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SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS)

Os trabalhos de campo, seja para fins cartográficos ou para o levantamento

e/ou monitoramento dos recursos terrestres, sempre foram uma das etapas mais

dispendiosas no processo de mapeamento. A manutenção de equipes de trabalho

em campo tem um custo relativamente alto. A entrada em operação comercial do

sistema GPS no início da década de 90, veio agilizar os trabalhos de campo, seja

na construção cartográfica, seja para o posicionamento instantâneo em ‘in loco’.

Os processos convencionais de transporte e determinação de coordenadas,

triangulação e poligonação geodésicas, determinações astronômicas de posição,

etc., podem ser substituídos por um sistema baseado em plataformas orbitais que

transmitem sinais de navegação continuamente, permitindo a obtenção das

coordenadas tridimensionais de um ponto (latitude, longitude e altitude) de forma

mais rápida e precisa que os convencionais. Esta ferramenta reduz o tempo de

duração dos trabalhos de campo e, consequentemente, os seus custos. Esta

redução de tempo/custo viabilizou uma enorme gama de tarefas, até então

inviáveis de serem executadas.

O programa do sistema de satélites NAVSTAR – GPS (NAVigation System

with Time And Ranging Global Positioning System) começou em 1973 quando as

forças armadas dos Estados Unidos e o DMA (Defense Mapping Agency)

combinaram recursos tecnológicos para desenvolverem um sistema de navegação

de alta precisão baseado em satélites. O sistema cresceu após extensas

pesquisas que contemplaram os fins militares mas também foram acrescidos


dispositivos para uso na navegação civil, sendo possível utilizá-lo em qualquer

lugar na Terra ou próximo de sua superfície, independente das condições do clima

e durante as 24 horas do dia, para um número ilimitado de usuários (ARINC

Research Corporation,1991). O sistema GPS permite ao usuário a obtenção de

seu posicionamento (latitude, longitude e altitude) em tempo real. Conceitualmente

entende-se por “posicionamento” a determinação de posições de objetos móveis

ou estacionários (Silva, 1990), sendo possível ao usuário determinar sua trajetória,

velocidade, tempo estimado para a chegada à um determinado ponto, etc..

O sistema GPS é composto basicamente por três segmentos: o espacial, de

controle e de usuários (Figura 1) e que serão caracterizados a seguir.

Figura 1: Sistema GPS


Fonte: (ARINC Research Corporation,1991)
SEGMENTO ESPACIAL

O segmento espacial é composto por uma constelação de 24 satélites,

específicos do sistema, e distribuídos em 6 planos orbitais, 4 satélites por órbita,

inclinação entre si de 55°, altitude aproximada de 20.000 Km em um período de

revolução de 12 horas siderais, o que faz com que a configuração dos satélites se

repita a cada dia em um mesmo local 4 minutos mais cedo. Esta configuração

assegura uma cobertura mínima de pelo menos 4 satélites, que em qualquer parte

do planeta (excetuando-se algumas regiões polares) a qualquer hora das 24 horas

do dia.

A função do segmento espacial dentro do sistema é transmitir os sinais de

navegação GPS, de forma contínua e permanente. A figura 2 mostra a distribuição

das órbitas dos satélites:


Figura 2: Órbitas dos Satélites GPS
Fonte: (ARINC Research Corporation, 1991)

A figura 3 ilustra os satélites GPS:

Figura 3: Satélites GPS


Fonte: (ARINC Research Corporation, 1991)
SEGMENTO DE CONTROLE

O segmento de controle é responsável pela manutenção do segmento

espacial. Sua principal função dentro do sistema GPS é a atualização das

mensagens de navegação transmitidas pelos satélites, sendo que, para atingir

este objetivo, o segmento de controle é constituído por cinco estações de

monitoramento, localizadas em Ascencion, Colorado Spring, Diego Garcia,

Kwajalein e Hawaii. Estas estações rastreiam continuamente todos os satélites

visíveis e os dados coletados são transmitidos para a estação de controle mestre

(Master Control Station), em Colorado Spring, EUA, onde eles são processados e

é testada a sua confiabilidade. Eventuais correções são realizadas considerando-

se dados de efemérides e dos relógios dos satélites. As atualizações são

transferidas aos satélites para que possam ser transmitidas aos usuários (IBGE,

1993). A figura 4 ilustra a distribuição das estações de controle GPS.


Figura 4: - Distribuição do Segmento De Controle GPS na Terra
Fonte: ARINC Research Corporation, (1991).
SEGMENTO DE USUÁRIOS

O segmento de usuários é composto por dois grupos distintos, que são os

usuários militares e os usuários civis. Os usuários militares, naturalmente, são as

forças armadas norte americanas e seus principais aliados. Sobre eles

praticamente não se dispõe de informações.

Os usuários civis podem ser divididos em dois grupos que são: os que

utilizam o sistema para a navegação e os que o utilizam para cartografia.

Naturalmente, os modelos de receptores de sinais GPS e softwares

disponíveis no mercado, são direcionados para estes dois grupos, sendo também

variada a gama de preços desses equipamentos, que podem oscilar de R$ 450,00

para um modelo mais simples destinado à navegação, até R$ 90.000,00 para um

conjunto geodésico de alta precisão. Interessante ressaltar que todos estes

receptores, independentemente de sua destinação ou precisão, são popularmente

conhecidos como ‘GPS’.

Figura 5: Receptor GPS de levantamento topográfico


A estrutura dos sinais de navegação transmitidos pelos satélites GPS é

constituída na modulação de dois códigos, um de uso civil (C/A) e outro de uso

militar (P e/ou Y), em duas ondas portadoras denominadas de L1 (freqüência de

1575,42 mhz) e L2 (freqüência de 1227,60 mhz).

O código de uso civil (C/A, Coaser Aquisition code) é modulado na onda

portadora L1, enquanto o código de uso militar (P e/ou Y, Precision code) é

modulado em ambas as portadoras. O código militar, além de ser secreto, é

criptografado por uma técnica denominada de ‘Anti-Spoofing’ (AS), que veda o

acesso à ele. Já o código de uso civil (C/A) é de acesso livre, porém seus dados

são menos precisos que os do código militar (P e/ou Y).

Mesmo assim, segundo alguns relatos técnicos, a precisão alcançada no

posicionamento com o uso do código C/A alcançam resultados considerados

acima do limite planejado para o uso civil, pois sendo um sinal aberto teoricamente

pode servir à orientar um ataque inimigo. Provavelmente por este fato foi

implementada uma degradação proposital nas informações contidas nos sinais de

navegação do código C/A, conhecida como ‘SA – Selective Availability’, que

diminui a precisão em níveis considerados seguros pelos americanos. Existe a

promessa do governo norte-americano de se desativar o SA nos próximos anos.

As coordenadas geocêntricas do receptor (Latitude, Longitude e Altitude)

são calculadas por recessão espacial a partir do sinal de três ou mais satélites

recebidos simultaneamente. A figura 6 ilustra o processo de recessão espacial,

onde a recessão das esferas proporciona dois resultados matemáticos, um estaria

na superfície terrestre ou próximo e o outro no espaço.


Figura 6: Configuração do processo de recessão espacial

Como a precisão conseguida com o código C/A tem uma incerteza de

aproximadamente 100 metros, (IBGE, 1993) a comunidade geodésica civil

desenvolveu técnicas de posicionamento relativo (ou diferencial), conhecidas

como DGPS, para a obtenção de resultados de precisão no posicionamento.

Existem algumas variações destas técnicas, que apresentam diferenças na

qualidade dos resultados atingidos, mas todas baseiam-se no emprego de dois ou

mais receptores operando simultaneamente. Como procedimento utiliza-se um

GPS estacionado em um ponto cujas coordenadas são conhecidas enquanto os

demais são móveis para acessar os pontos de interesse. O GPS fixo possui um

software que processa os dados e corrige a posição pelos outros receptores.

Desta forma pode-se alcançar, em alguns casos, um erro de poucos milímetros

para os valores das coordenadas calculadas. A tabela 1 indica os diferentes

procedimentos de posicionamento com o sistema GPS e suas precisões

esperadas.
Tabela 1: Técnicas de posicionamento com o sistema GPS

Fonte: (IBGE, 1993)


Face a sua estruturação, confiabilidade e agilidade, o sistema GPS é uma

importante ferramenta para a área de geociências, podendo ser empregado no

registro de imagens orbitais, no apoio de campo para acessar pontos de coleta de

dados na aerofotogrametria, no georreferenciamento de plantas topográficas

dotadas de coordenadas locais (X,Y), para navegação aérea, marítima, e etc.

Alguns trabalhos exploratórios têm sido realizados com o objetivo de testar

o sistema GPS como ferramenta de registro de imagens orbitais. Verones e et al.

(1997), comparando dados de coordenadas feitas por cartas topográficas com

dados obtidos por receptores GPS de navegação, enfatizaram a utilidade deste

equipamento portátil como ferramenta para auxiliar a retificação de imagem orbital

. Observaram um erro inferior a 2 pixels (60 metros) com imagens TM/Landsat 5.

As vantagens do GPS portátil são o baixo custo, a facilidade de transporte e a

rapidez das leituras. O custo do levantamento depende das características da

área, principalmente o acesso para veículos.

Ribas et al.(1997) analisaram as potencialidades de algumas técnicas de

posicionamento GPS, comparando-se o posicionamento de ponto isolado,

empregando um único receptor de navegação, com a técnica de posicionamento

DGPS, onde são empregados dois receptores e um software de pós

processamento. Na técnica DGPS os dados coletados em campo são refinados

por um software, alcançando uma melhor precisão dos resultados finais do

levantamento. Os autores concluem que houve um significativo ganho de tempo e

de qualidade nos dados coletados na reambulação de campo, sendo que o

receptor isolado (de navegação, mais simples e mais barato) pode ser empregado
na produção e/ou atualização de cartas topográficas em escalas de 1:50.000 ou

menores, enquanto para cartas topográficas em escalas maiores que 1:50.000

recomenda-se o emprego da técnica DGPS, por apresentar qualidade e precisão

de resultados compatíveis com exigências cartográficas.

Vários outros autores que testaram aplicações da metodologia GPS em

seus trabalhos, sejam aplicados ao sensoriamento remoto, ao GIS, à cartografia,

etc., trazem em comum que a técnica GPS representou um significativo ganho

qualitativo na coleta de dados de campo.

A integração aconteceu com maior intensidade entre os sistema GPS e o

sistema de informações geográficas, surgindo desta simbiose uma nova categoria

de receptores e softwares GPS denominada de '


Linha GIS'
. Esta nova geração de

equipamentos gera como resultados, além dos tradicionais relatórios de rastreio

em formato de texto, desenhos semi-prontos, em formato digital para ser

acabados em um CAD, ou empregados em conjunto como um pequeno banco de

dados e atributos alfanuméricos diretamente em um SIG.

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