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Barreiras e transposições: percalços e percursos de docentes nas práticas educativas

ambientais.

A pesquisa envolveu os sentidos atribuídos por docentes de Geografia sobre a


Educação Ambiental (EA). Vamos expor algumas dificuldades apontadas para a realização
desta prática educativa. As posturas d@s professor@s a respeito das informações,
dificuldades e demandas não são descontextualizadas. São vinculadas aos valores que são
produzidos e reproduzidos, socialmente, por tais sujeitos, nos diferentes cotidianos. Buscam
torná-los familiar e inseri-l@s nas discussões circulantes em seus cotidianos. Intentamos
apreender não somente aspectos específicos das inserções, enquanto professor@s de um
saber específico, a Geografia. Temos docentes com contextos variados, respondendo a
demandas que se ampliam e se tornam mais complexas. Procuramos captar como as
práticas incorporadas ou não, em seus espaços-tempos-relações, são potencializadas ou não,
em instituições nas quais estão inseridos. As análises não desconsideram que aquilo que @s
professor@s propuseram ou falaram não foram impressões isoladas. As indicações e falas
são feitas no social e só se fazem nas relações com @ outr@. (1089)

(3750)

Quanto aos instrumentos de pesquisa, optamos por questionários e entrevistas. Eles


têm características próprias, mas permitiram uma aproximação gradativa do objeto e dos
sujeitos estudados. Os questionários possibilitaram, de forma mais extensiva, captar
informações, opiniões, valores, normas, modelos e outros aspectos dos indivíduos na
diversidade de seus meios. Intentamos compor um instrumento com o predomínio de
questionamentos fechados, mas a formulação estratégica de algumas questões abertas fez-
se necessária, servindo de subsídio para a etapa seguinte complementada pelas entrevistas.
Informações sobre a profissão, a postura enquanto educad@r, as impressões sobre a EA
refletem valores, modelos e símbolos dos sujeitos. A caracterização da população a ser
pesquisada é fundamental e o instrumento do questionário, refletindo os contextos nos
quais a mesma se constitui, é suporte rico neste momento. Conseguimos investigar com o
questionário noventa e um@ (91) professor@s de Geografia. O outro instrumento de
campo que possibilitou captar mais profundamente as representações d@s professor@s de
Geografia foi a entrevista. Ela serviu para aprofundar e esclarecer as ações, discursos,
possíveis contradições, propostas, valores e normas. Foram entrevistas conversacionais,
gravadas com a concordância dos sujeitos, na quais mantemos uma interação com base no
cotidiano d@ entrevistad@. Embora tenhamos um objeto a ser pesquisado, estamos abertos
ao que diz @ entrevistad@, apoiando os caminhos percorridos pel@ mesm@ nas
inferências que se aproximam ou se afastam do objeto, sem perder a riqueza de que esta
construção livre traz indícios dos valores que norteiam os processos inerentes às
representações d@s mesm@s a cerca do objeto. Permitiu também, ultrapassar alguns
limites existentes nas informações obtidas pelos questionários ao possibilitar maior
espontaneidade aos sujeitos. Além disso, o contato face a face facilitou a flexibilização e a
perspectiva de obtenção de indícios verbais e não-verbais, assim como, de informações
menos “frias” e mais detalhadas, mais aproximadas das práticas efetuadas pelos sujeitos.
Não nos baseamos na quantidade de entrevistas, na exaustão do número de entrevistados,
mas na qualidade das pistas e dos esclarecimentos sobre os valores, normas e práticas que
interferem nas idéias e pensamentos que norteiam ações d@s professor@s em relação à
EA. As entrevistas foram realizadas pela interação de sujeitos, que não se negam em seus
papeis. O entrevistador é aquele que não sabe e quer compartilhar com aquel@ que sabe
algo, aquel@ que se propõe a compartilhar daquilo que sabe, enquanto entrevistad@. Estas
entrevistas foram analisadas a partir da leitura exaustiva do material, e a leitura confronta e
complementa os aspectos advindos do instrumento do questionário. A análise realizada foi
compreensiva e criativa. Não buscou colocar em “formas” os indícios e informações
obtidas dos sujeitos. Deste modo, mais dez (10) entrevistas, com quarenta e cinco (45) a
sessenta (60) minutos de duração média (tempo regulado pelas respostas dos sujeitos),
foram realizadas com os sujeitos e se integram ao instrumental da pesquisa ora proposta.
Pensamos que os processos de cooperação e de luta, inerentes à vida cotidiana promoverão
continuamente interações e comunicações, reivindicando a consciência do outro e ações
intersubjetivas. A atribuição de significados aos processos e contextos, como por exemplo,
os do meio ambiente, ocorre a partir da experiência cotidiana do lugar/espaço onde se vive,
ao que Fischer (1994) denominou espaço de vida. Cabe também que entendamos as
práticas dess@s profissionais como uma combinação das possibilidades e impossibilidades
inerentes aos seus cotidianos. (3749)

(3750)

A maioria dos professores demonstrou interesse em participar de grupos de


discussão a respeito da EA. Há uma lacuna entre o desejo e a possibilidade de investimento
para sua efetivação, tendo em vista que, pelo menos para o grupo em questão, o espaço-
tempo do ensino formal, é o mais aproveitado e concretizado para grupos e projetos em EA.
Além de buscarmos reconhecer os empecilhos encontrados para a realização de tais
projetos, solicitamos que todos os pesquisados apontassem as dificuldades apresentadas
pelas instituições para o desenvolvimento de projetos relacionados à área. Questionamos os
docentes a respeito dos transtornos encontrados nas instituições que, no seu entender,
possuem projetos em EA. A dificuldade com a mobilidade dos alunos foi uma das situações
indicadas. Tal situação associa-se, principalmente, ao contexto do trabalho de campo ou do
estudo do meio, nos quais a saída extraclasse não se resume ao ato de sair em si. Contudo,
esta dificuldade não é uma das mais significativas. Se, por um lado, pode haver uma
articulação sólida nas instituições que desenvolvem a prática do estudo do meio, de tal
modo, que a mesma não consista em um aspecto que entrave projetos ou discussões sobre a
prática educativa ambiental, por outro, há a possibilidade de que os projetos praticados nas
instituições de ensino, não tenham como prática a saída a campo. Outra situação apontada,
diz respeito à falta de engajamento, participação, clareza, conhecimento e entendimento
centrados na figura do professor, o que surge como uma crítica dos docentes aos seus
parceiros institucionais e, ao nosso ver, sobre si mesmos, enquanto pertencentes à equipe de
professores componentes destas instituições. Neste caso, a falta de engajamento, ora
prejudica a atuação em projetos coletivos, ora é resultado do desconhecimento e da falta de
entendimento sobre o tema, gerando impacto negativo sobre os projetos em EA. A
implantação e a execução de projetos coletivos são também elementos destacados pelos
sujeitos, como dificuldades advindas das experiências institucionais em projetos de EA.
Nas instituições que desenvolvem projetos em EA, os que são realizados de forma
individual se apresentam em quantidade bastante próxima aos executados por equipes
disciplinares. As duas formas, somadas, aproximam-se dos valores registrados em projetos
realizados por equipe inter/multidisciplinar. Todavia, cabe ressaltar, que mais da metade
dos projetos é executada de forma inter/multidisciplinar, demonstrando um possível avanço
na integração entre diferentes sujeitos, nas instituições de ensino, para realização da EA,
afirmando uma característica básica da EA: seu caráter inter/multidisciplinar. Os
professores também destacaram a falta de tempo, de informação e engajamento como
características que dificultam a constituição desses projetos. Neste caso, os professores
explicitaram de forma mais direta o que lhes falta, gerando impacto sobre a possibilidade
de consolidação dos projetos coletivos. A falta de engajamento ora verificada não é uma
causa, mas sim, uma decorrência da falta do tempo e de (in)formação para o trabalho
docente com a EA. Também foram apontados pelos sujeitos aspectos relacionados à falta
de recursos materiais e humanos e do apoio institucional necessário ao desenvolvimento de
projetos em EA, nas instituições de ensino que possuem tais iniciativas. Verificamos que
não são todas as instituições que conferem apoio aos projetos em EA existentes. Os
problemas registrados não são exclusivos ou excludentes, mas podem ocorrer de forma
combinada em algumas instituições. Isto nos faz crer que as dificuldades encontradas pelos
sujeitos em relação ao desenvolvimento de projetos institucionais em EA não são poucas.
(3745)

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Os docentes não se colocam à parte dos problemas. Identificamos que alguns têm interesse
em se engajar efetivamente em projetos de EA e que, também, reconhecem os obstáculos
na execução dos projetos que, ao serem expressivos nas indicações dos professores têm que
ser superados ou diminuídos, em prol da participação em outros projetos de interesse
coletivo. Para os sujeitos em questão já existem indicações de participações de 22 deles em
projetos institucionais. Se considerarmos que 69 professores manifestaram predisposição de
se engajar, coletivamente, em discussões e projetos de EA, concluímos que há potencial
para, ao menos, triplicar a participação deles nas práticas docentes voltadas para a área. Tal
ação não se faz sem que investiguemos os problemas mais sentidos nas diferentes
realidades cotidianas, haja vista que os mesmos podem se distinguir ou se combinar. Mas se
há a pretensão de concretizar experiências duradouras em EA, tais discussões não podem
ser ignoradas. As dificuldades relacionadas à falta de tempo, horários e espaços são
evidenciadas entre os professores que realizam seu maior nível de atuação no ensino básico,
embora também sejam apontadas pelos que atuam no nível superior. Porém, foi no ensino
fundamental que as questões de falta de tempo, horários e espaços se fizeram mais
presentes. Com as peculiaridades de cada sujeito entrevemos, nas entrevistas, indícios do
reconhecimento de uma sobrecarga de trabalho que automatiza as ações, esvaziando-as da
prática reflexiva e prazerosa. O discurso oficial proclama a irresponsabilidade ou o
descompromisso dos profissionais que não se envolvem como as ações das escolas. As
narrativas dos professores, ainda que não explicitando uma crítica organizada, permitem
captar os antagonismos dos sujeitos. A viabilidade de projetos e experiências em EA
precisa considerar as condições institucionais, com a criação de espaços-tempos para
encontros e desenvolvimento dos projetos. A prática educativa ambiental é mais que uma
simples soma de tarefas; transforma-se num amplo projeto. Ações isoladas não configuram
EA que, como projeto, deve possibilitar aos sujeitos atividades e ações tecidas sobre o
mundo vivido, não se resumindo a um programa curto e, por sua vez, exigindo
continuidade, persistência e interações múltiplas. (2309)

Sem o que está assinalado em amarelo, 2072 caracteres.

Agora, acho que é preciso eleger o que pode ser retirado, sem prejuízo para o que vc quer
apresentar. Sinto-me limitada para fazer isso...

(1100)

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