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 |

ADVOGADO
gomes.jr@ig.com.br
|
 

° xierarquia da Legislação;
° CLT, Termos usuais da Legislação Trabalhista;
° Aspectos legais da admissão, acompanhamento,
demissão do empregado;
° Legislação Previdenciária.
˜  ˜˜ ˜˜  !˜"
#  ˜$˜#%&˜˜
 ˜ #%&˜
° D a partir da 
' ()   que as condições
de trabalho sofrem grandes modificações.
° ºeste momento as máquinas são efetivamente
introduzidas nas fábricas, mudando a forma pelo
qual o trabalho era exercido.
° Esta nova estrutura de produção 
   
* + e trouxe como conseqüência uma

,*)-
 
)"
"
° Grande parte do  -   . 
*
 , fato que resultou em uma drástica

()/*
  

'  
*
.

° ºas fábricas, os  



 
 
/  *

01
 * ;
os acidentes eram constantes e os salários irrisórios.

° O menor e a mulher sofriam todo tipo de discriminação e


exploração, pois além de trabalharem jornadas imensas,
não recebiam nem a metade do ordenando reservado
aos homens adultos.
° D neste difícil cenário, marcado sobretudo pelas
precárias condições de trabalho, que eclodiram as
greves e revoltas sociais.

° ºo 2 ())
 -


 
  
  

° Os empregados também sofriam todo tipo de abuso, e


nas fabricas a situação tornava-se cada vez mais
insustentável.

° / 
  + 304
. Os acidentes eram constantes e a falta de
higiene era notória.
° Com nítida - 5 '
  + 
 *, os  

(
' 

  (6

 .

° Também aqui 2


 +
'


' 

  2  2*




 ())*
*


 
-.

° Assim,   


( 
'

- 


 
7()

6
/
'


8
' (6
* 

° Criou-se até uma forma de mediação obrigatória, na
qual sempre estaria presente um representante do
Estado. Contudo, tal procedimento não alcançou
uma solução satisfatória, sendo necessária que outra
posição fosse tomada.

° A *
)** , por sua vez, fez o seu papel, e
forçou que   *


8*

 ()

+ 
, sobretudo /
'

*
+
  
$˜#%&˜ $˜
° ºo Brasil, a primeira instituição com o objetivo de
conciliar as lides trabalhistas surgiu no Estado de São
Paulo, em 09::, com a criação dos  

+. Contudo, esta experiência também não
surtiu os efeitos desejados.

° A revolução de 1930 foi tida como o principal fator


responsável pela criação imediata de um grande de
número de leis trabalhistas.

° Em 09;:2-   


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 +
 
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|()2
- (6

 *-   .
° A |  ()
09;1 é *
  


 6
  , notoriamente influenciada pelo
constitucionalismo social surgido na Europa após a
Primeira Guerra Mundial.

° !á a |  ()
09;< é marcada por um grande
intervencionismo estatal, fortemente influenciada pela
Carta de lavoro, na Itália, e pela Constituição Polonesa.
7"
*  * ' , decorrente do
fascismo Italiano.

° A |  ()
0914 rompe com corporativismo da
constituição anterior, sendo considerada uma norma
democrática por muitos.
° ùuanto à legislação infraconstitucional, temos que, em
1939, 

"
0:;<     ( 
 e, em 091=2

"
4>94 - 

     (  2()

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° Em 091;23*  | () 


 
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7

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(6

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 ' 2

'. (Decreto-Lei 5.452/43)
° D importante ressaltar que ainda nos dias atuais 
| 3**-

+ 
   

   

° Em 1946, o Decreto 9.797 veio integrar a !ustiça do


Trabalho entre os órgãos do Poder !udiciário, no
qual foi regulamentada, inclusive, a carreira do !uiz
do Trabalho.
˜  ˜ ˜ ˜ #  
° De 1943 até os dias atuais, o Direito do Trabalho
sofreu várias modificações, pois como todos sabem,
 
 3 ?2 *  "

 7 "


*



.
° ºo ano 2000, por meio da Emenda Constitucional n.º
24, foi extinto o cargo relativo aos juízes classistas
instituídas as Varas do Trabalho.
° ºo ano de :==>2*-( 
 
|  1>2-
  +001 
|  ()@

2 
  

+5 
 6

*


*
 *
  (  

° D importante ressaltar que atualmente a !ustiça de


Trabalho conta com um papel de destaque na
estrutura do poder judiciário brasileiro, sendo
imprescindível seu estudo.
@


  
+()  

° @
significa nascente, origem. Consideram-se
fontes do Direito do Trabalho todas as formas de
manifestação, aceitas ou criadas, dessa modalidade
do Direito, que contribuam para a criação de suas
normas jurídicas. A Constituição Federal por
exemplo, é uma fonte do Direito do Trabalho, visto
que, entre seus dispositivos, despontam diversas
normas relativas ao trabalho.
)@
  
   A
° |  ()A Lei máxima de um país, a mais
importante de todas as normas, é a que rege todo o
ordenamento jurídico de um país;
° | () 
   Decreto-Lei
criado em 1 de maio de 1943, unificando-se toda a
legislação trabalhista então existente no país ;
° 
* Atos normativos emanados do Poder
Legislativo, que regulam situações específicas;
°

2
 *'B
*  Atos
normativos emanados da autoridade executiva
máxima da esfera;
° 

( ' decisão proferida pelos
Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) ou pelo Tribunal
Superior do Trabalho (TST) no julgamento dos dissídios
coletivos;

°  * 5 Sentenças reiteradas dos magistrados


em casos semelhantes;

° |'
(6

 
' Pactos escritos
celebrados entre os representantes dos dois lados da
relação trabalhista de um setor específico;
° 
+ 
 
 
*
 Atos
normativos editados pelas empresas com vistas a
regulamentar os detalhes da prática diária, dentro da
empresa;

° #
 
 Aquilo que a sociedade tem
como prática rotineiramente;

°   
 Pactos celebrados entre
países com vistas a regular as relações
internacionais.
° 
 (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que
liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê") é
uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas
através dos processos próprios do ato normativo e
estabelecidas pelas autoridades competentes para o
efeito.
  ˜ !$
° A palavra lei pode ser empregada em três sentidos
diferentes, conforme a abrangência que se pretenda
dar a ela. ºuma acepção *., lei é toda a
regra jurídica, escrita ou não; aqui ela abrange os
costumes e todas as normas formalmente
produzidas pelo Estado, representadas, por exemplo,
pela Constituição federal, medida provisória, decreto,
lei ordinária, lei complementar, etc.
° ºum 
  *, lei é somente a regra jurídica
escrita, excluindo-se dessa acepção, portanto, o
costume jurídico. Por fim, numa acepção 3 e
específica, a palavra lei designa uma modalidade de
regra escrita, que apresenta determinadas
características; no direito brasileiro, são técnicas
apenas a lei complementar e a lei ordinária.

  
+()

° |  ()C
° 
   ()C
° 
*

 C
° Lei ordinária ou Código ou Consolidação;
° 


+ C
°
 !'BC
°


+ 'C
° 
 ()C
°

C
° Instrução normativa;
° Instrução administrativa;
° Ato normativo;
° Ato administrativo;
° Portaria;
° Aviso.
° Ao olhar a lista (presente de forma simplificada no artigo
59 da Constituição Federal, em negrito), num primeiro
momento, à idéia de que ela estabelece é a de uma
hierarquia vertical entre as espécies normativas: as
emendas à Constituição seriam superiores
hierarquicamente às leis complementares, que por sua
vez seriam superiores às leis ordinárias, que seriam
superiores às leis delegadas, que seriam superiores às
medidas provisórias, que seriam superiores aos
decretos legislativos que, finalmente, estariam num
patamar de superioridade em relação as resoluções.
°  '

*

 )
 
D

° |
,
() 

 8|  (), todas as
demais normas se situam no mesmo plano hierárquico.
Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções
)
*3
 '*, isto é, 



-  
 
' 
 


 
|  ().
° O que as distingue uma das outras são alguns aspectos
no processo de sua elaboração e o campo de atuação
de cada uma delas.

*
  *



() *
 ()2'

   
-
° Trata-se, *  , de 

 ()    ± e
não de relação hierárquica. Cada uma das espécies
tem o seu campo de atuação específico, que não
pode ser invadido por outra.
° Os conflitos entre essas espécies normativas são
sempre por invasão de competência de uma pela
outra ± não há falar em hierarquia.
° Por isso, a solução do conflito será sempre em face
da Constituição: se uma espécie invadir o campo de
atuação de outra incorrerá em inconstitucionalidade,
por ofensa direta à Constituição (pois esta
estabeleceu campo próprio de atuação para cada
uma delas).
° Assim, se a Constituição exige para o trato de
determinada matéria uma espécie legislativa
primária, esta não pode ser validamente substituída
por outra. Mas isso não se deve à existência de
hierarquia entre elas, e sim, em virtude de possuírem
campo específico de atuação, à invasão de
competência.
° Para esclarecer estes entendimento, temos as
seguintes orientações emanadas do Supremo
Tribunal Federal:
1) ºão há hierarquia entre lei complementar e lei
ordinária, mas sim campos específicos de atuação
de cada uma dessas espécies normativas;
2) Só é lei complementar material aquela aprovada
por maioria absoluta pelas Casas do Congresso
ºacional e que trate de matéria reservada pela
Constituição para esse tipo de lei;
° 3) Lei ordinária, lei delegada e medida provisória não
podem regular matéria reservada pela Constituição à
lei complementar, sob pena de incorrerem em vício
de inconstitucionalidade formal;
4) Lei complementar pode tratar de matéria ordinária,
sem incorrer em vício de inconstitucionalidade
formal, mas nesse caso tal lei será apenas
FORMALMEºTE complementar - será
MATERIALMEºTE ordinária, isto é, o conteúdo
dessa lei permanecerá com status ordinário. Logo,
poderá ser posteriormente modificada/revogada por
lei ordinária.
| 2
   
+()
 C

!.*  
   
  ()
° Desde os primórdios, o homem sempre se
preocupou em explicar de que forma as coisas
surgiram.

A palavra princípio geralmente nos dá a idéia de


começo, início.

Todavia, dependendo do contexto em que se


encontra inserida pode englobar uma enorme gama
de significados diferentes.
° ºa realidade não há como negar que se analisarmos
todos os significados possíveis, iremos verificar que
todo, de uma forma ou outra, terão relação direta
com as palavras início ou origem.

ºo estudo do Direito não há como ser diferente.


Todas as Leis e normas jurídicas existentes no país
observaram, ou melhor, observam algumas
"premissas" ao serem criadas, ou seja,  

 '

 /  - '


 *.*
° Mas antes, deve-se entender primeiro o que
realmente a palavra princípio significa para o direito.
Uma das definições mais aceita pela doutrina é a do
Prof. CRETELLA !R.:
ß  
 
   
     ß
° A definição dada pelo Prof. Miguel Reale também se
mostra bem oportuna:

ß    
  

         
   
  
        
       
 
       
  
   ß
° D notório que os princípios representam a base
fundamental e filosófica de todo ordenamento
jurídico, tal como um alicerce, - 


 
 2  
   
/ . 

° Inclusive, o professor Celso Antônio Bandeira de


Mello, já a muito, ressaltava a importância dos
princípios
R      
  
  
 
   
    
 
       
     
  
     
 !        
 
 " 
  "
#   
  
      


    

 ß
@ (6

° Modernamente, a doutrina tem delegado aos
princípios as mais variadas funções dentro do
ordenamento jurídico.

Dentre várias, devem ser ressaltadas as funções



*
 ',  *
' e  '*B*.
° 1- Função 
*
 ': é aquela no qual o
princípio objetiva a compreensão do próprio direito.

2- Função  *
'  
 , ou seja, função
normativa supletiva: deve-se aos casos em que os
princípios são aplicados em casos concretos quando
da falta de uma norma específica.

ºo direito brasileiro, a função supletiva encontra-se


expressamente prevista no artigo 8º da Consolidação
das Leis do Trabalho, no artigo 4º da Lei de
introdução do Código Civil e no artigo 126 do Código
de Processo Civil.
° 3- Função  '*B*: modernamente a
nova doutrina tem apresentado um novo papel para
os princípios, trata-se do desempenho de uma
efetiva função normativa própria, ou seja, o princípio
funciona tal como se fosse norma jurídica
propriamente dita, sendo inclusive reconhecido seu
poder de regular determinada situação.
° A elevação dos princípios a este patamar deve-se,
sobretudo, a sua dimensão fundamental, criadora e
justificadora de toda a ordem jurídica existente,

*

   

 


  

+/ . 
,

, não podendo assim,
serem, relegados ao acaso.
ºa realidade, 

'

 
 2
 "
*
 .'

 



    *.*+
 

 ,    *.*
*
.- 

   2*
  



)-(
 

  *.*  
   
° Até pouco tempo atrás, a autonomia dos princípios
do Direito do Trabalho foi muito questionada no meio
jurídico e até negada por algumas pessoas.

Mas, com o crescimento e a evolução deste ramo do


direito, atualmente, esta questão encontra poucos
opositores, sendo desnecessário qualquer
aprofundamento quanto a esta matéria.
˜!.*  
   

° Como já fora anteriormente explicitado, o Direito do


Trabalho possui, devido ao caráter especial de suas
atividades, princípios próprios que deverão orientar
todo o trabalho jurisdicional realizado pelo poder
judiciário, sempre obedecendo ao ideal de justiça
social que este ramo do Direito tem como primeiro
fundamento.
° ºão se deve esquecer que *
* -


3  , e que o Direito do Trabalho, em
quase a totalidade dos casos, deverá elaborar
normas que tendam a protegê-lo, pois é notório que
este representa a parte mais fraca , sendo então,
moralmente correto que sejam criados princípios que
tenham como objetivo garantir meios de se sustentar
uma igualdade pelos menos próxima da verdade
real.
° Deve-se atentar ainda que na maioria dos casos, 
.   
*

 *

6





 
7
 ., sendo por isto,
também imperioso que o resultado destes litígios
seja dado da forma mais célere possível.

Com base na linha de raciocínio supracitada, citamos


o que, para a doutrina, é um dos princípios mais
importantes de todo o Direito do Trabalho: 
*.* *
()   .
˜*.* *
()  

° ºa realidade pode-se dizer que o *.* 


*
()    pode ser desmembrado
em três princípios distintos:

a) a regra 
± consiste,
basicamente, *
')
+ 5

+  ' , a solução deverá se pautar pela
escolha de uma regra mais favorável ao trabalhador,
ou seja, trata-se da possibilidade do juiz dentre as
várias interpretações possíveis de uma norma,
escolher a mais favorável ao trabalhador.
° b) a regra da -''
A se houver mais
de uma norma aplicável à um caso concreto sempre
a opção deverá relacionar-se àquela norma que seja
a mais benéfica ao trabalhador.

Ressalte-se que aqui não interessam questões


relativas á hierarquia de normas, ou em relação ao
tempo em que foram publicadas, pois caso estiverem
ainda em vigência, sempre deverá ser aplicada à
norma mais favorável ao trabalhador.
° c) a regra da  ()
3-, que
determina que a aplicação de uma nova norma
trabalhista nunca terá o poder de diminuir os direitos
adquiridos pelo trabalhador.

A bem da verdade, estas duas últimas regras


apresentam apenas variações, latu sensu, da regra
numero um, 
, que representa
uma síntese bem estruturada do princípio da
proteção do trabalhador.
˜ *.*  
   
° ºa realidade, o princípio da proteção ao trabalhador,
representa o princípio mais importante de todo o
Direito do Trabalho, uma vez que a maioria dos
outros, de uma forma ou outra, representam
variações deste.

Contudo, importa registrar alguns outros princípios


citados pelos estudiosos do direito:
° A) !.*!7 
 
: é certo que a
Lei sempre determina a forma que determinado ato
deverá ser realizado, por exemplo, o contrato de
trabalho deve ser registrado na CTPS do
trabalhador.

Todavia, devido a notória hipossuficiência do


trabalhador frente ao empregador, muitas vezes a
forma prescrita em Lei pode ser simplificada ou
mesmo desconsiderada,
'
 
) / 7

* 
*
*
'
 


)
'
 



*' 

 
 .
° D que na realidade pode ocorrer a possibilidade do
trabalhador ser obrigado pelo empregador a assinar
recibos falsos, ou mesmo recibos que não
representam a realidade, como pedido de demissão,
pagamento de férias fictícios ou cartões de ponto
que não representam a verdadeira jornada do
trabalhador.
Assim, para o Direito do Trabalho, os documentos
apresentados são dotados de uma presunção de
veracidade relativa, pois admitem provas em
contrário.
° Inclusive, não se trata somente de análise dos
documentos, mas, na realidade, o princípio da
primazia da realidade vale para todas as formas de
prova possíveis no direito do trabalho, vez que são
privilegiados os fatos e a realidade, ao invés da
forma estabelecida em lei.

° b) princípio da   () 


()


*
+: estabelece que o contrato de trabalho do
empregado, salvo se pactuado de forma diversa, terá
validade por prazo indeterminado, perdurando no
tempo.
° Assim, mesmo que ocorra alteração na direção da
empresa ou mudança de empregador, tem-se que o
contrato de trabalho do empregado permanece
inalterado.

° c) princípio da 
  
  
 :
estabelece este princípio que os direitos trabalhistas
são irrenunciáveis, devendo qualquer ato desta
espécie ser considerado nulo.
° Assim, se determinado empregado ao assinar o
contrato de trabalho for obrigado a renunciar o direito
ao recebimento do 13º salário, estabelece a Lei que
esta ato não terá qualquer validade.

° Todavia, deve-se ter em mente que a vedação legal


é a renúncia do direito enquanto empregado da
empresa e não, sua transação legal perante a
!ustiça do Trabalho, vez que nesta hipótese não
haverá o vício ensejador da nulidade do ato, pois o
trabalhador perante o !uiz do trabalho não será
obrigado a esta conduta.
 /
  |  
 

()
 ,
()
*
+
° A relação de trabalho se distingue da relação de
emprego.
° De acordo com Amador Paes de Almeida, ,
R3  
-(

  -.
  8
* ()E
° Dessa forma, entendemos que é possível haver uma
relação de trabalho sem que exista uma relação de
emprego, porém não poderá ocorrer o inverso, pois
toda relação de emprego presume inicialmente uma
relação de trabalho.
° Assim é preciso que se entenda que relação de
trabalho é gênero e enquanto a relação de emprego
é espécie.
° Para que seja reconhecido o vínculo de emprego, é
necessário que sejam preenchidos os requisitos do
artigo 3ª da CLT, Vejamos:

*
+ 
° A)Pessoa Física ± *
 
, segundo o mestre
André Luiz Paes de Almeida:
Ro
*
+  será sempre pessoa física e nunca
pessoa jurídica, onde o caráter da relação de
emprego será sempre intuito personae e não
personalíssimo, ficando demonstrado pelo fato de
que o empregador poderá, a seu livre critério e
escolha, substituir determinado empregado´
° B) ºão eventual ±   
, empregado é um
trabalhador que presta serviços continuamente, ou
seja, não eventual. De acordo com André Luiz Paes
de Almeida Ro presente item não se caracteriza
somente pela diariedade do serviço prestado, mas
sobretudo pela expectativa que o empregador tem
pertinente ao retorno do empregado ao local de
labor´
° C) Dependência ±   (), empregado é um
trabalhador que presta serviço subordinado, ou na
expressão contida no artigo 3º R sob a dependência
deste´ (o empregador):

° 1)   ()
  ± ou ainda
dependência jurídica como muitos autores
determinam;
° 2)   () 3 ± segundo André Luiz
Paes de Almeida R essa subordinação decorre da
hierarquia, pois, num primeiro momento, existe uma
ordem do empregador para que o empregado lhe
envie o trabalho concluído para supervisão´.
° 3)   ()F ± este item está ligado
a estrutura econômica fornecida pelo empregador
para que o empregado desenvolva sua atividade
laboral.
° ˜G# ˜@ 
#˜ %&˜&˜H|   
|# # $  2˜#2G#  
˜ ˜! ˜  ˜  !˜
° D) Salário ± 
 
, empregado é um
trabalhador que, pelo serviço que presta, recebe uma
 *
 ()Ressaltando, que não
existe vínculo de emprego voluntário, ou seja,
gratuito.

° ˜G# ˜ %&˜  !˜


&˜|# # $˜2˜#2H@  # 
 || I˜$J|#˜
 ! J|˜
*
+ 
° O artigo 2º da CLT define a figura do empregado
como sendo a
*
 '  
'
2
    ' 

F2
 
2
 +
*
 ()*



'(
° Para Orlando Gomes, R      
 
 

 

$   
 
 
 %
!˜  ! ˜
˜ K |˜
° A palavra doméstico provém do latim "domesticus",
ou seja, da casa, da família, do lar.

Dessa forma, pode-se dizer que em princípio, será


considerado doméstico todo aquele que trabalha
para a família, no âmbito residencial desta.
° Entretanto, a própria lei que regulamenta a relação
de emprego doméstica, a Lei 5.859/72, preocupou-se
em estabelecer expressamente o conceito de um
empregado doméstico.
° Vejamos o que diz a Lei:

¦&'&()*+

@rt. 1º @o empregado doméstico, assim considerado


aquele que presta serviços de  
$ 
e
de   
     
  
,      aplica-se o disposto
nesta lei.
° Como se pode notar considera-se como empregado
doméstico toda pessoa física que presta serviços de
natureza contínua e de finalidade não lucrativa à
pessoa ou à família, no âmbito residencial.

Mas, aí surge uma pergunta: |





()

*
+3 3 L
|


()

*
+3 3 L
° Para responder a este questionamento deve-se ter
em mente que a Lei 5.859/72, ao definir o conceito
de um empregado doméstico, estabeleceu 5
 
 imprescindíveis a caracterização do
trabalho doméstico.

Tratam-se de condicionantes relacionadas 8


 
728-
8- 
  
3 
*
 
A 
7 .  
 3 
° A primeira condicionante exige como requisito para a
caracterização da relação de trabalho doméstica que
os serviços prestados sejam de  
7 . 
Isso quer dizer que não pode ser considerado como
empregado doméstico aquele trabalhador que exerce
sua atividade com intermitência ou eventualidade.
O exemplo mais comum é a figura da diarista, que
vende ao empregador o seu dia de trabalho, não
tendo com este qualquer vínculo empregatício.
° D comum a contratação eventual de motoristas,
faxineiras, lavadeiras, passadeiras ou cozinheiras
para trabalhos específicos, em épocas definidas, ou
até por uma vez por semana, uma vez por mês, sem
que efetivamente exista uma relação de emprego
doméstico.

A natureza contínua deve ser interpretada da forma


mais simples possível.

Se não há o compromisso do trabalhador de


comparecer em dia e horário certo e subordinar-se
às ordens do Contratante, no caso o empregador
doméstico, é notório que se trata de um trabalho
eventual.
° Deve-se ressaltar que estes trabalhadores, na
maioria dos casos, prestam serviços em várias
residências ao mesmo tempo, escolhendo por seu
alvedrio qual será o trabalho daquela semana, o que
denota a completa ausência de vínculo de serviço.

Se o contratante, porém, exige a presença do


trabalhador em dias certos e com jornadas de
trabalho efetivamente definidas, apresentando ser
habitualidade nesta prestação de serviço, ainda que
em apenas alguns dias da semana, fica claro que a
natureza do trabalho torna-se contínua,
caracterizando o trabalho doméstico.
° Desta forma, não se deve confundir o significado da
natureza contínua da prestação de serviços.

D que, neste caso, o que o legislador buscou


identificar é a diferença entre o trabalhador que
presta serviços como verdadeiro autônomo,
vendendo diariamente sua força de trabalho, daquele
trabalhador que, com certa habitualidade, se
subordina às normas e ordens do contratante,
prestando seus serviços, ainda que de forma
intermitente.

+   
A- 
  
3 
° A segunda condicionante relaciona-se - 

 
Exige a lei que o trabalhador doméstico desempenhe
atividades que não tenham como finalidade uma
atividade lucrativa. O termo "finalidade não lucrativa"
deve ser entendido como o trabalho que é exercido
independentemente da atividade econômica do
empregador.
° Ou seja, não há possibilidade de se contratar um
empregado doméstico para que este, por exemplo,
prepare salgados para o comércio, pois dessa forma,
conforme prevê a Lei 5859/72, estaria
desconfigurada a finalidade não lucrativa da
atividade e, por conseqüência, a relação
empregatícia doméstica.

° Seguindo esta linha de raciocínio, a lavadeira que


trabalha para terceiros em sua própria casa não
poderá contratar uma ajudante como empregada
doméstica, uma vez que o resultado dos serviços
prestados pela contratada terá finalidade lucrativa.
° Logo, um médico que conta com motorista para levá-
lo as suas visitas à clientes como atividade
preponderante, estará usando o motorista para o
exercício de atividade econômica, descaracterizando
a relação empregatícia doméstica.
° Contudo, se o mesmo médico necessita do motorista
para levar seus filhos ao colégio, sua mulher às
compras, além de levá-lo ao consultório ou à
residência de um cliente, em caráter eventual,
poderá contratá-lo como um empregado doméstico.
ºeste caso, a preponderância da atividade do seu
empregado é servir como motorista da família e não
como motorista de um profissional médico.

Da mesma forma é a situação do trabalhador em um


sitio.
° Se seu serviço destina-se a produzir frutas para o
consumo do proprietário, de seus familiares ou até
amigos, não haverá atividade econômica. Assim, o
trabalhador poderá ser contratado como empregado
doméstico.

Todavia, se o cultivo das frutas se destina a venda,


ainda que sem lucro efetivo, o trabalho desenvolvido
tem a clara finalidade econômica, descaracterizando
o trabalho doméstico.


 
A˜ *
  
*
 8-.
? 


° A terceira condicionante estabelece que o trabalho
do empregado doméstico, necessariamente, deve
ser dirigido à pessoa ou à família, e mais, no ? 


destas.

Portanto, uma empresa não poderá ter empregados


domésticos, assim como nenhuma associação ou
entidade, ainda que filantrópica.

D importante ressaltar que a expressão o âmbito


residencial ) deve ser examinada sob excessivo
rigor.
° O sítio, a casa de campo, a casa de praia ou outro
ambiente destinado ao lazer da família não só pode
como deve ser entendido como de âmbito
residencial.

Desta forma, mesmo o motorista que permanece


viajando por muito tempo, quase não se
conservando dentro da residência do patrão, também
será considerado empregado doméstico quando sua
atividade destinar-se ao interesse da família.
° Agora que já aprendemos as características de um
trabalho doméstico, vamos conhecer suas principais
espécies.


'( 3 M*
7
'()N
° Esta espécie de empregado doméstico representa a
imensa maioria dos trabalhadores domésticos no
país.

Deve-se dizer que esta espécie de empregado


doméstico é aquela que presta serviços de finalidade
não lucrativa á empregador doméstico ou a sua
família, em caráter contínuo, no âmbito de sua
residência.
° Ou seja, é aquele empregado que lava as roupas da
família, arruma a casa, faz o almoço, limpa os
banheiros, enfim, desempenha todas as funções
domésticas.
° ºa realidade, o que deve ser observado é a
existência ou não das três condicionantes
necessárias à configuração do trabalho doméstico,
ou seja, a prestação de serviços no âmbito
residencial, sem finalidade lucrativa e de forma
contínua.
-

 3 
° Para que a enfermeira seja considerada como
empregada doméstica, sua prestação de serviço
deve se dar no âmbito da residência do doente,
prestando serviços a este, de forma contínua e sem
finalidade lucrativa, a não ser, claro, o recebimento
de seu salário.

Se a enfermeira não desenvolver qualquer outra


atividade, senão os cuidados do doente, não
existindo assim, em princípio, a finalidade lucrativa
de sua atividade, deverá ser considerada como
empregada doméstica.
˜

° Caseiro é aquela pessoa que cuida da casa, quando
o proprietário não está presente no local.

Esta espécie de trabalhador doméstico é muito


comum nos sítios e chácaras.

ºa realidade, estas pessoas além de tomarem conta


da propriedade do patrão, também realizam diversos
serviços de conservação do ambiente: limpam a
casa, limpam o quintal, podam as arvores, plantam
frutas...
° ºão se deve esquecer que a plantação de frutas ou
legumes em nada descaracteriza o trabalho
doméstico.

Somente restará descaracterizado o trabalho


doméstico se esta plantação se destinar a alguma
finalidade lucrativa, como a venda, por exemplo.

Mas em se tratando de plantação para o próprio


consumo, ou de seus familiares e parentes, restará
incólume a relação de emprego doméstica.
˜  
° O motorista para ser considerado empregado
doméstico deve pautar seus serviços ao âmbito
familiar desenvolvendo funções relativas a família.

Isto é: se o motorista realiza algum transporte para a


empresa do empregador ou leva o empregador à
clientes em benefício da empresa, estará
descaracterizado a atividade doméstica, devendo
esta relação trabalhista ser regida pela CLT.
° O motorista para ser considerado empregado
doméstico deve tão somente ter funções diretamente
relacionadas com o âmbito residencial do
empregador, como por exemplo levar o empregador
ao serviço, as crianças ao colégio, a aula de
ginástica, etc.
  
° Espécie de trabalhador autônomo que causa grande
divergência na doutrina e jurisprudência é a figura da
diarista.

Por definição, diarista é empregado autônomo que


presta seus serviços no âmbito residencial da família,
sem finalidade lucrativa e de forma descontínua.

Como se pode verificar, a forma descontínua da


prestação de serviços é a principal característica
responsável pela descaracterização da relação de
emprego doméstica.
° Tal entendimento se baseia no fato de que a
prestação de serviços da diarista não segue a
nenhum padrão seqüencial. Mesmo porque o ganho
do trabalhador se refere à venda do dia trabalhado
que, na maioria dos casos, é determinado pela
própria diarista, visto que na prática, presta seus
serviços em várias residências, ao longo da semana.

Desta forma, clara é distinção entre o empregado


doméstico e o trabalhador diarista.
° A confusão, entretanto, surge no momento em que
um trabalhador diarista presta serviços à residência
de determinada pessoa, pelo menos duas vezes por
semana, sempre no mesmo dia, todas as semanas,
sem faltar.

ºeste caso, a doutrina e a jurisprudência se dividem.


° Parte da doutrina entende que, mesmo trabalhando
em dias certos da semana, não há formação de
relação de emprego, vez que a continuidade da
prestação de serviço, exigida para caracterização do
trabalho doméstico, não foi obedecida.

Para esta parte da doutrina, o ato de prestar serviços


uma, duas ou até três vezes por semana em nada
alterará a condição de diarista da pessoa, pois há o
rompimento da continuidade da prestação do
trabalho.
° ºeste sentido tem se pronunciado o Eg. TST±

ECU SO DE EVIST@ - P OVIMEºTO -


VͺCULO DE EMP EGO DOMÉSTICO -
C@ @CTE IZ@O - @USʺCI@ DE
COºTIºUID@DE
1. @ Lei nº 5.859/72, que dispõe sobre a profissão de
empregado doméstico, exige deste a prestação de
serviços -de natureza contínua-, no âmbito
residencial da pessoa ou família.
2. @ jurisprudência desta Corte firma-se no sentido
de não considerar contínuo o trabalho efetuado em
poucos dias na semana.
´. ºa espécie, restou consignada no acórdão regional
a prestação de serviços - apenas uma vez na
semana, ou quando a é precisava -, insuficiente à
caracterização do vínculo. ecurso de evista
conhecido e provido.
'-- (+*'.)+//0(///1//.-  2  3
2  4  56 
$$7  
8
 3+0)/1)+//''9:
 7  

 3+&)/1)+//';
° AGRAVO DE IºSTRUMEºTO EM RECURSO DE
REVISTA - EMPREGADO DOMDSTICO -
CARACTERIZAÇÃO.
˜


 
'. 

*
+


*
+  3 *"
 * 

O>P>9Q<: ºa hipótese, conforme registrado na
decisão regional, tem-se que 


'  * 5*
 

-.2**()
   
*
2 na respectiva residência de cada uma,
com o pagamento da diária também efetuado
individualmente. O fato de as três reclamadas
residirem no mesmo prédio não descaracteriza a
prestação de serviço como diarista, não se havendo
de falar em reconhecimento de vínculo de emprego.
A referência feita ao termo -família- no art. 1º da Lei
nº 5.859/72 não se confunde com a pretensão da
reclamante, pois na forma da lei, o mencionado
termo é referente às pessoas que residem na mesma
casa, não se estendendo tal interpretação à hipótese
de prestação de serviço em casas distintas, mesmo
que no mesmo prédio. ºão há como se confundir
família no sentido estrito com tronco familiar, que se
estabelece com relação à família como um todo.
Agravo de instrumento desprovido.
M" :P1Q:==="=9>"0>"==P2
   A
 7!**
$


@2  

 +
 A0PQ0:Q:==<20R 2  

! ()A=PQ=:Q:==PN
° Todavia, para outra parte da doutrina, mesmo que o
trabalho não seja realizado todos os dias da semana
estarão presentes os requisitos necessários a
caracterização da relação de emprego doméstica.

ºeste sentido, argumentam que a continuidade da


prestação de serviços não significa prestar serviços
todos os dias, mas com habitualidade. Sendo assim,
para o caso tratado, estará caracterizado o trabalho
doméstico.
° ºeste sentido, colhe-se o seguinte julgado:

Tribunal Regional do Trabalho, 2ª região


Acórdão : 20080309245 Turma: 02 Data !ulg.:
06/03/2008 Data Pub.: 22/04/2008
Processo : 20080060743 Relator: LUIZ CARLOS
GOMES GODOI
VͺCULO EMPREGATÍCIO. DOMDSTICA. O
conceito de "continuidade" tal como
constante do art. 1º da Lei 5.879/72, que define o
trabalhador doméstico,
conquanto não guarde sinonímia com o de "não
eventualidade" tem como este
simetria, já que indica "permanência".
° A circunstância de um trabalhador prestar serviços
por 2 ou 3 dias na semana, não o descaracteriza
como empregado se, atuando de forma subordinada,
o fizer de modo reiterado, isto é, com vinculação a
uma determinada fonte de trabalho. ºão se
desvencilhando a reclamada do ônus a seu cargo,
qual seja, de comprovar a ausência de subordinação,
é de ser reconhecida a relação de emprego.
° ºa realidade, não há o critério mais correto para se
saber se está ou não caracterizado o trabalho
doméstico.

O certo é analisar cada caso concreto, observando


também os outros requisitos necessários à formação
de uma relação de emprego, como a subordinação, a
pessoalidade, etc.
° Agora que você já conhece as características de
uma relação de trabalho doméstica e as principais
espécies de trabalhadores domésticos, vamos
aprender um pouco do conceito relacionado ao
empregador doméstico.
˜
 

*
+  3 
° ºão existe na Lei 5.859/72 uma definição clara de
quem vem a ser o empregador doméstico.

Todavia, analisando a definição dada pela Lei ao


empregado doméstico, pode-se chegar a uma
conclusão do que vem a ser o conceito do
empregador doméstico para o Direito do Trabalho.

Empregador doméstico é toda pessoa física ou


família que admite trabalhador doméstico, para
exercer serviços de natureza não lucrativa e contínua
em seu âmbito residencial.
° ºote-se que somente podem ser empregadores
domésticos pessoas físicas ou famílias.

Desta forma, em se tratando de relação empregatícia


doméstica, não se admite que empregadores
domésticos sejam pessoas jurídicas.

D que as pessoas jurídicas geralmente preconcebem


o desenvolvimento de uma atividade com a
finalidade lucrativa, o que é vedado pela Lei do
empregado doméstico.
° ºeste momento é importante definir o que vem a ser
o conceito de família para o direito do trabalho.

Tal questionamento se mostra oportuno, uma vez


que a segunda parte do artigo 1º da Lei 5859/72
admite, expressamente, a possibilidade de ser a
família o próprio empregador doméstico.

D que, neste caso, não somente quem firma o


contrato de trabalho deve ser considerado como
empregador doméstico, pois o conceito de família é
bastante amplo e abre possibilidade de
interpretações diversas.
° Todavia, também quanto a esta questão a doutrina
se divide.

Parte entende que o conceito de família deve ser


analisado restritivamente.

Assim, somente será considerado como empregador


doméstico aqueles moradores que guarnecem a
residência e têm relação direta de parentesco, como
os filhos e os cônjuges.
° Todavia, para outra parte da doutrina, o conceito de
empregador doméstico admite uma interpretação
mais ampla.

ºeste sentido, poderá ser considerado como


empregador doméstico qualquer dependente ou
morador que tenha relação com o âmbito residencial,
objeto da prestação de serviços, tais como
cunhados, sobrinhos, outros moradores...
˜
*
+  3 * 
+ 


 A
° salário mínimo (inciso IV);
° irredutibilidade de salário (inciso VI);
° 13.° salário (inciso VIII);
° repouso semanal remunerado, preferencialmente
aos domingos (inciso XV);
° licença à gestante - de 120 (cento e vinte) dias
(inciso XVIII); estabilidade contra despedida
arbitrária, desde a confirmação da gravidez até 5
(cinco) meses depois do parto (art. 4.° da Lei
11.324/2006);
° férias de 30 (trinta) dias úteis (art. 3.° da Lei
11.324/2006), acrescida de 1/3 (um terço) (inciso
XVII da CF);
° licença paternidade (inciso XIX);
° aviso prévio de 30 (trinta) dias (inciso XXI);
° aposentadoria (inciso XXIV) e integração a
previdência social (art. 4.° da Lei 5.859/72);
° ação trabalhista (inciso XXIX);
° licença a gestante desde a confirmação da gravidez
até 5 (cinco) meses após o parto (art. 4.°-A da Lei
11.324/2006);
° vedação ao empregador de descontar dos salários o
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou
moradia, salvo se a moradia for em local diverso da
residência em que ocorre a prestação laboral e
desde que expressamente acordado entre as partes
(artigo 2°, f 1.°, da Lei 11.324/2006);
° direito a repouso nos dias feriados.
)
)
+  
+ 
 
 A
° FGTS (atualmente optativo, conforme a Lei
10.208/2001, que alterou a redação do art. 3.°-A da
Lei 5.859/72);
° horas extras e respectivo adicional;
° jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias ou 44
(quarenta e quatro) horas semanais;
° proteção na relação de trabalho (contra despedida
arbitrária) em virtude de acidente de trabalho, pois à
gestante é garantida a estabilidade no emprego;
° seguro-desemprego, salvo se forem feitos depósitos
no FGTS (art. 6.°-A, f 1.°, da Lei 5.859/72);
° adicionais noturno, de insalubridade, de
periculosidade, de penosidade ou de transferência;
° salário-família;
° assistência aos dependentes (creche, saúde etc.);
° reconhecimento em convenções ou acordos
coletivos;
° seguro contra acidentes de trabalho;
° licença-maternidade por adoção (questão esta que
me parece controvertida em razão do artigo 4.° - A
da Lei 11.324/2006).
$#˜
° D o trabalhador portuário, cujos serviços eram
prestados com a intermediação dos sindicatos até o
advento da 
P4;=Q9;, chamada 



7() ! 
° O trabalho portuário envolve os serviços de
capatazia, estiva, conserto, conferência, vigilância e
bloco.
° Com o advento da Lei 8.630/93, criou-se a figura do
Órgão de Gestão de Mão-de-Obra (OGMO) do
trabalho portuário, que passou a ter a
responsabilidade sobre a administração de
fornecimento de mão-de-obra de cada porto
organizado;
° Muito embora não sendo considerados como
empregados, a Constituição Federal lhes assegurou
direitos idênticos.
! IM 1=;
1:P1;; | 2
0==9<Q:===N
° O artigo 403 da CLT veda o trabalho ao menor de 16
(dezesseis) anos de idade, salvo na condição de
aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos de idade,
estabelecendo, ainda, que o trabalho não poderá ser
realizado em locais prejudiciais à sua formação, nela
compreendidos, O desenvolvimento psíquico, físico,
moral e social; é vedado também o trabalho em
horários e locais que impossibilitem a frequência à
escola.
° O trabalho realizado nessa condição exige que o
aprendiz tenha  

 
01M  7
N
:1
M'

  N e

/   



-()*-, sendo
assegurado, salvo condição 
3-, o salário
mínimo hora.
° A validade do contrato de aprendizagem pressupõe
 ()|

 
!
' 5
M| !N,  . 
-
 5 *
 7

, caso não haja concluído o ensino médio,
e ()
*+
*
 7+



'' 
 ()

  

 - 
-() 3"*-

B 
° O prazo de duração máximo do contrato de aprendiz
é de 2 (dois) anos, salvo se o aprendiz for portador
de deficiência, caso em que também não deverá ser
observada a idade máxima de 24 (vinte e quatro)
anos.
° ºas localidades onde não houver oferta de ensino
médio a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem
a frequência à escola, desde que ele já tenha
concluído o ensino fundamental.
° A duração da atividade de aprendizagem não pode
ser superior a 6 horas diárias, sendo vedadas a
prorrogação e a compensação. A jornada, todavia,
poderá ser de 8 (oito) horas diárias para os
aprendizes que já tiverem completado o ensino
fundamental, se nelas forem computadas as horas
destinadas à aprendizagem teórica.
 ˜#M
>PP9Q<;N
° Por definição, empregado rural é toda *
-.
que,
**

  *3  ,
*
 
'( de natureza )
'
  a

*
+  , sob a
*
 5

e


.
° Os direitos do empregado rural encontram-se
elencados na Lei 5.889/73, regulamentada pelo
Decreto 73.626/74, com as alterações previstas no
art. 7.° da Constituição Federal, que equiparou o
trabalhador rural ao urbano, ampliando, assim, os
direitos daquele empregado, o que significa dizer que
atualmente ambos possuem direitos iguais, incluindo
o FGTS.
 !˜H˜M4=09Q<12#   
!˜ | ˜<;P10Q<1N
° Considera-se trabalhador temporário a pessoa física
contratada por empresa de trabalho temporário para
a prestação de serviço destina-do a atender à
necessidade transitória de substituição de pessoal
regu-lar e permanente ou acréscimo extraordinário
de serviços.
° D remunerado pela empresa de trabalho temporário
e subordinado a ela, embora preste seus serviços à
empresa chamada tomadora ou empresa cliente, não
havendo, portanto, vínculo com a empresa
to-madora de serviços.
) 
    

*A
° remuneração equivalente à dos empregados da
mesma categoria da empresa tomadora;
° jornada máxima de 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) horas semanais, permitindo-se a
prorrogação de até 2 (duas) horas diárias, mediante
acordo entre o empregado e a empresa de trabalho
temporário, e adicionais de 50%, no mínimo, sobre o
valor da hora normal;
° férias proporcionais de 1/12 (um doze avos) por mês
de serviço ou fração igual ou superior a 15 (quinze)
dias, salvo a hipótese de dispensa por justa causa e
pedido de demissão;
° gratificação natalina - 13.° salário;
° licença paternidade;
° salário maternidade, enquanto persistir a relação de
emprego, ou seja, durante a vigência do contrato
tem-porário (Decreto 3.048/99, art. 93, alterado pelo
Decreto 3.265/99, art. 1.°);
° repouso semanal remunerado;
° adicional noturno de 20% (vinte por cento);
° indenização por dispensa sem justa causa ou
término do contrato correspondente a 1/12 (um doze
avos) do salário por mês de serviço;
° adicionais de insalubridade ou periculosidade, se
existentes as circunstâncias ou agentes nocivos à
saúde do trabalhador;
° seguro desemprego;
° seguro contra acidentes de trabalho;
° previdência social;
° anotação do contrato na CTPS;
° vale transporte (Decreto 95.247/87, art. 1.°);
° FGTS (Lei 8.036/90, art. 15).
&˜|M
<411QP<N
° Uma instituição admite e coloca uma mãe social em
uma casa-lar, onde terá a incumbência de residir e
cuidar de determinado número de menores
abandonados, mediante remuneração ajustável,
assegurado o salário mínimo.
São-lhe garantidos os seguinte direitos:
° anotação em Carteira Profissional e Previdência
Social;
° repouso semanal remunerado;
° férias anuais;
° 13.° salário;
° FGTS ou indenização;
° previdência social, inclusive em caso de acidente de
trabalho.
|˜˜! ˜M><41Q<02|˜  %S
I !   !˜$T:04P"
1=Q:==000=<4Q:==1N
° D a espécie de trabalhador que, agrupado a outros,
forma uma sociedade civil sem fins lucrativos (Lei
5.764/71). Mister se faz que pertençam os
trabalhadores cooperados ao mesmo ramo de
atividade.
° O artigo 442, parágrafo único, da CLT prevê a
impossibilidade de vínculo empregatício entre os
cooperados e a cooperativa, bem assim entre os
cooperados e o tomador dos serviços.
° Importante lembrar que se  ' 
 -
 8
*
 '-**   , ou seja,
considerada - e se houver *
 
e

  
 em relação ao cooperado,
*



 '. 
*
+ .
   
'(.
° Deve-se observar a Súmula 331, do Tribunal
Superior do Trabalho, a qual proíbe a transferência
(ou seja, a terceirização) da atividade considerada
- do tomador, ao que autoriza concluir que a
finalidade pela qual foi criada a empresa tomadora
não pode ser terceirizada.
|I ˜
° A legislação autoriza que a realização de certos
serviços especializados, desde que sejam
considerados atividade meio e não atividade fim,
pode ser transferida a outra empresa.
° ºovamente observar a Súmula 331, do Tribunal
Superior do Trabalho.
$ #
° Considera-se trabalhador eventual aquele que presta
serviços de natureza urbana ou rural em caráter
eventual.
° Conforme sugerido pelo próprio nome, geralmente, a
contratação ocorre apenas para trabalhar numa certa
ocasião, ou em determinado evento, sendo que sua
atividade pode ser, e normalmente é, subordinada.
° A atividade prestada pelo eventual não é ligada à
atividade fim do tomador; é uma atividade
considerada acidental, esporádica ou ainda
ocasional.
!  |˜ |M1PP4Q4>N
° D a espécie de trabalhador autônomo que presta
serviços não subordinados na intermediação ou
venda de produtos dos contratantes, segundo os
moldes da Lei 4.886/65 e eventuais alterações.
° Em princípio, não há reconhecimento de vínculo
empregatício com os beneficiários de suas
atividades; necessariamente deve ser inscrito no
órgão de classe, Conselho Regional dos
Representantes Comerciais, e ter contrato escrito
com o tomador.
 H˜
° Conforme definição do art. 1.°, da Lei 11.788/2008:
° ß +3 
 '
 *
' 2


'' 


 2
'8
*
*()* * '


 


/-

  


+ 
  (6


() *
2


()*-2

3 2 

()
*

- 

-  
 2  
*- 

()
/'

  ß
° ºote-se que - 
   

 +3
eminentemente *

 () 
, que
deve abranger tanto a teoria quanto a prática, para
melhor preparar o estudante para o mercado de
trabalho.
° O estágio poderá ser + B ou )"
+ B, conforme determinação das diretrizes
curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e
do projeto pedagógico do curso.
° O estágio deve ser -7 *




* a ser celebrado entre 
 

(ou seu representante legal), *





e
a   ()

.
° Comumente verifica-se a existência de instituições
facilitadoras da relação de estágio, como o Centro de
Integração Empresa Escola ± CIEE, que já fornece
um contrato adequado a realidade legal do país,
seguro para o estagiário e um banco de dados onde
estão cadastrados centenas e as vezes milhares de
possíveis candidatos para, encarregando-se ainda
de realizar a seleção, tudo por uma módica taxa
mensal, é claro.
)
  + B*' 
 
  

 +A
° a) matrícula e frequência regular do educando em
curso de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, de educação especial
e nos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e
adultos, e atestado pela instituição de ensino;
° b) celebração de termo de compromisso entre o
educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino;
° c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas
no estágio e aquelas previstas no termo de
compromisso.
° A duração do estágio, na mesma parte concedente,
não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se
tratar de estagiário portador de deficiência.
° '

 +*
'5


5
 



  2 +()

*
  

*2
* -+ ()

()


*
+.
° O estágio, como ato educativo escolar
supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo
pelo professor orientador da instituição de ensino e
por supervisor da parte concedente, comprovado por
vistos nos relatórios de atividades enviados pela
parte concedente, com vista do estagiário, à
instituição de ensino em período não superior a 6
(seis) meses.
)
'

 *



A
° celebrar termo de compromisso com a instituição de
ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;
° ofertar instalações que tenham condições de
proporcionar ao educando atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural;
° indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com
formação ou experiência profissional na área de
conhecimento desenvolvida no curso do estagiário,
para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários
simultaneamente;
° contratar em favor do estagiário seguro contra
acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com
os valores de mercado, conforme fique estabelecido
no termo de compromisso;
° entregar termo de realização do estágio com
indicação resumida das atividades desenvolvidas no
período e avaliação de desempenho, quando do
término do contrato de estágio;
° manter à disposição da fiscalização documentos que
comprovem a relação de estágio;
° enviar à instituição de ensino, com periodicidade
mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades,
com vista obrigatória ao estagiário;
° pagamento de vale-transporte e de  *
 ()

 2


 +)
+ B
° D assegurada ao estagiário jornada de trabalho de 4
(quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais,
no caso de estudantes de educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional de educação de jovens e adultos;
° ou jornada de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta)
horas semanais, no caso de estudantes do ensino
superior, da educação profissional de nível médio e
do ensino médio regular. Também é assegurado,
sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso
remunerado, caso o estágio seja não-obrigatório, de
30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente
durante as férias escolares. A duração de estágio
inferior a um ano gera direito de recesso
proporcional.
° ºos períodos de avaliação, a carga horária será
reduzida pela metade, devendo a instituição de
ensino informar a parte concedente os respectivos
períodos.
° 

5 
 

00<PPQ:==P+
)


 
'. 


*
+
 
*






 +2+
 
-
 
-
  

*
'

° Caso a parte concedente seja reincidente na
desobediência desses preceitos, será penalizada e
ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois)
anos, contados da data da decisão definitiva do
processo administrativo correspondente. Essa
penalidade é restrita à filial ou agência que cometeu
a infração.
° Salvo se se tratar de estágio referente a curso
superior, o número máximo de estagiários em
relação ao quadro de pessoal das entidades
concedentes de estágio deverá atender às seguintes
proporções:
° a) de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um)
estagiário;
° b) de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois)
estagiários;
° c) de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até
5 (cinco) estagiários;
° d) acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20%
(vinte por cento) de estagiários.
° O estagiário poderá se inscrever como contribuinte
facultativo e se tornar segurado do Regime Geral da
Previdência Social, caso em que fará jus aos
respectivos benefícios.
$˜# H˜M94=PQ9PN
° Entende-se por voluntário o trabalho prestado por
*
-., 
- 
  ', portanto
gratuito, sem salário, com finalidade cívica, cultural,
educacional, científica, recreativa ou de assistência
social, consoante previsto no artigo 1.° da Lei
9.608/98.
° )'. 
*
+ . nem obrigações de
natureza trabalhista, previdenciária ou afins, hipótese
esta indicada no parágrafo único do artigo 1.°.
° Segundo disposição legal, deve existir termo de
adesão entre a entidade pública ou privada e o
prestador de serviço voluntário, nele constando o
objeto e as condições de seu exercício, conforme
artigo 2.° da Lei 9.608/98.
° Uma observação importante refere-se à possibilidade
de o prestador de serviço voluntário ser ressarcido
de despesas comprovadamente por ele incorridas no
desempenho de suas atividades voluntárias, desde
que autorizadas pela entidade, e que está disposto
no artigo 3.°, parágrafo único, da Lei 9.608/98.
  ˜ |J˜M ˜4U | N
° Considerada como sendo a atividade desenvolvida
fora do estabelecimento do empregador, mais
precisamente na residência do empregado.
Exemplos:
° 1) pequena indústria de confecções de roupas, em
que as costureiras retiram o tecido cortado para
costurá-lo em sua própria casa e entregá-lo
semanalmente, recebendo remuneração por unidade
de obra;
° 2) teletrabalho.
|˜ |˜@%M 4:::12V +<= 
| N
° A confiança +
está prevista no artigo 62,
enquanto 
*
.-consta do artigo 224, f 2.°, da
Consolidação das Leis do Trabalho.
@  
 
    

   

|˜  ˜  ˜
° Segundo a teoria do   2o contrato de
trabalho é, na verdade, um contrato, na medida em
que cria um vínculo jurídico entre os envolvidos;
° a teoria do    defende a
inexistência da natureza contratual do vínculo havido
entre empregado e empregador.
° Contrato de trabalho é definido como sendo o
ß
+B/ . 
,*
   


  *
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*

 
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 2/ .  


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° Também pode ser definido como sendo ß 

' 
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*
-.

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2
*
  *
 
2
)
'
  
2
 

  ()
  ß
Relembrar as seguintes teorias:
° arrendamento;
° da compra e venda;
° de mandato;
° contratualista;
° de natureza anticontratual, não contratual, ou ainda
institucional;
° de adesão.
° A teoria que impera é a contratualista, que leva em
consideração a vontade das partes, a qual nasce e
decorre do ajuste de vontades havido entre as
partes.
W %&˜ ˜|˜  ˜  ˜
° xá várias formas de EXTIºO do contrato de
trabalho. Podemos destacar aqui:
° extinção por iniciativa do empregador:
° dispensa /    - que é a penalidade
máxima aplicada pelo empregador ao trabalhador, e
° atos que constituem /   ;
1.) ato de improbidade;
2.) incontinência de conduta ou mau procedimento;
3.) negociação habitual por conta própria ou alheia
sem permissão do empregador, e quando constituir
ato de concorrência à empresa para a qual trabalha
o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
4.) condenação criminal do empregado, passada em
julgado, caso não tenha havido suspensão da
execução da pena;
5.) desídia no desempenho das respectivas funções;
6.) embriaguez habitual ou em serviço;
7.) violação de segredo da empresa;
8.) ato de indisciplina ou de insubordinação;
9.) abandono de emprego;
10.) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no
serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas,
nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou e outrem;
11.) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas
físicas praticadas contra o empregador e superiores
hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
12.) prática constante de jogos de azar;
13.) prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança
nacional.
  '
 
/   C
° punição:
° elementos da punição

) 5


 
-+  /   A
° gravidade;
° atualidade; e
° imediação.
° dosagem da penalidade - A jurisprudência trabalhista
tem entendimento firmado, no sentido de que o juiz
não pode dosar a penalidade; em consequência,
modificar a medida punitiva aplicada pelo
empregador.

° Ao juiz cabe manter ou descaracterizar a penalidade,


devido a isto, o empregador deve usar a coerência e
a justiça ao aplicar a pena.

° duplicidade na penalidade - O empregado não pode


ser punido mais de uma vez por uma mesma falta
cometida.
° Por exemplo: o empregado falta um dia de trabalho,
quando retorna é advertido por escrito pelo
empregador e em seguida o empregador aplica-lhe a
pena de suspensão pelo motivo da mesma falta ao
trabalho.
! # |#
° Conceito: segundo a autora Vólia Bomfim Cassar: ßK

() 
  'M
+ 'N



* .
' 
2-
 *

*
+ 

*
+ 2
  
*
  

/   ß
° ºatureza jurídica: Trata-se de 
 *
  ',
ou seja, a prerrogativa jurídica de impor a outrem,
unilateralmente, a sujeição ao seu exercício.
, ()* ' 
*
+ A
° dispensa indireta:
° artigo 483 da CLT.
° Pedido de demissão. ùuando o empregado tiver que
desempenhar obrigação legal incompatível com o
trabalho o empregado poderá optar pela suspensão
ou rescisão do contrato e no caso de morte do
empregador, constituído de empresa contratual,
poderá considerar extinto o contrato ou continuar
trabalhando - artigo 483, ff 1° e 2° da CLT.
° Se a opção for pela suspensão, o contrato e todas as
cláusulas contratuais ficam todos paralisados até
término da causa.
° Se a opção for a extinção, o empregado deverá pedir
demissão. Estamos falando de pedido de demissão
ß/  ß2 ou seja, *
 

)



*
+ 



'*3'


*
+ . Se o contrato for por prazo
determinado e o pedido de demissão for ß/  ß e
anterior ao termo final, o trabalhador ficará isento da
indenização prevista no artigo 479 da CLT.
°
), A maioria dos autores usa a expressão
DEMISSÃO simplesmente. Esta existe para designar
o tipo de terminação unilateral do contrato de
trabalho indetermminado, cuja iniciativa é do
empregado, sem justa causa praticada pelo
empregador.
° *
  '  : por tempo de serviço e
por idade, a aposentadoria é uma forma de extinção
do contrato de trabalho compulsória, pois basta a
concessão da aposentadoria para que aquela
determinada relação empregatícia alcance seu fim,
ocasião em que o empregado receberá todas as
verbas rescisórias, com exceção do aviso prévio e da
multa de 40% sobre os valores depositados no
FGTS.
!˜ !|  ˜ ˜# ˜A
° morte;
° morte do empregado, cuja previsão legal está na Lei
6.858 de 24 de novembro de 1980;
° morte do empregador pessoa física ou extinção da
empre-sa, cuja previsão legal está no artigo 483, f 2°
e no artigo 485 todos os dois da CLT;
° por aposentadoria compulsória;
° por idade;
° por invalidez;
° por factum principis. O Estado pode agir de forma
que venha a atingir as atividades do empregador.
Ocorrendo tal hipótese, que impossibilite a
continuação dos negócios da empresa, a
responsabilidade pela dissolução dos contratos dos
empregados é, em parte, do ente estatal, federal,
estadual ou municipal, conforme o caso. ºo factum
principis, a responsabilidade é, em parte, do Estado,
porque é devedor tão-só da indenização por tempo
de serviço. Os demais direitos devidos ao
trabalhador são da exclusiva responsabilidade do
em-pregador. @tualmente, o fato do príncipe é uma
hipótese rara.
° Por culpa recíproca. ºa culpa recíproca, ambos os
sujeitos na relação de em-prego concorreram, com a
prática de faltas, para a extinção do contrato.
˜%S |˜  W %&˜
˜|˜  ˜  ˜

|˜  ˜ !  


° A. contrato por prazo indeterminado combinado
com despedida sem justa causa, ou com extinção da
empresa ou mesmo com a falência e
° B. contrato por prazo indeterminado combinado
com despedida por justa causa,
° C. contrato por prazo indeterminado combinado
com despedida indireta,
° D. contrato por prazo indeterminado combinado
com culpa recíproca,
° E. contrato por prazo indeterminado combinado
com pedido de demissão,
° F. caso de força maior,
° G. caso de implemento do termo ou da condição,
° x. contrato por prazo determinado combinado com
despedida sem justa causa antes do termo final,
° I. caso de aposentadoria compulsória,
° !. caso de aposentadoria espontânea com
rompimento do contrato,
° K. verbas devidas em casos de falecimento.
 ˜˜ |&˜|˜  #
˜ ˜
° D de fundamental importância saber quais os direitos
dos trabalhadores na hora da rescisão do contrato de
trabalho.
° Deve-se ter especial atenção no caso de dispensas
sem justa causa.
|&˜ ˜|˜  ˜  ˜
° A rescisão ou resilição do contrato de trabalho é o
modo de dissolução pelo qual cessa a eficácia sua
pelo mútuo consentimento ou pela declaração de
vontade do empregador ou do empregado. Pode ser,
então, bilateral ou unilateral.

˜ ˜˜%&˜
° A legislação trabalhista estabelece que a rescisão de
contrato dos empregados com mais de um ano de
serviço deve se realizar sob a fiscalização do
Sindicato e, na inexistência deste, da
Superintendência Regional de Trabalho (SRT).
G# ˜˜G# ˜@# ˜  
@ 
° ùuando o empregado é dispensado sem justa causa,
levanta todos os valores depositados na sua conta
vinculada acrescidos de juros, correção monetária e
a multa de 40%, prevista na Constituição.
@# ˜   ˜  !˜ $%˜
M@ N|˜| ˜
° D o conjunto de depósitos promovidos pelo
empregador em conta de titularidade do empregado,
cuja movimentação é vinculada, subordinada, às
hipóteses legais.
@ X !|%&˜ J!|M !  N
° a) Contratos de trabalho - na ruptura, com os
valores depositados mais a multa de 40% (quarenta
por cento) sobre o saldo da conta, assim entendido
com a inclusão de valores sacados no curso do
contrato de trabalho;
° b) Sistema Financeiro da xabitação - SFx;
° c) Saneamento básico e obras de infraestrutura.
˜  I%&˜ ˜@ 
° Lei 8.036/90;
° Decreto 99.684/90;
° Matéria Constitucional: artigo 7.°, inciso Ill, da
Constituição Federal de 1988;
° Inúmeras portarias, circulares etc. (a mais relevante
é a Circular 166, de 23 de fevereiro de 1999, da
CEF).
 #I#J |
° Para Arnaldo Sussekind, o FGTS tem natureza
jurídica de salário diferido por ser um direito
adquirido no presente, dependente de realização de
condição futura para sua movimentação, como é o
caso da dispensa sem justa causa - levantamento
imediato; dispensa com justa causa -, levantamento,
em regra, após 3 (três) anos sem qualquer
movimentação na respectiva conta.
 |H|#˜
° Toda remuneração paga ou devida ao empregado
(inclusive salário indireto e salário in natura) em cada
mês. Os recolhimentos do FGTS são feitos no dia 7
(sete) de cada mês.
|˜ ! ˜" 
e
*da Constituição
Federal de 09PP

° 
Ao sistema para FGTS era optativo
°
*Ao sistema passou a ser obrigatório
ºo que tange à   FGTS:


° até 1 (um) ano da assinatura do contrato de trabalho
(bastava uma mera declaração, sem nenhuma
formalidade);
° após 1 (um) ano da assinatura do de contrato de
trabalho: homologação judicial. Essa homologação
implicava renúncia à estabilidade;
° após 10 (dez) anos: indenização, que deveria ser
depositada na conta do FGTS.

*
° entrada no sistema coincide com o início do contrato
de trabalho.
  8J  @ A
° 
Acessação do contrato de trabalho; retratação
e morte.
°
*Acessação do contrato de trabalho e morte.


()8*()A


° contas individualizadas (onde o empregador era
quem fazia os depósitos em nome do empregado
não optante);
° contas vinculadas (onde o titular sempre foi o
empregado).

*
° contas vinculadas (o titular é sempre o empregado);
° cessação do contrato de trabalho sem justa causa;
° aplicação de Fundo de Privatização;
° aposentadoria;
° reforma, aquisição, amortização de dívida da casa
própria - SFx;
° morte;
° movimentação de Conta Inativa;
° câncer (quando se tratar de neoplasia maligna); e
° AIDS (cuja previsão legal está na Lei 7.670/88).
   ˜ !˜
-()
° -B+



° N
  

- 'M N: empregado
decenal e empregado público;
° N
  

*M*'BNAdirigente
sindical, representante dos trabalhadores no CºPS,
dirigente de associação profissional;
° N+ 

*
+M
 'N: cipeiro e
gestante;
° N+ 
*
M. NAacidentado,
menor aprendiz matriculado no Senai ou no Senac
(DL 8.622/46), Lei 9.029/95 (art. 4) e ºR-7,
Precedentes ºormativos 80 (empregado alistando),
85 (empregado aposentando), 77 (empregado
transferido) e as garantias de emprego provenientes
de sentenças normativas, acordos coletivos e
convenções coletivas.
° 
 
  

° ESTABILIDADE: Estabilidade no emprego é o direito


do empregado a permanecer no emprego, mesmo
contra a vontade do empregador, só podendo ser
dispensado por justa causa.

N !˜˜#@˜ A
° absoluta ou real - são as estabilidades em que o
empregado só poderá ser dispensado por vontade
do empregador mediante a prática comprovada de
falta grave ou justa causa (motivo, portanto,
disciplinar).
° relativa - é a estabilidade que o empregado pode ser
dispensado por motivos técnicos, financeiros,
disciplinares ou econômicos.

N #%&˜A
° definitiva - é aquela estabilidade que garante o
emprego até a morte do empregado, sua
aposentadoria, extinção da empresa, morte do
empregador pessoa física, culpa recíproca, justa
causa ou pêlos motivos contidos no parágrafo único
do artigo 165, da CLT, ou seja, que não tem duração
determinada,
° provisória - é a estabilidade que tem duração
determinada no tempo.
N A
° altruísta - se o interesse for do grupo
° personalíssimo - se o interesse for pessoal

N!˜|   ˜  !A
ope iuris
ope judieis
° Somente algumas estabilidades necessitam de
inquérito judi-cial para a apuração judicial de justa
causa, nos demais casos a dispensa se opera Ope
iuris, isto porque a lei exige que o empregador ajuíze
a correspondente ação de inquérito para apurar e
provar a justa causa e, quando julgado procedente, o
juiz extingue o contrato de trabalho do estável por
justa causa do empregado ou motivo previsto em lei.
!T     ˜ !˜
°  Estabilidade Provisória do Dirigente Sindical -
Desde o registro da candidatura até 1 ano após o
término do mandato.
°  Estabilidade Relativa de Empregado Membro da
CIPA - Membro da Comissão Interna de Prevenção a
Acidentes (CIPA): Desde o registro da candidatura
até 1 ano após o término do mandato.
° Garantia de Emprego (estabilidade do empregado
que sofreu acidente de trabalho) - O empregado
vitimado por acidente de trabalho tem assegurada a
estabilidade no emprego. A lei 8.213/91 declara que
o assegurado que sofreu acidente de trabalho tem
garantia, pelo prazo mínimo de doze meses, à
manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio doença
acidentário, independentemente de percepção de
auxílio acidente.
° Garantia de Emprego da Empregada Gestante -
Dispõe o art. 10, "b", do ADCT que possui garantia
de emprego da confirmação da sua gravidez até
cinco meses após o parto.
° Estabilidade e Contrato - A estabilidade decorrente
de contrato de trabalho por prazo indeterminado
impede dispensa do empregado. Entretanto, no
término normal de contrato por prazo determinado,
inclusive de experiência que é o mais comum, o
desligamento será possível no último dia do contrato,
sem ônus para a empresa, porque a hipótese não
será de dispensa, mas de desligamento decorrente
da extinção normal do contrato, face à
transitoriedade desta modalidade contratual.
° Estabilidade e Aviso Prévio - D inadmissível a
concessão de aviso prévio a empregado que goza de
garantia de emprego, considerada a diversidade da
natureza jurídica de ambos os institutos.
° Aposentadoria e Estabilidade - Outro aspecto que
gera dúvida é se a aposentadoria de empregado
estável extingue a estabilidade? Depende da
continuidade ou não do contrato de emprego
celebrado.
° Se o empregado estável se aposentar, mas
permanecer em vigor o mesmo contrato, ele continua
estável. Entretanto, se com a aposenta-doria
extinguir-se o pacto laborai, sendo posteriormente
recontratado o empregado não possui mais
estabilidade.
° Extinção da Estabilidade - Se o empregado estável
praticar uma falta grave, seu empregador poderá
demiti-lo, mas terá de provar, perante a !ustiça do
Trabalho, a prática dessa falta dela obter a prévia
autori-zação para resolver o contrato de trabalho
(arts. 494 e 652, letra "b", da CLT).
° Reintegração do Empregado - Em se tratando de
reintegração de empregado, a princípio deverá ser
observado o disposto na própria sentença judicial,
sendo que, na omissão desta, poderá haver a
compensação das verbas pagas em rescisão
contratual, na forma de desconto a ser acordada
entre as partes, computando-se todo o tempo
posterior à dispensa, inclusive o período em que o
empregado ficou parado aguardando decisão
judicial.
!

°  remuneração; pagamento;
comumente em dinheiro; feito pelo
empregador ao empregado, decorrente de
serviço(s) prestado(s), seja em caráter
esporádico (um único serviço) ou regular
(períodos predeterminados: horistas,
mensalistas, etc)
°  
 ºo caso de um
encerramento do contrato de trabalho, a
remuneração, dos últimos dias trabalhados
deverá ser feita proporcionalmente. Assim se
o empregado ao demitido, ou pedir demissão
encerrou o contrato no dia 15, só terá direito
a metade do salário daquele mês;
° @3 As férias são a forma de interrupção do
contrato de trabalho, em que o empregado tem o
direito de paralisar suas atividades, após 12 meses
de trabalho na empresa, sem prejuízo de sua
remuneração.
° A cada doze meses, o trabalhador faz jus a um
período de férias. Esses doze meses que antecedem
ao direito de usufruto constituem seu período
aquisitivo, sendo certo que, existindo faltas no
decorrer que não tenham sido justificadas, o
trabalhador perderá o direito de usufruí-las de forma
integral, cumprindo esse período proporcionalmente
ao tempo trabalhado.
° Assim terá direito de usufruir trinta dias de férias o
empregado que, injustificadamente, tenha faltado por
apenas cinco vezes dentro do período aquisitivo; fará
jus a vinte e quatro dias de férias quando houver
faltado entre seis e quatorze dias; terá direito a
dezoito dias quando tiver de quinze a vinte e três
faltas; a doze dias o empregado que se tenha
ausentado entre vinte e quatro a trinta e dois dias;
por fim não terá direito o empregado que tiver faltado
injustificadamente mais de trinta e dois dias no prazo
aquisitivo de férias.
° O período em que o empregado se encontra em
gozo de férias é considerado, para todos os efeitos,
como tempo de serviço efetivo.
° O valor da remuneração das férias corresponde ao
de um mês de trabalho, mais um terço, parcela esta
introduzida pela norma do art. 7 da Constituição
Federal.
° As férias não concedidas dentro dos períodos
considerados concessivos deverão ser remuneradas
de forma dobrada à época de sua concessão.
° A época da concessão das férias será a que melhor
atenda aos interesses do empregador, pode haver
exceções a essa regra, um exemplo é quando vários
membros de uma mesma família trabalhem em uma
mesma empresa, o tempo de concessão de suas
férias ser o mesmo, isso deve acontecer quando não
houver prejuízos para a empresa, caso contrario,
devolve ao empregador o direito de concedê-las na
época em que não houver esse prejuízo.
° O prazo para o pagamento das férias é de até dois
dias antes do início do respectivo período.
° Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os
funcionários de uma empresa ou de determinados
estabelecimentos, permitindo o fracionamento em
ate dois períodos anuais, desde que nenhum seja
inferior a 10 dias. ºecessária, no entanto, prévia
comunicação à DRT e ao Sindicato de
Trabalhadores, com antecedência mínima de 15
dias.
° Este direito tem como finalidade a preservação e
proteção do lazer e repouso do empregado, a fim de
estimular seu bem-estar físico e mental,
principalmente por razões médicas, familiares e
sociais, conforme oportunamente esclarece, Valentin
Carrion na obra Comentários a CLT, 2001, 26ª
edição, página 139.
° Complementando este raciocínio, Amaury Mascaro
ºascimento, livro Iniciação ao Direito do , 24ª
edição, página 295, afirma a natureza jurídica das
é, em primeiro ligar, a de obrigação de fazer. Sendo
assim, cabe exclusivamente ao empregador escolher
período de concessão de , nos termos do art. 136 da
CLT.
° A concessão será por escrito, participada ao
empregado, com antecedência de, mínimo, 30 dias
(art. 135 da CLT), para ele possa planejar e preparar
suas . As deverão ser anotadas na CTPS (art. 133,
parágrafo 1º da CLT c/c art. 135, parágrafo 1º e 2º da
CLT).
-

(
 
-3'
 
-3
**
° As férias vencidas (chamadas, também, de integrais)
são sempre devidas e pagas, pois constitui-se em
direito adquirido do empregado, independentemente
da causa da rescisão contratual (dispensa com ou
sem justa causa do empregado ou do empregador;
aposentadoria; falecimento do empregado; ou pedido
de demissão.
° As férias proporcionais referem-se ao pagamento em
dinheiro pelo período aquisitivo não completado em
decorrência da rescisão do contrato de trabalho.
Para pagamento com empregado com mais de 1 ano
de caso aplica-se a regra do art. 146, parágrafo
único da CLT, e para aqueles com menos de 1 ano,
aplica-se o disposto no art. 147 da CLT.
° Em resumo, afirmamos que somente o empregado
que comete justa causa, tendo mais, ou menos, de
um ano no emprego, perde o direito às férias
proporcionais. Contudo, o terá quando pedir
demissão, quando despedido sem justa causa,
qualquer que seja o seu tempo de serviço, como
também no término do contrato a prazo.
° !
.   ': As vencidas as se referem ao
período aquisitivo já completado e ainda não foram
concedidas ao empregado. direito do empregado ao
pagamento do valor correspondente pode ser em
dobro, se decorrido período concessivo.
° !
. |
'A ºão concedendo as período
legal, empregador estará sujeito ao pagamento em
dobro, pode ser reclamada judicialmente, podendo
juiz fixar período para gozo, nos termos do art. 137
da CLT. Conforme Enunciado 81 do TST, "Os dias
de , gozadas após período legal de concessão,
deverão ser remunerados em dobro.".
° !.* 
  
- empregado não
pode "vender" as , ele terá gozá-las. A lei veda a
conversão total de em pagamento em dinheiro, mas
permite chamado abono de , com fulcro art. 143 da
CLT, qual deverá deverá ser requerido 15 dias antes
do término do período aquisitivo. Cabe esclarecer a
percepção desse abono é facultado exclusivamente
ao empregado e independe da concordância do
empregador.
° !.* 
 
 
- Durante as , é
assegurado direito à remuneração integral, como se
mês fosse de serviço, com base art. 129 da CLT.
° A aludida remuneração é acrescida do denominado
terço constitucional, nos termos do art. 7º, XVII, da
CF. Os adicionais salariais (horas extras; noturno;
insalubridade; periculosidade, etc.) integram a
remuneração das , com fundamento art. 142,
parágrafo 5º da CLT
° Com relação às |
'2 todos os empregados de
uma empresa, ou de seus setores, ou ainda de
determinados estabelecimentos, poderão gozá-las,
inclusive em 2 períodos anuais, desde nenhum
deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.
° Contudo, empregador deverá comunicar ao órgão
local do Ministério do Trabalho e Emprego, com a
antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e
fim das, informando quais os estabelecimentos ou
setores.
° ºeste mesmo prazo, empregador deverá
encaminhar cópia da comunicação aos Sindicatos
representativos da respectiva categoria profissional,
providenciando, ainda, a afixação de aviso nos locais
de .
° A empresa poderá promover a dispensa à referência
do período aquisitivo das concedidas, quando
número de empregados contemplados com as
coletivas for superior a 300, mediante carimbo nas
CTPS dos empregados, cujo modelo será aprovado
pelo Ministério do e Empregado.
° Adotado este procedimento, a empresa deverá
fornecer ao empregado cópia visada do recibo
correspondente à quitação da indicação do início e
fim das . ùuando da cessação do contrato de ,
empregador anotará na CTPS as datas dos períodos
aquisitivos correspondentes às coletivas gozadas
pelo empregado. caso dos empregados terem sido
contratados há menos de 12 meses, gozarão na
oportunidade, proporcionais, iniciando-se novo
período aquisitivo.
° Com relação ao abono de coletivas (conversão
facultada ao empregado de converter 1/3 do período
de em abono pecuniário, valor da remuneração lhe
seria devida nos dias correspondentes), deverá ser
objeto de Acordo Coletivo entre empregador e
Sindicato representativo da respectiva categoria
profissional, independentemente do requerimento
individual.
° 0;O A + -()
 , ou
+ -() , popularmente conhecida
como 3

 (13o salário), é uma
gratificação instituída no Brasil, que deve ser paga
ao empregado em duas parcelas até o final do ano,
no valor corresponde a 1/12 (um doze avos) da
remuneração para cada mês trabalhado.
° Foi instituído pela Lei 4.090, de
13/07/1962,regulamentada pelo Decreto 57.155, de
03/11/1965, e alterações posteriores. Pela lei, todo
empregado, incluindo aí o rural, o de safra, o
doméstico, o avulso, tem direito a uma gratificação
correspondente a 1/12 (um doze avos) da
remuneração por mês trabalhado
° A base de cálculo da remuneração é a devida no
mês de dezembro do ano em curso ou a do mês do
acerto rescisório, se ocorrido antes desta data.
° O Décimo Terceiro é devido por mês trabalhado, ou
fração do mês igual ou superior a 15 dias. Desta
maneira, se o empregado trabalhou, por exemplo, de
1 o. de janeiro a 14 de março, terá direito a 2/12
(dois doze avos) de 13 o. proporcional, pelo fato da
fração do mês de março não ter sido igual ou
superior a 15 dias. Desta forma, o cálculo é feito mês
a mês, observando sempre a fração igual ou superior
a 15 dias.
° A Lei 4.749, de 12/08/1965, que dispõe sobre o
pagamento do Décimo Terceiro, determina que o
adiantamento da 1a. parcela, correspondente a
metade da remuneração devida ao empregado no
mês anterior, seja paga entre os meses de fevereiro
até o último dia do mês de novembro. !á a 2a.
parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro,
tendo como base de cálculo a remuneração deste
mês, descontado o adiantamento da 1a. parcela.
° O empregado tem o direito de receber o
adiantamento da 1 a. parcela junto com suas férias,
desde que o requeira no mês de janeiro do ano
correspondente.
° O empregador não está obrigado a pagar o
adiantamento do Décimo Terceiro a todos os
empregados no mesmo mês, desde que respeite o
prazo legal para o pagamento, entre os meses de
fevereiro a novembro. O pagamento de parcela única
usualmente feito no mês de dezembro é ilegal, e está
sujeito a pena administrativa (veja "Tabela de
Multas").
° A gratificação de ºatal será ainda devida na extinção
do contrato por prazo determinado, na cessação da
relação de emprego por motivo de aposentadoria, e
no pedido de dispensa pelo empregado
(independente do tempo de serviço), mesmo
ocorrendo antes do mês de dezembro.
° Para os empregados que recebem salário variável ou
por comissão, o Decreto regulamentador determina
cálculo diferente, inclusive sendo o acerto final feito
até o dia 10 de janeiro (veja o texto legal do Decreto
57.155, artigo 2o. e parágrafo único, e parágrafo 1o.
do artigo 3o., na seção de Legislação abaixo). As
faltas legais e as justificadas (leia mais em
"Interrupção e Suspensão") não podem ser
deduzidas para os empregados que recebem salário
variável.
 ˜|˜ $˜ ˜ ˜
  @#˜2|˜ $˜ $ #
˜ ˜K˜
° Os 



' (em sentido amplo), que
também são denominados direitos metaindividuais e
transindividuais, são categorias de direitos (gênero),
subdivididos em interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos (espécies). *-"






 + * 
+

 

-+   '. 
° Pode-se dizer que tal categoria de interesses
repercute nos aspectos    '2eis que diz
respeito aos direitos materiais de índole coletiva
cujos titulares não são os indivíduos, mas sim a
coletividade; e, ainda, nos aspectos  /
'2pois
para a proteção desses direitos foram promovidas
adaptações no campo processual, no intuito de
permitir a tutela jurisdicional adequada às suas
peculiaridades.
° Os direitos metaindividuais ou transindividuais
podem ter  
7 '.'
. ùuanto 
 
2*

 + *2 
+ 


*
+ 
 
 ou com a
parte contrária por uma relação jurídica base ou de
origem comum, trazendo a ideia de repercussão
social plena.
° A | () 
   inovou no
direito brasileiro ao trazer no artigo 611, o conceito
de "
'", identificando pioneiramente
instrumentos decorrentes de negociações coletivas
(intermediadas por sindicatos), envolvendo direitos
ou interesses de grupo de trabalhadores
(identificados nos artigo 511, também do diploma
consolidado), com caráter normativo (de observância
obrigatória), nos contratos individuais de trabalho.
° Por sua vez, o artigo 81 do Código de Defesa do
Consumidor define direitos difusos, coletivos e
individuais homogêneos (conceito este que não se
restringe ao Direito Consumerista, mas sim a outros
ramos), do qual pode ser extraída a seguinte
classificação:


  


 - 
° quanto ao grupo, são indetermináveis;
° quanto à divisibilidade do objeto, são indivisíveis;
° quanto à origem do direito, relacionam-se a uma
situação de fato

  



'M

  
  N
° quanto ao grupo, são determináveis;
° quanto à divisibilidade do objeto, são indivisíveis;
° quanto à origem do direito, decorrem de uma relação
jurídica base.


  


 ' +5

°  quanto ao grupo, são determináveis;
°  quanto à divisibilidade do objeto, são divisíveis;
°  quanto à origem do direito, decorrem de origem
comum;
° Os institutos processuais passaram por adequações
para permitir a proteção adequada desses direitos,
eis que, em princípio, se voltavam aos interesses
individuais, pautando-se na igualdade das partes na
relação, limites subjetivos da coisa julgada,
distribuição do ônus da prova, entre outros aspectos.

° ºo Direito do Trabalho, o artigo 856, da


| () 
  já previa há
muito o dissídio coletivo para defesa dos direitos da
coletividade, em ações relacionadas às
reivindicações não atendidas ou não negociadas.
Admite-se na atualidade a existência de um
microssistema processual coletivo (aplicável em
geral para quaisquer espécies de direitos coletivos),
constituído pêlos seguintes diplomas legais:
° I) Lei 7.347/85 - Lei da Ação Civil Pública;
° II) artigos 5.°, incisos XXI, XXXII, LXX, e LXXIII, da
Constituição Federal; e
° III) Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor.
Em processos de índole coletiva vigoram diferentes
critérios de distribuição do ônus da prova, com
possibilidade de:
° '
)

()8* -5

 *
;
° 
()
  *- ()

8
/  (;
° *() 


+  +





 
 ;
° 

-()  3
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5;
° 
 () / +  'erga omnes e
secundum eventus);
°  5
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  () 


+  2

 ()
 +52
 
 *
 .

°   2


 3  2*



*

 ()+
 
+ *

 e,
ainda, a atuação na condição de substituto
processual, possuindo ampla legitimação para agir
em defesa dos trabalhadores.
° Todas as demais regras processuais
contidas na lei adjetiva civil são aplicadas
subsidiariamente ao processo coletivo,
sempre que compatíveis.
|- 
'
 
° A relação entre empregado e empregador é tida
como conflituosa, característica esta que também
marca o próprio direito do trabalho.
° Esse conflito se apresenta em diversos aspectos da
relação individual de trabalho, embora seja possível
identificar convivência pacífica e convergência de
interesses de empregados ou empregadores, como
se dá na participação nos lucros e resultados.
° O ordenamento jurídico prevê formas de solução dos
conflitos coletivos de trabalho, visando a sua
eliminação, partindo-se do pressuposto de que é
possível a convivência pacífica dos grupos sociais,
mesmo em cenário de interesses contrapostos.
° ºão é qualquer conflito relativo a matéria trabalhista
ou entre os sujeitos das relações trabalhistas que se
tipifica como conflito coletivo de trabalho. 


 * 
 
+ *
)- 

'
°
-
"
- 
'
 
'
+5
 
+ *
  

 
 2

*
+  + *

*
+ 


  2
 */

7()





+ *2  


*6
2
 
'


° Em seu aspecto objetivo, o conflito coletivo de
trabalho contém um interesse inerente ao grupo. Em
seu aspecto subjetivo, tem num dos pólos da relação
um grupo atuando na defesa de tais interesses, o
que pode se dar também mediante a representação,
exercida pelo sindicato.
° Excetuam-se dos conflitos coletivos de trabalho,
ainda, aqueles oriun-dos da relação individual
mantida entre empregado e empregador, cuja
solução não se atinge por meio da negociação
coletiva ou outros meios dispostos pelo direito para
equacioná-los.
° Os conflitos coletivos de trabalho também não se
confundem com os conflitos que também podem
surgir entre grupos de trabalhadores.
° ºo tocante à nomenclatura, o artigo 114 de nossa
Constituição Federal utiliza tanto a expressão
controvérsias (inciso IX) como dissídio (f 2.°) para
designar conflitos.
° Tais conflitos se revelam de várias formas, que pode
ser a insatisfação de um grupo ou a forma de
exteriorização dessa insatisfação, almejan-do romper
com as normas existentes, que pode se dar de forma
tanto pacífica quanto violenta.
ùuanto à sua - 
, podem ser classificados
como:
° conflitos econômicos (modificação das condições de
trabalho ou aprovação de novas normas);
° jurídicos (interpretação ou aplicação de normas
jurídicas preexistentes),
° ou de revisão (reavaliação das normas e condições
coletivas de trabalho preexistentes que, pela
mudança substancial da conjectura fática que
ensejou a sua aprovação, se tornaram injustas ou
ineficazes).
° A atual redação do artigo 114, não indica
textualmente o dissídio coletivo de natureza jurídica,
mas este continua sendo aceito, desde que objetive
interpretar ou delimitar a aplicação de normas já
existentes (convenções ou acordos coletivos, ou
mesmo sentenças normativas proferidas em
dissídios coletivos) que dizem respeito ao grupo ou à
categoria.
°  autocomposição
°  heterocomposição
°  autodefesa
@
 ()
- 
'


° ºo âmbito das relações coletivas de trabalho, o
direito pátrio nos reserva diferentes formas de
pacificação dos conflitos, privilegiando o diálogo
entre as partes interessadas para que atinjam elas
próprias a solução do impasse.
° Assim, observamos que os   
 

 
 


*(8
+()

', reconhecendo ser esta a mais eficaz forma
de superação e prevenção de conflitos, fator este
relacionado diretamente à liberdade sindical.
° A 
+()
'
*-  
 
  ' 

', por meio da qual é
concedida aos entes coletivos a prerrogativa de
aprovar instrumentos jurídicos com caráter
normativo, visando estabelecer novas condições de
trabalho. A Constituição, em seu artigo XXVI,
reconhece força de lei a esses instrumentos.
° O processo de negociação coletiva se desenvolve
primordialmente por meio da atuação sindical, eis
que os trabalhadores (categoria profissional) e os
empregadores (categoria econômica
correspondente) são representados nesse diálogo
pêlos sindicatos respectivos, nos termos dos artigos
8.°, VI, e 616 da CLT, exceto quanto à aprovação de
acordo coletivo (norma de aplicação mais restrita),
hipótese em que o empregador pode atuar
diretamente, tornando dispensável a presença do
sindicato.
° A CF reafirma a importância da negociação coletiva
em diversas passagens, concedendo liberdade aos
sindicatos, inclusive redução, em situações
excepcionais, dos direitos sociais previstos no artigo
7.° (incisos VI - redução de salários; incisos XIII e
XIV - ampliação, redução ou compensação de
jornada de trabalho).
° Por meio da negociação coletiva, a classe
trabalhadora (que, individualmente, sofre limitação
do poder de negociar com o empregador), recupera
o equilíbrio ou a força necessários para as
discussões sobre as condições de trabalho, podendo
reivindicar sua melhoria sem sofrer represálias ou
retaliações do empregador no âmbito do contrato
individual, eis que a atuação se dá mediante
representação do sindicato, de forma coletiva.
° Além disso, a negociação coletiva é pressuposto
formal necessário para a celebração de instrumentos
normativos (convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho) e para a busca de outras espécies de
soluções (arbitragem judicial ou extrajudicial e
deflagração de greve), o que conduz os entes
coletivos obrigatoriamente ao diálogo. Tamanha é a
importância da negociação coletiva que, havendo
recusa do Sindicato em assumir os entendimentos,
pode a classe trabalhadora interessada convocar a
Federação e, na recusa desta, a Confederação, que
pode, em último caso, assumir os entendimentos até
a eliminação do conflito mediante constituição de
uma comissão (art. 617 da CLT).
° As normas coletivas possuem natureza contratual e
normativa, sendo reconhecidas como fontes formais
do direito (art. 7.°, XXXVI, da CF). Operam efeitos
erga omnes, acarretando obrigações e direitos aos
in-tegrantes das categorias económicas e
profissionais respectivas, ainda que não associados
ao sindicato ou em débito com as contribuições
sindicais.
° ùuanto à aplicação das referidas normas aos
contratos, em princípio devem ser observados seus
âmbitos de incidência. Ainda assim, se-gundo o
artigo 620 da CLT, prevalecerá a convenção sempre
que mais favorável, haja vista que no Direito do
Trabalho a hierarquia das nor-mas não segue um
sistema estático, mas sim dinâmico, 
 

3-

()8



 
* 
 

' 
(por exemplo, lei sobre CF) ou, ainda,
*
'"

 
*


()8
+
(como é o caso do acordo em
relação à convenção).
° ºo tocante à interpretação das normas,
visando definir qual é a mais favorável,
surgem para o intérprete duas teorias: 

   ()2segundo a qual
devem ser aplicadas as   mais
benéficas, ainda que oriundas de normas
distintas; e a
 +
 2pela
qual a norma deve ser aplicada em seu
conjunto, observando as matérias como um
todo, visando manter o equilíbrio atingido
pelas partes por meio da aprovação daquele
instrumento jurídico. Prevalece entre nós 

 +
 
° As cláusulas obrigacionais extinguem-se no término
da vigência esti-pulada para a norma coletiva. !á
quanto às cláusulas normativas, em-bora haja quem
afirme que se incorporam aos contratos individuais,
com fundamento no art. 468 da CLT, '+


 
 

*


-
3 '+5-,   
 2
*

+


 . 8
+()
'
(Súmula 277 do TST). Exceção a esta regra: a
cláusula estabelece vantagem especial, e as
condições excepcionais fixadas no instrumento
coletivo são implanta-das durante a sua vigência
(ainda que o trabalhador somente exercite o seu
direito após o término).
° Os empregados de empresas públicas e sociedades
de economia mista que exploram atividades
econômicas (art. 173, f 1.°, inciso II, da CF) podem
celebrar instrumentos normativos, o que não é
observado quanto aos estatutários (f 3.° do art. 39
da CF), eis que seus contratos são regidos por leis e
estatutos próprios.

'
"D a suspensão coletiva, temporária e pacífica,
total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a
empregador".

-()
° 1. greves lícitas
° 2. greves ilícitas
° 3. greves abusivas
° 4. greves não abusivas

quanto a sua extensão:


° 1. greves globais
° 2. greves parciais
° 3. greves de empresa
  

,
.:
° 1. greve rotativa
° 2. greve intermitente
° 3. greve branca

  
/
'A
° 1. políticas
° 2. solidárias

+  

° Pertence à organização sindical dos trabalhadores.

'*3'
+
'

° Antecedência mínima de 48 horas


° Antecedência mínima de 72 horas (para atividades
essenciais)
 ' 



° tratamento e abastecimento de água; produção e
distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
° assistência médica e hospitalar;
° distribuição e comercialização de medicamentos e
alimentos;
° serviços funerários;
° transporte coletivo;
° captação e tratamento de esgoto e coleta de lixo;
° telecomunicações;
° guarda, uso e controle de substâncias radioativas,
equipamen-tos e materiais nucleares;
° controle de tráfego aéreo;
° compensação bancária;
-
  +
'

  
 
° e empregador não poderá rescindir o contrato de
trabalho;
° nem admitir trabalhadores substitutos;
° não recebimento de salário.

>

° Art. 17 da Lei 7.783/89: "Fica vedada a paralisação
das atividades, por iniciativa do empregador, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o
atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados."
° ! 
3  
 () - 




° Os conflitos de interesses podem ser solucionados,
basicamente, por rés métodos:
°  
  
-
 Imposição da solução do
conflito por _na das partes, por meio da força; é
vedada, como regra geral, pelo nosso ordenamento
jurídico.
°  *()A solução do conflito é realizada
pelas próprias partes envolvidas, mediante ajuste de
vontades entre ambas e;
° 

*() o conflito de interesses é
solucionado por um terceiro, estranho às partes, que
pode ser um árbitro ou o próprio Estado.

 *
   
° Conceito ² é o ramo das ciências jurídicas,
composto de normas e princípios próprios para a
atuação do Direito do Trabalho, que disciplina a
atividade das partes, juizes e seus auxiliares, no
processo individual e coletivo do trabalho.
@
  
 *
   
São elas:
° a |  ()@

;
° a 
, em seu sentido amplo;
° os   
'
(6
 internacionais ratificados
pelo Brasil (art. 651, f 2°, da CLT e art. 5°, f 2°, da CF);
° os 
+
 
    (art. 96, l, da
CF);
° as '
(6

 
' (art. 7.°, XXVI, da
CF e art. 8.° da CLT);
° os 
 
-

 (art. 8.° da CLT);
° o 
 *  (art. 8.° da CLT);
° a 

( ' e
° os *.*.
˜ 
 !
  -
  
 
 *
   M <49 
| N
° xá aplicação das regras de direito processual
comum ao processo trabalhista, mediante duas
condições: a omissão do Direito Processual do
Trabalho, e a compatibilidade da regra a ser utilizada
com as regras e princípios do Direito Processual do
Trabalho.
° !<0>:Q:==4² prevê a alteração do artigo 769 da
CLT: "O direito processual comum também poderá
ser utilizado no processo do trabalho, inclusive na
fase recursal ou de execução, naquilo em que
permitir maior celeridade ou efetividade de jurisdição,
ainda que existente norma previamente estabelecida
em sentido contrário".
Autonomia do direito processual do trabalho
°
 ² defende que o Direito Processual
dó Trabalho é unitário, e que em nada difere do
Direito Processual comum.
°
  ² defende a autonomia do Direito
Processual do Trabalho perante o Direito Processual
comum, uma vez que o primeiro possui
regulamentação própria na CLT (entendimento
majoritário).
- 
*
   
*


*(
° - 
*
 
*² regra geral,
as disposições do Direito Processual do Trabalho
entram em vigor a partir da data de publicação da lei,
com eficácia imediata, alcançando os processos em
andamento ² ver art. 1 ° da LICC e arts. 912 e 915
da CLT.
° - 
*
 
*(²
prevalência do princípio da territorialidade.
!.*  
 !
   
° Os princípios se constituem nos verdadeiros
alicerces de um sistema jurídico2e possuem três
importantes funções ² - '2 '


*
 '
!.*!
 |  
° !.* / 7 M >U2WWW$
NY
julgamento por um juiz competente, previamente
constituído na forma lei; vedada a criação de juízos
ou tribunais de exceção;
° !.* 
' *

+M &<$NY
observância das regras constitucionais e
infraconstitucionais, garantindo-se às partes a
tramitação do processo de forma justa e equânime.
° !.* M >U2* N² as partes
devem ser tratadas deforma igualitária pelo juiz no
decorrer do processo, na medida de suas
desigualdades, a fim de se garantir a isonomia
processual.
° !.* -  
 /  ()M &<
WWW$NY nenhuma lesão ou ameaça à direito pode
ser afastada da apreciação do Poder !udiciário, já
que a todos os cidadãos é assegurado o direito
subjetivo de ação.
° !.*  *+ 
/  ()² previsto
de forma implícita em nossa Constituição, prevê a
possibilidade de reexame de uma determinada
decisão pelo mesmo ou por outro órgão do Poder
!udiciário.
° !.*    B
 *
-
M 
>U2$NY garantia da participação paritária das
partes, com acesso a todos os meios de defesa que
a lei prevê.
° !.* *() *'. M >U2
$NY a regra geral é a de que, no processo,
somente são admitidas as provas obtidas por meios
lícitos.
° !.* *  
  *
 
M >U2W2
9;2WNY os atos processuais são
públicos, com exceção dos casos que tramitam ern
segredo de justiça.
° !..* -  
 ()   '() 

6
/ M 9;2WN² toda e qualquer
decisão do Poder !udiciário deve ser fundamentada,
ainda que de forma concisa.
!.*!
 
  
 
!
   
° !.* * '  3 /  ()
M :U |!|NY o processo só pode começar
com a iniciativa da parte; o juiz não pode instaurar ex
officio 'por própria iniciativa) um processo trabalhista.
° exceções: arts. 39 e 856 da CLT.
° !.*  '² após o início do processo
pela parte, cabe ao juiz impulsioná-lo (arts. 765 e
852-D da CLT).
° !.* 
 ()  *
 
Y a tutela jurisdicional deve ser prestada pelo Poder
!udiciário no menor lapso de tempo possível; por
isso, os atos processuais são concentrados em uma
única audiência (arts. 849 e 852-C da CLT).
° !.*  
² a CLT privilegia a
realização dos atos processuais de forma oral, afim
de que a prestação jurisdicional seja realizada de
forma célere ² exemplos: arts. 847, 848 e 850 da
CLT, entre outros.
° !.* 
  
-. / 7Y o juiz que
colheu as provas é quem deve proferir a sentença no
caso concreto (art. 132 do CPC). ºo processo do
trabalho, há divergência sobre a aplicação do
princípio, em face do que dispõe a Súmula 136 do
TST.
° !.* 
  
² pressupõe um
contato direto entre o juiz e as partes litigantes, e é
amplamente aplicado no processo do trabalho.
° !.* * 
 / 7² o juiz deve
primar sempre pela imparcialidade, como forma de
garantir às partes tratamento justo e equânime.
° !.* 
 

  

6

 BM P9;2V 0U2 | N
² as decisões interlocutórias no processo do
trabalho somente poderão ser impugnadas por
recurso contra a decisão definitiva. ,
(6
: estão
previstas na súmula :01   
° !.* ()² é bastante valorizado
no processo do trabalho, na tentativa de resolver o
conflito de interesses, e pode ser extraído da
redação de vários artigos da CLT, tais como os arts.
764, 846 e 850.
° !.* / *   *
² na !ustiça
do Trabalho, tanto o reclamante como o reclamado
podem atuar sem a presença de advogados,
acompanhando suas reclamações trabalhistas até o
final (art. 791 da CLT).
° !.* *
()   ² no
processo do trabalho, o empregado, parte
hipossuficiente na relação laborai, precisa da
proteção da lei, para que possa ser observado o
princípio da isonomia processual.
° !.* *7 
 
² o objetivo do
juiz deve ser sempre a busca da verdade real, ou
seja, a solução do litígio baseada nos fatos
realmente ocorridos, para que possa proferir uma
decisão mais justa e mais próxima à realidade.
*
2 *  
2 
*

 ()2 
   ()*
 
  B2 
 5/ 2 /  (+  2 
    
° !
D aquele que comparece em juízo para
pleitear a tutela jurisdicional de um direito de que
afirma ser titular, e aquele em face de quem essa
tutela é pleiteada. ºesse sentido, não esquecer que
o juiz não deve ser considerado como parte no
processo, mas sim como mero integrante da relação
jurídica processual.
|* 


*
2* 
*
 

* 
*  B
° |* 


*
Arelaciona-se diretamente
à personalidade civil da pessoa física ou jurídica,
sendo que, em relação à pessoa física, inicia-se com
o seu nascimento com vida, resguardados, desde a
concepção, os direitos do nascituro. A personalidade
civil da pessoa jurídica, por sua vez, inicia-se com a
inscrição de seus atos constitutivos no ófgão
competente respectivo.
° |* 
*
 A regra geral, se os sujeitos
possuem capacidade civil plena, também possuirão a
capacidade processual. Todavia, as pessoas
relativamente incapazes e absolutamente incapazes,
embora possuam capacidade de ser parte, não
gozam de capacidade processual, devendo ser
assistidas ou representadas em juízo por outras
pessoas.
° ºo Direito do Trabalho, a capacidade civil plena dos
empregados para estar em juízo sem assistência ou
representação ocorre aos 18 (dezoito) anos (art. 792
da CLT). O empregador pessoa física também
adquire capacidade civil plena para estar em juízo
aos 18 (dezoito) anos, ressalvados os casos de
emancipação.
° |* 
*  BAesta capacidade é
privativa dos advogados regularmente inscritos na
OAB, não sendo permitido à própria parte, em regra,
subscrever a própria petição inicial, exigindo-se que
isso seja feito por meio de um profissional
devidamente habilitado.
° ºão esquecer que no processo do trabalho essa
regra é diferente, porque a capacidade postulatória
também é conferida às próprias partes, conforme
prevê o artigo 791 da CLT (princípio do jus
postulandi da parte).

*

 () *

 .7" ˜
*  

° ºa representação, o representante age no processo
em nome do titular da pretensão, defendendo o
direito do próprio representado, ou seja, o
representante figura no processo em nome e na
defesa de interesse de outrem, sendo esta pode ser
legal ou convencional.
° ºo processo do trabalho, o menor de 16 (dezesseis)
anos deverá ser representado pêlos pais ou tutores,
e dos 16 (dezesseis) aos 18 (dezoito) anos, assistido
por seus responsáveis legais.
° ºão há necessidade de as partes serem
representadas em juízo por advogado, pois a lei lhes
reconhece o jus postulandi, ou seja, a capacidade de
requerer pessoalmente em juízo.
 ()  '+ 
 .7
° O advogado somente será admitido a atuar em juízo
se exibir a procuração ou instrumento de mandato.
° ºesse sentido, ver regra do artigo 37 do CPC, que
estabelece a prática de atos urgentes, permitindo a
posterior juntada da procuração, bem como a
Súmula 383, do TST.
° O mandato pode ser expresso ou tácito, e verbal ou
escrito, sendo que a !ustiça do Trabalho admite o
mandato tácito, que ocorre quando o advogado
comparece à audiência representando uma das
partes e pratica atos processuais em seu nome.
° Difere da procuração apud acta, que é conferida pelo
juiz em audiência, mediante ato formal, solene,
devidamente registrado na ata de audiência.
° Devemos lembrar que compete ao advogado
informar, na petição inicial ou na contestação, o
endereço em que receberá intimações, comunicando
ao juízo qualquer alteração de endereço.
° A parte pode revogar o mandato outorgado ao seu
advogado, sendo que no processo do trabalho não
se exige que no ato da revogação do mandato seja
nomeado novo advogado, justamente em virtude do
princípio do jus postulandi.
° Esse princípio só deixa de ter força, quando se fala
em Recurso.
° A peça recursal, quer inicial ou de contra-razões
requer redação e formalidade, conduzida por um
técnico.
° De igual forma, o advogado também poderá
renunciar ao mandato que lhe foi outorgado, desde
que cientifique o mandante para que nomeie outro
profissional.
° ºesse caso, o advogado deve continuar
representando o mandante durante os 10 (dez) dias
seguintes à renúncia, para evitar quaisquer
prejuízos. Vejam-se as Súmulas 164 e 395 do TST.
$ !  ˜!˜|# ˜
° O artigo 14 do CPC, lista quais são os deveres das
partes e de todos aqueles que participam do
processo, e serve como fonte subsidiária do
Processo do Trabalho.
° As partes devem agir com lealdade e boa-fé,
respondendo por perdas e danos aquele que pleitear
de má-fé como autor, réu ou interveniente.
° A violação dos deveres do artigo 14 acarreta a
aplicação das sanções relativas à litigância de má-fé,
conforme o artigo 18 do CPC.
˜˜H˜  $˜ ˜
° Sobre a condenação da parte vencida ao pagamento
de honorários advocatícios à parte vencedora,
existem basicamente duas correntes no processo do
trabalho.
° A primeira corrente (minoritária) entende que os
honorários advocatícios são sempre devidos ao
advogado, em virtude do artigo 133 da Constituição,
do artigo 20 do CPC e do artigo 22 da Lei 8.906/94,
sendo que a condenação em honorários advocatícios
decorre da simples sucumbência (derrota na ação).
° Para a segunda corrente (majoritária), defendida pelo
TST e consolidada nas Súmulas 219 e 329, os
honorários advocatícios não decorrem simplesmente
da sucumbência, devendo a parte ser beneficiária da
assistência judiciária gratuita e estar assistida pelo
sindicato profissional, limitada a condenação em
honorários a 15% (quinze por cento).
° Todavia, uma



tem surgido, e
segundo esse novo entendimento, a partir do
momento em que a parte se utiliza da contratação do
profissional de sua confiança, deve ser ressarcida
por aquela que deu causa a essa contratação das
despesas que tiver feito, inclusive, é claro, os
honorários pagos ao seu advogado.
° O fundamento dessa nova corrente encontra-se nos
arts. 389 e 404 do vigente Código Civil e não decorre
da sucumbência, mas sim do adimplemento em
tempo e modo devidos da obrigação por parte do
devedor.
 Z|# |H# % # 
° ºa !ustiça do Trabalho, a assistência judiciária é
prestada exclusivamente ao trabalhador, por
intermédio do sindicato da categoria profissional a
que pertence (Lei 5.584/70), ao trabalhador que
perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo
legal, ficando assegurado igual benefício ao
trabalhador de maior salário, uma vez provado que
sua situação econômica não lhe permite demandar
sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
° A justiça gratuita compreende a dispensa do
pagamento de custas, emolumentos e despesas com
publicação indispensável no jornal encarregado da
divulgação de atos oficiais, honorários advocatícios e
honorários periciais. ùuanto a estes últimos, ver
Resolução 35/2007 do Conselho Superior da !ustiça
do Trabalho.
#  #%&˜!˜|#
° A substituição processual ocorre quando a parte, em
nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que
autorizado por lei, e está prevista no artigo 6.° do
CPC. Trata-se de legitimação extraordinária.
° Antes da Constituição de 1988, na !ustiça do
Trabalho a substituição processual era realizada pelo
sindicato de forma limitada, restrita às hipóteses
previstas em lei.
° O artigo 8.°, inciso III, por sua vez, previu que cabe
ao sindicato a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativos.
° ùuanto ao tema, ver também Leis 7.788/89, 8.036/90
e 8.073/90.
#|&˜!˜|#
° A sucessão processual consiste na substituição das
partes, no curso do processo, decorrente de um ato
inter vivos ou causa mortis, sendo que esta pode
ocorrer tanto em relação ao empregado como em
relação ao empregador.
° Com relação à pessoa física, a sucessão processual
se dá com a sua morte. Falecendo o empregado ou
o empregador no decorrer da ação, eles serão
substituídos pelo espólio, representado pelo
inventariante. Se o empregador for pessoa jurídica,
haverá a sucessão processual nas hipóteses dos
artigos 10 e 448 da CLT
 |˜T|˜
° O litisconsórcio é caracterizado pela coexistência de
duas ou mais pessoas no pólo ativo ou no pólo
passivo, ou em ambos os pólos da relação jurídica.

|@|%S
° Com relação à posição: o litisconsórcio pode ser
 ', quando há a presença de diversos autores em
face de um único réu; pode ser *', quando
temos apenas um único autor litigando em face de
vários réus. E pode ser  , quando existem
vários autores demandando em face de vários réus.
|
()876

 7
8-()
 BA
° o litisconsórcio pode ser 

, quando a
presença de todos os litisconsortes for essencial
para a prestação da tutela jurisdicional pelo Estado,
decorrente da própria lei; ou -   ', quando a
reunião das partes ocorre por opção delas, e não por
imposição legal.
|
()
+

  
  
 
A
° o litisconsórcio pode ser  , quando a decisão
da causa for, obrigatoriamente, uniforme para todos
os litisconsortes; ou *
, quando a decisão
causa não for necessariamente igual para todos.
|
()
 
-() 
 BA
° o litisconsórcio pode ser , ou seja, é aquele
que se forma no momento da apresentação da
petição inicial; ou 
, que é o ocorre após a
distribuição da ação.
 $%&˜  |˜
° A intervenção de terceiros ocorre quando uma
pessoa, física ou jurídica, que não seja parte
originária no processo, nele ingressa para defender
interesse próprio ou de uma das partes da lide,
sendo que o CPC prevê cinco espécies de
intervenção de terceiros.
0N 5
° A assistência é o ato pelo qual um terceiro intervém,
voluntariamente, no processo, pelo fato de ter
interesse jurídico em que a sentença venha a ser
favorável ao assistido, e pode ser simples ou
litisconsorcial.
° Entende-se ser *.'
 *()
!
  , de acordo com a Súmula 82
do TST.
:N˜*()
° A oposição ocorre quando o terceiro pretende, no
todo ou em parte, a coisa ou direito sobre que
controvertem autor e réu.
° xá divergência quanto ao seu cabimento no
processo do trabalho nos dissídios individuais, pois
não se vislumbra sua aplicabilidade na prática.
°  . 
'2*()3* .'

*
  , pois a !ustiça do
Trabalho é competente para decidir a respeito de
disputa intersindical, conforme previsto no artigo 114,
inciso III, da Constituição.
;N
()8 
° A nomeação à autoria ocorre quando aquele que
detiver a coisa em nome alheio for demandado em
nome próprio, devendo indicar quem é o verdadeiro
proprietário ou possuidor.
° Prevalece o entendimento de que a nomeação à
autoria )*

* *
 

1N
 () 

° A denunciação da lide tem natureza de processo


incidental, pois no curso do processo surge uma
nova relação incidente, e seu cabimento também é
discutido no processo do trabalho.
° De qualquer forma, a única hipótese aplicável seria a
do inciso III, do artigo 70 do CPC, já que as demais
não ocorrem no processo do trabalho.
>N|
 !

° O chamamento ao processo dá-se nos casos
previstos no artigo 77 do CPC, sendo que as
hipóteses dos incisos l e II, não ocorrem na !ustiça
do Trabalho. O inciso III é o único que pode ensejar
a aplicação do chamamento ao processo, pois
menciona o caso de devedores solidários.
° Assim, segundo a doutrina majoritária (opinião
compartilhada pelo ilustre doutrinador Sérgio Pinto
Martins), salvo no caso da assistência e da oposição
em dissídios coletivos, as demais hipóteses de
intervenção de terceiros não se aplicam ao processo
do trabalho.
T&˜ # % ˜ ˜
° Estrutura, organização e competência da !ustiça do
Trabalho ² arts. 111 a 117 da CF e arts. 643 a 669
da CLT.
° D composta de três instâncias: as Varas do Trabalho,
os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal
Superior do Trabalho, que é o órgão máximo da
!ustiça do Trabalho ² art. 111 da CF.
$ ˜ ˜
° !urisdição exercida por um juiz singular ² art. 116
da CF.
° São órgãos de primeiro grau, e julgam apenas
dissídios individuais, sendo que a competência é
determinada pela localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado em
outro local ou no estrangeiro.
° 
491<QP0² Disciplina os critérios para criação
das Varas do Trabalho.
° ºovidade trazida pela EC 45/2004 ² art. 115, f 1.°,
CF ² os Tribunais Regionais do Trabalho poderão
instalar Varas Itinerantes.

|*
5
7) Y  651 da CLT
° 
++
² é competente para julgar o dissídio
individual a Vara do Trabalho do local da prestação
de serviços.
° ,
()² quando for parte no dissídio agente ou
viajante comercial, a demanda poderá ser distribuída
à Vara do Trabalho da localidade em que a empresa
tenha agência ou filial à qual esteja o trabalhador
vinculado, ou, não estando vinculado a uma agência
ou filial, a competência será da Vara da localidade do
domicílio do trabalhador ou a da localidade mais
próxima de seu domicílio.
° .  
+5 -

 +
Y Em sendo o trabalhador brasileiro, e
desde que não haja convenção internacional
dispondo em contrário, entende a doutrina que a
ação deverá ser proposta no foro da contratação ²
Ver Súmula 207, do Tribunal Superior do Trabalho.
° *B



  *
 
'(

' 
2

-,
 

² ºesse caso, o trabalhador poderá optar entre o
foro da contratação ou o de qualquer dos locais de
trabalho.

@#|˜  ˜
° Cada Vara do Trabalho possui um juiz titular e,
eventualmente, um juiz auxiliar, contando ainda com
uma Secretaria, dirigida por um Diretor. Além do
Diretor e dos servidores de praxe, a Vara do
Trabalho conta também com os oficiais de justiça.
˜#I ˜ ˜
° Os juizes do trabalho ingressam na magistratura do
trabalho como juizes substitutos, podendo ser
promovidos por antiguidade e merecimento ² art.
654 da CLT.
° São nomeados após aprovação em concurso público
de provas e títulos realizado pelo Tribunal Regional
do Trabalho da respectiva região ² o concurso é
válido por dois anos, e prorrogável por igual período,
por uma vez.
° Requisitos para inscrição no concurso ² o candidato
deve ser bacharel em Direito; deve demonstrar
idoneidade para o exercício das funções; deve ter,
no mínimo, 3 (três) anos de atividade jurídica, e
idade entre 25 (vinte e cinco) e 45 (quarenta e cinco)
anos.
° O entendimento majoritário, entretanto, em face do
inciso XXX do artigo 7.° da CF, é de que não
prevalece mais a exigência de idade mínima para
inscrição ao concurso, mas somente a idade
máxima, que não poderá ser superior a 65 (sessenta
e cinco) anos, que é a idade limite para que um juiz
possa ser indicado para os tribunais superiores.
° Os juizes gozam das seguintes garantias:
' 

, ' 
e 
 


'

  ² art. 95 da CF.
° ºas localidades não compreendidas na jurisdição
das Varas do Trabalho, os !uizes de Direito, ou
!uizes Estaduais, são órgãos da administração da
!ustiça do Trabalho ² art. 669 da CLT.
° Das decisões que os juizes proferirem cabe recurso
para o Tribunal Regional do Trabalho da região
respectiva ² art. 112 da CF.

#˜ ˜ ˜
° Os Tribunais Regionais do Trabalho foram criados
para substituir os Conselhos Regionais do Trabalho,
e correspondem à segunda instância trabalhista.
° Os Tribunais Regionais do Trabalho possuem duas
competências: recursal e originária, e estão divididos
em 24 regiões.
|˜ !˜%&˜@#|˜  ˜
° Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos
de, no mínimo, 7 (sete) juizes, recrutados
preferencialmente na respectiva região, e nomeados
pelo Presidente da República ² art. 115 da CF.
° O artigo 93, inciso II, da CF traz algumas normas a
serem seguidas na promoção de juizes do trabalho
para os Tribunais Regionais.
° A Resolução 6, de 13.09.2005, do Conselho
ºacional de !ustiça, dispõe sobre a aferição do
merecimento para promoção de magistrados e
acesso aos Tribunais de segundo grau.
° O artigo ::da Lei Complementar 35/79 (Loman),
dispõe que os juizes dos Tribunais Regionais do
Trabalho são vitalícios a partir da posse.
° O artigo 672, da CLT determina a forma de
deliberação dos Tribunais Regionais do Trabalho.

# %&˜|˜ ! Z|


° Os Tribunais Regionais têm a organização e a
competência definidas na Constituição Federal, na lei
e no seu Regimento Interno, sendo que o território
nacional é dividido em 24 regiões.
° A competência dos Tribunais Regionais do Trabalho
é determinada na forma indicada no artigo 651 e
seus parágrafos da CLT e, no caso de dissídio
coletivo, pelo local onde este ocorrer, conforme regra
do artigo 677 da CLT.
° O artigo 678 da CLT nos traz a competência dos
Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, e
o artigo 680 também elenca outras atribuições dos
Tribunais Regionais ou de suas Turmas.
° A Lei Orgânica da Magistratura ºacional - Lei
Complementar 35/79 - e os artigos 681 a 683 da CLT
tratam da competência e das regras aplicá-veis aos
presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho.
##!˜ ˜ ˜
° O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é a instância
suprema da !ustiça do Trabalho. Com sede em
Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional,
tem por principal função uniformizar a jurisprudência
trabalhista.
° D composto de 27 (vinte e sete) juizes, denominados
de  , togados e vitalícios, que são
escolhidos entre brasileiros, natos ou naturalizados,
de notável saber jurídico e reputação ilibada, com
mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta
e cinco) anos de idade, que são nomeados pelo
Presidente da República, após a aprovação da
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal,
art. 111-A, da CF.
° A Lei Orgânica da Magistratura ºacional dispõe que
os Ministros do TST são vitalícios a partir da posse.

ÓRGÃOS E FUºCIOºAMEºTO
° O TST é composto dos seguintes órgãos: Tribunal
Pleno, Seção Administrativa, Seção Especializada
em Dissídios Coletivos (SDC), Seção Especializada
em Dissídios Individuais (SDI), que é dividida em
Subseção 1 e Subseção 2, Turmas, Presidência,
Corregedoria-Geral, Conselho de Ordem e Mérito
!udiciário do Trabalho e Conselho Superior da
!ustiça do Trabalho.
° O TST funciona em composição plena, ou dividido
em Seções Especializadas e Turmas. As Turmas são
compostas de 3 (três) Ministros, devendo funcionar
com quorum integral. Atualmente, o TST possui oito
Turmas.

+()!
'


 T|˜
Etapas da evolução da proteção social:
° a) Assistência pública, de proteção dos pobres:
fundada exclusivamente na caridade. ºessa fase, a
sociedade exercia a caridade dando socorro aos
necessitados, em atividades religiosas. Socorro nas
situações de desemprego, enfermidade e invalidez.
ºão havia direito subjetivo do necessitado de
socorro.
° b) Isabel l, em 1601, na Inglaterra, editou a Lei dos
Pobres, surgindo, assim, a assistência pública ou
social. Cabia à Igreja, por suas paróquias,
administrar um fundo, composto por uma taxa
obrigatória. A solidariedade passou a ter
configuração jurídica.
° c) Seguro social: final do Século XIX, iniciada a
etapa de proteção dos trabalhadores. Seguro
privado, de cuja relação participavam empregador,
empregado e Estado; esses passaram a contribuir
para o custeio, cujos recursos deveriam permanecer
equilibrados, por meio de fórmulas financeiras de
capitalização. O Estado passou a recolher e
administrar os recursos para o financiamento. 1883 -
Bismarck, na Prússia, Lei do Seguro-Enfermidade.
Fortaleceu-se o seguro e estendeu-se a cobertura a
riscos de doença, acidente, invalidez, velhice, viuvez,
orfandade, desemprego. Trata-se, agora, de direito
subjetivo dos trabalhadores em geral. O seguro
social se submete a um regime jurídico próprio e é
diferente de seguridade social. Só protege os que
têm relação de emprego.
° d) Proteção dos cidadãos, ou seguridade social.
ºessa etapa, a proteção se destina a todas as
pessoas, em todos os seus estados de
necessidades, em todas as etapas da sua vida.
Beveridge, 1941/1942. A palavra "social",
adjetivando a necessidade, significa que a privação
de bens importa não só ao indivíduo, mas também a
toda a coletividade, à qual interessa que nenhum de
seus integrantes seja privado dos mínimos
indispensáveis a uma existência digna. A seguridade
social é instrumento de superação das
necessidades, na forma de serviço público
gerenciado pelo Estado.
|˜| ˜
° Art. 194 da Constituição: "A seguridade social
compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social".
° A Seguridade Social é um tripé: previdência social,
assistência social e direito à saúde, sendo que cada
um desses institutos tem disciplina constitucional
específica.
° Previdência social: caráter contributivo e só protege
necessidades decorrentes de contingências
expressamente previstas na Constituição e na
legislação infraconstitucional. Só com o pagamento
de contribuições existe direito subjetivo à prestação.
Só quem contribui tem proteção previdenciária.
° A assistência à saúde: devida a todos,
independentemente de contribuição.
° A assistência social: prestada a quem dela
necessitar, na forma da lei.
° Assistência à saúde e assistência social: direitos
subjetivos que independem de contribuição para o
seu custeio.
° Seguridade social: conjunto de prestações que se
dividem em benefícios e serviços, e que conferem
direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.

()/ . 

+  

° xá três tipos de relação jurídica dentro da
seguridade social: a relação jurídica de *
' 5
, a de  5 e a de 

°  /
 *'A em qualquer de suas
modalidades (previdência, assistência social e
serviços de saúde), os sujeitos passivos dessa
relação jurídica são os Poderes Públicos e a
sociedade em geral.
°  /
  'A quem dela necessitar.
° ˜/
A a consequência-necessidade, ou seja, a
situação de necessida-de decorrente da contingência
que a gerou.
° !
 (6
A é o gênero, do qual são espécies os
benefícios e os serviços.
° ˜

-.A prestações pagas em dinheiro. A
Constituição prevê (art. 201, f 2°, e art. 14 da EC n.
20/1998) valores mínimos e máximos renda
mensal de cada um dos benefícios.
° Os serviços de saúde, de assistência social e até de
previdência social existem para garantir a cobertura
da parcela de necessidades sociais que não
dependem de ingressos financeiros.
!|J!˜|˜  #|˜
° O art. 194, parágrafo único, da Constituição,
impropriamente os denomina /
'.
° São princípios constitucionais de caráter setorial.
° São princípios constitucionais porque elegem valores
protegidos pelo sistema constitucional, e têm caráter
de generalidade.
° São setoriais porque sua aplicação é restrita à
seguridade social.
° N#'
 
 
 
 

 
  A universalidade da cobertura: diz
com os sujeitos de direito, com todos os que tem
direito à proteção social, que são os que vivem em
território nacional. A todos deve ser assegurada
proteção no caso de incapacidade ou impossibilidade
de trabalhar.
°  '
 
 
 
 A relacionada ao
objeto, às etapas da proteção. Deve abranger a
prevenção, a proteção propriamente dita e a
recuperação.
° N#- 


 '5


-.


'(8** (6
 
 
Uniformidade: urbanos e agrícolas têm direito às
mesmas prestações de seguridade social.
° 
 '5 *
 (6
A seu valor
econômico deve ser proporcionalmente igual para
urbanos e agrícolas. Proporcionalmente igual
porque, embora os benefícios previdenciários para
urbanos e rurais tenham a mesma forma de cálculo,
a contribuição de cada um tem base de cálculo
(salário-de-contribuição) diferente.
° N

' 

   ' 
*
 ()


-.

'(D um comando para o
legislador infraconstitucional e, dificilmente,
propiciará análise no caso concreto. O objetivo do
sistema de proteção social não é a eliminação, mas
sim, a redução das desigualdades sociais e
regionais.
° O legislador deve selecionar as contingências
geradoras das necessidades que a seguridade deve
cobrir. Trata-se de uma opção política que deve levar
em conta a prestação que propicie maior proteção
social e, por consequência, maior bem estar,
°    ' 
nada mais é do que a justiça
social, redutora das desigualdades. Deve-se
distribuir para os que mais necessitam de proteção,
com a finalidade, sempre, de reduzir desigualdades.
° Seletividade e distributividade impedem que a
interpretação da legislação conceda ou estenda
prestações de forma diversa da prevista
expressamente pela legislação.
N
 
 ' 

-. A
prestação, por definição, deve suprir os mínimos
necessários à sobrevivência com dignidade,
conforme demonstrado por todo o período
contributivo do segurado. Uma vez concedida, a
renda mensal do benefício não pode ser reduzida.

N '
 
 

-
  A CF quer
que a seguridade seja financiada por toda a
sociedade (art. 195).
° O custeio é feito por meio de recursos orçamentários
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
° E também por contribuições pagas pelo empregador,
pela empresa ou entidade a ela equiparada (art. 195,
l), pelo trabalhador (art. 195, II), pelas contribuições
incidentes sobre as receitas dos concursos de
prognósticos (art. 195, III) e pelas contribuições pagas
pelo importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar (art. 195, IV).
° A empresa e a entidade a ela equiparada, contribuem
sobre diversas bases de cálculo, previstas no inciso l,
a, b e c, do art. 195.
° xá, ainda, a possibilidade da instituição de outras
fontes de custeio destinadas a garantir a expansão da
seguridade social, conforme prevê o f 4° do art. 195.
-N|

 


 7  +
 )
   '2* *() 
  
A gestão da seguridade social é
quadripartite (art. 194, parágrafo único, VII):
participação dos representantes dos trabalhadores,
dos empregadores, dos aposentados e do Poder
Público.
° |

 A formulação de políticas
públicas de seguridade e no controle das ações de
execução.
°

 7()A a seguridade social tem um
corpo distinto da estrutura institucional do Estado. O
IºSS é a autarquia federal encarregada da execução
da legislação previdenciária.
+N
+  *  Art. 195, f 5°, CF reza:
"nenhum benefício ou serviço da seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total".
° A CF quer o equilíbrio financeiro e atuarial do
sistema, de forma que a criação, instituição,
majoração ou extensão de benefícios e serviços
deve estar calcada em verbas já previstas no
orçamento.
@˜  ˜  ˜!$ |H˜
° Constituição Federal,Emenda Constitucional, Lei
Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada (até o
momento nunca foi utilizada em matéria
previdenciária), Medida Provisória, Decreto
Legislativo, Resolução do Senado Federal, Atos
Administrativos ºormativos (Instrução ºormativa,
Ordem de Serviço, Circular, Orientação ºormativa,
Portaria etc.)
° Em matéria previdenciária a jurisprudência tem
desempenhado papel extremamente importante,
principalmente em se tratando de benefícios
previdenciários.
 ! %&˜ ˜  ˜!$ |H˜
° O art. 6° da CF relaciona os direitos sociais:
educação, saúde, trabalho, lazer, segurança,
previdência social, proteção à maternidade e à
infância e assistência aos desamparados.
° O art. 6° diz que os direitos sociais são disciplinados
na forma da Constituição, ou seja, conforme o
disposto no Título VIII, que disciplina a Ordem Social.
° ˜
A tem como base o primado do
trabalho, e como objetivos o bem-estar e a justiça
social.
° A atividade legislativa e interpretativa deve prestigiar
os direitos do trabalhador.
° O trabalho e a dignidade da pessoa humana são
fundamentos do Estado Democrático de Direito.
° O art. 7° da Constituição garantiu direitos ao
trabalhador com relação de emprego.
° Os direitos sociais não estão restritos às normas dos
arts. 6° e 7°. Por todo o texto constitucional há
normas cuja obediência levará à efetivação do bem-
estar e da justiça social.
° O art. 3° traça os objetivos fundamentais da
República, e neles inclui a erradicação da pobreza e
da marginalização e a redução das desigualdades
sociais e regionais.
°  ;U2$2|@A é objetivo fundamental da
República ß*'


  2

*

 
+
2(2
,22 


 
 -
 ()ß
° A erradicação da pobreza e da marginalização e a
redução das desigualdades sociais e regionais só
são possíveis com a efetivação dos direitos sociais.
° A Constituição, quando aponta os fundamentos.do
Estado Democrático de Direito e os objetivos
fundamentais da República, fornece os elementos do
conceito de justiça social.
° A dignidade da pessoa humana, o valor social do
trabalho, a solidariedade social, o desenvolvimento,
a erradicação da pobreza e da marginalização, a
redução das desigualdades sociais e regionais e a
promoção do bem de todos são os princípios
norteadores da interpretação da legislação
previdenciária.
° Para a Constituição, a distribuição dos benefícios e
obrigações sociais entre todos contribui para a
redução das desigualdades.
° Para ser justa e propiciar a redução das
desigualdades sociais e regionais, a distribuição
deve conceder mais benefícios a quem tem mais
necessidade, e menos benefício aos menos
necessitados.
° Os resultados da interpretação da legislação
previdenciária nunca podem acentuar desigualdades
nem contrariar o princípio da dignidade da pessoa
humana.
|
 
°  203, CF: a Assistência Social "será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social", Independe do
pagamento de contribuições.
° ˜/
'  52-

|  ()Aa proteção à família, à maternidade, à
adolescência e à velhice; o amparo às crianças e
adolescentes carentes; a promoção da integração ao
mercado de trabalho; a habilitação e a reabilitação
das pessoas portadoras de deficiência e a promoção
de sua integração à vida comunitária;
° a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de têla provida por sua família, conforme dispuser
a lei.
° A Constituição quer que a Assistência Social seja
fator de transformação social, de integração e
inclusão na vida comunitária. O recebimento das
prestações assistenciais deve fazer com que o
assistido se torne Rmenos desigual" e possa exercer
atividades que lhe garantam a subsistência.

P<1:Q9;


4:01Q:==<.
° A LOAS definiu a assistência social como Política de
Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da
sociedade, soa com deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família,
con-forme dispuser a lei. para garantir o atendimento
às necessidades básicas.
@|  ˜
° ºo art. 204, a CF determina que o financiamento da
Assistência Social seja feito com recursos do
orçamento da seguridade social.

!|J!˜  I


° Além dos princípios constitucionais, deve-se
observar o disposto no art. 4° da LOAS: deve ser
garantido o respeito à dignidade do cidadão, à sua
autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade.
˜I%&˜ &˜
° O art. 5° da LOAS nos diz como deverá ser
organizada e gerida a Assistência Social: com a
descentralização político-administrativa, a
participação da população e a primazia da
responsabilidade do Estado na condução da política
de assistência social.
° D um sistema descentralizado e participativo.
° Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nas
suas respectivas esferas de atuação, coordenam e
executam os programas assistenciais. Arts. 12 a 15
da LOAS.
! %S2$%˜2!˜ 
!˜ ˜  Z|˜|
Benefício de Prestação Continuada - BPC
° Art. 203, V, CF: garante um salário mínimo de
benefício mensal à péssoa com deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família, conforme dispuser a lei.
° O benefício é concedido intuito personae, ou seja,
tem caráter personalíssimo.
° ºão tem natureza previdenciária e, por isso, não
gera direito à pensão por morte. Isso quer dizer que
a morte do beneficiário não gera direito algum à
Assistência Social para seus dependentes.
° Esse benefício também não gera "abono anual", ou
gratificação natalina, próprio dos benefícios
previdenciários.
° | +5A ser pessoa com deficiência ou idosa
com 65 anos ou mais, que comprove não possuir
meios de prover a própria manutenção nem de tê-la
provida por sua família. São requisitos cumulativos: a

-5ou a  
e a 

 
.
° "Pessoa com deficiência" para fins de BPC:
*  *' 
*



*

° Súmula 29 da Turma ºacional de Uniformização dos
!uizados Especiais Federais: "Para os efeitos do art.
20, f 2°, da lei 8.742, de 1993, incapacidade para a
vida independente não é só aquela que impede as
atividades mais elementares da pessoa, mas
também a impossibilita de prover o próprio sustento".
° Decreto n. 6.214/2007, art. 4°: define "*


-5ߏ
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-5
* *' 
*



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F

   
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° Pessoa idosa, na redação original da LOAS, era
aquela com 70 anos ou mais. O conceito foi alterado
pelo Estatuto do Idoso, que, para fins do BPC, fixou
a idade em 65 anos.
° O conceito de ß
 
ß para fins de
concessão do benefício está no f 3° do art. 20 da
LOAS: 3*7
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*B*
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0Q1 
..
° Esse dispositivo teve sua constitucionalidade
questionada no STF, por meio da Ação Declaratória
de Inconstitucionalidade - ADIn 1.232-1, cujo
fundamento foi a violação do disposto no art. 7°, IV,
da CF.
° A ADIn foi julgada improcedente, o que originou
interpretações no sentido de que o julgamento do
STF, no caso, não teria força vinculante.
° A questão ainda não está pacificada nem mesmo no
Supremo Tribunal Federal. Embora o Supremo ainda
mantenha o entendimento sobre a
constitucionalidade do f 3° do art. 20 da LOAS, já há
decisões ad-mitindo a comprovação da
miserabilidade por outros meios de prova (cf. decisão
da Min. Carmem Lúcia, proferida na Reclamação
3805/SP, publicada no D!U de 18-10-2006).
° ß@.ßA o conjunto de pessoas enumeradas no
art. 16 da lei 8.213, de 1991, que é o Plano de
Benefícios da Previdência Social. Porém, para que
se considerem integrantes do grupo familiar, essas
pessoas devem viver sob o mesmo teto porque se
presume que somente estes é que efetivamente
contribuem para o sustento do grupo.
° Esse benefício não é vitalício, tem revisão a cada
dois anos, para que seja apurado se o beneficiário
continua com as mesmas condições que deram
origem ao benefício. Se as condições se
modificarem, cessa o pagamento.
° |5A não há para benefícios de assistência
social.
° $ 
 
A o BPC tem renda mensal
de um salário mínimo, fixado no art. 203, V, da CF.
°  /
  'A a pessoa idosa ou com deficiência,
que não tenha condições de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, e
que não seja segurado ou dependente de segurado
da Previdência Social.
° O BPC não pode ser acumulado com qualquer outro
benefício no âmbito da seguridade social, salvo o de
assistência médica.
°  +
A só têm direito ao BPC os estrangeiros
naturalizados e domiciliados no Brasil, e que não
estejam amparados pelo sistema previdenciário do
país de origem.
°  /
 *'A é o IºSS que, embora seja
autarquia previdenciária, administra, concede de
paga o BPC. D no IºSS que se faz a perícia médica
para averiguação da condição de incapacidade ou
deficiência.

A    


    '

-A
° a) quando superadas as condições que deram origem
ao benefício;
° b) a morte do beneficiário ou da morte presumida,
declarada em juízo;
° c) em caso de ausência do beneficiário, judicialmente
declarada.


-.
'
 
° Auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja
renda mensal per capita for inferior a 1/4 do salário
mínimo (art. 22).
° ˜/
'A socorrer famílias de baixa renda quando
do nascimento ou morte de seus membros, atender
necessidades advindas de situações de
vulnerabilidade temporária.
° O auxílio por natalidade ou morte não teve
regulamentação até o momento. Mas não serão,
quando instituídos, de prestação continuada.
° Podem ser instituídos outros benefícios eventuais,
desde que voltados, prioritariamente, à
vulnerabilidade da criança, da família, do idoso, da
pessoa portadora de deficiência, da gestante, da
nutriz e nos casos de calamidade pública.
° 
'(A"Atividades continuadas que visem à
melhoria de vida da população e cujas ações,
voltadas para as necessidades básicas, observem os
objetivos, princípios e diretrizes que estabelece".
Prioridade à infância e à adolescência em situação
de risco pessoal e social, para cumprir o disposto no
art. 227 da CF e na lei 8.069, de 1990.
° Programas de Assistência Social e Projetos de
Enfrentamento da Pobreza.
° Programa de Combate à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, Programas de Atenção à
Pessoa Idosa, Programa Agente !ovem de
Desenvolvimento Social e xumano, Programa de
Complementação ao Atendimento Educacional
Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência
² PAED (consulte o site
www.desenvolvimentosocial.gov.br).
° Projetos de enfrentamento da pobreza (arts. 25 e 26
da LOAS): compreendem investimento econômico-
social nos grupos populares; sua finalidade é
subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que
garantam meios, capacidade produtiva e de gestão
para melhoria das condições gerais de subsistência,
elevação do padrão de qualidade de vida, a
preservação do meio ambiente e sua organização
social.
São exemplos de programas de enfrentamento da
pobreza:
° Programa Bolsa Família,
° Programa Fome Zero,
° Programa de Atenção Integral à Família,
° Programa Dinheiro Direto na Escola,
° Programa ºacional de Alimentação Escolar ²
PºAE.
˜  ˜[\ 
° |˜| ˜
° Art. 196, CF: a saúde é direito de todos e dever do
Estado e independe de filiação e de contribuição
para o seu custeio.
° O direito à saúde é direito subjetivo e nessa relação
jurídica o Estado é o sujeito passivo, ou seja, o
devedor da obrigação de socorrer todos os que se
encontrem em situação de ameaça de dano ou de
dano con-sumado à sua saúde.
° Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde): o dever do
Estado não exclui o das pessoas, da família, das
empresas e da sociedade.
° A saúde que se protege é a saúde física e mental.
° As ações e serviços de saúde são de relevância
pública, ou seja, a atuação do Estado deve ter
compromisso com a saúde da população.
° A proteção à saúde se efetiva com políticas públicas
sociais e econômicas, que visem reduzir o risco
"doença" e outros agravos.
° A prevenção do risco "doença" e de outros agravos
está inserida na etapa de promoção do direito à
saúde. São exemplos dessa etapa as campanhas de
vacinação, as campanhas para prevenção da
contaminação pelo vírus xIV etc.
° O serviço de assistência à saúde é serviço público.
Se não for prestado ou se for prestado de forma
insatisfatória, e disso resultar dano para o usuário,
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, para o Poder Público, +()


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° As prestações que garantem o direito à saúde têm a
natureza serviços, uma vez que não há previsão
legal para o pagamento de benefícios, de prestações
em dinheiro.

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° A execução dos serviços deve ser feita diretamente
pelo Poder Público ou por intermédio de terceiros e,
também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado.
° O art. 199 da CF permite a atuação da iniciativa
privada de forma apenas complementar.
° As ações e serviços de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, na forma do art. 198 da CF.
˜  \|˜ \ Y #@˜| ˜
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° O SUS é financiado com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de outras fontes. O
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° Esses serviços privados deverão ser estabelecidos
por contrato ou convênio, o que impõe a realização
de licitação, como você poderá estudar em detalhes
no Direito Administrativo ou fazendo o curso do
professor Antonio Gomes !r. aqui no SEºAI. A lei
8.080 deixa claro que na participação complementar
dos particulares deve-se dar preferência às
entidades filantrópicas e às sem fins lucrativos.
° Veja que regra importante é trazida pelo art. 26, f 4°,
da lei 8080: os proprietários, administradores e
dirigentes de entidades privadas que celebrarem
contrato ou convênio não podem exercer cargos de
chefia ou função de confiança dentro do SUS.
° A participação complementar da iniciativa privada na
prestação dos serviços de saúde tem natureza
jurídica de serviço público por delegação, razão pela
qual as empresas e seus dirigentes estão sujeitos à
lei 8.429/92. (Disciplina as sanções para os casos de
improbidade administrativa).
° Para fins penais, a jurisprudência do ST! também
tem considerado os médicos e administradores de
hospitais particulares participantes do SUS
funcionários públicos por equiparação.
˜ $˜
° O que se pretende é reduzir o risco doença e outros
agravos, a lei 8.080, no art. 5°, atribui ao SUS a
tarefa de identificar e divulgar os fatores
condicionantes e determinantes da saúde.
° A lei impõe ao SUS a formulação de política de
saúde, destinada a promover, nos campos
econômico e social, a inclusão das pessoas, da
família, das empresas e da sociedade nas atividades
de prestação desses serviços.
 #%S
° Estão relacionadas nos incisos l a XI do art. 6° da lei
8.080/90, das quais se destacam: execução de
ações de vigilância sanitária, de vigilância
epidemiológica, de saúde do trabalhador e de
assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica, formulação da política de
° medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e
outros insumos de interesse para a saúde e a
participação na sua produção, e formulação e
execução da política de sangue e seus derivados.
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° A vigilância sanitária é ß /  
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ß. A vigilância sanitária abrange
"o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da
produção a consumo", e "o controle da prestação de
serviços que se relacionam direta ou indiretamente
com a saúde".
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° A vigilância epidemiológica é ß /  

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° A saúde do trabalhador é ß /  

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° Existe direito subjetivo ao fornecimento de
medicamentos?
° O legislador e o administrador público têm de
observar o princípio da seletividade e distributividade
das prestações de seguridade social. ºos tribunais, a
questão tem sido reiterada-mente decidida em favor
do necessitado de tratamento, ao fundamento de
configurar direito à saúde, que é dever do Es-tado.
° A lei 9.313/96 dá direito subjetivo à distribuição
gratuita de medicamentos aos portadores do xIV e
doentes de AIDS, e o financiamento é feito com
recursos do orçamento da seguridade social da
União, dos Estados e dos Municípios.
 
 3 
,

° Existe direito subjetivo de exigir do Estado que
custeie tratamento médico no exterior?
° Para alguns, só existe direito subjetivo de assistência
à saúde mediante o custeio, por parte do Poder
Público, de tratamento médico no exterior, se houver
expressa previsão legal. ºa jurisprudência há grande
controvérsia a respeito.
| +* 
* 
° xá uma lei importante, a lei 9.797, de 1999, que dá
direito subjetivo a cirurgia plástica reconstrutiva às
mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial de
mama, decorrente de técnica de tratamento de
câncer. E até os planos privados de saúde estão
obrigados a prestar serviços de cirurgia plástica
reconstrutiva de mama, nessa hipótese.
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G#!  ˜2
IMUºOBIOLÓGICOS E OUTROS IºSUMOS DE
IºTERESSE PARA A SAÚDE E A PARTICIPAÇÃO
ºA SUA PRODUÇÃO. O MEDICAMEºTO
GEºDRICO
° Outra atribuição importante do SUS é a "formulação
da política de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos e outros insumos de interesse para
a saúde e a participação na sua produção".
° Atente para a lei 9.787/99, que estabeleceu o
"medicamento genérico", que foi definido como um
"medicamento similar a um produto de referência ou
inovador, que se pretende ser com este intercambiá-
vel, geralmente produzido após a expiração ou
renúncia da proteção patentária ou de outros direitos
de exclusividade, comprovada a sua eficácia,
segurança e qualidade, e designado pela DCB
(Denominação Comum Brasileira) ou, na sua
ausência, pela DCI (Denominação Comum
Internacional)".
@˜ #%&˜W|#%&˜ !˜J | 
## $ ˜
° Outra atribuição importante do SUS é a formulação e
execução da política de sangue e seus derivados.
Essa é uma questão importante quando se estuda o
direito à saúde, porque tem repercussão em todo o
sistema.
° O art. 199, f 4°, da CF deu à legislação ordinária a
competência para normatizar as condições e
requisitos que facilitem a coleta, o processamento e
transfusão de sangue e seus derivados, e proibiu
todo tipo de comercialização.
° A lei 10.205, de 2001 ² Lei do Sangue, regulamenta
a coleta, processamento, estocagem, distribuição e
aplicação do sangue, seus componentes e
derivados, estabelece o ordenamento institucional
indispensável à execução adequada dessas
atividades e dá outras providências. Estabeleceu
também a Política ºacional de Sangue,
Componentes e xemoderivados. E criou o Sistema
ºacional de Sangue, Componentes de
xemoderivados ² SIºASAº.
° As atividades hemoterápicas são objeto de
regulamentação rígida, e nem poderia ser diferente,
tendo em vista a sua importância. Essas atividades
só podem ser exercidas por órgãos e entidades com
autorização concedida, anualmente, em cada nível
de governo, pelo respectivo Órgão de Vigilância
Sanitária, de acordo com as normas fixadas pelo
Ministério da Saúde.
° Essa atividade é vinculada ao SUS, exercida e
fiscalizada nas três esferas de Poder. Por isso, todos
os entes públicos envolvidos são responsáveis
civilmente pêlos danos decorrentes de transfusões
de sangue contaminado.
 I|˜  #|˜
° Os serviços privados contratados e conveniados que
integrem o SUS também se submetem a esses
princípios e diretrizes.

| I%&˜
° O objetivo constitucional é a descentralização da
gestão do SUS. O SUS presta, diretamente, os
serviços, ou eles são prestados pela iniciativa
privada, de forma complementar. A organização
desses serviços, porém, é feita forma regionalizada e
hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
° ºo plano federal, o SUS é dirigido pelo Ministério da
Saúde; nos Estados e no Distrito Federal é a
respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente
que o dirige. E nos Municípios a direção é da
Secretaria Municipal de Saúde ou órgão equivalente.
° A comunidade também participa da gestão do SUS.
E isso acontece conforme o disposto na lei
8.142/1990. Essa lei criou duas instâncias colegiadas
em cada esfera de governo ² a Conferência de
Saúde e o Conselho de Saúde (art. 1°, l e II). B) A
AGʺCIA ºACIOºAL DE SAÚDE SUPLEMEºTAR
² AºS
° A AºS ² Agência ºacional de Saúde Suplementar é
autarquia especial, vinculada ao Ministério da Saúde,
criada pela lei 9.961/2000.
° Finalidade: ß!'

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° Das suas competências convém destacar:
estabelecer as carac-terísticas gerais dos
instrumentos de contratos utilizados pelas
operadoras; fixar critérios para o credenciamento e
descredenciamento de prestadores de serviço às
operadoras; estabelecer normas para ressarcimento
ao SUS; normatizar os conceitos de doença e lesão
preexistentes.
° E mais: estabelecer critérios, responsabilidades,
obrigações e normas de procedimento para garantia
dos direitos assegurados nos arts. 30 e 31 da lei
9.656/98, que é a lei dos planos de saúde;
estabelecer critérios gerais para o exercício de
cargos diretivos das operadoras de planos privados
de saúde; estabelecer critérios de aferição e controle
da qualidade dos serviços oferecidos por essas
operadoras; autorizar reajustes e revisões das
contraprestações pecuniárias dos planos de saúde;
autorizar o registro dos planos privados de saúde;
° Fiscalizar as atividades dessas operadoras; fiscalizar
o cumprimento das disposições da lei 9.656/98; e
aplicar as penalidades pelo seu descumprimento;
proceder à liquidação das operadoras que tiverem
cassada a autorização de funcionamento; e zelar
pela qualidade dos serviços de assistência à saúde
no âmbito da assistência à saúde suplementar.
° O art. 18 da lei 9.961/2000 instituiu a Taxa de Saúde
Suplementar, cujo fato gerador é o exercício, pela
AºS, do poder de polícia.
!˜ \ 
° A lei 9.656/1998 disciplinou as atividades das
Operadoras de Plano de Assistência à Saúde.
Atenção ao conceito: são pessoas jurídicas de direito
privado, constituídas sob a forma de sociedade civil
ou comer-cial, cooperativa, ou entidade de
autogestão, que operem produtos ou serviços de
Plano Privado de Assistência à Saúde.
° A Lei nos dá o conceito de Plano Privado de
Assistência à Saúde: "prestação continuada de
serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço
pré ou pós-estabelecido, por prazo indeterminado,
com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a
assistência à saúde, pela faculdade de acesso e
atendimento por profissionais ou serviços de saúde,
livremente escolhidos, integrantes ou não de rede
credenciada, contratada ou referenciada, visando a
assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser
paga integral ou parcialmente às expensas da
operadora contratada, mediante reembolso ou
pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do
consumidor".
° Veja a importância deste destaque: pessoas físicas
não podem operar Planos de Saúde. Porém,
pessoas físicas ou jurídicas residentes ou
domiciliadas no exterior podem constituir ou
participar do capital, ou do aumento do capital, de
pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sob
as leis brasileiras para operar esses planos.
° Para que a operadora de planos privados de saúde
possa ter autorização para funcionamento, deve
cumprir os requisitos do art. 8° da lei n. 9.656/98, dos
quais se destacam: registro nos Conselhos
Regionais de Medicina e Odontologia, conforme o
caso, nos termos do art. 1° da lei 6.839/80;
demonstração da capacidade de atendimento em
razão dos serviços a serem prestados;
demonstração da viabilidade econômico-financeira
dos planos oferecidos, respeitadas as peculiaridades
operacionais de cada uma das respectivas
operadoras; e especificação da área geográfica
coberta pelo plano de saúde.
° O encerramento das atividades também precisa
preencher alguns requisitos legais, previstos no f 3°
do art. 8°: comprovação de transferência da carteira
sem prejuízo para o consumidor, ou a inexistência de
beneficiários sob sua responsabilidade; garantia da
continuidade da prestação dos serviços dos
beneficiários internados ou em tratamento;
comprovação da quitação de suas obrigações com
os prestadores de serviços no âmbito da operação
de planos privados de assistência à saúde; e
informação prévia à AºS, aos beneficiários e aos
prestadores de serviços contratados, credenciados
ou referenciados, na forma e nos prazos a serem
definidos pela AºS.
° Os planos privados devem ter um conteúdo mínimo
de cobertura que os contratos devem fixar. E
conteúdo mínimo se denomina plano-referência de
assistência à saúde: cobertura assistência! médico-
ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e
tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil,
com padrão de enfermaria, centro de tera-pia
intensiva, ou similar, quando necessário internação
hospitalar, das doenças listadas na Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial
de Saúde, respeitadas as exigências mínimas
previstas no art. 12.
° ùuestão importante é a da existência de doença ou
lesão preexistente à celebração do contrato. ºesses
casos, a lei proíbe a exclusão de cobertura se o
contrato tiver sido celebrado há mais de 24 meses;
cabe à operadora provar que o consumidor ou
beneficiário tinha conhecimento da existência
daquela doença ou lesão.
° As normas gerais do Código Civil e do Código de
Defesa do Consumidor podem ser aplicadas de
forma complementar na interpretação das cláusulas
dos contratos desses planos de saúde.
° Durante a internação hospitalar, a lei proíbe, em
qualquer hipótese, a suspensão ou rescisão
unilateral do contrato.
° O consumidor não pode ser impedido de participar
dos planos em razão da idade ou de sua condição de
pessoa com deficiência.
° Com relação à variação das contraprestações
pecuniárias, a questão constantemente é levada aos
Tribunais. A lei diz que tudo deve estar
expressamente previsto no contrato, ou seja, deve
estar prevista a variação desses valores em razão da
idade do consumidor e também os percentuais de
reajuste incidentes em cada uma das faixas etárias,
conforme normas da AºS.
° As seguradoras podem operar nesse ramo de planos
privados de assistência à saúde, conforme a lei
10.185/2001. Porém, sua atuação deve ser
especializada nesse ramo de seguro, vedada a
atuação.
˜  !$ Z|˜|
° A expressão "sistema previdenciário" abrange dois
tipos de regimes: regimes públicos e regime privado.
° São regimes públicos: Regime Geral de Previdência
Social ² RGPS, o regime previdenciário próprio dos
servidores públicos civis e o regime previdenciário
próprio dos militares.
° O regime privado é a previdência complementar,
prevista no art. 202 da CF.
° Por ora, vamos tratar somente do Regime Geral de
Previdência Social.
|˜| ˜
° O conceito é dado pelo art. 201 da CF, na redação
dada pela EC n. 20/1998: "a previdência social será
organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observa-dos os
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial".
° O RGPS está regulado pela lei 8.212/91,
denominada de Plano de Custeio da Seguridade
Social e a lei 8.213, também de 1991, denominada
de Plano de Benefícios da Previdência Social. O
Regulamento das duas leis atualmente é Decreto n.
3.048, de 6-5-1999, denominado de Regulamento da
Previdência Social.
° Caráter contributivo: o regime previdenciário é
custeado pelo pagamento de contribuições, que
serão estudadas quando tratarmos do financiamento
da seguridade social. Somente quem contribui é
segurado da Previdência Social e, depois que
cumprir as respectivas carên-cias, terá direito aos
benefícios previdenciários.
° Equilíbrio financeiro e atuarial: as contribuições
previdenciárias formam um fundo destinado ao
financiamento das prestações. Esse fundo dever ser
administrado de tal forma que não se torne
deficitário. Todo pagamento deve ter seu custeio
garantido.
|!|˜  #|˜
° As contingências geradoras das necessidades que
terão cobertura previdenciária estão enumeradas nos
incisos l a V do art. 201: doença, invalidez, morte e
idade avançada; proteção à maternidade,
especialmente à gestante; proteção ao trabalhador
em situação de desemprego involuntário; salário-
família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda; e pensão por morte do
segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, observado o disposto
no f 2°, ou seja, a renda mensal de qualquer um
desses benefícios nunca será inferior a um salário
mínimo.
@
A
° CARRIOº, Valentim. Comentários a Consolidação
das Leis Trabalhistas. Editora Saraiva. 28ª Edição,
2004, São Paulo/SP.
° ºASCIMEºTO, Adriana Preti e outros. Coleção
Carreira !urídicas. Direito e Processo do Trabalho.
Editora R2 Learning. 1ª Edição. São Paulo/SP.
° OLIVEIRA, Aristeu. Cálculos Trabalhistas. Editora
Atlas. 12ª edição. 2003, São Paulo/SP
° SAºTOS, Marisa Ferreira dos. Coleção Carreira
!urídicas. Direito Previdenciário. Editora R2
Learning. 1ª Edição. 2009, São Paulo/SP;
° http://www.jurisway.org.br;

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