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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

A UTILIZAÇÃO DO LOTE ECONÔNIMO


DE COMPRA PARA AQUISIÇÃO DE
ITENS DE MAIOR
REPRESENTATIVIDADE: UM ESTUDO
EM ESTOQUE FARMACÊUTICO
Maycon da Silva Geronimo (CEUMA)
maycondasilva@hotmail.com
Aureo Luan Gomes Mesquita (CEUMA)
aureoluan@gmail.com
Eduardo Melo Ferreira (CEUMA)
eduardomelo.dx@gmail.com
Adamy Cesario de Sousa Pereira (CEUMA)
adamycesario@gmail.com
RIALBERTH MATOS CUTRIM (CEUMA)
RMCUTRIM@HOTMAIL.COM

Os estoques são ativos de grande importância para qualquer


organização, assim como também podem representar custos
significativos para qualquer empresa quando mal administrados.
Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo determinar o grau de
importância e os impactos causados pelo valor dos itens de maior
relevância, com foco na identificação de perdas, através da realização
de uma classificação ABC diretamente relacionada com o de estoque
de uma farmácia localizada em São Luís - MA. A metodologia adotada
consiste em um projeto de caráter qualitativo que por meio da
elaboração de uma pesquisa bibliográfica para construção de um
referencial teórico, que possibilitou determinar as técnicas para coleta
dos dados necessários e desenvolvimento de um plano para
configuração de tabelas e uso da ferramenta Curva ABC. A partir dos
resultados obtidos comprovou-se que a farmácia não possui um lote de
compra definido, onde após a realização do cálculo ABC e da
definição dos lotes econômicos de compra foi definido o ponto de
ressuprimento. Desta forma, o trabalho permitiu conhecer a
aplicabilidade dos conceitos de gestão que contribuem para uma
administração tanto eficaz quanto eficiente dos recursos, tomadas de
decisão em relação ao controle de gastos financeiros com os estoques.

Palavras-chave: Gestão de estoques. Curva ABC. Lote Econômico de


compra.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
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1. Introdução
Nos dias atuais as empresas buscam cada vez mais a consolidação no mercado de, buscando
sempre inovar em seus produtos e adotar métodos de gestão eficientes. Diante das tendências
mercadológicas e a atual instabilidade econômica vivenciada no Brasil, faz-se necessário que
as organizações obtenham métodos de gestão de estoque capazes de reduzir suas perdas.

Gestão de estoques, e o método Lote econômico de compra são sistemas eficientes, quando
utilizadas corretamente dentro dos estoques empresariais, uma vez que as mesmas auxiliam na
gestão de materiais, percebendo assim a importância dos estoques na empresa. De acordo com
Gonçalves (2013) o principal objetivo da gestão de estoques é assegurar que a demanda diária
de materiais que a organização necessitara para seu funcionamento, seja suprida a fim de
evitar a falta de material, ou eventuais paralizações.

Lojas do setor farmacêutico têm buscado uma gestão de estoque de qualidade visando a
minimização de custos dos mesmos, principalmente porque seus produtos têm prazo de
validade e tal informação deve ser considerada para evitar perdas de recursos estocados e,
consequente perda financeira.

Apesar das farmácias já trabalharem com sistemas informatizados que auxiliam no cadastro e
movimentação dos medicamentos, as perdas ainda são identificadas. Por isso vê-se a
necessidade de uma gestão aplicada e controle efetivo na busca da redução das perdas.
Considerando-se a relevância do tema abordado por este trabalho, o presente artigo tem como
problema de pesquisa: Como reduzir as perdas dos itens de maior representatividade dentro de
uma farmácia?

Tal questionamento requerer tanto uma revisão bibliográfica quanto a utilização de


mecanismos de observação ou coleta de informações capazes de permitirem que, a temática
investigada atinja o objetivo geral da pesquisa que é definir um lote econômico de compra
para os itens A da classificação ABC considerando os medicamentos com perdas registradas.

2. Referencial Teórico
Para que o presente artigo atinja seus propósitos, é necessário que se faça uma
contextualização acerca das teorias e artigos existentes cujo proposito será o de dar
consistência técnica-cientifica a este trabalho. Neste sentido, é requerido uma abordagem aos
seguintes temas: Gestão de Estoques; Curva ABC; Lote econômico de compra; Estoque x
Perdas; que, entende-se por ser o caminho para a análise do problema tratado neste artigo.
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2.1 Gestão de Estoques


Viana (2000) afirma que os estoques são formados por todo tipo de material ou produto
destinado à utilização da organização a fim de atender suas necessidades, para o
prosseguimento das operações, como a acumulação de materiais, sendo gerado pela falta de
exatidão na demanda.

Para Gonçalves (2013) a gestão de estoque é a parte da organização que tem por finalidade, a
responsabilidade do gerenciamento dos materiais, por meio de métodos de previsão de
consumo, buscando adequar os níveis de estoque, sem comprometer o produto ou serviço
prestado, com o menor custo possível, atendendo sempre as exigências dos clientes.
Demonstrando que a gestão vai muito além do que simplesmente controlar, abrange desde o
recebimento do material passando pelos demais processos, até a entrega do produto final ao
cliente.

2.2 Objetivos e funções da gestão de estoque


Dias (2010) afirma que o objetivo da gestão, é a otimização do capital investido, fazendo uso
eficiente dos meios financeiros disponíveis que a empresa possui, tornando mínimo possível à
necessidade de investimento em estoques. Para Viana (2000) os objetivos fundamentais da
gestão de estoque são:

 Impedir a entrada de materiais desnecessários, mantendo em estoque somente os de


real necessidade da empresa;
 Centralizar as informações que possibilitem o permanente acompanhamento e
planejamento das atividades de gestão;
 Definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de estoques,
determinando níveis de estoques respectivos (máximo, mínimo e segurança);
 Determinar, para cada material, as quantidades a comprar por meio dos respectivos
lotes econômicos e intervalos de parcelamento;
 Analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa, desenvolvendo estudos
estatísticos a respeito;
 Desenvolver e implantar política de padronização de materiais;
 Ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a materiais com variação
nos consumos tenham suas entregas aceleradas;
 Decidir sobre a regularização ou não de materiais entregue além da quantidade
permitida, portanto, em excesso;
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 Realizar frequentemente estudos, propondo alienação, para que os materiais obsoletos


e inservíveis sejam retirados do estoque.

2.2.1 A curva ABC no gerenciamento de estoques


Dias (2008, apud OLIVEIRA, 2011) afirma que é inegável a utilidade da aplicação do
princípio ABC aos mais variados tipos de análise onde se busca priorizar o estabelecimento
do que é mais ou menos importante num extenso universo de situações, e por consequência,
estabelecer-se o que merece mais ou menos atenção por parte da administração,
particularmente no que diz respeito às atividades de gestão de estoques.

No que tange a sua relevância à gestão, Dias (2010) afirma que o método de Pareto ou
classificação ABC é importante para o administrador, com ele é possível definir os itens que
mais necessitam de atenção, e que merecem um tratamento diferenciado quanto a sua
administração, sendo a mesma utilizada pela administração de estoques para definir uma série
de itens, como política de vendas, estabelecimento das prioridades, programação da produção,
e uma série de problemas.

Chiavenato (1999, p. 78) define as três classificações:

 Classe A: é constituída de poucos itens (de 15 a 20% do total de itens) que são
responsáveis pela maior parte (aproximadamente 80%) do valor monetário dos
estoques. São os itens mais importantes e que merecem uma atenção individualizada,
pela sua enorme quantidade ou valor monetário. O número de itens de classe A é
pequeno, mas o seu peso no investimento em estoques é enorme;
 Classe B: é constituída de uma quantidade média de itens (35 a 40% do total de itens)
que representam aproximadamente 15% do valor dos estoques. São os itens
intermediários, que tem relativa importância ao valor global dos estoques;
 Classe C: é constituída de uma enorme quantidade de itens (40 a 50% do total de itens)
que representam um valor desprezível (5 a 10%) dos estoques. São os itens mais
numerosos e menos importantes, pois respondem com pouca importância ao valor
global dos estoques.

O gráfico da curva ABC na imagem 1 demonstra a classe dos itens de acordo com o seu nível
de importância.
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Figura 1 - Curva ABC

Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2009)

Baseando-se na figura 1 e suas composições, Arnold (1999, p. 284) cita alguns passos que
devem ser seguidos para análise da curva ABC:

 Estabelecer as características do item que influenciam os resultados da administração


de estoques. Geralmente, torna-se a utilização em valores monetários, mas podem
também ser adotados outros critérios, como a escassez do material;
 Classificar os itens em grupos com base nos critérios estabelecidos;
 Aplicar um grau de controle que seja proporcional à importância do grupo.

2.3 Ponto de Pedido e Compras


Também conhecido como ponto de reposição ou ponto de ressuprimento, que é o tempo de
reposição do estoque, ou momento de realização do pedido, para Dias (2010, p. 45) é o tempo
gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a chegada do material no
almoxarifado da empresa.

Dias (2010) define a função compra como a parte fundamental da administração ou gestão de
materiais com a finalidade de garantir que as necessidades da organização sejam supridas com
materiais ou serviços, além de planeja-los e quantifica-los em valores monetários buscando o
menor custo de obtenção, na intenção de satisfazer a organização no momento certo com a
quantidade adequada, além de verificar o recebimento do material comprado e providenciar o
armazenamento do mesmo.

2.4 Decisões Sobre Estoques


Para Slack, Chambers e Johnston (2009) as organizações nos dias atuais, pedidos são
recebidos dos fornecedores a todo o momento, e serão consumidos pela empresa
gradativamente de acordo com a sua demanda de mercado, após isso são necessárias
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reposições de estoques, porem essa é uma atividade que requer por parte do gerente de
produção, decisões precisas. São elas, quanto pedir, quando pedir e como controlar o sistema:

 Quanto pedir: Está relacionada à quantidade de materiais que deve ser requerida pela
organização a fim de evitar desperdícios em estoque como falta de espaço nos
estoques e etc...
 Quando pedir: Está relacionado ao momento da realização do pedido de
reabastecimento de estoque, buscando pedir no memento certo, evitando assim algum
tipo de acumulo de estoques ou perdas relacionadas;
 Como controlar o sistema: está relacionada aos procedimentos e as rotinas que devem
ser implantadas e desempenhadas pela organização para um melhor gerenciamento de
estoques.

2.5 Perda em Estoques

Estoques bem administrados trazem consigo diversos benefícios, sendo que os estoques
geram custos para ser mantidos, uma má administração desses recursos poderia maximizar
esses custos de forma altíssima, para Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 362) existem seis
tipos de custo de estoque:

 Custo de colocação de pedido: toda vez que um pedido é colocado para reabastecer o
estoque, é necessário, transações que representam custo para a empresa.
 Custos de desconto de preços: Muitos fornecedores oferecem descontos sobre o preço
normal de compra para grandes quantidades.
 Custo de falta de estoque: Se errarmos a quantidades de pedido e ficarmos sem
estoque, haverá custos incorridos por nós, pela falha no fornecimento os nossos
consumidores. Se os consumidores forem externos, poderão trocar de fornecedor.
 Custo de capital de giro: quando colocarmos um pedido de reabastecimento, para os
nossos fornecedores, eles vão demandar pagamento de seus produtos. Quando
fornecemos para nossos próprios clientes, vamos, por nossa vez demandar
recebimentos. Por, todavia, haverá provavelmente um intervalo de tempo entre pagar
os fornecedores e receber de nossos clientes.
 Custo de armazenagem: São os custos associados à armazenagem física dos bens,
locação, iluminação e climatização do armazém, juntamente com seguro.
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 Custos de obsolescência: Quando escolhemos uma política de pedidos que envolvem


pedidos de quantidades muitos grandes, o que significará que os itens estocados
permanecerão longos tempos armazenados.

2.6 Lote Econômico de Compra (LEC)


Gonçalves (2013) define o lote econômico como uma quantidade de materiais a ser adquirido
pela organização no momento da compra do reabastecimento dos estoques, com foco
principal a minimização dos custos totais de aquisição, para o período determinado. Para
Correa (2001, apud CAVALCANTE, 2013) para o cálculo do lote econômico acontecer, são
analisados os respectivos custos envolvidos em um sistema de estoque, que são os custos de
armazenagem, os custos de pedido e os custos totais. Custos de armazenagem (Ca): para se
aferir o custo de armazenar um produto no estoque, o administrador deverá coletar as
despesas relativas à manutenção dos estoques como iluminação, mão-de-obra, manuseio, ou
seja, todos os gastos relativos à armazenagem devem ser considerados e somados.

Ainda para Correa (2001, apud CAVALCANTE, 2013) os custos totais de armazenagem
(CTA) são calculados multiplicando o estoque médio (EM) (dado pela quantidade pedida (Q)
dividida por dois) praticado pela empresa pelo custo unitário de armazenagem (CA) que é um
percentual sobre o preço de compra do produto, conforme a expressão 1.

(1)

Custos de pedido (Cp): o custo de pedido está diretamente associado ao processo de aquisição
das quantidades requeridas para realizar a reposição do estoque. No momento em que a
empresa despacha uma ordem de compra para seu fornecedor, são incorridos diversos custos
resultantes do processamento de pedido e de sua preparação.

Custo total (CT): o custo total da política de estoque é dado pela soma do custo de
armazenagem e do custo de pedir, conforme a expressão abaixo.

(2)
A fórmula para o cálculo do lote econômico de compra apresentada por Bowersox (2006,
apud CAVALCANTE, 2013) considera a demanda anual, os custos que envolvem o
pedido/aquisição do produto, os custos de armazenagem e o custo por unidade do item.

Tal fórmula é apresentada pela equação 3:

(3)
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Onde: Co = Custo de obtenção ou custo do pedido


D = Demanda anual do item
Ci = Custo anual de manutenção do estoque
U = Custo por unidade

3. Metodologia
Através do referencial teórico abordado neste estudo, foi permitido o direcionamento de
técnicas para a coleta de dados no setor farmacêutico das redes de lojas São Patrício, onde foi
possível desenvolver um estudo de caso com o estudo qualitativo, no local de estudo, fez se
um levantamento de dados e um levantamento das demais informações das quais se
necessitaria para o desenvolvimento do trabalho, pois o mesmo consiste em uma elaboração
de tabelas da com o uso da curva ABC, em prol de mensurar as perdas.

Após o levantamento dos dados da empresa, foi possível a elaboração de um gráfico da curva
ABC, definindo as mercadorias que mais geram custos com suas perdas, após a definição,
propôs-se a criação de um LEC daqueles identificados como sendo itens A

3.1 O Caso da Loja São Patrício


O presente artigo aborda um estudo de caso dentro do estoque de uma farmácia em São Luís,
mais especificamente no estoque dos antibióticos e dos controlados, essas duas classes de
remédios são estocadas separadas das demais, por possuírem uma classificação diferente dos
demais.

A empresa deste estudo é uma das filiais da rede de lojas São Patrício, que atua no setor
farmacêutico da cidade de São Luís – MA. A empresa São Patrício atua há mais de 30 anos no
ramo comercial, possuindo os setores de: farmacêutico, perfumaria, papelaria e cosméticos.
Atualmente, contam com mais de 5 (cinco) lojas na cidade, oferecendo diversos produtos e
serviços.

3.2 Aplicação da Curva ABC


O método da curva ABC foi utilizado no presente estudo, com o intuito de identificar os
remédios que mais causavam prejuízos à organização quando perdidos. Após a realização do
cálculo e a criação do gráfico. Tem se o seguinte gráfico com o padrão 60%, 20%, 20%. De
acordo com a planilha de remédios (APÊNDICE A).

Os remédios que foram usados nos cálculos da curva ABC e do lote econômico de compra,
foram os itens listados como itens A de importância, que juntos somavam R$ 4.361,09 reais
de prejuízo à empresa mês após mês, como se observa no gráfico 1.
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Gráfico 1 - Curva ABC dos itens classe A

Fonte: Os autores

3.3 Cálculo do Lote Econômico de Compra


Para o cálculo do LEC será utilizada a equação 3 já apresentada.

O custo de pedido (Cp) foi obtido dividindo-se o valor do salário da gerente que faz o pedido
que é de R$ 2.200,00 por 160 horas trabalhadas em um mês, chegando ao valor de R$13,75.
Em seguida dividiu-se por 4, pois se leva 15 minutos para efetuar um pedido, ou seja ¼ de
hora, chegando ao valor de R$ 3,43.

Demanda Anual (D) obtida através do controle de estoque com a entrada e saída dos materiais
em um ano, como se observa na tabela 1.

Tabela 1. Demanda anual e valor unitário

Medicamento (caixas) Demanda anual (Unidades) Valor Unitário


Leponex 524 R$ 272,59
Revia 516 R$ 339,00
Clavulin 460 R$ 112,43
Olcadil 400 R$ 56,00
Liryca 436 R$ 132,00
Zetron 402 R$ 112,94
Depaxan 390 R$ 97,10
Sigma 376 R$ 92,44
Kollagenase 358 R$ 52,34
Cefalcor 342 R$ 76,43
Fonte: Os autores

Custo anual de manutenção de estoque (Ci): Este item é trabalhado em porcentagem na


aplicação da fórmula. Como o espaço é de propriedade da farmácia e não se paga aluguel por
ele, este valor de custo anual de manutenção foi encontrado considerando o custo de
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oportunidade do medicamento estocado. Para o cálculo do custo financeiro considerou-se a


média da taxa básica de juros praticada no mercado brasileiro nos meses de julho e agosto do
ano de 2015. A tabela 2 foi gerada para a obtenção do custo financeiro dos remédios, para a
conclusão do LEC.

Tabela 2 - Custo financeiro

Taxa Selic
Medicamento Valor Unitário 12 meses Custo Financeiro
(1%a.m)
Leponex R$ 272,59 1,00% 12 R$ 32,71
Revia R$ 339,00 1,00% 12 R$ 40,68
Clavulin R$ 112,43 1,00% 12 R$ 13,49
Olcadil R$ 56,00 1,00% 12 R$ 6,72
Liryca R$ 132,00 1,00% 12 R$ 15,84
Zetron R$ 112,94 1,00% 12 R$ 13,55
Depaxan R$ 97,10 1,00% 12 R$ 11,65
Sigma R$ 92,44 1,00% 12 R$ 11,09
Kollagenase R$ 52,34 1,00% 12 R$ 6,28
Cefalcor R$ 76,43 1,00% 12 R$ 9,17
Fonte: Os autores
Depois que todos os valores para a obtenção do cálculo já foram levantados de acordo com a
tabela 2, efetuou- se o cálculo do lote econômico de compra para cada item classificado como
classe A. Sendo assim, a tabela 3 demonstra os resultados após a aplicação obtidos.

Tabela 3. Custo financeiro

Medicamento LEC (caixas)


Leponex 4
Revia 3
Clavulin 5
Olcadil 7
Liryca 5
Zetron 5
Depaxan 5
Sigma 5
Kollagenase 7
Cefalcor 6
Fonte: Os autores
Como observa-se na tabela 3, é possível identificar para cada item o seu Lote Econômico de
Compra, baseando-se na demanda anual e nos custos que o envolvem.

4. Análise e Discussão dos Dados


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O estudo de caso abordado foi realizado com o intuito de reduzir as perdas ocorridas no
estoque farmacêutico, levando em consideração somente os remédios controlados e os
antibióticos da farmácia.

No início de cada mês o sistema gera um relatório com os antibióticos e com os remédios
controlados que estão vencendo e que precisam ser removidos do estoque, baseado nessas
perdas viu-se a necessidade de ter um maior controle sobre esses remédios buscado a
diminuição dessas perdas.

O presente estudo fez um levantamento desses dados, após o levantamento foi aplicado o
método da curva ABC, muito utilizada em estoques para saber os itens mais importantes. No
estudo a curva ABC foi utilizada para identificar os remédios que mais causaram prejuízos
nos meses de julho e agosto, para depois ser traçado um lote econômico de compra para esses
remédios.

Como proposta deste estudo fez se a classificação ABC nos remédios que venceram nos
estoques, depois foi selecionada, os itens de classe A mostrados no (APÊNDICE A), onde
somente os itens da classe A representaram 60% do prejuízo total causado a organização,
depois se propôs a formulação do lote econômico de compra para esses itens.

Os remédios utilizados no presente estudo são antibióticos e controlados onde os mesmos se


encontram em estoque especial somente para essas duas categorias,

Depois da realização da curva ABC foi verificado demanda, prazos de entrega, preços
unitários, custos de armazenagem e de pedido elaborando assim o lote econômico de compra
para cada item listado como classe A na curva ABC (APÊNDICE A)

Após a aplicação do LEC, chegou-se à conclusão que a empresa farmacêutica no momento do


pedido, não leva em consideração variáveis como o ponto de pedido (Pd) ou estoque de
segurança (Es). Visando tornar completa a análise na farmácia após o cálculo do LEC
calculou-se também o estoque de segurança e o ponto de pedido para cada um dos itens A.

De acordo com a demanda diária de cada remédio, a sugestão é que, os remédios com
demanda diária de duas caixas, que são Olcadil, Cefalcor, Sigma, Depaxan e Clavulin seja
adquirido a cada 4 dias e o Olcadil, a cada 6 dias. Para os com demanda de uma caixa por dia
que são Kollagenase, Liryca, Zetron, Leponex e Revia recomenda-se que sejam comprados a
cada 5 dias respectivamente.

5. Conclusão
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O presente artigo estudou dez itens de um estoque farmacêutico, classificados como A na


curva de Pareto, observando o custo gerado por cada um, após a aplicação da curva ABC e da
aplicação do LEC podemos observar seu nível de importância e a quantidade a ser comprada
de cada um. O elevado preço dos antibióticos e controlados estudados no presente artigo pede
atenção à sua gestão, pois são caros e suas perdas causam altos prejuízos.

Uma empresa que decide investir em níveis elevados de estoques deve ter em mente o perigo
que está correndo, o gestor de materiais deve através de métodos conhecidos como a curva
ABC e o lote econômico de compra minimizar as perdas e o capital investido nesses estoques.

Através de uma análise ABC, os administradores podem verificar os itens em estocados com
mais precisão, o otimizando e reduzindo os custos, através do cálculo do LEC podemos
calcular a quantidade ideal de materiais a ser comprada pela organização, essas duas
ferramentas alinhadas permitem a organização manter um ótimo nível de estoque, e redução
dos custos gerado pelo estoque.

6. Referências

ARNOLD, T. J. R. Administração de Materiais: uma introdução. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

CHING, H. Y. Gestão de Estoques: na cadeia de logística integrada. 2. Ed. Atlas, São Paulo: Atlas, 2001.

CAVALCANTE, W. R. Determinação do Lote econômico de compras dos produtos classe A de uma papelaria.
Belém, Universidade da Amazônia.

DIAS, M. A. Administração de Materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

GONÇALVES, A. A. Otimização de Farmácias Hospitalares: eficácia da utilização de indicadores para gestão de


estoques. Fortaleza. XXVI ENEGEP. 2015.

OLIVEIRA, C. M. Curva ABC na Gestão de Estoques. São Paulo. III Encontro científico e simpósio Unisalesiano.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SILVA, A. C. da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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APÊNDICE A – Classificação dos remédios na curvaJoinville,
ABC SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

Item Quantidade Custo Unitário $ Valor Percentual Percentual Class


(caixas) individual Acumulado e
Leponex 3 R$ 272,59 R$ 817,77 11% 11% A
Revia 50 Mg 2 R$ 339,00 R$ 678,00 9% 20% A
Clavulin 400 Mg 5 R$ 112,43 R$ 562,15 8% 28% A
Olcadil 4 Mg 9 R$ 56,49 R$ 508,41 7% 34% A
Lyrica 75 Mg 3 R$ 132,11 R$ 396,33 5% 40% A
Zetron 150 g 3 R$ 112,94 R$ 338,82 5% 44% A
Depaxan 20 Mg 3 R$ 97,10 R$ 291,30 4% 48% A
Sigma 3 R$ 92,44 R$ 277,32 4% 52% A
Kollagenase 5 R$ 52,34 R$ 261,70 4% 55% A
Cefalcor 75 Mg 3 R$ 76,43 R$ 229,29 3% 58% A
Claritromicina 500 Mg 2 R$ 114,42 R$ 228,84 3% 61% B
Cefalexina 50 MG 5 R$ 41,85 R$ 209,25 3% 64% B
Novamox 875 Mg x 20 2 R$ 103,48 R$ 206,96 3% 67% B
Pyloripac 30 Mg 1 R$ 158,00 R$ 158,00 2% 69% B
Alprazolam 1,0 Mg 3 R$ 49,91 R$ 149,73 2% 71% B
Cebrilin 10 Mg 2 R$ 67,86 R$ 135,72 2% 73% B
Cefadroxil 50 Mg 3 R$ 44,79 R$ 134,37 2% 75% B
Azitromicina 40 Mg/ml 3 R$ 41,17 R$ 123,51 2% 76% B
Cremederme o,5 mg 6 R$ 20,00 R$ 120,00 2% 78% B
Tegretol 200 g 2 R$ 58,65 R$ 117,30 2% 80% B
Pamelor 50 Mg 2 R$ 58,33 R$ 116,66 2% 81% C
Tamiram 500 Mg 1 R$ 113,19 R$ 113,19 2% 83% C
Bromazepam 7 R$ 16,00 R$ 112,00 1% 84% C
Pondera 20 Mg 2 R$ 52,04 R$ 104,08 1% 86% C
Amoxicilina 500 Mg 3 R$ 34,51 R$ 103,53 1% 87% C
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

Keflex 500 Mg 2 R$ 51,73 R$ 103,46 1% 88% C


Livepax 500 Mg 3 R$ 29,75 R$ 89,25 1% 90% C
Exodus 20 mg 1 R$ 84,78 R$ 84,78 1% 91% C
Novocilin 5 R$ 15,12 R$ 75,60 1% 92% C
Novamox 875 Mg x 14 1 R$ 75,23 R$ 75,23 1% 93% C
Somalium 6 Mg 2 R$ 34,81 R$ 69,62 1% 94% C
Biamotil 3,5 Mg/g 3 R$ 22,11 R$ 66,33 1% 94% C
Cefadroxila 500 Mg 2 R$ 33,00 R$ 66,00 1% 95% C
Amoxilina 400 Mg 2 R$ 31,74 R$ 63,48 1% 96% C
Clonazepam 8 R$ 7,92 R$ 63,36 1% 97% C
Ampicilina 50 Mg 2 R$ 28,00 R$ 56,00 1% 98% C
Pondera 15 Mg 1 R$ 44,56 R$ 44,56 1% 98% C
Assert 25 Mg 1 R$ 44,03 R$ 44,03 1% 99% C
cefalixina 50 Mg 1 R$ 41,85 R$ 41,85 1% 100% C
Azi 500 Mg 1 R$ 38,49 R$ 38,49 1% 100% C
R$ 7.476,27

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