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A magia pagã brasileira está despertando à medida que nós renascidos nesta terra de Tupan, que já habitamos no passado,
recuperamos nossa consciência ancestral. Habitamos um lugar por si só encantado, cercado pelos Bosques Sagrados, cheios de magia.

Não há lugar no mundo que se iguale a nossa flora, a nossa fauna; borboletas, e aves palradoras, onças e lobos, micos,
peixes e cobras diversas, nas nossas florestas existe um ar natural de magia. Tudo nessa terra, onde as árvores se abraçam, s e apertam
e se confundem, canta, grita, sopra, silva ou assobia na floresta, nos fala dos poderes sagrados adormecidos ao nosso redor.

Essas são as vozes secretas da natureza, dos bosques, campos, rios e lagos deste lugar mágico, que segundo as tradições

Atlantes-tupis foi o berço do primeiro Ser Humano (Homo Sapiens), e também lar dos Encantados Elementais brasileiros, que nos
mostram suas cores na exuberância de nossas flores, na plumagem de nossas aves e no colorido de nossos animais.

É interessante notar que diferente do pensamento cartesiano europeu, que separa tudo em suas Ơcaixinhasơ, ligando cada

elemental exclusivamente a determinado elemento, os nativos brasileiros, consideravam a existência de elementais intermediários
ligados a mais de um elemento, tipo terra/fogo, ou água/ar, etc.

Hoje aprenderemos um pouco das características de alguns desses Elementais Encantados e a respeito de alguns seres
sobrenaturais, cujo poder habita nossas matas, nossos rios, montanhas e lagos. Segundo a tradição, geralmente esses seres são
invisíveis ao olho humano, sendo percebidos por a aqueles que penetram na mata apenas como um vento súbito, um rochedo, um galho
retorcido, um tronco boiando no lago, ou um animal visagento, porém uma vez ou outra mostram-se em suas formas originais, a forma
que ocupam no seu mundo paralelo, o Encante.

Conhecer esses seres e seu mundo é o primeiro passo para aprender a invocá-los e obter seus serviços em nossas práticas

mágicas. Porém, advirto que nenhum deles deve ser invocado sem o Anderu (O Deus Ancestral) tutelar correspondente, responsável
pelo elemento que o Ser Encantado habita e sem que se conheça o rito adequado para interagir com o Encantado ou com o Ser
Sobrenatural com o qual se quer Trabalhar, segundo a tradição do Paganismo Brasileiro.

Caso contrário a empreitada além de ser mal sucedida, resultará em grandes malefícios, por que as forças elementais
descontroladas podem se tornar agressivas e perigosas. Para evitar isso em nossa Escola, agimos com o máximo de responsabilidade,
ensinando nossos alunos a adentrar de maneira respeitosa nos Reinos Espirituais Encantados Brasileiros e sobre a égide dos Anderus,
utilizar os poderes latentes em nossa Terra de maneira consciente e segura.

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Caxinguelê é um Ser Encantado do Ar, equivalente aos Sílfides europeus. Para os caboclos brasileiros, Caxinguelê é um Ser

Encantado, mensageiro dos sonhos, que semeia nas almas adormecidas a realização dos desejos e aventuras maravilhosas. É através de
Caxinguelê que os sonhos podem tornar-se realidade.

Os antigos diziam que seu totem era um pequeno roedor chamado pelos Tupis de Acutipuru, que era considerado intocável,

pois eles acreditavam que é na sua forma que a alma abandona o corpo dos que morrem. Caxinguelê leva em si a sabedoria, as
experiências e os sonhos daqueles que deixam essa vida e passam para o "Outro Mundo".

Existe uma música infantil, as vezes cantada pelas crianças em seus folguedos, quando queriam soltar pipa (que alguns
chamam de papagaio) e não havia vento, quando então cantavam o seguinte: ƠVem vento Caxinguelê, Cachorro do Mato quer me
morder. Vem vento Caxinguelê, Cachorro do Mato quer me morder. Vem vento Caxinguelê, Cachorro do Mato quer me morder...ơ. E
assim repetiam os peraltas, até que o empurrado pelo Encantado Caxinguelê o vento aparece-se e fizesse suas pipas se elevarem no ar.

Essa música infantil, tratava-se de um resíduo de um encantamento Tupi, algo que sobrou da cultura de nossos ancestrais.

Eu mesmo, quando criança soltei muita pipa assim. Uma passagem pitoresca é que no filme biográfico sobre a vida de Vila Lobos,
representado pelo ator Marcos Palmeira, o Maestro é mostrado empinando papagaio em Paris, na França, entoando esse singelo
encantamento para chamar o vento.

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s  ou Ui  (do tupi Ơy-î  "senho d s águ s") ou Mãe-d'águ , segundo o folcloe b sileio, é um Enc nt do met de

peixe met de mulhe, do tipo que os ntigos Tupis ch m v m ƠM mb sơ (pexe-hum no), que h bt v s águ s doces. É o
equv lente n tvo d s See s d s t dções euopé s. Este belíssmo Se Enc nt do vve n s m gens do g  pés, n s bod s dos
l gos, nos t ludes dos os, seduzndo os homens, lte lmente enc nt ndo-os e c eg ndo p  o Fundo. El costum b nh se nos
os, c nt ndo um melod esstível. Os homens que vêem não conseguem esst seus desejos e pul m n s águ s e el então
lev e fog queles que só vêem n mulhe objeto de su l scív ; estes qu se nunc volt m vvos, os que volt m fc m loucos e
pen s um Benzede ou lgum tu l e lz do po um P jé consegue cuálos. Os índos têm t nto medo d s  que pocu m evt 
os l gos o ent dece.

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O Boto é um é outo M mb (pexe hum no), el con do águ , lg do vd e fecundd de. Ele é o tv do d Eneg

Sexu l e d lbdo, pomoto d sote e d felcd de. O Boto o equv lente b sleo dos Ttões euopeus. Ele é epesent do pelo
nm l m nho de mesmo nome, que segundo ntg lend de noss te em notes de lu , t nsfom se num lndo jovem, de f c
n cntu e um coc  de pen s, ou ch péu com um plum p  dsf ç  o ofíco que possu no lto d c beç esíduo de su fom
nm l, gost de b tuc  um t mbom be dos os e vst s fest s p  d nç  com s moç s bont s. A lend t mbém f l que,
no fm d m dug d , qu ndo é cheg d ho de ele volt  o leto do o, seus ssessóos eton m o est do n tu l, qu ndo é
possível obsev  que n ved de são outos h bt ntes do o; f c é um po quê (pexeelétco), o ch péu é um   , os s p tos
e o cnto são t mbém outos pexes. Ess lend fo lnd mente cont d no cnem no flme Ele, o Boto (1987), pot gonz do pelo to
C los Albeto Rccell.

Os índos t mbém ch m que o Boto sug eneg vt l de mulhees que despez m os homens, const ntemente
ns tsfet s, en mo mse de su s póp s f nt s s omântc s, devdos su s excessv s exgênc s bem mão de el con mentos
ved deos megulh ndo num exstênc soltá e mel ncólc . Segundo Lend o Boto pesent ndose como um jovem seduto,
enc nt ess s mulhees, s seduz e s b ndon megulh ndo s em um pofundo est do soltáo de depessão.

Ele é fom lz ção d póp Foç Vt l e d lbdo, que s vezes se volt cont os pópos ndvíduos t nto mulhees,
qu nto homens que menospez m t s elementos de su consttução. S be ld  com Foç Vt l e com o Pode d Líbdo é
fund ment l p  noss s pátc s mágc s e p  nosso desenvolvmento pesso l equlb do como um todo.

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É um Se Enc nt do ssoc d com chuv e o ov lho, cujo totem é t t ug que h bt os os de águ doce,

equv lente t mbém s ondn s d m g euopé . Segundo lend fo pundo po Tup n, que lhe fez n sce um conch n su cost ,
como c stgo po te lbet do o deus nfen l Anh ngá o que lhe g  ntu t nsto lve nos mundos nfeoes.

A conch de Juuá çu epesent o mundo dos motos, m s t mbém está ssoc d às dé s de fecundd de, quez e

felcd de é com esse C u n que t b lh mos p  obtenção de cos s m te s e el que é conju d p  ssuntos el con dos à
doenç s e mote.

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É um C u n podeoso, lg do o elemento fogo, equv lente s S l m nd s d m g euopé , que é epesent do po

um g nde cob de fogo, (M´bo = Cob , T tá = Fogo), ssoc d o fogo fátuo que se vê note.

Segundo lend , esse enc nt do v gue pelos c mpos notunos, onde pesegue e ssust os cov des, poém ument

v lent dos co josos e os nsp n b t lh , enchendo de pânco os nmgos d queles que potege. Os podees de um M´bo T tá,
podem se nvoc dos p  pomove t nsfom ções ápd s, vence dem nd s, enfent  nmgos. Este Enc nt do pode se nvoc do,
sob égde do Andeu K   (Deus do Fogo) p  nos d  foç necessá p  vencemos os duos e nevtáves emb tes d vd .

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É outo Enc nt do, h bt nte dos os, l gos e g  pés, que epesent os podees fecund ntes d N tuez , M'Boun e
consde d po nossos ncest s "Senho dos Elementos" quem se tbuí podees cósmcos, exstndo mut s lend s que

el con m ogem d s espéces, el se ssoc Constel ção ch m d Sepentáo e os comet s que v gue m no esp ço.
De acordo com a lenda a Cobra Grande teria participado da criação das primeiras raças que habitaram o nosso mundo.

Segundo os registros esotéricos M'Boiaçu, relaciona-se também aos antigos dinossauros e aos nossos ancestrais Lêmurianos de
aparência reptílica.

Referências a répteis gigantes estão espalhadas por todo o mundo, mesmo na Asia, na Africa e até mesmo na Europa há

referências a Serpentes Gigantes.

A M'Boiuna apresenta-se algumas vezes como uma cobra preta, outras como uma cobra grande de olhos luminosos como

dois faróis, que em certas ocasiões metamorfoseia-se em certas ocasiões uma grande canoa com duas lanternas uma verde e outra
vermelha, que atrai os incautos e os arrasta para o Fundo.

A população ribeirinha, costuma afirmar até mesmo que alguns igarapés foram formados pela passagem da Cobra Grande,
que abre grandes sulcos nas restingas, igarapés e em terra firme. A Cobra Grande é a Rainha dos rios brasileiros.

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Segunda a tradição Tupi, Araci, também chamada de Aramanha ou Daridari é uma Apyabebe (como são chamdas as Fadas
Brasileiras). Araci ela é a Fada da Manhã e da Aurora, também associada a fertilidade e a prosperidade, conta a lenda que ela é filha de
Jaci (a Lua), com o mortal staquê, que foi transformada em ninfa por sua mãe, a Deusa da Lua, após sua morte. A árvore chamada de
Juazeiro, que segundo a lenda teria sido criado por ela, é a sua árvore de contato.

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Guajara, também chamado de Guari ou Pajé do Mangue (Pai do Mangue) é um Duende travesso invisível que habita os

manguezais, que as vezes aparece na forma de um pato, ou ainda manifesta-se como bolas de fogo, ou apenas como uma sombra
sobre os manguezais. Algumas vezes porém o ƠPai do Mangueơ (Guajará) mostra-se como um velho de cabelos e barbas longas, vestido
com roupas velhas e rasgadas, pés descalços e com um cachimbo na mão. Essa figura foi muito explorada, para personagem ƠVelho do
Ninhalơ, ou do Rio da novela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1990, pela extinta Rede Manchete e reapresentada pelo
SBT em 2008.

Ele assusta os caçadores, imitando sons dos animais, barulhos de gente, assovios, sons de machado cortando plantas do
mangue e outros sons estranhos e açoita caçadores e cães de caça sem a menor piedade. Segundo os nativos se alguém sair para
pescar no mangue e de repente ouvir ou vir uma dessas coisas, pode voltar que nesse dia não se pesca nada e, se por acaso, alguém

desobedecer, ainda por cima volta pra casa com febre, cansado e com dores por todo o corpo, com se fosse açoitado.

Para fazer boas pescarias e não ser atormentado pelo Guajará é bom sempre levar um pouco de fumo e colocar nas raízes

do mangue.

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spupiara (Espirito D'água) é um Caruana que reside nas fontes ou no fundo das águas, meio homem, meio peixe, meio
animal, inimigo dos pescadores, dos garimpeiros, até mesmo das lavadeiras, de todos os que tiram proveito das águas. Entre vários
relatos antigos, diz:"parecem-se com homens propriamente, de boa estatura, mas têm os olhos muito encovados. As fêmeas parecem
mulheres, têm cabelos compridos, e são formosas". São perigosos abraçam os incautos e os arrastam para o Fundo.

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Duende das Matas, é considerado a mais horrenda criatura da floresta, aparece na forma de homem, mas todo cabeludo.
Seus grandes pêlos o tornam invulnerável à bala, exceto na região do umbigo. Uma das características mais marcantes do Mapinguari é

o odor muito forte e insuportável que ele exala na mata, para desorientar as pessoas. Ao contrário dos outros Encantados esse
manifesta-se mais durante o dia do que a noite.

Este Encantado esta associado a trabalhos ligados a longevidade, por isso existe uma antiga lenda que diz que o Mapinguari

é um velho pajé que descobriu o segredo da imortalidade e foi amaldiçoado, condenado a viver para sempre como uma besta peluda e
fedorenta vagando pela floresta. O totem desse encantado é a preguiça gigante atualmente extinta no Brasil.

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Esse Encantado, do tipo que os antigos Tupis chamava de Macaxea (Gnomo), eles eam guadiões dos Caminhos aos quais

os índios sempe pediam poteção, antes de iniciaem uma gande jonada. Esse gnomo é epesentado po um pequeno, um pequeno
índio, um cuumim de uma pena só, também chamado de Saci Ceeê, Saci Tapeê, Mati Tapeê, Matinta Peeia, Matim Tapiea e
Matim Peeê, que o sincetizamo tansfomou num neginho. Consideado uma figua bincalhona, que se divete com os anim ais e
pessoas, fazendo pequenas tavessuas que ciam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes notunos com seus assobios.
Segundo a tadição popula eles vivem sete anos, nascendo no boto de bambu e ao moe metamofoseiam-se em cogumelos. Como
não tem senso de ceto e eado faz o que lhe fo pedido a quem soube lhe agada, poém segundo a tadição pode se comandado,
mesmo conta sua vontade po quem ouba sua caapuça. O Saci não tem amigos, vivendo solitáio nas matas.

Poém o Sací é um excelente mensageio move-se nos pés-de-vento que fomam pequenos edemoinhos, leva e tás
mensagens. Este Encantado mateio, é um gande conhecedo do pode das evas e dos hábitos dos animais das floestas.

+ cc c)

De acodo com a tadição Suma é um Se Encantado filha de Jaci (a Lua) e Tupan (o Tovão) ela é um duende, um "Espíito

dos Campos", que oienta e potege a agicultua, ensina a ama a tea e a peseva os sees que nela habitam, vagando pelos campos
envolta numa nega manta é inimiga dos homens que desespeitam as mulhees, fazendo com que se pecam e não encontem o
caminho paa casa.

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Caapoa, ou Caipoa é um duende tutela das floestas cuida das ávoes e dos animais, que pode se benéfico ou maléfico
aos feqüentadoes dessas, segundo as cicunstâncias e o seu pocedimento.

É epesentado como um pequeno índio todo cobeto de pelos negos, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça.
Habitante das floestas, eina sobe todos os animais e tona infelizes e mal-sucedidos em todas as suas empeitadas os caçadoes que
pesegue a caça, que está amamentando, ou mata a sua cia. È po isso que, quando alguém não tem sote, se diz que é caipoa ou
está com caipoismo. Ele vive montado numa espécie de poco-do-mato (Caitetú), com um cachimbo na boca, caegando uma vaa.
Apaentado do Cuupia, potege os animais da floesta.

Os índios aceditavam que o Caapoa temesse a claidade, po isso potegiam-se dele andando com tições acesos duante a
noite.

*cc c)

Cuupia, chamado também de Kalaino, Matuiú, é como chamavam os nativos um Temoti (uma espécie de Elfo) poteto das
nossas floestas e dos animais, apaece como um menino de cabelos vemelhos, pés invetidos. Os antigos diziam que, quando alguém
cotava inutilmente as ávoes, via o Cuupia e, como castigo, pedia-se na mata em pode enconta o caminho de casa. Ainda hoje,
em cetos lugaes do inteio do Basil, quando as pessoas ouvem uma pancada distante, dizem: Ơ- E o Cuupia a bate na ávoe paa
veifica se ela pode esisti à tempestade que está póximaơ. Enquanto o Cuupia engana e pejudica alguns viajantes e caçadoes,
fazendo com que se pecam dento da mata com assobios e sinais falsos é amigo de outos, dando-lhes em toca de comida, amas e o
conhecimento de cetos segedos das matas que, se evelados, são motalmente punidos.

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Essas donzelas vigens, que habitam o fundo dos lagos, epesentam a pua essência femin ina, elas são o equivalente

basileio das Valquíias das lendas nódicas. Essas Encantadas gueeias ajudam as moças vigens e as mulhees que sevem a Deusa
Mãe Ñhandecy em seus empeendimentos, amam os gueeios valentes e coajosos que se sacificam pela poteção da Tibo.

 ac ) cc ccc c )

Encantados da Raça das Sepentes, povo chamado de Nagas na Índia, habitante dos ios basileios,algumas vezes são

amigos dos homens, salvando-os de moe afogado, ou atacada po peixes gandes, poém outas não, afundando suas embacações,
atacando os pescadoes. Esse compotamento vaia confome o elacionamento de cada um com a natueza, pincipalmente com os ios
e igaapés.

Segundo a Lenda, Coba Noato e Maia Canina eam imãos gêmeos que como o Boto, tansfoma-se em pessoas,
abandonando o corpo monstruoso de cobra e assumindo a forma de um moço ou uma moça muito bonita, para participar de festejos
noturnos, retornando a forma de réptil assim que o galo cantava.

, a cc c)

Espírito das Matas, também conhecido como PaidoMato, com aparência semelhante aos faunos grego. É grande e peludo,

com uma barbicha preta, geralmente apresentase todo enlameado, andando sempre acompanhado por um bando de queixadas,
deixando algumas vezes um rastro de urina é azul.

Acima apresentamos uma relação parcial dos Elementais Encantados brasileiros, porém ainda consideramos a existência de

muitos outros seres sobrenaturais, ao todo são vinte e oito tipos classificados em sete categorias.

Esta divisão corresponde aos poderes de cada um destes seres:

1. c

1. c A categoria dos Deuses (Anderus):

2. c A categoria dos Encantados (Kaabocs e Mestres) em seu conjunto de Ypakahawãg;

3. c A categoria dos Caruanas, os Espíritos Naturais (Wihóg vató);

4. c A categoria das Mães do Mato (Ga'apy'ty);

5. c A categoria dos demônios (Ahãng);

6. c A categoria das visagens e assombrações (Uãgkãgkãg);

7. c E por último os animais e plantas de poder (Wiakãng'mi'it);

Além disso, existem também entidades menos poderosas como os Jumas (gigantes). Todos esses, com exceção dos Anderus
e Mestres, escolheram morar na mata, no Mundo Vivo, cheio de árvores e animais e não podem ultrapassar seus limites, devido as
rígidas Ë c c)-.

Eles porém construíram um mundo paralelo invisível, chamado Encante (Wihog'pohá), onde vivem nas suas verdadeiras

formas, que só os Pajés e Caraíbas que conseguem penetrar no Encante conhecem, porém formas que as pessoas comuns que resolvem
penetrar os limites da Mata vislumbram vez por outra, e que tem alimentado as lendas da mitologia brasileira.

É importante em nossos trabalhos de magia, nas Matas Brasileiras, saber trabalhar com as energias de nossa terra, pois nos
responderão com muito mais facilidade. Porém, cabe lembrar que estando em seu habitat natural, elas são bem mais poderosas e não
deixaram impune aqueles que tentarem profana-las.

O primeiro pré-requisito para contato com os habitantes do Mundo Espiritual Brasileiro é o amor por nossa Terra e o respeito

pela natureza que nos cerca, lar dos Encantados e das demais entidades sobrenaturais aqui citadas.

O segundo é saber quais os Deuses nativos comandam cada um desses Elementais e o terceiro e último pré-requisito é

conhecer as práticas e ritos ancestrais capazes de nos conectar de maneira segura, ao Mundo Mágico do Paganismo Brasileiro. Como
vimos a mitologia nativa brasileira, não fica a devendo nada a mitologia de outros povos, que adoravam os antigos deuses e os espíritos
da natureza. Hoje, o homem esta afastado da terra, e como o conseqüência disto contemplamos a degradação, a violência e a loucura
instauradas nas grandes cidades e para determos esse estado de coisas é fundamental restabelecermos as raízes espirituais de nosso
povo.

O ponto importante a ressaltar é que como os iniciados sempre souberam, assim como com qualquer indivíduo, o
desenvolvimento material harmônico de qualquer povo, está associado ao seu desenvolvimento espiritual.

A preservação de nossas matas e o estabelecimento de uma religiosidade ecológica, que preconize valores que harmonizem
o homem com a natureza e naturalmente o harmonize com os demais seres vivos e com os demais seres humanos é hoje em dia, uma
necessidade para nossa sobrevivência da humanidade.
óualquer povo que for privado de sua fonte de força espiritual será enfraquecido e se tornará escravo. Por isso mesmo se faz

necessário um retorno a terra, ao campo, a mata, para restabelecermos contato com as nossas matrizes energéticas. Privado de sua
fonte de força espiritual qualquer povo torna-se fraco e vulnerável.

Por saberem disso, é que os jesuítas no processo de colonização, além de se apossarem dos pontos de força geomântica das

Américas, construindo suas igrejas nos antigos locais de culto dos povos nativos, incutiram nos ameríndios o medo da mata e dos
espíritos da natureza, fazendo com que pelo terror os nativos fossem privados de sua fonte de poder espiritual.

Associado a isso caçaram os sacerdotes indígenas que se opunham ferozmente a isso, por saberem que tal comportamento

enfraqueceria seu povo, deixando-o totalmente a merce do invasor, por isso mesmo os Caraíbas foram descrito pelos missionários como
diabólicos opositores do processo de evangelização dos nativos.

Essa ação, por parte dos jesuítas, foi fundamental para conquista espiritual e psíquica do continente e permitiu que com
medo de voltar as Matas de onde extraiam suas verdadeiras energias psíquicas e espirituais, com medo do Ơdiaboơ que os jesuítas
diziam que lá existia, os Ơíndiosơ fossem Ơreduzidosơ em seus hábitos e costumes, tornando-se desvirilizados e subservientes, aptos a

serem, como foram, completamente subjugados, escravizados e destruídos.

Nós Teósofos Brasileiros sabemos que a união do nosso povo, formado pelas reservas genéticas oriundas de todos os povos
da terra, principalmente de nossa matriz Tupi), com as Sagradas Matas Brasileiras (ligação espiritual com nossos antepassados inca-
tupis), levará a uma espécie de reativação dos poderes paranormais latentes dos nativos brasileiros e ao restabelecimento da saúde

física e psíquica de nosso povo. Pois nos permitirá acessar o imenso poder contido nas reservas de energia espiritual de nossa terra, o
que também é fundamental em nossos trabalhos de magia.

O que expusemos é verdadeiro para o povo brasileiro, assim como para todos os povos, de todas as regiões do planeta.
óuando o homem voltar para a terra, sua nutriz, a loucura da violência e do desequilíbrio psíquico desapareceram e novamente ele será

restabelecido em sua verdadeira estatura espiritual, como imagem e semelhança dos Deuses. E assim restabelecido trará a paz e a
concórdia para o nosso mundo.

A magia pagã brasileira está despertando à medida que nós renascidos nesta terra de Tupan, que já habitamos no passado,

recuperamos nossa consciência ancestral.

Habitamos um lugar por si só encantado, cercado pelos Bosques Sagrados, cheios de magia. Não há lugar no mundo que se
iguale a nossa flora, a nossa fauna; borboletas, e aves palradoras, onças e lobos, micos, peixes e cobras diversas, nas nossas florestas
existe um ar natural de magia. Tudo nessa terra, onde as árvores se abraçam, se apertam e se confundem, canta, grita, sopra, silva ou
assobia na floresta, nos fala dos poderes sagrados adormecidos ao nosso redor.

Essas são as vozes secretas da natureza, dos bosques, campos, rios e lagos deste lugar mágico, que segundo as tradições
Atlantes-tupis foi o berço do primeiro Ser Humano (Homo Sapiens), e também lar dos Encantados Elementais brasileiros, que nos
mostram suas cores na exuberância de nossas flores, na plumagem de nossas aves e no colorido de nossos animais.

Ë interessante notar que diferente do pensamento cartesiano europeu, que separa tudo em suas Ơcaixinhasơ, ligando cada
elemental exclusivamente a determinado elemento, os nativos brasileiros, consideravam a existência de elementais intermediários
ligados a mais de um elemento, tipo terra/fogo, ou água/ar, etc.

Hoje aprenderemos um pouco das características de alguns desses Elementais Encantados e a respeito de alguns seres

sobrenaturais, cujo poder habita nossas matas, nossos rios, montanhas e lagos.

Segundo a tradição, geralmente esses seres são invisíveis ao olho humano, sendo percebidos por a aqueles que penetram na

mata apenas como um vento súbito, um rochedo, um galho retorcido, um tronco boiando no lago, ou um animal visagento, porém uma
vez ou outra mostram-se em suas formas originais, a forma que ocupam no seu mundo paralelo, o Encante.

Conhecer os seres mágicos e seu mundo invisível que nos cerca e respeitar a natureza onde habitam, são posturas
fundamentais para aprender a invocá-los e obter seus serviços em suas práticas mágicas.
ƠO U  C   m s úl c 
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