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CIRCUITOS LÓGICOS
2011
Prof. Mauro M.
da Fonseca
Prof. Rodrigo
Busato
INSTITUTO
ESTADUAL
CECY
LEITE
COSTA
O estudo de sistemas digitais possibilita a abstração de conceitos, dificilmente visíveis pelo emprego
de ferramenta. Serão estudados sistemas numéricos, álgebra de Boole e portas lógicas. O conhecimento da
base da digital possibilitará desenvolver com maior clareza as aplicações, bem como projetar sistemas que
envolvam de alguma forma a necessidade de conhecimento do funcionamento de portas lógicas básicas.
Isaac Asimov
1. Registros Numéricos
Com o tempo a medida que as contagens atingiam o dobro ou mais da contagem de duas mãos a
representação foi sendo resumida, por economia de tempo e espaço.
2 dezenas e 4 unidades = 2 x 10 + 4
2 centenas, 4 dezenas e 2 unidades = 2 x 100 + 4 x 10 + 2
2 x 1000 = 2 x 103
2 x 10000 = 2 x 104
2 x 1000.000.000.000.000 = 2 x 1015
2 x 10 + 4 = 2 x 101 + 4 x 100
2 x 100 + 4 x 10 + 2 = 2 x 102 + 4 x 101 + 2 x 100
Assim qualquer número de BASE 10 pode ser representado com potências de 10 apenas levando-
se em consideração a sua posição de UNIDADE, DEZENA, CENTENA etc.
Por isso apenas dois caracteres são suficientes. As formas de linguagem binária, na prática
podem variar.
- Sim ou não
- Verdadeiro ou falso.
- Azul ou vermelho
- No caso do disco de CD ROM, furo, ou não furo
Essa linguagem de dois estados bem distintos possibilitou a criação de aparelhos digitais (não só o
computador) que leiam, processem e guardem estas informações.
Toda vez que uma informação for digital o aparelho digital irá traduzir os dois estados de forma
que ele possa manipular estes dados. Esta tradução se mantém como linguagem digital, só que ao
invés de ser barra preta ou barra branca, por exemplo, será sinal elétrico e sem sinal elétrico.
Observe que o gráfico é apenas a representação visual de dois sinais elétricos diferentes.
O sistema binário pode também representar quantidades com a idéia de que a posição do
número indica o valor que ele representa.
1 = 1 x20
10 = 1 x 21 + 0 x 20
101 = 1 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20
4 0 1
Exercícios de Fixação:
1) Faça a escrita dos números decimais para a escrita na forma de potências de base 10.
45
14
256
512
10001
11001
10011
101
10101
111000
O número transformado será composto por este último quociente (algarismo mais significativo) e,
todos os restos na ordem inversa às divisões.
Neste caso, será efetuado sucessivas divisões pelo algarismo 2, base do sistema binário, como
mostra o exemplo a seguir para o número decimal 47.
O último quociente será o algarismo mais significativo e ficará colocado à esquerda. Os outros
algarismos seguem-se na ordem até o 1º resto:
Na pratica, o bit menos significativo de um numero binário recebe anotação de LSB e o mais
significativo de MSB.
Exercícios de Fixação:
21
99
33
12
O problema de que as quantidades a serem representadas em binários ocupam muito espaço deu
origem ao sistema de numeração HEXADECIMAL, OU BASE 16, onde menos caracteres podem
representar um conjunto de números binários
Nota-se que a letra A representa o algarismo A, que por sua vez representa a quantidade dez. O
mesmo ocorre para a letra B, que representa o algarismo B e a quantidade onze, sucedendo assim até o
algarismo F, que representa a quantidade quinze.
A(16) 10(10)
B(16) 11(10)
C(16) 12(10)
D(16) 13(10)
E(16) 14(10)
F(16) 15(10)
A conversão do sistema hexadecimal para o sistema decimal pode ser realizada aplicando a
definição do sistema de numeração genérico na base 16. Assim, tem-se:
1 0
13 (16) = 1 x 16 + 3 x 16
13 (16) = 19 (10) (conversão hexadecimal => decimal)
Para exemplificar, o número 1101 na base 10 será convertido para o sistema hexadecimal.
Exercícios de Fixação:
21
92
33
12
64
256
512
1024
A forma mais rápida é utilizar 4 bits para cada algarismo HEXADECIMAL (com quatro bits pode-
4
se representar 2 = 16 registros).
A forma mais rápida é utilizar um algarismo HEXADECIMAL para cada 4 bits de BASE 2 da direita
para a esquerda.
Finalizando...
O mesmo se observa nos demais sistemas. No binário, por exemplo, quando a rodinha da
unidade alcança 1 e posteriormente comuta para zero, a rodinha da dezena avança para 1. Pode-se
notar que a quantidade de dígitos necessário para representar um número qualquer, no sistema binário,
é muito maior quando comparado ao sistema decimal.
A tabela abaixo mostra a formação dos algarismos dentro de cada sistema numérico.
A segunda parte do curso visa à identificação, a compreensão e manipulação dos sinais elétricos
que trafegam em circuitos digitais processando a informação. A partir deste ponto é possível
implementar os circuitos digitais e verificar o seu funcionamento através de seus componentes básicos: O
sinal digital e os circuitos lógicos.
Tanto os dados analógicos como os Digitais podem ser traduzidos e convertidos para efeito de
transmissão elétrica em Sinais Analógicos ou em Sinais Digitais.
Tem amplitude definida e utiliza a linguagem binária (dois níveis) “0” e “1” e sucedendo-se a
intervalos de tempo regulares.
O sinal digital deverá ser sobreposto ao sinal analógico de forma que o resultado seja um sinal
modulado por pulsos(deformado por pulsos).
Este sinal deformado analógico pode ser transmitido como um sinal de rádio.
Quando o sinal deformado chega no destino(receptor RX) ele é comparado com um sinal
analógico original (antes de ser deformado pelos pulsos).
Cada ponto de comparação haverá uma deformação para mais ou para menos dependendo do
pulso(0 ou 1) que a deformou.
Se a deformação foi para mais isto significa que neste ponto o sinal digital é 1. Se foi para
menos o sinal digital foi 0. Assim o sinal digital pode ser recuperado.
Estado 0 (zero)
Estado 1 (um)
Portão fechado,
Aparelho desligado,
Ausência de tensão,
Chave aberta .
O estado 1 representará, então:
Portão aberto,
Aparelho ligado,
Presença de tensão,
Chave fechada, etc.
Note, então, que se representarmos por 0 uma situação, representamos por 1 a situação
contraria.
Apenas em 1938, o engenheiro americano Claude Elwood Shannon utilizou as teorias de Boole
para solução de problemas de circuitos de telefonia com relés - interruptores comandados com sinais
elétricos – e que podiam portanto ligar ou desligar circuitos muito rapidamente. Até hoje os relés são
empregados.
Montaremos a seguir os principais circuitos lógicos que derivam da álgebra de Boole, sendo as
variáveis e expressões envolvidas denominadas de booleanas.
booleanas
• Função E ou AND
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SOMENTE SE todas as entradas
estiverem em nível lógico 1.
Para implementar essa lógica necessitamos de um circuito elétrico com pelo menos 2 chaves(
ch A e B)
ligadas em série.
Portanto as chaves representam as entradas que precisam estar ligadas ou em nível lógico 1 para
que a saída (lâmpada) também fique ligada .
A análise do circuito revela que a lâmpada somente acenderá SOMENTEMENTE SE ambas as chaves
estiverem fechadas e, seguindo a convenção, tem-se:
tem se: CH A=1, CH B=1, resulta em S=1.
Pode-se,
se, desta forma, escrever todas as possíveis combinações de operação das chaves na
chamada Tabela da Verdade,, um mapa onde se depositam todas
todas as possíveis situações de entrada com
seus respectivos resultados de saída .
TABELA VERDADE
A B S
Função S=A.B
A porta lógica E é um circuito que executa a função E da álgebra de Boole, sendo representada, na
prática, através do símbolo visto abaixo.
Exemplo de aplicação:
As chaves A e B (ou mais) podem estar instaladas em portas de andares de um poço de elevador
onde o elevador vai se movimentar SOMENTE SE as chaves das portas estiverem fechadas
• Função OU ou OR
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SE QUALQUER UMA das entradas
estiver em nível lógico 1.
O circuito acima mostra que a lâmpada acende quando qualquer uma das chaves estiver
fechada e permanece apagada se ambas estiverem abertas,
abertas, ou seja, CH A=0, CH B=0, resulta em S=0.
TABELA VERDADE
A B S
Função S=A+B
Exemplo de aplicação:
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SE a entrada for 0 e vice-versa.
vice
O inversor é o bloco lógico que executa a função NÃO.. Sua representação simbólica é vista
abaixo, juntamente com sua tabela da verdade.
TABELA VERDADE
A B S
Função S=A
Exemplo de aplicação:
As chave A e pode ser instalada em uma porta de geladeira. SE a porta da geladeira é aberta a
lâmpada acende.
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SE PELO MENOS UMA das entradas
estiver em nível lógico 0.
Observa-se
se que a lâmpada apaga somente quando ambas as chaves são fechadas,
fechadas ou seja, CH
A=1, CH B=1, implica em S=0.
Abaixo ilustra o circuito que executa a função NE da álgebra de Boole, juntamente com
sua tabela da verdade.
TABELA VERDADE
A B S
Função S = A.B
Exemplo de aplicação:
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SOMENTE SE as entradas estiverem
em nível lógico 0.
Pode-sese analisar no circuito que a lâmpada fica acesa somente quando as duas chaves estão
abertas.. Assim, CH A=0, CHB=0, resulta em S=1.
Abaixo ilustra o circuito que executa a função NOU da álgebra de Boole, e sua tabela da verdade.
TABELA VERDADE
A B S
Função S= A+B
Exemplo de aplicação:
As chaves A e B ( ou mais) podem fazer parte de dois sensores de dois pontos de uma linha de
produção. A ação de um robô é repor duas peças simultaneamente. A ação do robô só é acionado SE
duas posições estiverem vazias (nível lógico 0).
• Função OU EXCLUSIVO
SIVO
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SOMENTE SE as entradas forem
diferentes.
Portanto este Bloco só terá nível 1 na saída (lâmpada acesa), SOMENTE SE as entradas forem
diferentes.
Abaixo ilustra o símbolo que representa, na prática, a função OU Exclusivo e sua tabela da
verdade.
TABELA VERDADE
A B S
Observação importante: ao contrário dos outros blocos lógicos, cada circuito OU EXCLUSIVO
admite somente 2 variáveis de entrada.
Exemplo de aplicação:
As chaves A e B ( ou mais) podem estar instaladas em cintos de segurança onde um aviso sonoro
avisará SE alguém não prender o cinto de segurança.
segurança
A função COINCIDÊNCIA
COINCIDÊNC é uma combinação de portas E e OU E INVERSORAS.
Neste circuito lógico o sinal de saída irá para nível lógico 1 SOMENTE SE as entradas forem
iguais.
Quando CH A=1 e CH B=0 ( =1) não circula corrente pela lâmpada, o que implica em
lâmpada apagada.
Portanto, pode-sese afirmar que a porta Coincidência terá 1 em sua saída (lâmpada acesa),
quando as entradas forem idênticas.
idênticas
Abaixo ilustra o símbolo que representa, na prática, a função COINCIDÊNCIA e sua tabela da
verdade.
TABELA VERDADE
A B S
Observação importante: Assim como ocorre com o bloco lógico OU EXCLUSIVO, o circuito COINCIDÊNCIA
é definido apenas para 2 variáveis de entrada.
Exemplo de aplicação:
As chaves A e B podem estar fazer parte de sensores de um robô que encaixa uma peça em outra
que contém dois furos. TODA VEZ QUE faltar um furo o robô avisa ( sinais diferentes) e não coloca
c a peça.
TODA VEZ QUE identificar dois furos(sinais iguais) o robô procede com a colocação da peça.
Todo o circuito lógico executa uma função booleana e, por mais complexo que seja, é formado
pela interligação das portas lógicas básicas.
• Exercícios de fixação
Prática de Laboratório 1
Em primeiro lugar deve-se ligar os pinos de alimentação do CI, por que eles não estão
contemplados nos esquema eletrônico.
Prática de Laboratório 2
TABELA VERDADE
A B S
Prática de Laboratório 3
Monte o circuito e faça a tabela verdade e expressão booleana.
Prática de Laboratório 4
Monte o circuito e faça a tabela verdade e expressão booleana.
Prática de Laboratório 5
Monte o circuito e faça a tabela verdade e expressão booleana.