o recogido h a b í a q u e q u i t a r l a
c u a r t a parte p o r m e r m a s (en l a reducción d e l o r o de b a j a ley
a " o r o de m a r c a de ley perfecta"), p o r el q u i n t o y derechos
d e l rey, y derechos de f u n d i d o r y e n s a y a d o r , 14
y además e l
p a r t i d o de los m i n e r o s . Q u e d a b a n , pues, las dos terceras par-
tes más o m e n o s c o m o p r o d u c t o neto. Se p u e d e c o n s i d e r a r
q u e el trabajo de cada esclavo e n todo el a ñ o de 1543 d e b i ó
dejar u n p r o d u c t o n e t o de 10 pesos de m i n a s o menos, es
decir, l a q u i n t a p a r t e d e l c a p i t a l q u e representaba e l m i s m o
esclavo. N a t u r a l m e n t e , habría que tomar en cuenta, para
obtener el r e n d i m i e n t o v e r d a d e r o de l a empresa, los costos de

65
I2Ó JEAN-PIERRE BERTHE

herramientas, m a n t e n i m i e n t o s n o suministrados p o r l a en-


c o m i e n d a y otros gastos de e x p l o t a c i ó n , cuyo i m p o r t e n o
conocemos. D a d a l a i m p o r t a n c i a d e l c a p i t a l i n v e r t i d o , escla-
vos y h e r r a m i e n t a s , se p u e d e considerar q u e el r e n d i m i e n t o
real de las m i n a s de o r o era escaso; y más todavía si p o n d e -
ramos e l v a l o r de los servicios q u e p r o p o r c i o n a b a n a l a em-
presa los i n d i o s de e n c o m i e n d a . C u a l q u i e r baja p r o l o n g a d a
de l a p r o d u c c i ó n de las m i n a s debía q u i t a r todo interés a su
explotación.
A u n s u p o n i e n d o q u e l a r i q u e z a de las m i n a s n o h u b i e r a
decaído — y es p r o b a b l e q u e decayera, habiéndose e x p l o t a d o
e n p r i m e r l u g a r los y a c i m i e n t o s más p r o d u c t i v o s — , su p r o -
d u c t o era e v i d e n t e m e n t e p r o p o r c i o n a l a l n ú m e r o de trabaja-
dores esclavos. P r e c i s a m e n t e e n 1545, l a e p i d e m i a q u e diez-
•j m ó a l a p o b l a c i ó n i n d í g e n a de t o d a l a N u e v a España e m p e z ó
/ a acometer a los esclavos d e l M a r q u é s , 15
lo que explica l a baja
r e p e n t i n a de l a p r o d u c c i ó n desde 1545. L a enfermedad al-
canzó tales p r o p o r c i o n e s , q u e e l 14 de j u l i o de 1547 "se saca-
r o n l o s . . . esclavos de las m i n a s p o r m a n d a d o d e l . . . a l c a l d e
m a y o r p o r l a e n f e r m e d a d de c o c o l i s t e " . 16
Las minas quedaron
d e f i n i t i v a m e n t e despobladas e n 1548, c u a n d o J u a n A l t a m i r a n o
m a n d ó trasladar los esclavos sobrevivientes a las m i n a s de p l a -
ta que poseía el M a r q u é s d e l V a l l e e n T a x c o , Z u m p a n g o d e l
Río y Sultepec. 17

L o s a d m i n i s t r a d o r e s d e l M a r q u e s a d o p o n d r í a n e n l o su-
cesivo su interés en l a e x p l o t a c i ó n de las m i n a s de p l a t a ,
a c t i t u d q u e parecen h a b e r c o m p a r t i d o todos los m i n e r o s de l a
N u e v a E s p a ñ a en l a m i s m a época.
E l a g o t a m i e n t o de los y a c i m i e n t o s auríferos p r o v o c ó u n a
b ú s q u e d a más afanosa de depósitos de p l a t a . N o es p u r a ca-
s u a l i d a d q u e se h a y a n descubierto p o r a q u e l l o s años n u m e r o -
sas m i n a s de este m e t a l : Zacatecas e n 1546, G u a n a j u a t o e n
1548, P a c h u c a y R e a l d e l M o n t e e n 1552, F r e s n i i l o , Sombre-
rete y varias otras e n los años siguientes. Después de 1550,
las m i n a s de p l a t a s u s t i t u y e r o n a las de oro como fuentes de
la producción de metales preciosos e n la Nueva España,
m i e n t r a s los centros m i n e r o s se d e s p l a z a b a n poco a poco ha-
c i a el N o r t e .

66
MINAS EN TEHUANTEPEC 127

A l m i s m o t i e m p o , l a m i n e r í a se e n f r e n t a b a a l p r o b l e m a
d e l a m a n o de o b r a , c o n e l alza de p r e c i o de los esclavos
indios, l a prohibición de l a e s c l a v i t u d indígena, poco des-
p u é s , y l a escasez de trabajadores libres d e b i d a a l a d i s m i n u -
c i ó n de l a p o b l a c i ó n aborigen. T o d o s estos factores i n c i t a r o n
a m e j o r a r las técnicas m i n e r a s : h a b í a q u e u t i l i z a r m i n e r a l e s
d e baja ley p a r a p r o d u c i r más y a m e n o r costo. Ése es e l
a m b i e n t e económico d o n d e hay q u e s i t u a r el d e s c u b r i m i e n t o
d e l beneficio de p a t i o que h i z o p o s i b l e l a p r o d u c c i ó n en g r a n
escala de l a p l a t a . Es m u y p r o b a b l e q u e se h a y a n r e a l i z a d o
v a r i a s tentativas p a r a m e j o r a r los métodos de beneficio de
l a p l a t a y el o r o antes de q u e B a r t o l o m é de M e d i n a l l e v a r a a
c a b o sus e x p e r i m e n t o s . P o r l o menos, u n d o c u m e n t o refe-
r e n t e a las m i n a s de o r o d e l M a r q u é s d e l V a l l e en T e h u a n t e -
pec parece p r o b a r l o . L o damos a conocer e n l a parte si-
g u i e n t e de este estudio.

MUCHO S E H A E S C R I T O sobre l a i n t r o d u c c i ó n en l a N u e v a
E s p a ñ a de los métodos de a m a l g a m a c i ó n p a r a beneficiar e l
o r o y l a p l a t a c o n azogue. P e r o el debate se h a l i m i t a d o
m u y a m e n u d o a p o n d e r a r los méritos personales de B a r t o -
l o m é de M e d i n a en l a invención o l a a d a p t a c i ó n de esa téc-
nica. Parece cierto que M e d i n a introdujo en 1555 en las
m i n a s de P a c h u c a el m é t o d o d e l b e n e f i c i o de p a t i o . 1 8
N o es
m e n o s i n d u d a b l e q u e algunos m i n e r o s h a b í a n pensado antes
q u e M e d i n a e n l a utilización d e l m e r c u r i o p a r a el beneficio
d e los metales preciosos. M u c h a s veces se h a llegado casi a l
m i s m o t i e m p o p o r varios c a m i n o s a u n m i s m o d e s c u b r i m i e n t o
técnico, c u a n d o los c o n o c i m i e n t o s científicos y l a c o y u n t u r a
e c o n ó m i c a l o h a n hecho p o s i b l e .
E n 1540, V a n o c c i o B i r i n g u c c i o , en su t r a t a d o De la pyro-
tee finia, p u b l i c a d o en V e n e c i a , d a b a l a p r i m e r a descripción
c o n o c i d a de u n p r o c e d i m i e n t o p a r a extraer e l oro y l a p l a t a
d e sus m i n e r a l e s p o r m e d i o d e l m e r c u r i o . 1 9
T a l vez l o h u b i e r a
a p r e n d i d o en las m i n a s de l a E u r o p a c e n t r a l , B o h e m i a , H u n -
g r í a o A l e m a n i a , entonces en p l e n a a c t i v i d a d . (Y e l m i s m o
M e d i n a h a d e c l a r a d o que l a " n o t i c i a " o r i g i n a l l a o b t u v o e n
E s p a ñ a " d e pláticas c o n u n alemán".)

67
128 JEAN-PIERRE BERTHE

P o r o t r a parte, parece q u e e n las m i n a s de o r o de T e -


huantepec, y a p o r e l a ñ o de 1545, los m i n e r o s sabían algo d e l
uso d e l azogue p a r a extraer o r o de ciertos m i n e r a l e s . 20
E l 27
de j u l i o de 1545, según e l t e s t i m o n i o d e l escribano, e l a l c a l d e
m a y o r de T e h u a n t e p e c , P e d r o de A l c a l á , y e l m a y o r d o m o de
las m i n a s d e l M a r q u é s , Cristóbal de M o l i n a , enviaban a
M é x i c o e l o r o e n p o l v o r e c o g i d o de enero a j u n i o , y e l o r o de
los t r i b u t o s ; y además " . . . cuatrocientos pesos de t i e r r a q u e
se dice haguey, q u e dice q u e tiene o r o y n o se p u d o a p u r a r
p o r f a l t a d e azogue y de n o saberlo f u n d i r . P o r q u e se apro-
vechase m á s se e n v i a así, p a r a q u e l o beneficie e l f u n d i d o r .
E l ochavo de esta t i e r r a es de l a c u a d r i l l a d e l d i c h o M o l i n a
y lo demás de l a c u a d r i l l a de X u á r e z . H a s e de v e r l o q u e
sale de e l l o p a r a d a r l e a l d i c h o Cristóbal de M o l i n a l o q u e le
pertenece d e l ochavo de e l l a " . 2 1

A pesar de ser m u y breve e l d o c u m e n t o , de s u tenor se


desprende s i n l u g a r a dudas e l c o n o c i m i e n t o de u n a técnica
a base de azogue p a r a e l b e n e f i c i o d e l o r o , unos diez años
antes de los trabajos de M e d i n a . S i se sabía algo sobre este
m é t o d o e n l a l e j a n a c o m a r c a de T e h u a n t e p e c , es m u y p r o b a -
b l e q u e se h a y a c o n o c i d o t a m b i é n e n otras m i n a s de l a N u e v a
España. D e eso n o h a y t e s t i m o n i o d o c u m e n t a l , pero todavía
n o se h a h e c h o u n estudio sistemático sobre esta p r i m e r a fase
de l a h i s t o r i a m i n e r a de M é x i c o . L a s ordenanzas d e l v i r r e y
M e n d o z a p a r a e l b u e n r é g i m e n de l a C a s a de l a F u n d i c i ó n ,
fechadas e n 22 de m a r z o de 1539, n o a l u d e n , desgraciada-
mente, a cuestiones de t é c n i c a . 22
Es posible que algún m i n e r o
alemán, c o m o J u a n E n c h e l y otros q u e l l e g a r o n a l a N u e v a
España e n 1536, 23
h a y a d a d o a conocer e l p r i n c i p i o d e l méto-
d o e n u n a f o r m a más o menos d e s a r r o l l a d a .
No q u e r e m o s exagerar l a i m p o r t a n c i a de esta p r i m e r a
m e n c i ó n d e l azogue e n l a h i s t o r i a de l a m i n e r í a n o v o h i s p a n a :
los 400 pesos de haguey representan algo c o m o dos k i l o g r a -
mos de m i n e r a l . N o se trata, pues, de u n a aplicación e n es-
cala i n d u s t r i a l . E n c u a n t o a las m i n a s de p l a t a d e l M a r q u e -
sado e n S u l t e p e c y T a x c o , entre 1545 y 1552, parecen h a b e r
u t i l i z a d o ú n i c a m e n t e los métodos de fundición, c o m o l o de-
m u e s t r a n las c o m p r a s de p l o m o hechas p o r e l m a y o r d o m o de

68
MINAS EN TEHUANTEPEC 129

S u l t e p e c e n 1551 y 1552 2 4
y las remesas de c e n d r a d a s hechas
a T a x c o de 1545 a 1550 desde las m i n a s de Z u m p a n g o . 2 5

De todos m o d o s , este d o c u m e n t o es u n t e s t i m o n i o m á s de
l a a c t i v i d a d t e c n o l ó g i c a q u e se desarrolló h a c i a 1540-1550 en-
tre los m i n e r o s n o v o h i s p a n o s y q u e c u l m i n ó e n 1555 con l a
a p l i c a c i ó n e n escala i n d u s t r i a l del método de beneficio de
p a t i o e n frío.

NOTAS

1 Francois CHEVALIER, La formation des grands domaines au Mexique,


París, 1952, p p . 170-171.
2 E n marzo de 1527, se menciona " e l n a v i o . . . S a n t i a g o . . . surto en el
p u e r t o de Tehuantepec de l a M a r del Sur e . . . los otros navios de l a
A r m a d a q u e . . . d o n H e r n a n d o C o r t é s . . . h a c e . . . p a r a las partes de l a Es-
pecería. . ( A . MILLARES GARLO y J . I. MANTECÓN, índice y extractos de
los protocolos del Archivo de Notarías de México, México, 1945, v o l . I,
doc. 462. Sobre e l astillero, cf. F . B . SANDOVAL, " E l astillero d e l Carbón
en Tehuantepec'*, Boletín del Archivo General de la Nación, v o l . X X I ,
núm. 1, p p . 3-21. Sobre el comercio con el Perú, W . BORAH, Early colo-
nial trade and navigation between México and Perú, Berkeley y Los
Ángeles, 1954.
3 A r c h i v o G e n e r a l de l a Nación, Hospital de Jesús (en adelante:
A G N . , Hosp. Jes), leg. 203; hojas sueltas; doc. 1, Tasación de T e h u a n -
tepec p o r l a R e a l A u d i e n c i a , en 11 de j u l i o de 1534 (se refiere también
a los tributos anteriores a esta fecha).
4 L o s Protocolos del Archivo de Notarías de la Ciudad de México
(MILLARES GARLO y MANTECÓN, op. cit., vols. I y II) contienen varias actas
relativas a esas empresas mineras (contratos de compañía, de soldada, de
compraventas de esclavos y bastimentos). Véase también el estudio
de José MIRANDA, " L a función económica d e l encomendero en los orí-
genes d e l régimen colonial (1525-1531)", Anales del Instituto Nacional de
Antropología e Historia, v o l . I I (1941-46), México, 1947, p p . 421-462.
5 A G N , Hosp. Jes., leg. 387, exp. 2, 4, 5, 6, 7 y documentos 5, 17, 23,
35, 36, de u n atado de hojas sueltas.
6 MILLARES C A R L O y MANTECÓN, op. cit., passim, y docs. 1688 y 2028-
2029. Se trata de pesos de oro de minas de " a 450 maravedís cada peso".
7 E l veinteno de 1540 a 1545. U n m i n e r o recibe " e l q u i n z e n o " en
1546.
8 E l mayordomo recibe el diezmo en 1540, 1541 y 1542, el seteno en
los años siguientes. Este aumento de los partidos quizá obedezca a l pro-
pósito de aumentar l a actividad de los mineros y , p o r consiguiente, de
contrarrestar l a baja de l a producción.

69
130 JEAN-PIERRE BERTHE

9 Libro de las tasaciones de pueblos de la Nueva España, siglo xvi,


Archivo General de la Nación. México, 1952, pp. 372-374 (tasación de
Tehuantepec, 20 de abril de 1542) y 374-376 (tasación de Tehuantepec,
19 de marzo de 1545).
10 Documentos cuyas referencias aparecen en la nota 3. Se pesaba el
oro "cogido" en un plazo de seis meses. Los documentos dicen a veces
"desde primer día de enero hasta fin de junio", a veces "desde Navidad
a San Juan". L a producción se calculaba en "pesos de oro": la palabra
peso no se refiere en este caso al valor monetario, sino al peso de cierta
cantidad de metal, equivalente a un "castellano" de oro de ley variable,
o sea 4.6009 gramos. Un castellano equivale a 8 tomines; 50 castellanos
hacen un marco de oro. La cifra correspondiente al plazo de julio a diciem-
bre de 1542 se ha calculado utilizando los partidos pagados a los mi-
neros: puede ser inferior al producto real de las minas en caso que
algún minero haya estado ausente, o pagado a soldada y no a partido.
Las relaciones del oro recogido no mencionan la ley de oro^ en polvo,
salvo para el período enero-junio de 1545: los 2,384 pesos y 4 tomines
de oro se descomponen en 1,575 pesos y 4 tomines de "oro fino", 785 pe-
sos de "oro de a q u i l a t e s " y 24 pesos de oro cuya ley no se indica.
11 A G N . , Hosp. Jes., leg. 202, hojas sueltas, doc. 8, carta de Juan de
Toledo, alcalde mayor de Tehuantepec, 12 de mayo de 1540: "de ahí
[de San Juan] adelante en aguas siempre cogen poco".
12 A G N . , Hosp. Jes., leg. 387, exp. 5, fols. 1-2, promedios en pesos de
oro y décimos de pesos, con aproximación inferior a 1/10.
13 A G N . , Hosp. Jes., leg. 387, hojas sueltas, doc. 23.
14 A G N . , Hosp. Jes., leg. 387, exp. 2 .
13 A G N . , Hosp. Jes., leg. 68, exp. 91. Una carta de Pedro de Alcalá,
alcalde mayor de Tehuantepec a Juan Altamirano, fechada en 27 de
julio de 1545, avisa que muchos españoles e indios han enfermado de
"mal de barriga", y dice a propósito de la cantidad de oro que se le
envía: "no se maraville vuestra merced que sea tan poco, porque estas
minas están tan rebajadas que me maravillo cómo dan eso".
16 A G N . , Hosp. Jes., leg. 387, hojas sueltas, doc. 35.
17 A G N . , Hosp. Jes., leg. 202, hojas sueltas, doc. 14, carta de Juan
Altamirano, Cuernavaca, 15 de marzo de 1548: " H e escrito que se trai-
gan los esclavos que estaban en las minas de Tehuantepec porque el oro
que allá cogen es poco y acá en las minas de la plata y haciendas de Su
Señoría podrá ser que aprovechen más..." A la baja de la producción
minera corresponde una baja en los tributos de oro en polvo de la pro-
vincia. Antes del 11 de julio de 1534, la provincia de Tehuantepec pa-
gaba al Marqués del Valle 3,600 pesos de "oro bajo" en tejuelos cada año,
que se moderaron en 3,000 pesos por la tasación de este día. De 1542 a
1545, la provincia entera (villas de Tehuantepec y Xalapa) pagaba 2,300
pesos cada año, y sólo 1,850 pesos después de la tasación de abril de 1545.
Todavía en 1550, los oficiales del Marqués recibían oro en polvo por

70
MINAS EN TEHUANTEPEC

concepto de los tributos de Tehuantepec; pero la tasación del i<? de sep-


tiembre de 1553 menciona únicamente tributos en maíz y reales de plata.
18 Modesto BARGALLO, La minería, y la metalurgia en la América es-
pañola durante la época colonial, México, 1955, cap. ix-x, resume el de-
bate y ve en Medina el único descubridor. Los historiadores europeos
creen generalmente que el procedimiento de amalgamación se inventó en
las minas de la Europa central. Véase Frank C . SPOONER, L'économie
mondiale et les frappes monétaires en France, 1493-1680, Paris, 1956,
p. 16.
19 Traducción del texto en BARGALLO, op. cit., pp. 109-110.
20 A G N . , Hosp. Jes., leg. 387, exp. 6, fol. 7 v°.
21 La palabra haguey es probablemente un vocablo indígena (¿zapo-
teca?) más o menos deformado. No la hemos encontrado en los diccio-
narios. Por el contexto, se trata de algún mineral aurífero distinto del
oro en polvo.
22 Francisco del PASO Y TRONCOSO, Epistolario de la Nueva España,
tomo III, pp. 245-248.
23 BARGALLO, op. cit., pp. 94-95.
24 A G N . , Hosp. Jes., leg. 450, exp. 2.
25 A G N , Hosp. Jes., leg. 450, exp. 10.

71
Anexo: Línea del tiempo Santa María Jalapa del Marqués
1390-1670.

1496 1498
1487

-Dzahuindanda aliado
del Rey Zapoteca -Sale la embajada
-Cosijoeza sube al Cosijoeza, pone a su Tehuantepec a
trono de Zaachilla disposición 24,000 Tenochtitlan para pedir la
1390 Yoo por muerte de su guerreros mano en nombre de
padre Zaachilla III. comandados por 24 Cosijoeza a la princesa
Promoviéndola capitanes. Formando Coyolicaltzin, cambia de
autonomía de su el ejército de 60,000 nombre zapoteco a
soldados. Construyen Pelaxila, copo de algodón.
-Zachilla I Nación ante sus
Quinengola, primera
gobernante rivales. vez que se usan
-Nace su primogénito con
zapoteca funda nombre de Bitopaá, Dios
lanzas y arpones
la capital deleite, muriendo en su
envenados. se
Zaachilla Yoo. esquipan con carne
infancia.
salda, maíz, frijol,
chiles y semillas.

- Mandan obstruir el
rio de Jalapa del
Marques.

-Zapotecos -Se da fin a la guerra - Ahuízotl planea


- La autonomía
conquistan la zona proclamándose el venganza contra el rey
Zapoteca peligra por
de Jalapa del ejército de Cosijoeza Zapoteca Cosijoeza
los rivales Mexicas.
Marqués y ganador, formando pidiendo pasar a su
Cosijoeza manda a
Tehuantepec, una alianza de paz ejército por su estado
sacar a los Mexicas
arrebatando las con el matrimonio de para conquistar
de Loolaa
tierras a huavez, la hija de Ahuízotl Guatemala, cosa que
(Huaxycac) y Liobaa
mexicas, mixes. con Cosijoeza. Se sucedió, pero el ejército
(Mitla), Comienza
conquista la parte de Zapoteca fue informado
enfrentamiento con
territorio de con antelación y supo
Ahuízotl rey Mexica
Tehuantepec confrontar con honor a
Ahuízotl.

- Nace su segundo hijo


Ñaatipa, brazo fuerte.
1450 -
1470 1494

1497
1500

72
1510

1506
1519

-Nace la princesa
Donají, alma -Ñaatpa y Cojicopii
1502 grande. llevan un educación -Se construye un
especial bajo los templo dedicado a la
sabios maestros Diosa Pinopiia en
que le enseñaron Jalapa del Marqués
- Muere Ahuízotl. donde se le rinde culto,
las artes morales,
Nace el futuro rey físicas y políticas. venerando la bondad y
Tehuantepec la virtud.
Destacando
Cojicopii, rayo de
aire. -Cojicopii en -Hernán Cortés pisa
talentos tierras de Tlaxcala con
administrativos y dirección a Tenochtitlán
valor civil. lugar de los mexicas.

-Se corona rey - Ahuízotl planea


-Sube al poder zapoteca de venganza contra el rey
Nacimiento de la
el Rey Mexica Tehuantepec a Zapoteca Cosijoeza
reina Pinopiia,
Moctezuma ll. Cojicopii, en pidiendo pasar a su
esencia de virtud.
Zaachilla Yoo frente ejército por su estado
a los Zapotecas y para conquistar
muchas naciones Guatemala, cosa que
amigas. sucedió, pero el
ejército Zapoteca fue
-Cuatro días informado con
después Cojicopii antelación y supo
contrae matrimonio confrontar con honor a
con Zeetoba. Ahuízotl.
1503
-Emprenden viaje - Nace su segundo hijo
hacia Tehuantepec, Ñaatipa, brazo fuerte.
se une Pinopiia pero
muere de fiebre en
Jalapa del Marqués.

1504 1520
1518
73
1531
1521 1526
1534

-Pedro Alvarado
-Caída de llega encomendado Los naturales de Jalapa
Tenochtitlan. de Cortes a Jalapa
-Hernán Cortes obtiene del Marqués y
-Los reyes zapotecas del Marqués.
la licencia en derecho Tehuantepec pagaban
piden ayuda a los Pelean, pero
sobre los pastes, desde antes a Hernán
españoles Francisco terminan siendo
bosques y mares, cosa Cortés oro en polvo.
de Orozco y Juan sometidos.
que la corona española
Núñez del Marcado le desagrada.
se dirige a apoyar,
fundan Antequera,
después Guaxaca y
termina siendo
Oaxaca.

-Los conquistadores -Hernán Cortes se -Hernán Cortés partido


-Hernán Cortes anexa
llegan al istmo dirige a a espala para reclamar
a Jalapa del Marqués
comandado por Tehuantepec a más derechos y no
y Tehuantepec como
Hernán Cortés, terminar dos navíos regresa a la tierra de
sus dos jurisdicciones
expresa su deseo de que lo llevarán a sus conquistas.
por la Cedula Real del
tener a Jalapa del España.
Marques del Valle.
Marques y
Tehuantepec en el
documento “Cedula
de depósito para
Pedro Alvarado de
los pueblos
Tutupeque e Xalapa
y otros pueblos”

1540
1529
1533
1522

74
1543

1540
1547

-Se extraían
grandes cantidades -Se da la orden de la -Los naturales a causa
de oro de Jalapa construcción de de la enfermedad
del Marqués y conventos en los comienzan poco a poco
1536 Tehuantepec. Se pueblos de los a abandonar las minas
pinta el lienzo naturales. donde se extraía el oro.
Guevea.
-Se autoriza la
compra de tierra
de los naturales
para la producción
agrícola.

-Llegan los primeros -Se describen las -La epidemia y -Las minas quedan
frailes a Jalapa del transacciones y enfermedad abandonas por falta de
Marqués y moderaciones para acabó con mano de obra, los
Tehuantepec. Fray toda la villa eran gran parte a esclavos sobrevientas
Gregorio Beteta y recibidas por los naturales fueros trasladados a
posteriormente Fray Hernán Cortes, el en Jalapa del Texcoco.
Bartolomé de tributo consistía de Marqués y
Albuquerque oro, mantas, sal y la Tehuantepec
transportación de
cartas y despacho
para hacienda del
marqués del valle.

1548

1542
1538
1545

75
1670
1597
-Fray Francisco
de Burgoa
1570 -Jalapa del publica sus
Marques era una libros “Palestra
de las diez casad Historial” y
más importantes “Geográfica
-Juan de Cigorondo Descripción”.
1563 contador del estado
de la provincia
dominica. Capitulo LXX”.
redacta “Relación de De casa de
lo que valieron rentas
1558 del Marques del Valle
Xalapa y de su
administración y
-Muere en los años de 1568 Doctrina””
Cosijocopii y 1569”
-Por orden del virrey en Nejapa.
Luis de Velasco se
manda a construir el
templo dominico en
Jalapa de Marques,
se sabe que una
orden dominica
habitando en Jalapa
del Marques.

-La corona -Fray Alonso -Se redacta la -Se la iglesia


española Ponce hace una “relación descubre el
decidido escala en geográfica de la templo a de la
integrarla a su Jalapa de villa de Diosa Pinopiia,
jurisdicción a marques y narra Tehuantepec, mandando a
Jalapa del la arquitectura y donde se destruir y castigar
Marques y el recibimiento incluyen las villas a todo aquel
Tehuantepec. de los naturales de Jalapa y involucrado.
en Jalapa del pueblo
Marques. Tequisistlán “por
Juan Torres de
Lagunas donde
da aspectos
históricos,
económicos,
étnicos y
culturales. 1609

1560 1568
1580

76

Das könnte Ihnen auch gefallen