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RECEITA FEDERAL

MATEMÁTICA FINANCEIRA
DESCONTO. EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS

Pré-edital

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto. Equivalência de Capitais
Prof. Thiago Cardoso

Descontos..................................................................................................3
Introdução.................................................................................................3
1. Conceitos Básicos....................................................................................3
2. Desconto Simples....................................................................................5
2.1. Desconto Comercial, ou Por Fora.............................................................5
2.2. Desconto Racional, ou Por Dentro............................................................6
2.3. Relação entre Desconto por Dentro e por Fora........................................ 14
3. Desconto Composto............................................................................... 32
3.1. Desconto Composto por Fora................................................................ 33
3.2. Desconto Composto por Dentro............................................................. 36
3.3. Relação entre Taxas de Desconto Composto por Dentro e Por Fora............. 38

4. Equivalência de Capitais......................................................................... 59
4.1. Fluxo de Caixa Descontado................................................................... 59
4.2. Séries de Capitais Equivalentes............................................................. 78
5. Aplicações de Renda Fixa........................................................................ 86
5.1. Títulos Pós-Fixados.............................................................................. 87
5.2. Títulos Pré-Fixados.............................................................................. 88
5.3. Títulos Mistos..................................................................................... 91
Questões de Concurso................................................................................ 96
Gabarito................................................................................................. 116
Gabarito Comentado................................................................................ 117

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto. Equivalência de Capitais
Prof. Thiago Cardoso

DESCONTOS
Introdução
Olá, aluno(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula de Matemática

Financeira.

Nesta aula, falaremos sobre um dos assuntos de melhor custo-benefício para

a sua prova: descontos. Este é um assunto com pouca teoria, mas a respeito do

qual muitas questões são elaboradas.

Além disso, o desconto é fundamental para a compreensão dos próximos te-

mas: rendas, amortização e investimentos. Questões diretamente sobre esse as-

sunto podem ser exploradas.

Como de costume, esta aula traz uma lista com boa quantidade de questões de

alto nível resolvidas, a fim de prepará-lo(a) para um certame extremamente rigo-

roso.

Gostaria, ainda, de deixar novamente meu e-mail. Com ele, você poderá tirar

dúvidas ou enviar sugestões. Assim, melhorarei continuamente este curso.

• E-mail: thiagofernando.pe@gmail.com.

1. Conceitos Básicos
Suponha que você tenha adquirido um empréstimo e que deverá pagar R$1000

daqui a 1 ano. Contudo, você acabou de ser nomeado para o concurso público dos

seus sonhos e tem dinheiro para pagar esse empréstimo hoje. A pergunta é: quan-

to você pagaria?

Como os juros são o preço do dinheiro no tempo, para pagar a dívida hoje, é na-

tural que você queira um desconto, ou seja, uma consequência da preferência

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temporal – é melhor pagar R$1000 no futuro do que pagar R$1000 hoje. Para

que você prefira quitar uma dívida hoje, você deve ter incentivo, ou seja, obter um

desconto.

Suponha que você tenha feito um acordo com o banco e pagará R$900 hoje em

troca de a sua obrigação com ele ser extinta. A operação citada corresponde ao

que, na Contabilidade, chama-se desconto financeiro, ou condicional.

Um desconto financeiro é aquele dado em razão da antecipação do pagamento.

Figura 1. Valor atual, nominal e desconto.

Os elementos de uma operação de desconto são:

• valor nominal, ou valor de face: é o valor futuro da obrigação; isto é, aqui-

lo que deveria ser pago no momento acordado para a dívida;

• valor atual, ou valor presente: é o montante a ser pago após receber o

desconto;

• desconto: é quanto se abate do valor nominal a fim de que o pagamento da

obrigação seja recebido antecipadamente.

Um fato importante a se entender sobre desconto é que, assim como os juros,

o desconto se origina da relação do dinheiro.

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2. Desconto Simples
O desconto simples é calculado com base em desconto simples. Existem duas

modalidades de desconto.

Vamos detalhar cada uma.

2.1. Desconto Comercial, ou Por Fora

O desconto comercial é o mais natural. É também o mais usado nas operações

cotidianas.

Suponha que você vai ao shopping comprar uma camisa que custa R$100. En-

tão, você pede um desconto à vista. A loja oferece 10%, você paga R$90.

Note que o desconto foi calculado da seguinte maneira:

De acordo com as definições vistas na Seção 1, o valor de R$100 diz respeito ao

valor nominal da camisa – isto é, o valor sem desconto. Já o valor atual é aquele a

ser pago e corresponde à diferença entre o valor nominal e o desconto.

Por ser usado no dia a dia, essa modalidade de desconto é conhecida como

“desconto comercial”. O nome “por fora” tem relação com o fato de que o desconto

é calculado sobre o valor nominal.

Agora, devemos introduzir um fator muito importante: o tempo. Haja vista que

o desconto nasce também do conceito de preferência temporal, quanto maior o

prazo de antecipação do pagamento, maior será o valor do desconto.

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Dessa maneira, o desconto comercial é calculado por:

(1)

Adotaremos a nomenclatura Df para deixar claro que estamos nos referindo ao

desconto por fora.

Podemos, então, calcular o valor atual da obrigação usando a expressão:

(2)

2.2. Desconto Racional, ou Por Dentro

O desconto racional, por sua vez, é o que deve ser utilizado em decisões de in-

vestimento – o que fazer com o dinheiro?

Suponha que você tem uma dívida no valor de R$1000 que vence daqui a 1 ano

e que pode ser paga com um desconto de R$100.

Atualmente, você tem R$900 para quitá-la, porém também tem à sua disposi-

ção a possibilidade de investir esse dinheiro a uma taxa de juros de 15% ao ano.

Faz sentido pagar a dívida ou investir o dinheiro?

Nesse caso, o que devemos fazer é aplicar a taxa de 15% como uma taxa

de desconto por dentro sobre a dívida de R$1000.

Quando queremos saber o que fazer com o dinheiro que está em nossas mãos,

estamos interessados no valor atual.

Dessa maneira, o desconto por dentro incide sobre o valor atual.

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(3)

Adotaremos a nomenclatura Dd para deixar claro que estamos nos referindo ao

desconto por dentro.

Agora, podemos calcular o valor atual da obrigação usando a expressão:

(4)

Podemos, ainda, calcular o desconto por dentro concedido. Particularmente, não

considero essa uma expressão útil. Prefiro sempre utilizar a ideia de que o desconto

por dentro incide sobre o valor atual e fazer as contas com base nisso.

(5)

Diante dessa expressão, podemos explicar o problema narrado anteriormente.

Se você pode aplicar o seu dinheiro a 15% ao ano, então, o valor atual da sua dí-

vida será:

Como o valor atual da dívida para você é de R$869,57, não faz sentido pagar

por ela R$900. É melhor manter seu dinheiro aplicado.

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Vamos resumir tudo o que você precisa saber nesta parte introdutória sobre

desconto simples.

Em geral, as questões fornecem o tipo de desconto a ser utilizado. Contudo, caso


isso não aconteça, você deverá intuir qual modalidade se encaixa melhor na situ-
ação.

Questão 1    (FGV/SEFIN–RO/2018/AUDITOR FISCAL) Em relação às operações


de desconto, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).
I – A taxa de desconto “por dentro” (racional) é inversamente proporcional ao

valor presente e ao prazo da operação.

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II – A taxa de desconto “por fora” (comercial) é diretamente proporcional ao va-

lor futuro.

III – O valor do desconto “por dentro” é obtido pela multiplicação do valor futuro

pela taxa de desconto e esse produto pelo prazo da operação.

a) V – V – V

b) V – V – F

c) V – F – F

d) F – F – V

e) F – F – F

Letra c.

A questão não informou qual tipo de desconto (simples ou composto) deveria ser

utilizado. Nesse caso, subentende-se que se faz referência ao desconto simples.

Embora esse não devesse ser o procedimento, os termos “direta e inversamente

proporcional” só são aplicáveis a descontos simples.

Infelizmente, é muito comum professores de matemática se equivocarem ao elabo-

rar um enunciado. Nesse caso, a chance de um recurso ser deferido são mínimas.

Portanto, precisamos nos acostumar a lidar com isso.

I – No caso de desconto racional, devemos nos referir ao valor atual da operação.

Portanto, a taxa de desconto é inversamente proporcional ao valor atual ou presen-

te da operação, bem como ao prazo de desconto. Item correto.

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II – No caso de desconto comercial, devemos nos referir ao valor futuro ou nominal

da operação.

No entanto, o  erro da questão é afirmar que a taxa de desconto é diretamente

proporcional quando, na verdade, é inversamente proporcional ao valor futuro e ao

prazo de desconto. Item errado.

III – Como vimos, o desconto racional tem como base o valor atual, não o futuro.

Portanto, o item está errado.

Questão 2    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$ 500,00, cujo

prazo de vencimento se encerra em 45 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de

1% ao mês, o valor do desconto simples será igual a:

a) R$7,00.

b) R$7,50.

c) R$7,52.

d) R$10,00.

e) R$12,50.

Letra b.

Vamos começar a treinar: quando a questão menciona “desconto por fora”, deve-

mos aplicar a taxa de desconto sobre o valor nominal.

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Questão 3    (CESPE/ABIN/2010 ) Considerando que uma promissória de valor no-

minal de R$ 5.000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu vencimento,

em um banco cuja taxa de desconto comercial simples (por fora) é de 5% ao mês,

julgue o item subsequente.

O valor recebido (valor descontado) foi inferior a R$ 3.800,00.

Certo.

Esta é mais uma questão sobre desconto comercial simples. Devemos nos lembrar

de que, no desconto por fora, a taxa incide sobre o valor nominal da obrigação.

Portanto, o valor atual da obrigação será:

Questão 4    (CESPE/CAIXA/2010/TÉCNICO BANCÁRIO) Se, ao descontar uma

promissória com valor de face de R$ 5.000,00, seu detentor receber o valor de R$

4.200,00 e se o prazo dessa operação for de 2 meses, então a taxa mensal de des-

conto simples por fora será igual a:

a) 5%.

b) 6%.

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c) 7%.

d) 8%.

e) 9%.

Letra d.

Como visto anteriormente, o valor de face é sinônimo de valor nominal:

No caso de desconto por fora, a taxa de juros incide sobre o valor nominal. Essa

informação será exaustivamente repetida, para que seja memorizada.

Questão 5    (CESPE/TCE–AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Em um

supermercado, um cliente comprou determinado produto e, na hora de pagar,

o operador do caixa registrou um valor 9% superior ao preço impresso na etiqueta

do produto. Para corrigir o erro, o operador do caixa efetuou um desconto de R$

9,81 sobre o preço registrado, de modo que o cliente pagasse apenas o valor im-

presso na etiqueta. Nessa situação, o valor em reais registrado na embalagem do

produto era igual a:

a) 106,50.

b) 109.

c) 110,50.

d) 112.

e) 113,35.

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Letra b.

A situação descrita no enunciado pode ser representada pela seguinte figura:

Dessa maneira, temos:

Questão 6    (CETRO/METRÔ-SP/2015 ) Um título com valor nominal de R$2.700 foi

descontado em uma antecipação de 5 meses, sendo beneficiado com um desconto

simples racional de R$400. Assinale a alternativa que indica o valor mais próximo

da taxa de desconto utilizada nessa operação:

a) 1,50%.

b) 2,00%.

c) 2,50%.

d) 3,00%.

e) 3,50%.

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Letra e.

Esta é uma questão que confunde muitos alunos. Quando o desconto é por dentro,

a taxa de juros incide sobre o valor atual. Portanto:

Agora, calculemos a taxa de juros:

Infelizmente, não é possível simplificar mais. Resta-nos fazer as contas:

2.3. Relação entre Desconto por Dentro e por Fora

Questões que relacionam as duas operações de descontos simples são comuns.

Por isso, aprenderemos algumas relações que valem apenas para o desconto

simples.

2.3.1. Relação entre os Descontos Concedidos

Para mesma taxa de juros e mesmo valor nominal da obrigação, vimos que:

(5)

(1)

Portanto, podemos relacionar os tipos de desconto da seguinte maneira:

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(6)

Essa expressão pode ser útil quando se deseja relacionar os dois tipos de des-

contos.

2.3.2. Relação entre as Taxas de Desconto

Essa é, com certeza, a expressão mais importante e cobrada.

Aqui, desejamos saber qual taxa de desconto por dentro é equivalente a uma

taxa de desconto por fora.

Não utilizamos, para isso, o conceito de taxas equivalentes, que aprendemos

ao estudarmos juros compostos. A ideia é descobrir quais taxas de desconto por

dentro e por fora geram o mesmo desconto sobre o mesmo capital para o mesmo

prazo de antecipação.

Denotaremos id e if como duas taxas de desconto, sendo, respectivamente, por

dentro e por fora. Já vimos que os descontos são dados por:

(5)

(1)

Queremos que o desconto produzido seja igual em ambos os casos. Com isso,

podemos escrever:

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Podemos também cortar o prazo de antecipação e o valor nominal.

A forma mais simples de resolver esse problema é invertendo a expressão en-


contrada:

Chegamos, portanto, a uma expressão bastante elegante. Além disso, a expres-


são (7) é muito cobrada em provas, por isso, vale muito a pena memorizá-la.

2.3.3. Desconto Bancário e Taxa Efetiva

Numa operação corriqueira de desconto, é natural que, além dos juros, outros
fatores se envolvam.

Exemplos:
taxas de administração;
taxas bancárias;
impostos;

seguros.

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Todos esses fatores são levados em conta quando se calculam o desconto ban-

cário e sua taxa efetiva.

O desconto bancário é sempre calculado por fora.

Já a taxa efetiva de uma operação de desconto é aquela pela qual o indivíduo

deve se basear para fazer sua alocação de recursos. Ela deve ser calculada sempre

em relação ao valor que o indivíduo tem na mão, ou seja, o valor atual.


Sendo assim, a taxa efetiva é sempre calculada por dentro, mesmo que a
operação seja de desconto comercial.

Questão 7    (ESAF/ATRFB/2012 ) Um título de R$20.000,00 foi descontado 4 me-


ses antes do seu vencimento a uma taxa de desconto comercial simples de 5% ao
mês. A taxa efetiva mensal de juros simples dessa operação é igual a:
a) 6,50%.
b) 5,50%.
c) 5,25%.
d) 6,00%.
e) 6,25%.

Letra e.
A taxa efetiva é sempre calculada por dentro. Podemos agora utilizar a expressão

que aprendemos para a relação entre taxa por dentro e taxa por fora.

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Outra maneira de resolver o problema é calcular o valor atual da operação. Como

foi feito desconto por fora, temos:

É preciso lembrar que a taxa efetiva é sempre calculada por dentro, incidindo, con-

sequentemente, sobre o valor atual.

Questão 8    (ESAF/AFRF/2001) O desconto racional simples de uma nota promis-

sória, 5 meses antes do vencimento, é de R$800,00 a uma taxa de 4% ao mês.

Calcule o desconto comercial simples correspondente, isto é, considerando o mes-

mo título, a mesma taxa e o mesmo prazo.

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Aplicação pura e direta da relação que aprendemos entre desconto simples por

dentro e por fora.

Questão 9    (ESAF/TCU/2000) Uma empresa desconta um título no valor de face

de R$10.000,00 em um banco, 30 dias antes do vencimento, obtendo um desconto

de 3% do valor nominal do título como imposto financeiro. Se o banco ainda co-


brasse uma taxa de abertura de crédito de R$50,00 e 1% do valor nominal do título
como imposto financeiro no momento do desconto do título, qual seria o custo do
empréstimo, em termos da taxa de juros real paga pela empresa?
a) 3,09% ao mês.
b) 4,00% ao mês.
c) 4,71% ao mês.
d) 4,59% ao mês.
e) 4,50% ao mês.

Letra c.
Nesta operação, foram feitos vários descontos: o imposto financeiro (IF) e duas
taxas bancárias (TX).

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O total dos descontos sobre a nota foi:

Dessa maneira, o valor atual dela será:

A taxa efetiva é sempre calculada por dentro, incidindo, portanto, sobre o valor

atual:

Questão 10    (FCC/TRT 13ª REGIÃO [PB]/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTA-

BILIDADE) Um empresário apresentou em um banco uma duplicata para desconto

6 meses antes do seu vencimento. O título tinha valor nominal de R$145.000,00 e a

taxa de desconto comercial simples utilizada pelo gerente da agência foi de 1,75%

ao mês. A taxa efetiva da operação no período foi, em %, aproximadamente,

a) 9,59.

b) 12,98.

c) 10,50.

d) 11,73.

e) 10,97.

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Letra d.

Mais uma vez, basta aplicar a expressão:

Infelizmente, a FCC colocou uma conta de resolução complicada.

Perceba que a questão pediu a taxa efetiva da operação no período, não apenas

ao mês, como calculado anteriormente.

Como estamos tratando de desconto simples, a taxa efetiva no período de 6 meses

é obtida pelo conceito de taxa proporcional:

Questão 11    (FCC/SEFAZ-PE/2014) Um título de valor nominal R$1.196,00 vai ser


descontado 20 dias antes do vencimento à taxa mensal de desconto simples de
6%. O módulo da diferença entre os dois descontos possíveis, o racional e o co-
mercial, é de:
a) R$12,08.
b) R$18,40.

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c) R$0,96.
d) R$1,28.
e) R$1,84.

Letra e.
Podemos calcular o desconto por fora pela expressão:

Utilizaremos agora a relação entre desconto por fora e por dentro:

Podemos então calcular a diferença pedida pela questão:

Questão 12    (FGV/ISS NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um empréstimo é


oferecido de tal forma que os juros são cobrados antecipadamente, ou seja, no ato
do empréstimo. Se forem cobrados juros de taxa de j% ao período e, se a cobrança
dos juros for antecipada, a taxa de juros cobrada é:
a) j*(1-j).
b) j/(1+j).
c) j*(1+j).
d) j/(1-j).
e) (1-j)*(1+j).

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Letra d.
Em primeiro lugar, precisamos entender o que são juros cobrados antecipadamen-
te.
Suponha que você tomou um capital de R$1000 por um ano emprestado a uma
taxa de juros antecipados de 20% ao ano. O que vai acontecer?
Os juros são cobrados no ato do empréstimo. Isso significa que, depois de um ano,
você devolverá os mesmos R$1000. Contudo, você deverá pagar no momento da
aquisição do empréstimo o valor de R$200 (20% de R$1000).
Assim, embora você tenha contraído uma dívida de R$1000, recebeu na sua mão

apenas R$800.

Falemos agora em termos de taxa efetiva, a qual é sempre calculada por dentro,

tendo por base o que efetivamente entrou na sua mão – ou seja, o valor de R$800

– e o que você efetivamente pagou – ou seja, o valor de R$1000.

Assim, podemos calcular a taxa de juros efetiva cobrada nesse empréstimo.

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É natural que a taxa efetiva seja maior que a taxa de juros antecipada. Isso acon-

tece porque pagar juros hoje é sempre pior do que pagar juros no futuro.

Podemos generalizar essa situação, como solicitado pela questão. Observe que a

taxa de juros antecipada (j) incide sobre o valor nominal da obrigação. Trata-se de

uma taxa por fora. Por outro lado, a taxa de juros efetiva (i) incide sobre o valor

atual.

Sendo assim, pode-se escrever a relação entre elas:

Observe que essa, na verdade, é uma questão bastante simples quando você en-

tende a situação problema.

Questão 13    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um tí-

tulo com valor nominal de R$1000,00 foi resgatado 8 meses antes de seu venci-

mento, à taxa de desconto comercial simples de 6,4% ao mês. O valor do desconto

obtido foi aplicado em um fundo de investimentos, remunerado sob uma taxa de

juros compostos, capitalizados mensalmente, de modo que, 3 meses após a aplica-

ção, o montante igualou-se ao valor nominal do título.


Nessa situação, sabendo-se que 83 = 512, é correto afirmar que a taxa mensal de
juros usada pelo fundo de investimentos foi igual a:
a) 25%.
b) 32%.
c) 41,2%.
d) 46,2%.
e) 150%.

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Letra a.
Obtenhamos, primeiramente, o valor do desconto comercial simples obtido:

Esse desconto foi aplicado a uma taxa de juros compostos e produziu o montante

de R$1000 após 3 meses. Assim, podemos escrever que:

Questão 14    (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016/ANALISTA DE INVESTIMENTOS)


Para uma operação com prazo de 1 ano, com taxa de juros anual e mesmo capital
investido, os sistemas de juros simples e de juros compostos produzem o mesmo
montante.

Certo.
Esta questão foi colocada aqui de propósito, para que você não se esqueça da com-
paração entre juros simples e compostos.

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Portanto, para o período de 1 ano com taxa de juros anual, tem-se t=1, portanto o

rendimento é o mesmo.

Questão 15    (FCC/SABESP/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ADMINISTRAÇÃO)

Um título será descontado em um banco 4 meses antes de seu vencimento. Se for

utilizada a operação de desconto racional simples, a uma taxa de desconto de 24%

ao ano, então o valor atual do título será de R$ 30.000,00. Se for utilizada a ope-

ração de desconto comercial simples, também a uma taxa de desconto de 24% ao

ano, o correspondente valor do desconto será, em R$, de:

a) 2.592,00.

b) 2.890,00.

c) 2.658,00.

d) 2.756,00.

e) 2.600,00.

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Letra a.
Como a taxa de desconto está em % ao ano e o prazo de desconto está em meses,
devemos, primeiramente, transformar a taxa em meses.

O valor atual foi fornecido (R$30.000). Podemos obter o valor nominal do título
aplicando a fórmula do desconto racional simples.

Podemos então calcular o desconto por fora que incidiria sobre esse valor nominal.

Questão 16    (FCC/SEFAZ-PI/2015) A taxa de desconto realizada em um banco


para as operações de desconto de títulos é de 24% ao ano. Se um título é descon-
tado neste banco 3 meses antes de seu vencimento, verifica-se que o valor do des-
conto comercial simples supera o valor do desconto racional simples em R$73,80.
O valor atual do título, considerando o desconto comercial simples, é igual a:
a) R$19.768,20.
b) R$20.238,20.
c) R$20.285,20.
d) R$20.332,20.

e) R$20.426,20.

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Letra e.

O primeiro cuidado que devemos ter nesta questão é converter a taxa de juros de

anual para mensal – tendo em vista que o prazo de antecipação é contado em me-

ses.

Como a operação é de desconto simples, usaremos o conceito de taxa proporcional.

O enunciado nos informou que o desconto comercial simples supera o racional sim-

ples em R$73,80. Portanto, podemos escrever:

Lembrando-nos da relação entre os dois tipos de desconto para o mesmo capital e

a mesma taxa de juros, tem-se:

Com base nessa relação, podemos extrair o desconto por dentro.

De posse do desconto por dentro, podemos calcular o desconto por fora.

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Agora, devemos utilizar a relação entre o desconto por fora e o valor nominal do

título:

Por fim, podemos calcular o valor atual do título aplicando o desconto comercial

(por fora).

Questão 17    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA/CONTADOR) Marcos tem em mãos

dois títulos: um, de valor nominal R$3024,00, vencível daqui a 4 meses, e outro, de

valor nominal R$5040,00, vencível daqui a 6 meses. Necessitando de dinheiro, re-

solveu descontá-los hoje e tem duas propostas, ambas com juros de 24% ao ano:

• Banco A, que utiliza o desconto racional simples;

• Banco B, que utiliza o desconto comercial simples.

Se optar por descontá-los no Banco A, receberá, em relação ao que receberia se

optasse pelo Banco B:

a) R$54,25 a mais.

b) R$63,94 a mais.

c) R$22,30 a menos.

d) R$82,72 a mais.

e) R$31,40 a menos.

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Letra d.
É preciso entender o problema. Neste caso, Marcos tem um título e deseja receber

antecipadamente. Por isso, ele procurará o banco que lhe cobrará o menor descon-

to.

Além disso, como a taxa de juros é de 24% ao ano e os prazos dos títulos estão em

meses, devemos convertê-la em taxa de juros mensais usando o conceito de taxas

proporcionais, já que o problema é de desconto simples.

A fim de facilitar a notação do problema, consideraremos como nota 1 a de R$3024,

vencível daqui a 4 meses, e como a nota 2 a de R$5040, vencível daqui a 6 meses.

Calcularemos, em primeiro lugar, o desconto comercial, que é oferecido pelo Banco

B. Precisamos sempre lembrar que o desconto comercial incide sobre o valor nomi-

nal. Comercial tem o, assim como nominal também tem o.

Os descontos cobrados pelo Banco B em relação a cada uma das notas são:

Portanto, o desconto total a ser pago ao Banco B é de:

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Calcularemos agora os descontos cobrados pelo Banco A, que utiliza desconto ra-

cional, lembrando-nos de que o desconto racional incide sobre o valor atual. Racio-

nal tem a, assim como atual também tem a.

O desconto total a ser pago ao Banco A é, portanto, de:

Sendo assim, o desconto cobrado pelo Banco A é inferior ao cobrado pelo Banco B.

A diferença é dada por:

Como o Banco A cobra um desconto menor, Marcos receberá um valor maior ao

preferir esse banco.

Questão 18    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR – ADMINISTRADOR) O valor recebido, na data de hoje, por uma empresa

que descontou um título de valor nominal de R$23650,00, que vence daqui a 4

meses, é igual a R$21285,00. Sabe-se que foi utilizada a operação do desconto

comercial simples a uma taxa de desconto mensal igual a i. Caso fosse utilizada a

operação do desconto racional simples, também a uma taxa de desconto mensal

igual a i, verifica-se que o valor do desconto, em R$, seria de:

a) 2.200,00.

b) 2.365,00.

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c) 2.150,00.

d) 2.050,00.

e) 2.250,00.

Letra c.

De posse do valor nominal e do valor atual do título, podemos calcular o desconto

aplicado na operação.

Agora, devemos nos lembrar de que desconto comercial (por fora) incide sobre o

valor nominal.

Podemos, então, calcular o desconto racional simples que seria cobrado sobre esse

mesmo título no mesmo prazo.

3. Desconto Composto
O desconto composto tem os mesmos conceitos do simples. A única diferença é

que utiliza o regime de capitalização composta.

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3.1. Desconto Composto por Fora

Esse tipo de desconto é bem comum na prática e também aparece com alguma

frequência em questões de prova.

Como já falamos na Seção 2.1, o desconto comercial simples é utilizado em

operações cotidianas, como compras no varejo, justamente por sua simplicidade.

A primeira vez que tive contato com esse tipo de desconto foi em minha primei-

ra viagem a Orlando. Nos outlets (lojas onde se encontram produtos a preços mais

baixos, muitas vezes vendidos pelos próprios produtores), é relativamente comum

a seguinte situação:

• determinados produtos apresentam certo desconto próprio deles;

• a loja inteira tem um desconto global a ser aplicado a todos os produtos;

• é possível comprar cupons de desconto válidos para o outlet inteiro.

• em muitas lojas, ainda se pode barganhar um desconto à vista – o que é mais

fácil de conseguir com passaporte brasileiro .

Perceba que, no âmbito da Contabilidade, apenas o último desconto é caracte-

rizado como condicional. Todos os demais são incondicionais, ou seja, não têm

a ver com o preço do dinheiro no tempo.

Os vendedores de Orlando, porém, aplicam muito bem o conceito de desconto com-

posto. Certa vez eu comprei um relógio cujo preço na etiqueta era de US$199. Esse

relógio apresentava os seguintes descontos:

• 20% sobre o preço do relógio, dado que a peça estava em promoção;

• 30% em toda a loja, em comemoração ao aniversário da franquia em Orlan-

do;

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• 20% de um cupom que compramos válido em todas as lojas do outlet;

• 10% de desconto pelo passaporte brasileiro.

Qual foi o preço final do relógio?

Figura 2. Aplicação do desconto comercial composto sobre o preço de um relógio.

O desconto composto segue a mesma lógica dos juros compostos: quando vá-

rios descontos são fornecidos seguidamente, o valor do desconto deve ser calcu-

lado em cima do preço obtido anteriormente, não sobre o preço inicial de US$199.

Podemos, ainda, calcular o desconto total recebido:

O taxa de desconto global pode ser calculada usando o conceito de taxa equi-

valente:

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Observe que a taxa que acabamos de calcular corresponde à divisão entre o

desconto total recebido na compra e o preço de etiqueta do relógio:

No caso de desconto simples, todos os descontos incidiriam sobre o preço inicial

de US$199. O desconto obtido seria bem maior.

No entanto, como explicado durante o estudo dos juros simples, o conceito de

desconto composto decorre de um princípio natural de crescimento das populações.

Por que a loja concede um desconto de 10% à vista?

Porque, para ela, o dinheiro tem um preço no tempo. É melhor receber o paga-

mento à vista do que receber o mesmo pagamento no futuro.

Se o desconto para pagamento à vista não fosse concedido, seria recebido um

valor de $89,51. Por isso, a loja deve raciocinar em cima de $89,51 e aplicar os

10% de desconto sobre esse valor.

Na ótica do lojista, é melhor oferecer um desconto de 10% sobre $89,51 e re-

ceber hoje do que receber no futuro.

Esse cálculo ficaria completamente comprometido se a loja tivesse que usar

desconto simples.

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Com a lógica do desconto composto assimilada, passaremos agora à expressão

que resolve muitos dos problemas de sua prova. O valor atual de um título depois

de ter sido aplicado um desconto composto por fora é:

Recomendamos que essa seja a única expressão que você memorize a respeito

do desconto composto por fora. O valor do desconto pode ser obtido como a dife-

rença entre o valor nominal e o valor atual.

Você poderia deduzir uma expressão para calcular o desconto por fora, mas ela

não seria elegante e daria muito trabalho para decorar. É melhor, portanto, usar a

lógica para calcular o desconto e memorizar apenas a expressão do valor atual.

3.2. Desconto Composto por Dentro

Esse é o tipo de desconto mais importante, tanto para sua prova como para

sua vida.

O desconto racional composto deve ser utilizado na decisão de alocação de re-

cursos que tem por base juros compostos.

Esse será, consequentemente, o desconto utilizado para calcular o importan-

tíssimo fluxo de caixa descontado, assunto que será explorado nas aulas sobre

amortização, rendas e investimentos, caso seu edital preveja tais assuntos.

Como já explicamos na Seção 2.2, o desconto racional procura calcular o valor

atual que deveria ser investido hoje para resultar no valor nominal desejado no

futuro.

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Vejamos um exemplo de como isso funciona.

Suponha que você tenha uma dívida no valor de R$1000 a vencer daqui a 2 anos.

O banco lhe fez uma proposta para que você quite esse valor por R$800 hoje.

Você passou no concurso público dos seus sonhos e já tem os R$800, mas tem a

opção de investi-los a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano.

Desse ponto de vista, vale a pena quitar a dívida logo ou investir o dinheiro?

Para isso, você deve calcular o valor atual da sua dívida (R$1000) do seu ponto

de vista. Ou seja, você deve aplicar um desconto composto a uma taxa de 10%

ao ano.

A isso dá-se o nome de trazer a dívida a valor presente, como ilustrado na

Figura 3. É muito importante aprender esse cálculo, pois será necessário para os

assuntos mais avançados de Matemática Financeira.

Figura 3. Cálculo do Valor Presente

Da ótica do desconto composto, o valor atual é aquele que produziria o montan-

te de R$1000 caso fosse aplicado a uma taxa de juros compostos 10% ao ano por

2 anos. Portanto, temos:

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Assim, o valor atual da sua dívida é de R$826,45. Se o banco oferece a oportu-

nidade de quitá-la por R$800, vale a pena.

A expressão anterior corresponde ao valor atual para o desconto racional com-

posto. Para fins de fixação, vamos repeti-la.

Como exposto na Seção 3.1, não vale a pena deduzir e decorar uma expressão

para o valor do desconto. É muito melhor você aprender a expressão do valor atual

e obter o valor do desconto por lógica.

3.3. Relação entre Taxas de Desconto Composto por Dentro e


Por Fora

Esta é uma expressão bastante útil, pois permite o cálculo da taxa efetiva, que

é sempre feito por dentro.

Assim como fizemos na Seção 2.3.2 para descontos simples, precisamos obter

a taxa de desconto por dentro que produziria o mesmo valor atual para o mesmo

valor nominal com o mesmo prazo de antecipação.

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Basta calcular:

Observe que podemos tirar a raiz de índice t:

Podemos dividir por ifid para obter uma expressão elegante e muito parecida

com a que foi encontrada na Seção 2.3.2.

O fato de termos encontrado uma expressão muito parecida com a que foi en-

contrada para desconto simples faz que os alunos se confundam a respeito delas.

Por isso, tenha em mente que:

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Questão 19    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$2000,00,

cujo prazo de vencimento é de 60 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de 1%

ao mês, o valor do desconto composto será igual a:

a) R$40,00.

b) R$39,80.

c) R$39,95.

d) R$38,80.

e) R$20,00.

Letra b.

No caso de desconto composto por fora, o valor atual é calculado por:

Questão 20    (FGV/COMPESA/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ECONOMIA) Seja

um título de R$100,00, cujo prazo de vencimento é de 2 meses. Supondo que a

taxa de desconto “por fora” é de 10% ao mês. Assinale a opção que indica o valor

do desconto composto.

a) R$0,81.

b) R$3,96.

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c) R$12,00.

d) R$15,00.

e) R$19,00.

Letra e.

Esta questão é bem direta. Basta aplicar a expressão do desconto composto por

fora para calcularmos, em primeiro momento, o valor atual.

De posse do valor atual, podemos calcular o desconto que incidiu sobre a operação.

Questão 21    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) O

valor do desconto racional composto de um título cujo valor nominal é R$25000,00,

se o prazo de vencimento é de 2 anos e a taxa de desconto é de 25% ao ano, é:

a) R$6500,00.

b) R$5875,50.

c) R$7247,50.

d) R$7500,00.

e) R$9000,00.

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Letra e.

Mais uma vez, nas questões de desconto composto, devemos calcular o valor atual

do título pelas fórmulas que conhecemos.

Essa conta pode ser feita de maneira relativamente simples:

Agora, podemos extrair o valor do desconto:

Questão 22    (ESAF ) Um título foi descontado por R$840,00, 4 meses antes de seu

vencimento. Considerando , calcule o desconto obtido levando em

consideração um desconto racional composto a uma taxa de 3% ao mês.

a) R$140,00.

b) R$104,89.

c) R$168,00.

d) R$93,67.

e) R$105,43.

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Letra d.
O valor atual do título é dado por:

Vale comentar que os números fornecidos na questão foram de péssimo gosto.

Agora, basta calcular o desconto.

Questão 23    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) O valor


presente, sob o regime de juros compostos, quando o montante final é R$50000,
a taxa de juros de 25% ao ano e o período 2 anos, é:
a) 30.000,00.
b) 32.000,00.
c) 29.150,85.
d) 34.325,75.
e) 31.875,25.

Letra b.
O valor presente ou atual do título é descoberto após aplicar o desconto. Por pa-

drão, utilizamos o desconto racional composto, que é o mais utilizado no mercado

financeiro.

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Aqui, pode nos ajudar bastante lembramos a dica sobre o que fazer quando o de-
nominador termina em 25 (multiplicar por 4). Quando termina em 125, você pode,
ainda, multiplicar por 8. Vejamos:

Portanto, temos:

Questão 24    (FCC/SEFAZ-PI/2015) Sabe-se que o valor dos juros corresponden-


tes a uma dívida que vence daqui a 3 anos é igual a R$3972,00, considerando uma
taxa de juros compostos de 10% ao ano. Esta mesma dívida, considerando uma
taxa de juros compostos de 5% ao semestre e com vencimento daqui a 1 ano,
apresentaria um valor de juros (J), em reais, tal que:
a) 

b) 

c) 

d) 

e) 

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Letra c.
Infelizmente, nem sempre as bancas produzem questões fáceis de entender. É o

caso desta questão.

A questão informou que a dívida seria paga com juros de R$3972 e vencimento

daqui a 3 anos. Podemos calcular seu valor atual (capital inicial da dívida) por meio

da expressão dos juros compostos:

O valor atual da dívida é de R$12000. O que a questão deseja saber é o quanto de

juros poderia ser obtido investindo esse valor a uma taxa de juros compostos de

5% ao semestre por um ano (dois semestres).

Portanto, os juros recebidos são superiores a 1200 e inferiores a 1300.

Questão 25    (FEPESE/SEFAZ-SC/2010/ANALISTA FINANCEIRO) Um título, com

vencimento em 25 de outubro, foi descontado por R$3000,00 em 28 de maio do

mesmo ano. Considere o ano civil (365 dias) e uma taxa de juros simples de 2% ao

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mês. Assinale a alternativa que indica o valor do resgate (valor nominal) do título,

utilizando o Desconto Comercial Simples (desconto por fora).

a) R$2222,22.

b) R$3333,33.

c) R$4444,44.

d) R$5555,55.

e) R$6666,66.

Letra b.

Esta questão é simples, porém inteligente, misturando desconto e dias úteis. Con-

tudo, infelizmente, o examinador não foi tão esperto ao elaborar as alternativas.

Ficaria muito fácil acertar esta questão no chute.

De qualquer maneira, faremos a conta. Calculemos os dias úteis.

• 28/05 a 28/06 – 31 dias;

• 28/06 a 28/07 – 30 dias;

• 28/07 a 28/08 – 31 dias;

• 28/08 a 28/09 – 31 dias;

• 28/09 a 28/10 – 30 dias;

• 25/10 a 28/10 – 3 dias (devemos abater este período).

O total do prazo em dias úteis é:

Podemos converter esse tempo em meses:

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O enunciado forneceu o valor atual do título no valor de R$3000. Como o desconto


é por fora, lembre-se: desconto comercial incide sobre o valor nominal.

Questão 26    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um título de valor de face de


R$ 15.000,00, com vencimento para 90 dias, foi descontado – desconto simples
por fora, ou desconto comercial – à taxa de desconto de 60% ao ano.
O valor do desconto, em reais, foi:
a) 1.500.
b) 1.750.
c) 2.000.
d) 2.250.
e) 2.500.

Letra d.
Infelizmente, muitas vezes, as questões são ambíguas e não especificam qual tipo
de desconto utilizar deve ser utilizado. Minha recomendação é que, quando se tra-
tar de uma decisão de investimentos, utilize-se o desconto racional composto.
Por outro lado, quando se tratar de uma operação bancária, descontos de duplica-
tas, deve-se usar o comercial simples. É o caso desta questão.
Transformemos a taxa anual em mensal.

Agora, calcularemos o desconto por fora.

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Questão 27    (CESPE/ANTAQ/2009/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Um comer-


ciante dispõe, hoje, de R$10000,00 para pagamento de um título em um banco
que usa taxa de juros nominal de 60% ao ano, para desconto racional composto,
e taxa de juros compostos igual a 5% ao mês, para remuneração de um fundo de
investimentos próprio. O valor nominal do referido título é de R$11025,00, com
vencimento daqui a 4 meses.
Com relação à situação apresentada, julgue os itens a seguir, tomando 1,2155
como valor aproximado para  
1) No referido banco, a taxa de juros efetiva bimestral para desconto racional
composto é menor que 10%.
2) Os  R$10000,00 em posse do comerciante não são suficientes para o paga-
mento do título hoje.
3) Se fosse adotado pelo banco o desconto comercial simples, então o título po-
deria ser pago hoje com desconto maior que R$2000,00.
4) Se o comerciante aplicar hoje todo o dinheiro no fundo de investimentos do
banco, então poderá saldar sua dívida daqui a 2 meses e ainda lhe restarão
R$1025,00.

Item 1: errado.

Sempre que a questão fornece uma taxa de juros nominal, o primeiro passo a a

ser dado para sua resolução é converter essa taxa em efetiva usando o conceito de

proporcionalidade. Como 1 ano é igual a 12 meses:

Agora, podemos calcular a taxa de juros efetiva bimestral pela expressão das taxas

equivalentes.

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Item 2: errado.

Para saber se o comerciante poderá pagar o título hoje, devemos aplicar o desconto

racional composto à taxa de 5% ao mês, pois é dessa maneira que o banco traba-

lha. Assim, calculamos o valor atual de sua dívida:

Portanto, o comerciante pode, sim, pagar a dívida.

Item 3: certo.

Supondo que a taxa de desconto fosse a mesma, teríamos:

Item 4: certo.

Este item é bastante capcioso, porque pede uma avaliação da situação financeira do

comerciante daqui a 2 meses, considerando sua possibilidade de investimentos e

sua dívida. Essa situação pode ser representada graficamente pela figura a seguir:

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Devemos, portanto, atualizar o capital inicial do comerciante por meio de uma apli-

cação de juros compostos no prazo de dois meses. Devemos também atualizar a dí-

vida por meio de um desconto racional composto por uma antecipação de 2 meses.

Caso o comerciante aplicasse seu dinheiro a uma taxa de juros compostos de 5%

ao mês –taxa oferecida pelo fundo de investimentos do banco que, por acaso,

é igual à taxa de desconto do próprio banco –, ele teria um montante acumulado,

ao fim de 2 meses, de:

Nesse período, a dívida deve ser atualizada por meio de um desconto racional com-

posto. O valor de R$11025 é o valor nominal no vencimento (daqui a 4 meses).

Pagando a dívida somente daqui a 2 meses, o comerciante, na verdade, fará uma

antecipação de 2 meses.

Portanto, o comerciante teria um montante acumulado superior ao valor atual de

sua dívida. Logo, poderia pagá-la e ainda sobrariam:

Questão 28    (FCC/ICMS-SP/2009/QUESTÃO TRAQUINA ) Um título é descontado

2 anos antes de seu vencimento a uma taxa positiva i ao ano. Se for utilizado o

desconto racional composto, o valor atual do título é igual a R$25000,00 e, se for

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utilizado o desconto comercial composto, o valor atual é igual a R$23040,00. O va-

lor nominal deste título é igual a:

a) R$40000,00.

b) R$36000,00.

c) R$34000,00.

d) R$32000,00.

e) R$30000,00.

Letra b.

Já conhecemos as expressões para o cálculo do valor atual considerando os descon-

tos racional e comercial.

(I)

(II)

Ao dividir a expressão I pela II, eliminamos o valor nominal, facilitando obter a taxa

de juros associada à operação.

Vamos inverter as expressões:

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Agora tiremos a raiz quadrada – falaremos um pouco mais sobre isso adiante:

Vamos agora usar o produto notável do produto da soma pela diferença:

Podemos utilizar a expressão (I) para conhecer o valor nominal do título:

A seguir será explicitado como extrair a raiz quadrada de 2304.

O modo mais fácil de extrair a raiz quadrada de um número de até 4 algarismos

consiste nos seguintes passos:

• Separá-lo de dois em dois: 23.04;

• procurar o número cujo quadrado não exceda a primeira parte: no caso,

4²=16 e 5²=25, portanto, deve-se escolher o número 4;

• procurar um número cujo quadrado termine no último algarismo. Para isso,

é útil conhecer os quadrados dos números de 0 a 9.

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0² = 0
1² = 1 9² = 81
2² = 4 8² = 64
3² = 9 7² = 49
4² = 16 6² = 36
5² = 25

Perceba que 2² e 8² terminam em 4. Portanto, precisamos testar 42 e 48.

Dessa maneira, encontramos que a raiz quadrada de 2304 é igual a 48.

Questão 29    (CESPE/ABIN/2010/ADAPTADA ) Considerando que uma promissória

de valor nominal de R$5000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu ven-

cimento, em um banco cuja taxa de desconto comercial composto (por fora) é de

5% ao mês, julgue o item subsequente.

A taxa efetiva mensal dessa operação foi inferior a 6%.

Certa.

Basta aplicar a expressão que conhecemos e nos lembrarmos de que a taxa efetiva

é sempre calculada por dentro.

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Esta questão confundiu muita gente que tentou usar a expressão da relação entre

taxas de desconto por dentro e por fora para juros simples. Portanto, vamos repetir

para fixar.

Questão 30    (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTADO-

RIA) Um título de valor nominal igual a R$18522,00 vencerá daqui a 3 trimestres.

Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o critério do des-

conto racional composto, a uma taxa de juros de 5% ao trimestre.

Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 trimestres antes do ven-

cimento e a segunda opção será resgatar o título 1 trimestre antes do vencimento,

o valor de resgate do título referente à segunda opção supera o valor de resgate do

título referente à primeira opção, em R$, em:

Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625 .

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a) 926,10.

b) 882,00.

c) 900,00.

d) 800,00.

e) 840,00.

Letra e.

O valor do resgate é o valor atual, calculado pela expressão do desconto racional

composto.

Caso o título seja antecipado por 2 trimestres, teremos:

Por outro lado, caso o título seja antecipado por 1 trimestre apenas, teremos que o

valor a ser resgatado é:

Portanto, se o detentor do título esperar 1 trimestre a mais, ele receberá uma di-

ferença de:

Questão 31    (FGV/ISS-CUIABÁ/2014/AUDITOR FISCAL) Considere uma opera-

ção em que um título com prazo de vencimento de 2 meses é descontado no regime

de juros compostos.

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No caso do valor do desconto composto ser exatamente igual ao valor presente do

título, assinale a opção que indica a taxa de desconto por fora.

a) 21%.

b) 29%.

c) 33%.

d) 41%.

e) 50%.

Letra b.

Considerando desconto por fora, o valor atual de um título é dado por:

Queremos que o valor do título seja igual ao desconto, portanto:

Basta substituir na expressão anterior:

Assim, temos:

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Questão 32    (FCC/SEFAZ-PI/2015/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL)

Três meses antes de seus vencimentos, dois títulos foram descontados em um

banco, com taxa de desconto de 48% ao ano. Sabe-se que o valor nominal do pri-

meiro título era o dobro do valor nominal do segundo. Para o primeiro, utilizou-se a

operação de desconto comercial simples e, para o segundo, a de desconto racional

simples. Se a soma dos descontos foi igual a R$ 1.215,00 o módulo da diferença

entre os dois valores líquidos recebidos foi de:

a) R$3965,00.

b) R$9285,00.

c) R$3035,00.

d) R$3500,00.

e) R$3830,00.

Letra c.

Como a taxa de desconto foi fornecida em % ao ano e o prazo de desconto, em me-

ses, vamos converter a taxa em % ao mês usando o conceito de taxa proporcional.

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Podemos dizer que o primeiro título possuía valor nominal 2N, enquanto o segundo
possuía valor nominal N. Dessa maneira, temos que o primeiro título sofreu des-
conto comercial, o qual incide sobre o valor nominal.

Já o segundo título sofreu desconto racional.

Sabemos a soma dos descontos recebidos. Podemos, então, escrever:

Dessa maneira, podemos calcular os valores líquidos recebidos pelos dois títulos.
Para o título 1, temos:

Para o título 2, temos:

Assim, a diferença entre os valores líquidos recebidos pelos títulos é:

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4. Equivalência de Capitais
O assunto de equivalência de capitais nem sempre está previsto nos editais.
A despeito disso, é o tema mais frequente no capítulo de descontos .
A maioria das bancas entende que, por ser mera aplicação do conceito de des-
contos, a equivalência de capitais pode ser cobrada sempre que o edital previr a

aplicação de descontos.

4.1. Fluxo de Caixa Descontado

Esse é o conceito mais importante de toda a Matemática Financeira, sendo mui-


to útil para os campos da Análise de Investimentos e até mesmo da Contabilidade.
Considere que você tenha um conjunto de valores a receber. Por exemplo, o seu

salário mensal, representado na Figura 4.

Figura 4. Representação de um Fluxo de Caixa.

É muito importante entender as Figuras 4 e 5.


No nosso exemplo, temos o salário mensal. Assim, na Figura 4, o período 0
corresponde ao mês atual, quando se tem o recebimento P0. O período 1 significa
daqui a 1 mês, quando se tem mais um recebimento e assim por diante.
O fluxo de caixa descontado corresponde à soma do valor presente de todas as

parcelas.

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Figura 5. Descontos das parcelas futuras a valor presente.

Como falamos quando tratamos de valor presente, precisamos aplicar um des-

conto sobre cada parcela futura.

Na maioria das situações da vida real e das questões, utilizamos o fluxo de caixa

descontado para tomar decisões. Devemos, portanto, utilizar o desconto racional.

Além disso, como juros compostos são a situação mais comum, devemos utili-

zar o desconto racional composto.

Por isso, caso a questão não especifique que tipo de desconto deve ser aplicado,

considere que se trata de um desconto racional composto.

Nesse caso, o fluxo de caixa descontado ficará da seguinte maneira:

Na primeira parcela,
não há desconto, Desconto da primeira Desconto da segunda Desconto da última
porque ela é rece- parcela pelo período parcela pelo período parcela pelo período
bida no momento de 1 mês. de 2 meses. de n meses.
atual.

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Repetindo a expressão do fluxo de caixa descontado (com desconto racional

composto).

Contudo, é possível que a questão especifique outro tipo de desconto a ser apli-

cado.

4.1.1. Data Focal

A data focal é aquela em que se deseja calcular o valor presente das parcelas.

Na Figura 6, trouxemos todas as parcelas a valor presente (t=0). Por isso, essa

é a data focal.

Figura 6. t=0 é a data focal.

No entanto, eventualmente, poderíamos ter interesse em outra data focal. Por

exemplo, suponha que não vamos realizar nenhum recebimento no tempo presente

e que apenas começaremos a receber daqui a 1 ano.

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Nesse caso, faz sentido considerar t=1 como data focal. Vejamos uma ilustra-

ção.

Figura 7. t=1 é a data focal.

É interessante notar que os juros compostos – e, consequentemente, os des-


contos – possuem a propriedade de cindibilidade do prazo.
Por conta disso, a escolha da data focal não interfere numa decisão de investi-
mentos, tendo-se em conta desconto composto.
Os capitais de R$1000 no mês 0, R$1100 no mês 1, R$1210 no mês 2 e R$1331
no mês 3, por exemplo, são equivalentes a uma taxa de desconto racional compos-
to de 10% ao mês qualquer que seja a data focal considerada.
Por exemplo, na data focal t=0, calculemos os valores presentes de cada par-

cela:

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Figura 8. Cindibilidade do prazo no desconto composto.

Como os valores presentes dos quatro capitais são iguais, dizemos que são

equivalentes. Em outras palavras, é indiferente pagar R$1000 hoje, pagar R$1100

daqui a 1 ano, R$1210 daqui a 2 anos ou R$1331 daqui a 3 anos, considerando um

desconto racional composto de 10% ao ano.

Agora, calculemos o valor futuro dessas parcelas na data focal t=3. Nesse caso,

como tratamos de valor futuro, aplicaremos juros compostos, não desconto.

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Observe que, apesar de termos mudado a data focal, a conclusão não mu-

dou. Os valores futuros dos quatro capitais do exemplo continuam iguais. Portanto,

os capitais permanecem equivalentes.

No entanto, quando a questão fala de equivalência de capitais a desconto sim-

ples, a data focal é indispensável para resolver o problema.

Vejamos um exemplo prático de como isso funciona. Os capitais de R$1000 no

mês 0, R$1100 no mês 1, R$1200 no mês 2 e R$1300 no mês 3 são equivalentes

a uma taxa de desconto racional simples de 10% ao mês na data focal t=0.

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Figura 9. Equivalência de capitais a juros simples.

Calculemos o valor presente de cada uma das parcelas citadas:

Como os valores presentes de todas as parcelas na data focal t=0 são iguais,

temos que os capitais são realmente equivalentes.

Vejamos agora o que acontece quando calculamos os valores futuros das par-

celas na data focal t=1. Como se trata de um valor futuro, devemos aplicar juros

simples, não descontos.

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Figura 10. Ilustração da incindibilidade do prazo em operações de desconto simples.

Sendo assim, na data focal t=3, os capitais não são mais equivalentes. Isso se
deve à propriedade de incindibilidade do prazo nas aplicações de juros simples.
Por isso, nas questões de equivalência de capitais a juros simples, a data focal

deverá ser informada pela banca.

Questão 33    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um co-

merciante que deve a um banco um título de valor nominal igual a R$ 23450,00,

com vencimento para daqui a 2 meses, negociou com o banco a prorrogação da

dívida por mais 4 meses. Considerando a data focal como o momento atual e que,

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para o título acima, o banco adotou o desconto comercial simples à taxa de 60%

ao ano, então o valor nominal, em reais, do novo título será superior a R$29.000 e

inferior a R$31000.

Certo.

O primeiro cuidado que se deve ter nesta questão é converter a taxa de juros anual

em mensal, pois o tempo foi dado em meses. Como o desconto é simples, utiliza-

remos o conceito de taxa proporcional. Basta apenas dividir por 12, já que 1 ano é

igual a 12 meses.

Agora, vamos desenhar os dois capitais pedidos. A dívida seria paga por R$23450

daqui a 2 meses. Queremos saber o capital equivalente daqui a 4 meses, conside-

rando a data atual como focal (t = 0).

Para calcular o capital equivalente, o banco utiliza o desconto comercial simples.

Portanto, tem-se:

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Questão 34    (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) Uma


pessoa tem uma dívida a ser cumprida que é composta das seguintes parcelas:
• uma parcela de R$ 2.000,00 que vence daqui a um mês;
• uma parcela de R$ 3.000,00 que vence daqui a 2 meses;
• uma parcela de R$ 4.000,00 que vence daqui a 3 meses.
A taxa de juros compostos que está sendo cobrada é 4% ao mês. Se a pessoa
decidir liquidar integralmente o empréstimo na data de vencimento da parcela de
R$2000,00, o valor total que deve ser pago nesta data, desprezando-se os centa-
vos, é, em reais,
a) 8583,00.
b) 8001,00.
c) 8560,00.
d) 8588,00.
e) 8253,00.

Letra a.
Quando um empréstimo é tomado em uma instituição financeira qualquer, ela en-

xerga tal empréstimo como um investimento e, consequentemente, usará o des-

conto racional composto.

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Como queremos saber o valor que deve ser pago integralmente no mês 1, devemos

trazer todas as parcelas para esse mês.

Agora, aplicando o desconto racional composto para trazer todas as parcelas a va-

lor presente, tem-se:

Questão 35    (FCC/TRE-PR/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) A

Cia. Só Queijos adquiriu um imóvel para ser pago em 5 parcelas iguais de R$8000,00,

vencíveis em 30, 60, 90, 120 e 150 dias, respectivamente, após a data da compra.

Após pagar a terceira parcela, a Cia. verificou que possuía condições financeiras de

quitar as demais parcelas nesta mesma data. Sabendo que a taxa de juros compos-

tos cobrada era 4% a.m., o valor que a Cia. Só Queijos desembolsou para quitar o

imóvel, após pagar a terceira parcela, foi, desprezando-se os centavos, em reais,

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a) 13413,00.

b) 15052,00.

c) 15099,00.

d) 15040,00.

e) 15088,00.

Letra e.

Na minha visão, essa é uma questão de Sistemas de Amortização. Contudo, pode

ser resolvida de maneira relativamente simples com a aplicação do conceito de

desconto racional composto.

Façamos um esquema da situação. A companhia já efetuou 3 pagamentos e deseja

saber quanto deve pagar pelas duas parcelas que ainda restam.

Sendo D o valor desse pagamento antecipado, temos que D deve corresponder aos

descontos compostos aplicados às duas últimas parcelas.

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Questão 36    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA – CONTADOR) Fábio contraiu hoje

um empréstimo. Vai devolvê-lo em duas parcelas, uma no valor de R$2142,40,

vencível daqui a 1 mês, e outra, no valor de R$2970,52, vencível daqui a 2 meses.

Neste empréstimo, foram utilizados juros compostos, à taxa de 3% ao mês. Nessas

condições, o valor do empréstimo foi de:

a) R$4320,00.

b) R$4930,92.

c) R$4880,00.

d) R$5004,00.

e) R$5112,92.

Letra c.

Nesta questão, temos uma ideia bem semelhante ao que foi visto anteriormente.

Basta trazer as duas parcelas a valor presente.

Façamos as contas:

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Questão 37    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um comerciante

vende seus produtos em duas parcelas mensais e iguais, sendo a primeira com

vencimento em 30 dias após a compra. Os clientes se recusam a pagar à vista sem

desconto. Se, para o comerciante, o dinheiro rende 25% ao mês, o máximo de des-

conto que pode ser oferecido, de modo a tornar financeiramente indiferente para

ele a alternativa escolhida pelos clientes é, aproximadamente:

a) 25%.

b) 26%.

c) 27%.

d) 28%.

e) 29%.

Letra d.

A FGV nos brindou com excelentes questões de Matemática Financeira nessa prova

de alto nível do ISS-Niterói.

Esta questão ilustra muito bem a diferença entre os descontos racional e comercial.

Seja P o preço do produto sem desconto, o cliente pode efetuar o pagamento em

duas parcelas sem juros, ou seja, pagando P/2 em cada parcela.

Outra situação é que o cliente pode levar o pagamento com um desconto à vista a

uma taxa de desconto j, o que configura desconto comercial, pois se trata de uma

operação do dia a dia de varejo.

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O comerciante deseja avaliar qual o maior valor de desconto possível de ser conce-

dido para o pagamento à vista.

Para isso, deve trazer as duas parcelas a valor presente, como ilustrado na figura

anterior. Como essa é uma decisão de investimentos, ele deve aplicar o desconto

racional.

Que taxa deve ser utilizada? Como já vimos em outros exemplos, é a taxa da ope-

ração financeira que o comerciante tem à sua disposição.

Sendo assim, temos os seguintes fluxos equivalentes:

Quando temos 25 no denominador, devemos multiplicar por 4 para facilitar as con-

tas:

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Questão 38    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)


Uma casa foi colocada à venda por R$120000 à vista ou em três parcelas, sendo
a primeira de R$20000 no ato da compra e mais duas mensais e consecutivas: a
primeira no valor de R$48000 a ser pago 1 mês após a compra e a segunda, no fi-
nal do segundo mês, no valor de R$72000. Se a taxa de juros compostos na venda
parcelada for de 20% ao mês, a melhor opção de compra é pela compra parcelada.

Certo.
Na figura a seguir, desenharemos a situação apresentada. Apenas para facilitar o

entendimento, colocaremos a opção de compra à vista de cabeça para baixo.

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Como se trata de uma tomada de decisão financeira, devemos utilizar o desconto


racional. Devemos trazer as três parcelas a valor presente e calcular o fluxo de cai-
xa descontado associado a elas.

Dessa maneira, a compra parcelada equivale a um valor atual de R$110000, o que


é inferior ao valor para pagamento à vista. Portanto, vale mais a pena a compra
parcelada.
Em termos de concursos, não há dúvidas de que devemos marcar o gabarito certo.
Contudo, na vida real, um caso como esse seria considerado impreciso.
Quando a pergunta é: “Vale a pena comprar à vista ou em parcelas?”, a taxa de
desconto que se deve levar em conta é aquela que deriva da preferência temporal
do pagador, não a taxa de juros pactuada no empréstimo.
Por exemplo, suponha que você queira comprar a casa e a sua outra opção seria
investir em títulos públicos que rendem 7% ao ano.
Nesse caso, o valor atual das parcelas seria:

Portanto, se você tivesse apenas duas opções do que fazer com o dinheiro – com-
prar a casa à vista ou comprar parcelado mantendo o dinheiro investido em Tesouro
Selic –, valeria a pena comprar à vista, pois o valor atual das parcelas é superior a
R$120000.

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Por outro lado, se você fosse um empreendedor e pudesse investir o dinheiro a uma
taxa de juros de 25% ao ano.

É por isso que investidores do mercado financeiro e empreendedores costumam


fazer compras parcelas – ou mesmo nem comprar sua casa própria, como é o caso
do autor desta aula .

Questão 39    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)


João comprou um equipamento, cujo preço à vista era de R$800, em duas presta-
ções mensais, consecutivas e distintas. A primeira prestação, de R$440, foi paga 1
mês após a compra, e a taxa de juros compostos desse negócio foi de 10% ao mês.
Nessa situação, o valor da segunda prestação foi superior a R$480.

Certo.
Montaremos um diagrama representando a opção de pagamento à vista (R$800)

para baixo e as parcelas para cima.

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Para saber o valor da parcela faltante, devemos calcular o fluxo de caixa desconta-

do referente à opção de compra parcelada e igualar ao preço à vista.

Questão 40    (FCC/SEFAZ-PE/2014/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL)


Uma pessoa tomou emprestada a quantia de R$5000,00, combinando de devolvê-
-la ao fim de 4 meses, acrescida de seus juros compostos, à taxa de 3% ao mês.
Ao completar 3 meses da data do empréstimo, propõe ao credor liquidar a dívida
por meio de dois pagamentos iguais, de P reais cada, um a vencer imediatamente
e o outro daí a 3 meses. Se, na nova transação, vão utilizar o critério do desconto
composto racional, mantendo a taxa de 3% ao mês, o valor de P será igual ao pro-
duto de 5000 por::
a) 1+(1,03)²/(1,03)³.
b) 1+(1,03)³/(1,03) 6.
c) (1,03)6/1+(1,03)³.
d) (1,03)³/2,03.
e) (1,03)6/1+(1,03)².

Letra c.

Esta é uma questão bem complexa. Na verdade, configura um pequeno sistema de

amortização com carência.

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De qualquer maneira, basta montar o esquema acima e trazer as duas parcelas a

valor presente, como já fizemos em várias questões.

Podemos tirar o MMC no denominador:

4.2. Séries de Capitais Equivalentes

Essa é a parte da matéria mais cobrada em questões.

Tomemos como exemplos duas séries ou fluxos de capitais, A e B.

A B

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Duas séries de capitais são equivalentes quando seus fluxos de caixa desconta-

do numa dada data focal forem iguais.

É mais fácil de entender esse conceito em questões.

Questão 41    (FGV/SEFAZ-RJ/2011 ) A tabela acima indica dois fluxos de caixa.

Sabendo-se que a taxa é de 10% ao ano, juros simples, o valor de X que torna os

dois fluxos de caixa equivalentes é:

Ano A B

1 60.000 X

4 65.000 78.000

7 100.000 50.000

a) 67.500.

b) 81.250.

c) 88.500.

d) 76.575.

e) 78.500.

Letra b.

Em primeiro lugar, essa questão está nula, tendo em vista que falou de desconto

simples sem falar na data focal desejada.

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Contudo, como provavelmente não houve nenhum recurso nesse sentido, vamos

considerar a resolução que leva ao gabarito.

O mais natural é considerar t = 0 (data presente) como data focal. Como não há

nenhum fluxo nessa data, tomaremos o primeiro momento em que há fluxo de cai-

xa. No caso, t = 1 será a data focal.

Queremos que os dois fluxos de capital sejam equivalentes com base no desconto

simples. Recordemos a fórmula do desconto racional simples.

Em primeiro lugar, observe que os fluxos de R$65000 e R$78000 ocorrem no mês

4 e estão sendo descontados ao mês 1. Portanto, houve uma antecipação de 3

meses. Já os fluxos que ocorrem no mês 7 estão sendo antecipados por 6 meses.

Dessa maneira, o fluxo de caixa descontado de A é:

Já o fluxo de caixa descontado de B é:

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Como os dois fluxos são equivalentes:

Questão 42    (CESPE/SEFAZ-AC/2009 ) Em uma instituição financeira que usa o

desconto comercial composto à taxa de 1% ao mês, um comerciante contraiu um

empréstimo, no valor nominal de R$882700,00, para ser liquidado em uma única

parcela um ano após o empréstimo. Nessa situação, e considerando (0,99)6 = 0,94,

se o comerciante desejar mudar a forma de pagamento do empréstimo para duas

parcelas de valores iguais, a  serem pagas, respectivamente, ao  final do sexto e

décimo segundo meses, então o valor de cada parcela será igual a:

a) R$389976,86.

b) R$426800,00.

c) R$427700,00.

d) R$441350,00.

Letra c.

Para facilitar o entendimento, colocaremos o valor nominal virado para baixo.

Além disso, como feito na Questão 44, consideraremos a data focal como t = 6,

porque é a primeira data na qual existe um pagamento. Essa data focal é muito útil

para facilitar as contas.

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Agora, queremos que os dois fluxos de pagamento sejam equivalentes, consideran-

do desconto comercial composto.

97 é primo, porém, podemos simplificar o 882700 por 97:

Questão 43    (CESPE/TCE-PR/2016) Ao estudar uma proposta de negócio com du-

ração de 2 anos, um investidor espera o cenário apresentado na tabela precedente,

em que os valores estão em reais. Nessa situação, se a taxa anual de juros para

desconto do fluxo for de 10% ao ano, e se o investidor desejar um fluxo equivalente

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ao do cenário apresentado, mas com retornos iguais nos 2 anos, o valor de cada
retorno será:

a) R$61000.
b) R$60000.
c) R$64000.
d) R$63000.
e) R$62000.

Letra b.
Nas questões de equivalência de capitais, é sempre interessante desenhar os fluxos
de caixa para entender melhor o problema.
O fluxo de caixa descrito no enunciado está à esquerda e foi solicitado o fluxo de

caixa equivalente com recebimentos iguais.

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Em primeiro lugar, note que o investimento de R$100000 é igual em ambos os ca-

sos. Portanto, já podemos eliminá-lo. Além disso, para facilitar as contas, conside-

raremos focal a data t = 1.

Uma maneira simples de resolver esse tipo de problema com fluxos de caixa é mul-

tiplicar por 1,1 para facilitar as contas.

Questão 44    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um indivíduo precisa pagar

três parcelas para quitar a compra de um terreno. São cobrados juros compostos de

30% ao semestre. As parcelas são de R$120000,00; R$180000,00 e R$338000,00

e vencem em 6 meses, 1 ano e 2 anos, respectivamente.

Esses três pagamentos podem ser substituídos por um único pagamento, daqui a 1

ano, no valor, em reais, de:

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a) 458.461,54.

b) 518.461,54.

c) 536.000,00.

d) 596.000,00.

e) 638.000,00.

Letra c.

Como a taxa de juros foi fornecida em semestre, vamos converter os períodos de 1

ano e 2 anos para 2 semestres e 4 semestres, respectivamente.

Tomada essa precaução, tracemos as duas situações na figura a seguir. Tomaremos

o período t = 2 como data focal a fim de facilitar as contas.

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Para que os fluxos de caixa sejam equivalentes, devemos fazer o somatório do flu-

xo de caixa descontado. No caso da parcela a ser paga em t = 1, faz-se o seu valor

futuro por meio do cálculo de juros compostos.

5. Aplicações de Renda Fixa
Este é um assunto que vem sendo cada vez mais explorado em provas. Pode

também ser extremamente relevante para a vida quando você passar em um con-

curso público.

Uma aplicação de renda fixa é, normalmente, um contrato de empréstimo em

que o investidor empresta dinheiro a um banco ou ao governo.


Nesse bloco, você aprenderá os elementos básicos das principais aplicações da

Renda Fixa, a começar por seu conceito.

Um título é de renda fixa quando a lei de formação de seus valores futuros é co-

nhecida.

Essa definição é válida, ainda que não seja possível calcular com base em infor-

mações disponíveis atualmente.

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No caso de uma ação, não existe uma lei de formação dos preços futuros.

O preço de uma ação oscila ao sabor da oferta e da demanda.

O mesmo não acontece um título de renda. Nesse caso, existe uma lei de for-

mação, a qual pode ser escrita em função de indicadores estudados adiante.

5.1. Títulos Pós-Fixados

São os títulos mais fáceis de trabalhar, além de serem os mais comuns em ban-

cos: CDB pós-fixados e Tesouro Selic, no caso da dívida do governo brasileiro.

Esses títulos são atrelados a um indicador de referência. No caso de um CDB,

esse indicador é a taxa de juros CDI. Já no Tesouro Selic, é a própria taxa Selic.

A taxa Selic e o CDB são obtidos como uma média das taxas de juros cobradas

nas operações interbancárias. A forma de cálculo está fora do escopo desta aula,

porém é importante saber que tais taxas são mensuradas a cada dia útil.

Os preços dos títulos pós-fixados são atualizados diariamente pelo acumulado

da taxa Selic naquele dia.

Para facilitar o seu entendimento, suponha que você tenha investido R$1000 em

Tesouro Selic em Janeiro de 2017, quando a taxa Selic era de 10% ao ano. Depois

de um ano, a taxa foi reduzida 7% ao ano.

Quanto você terá em Janeiro de 2019?

Nesse caso, a conta é bem simples de fazer. Basta fazer duas operações de juros

compostos.

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Um fato interessante a se notar sobre os títulos pós-fixados é que, considerando

taxa Selic sempre positiva, o valor desses títulos é sempre crescente.

5.2. Títulos Pré-Fixados

Os títulos pré-fixados possuem um valor nominal fixo na sua data de vencimen-

to.

No Brasil, o título pré-fixado mais conhecido é o Tesouro Pré-Fixado, um título

da dívida da União. Você pode obter mais informações sobre como investir nos tí-

tulos da dívida da União em:

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto

O Tesouro Pré-fixado vale R$1000 na sua data de vencimento. Por exemplo, no

momento da composição desta aula, os dados eram os seguintes:

Taxa de Rendimento Valor Preço


Título Vencimento
(% a.a.) Mínimo Unitário
Tesouro Pré-fixado 2020 (LTN) 1º/01/2020 8,26 R$33,98 R$849,73
Tesouro Pré-fixado 2023 (LTN) 1º/01/2023 10,03 R$30,88 R$617,72

Tomemos como exemplo o Tesouro Pré-Fixado de 2020. Esse título tem venci-

mento no dia 1º de janeiro de 2020. Nessa data, ele valerá exatamente R$1000.

Esta aula foi escrita no dia 11 de dezembro de 2017. Entre as duas datas cita-

das, há um espaço de 751 dias. Portanto, usando a convenção de dias comerciais,

podemos calcular o valor presente desse título:

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Esse valor corresponde ao preço unitário. Houve pequenas diferenças, porque

o governo utiliza a convenção de dias úteis (252 dias úteis por ano), enquanto nós

utilizamos a convenção de dias exatos.

Observe que a taxa de juros influencia diretamente no valor atual de um Título

Pré-fixado. De maneira geral, podemos escrever que o preço desse título será:

Nessa expressão, o tempo a ser utilizado é o tempo que falta para o vencimento

do título.

Desse modo, quando a taxa de juros aumenta, o denominador aumenta, di-

minuindo, consequentemente, o preço do título. Analogamente, quando a taxa de

juros diminui, o denominador diminui, aumentando seu preço.

O que aconteceria, por exemplo, com o preço do Tesouro Pré-fixado 2020, caso

a taxa de juros no dia 1º de Janeiro de 2018 fosse aumentada para 10% ao

ano? E o que aconteceria se essa taxa fosse reduzida para 5% ao ano?

Na primeira hipótese, teríamos o seu valor dado por:

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Nessa situação, o investidor teria, inclusive, um pequeno prejuízo, pois investiu

R$849,73.

Por outro lado, se a taxa fosse reduzida para 5%, teríamos:

Nesse caso, o investidor teria grande lucro, 6,7%, em poucos dias (entre 11 de

dezembro e 1º de janeiro do ano seguinte) graças unicamente à redução na taxa

de juros que aconteceu no período.

Isso explica um dos fenômenos mais curiosos do mercado financeiro. Atual-

mente, vários países têm oferecido taxas de juros muito baixas ou mesmo negati-

vas para os investidores que desejam comprar seus títulos públicos. É o caso, por

exemplo, da Alemanha.

Figura 11. Taxa de Juros na Alemanha.

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O que faria um investidor comprarm um título sabendo que tjuros negativos, ou

seja, que literalmente teria que pagar para emprestar dinheiro ao governo alemão.

Simples: os investidores observam o gráfico da Figura 11 e esperam que o go-

verno alemão continue baixando as taxas de juros. Assim, poderão vender seus

títulos pré-fixados, no futuro, a um preço mais alto.

5.3. Títulos Mistos

Títulos mistos são compostos por uma parte de rendimento pré-fixada e outra

pós-fixada.

A parte pós-fixada é geralmente um fator de correção, sendo o mais comum no

Brasil o IPCA, índice que mede a inflação.

Quando você compra um Tesouro IPCA+, ele garante uma rentabilidade real, ou

seja, um rendimento acima da inflação.

Por exemplo, suponha que você investiu R$1000 em Tesouro IPCA+ com um ren-

dimento real de 6% ao ano em janeiro de 2017 e vencimento em janeiro de 2018.

A inflação acumulada até Janeiro de 2018 foi de 5% ao ano.

Nesse caso, quanto você receberá?

Calculemos, em primeiro lugar, o seu montante real.

Agora, precisamos fazer o cálculo do montante aparente, que corresponde ao

valor que você vai sacar.

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Dessa maneira, você sacará o montante de R$1113, o que lhe garantiu um re-

torno nominal de 11,3%. Contudo, esse montante corresponde a um ganho real de

6%, que foi exatamente o combinado.

Os títulos de renda fixa protegidos contra a inflação são teoricamente as melho-

res opções para você preservar o seu poder de compra.

Questão 45    (ESAF/CVM/2010/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um in-

vestidor fez uma aplicação em um título com rentabilidade pós-fixada por um prazo

de 3 meses a uma taxa de juros simples de 18% ao ano. O índice de correção a ser

aplicado ao montante passou de 80, no início, a 83,2, no fim do prazo. Qual o valor

mais próximo da rentabilidade total do título nesse prazo?

a) 8,5%.

b) 7,7%.

c) 8%.

d) 7,844%.

e) 8,68%.

Letra e.

A questão foi imprecisa. Na verdade, o termo corretora não era “rentabilidade pós-

-fixada”, mas “rentabilidade real de 18% ao ano”. No entanto, entendemos que

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se trata de um título misto, porque a questão informou o índice de correção a ser

aplicado a ele.

Calculemos o ganho real, que é dado pela taxa de rentabilidade real de 18% ao ano

por um prazo de 3 meses. Para isso, devemos lembrar que 1 ano possui 12 meses,

portanto, devemos dividir a taxa por 12.

Agora, devemos aplicar o índice de correção. Devemos entender o índice de corre-

ção como um fator de proporcionalidade entre o montante aparente e o real.

Agora, calculemos os juros recebidos:

Por fim, a rentabilidade é a razão entre os juros recebidos e o capital aplicado.

Agora, é necessário explicar um pouco melhor o índice de correção aplicado nesta

questão. Quando pegamos a razão entre eles, temos a taxa de correção:

Por exemplo, se o índice em questão for o IPCA, temos que a taxa de inflação acu-

mulada é de 4%.

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Questão 46    (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Se a ex-

pectativa de mercado for de queda da taxa de juros, então o preço de mercado

de um título de renda fixa sem cupom deverá aumentar em resposta à queda dos

juros.

Certo.

Os títulos públicos pré-fixados possuem uma dinâmica de preço que é influencia-

da diretamente pelos juros em circulação. O valor atual de um título pré-fixado é

dado por:

Portanto, quando a taxa de juros diminui, o denominador aumenta e, em resposta,

o valor atual do título cresce. Ocorre, portanto, valorização do título.

Algumas pessoas não concordaram com o gabarito oficial do CESPE, pois alegaram

que os títulos pós-fixados não seguem tal dinâmica.

De fato, um título pós-fixado é atualizado diariamente pela taxa de juros e, portan-

to, não sofre nenhuma mudança imediata de valor. Contudo, há dois fatores que

podemos comentar para defender o gabarito oficial do CESPE.

A primeira é que o enunciado não fala em “todos os títulos”´. Portanto, se con-

seguimos identificar uma classe relevante de títulos que siga o padrão proposto,

o enunciado está correto.

A segunda é que não adianta discutir questões de língua portuguesa com um pro-

fessor de matemática. Infelizmente, muitas questões não são elaboradas da me-

lhor maneira. O ideal, nesta questão, realmente seria especificar que se trata de

títulos pré-fixados.

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Questão 47    (INÉDITA/2019) Um cliente procurou um consultor de investimentos.

Ele gostaria de uma aplicação de Renda Fixa que lhe assegurasse que ele não per-
deria dinheiro no caso de aumento da taxa de juros. Nesse caso, o consultor lhe
deverá indicar títulos pré-fixados.

Errado.
Os títulos pré-fixados oscilam ao dissabor das taxas de juros – quando as taxas de-
crescem, os preços desses títulos aumentam. Portanto, esses títulos não são bons
para clientes que não podem lidar com esse risco de investimentos.

A opção mais adequada para o cliente são títulos pós-fixados, pois têm seu valor

crescente, desde que a taxa de juros seja sempre positiva.

Questão 48    Questão 4. (INÉDITA/2019) Os preços dos títulos pré-fixados de prazo

de vencimento mais longo são mais susceptíveis às oscilações nas taxas de juros do

que os preços de títulos pré-fixados de prazo de vencimento mais curto.

Certo.
Devemos nos lembrar da expressão do preço de um título pré-fixado.

Observe que, quanto maior o tempo que falta para o vencimento do título, maior
será a influência da taxa de juros sobre o seu valor. Portanto, a  afirmativa está

correta.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FGV/SEFIN–RO/2018/AUDITOR FISCAL) Em relação às operações

de desconto, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).

I – A taxa de desconto “por dentro” (racional) é inversamente proporcional ao

valor presente e ao prazo da operação.

II – A taxa de desconto “por fora” (comercial) é diretamente proporcional ao va-

lor futuro.

III – O valor do desconto “por dentro” é obtido pela multiplicação do valor futuro

pela taxa de desconto e esse produto pelo prazo da operação.

a) V – V – V

b) V – V – F

c) V – F – F

d) F – F – V

e) F – F – F

Questão 2    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$ 500,00, cujo

prazo de vencimento se encerra em 45 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de

1% ao mês, o valor do desconto simples será igual a:

a) R$7,00.

b) R$7,50.

c) R$7,52.

d) R$10,00.

e) R$12,50.

Questão 3    (CESPE/ABIN/2010 ) Considerando que uma promissória de valor no-

minal de R$ 5.000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu vencimento,

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em um banco cuja taxa de desconto comercial simples (por fora) é de 5% ao mês,

julgue o item subsequente.

O valor recebido (valor descontado) foi inferior a R$ 3.800,00.

Questão 4    (CESPE/CAIXA/2010/TÉCNICO BANCÁRIO) Se, ao descontar uma

promissória com valor de face de R$ 5.000,00, seu detentor receber o valor de R$

4.200,00 e se o prazo dessa operação for de 2 meses, então a taxa mensal de des-

conto simples por fora será igual a:

a) 5%.

b) 6%.

c) 7%.

d) 8%.

e) 9%.

Questão 5    (CESPE/TCE–AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Em um

supermercado, um cliente comprou determinado produto e, na hora de pagar,

o operador do caixa registrou um valor 9% superior ao preço impresso na etiqueta

do produto. Para corrigir o erro, o operador do caixa efetuou um desconto de R$

9,81 sobre o preço registrado, de modo que o cliente pagasse apenas o valor im-

presso na etiqueta. Nessa situação, o valor em reais registrado na embalagem do

produto era igual a:

a) 106,50.

b) 109.

c) 110,50.

d) 112.

e) 113,35.

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Questão 6    (CETRO/METRÔ-SP/2015 ) Um título com valor nominal de R$2.700 foi

descontado em uma antecipação de 5 meses, sendo beneficiado com um desconto

simples racional de R$400. Assinale a alternativa que indica o valor mais próximo

da taxa de desconto utilizada nessa operação:

a) 1,50%.

b) 2,00%.

c) 2,50%.

d) 3,00%.

e) 3,50%.

Questão 7    (ESAF/ATRFB/2012 ) Um título de R$20.000,00 foi descontado 4 me-

ses antes do seu vencimento a uma taxa de desconto comercial simples de 5% ao

mês. A taxa efetiva mensal de juros simples dessa operação é igual a:

a) 6,50%.

b) 5,50%.

c) 5,25%.

d) 6,00%.

e) 6,25%.

Questão 8    (ESAF/AFRF/2001) O desconto racional simples de uma nota promis-

sória, 5 meses antes do vencimento, é de R$800,00 a uma taxa de 4% ao mês.

Calcule o desconto comercial simples correspondente, isto é, considerando o mes-

mo título, a mesma taxa e o mesmo prazo.

Questão 9    (ESAF/TCU/2000) Uma empresa desconta um título no valor de face

de R$10.000,00 em um banco, 30 dias antes do vencimento, obtendo um desconto

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de 3% do valor nominal do título como imposto financeiro. Se o banco ainda co-

brasse uma taxa de abertura de crédito de R$50,00 e 1% do valor nominal do título

como imposto financeiro no momento do desconto do título, qual seria o custo do

empréstimo, em termos da taxa de juros real paga pela empresa?

a) 3,09% ao mês.

b) 4,00% ao mês.

c) 4,71% ao mês.

d) 4,59% ao mês.

e) 4,50% ao mês.

Questão 10    (FCC/TRT 13ª REGIÃO [PB]/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTA-

BILIDADE) Um empresário apresentou em um banco uma duplicata para desconto

6 meses antes do seu vencimento. O título tinha valor nominal de R$145.000,00 e a

taxa de desconto comercial simples utilizada pelo gerente da agência foi de 1,75%

ao mês. A taxa efetiva da operação no período foi, em %, aproximadamente,

a) 9,59.

b) 12,98.

c) 10,50.

d) 11,73.

e) 10,97.

Questão 11    (FCC/SEFAZ-PE/2014) Um título de valor nominal R$1.196,00 vai ser

descontado 20 dias antes do vencimento à taxa mensal de desconto simples de

6%. O módulo da diferença entre os dois descontos possíveis, o racional e o co-

mercial, é de:

a) R$12,08.

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b) R$18,40.

c) R$0,96.

d) R$1,28.

e) R$1,84.

Questão 12    (FGV/ISS NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um empréstimo é

oferecido de tal forma que os juros são cobrados antecipadamente, ou seja, no ato

do empréstimo. Se forem cobrados juros de taxa de j% ao período e, se a cobrança

dos juros for antecipada, a taxa de juros cobrada é:

a) j*(1-j).

b) j/(1+j).

c) j*(1+j).

d) j/(1-j).

e) (1-j)*(1+j).

Questão 13    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um tí-

tulo com valor nominal de R$1000,00 foi resgatado 8 meses antes de seu venci-

mento, à taxa de desconto comercial simples de 6,4% ao mês. O valor do desconto

obtido foi aplicado em um fundo de investimentos, remunerado sob uma taxa de

juros compostos, capitalizados mensalmente, de modo que, 3 meses após a aplica-

ção, o montante igualou-se ao valor nominal do título.

Nessa situação, sabendo-se que 83 = 512, é correto afirmar que a taxa mensal de

juros usada pelo fundo de investimentos foi igual a:

a) 25%.

b) 32%.

c) 41,2%.

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d) 46,2%.

e) 150%.

Questão 14    (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016/ANALISTA DE INVESTIMENTOS)

Para uma operação com prazo de 1 ano, com taxa de juros anual e mesmo capital

investido, os sistemas de juros simples e de juros compostos produzem o mesmo

montante.

Questão 15    (FCC/SABESP/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ADMINISTRAÇÃO)

Um título será descontado em um banco 4 meses antes de seu vencimento. Se for

utilizada a operação de desconto racional simples, a uma taxa de desconto de 24%

ao ano, então o valor atual do título será de R$ 30.000,00. Se for utilizada a ope-

ração de desconto comercial simples, também a uma taxa de desconto de 24% ao

ano, o correspondente valor do desconto será, em R$, de:

a) 2.592,00.

b) 2.890,00.

c) 2.658,00.

d) 2.756,00.

e) 2.600,00.

Questão 16    (FCC/SEFAZ-PI/2015) A taxa de desconto realizada em um banco

para as operações de desconto de títulos é de 24% ao ano. Se um título é descon-

tado neste banco 3 meses antes de seu vencimento, verifica-se que o valor do des-

conto comercial simples supera o valor do desconto racional simples em R$73,80.

O valor atual do título, considerando o desconto comercial simples, é igual a:

a) R$19.768,20.

b) R$20.238,20.

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c) R$20.285,20.

d) R$20.332,20.

e) R$20.426,20.

Questão 17    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA/CONTADOR) Marcos tem em mãos

dois títulos: um, de valor nominal R$3024,00, vencível daqui a 4 meses, e outro, de

valor nominal R$5040,00, vencível daqui a 6 meses. Necessitando de dinheiro, re-

solveu descontá-los hoje e tem duas propostas, ambas com juros de 24% ao ano:

• Banco A, que utiliza o desconto racional simples;

• Banco B, que utiliza o desconto comercial simples.

Se optar por descontá-los no Banco A, receberá, em relação ao que receberia se

optasse pelo Banco B:

a) R$54,25 a mais.

b) R$63,94 a mais.

c) R$22,30 a menos.

d) R$82,72 a mais.

e) R$31,40 a menos.

Questão 18    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR – ADMINISTRADOR) O valor recebido, na data de hoje, por uma empresa

que descontou um título de valor nominal de R$23650,00, que vence daqui a 4

meses, é igual a R$21285,00. Sabe-se que foi utilizada a operação do desconto

comercial simples a uma taxa de desconto mensal igual a i. Caso fosse utilizada a

operação do desconto racional simples, também a uma taxa de desconto mensal

igual a i, verifica-se que o valor do desconto, em R$, seria de:

a) 2.200,00.

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b) 2.365,00.

c) 2.150,00.

d) 2.050,00.

e) 2.250,00.

Questão 19    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$2000,00,

cujo prazo de vencimento é de 60 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de 1%

ao mês, o valor do desconto composto será igual a:

a) R$40,00.

b) R$39,80.

c) R$39,95.

d) R$38,80.

e) R$20,00.

Questão 20    (FGV/COMPESA/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ECONOMIA) Seja

um título de R$100,00, cujo prazo de vencimento é de 2 meses. Supondo que a

taxa de desconto “por fora” é de 10% ao mês. Assinale a opção que indica o valor

do desconto composto.

a) R$0,81.

b) R$3,96.

c) R$12,00.

d) R$15,00.

e) R$19,00.

Questão 21    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) O

valor do desconto racional composto de um título cujo valor nominal é R$25000,00,

se o prazo de vencimento é de 2 anos e a taxa de desconto é de 25% ao ano, é:

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a) R$6500,00.

b) R$5875,50.

c) R$7247,50.

d) R$7500,00.

e) R$9000,00.

Questão 22    (ESAF ) Um título foi descontado por R$840,00, 4 meses antes de seu

vencimento. Considerando , calcule o desconto obtido levando em

consideração um desconto racional composto a uma taxa de 3% ao mês.

a) R$140,00.

b) R$104,89.

c) R$168,00.

d) R$93,67.

e) R$105,43.

Questão 23    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) O valor

presente, sob o regime de juros compostos, quando o montante final é R$50000,

a taxa de juros de 25% ao ano e o período 2 anos, é:

a) 30.000,00.

b) 32.000,00.

c) 29.150,85.

d) 34.325,75.

e) 31.875,25.

Questão 24    (FCC/SEFAZ-PI/2015) Sabe-se que o valor dos juros corresponden-

tes a uma dívida que vence daqui a 3 anos é igual a R$3972,00, considerando uma

taxa de juros compostos de 10% ao ano. Esta mesma dívida, considerando uma

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taxa de juros compostos de 5% ao semestre e com vencimento daqui a 1 ano,

apresentaria um valor de juros (J), em reais, tal que:

a) 

b) 

c) 

d) 

e) 

Questão 25    (FEPESE/SEFAZ-SC/2010/ANALISTA FINANCEIRO) Um título, com

vencimento em 25 de outubro, foi descontado por R$3000,00 em 28 de maio do

mesmo ano. Considere o ano civil (365 dias) e uma taxa de juros simples de 2% ao

mês. Assinale a alternativa que indica o valor do resgate (valor nominal) do título,

utilizando o Desconto Comercial Simples (desconto por fora).

a) R$2222,22.

b) R$3333,33.

c) R$4444,44.

d) R$5555,55.

e) R$6666,66.

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Questão 26    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um título de valor de face de


R$ 15.000,00, com vencimento para 90 dias, foi descontado – desconto simples
por fora, ou desconto comercial – à taxa de desconto de 60% ao ano.
O valor do desconto, em reais, foi:
a) 1.500.
b) 1.750.
c) 2.000.
d) 2.250.
e) 2.500.

Questão 27    (CESPE/ANTAQ/2009/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Um comer-


ciante dispõe, hoje, de R$10000,00 para pagamento de um título em um banco
que usa taxa de juros nominal de 60% ao ano, para desconto racional composto,
e taxa de juros compostos igual a 5% ao mês, para remuneração de um fundo de
investimentos próprio. O valor nominal do referido título é de R$11025,00, com
vencimento daqui a 4 meses.
Com relação à situação apresentada, julgue os itens a seguir, tomando 1,2155
como valor aproximado para  .
1) No referido banco, a taxa de juros efetiva bimestral para desconto racional
composto é menor que 10%.
2) Os  R$10000,00 em posse do comerciante não são suficientes para o paga-
mento do título hoje.
3) Se fosse adotado pelo banco o desconto comercial simples, então o título po-

deria ser pago hoje com desconto maior que R$2000,00.

4) Se o comerciante aplicar hoje todo o dinheiro no fundo de investimentos do

banco, então poderá saldar sua dívida daqui a 2 meses e ainda lhe restarão

R$1025,00.

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Questão 28    (FCC/ICMS-SP/2009/QUESTÃO TRAQUINA ) Um título é descontado

2 anos antes de seu vencimento a uma taxa positiva i ao ano. Se for utilizado o

desconto racional composto, o valor atual do título é igual a R$25000,00 e, se for

utilizado o desconto comercial composto, o valor atual é igual a R$23040,00. O va-

lor nominal deste título é igual a:

a) R$40000,00.

b) R$36000,00.

c) R$34000,00.

d) R$32000,00.

e) R$30000,00.

Questão 29    (CESPE/ABIN/2010/ADAPTADA ) Considerando que uma promissória

de valor nominal de R$5000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu ven-
cimento, em um banco cuja taxa de desconto comercial composto (por fora) é de

5% ao mês, julgue o item subsequente.

A taxa efetiva mensal dessa operação foi inferior a 6%.

Questão 30    (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTADO-

RIA) Um título de valor nominal igual a R$18522,00 vencerá daqui a 3 trimestres.

Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o critério do des-

conto racional composto, a uma taxa de juros de 5% ao trimestre.

Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 trimestres antes do ven-

cimento e a segunda opção será resgatar o título 1 trimestre antes do vencimento,

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o valor de resgate do título referente à segunda opção supera o valor de resgate do

título referente à primeira opção, em R$, em:

Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625 .

a) 926,10.

b) 882,00.

c) 900,00.

d) 800,00.

e) 840,00.

Questão 31    (FGV/ISS-CUIABÁ/2014/AUDITOR FISCAL) Considere uma opera-

ção em que um título com prazo de vencimento de 2 meses é descontado no regime

de juros compostos.

No caso do valor do desconto composto ser exatamente igual ao valor presente do

título, assinale a opção que indica a taxa de desconto por fora.

a) 21%.

b) 29%.

c) 33%.

d) 41%.

e) 50%.

Questão 32    (FCC/SEFAZ-PI/2015/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL)

Três meses antes de seus vencimentos, dois títulos foram descontados em um

banco, com taxa de desconto de 48% ao ano. Sabe-se que o valor nominal do pri-

meiro título era o dobro do valor nominal do segundo. Para o primeiro, utilizou-se a

operação de desconto comercial simples e, para o segundo, a de desconto racional

simples. Se a soma dos descontos foi igual a R$ 1.215,00 o módulo da diferença

entre os dois valores líquidos recebidos foi de:

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a) R$3965,00.

b) R$9285,00.

c) R$3035,00.

d) R$3500,00.

e) R$3830,00.

Questão 33    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um co-

merciante que deve a um banco um título de valor nominal igual a R$ 23450,00,

com vencimento para daqui a 2 meses, negociou com o banco a prorrogação da

dívida por mais 4 meses. Considerando a data focal como o momento atual e que,

para o título acima, o banco adotou o desconto comercial simples à taxa de 60%

ao ano, então o valor nominal, em reais, do novo título será superior a R$29.000 e

inferior a R$31000.

Questão 34    (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) Uma

pessoa tem uma dívida a ser cumprida que é composta das seguintes parcelas:

• uma parcela de R$ 2.000,00 que vence daqui a um mês;

• uma parcela de R$ 3.000,00 que vence daqui a 2 meses;

• uma parcela de R$ 4.000,00 que vence daqui a 3 meses.

A taxa de juros compostos que está sendo cobrada é 4% ao mês. Se a pessoa

decidir liquidar integralmente o empréstimo na data de vencimento da parcela de

R$2000,00, o valor total que deve ser pago nesta data, desprezando-se os centa-

vos, é, em reais,

a) 8583,00.

b) 8001,00.

c) 8560,00.

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d) 8588,00.

e) 8253,00.

Questão 35    (FCC/TRE-PR/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) A

Cia. Só Queijos adquiriu um imóvel para ser pago em 5 parcelas iguais de R$8000,00,

vencíveis em 30, 60, 90, 120 e 150 dias, respectivamente, após a data da compra.

Após pagar a terceira parcela, a Cia. verificou que possuía condições financeiras de

quitar as demais parcelas nesta mesma data. Sabendo que a taxa de juros compos-

tos cobrada era 4% a.m., o valor que a Cia. Só Queijos desembolsou para quitar o

imóvel, após pagar a terceira parcela, foi, desprezando-se os centavos, em reais,

a) 13413,00.

b) 15052,00.

c) 15099,00.

d) 15040,00.

e) 15088,00.

Questão 36    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA – CONTADOR) Fábio contraiu hoje

um empréstimo. Vai devolvê-lo em duas parcelas, uma no valor de R$2142,40,

vencível daqui a 1 mês, e outra, no valor de R$2970,52, vencível daqui a 2 meses.

Neste empréstimo, foram utilizados juros compostos, à taxa de 3% ao mês. Nessas

condições, o valor do empréstimo foi de:

a) R$4320,00.

b) R$4930,92.

c) R$4880,00.

d) R$5004,00.

e) R$5112,92.

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Questão 37    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um comerciante

vende seus produtos em duas parcelas mensais e iguais, sendo a primeira com

vencimento em 30 dias após a compra. Os clientes se recusam a pagar à vista sem

desconto. Se, para o comerciante, o dinheiro rende 25% ao mês, o máximo de des-

conto que pode ser oferecido, de modo a tornar financeiramente indiferente para

ele a alternativa escolhida pelos clientes é, aproximadamente:

a) 25%.

b) 26%.

c) 27%.

d) 28%.

e) 29%.

Questão 38    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

Uma casa foi colocada à venda por R$120000 à vista ou em três parcelas, sendo

a primeira de R$20000 no ato da compra e mais duas mensais e consecutivas: a

primeira no valor de R$48000 a ser pago 1 mês após a compra e a segunda, no fi-

nal do segundo mês, no valor de R$72000. Se a taxa de juros compostos na venda

parcelada for de 20% ao mês, a melhor opção de compra é pela compra parcelada.

Questão 39    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

João comprou um equipamento, cujo preço à vista era de R$800, em duas presta-

ções mensais, consecutivas e distintas. A primeira prestação, de R$440, foi paga 1

mês após a compra, e a taxa de juros compostos desse negócio foi de 10% ao mês.

Nessa situação, o valor da segunda prestação foi superior a R$480.

Questão 40    (FCC/SEFAZ-PE/2014/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL)

Uma pessoa tomou emprestada a quantia de R$5000,00, combinando de devolvê-

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-la ao fim de 4 meses, acrescida de seus juros compostos, à taxa de 3% ao mês.


Ao completar 3 meses da data do empréstimo, propõe ao credor liquidar a dívida
por meio de dois pagamentos iguais, de P reais cada, um a vencer imediatamente
e o outro daí a 3 meses. Se, na nova transação, vão utilizar o critério do desconto
composto racional, mantendo a taxa de 3% ao mês, o valor de P será igual ao pro-
duto de 5000 por::
a) 1+(1,03)²/(1,03)³.
b) 1+(1,03)³/(1,03) 6.
c) (1,03)6/1+(1,03)³.
d) (1,03)³/2,03.
e) (1,03)6/1+(1,03)².

Questão 41    (FGV/SEFAZ-RJ/2011 ) A tabela a seguir indica dois fluxos de caixa.


Sabendo-se que a taxa é de 10% ao ano, juros simples, o valor de X que torna os
dois fluxos de caixa equivalentes é:

Ano A B

1 60.000 X

4 65.000 78.000

7 100.000 50.000

a) 67.500.
b) 81.250.
c) 88.500.
d) 76.575.
e) 78.500.

Questão 42    (CESPE/SEFAZ-AC/2009 ) Em uma instituição financeira que usa o


desconto comercial composto à taxa de 1% ao mês, um comerciante contraiu um

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empréstimo, no valor nominal de R$882700,00, para ser liquidado em uma única

parcela um ano após o empréstimo. Nessa situação, e considerando (0,99)6 = 0,94,

se o comerciante desejar mudar a forma de pagamento do empréstimo para duas

parcelas de valores iguais, a  serem pagas, respectivamente, ao  final do sexto e

décimo segundo meses, então o valor de cada parcela será igual a:

a) R$389976,86.

b) R$426800,00.

c) R$427700,00.

d) R$441350,00.

Questão 43    (CESPE/TCE-PR/2016) Ao estudar uma proposta de negócio com du-

ração de 2 anos, um investidor espera o cenário apresentado na tabela precedente,

em que os valores estão em reais. Nessa situação, se a taxa anual de juros para

desconto do fluxo for de 10% ao ano, e se o investidor desejar um fluxo equivalente

ao do cenário apresentado, mas com retornos iguais nos 2 anos, o valor de cada

retorno será:

a) R$61000.

b) R$60000.

c) R$64000.

d) R$63000.

e) R$62000.

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Questão 44    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um indivíduo precisa pagar

três parcelas para quitar a compra de um terreno. São cobrados juros compostos de

30% ao semestre. As parcelas são de R$120000,00; R$180000,00 e R$338000,00

e vencem em 6 meses, 1 ano e 2 anos, respectivamente.

Esses três pagamentos podem ser substituídos por um único pagamento, daqui a 1

ano, no valor, em reais, de:

a) 458.461,54.

b) 518.461,54.

c) 536.000,00.

d) 596.000,00.

e) 638.000,00.

Questão 45    (ESAF/CVM/2010/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um in-

vestidor fez uma aplicação em um título com rentabilidade pós-fixada por um prazo

de 3 meses a uma taxa de juros simples de 18% ao ano. O índice de correção a ser

aplicado ao montante passou de 80, no início, a 83,2, no fim do prazo. Qual o valor

mais próximo da rentabilidade total do título nesse prazo?

a) 8,5%.

b) 7,7%.

c) 8%.

d) 7,844%.

e) 8,68%.

Questão 46    (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Se a ex-

pectativa de mercado for de queda da taxa de juros, então o preço de mercado

de um título de renda fixa sem cupom deverá aumentar em resposta à queda dos

juros.

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Questão 47    (INÉDITA/2019) Um cliente procurou um consultor de investimentos.

Ele gostaria de uma aplicação de Renda Fixa que lhe assegurasse que ele não per-

deria dinheiro no caso de aumento da taxa de juros. Nesse caso, o consultor lhe

deverá indicar títulos pré-fixados.

Questão 48    (INÉDITA/2019) Os preços dos títulos pré-fixados de prazo de venci-

mento mais longo são mais susceptíveis às oscilações nas taxas de juros do que os

preços de títulos pré-fixados de prazo de vencimento mais curto.

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GABARITO
1. c 25. b

2. b 26. d

3. C 27. E, E, C, C

4. d 28. b

5. b 29. C

6. e 30. e

7. e 31. b

8. 960 32. c

9. c 33. C

10. d 34. a

11. e 35. e

12. d 36. c

13. a 37. d

14. C 38. C

15. a 39. C

16. e 40. c

17. d 41. b

18. c 42. c

19. b 43. b

20. e 44. c

21. e 45. e

22. d 46. C

23. b 47. E

24. c 48. C

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FGV/SEFIN–RO/2018/AUDITOR FISCAL) Em relação às operações

de desconto, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).

I – A taxa de desconto “por dentro” (racional) é inversamente proporcional ao

valor presente e ao prazo da operação.

II – A taxa de desconto “por fora” (comercial) é diretamente proporcional ao va-

lor futuro.

III – O valor do desconto “por dentro” é obtido pela multiplicação do valor futuro

pela taxa de desconto e esse produto pelo prazo da operação.

a) V – V – V

b) V – V – F

c) V – F – F

d) F – F – V

e) F – F – F

Letra c.

A questão não informou qual tipo de desconto (simples ou composto) deveria ser

utilizado. Nesse caso, subentende-se que se faz referência ao desconto simples.

Embora esse não devesse ser o procedimento, os termos “direta e inversamente

proporcional” só são aplicáveis a descontos simples.

Infelizmente, é muito comum professores de matemática se equivocarem ao elabo-

rar um enunciado. Nesse caso, a chance de um recurso ser deferido são mínimas.

Portanto, precisamos nos acostumar a lidar com isso.

I – No caso de desconto racional, devemos nos referir ao valor atual da operação.

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Portanto, a taxa de desconto é inversamente proporcional ao valor atual ou presen-

te da operação, bem como ao prazo de desconto. Item correto.

II – No caso de desconto comercial, devemos nos referir ao valor futuro ou nominal

da operação.

No entanto, o  erro da questão é afirmar que a taxa de desconto é diretamente

proporcional quando, na verdade, é inversamente proporcional ao valor futuro e ao

prazo de desconto. Item errado.

III – Como vimos, o desconto racional tem como base o valor atual, não o futuro.

Portanto, o item está errado.

Questão 2    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$ 500,00, cujo

prazo de vencimento se encerra em 45 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de

1% ao mês, o valor do desconto simples será igual a:

a) R$7,00.

b) R$7,50.

c) R$7,52.

d) R$10,00.

e) R$12,50.

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Letra b.

Vamos começar a treinar: quando a questão menciona “desconto por fora”, deve-

mos aplicar a taxa de desconto sobre o valor nominal.

Questão 3    (CESPE/ABIN/2010 ) Considerando que uma promissória de valor no-

minal de R$ 5.000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu vencimento,

em um banco cuja taxa de desconto comercial simples (por fora) é de 5% ao mês,

julgue o item subsequente.

O valor recebido (valor descontado) foi inferior a R$ 3.800,00.

Certo.

Esta é mais uma questão sobre desconto comercial simples. Devemos nos lembrar

de que, no desconto por fora, a taxa incide sobre o valor nominal da obrigação.

Portanto, o valor atual da obrigação será:

Questão 4    (CESPE/CAIXA/2010/TÉCNICO BANCÁRIO) Se, ao descontar uma

promissória com valor de face de R$ 5.000,00, seu detentor receber o valor de R$

4.200,00 e se o prazo dessa operação for de 2 meses, então a taxa mensal de des-

conto simples por fora será igual a:

a) 5%.

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b) 6%.

c) 7%.

d) 8%.

e) 9%.

Letra d.

Como visto anteriormente, o valor de face é sinônimo de valor nominal:

No caso de desconto por fora, a taxa de juros incide sobre o valor nominal. Essa

informação será exaustivamente repetida, para que seja memorizada.

Questão 5    (CESPE/TCE–AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Em um

supermercado, um cliente comprou determinado produto e, na hora de pagar,

o operador do caixa registrou um valor 9% superior ao preço impresso na etiqueta

do produto. Para corrigir o erro, o operador do caixa efetuou um desconto de R$

9,81 sobre o preço registrado, de modo que o cliente pagasse apenas o valor im-

presso na etiqueta. Nessa situação, o valor em reais registrado na embalagem do

produto era igual a:

a) 106,50.

b) 109.

c) 110,50.

d) 112.

e) 113,35.

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Letra b.

A situação descrita no enunciado pode ser representada pela seguinte figura:

Dessa maneira, temos:

Questão 6    (CETRO/METRÔ-SP/2015 ) Um título com valor nominal de R$2.700 foi

descontado em uma antecipação de 5 meses, sendo beneficiado com um desconto

simples racional de R$400. Assinale a alternativa que indica o valor mais próximo

da taxa de desconto utilizada nessa operação:

a) 1,50%.

b) 2,00%.

c) 2,50%.
d) 3,00%.
e) 3,50%.

Letra e.
Esta é uma questão que confunde muitos alunos. Quando o desconto é por dentro,
a taxa de juros incide sobre o valor atual. Portanto:

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Agora, calculemos a taxa de juros:

Infelizmente, não é possível simplificar mais. Resta-nos fazer as contas:

Questão 7    (ESAF/ATRFB/2012 ) Um título de R$20.000,00 foi descontado 4 me-


ses antes do seu vencimento a uma taxa de desconto comercial simples de 5% ao
mês. A taxa efetiva mensal de juros simples dessa operação é igual a:
a) 6,50%.
b) 5,50%.
c) 5,25%.
d) 6,00%.
e) 6,25%.

Letra e.

A taxa efetiva é sempre calculada por dentro. Podemos agora utilizar a expressão

que aprendemos para a relação entre taxa por dentro e taxa por fora.

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Outra maneira de resolver o problema é calcular o valor atual da operação. Como

foi feito desconto por fora, temos:

É preciso lembrar que a taxa efetiva é sempre calculada por dentro, incidindo, con-

sequentemente, sobre o valor atual.

Questão 8    (ESAF/AFRF/2001) O desconto racional simples de uma nota promis-

sória, 5 meses antes do vencimento, é de R$800,00 a uma taxa de 4% ao mês.

Calcule o desconto comercial simples correspondente, isto é, considerando o mes-

mo título, a mesma taxa e o mesmo prazo.

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960

Aplicação pura e direta da relação que aprendemos entre desconto simples por

dentro e por fora.

Questão 9    (ESAF/TCU/2000) Uma empresa desconta um título no valor de face

de R$10.000,00 em um banco, 30 dias antes do vencimento, obtendo um desconto

de 3% do valor nominal do título como imposto financeiro. Se o banco ainda co-

brasse uma taxa de abertura de crédito de R$50,00 e 1% do valor nominal do título

como imposto financeiro no momento do desconto do título, qual seria o custo do

empréstimo, em termos da taxa de juros real paga pela empresa?

a) 3,09% ao mês.

b) 4,00% ao mês.

c) 4,71% ao mês.

d) 4,59% ao mês.

e) 4,50% ao mês.

Letra c.

Nesta operação, foram feitos vários descontos: o imposto financeiro (IF) e duas

taxas bancárias (TX).

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O total dos descontos sobre a nota foi:

Dessa maneira, o valor atual dela será:

A taxa efetiva é sempre calculada por dentro, incidindo, portanto, sobre o valor

atual:

Questão 10    (FCC/TRT 13ª REGIÃO [PB]/2014/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTA-

BILIDADE) Um empresário apresentou em um banco uma duplicata para desconto

6 meses antes do seu vencimento. O título tinha valor nominal de R$145.000,00 e a

taxa de desconto comercial simples utilizada pelo gerente da agência foi de 1,75%

ao mês. A taxa efetiva da operação no período foi, em %, aproximadamente,

a) 9,59.

b) 12,98.

c) 10,50.

d) 11,73.

e) 10,97.

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Letra d.
Mais uma vez, basta aplicar a expressão:

Infelizmente, a FCC colocou uma conta de resolução complicada.

Perceba que a questão pediu a taxa efetiva da operação no período, não apenas
ao mês, como calculado anteriormente.
Como estamos tratando de desconto simples, a taxa efetiva no período de 6 meses
é obtida pelo conceito de taxa proporcional:

Questão 11    (FCC/SEFAZ-PE/2014) Um título de valor nominal R$1.196,00 vai ser


descontado 20 dias antes do vencimento à taxa mensal de desconto simples de
6%. O módulo da diferença entre os dois descontos possíveis, o racional e o co-
mercial, é de:
a) R$12,08.
b) R$18,40.
c) R$0,96.
d) R$1,28.

e) R$1,84.

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Letra e.

Podemos calcular o desconto por fora pela expressão:

Utilizaremos agora a relação entre desconto por fora e por dentro:

Podemos então calcular a diferença pedida pela questão:

Questão 12    (FGV/ISS NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um empréstimo é

oferecido de tal forma que os juros são cobrados antecipadamente, ou seja, no ato

do empréstimo. Se forem cobrados juros de taxa de j% ao período e, se a cobrança

dos juros for antecipada, a taxa de juros cobrada é:

a) j*(1-j).

b) j/(1+j).

c) j*(1+j).

d) j/(1-j).

e) (1-j)*(1+j).

Letra d.

Em primeiro lugar, precisamos entender o que são juros cobrados antecipadamen-

te.

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Suponha que você tomou um capital de R$1000 por um ano emprestado a uma

taxa de juros antecipados de 20% ao ano. O que vai acontecer?

Os juros são cobrados no ato do empréstimo. Isso significa que, depois de um ano,

você devolverá os mesmos R$1000. Contudo, você deverá pagar no momento da

aquisição do empréstimo o valor de R$200 (20% de R$1000).

Assim, embora você tenha contraído uma dívida de R$1000, recebeu na sua mão

apenas R$800.

Falemos agora em termos de taxa efetiva, a qual é sempre calculada por dentro,

tendo por base o que efetivamente entrou na sua mão – ou seja, o valor de R$800

– e o que você efetivamente pagou – ou seja, o valor de R$1000.

Assim, podemos calcular a taxa de juros efetiva cobrada nesse empréstimo.

É natural que a taxa efetiva seja maior que a taxa de juros antecipada. Isso acon-

tece porque pagar juros hoje é sempre pior do que pagar juros no futuro.

Podemos generalizar essa situação, como solicitado pela questão. Observe que a

taxa de juros antecipada (j) incide sobre o valor nominal da obrigação. Trata-se de

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uma taxa por fora. Por outro lado, a taxa de juros efetiva (i) incide sobre o valor

atual.

Sendo assim, pode-se escrever a relação entre elas:

Observe que essa, na verdade, é uma questão bastante simples quando você en-

tende a situação problema.

Questão 13    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um tí-

tulo com valor nominal de R$1000,00 foi resgatado 8 meses antes de seu venci-

mento, à taxa de desconto comercial simples de 6,4% ao mês. O valor do desconto

obtido foi aplicado em um fundo de investimentos, remunerado sob uma taxa de

juros compostos, capitalizados mensalmente, de modo que, 3 meses após a aplica-

ção, o montante igualou-se ao valor nominal do título.

Nessa situação, sabendo-se que 83 = 512, é correto afirmar que a taxa mensal de

juros usada pelo fundo de investimentos foi igual a:

a) 25%.

b) 32%.

c) 41,2%.

d) 46,2%.

e) 150%.

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Letra a.

Obtenhamos, primeiramente, o valor do desconto comercial simples obtido:

Esse desconto foi aplicado a uma taxa de juros compostos e produziu o montante

de R$1000 após 3 meses. Assim, podemos escrever que:

Questão 14    (CESPE/FUNPRESP-JUD/2016/ANALISTA DE INVESTIMENTOS)

Para uma operação com prazo de 1 ano, com taxa de juros anual e mesmo capital

investido, os sistemas de juros simples e de juros compostos produzem o mesmo

montante.

Certo.

Esta questão foi colocada aqui de propósito, para que você não se esqueça da com-

paração entre juros simples e compostos.

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Portanto, para o período de 1 ano com taxa de juros anual, tem-se t=1, portanto o

rendimento é o mesmo.

Questão 15    (FCC/SABESP/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ADMINISTRAÇÃO)


Um título será descontado em um banco 4 meses antes de seu vencimento. Se for

utilizada a operação de desconto racional simples, a uma taxa de desconto de 24%

ao ano, então o valor atual do título será de R$ 30.000,00. Se for utilizada a ope-

ração de desconto comercial simples, também a uma taxa de desconto de 24% ao

ano, o correspondente valor do desconto será, em R$, de:

a) 2.592,00.

b) 2.890,00.

c) 2.658,00.

d) 2.756,00.

e) 2.600,00.

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Letra a.

Como a taxa de desconto está em % ao ano e o prazo de desconto está em meses,

devemos, primeiramente, transformar a taxa em meses.

O valor atual foi fornecido (R$30.000). Podemos obter o valor nominal do título

aplicando a fórmula do desconto racional simples.

Podemos então calcular o desconto por fora que incidiria sobre esse valor nominal.

Questão 16    (FCC/SEFAZ-PI/2015) A taxa de desconto realizada em um banco

para as operações de desconto de títulos é de 24% ao ano. Se um título é descon-

tado neste banco 3 meses antes de seu vencimento, verifica-se que o valor do des-

conto comercial simples supera o valor do desconto racional simples em R$73,80.

O valor atual do título, considerando o desconto comercial simples, é igual a:

a) R$19.768,20.

b) R$20.238,20.

c) R$20.285,20.

d) R$20.332,20.

e) R$20.426,20.

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Letra e.

O primeiro cuidado que devemos ter nesta questão é converter a taxa de juros de

anual para mensal – tendo em vista que o prazo de antecipação é contado em me-

ses.

Como a operação é de desconto simples, usaremos o conceito de taxa proporcional.

O enunciado nos informou que o desconto comercial simples supera o racional sim-

ples em R$73,80. Portanto, podemos escrever:

Lembrando-nos da relação entre os dois tipos de desconto para o mesmo capital e

a mesma taxa de juros, tem-se:

Com base nessa relação, podemos extrair o desconto por dentro.

De posse do desconto por dentro, podemos calcular o desconto por fora.

Agora, devemos utilizar a relação entre o desconto por fora e o valor nominal do

título:

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Por fim, podemos calcular o valor atual do título aplicando o desconto comercial

(por fora).

Questão 17    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA/CONTADOR) Marcos tem em mãos

dois títulos: um, de valor nominal R$3024,00, vencível daqui a 4 meses, e outro, de

valor nominal R$5040,00, vencível daqui a 6 meses. Necessitando de dinheiro, re-

solveu descontá-los hoje e tem duas propostas, ambas com juros de 24% ao ano:

• Banco A, que utiliza o desconto racional simples;

• Banco B, que utiliza o desconto comercial simples.

Se optar por descontá-los no Banco A, receberá, em relação ao que receberia se

optasse pelo Banco B:

a) R$54,25 a mais.

b) R$63,94 a mais.

c) R$22,30 a menos.

d) R$82,72 a mais.

e) R$31,40 a menos.

Letra d.

É preciso entender o problema. Neste caso, Marcos tem um título e deseja receber

antecipadamente. Por isso, ele procurará o banco que lhe cobrará o menor descon-

to.

Além disso, como a taxa de juros é de 24% ao ano e os prazos dos títulos estão em

meses, devemos convertê-la em taxa de juros mensais usando o conceito de taxas

proporcionais, já que o problema é de desconto simples.

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A fim de facilitar a notação do problema, consideraremos como nota 1 a de R$3024,

vencível daqui a 4 meses, e como a nota 2 a de R$5040, vencível daqui a 6 meses.

Calcularemos, em primeiro lugar, o desconto comercial, que é oferecido pelo Banco

B. Precisamos sempre lembrar que o desconto comercial incide sobre o valor nomi-

nal. Comercial tem o, assim como nominal também tem o.

Os descontos cobrados pelo Banco B em relação a cada uma das notas são:

Portanto, o desconto total a ser pago ao Banco B é de:

Calcularemos agora os descontos cobrados pelo Banco A, que utiliza desconto ra-

cional, lembrando-nos de que o desconto racional incide sobre o valor atual. Racio-

nal tem a, assim como atual também tem a.

O desconto total a ser pago ao Banco A é, portanto, de:

Sendo assim, o desconto cobrado pelo Banco A é inferior ao cobrado pelo Banco B.

A diferença é dada por:

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Como o Banco A cobra um desconto menor, Marcos receberá um valor maior ao

preferir esse banco.

Questão 18    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR – ADMINISTRADOR) O valor recebido, na data de hoje, por uma empresa

que descontou um título de valor nominal de R$23650,00, que vence daqui a 4

meses, é igual a R$21285,00. Sabe-se que foi utilizada a operação do desconto

comercial simples a uma taxa de desconto mensal igual a i. Caso fosse utilizada a

operação do desconto racional simples, também a uma taxa de desconto mensal

igual a i, verifica-se que o valor do desconto, em R$, seria de:

a) 2.200,00.

b) 2.365,00.

c) 2.150,00.

d) 2.050,00.

e) 2.250,00.

Letra c.

De posse do valor nominal e do valor atual do título, podemos calcular o desconto

aplicado na operação.

Agora, devemos nos lembrar de que desconto comercial (por fora) incide sobre o

valor nominal.

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Podemos, então, calcular o desconto racional simples que seria cobrado sobre esse

mesmo título no mesmo prazo.

Questão 19    (FGV–ISS/CUIABÁ/2016/AFTM) Suponha um título de R$2000,00,

cujo prazo de vencimento é de 60 dias. Se a taxa de desconto “por fora” é de 1%

ao mês, o valor do desconto composto será igual a:

a) R$40,00.

b) R$39,80.

c) R$39,95.

d) R$38,80.

e) R$20,00.

Letra b.

No caso de desconto composto por fora, o valor atual é calculado por:

Questão 20    (FGV/COMPESA/2014/ANALISTA DE GESTÃO – ECONOMIA) Seja

um título de R$100,00, cujo prazo de vencimento é de 2 meses. Supondo que a

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taxa de desconto “por fora” é de 10% ao mês. Assinale a opção que indica o valor

do desconto composto.

a) R$0,81.

b) R$3,96.

c) R$12,00.

d) R$15,00.

e) R$19,00.

Letra e.

Esta questão é bem direta. Basta aplicar a expressão do desconto composto por

fora para calcularmos, em primeiro momento, o valor atual.

De posse do valor atual, podemos calcular o desconto que incidiu sobre a operação.

Questão 21    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) O

valor do desconto racional composto de um título cujo valor nominal é R$25000,00,

se o prazo de vencimento é de 2 anos e a taxa de desconto é de 25% ao ano, é:

a) R$6500,00.

b) R$5875,50.

c) R$7247,50.

d) R$7500,00.

e) R$9000,00.

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Letra e.

Mais uma vez, nas questões de desconto composto, devemos calcular o valor atual

do título pelas fórmulas que conhecemos.

Essa conta pode ser feita de maneira relativamente simples:

Agora, podemos extrair o valor do desconto:

Questão 22    (ESAF) Um título foi descontado por R$840,00, 4 meses antes de seu

vencimento. Considerando , calcule o desconto obtido levando em

consideração um desconto racional composto a uma taxa de 3% ao mês.

a) R$140,00.

b) R$104,89.

c) R$168,00.

d) R$93,67.

e) R$105,43.

Letra d.

O valor atual do título é dado por:

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Vale comentar que os números fornecidos na questão foram de péssimo gosto.

Agora, basta calcular o desconto.

Questão 23    (FGV/SEFAZ-RJ/2011/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) O valor

presente, sob o regime de juros compostos, quando o montante final é R$50000,

a taxa de juros de 25% ao ano e o período 2 anos, é:

a) 30.000,00.

b) 32.000,00.

c) 29.150,85.

d) 34.325,75.

e) 31.875,25.

Letra b.

O valor presente ou atual do título é descoberto após aplicar o desconto. Por pa-

drão, utilizamos o desconto racional composto, que é o mais utilizado no mercado

financeiro.

Aqui, pode nos ajudar bastante lembramos a dica sobre o que fazer quando o de-

nominador termina em 25 (multiplicar por 4). Quando termina em 125, você pode,

ainda, multiplicar por 8. Vejamos:

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Portanto, temos:

Questão 24    (FCC/SEFAZ-PI/2015) Sabe-se que o valor dos juros corresponden-

tes a uma dívida que vence daqui a 3 anos é igual a R$3972,00, considerando uma

taxa de juros compostos de 10% ao ano. Esta mesma dívida, considerando uma

taxa de juros compostos de 5% ao semestre e com vencimento daqui a 1 ano,

apresentaria um valor de juros (J), em reais, tal que:

a) 

b) 

c) 

d) 

e) 

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Letra c.

Infelizmente, nem sempre as bancas produzem questões fáceis de entender. É o

caso desta questão.

A questão informou que a dívida seria paga com juros de R$3972 e vencimento

daqui a 3 anos. Podemos calcular seu valor atual (capital inicial da dívida) por meio

da expressão dos juros compostos:

O valor atual da dívida é de R$12000. O que a questão deseja saber é o quanto de

juros poderia ser obtido investindo esse valor a uma taxa de juros compostos de

5% ao semestre por um ano (dois semestres).

Portanto, os juros recebidos são superiores a 1200 e inferiores a 1300.

Questão 25    (FEPESE/SEFAZ-SC/2010/ANALISTA FINANCEIRO) Um título, com

vencimento em 25 de outubro, foi descontado por R$3000,00 em 28 de maio do

mesmo ano. Considere o ano civil (365 dias) e uma taxa de juros simples de 2% ao

mês. Assinale a alternativa que indica o valor do resgate (valor nominal) do título,

utilizando o Desconto Comercial Simples (desconto por fora).

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a) R$2222,22.

b) R$3333,33.

c) R$4444,44.

d) R$5555,55.

e) R$6666,66.

Letra b.

Esta questão é simples, porém inteligente, misturando desconto e dias úteis. Con-

tudo, infelizmente, o examinador não foi tão esperto ao elaborar as alternativas.

Ficaria muito fácil acertar esta questão no chute.

De qualquer maneira, faremos a conta. Calculemos os dias úteis.

• 28/05 a 28/06 – 31 dias;

• 28/06 a 28/07 – 30 dias;

• 28/07 a 28/08 – 31 dias;

• 28/08 a 28/09 – 31 dias;

• 28/09 a 28/10 – 30 dias;

• 25/10 a 28/10 – 3 dias (devemos abater este período).

O total do prazo em dias úteis é:

Podemos converter esse tempo em meses:

O enunciado forneceu o valor atual do título no valor de R$3000. Como o desconto

é por fora, lembre-se: desconto comercial incide sobre o valor nominal.

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Questão 26    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um título de valor de face de

R$ 15.000,00, com vencimento para 90 dias, foi descontado – desconto simples

por fora, ou desconto comercial – à taxa de desconto de 60% ao ano.

O valor do desconto, em reais, foi:

a) 1.500.

b) 1.750.

c) 2.000.

d) 2.250.

e) 2.500.

Letra d.

Infelizmente, muitas vezes, as questões são ambíguas e não especificam qual tipo

de desconto utilizar deve ser utilizado. Minha recomendação é que, quando se tra-

tar de uma decisão de investimentos, utilize-se o desconto racional composto.

Por outro lado, quando se tratar de uma operação bancária, descontos de duplica-

tas, deve-se usar o comercial simples. É o caso desta questão.

Transformemos a taxa anual em mensal.

Agora, calcularemos o desconto por fora.

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Questão 27    (CESPE/ANTAQ/2009/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Um comer-

ciante dispõe, hoje, de R$10000,00 para pagamento de um título em um banco

que usa taxa de juros nominal de 60% ao ano, para desconto racional composto,

e taxa de juros compostos igual a 5% ao mês, para remuneração de um fundo de

investimentos próprio. O valor nominal do referido título é de R$11025,00, com

vencimento daqui a 4 meses.

Com relação à situação apresentada, julgue os itens a seguir, tomando 1,2155

como valor aproximado para  .

1) No referido banco, a taxa de juros efetiva bimestral para desconto racional

composto é menor que 10%.

2) Os  R$10000,00 em posse do comerciante não são suficientes para o paga-

mento do título hoje.

3) Se fosse adotado pelo banco o desconto comercial simples, então o título po-

deria ser pago hoje com desconto maior que R$2000,00.

4) Se o comerciante aplicar hoje todo o dinheiro no fundo de investimentos do

banco, então poderá saldar sua dívida daqui a 2 meses e ainda lhe restarão

R$1025,00.

Item 1: errado.

Sempre que a questão fornece uma taxa de juros nominal, o primeiro passo a a

ser dado para sua resolução é converter essa taxa em efetiva usando o conceito de

proporcionalidade. Como 1 ano é igual a 12 meses:

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Agora, podemos calcular a taxa de juros efetiva bimestral pela expressão das taxas

equivalentes.

Item 2: errado.

Para saber se o comerciante poderá pagar o título hoje, devemos aplicar o desconto

racional composto à taxa de 5% ao mês, pois é dessa maneira que o banco traba-

lha. Assim, calculamos o valor atual de sua dívida:

Portanto, o comerciante pode, sim, pagar a dívida.

Item 3: certo.

Supondo que a taxa de desconto fosse a mesma, teríamos:

Item 4: certo.

Este item é bastante capcioso, porque pede uma avaliação da situação financeira do

comerciante daqui a 2 meses, considerando sua possibilidade de investimentos e

sua dívida. Essa situação pode ser representada graficamente pela figura a seguir:

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Devemos, portanto, atualizar o capital inicial do comerciante por meio de uma apli-

cação de juros compostos no prazo de dois meses. Devemos também atualizar a dí-

vida por meio de um desconto racional composto por uma antecipação de 2 meses.

Caso o comerciante aplicasse seu dinheiro a uma taxa de juros compostos de 5%

ao mês –taxa oferecida pelo fundo de investimentos do banco que, por acaso,

é igual à taxa de desconto do próprio banco –, ele teria um montante acumulado,

ao fim de 2 meses, de:

Nesse período, a dívida deve ser atualizada por meio de um desconto racional com-

posto. O valor de R$11025 é o valor nominal no vencimento (daqui a 4 meses).

Pagando a dívida somente daqui a 2 meses, o comerciante, na verdade, fará uma

antecipação de 2 meses.

Portanto, o comerciante teria um montante acumulado superior ao valor atual de

sua dívida. Logo, poderia pagá-la e ainda sobrariam:

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Questão 28    (FCC/ICMS-SP/2009/QUESTÃO TRAQUINA ) Um título é descontado


2 anos antes de seu vencimento a uma taxa positiva i ao ano. Se for utilizado o
desconto racional composto, o valor atual do título é igual a R$25000,00 e, se for

utilizado o desconto comercial composto, o valor atual é igual a R$23040,00. O va-

lor nominal deste título é igual a:

a) R$40000,00.

b) R$36000,00.

c) R$34000,00.

d) R$32000,00.

e) R$30000,00.

Letra b.

Já conhecemos as expressões para o cálculo do valor atual considerando os descon-

tos racional e comercial.

(I)

(II)

Ao dividir a expressão I pela II, eliminamos o valor nominal, facilitando obter a taxa

de juros associada à operação.

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Vamos inverter as expressões:

Agora tiremos a raiz quadrada – falaremos um pouco mais sobre isso adiante:

Vamos agora usar o produto notável do produto da soma pela diferença:

Podemos utilizar a expressão (I) para conhecer o valor nominal do título:

A seguir será explicitado como extrair a raiz quadrada de 2304.

O modo mais fácil de extrair a raiz quadrada de um número de até 4 algarismos

consiste nos seguintes passos:

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• Separá-lo de dois em dois: 23.04;

• procurar o número cujo quadrado não exceda a primeira parte: no caso,

4²=16 e 5²=25, portanto, deve-se escolher o número 4;

• procurar um número cujo quadrado termine no último algarismo. Para isso,

é útil conhecer os quadrados dos números de 0 a 9.

0² = 0
1² = 1 9² = 81
2² = 4 8² = 64
3² = 9 7² = 49
4² = 16 6² = 36
5² = 25

Perceba que 2² e 8² terminam em 4. Portanto, precisamos testar 42 e 48.

Dessa maneira, encontramos que a raiz quadrada de 2304 é igual a 48.

Questão 29    (CESPE/ABIN/2010/ADAPTADA ) Considerando que uma promissória

de valor nominal de R$5000,00 tenha sido descontada 5 meses antes do seu ven-

cimento, em um banco cuja taxa de desconto comercial composto (por fora) é de

5% ao mês, julgue o item subsequente.

A taxa efetiva mensal dessa operação foi inferior a 6%.

Certo.
Basta aplicar a expressão que conhecemos e nos lembrarmos de que a taxa efetiva

é sempre calculada por dentro.

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Esta questão confundiu muita gente que tentou usar a expressão da relação entre

taxas de desconto por dentro e por fora para juros simples. Portanto, vamos repetir

para fixar.

Questão 30    (FCC/TRF 3ª REGIÃO/2016/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTADO-

RIA) Um título de valor nominal igual a R$18522,00 vencerá daqui a 3 trimestres.

Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o critério do des-

conto racional composto, a uma taxa de juros de 5% ao trimestre.

Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 trimestres antes do ven-

cimento e a segunda opção será resgatar o título 1 trimestre antes do vencimento,

o valor de resgate do título referente à segunda opção supera o valor de resgate do


título referente à primeira opção, em R$, em:
Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625 .
a) 926,10.
b) 882,00.

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c) 900,00.
d) 800,00.
e) 840,00.

Letra e.
O valor do resgate é o valor atual, calculado pela expressão do desconto racional
composto.

Caso o título seja antecipado por 2 trimestres, teremos:

Por outro lado, caso o título seja antecipado por 1 trimestre apenas, teremos que o

valor a ser resgatado é:

Portanto, se o detentor do título esperar 1 trimestre a mais, ele receberá uma di-

ferença de:

Questão 31    (FGV/ISS-CUIABÁ/2014/AUDITOR FISCAL) Considere uma opera-

ção em que um título com prazo de vencimento de 2 meses é descontado no regime

de juros compostos.

No caso do valor do desconto composto ser exatamente igual ao valor presente do

título, assinale a opção que indica a taxa de desconto por fora.

a) 21%.

b) 29%.

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c) 33%.

d) 41%.

e) 50%.

Letra b.

Considerando desconto por fora, o valor atual de um título é dado por:

Queremos que o valor do título seja igual ao desconto, portanto:

Basta substituir na expressão anterior:

Assim, temos:

Questão 32    (FCC/SEFAZ-PI/2015/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL)

Três meses antes de seus vencimentos, dois títulos foram descontados em um

banco, com taxa de desconto de 48% ao ano. Sabe-se que o valor nominal do pri-

meiro título era o dobro do valor nominal do segundo. Para o primeiro, utilizou-se a

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operação de desconto comercial simples e, para o segundo, a de desconto racional

simples. Se a soma dos descontos foi igual a R$ 1.215,00 o módulo da diferença

entre os dois valores líquidos recebidos foi de:

a) R$3965,00.

b) R$9285,00.

c) R$3035,00.

d) R$3500,00.

e) R$3830,00.

Letra c.

Como a taxa de desconto foi fornecida em % ao ano e o prazo de desconto, em me-

ses, vamos converter a taxa em % ao mês usando o conceito de taxa proporcional.

Podemos dizer que o primeiro título possuía valor nominal 2N, enquanto o segundo

possuía valor nominal N. Dessa maneira, temos que o primeiro título sofreu des-

conto comercial, o qual incide sobre o valor nominal.

Já o segundo título sofreu desconto racional.

Sabemos a soma dos descontos recebidos. Podemos, então, escrever:

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Dessa maneira, podemos calcular os valores líquidos recebidos pelos dois títulos.

Para o título 1, temos:

Para o título 2, temos:

Assim, a diferença entre os valores líquidos recebidos pelos títulos é:

Questão 33    (CESPE/TCE-AC/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Um co-

merciante que deve a um banco um título de valor nominal igual a R$ 23450,00,

com vencimento para daqui a 2 meses, negociou com o banco a prorrogação da

dívida por mais 4 meses. Considerando a data focal como o momento atual e que,

para o título acima, o banco adotou o desconto comercial simples à taxa de 60%

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ao ano, então o valor nominal, em reais, do novo título será superior a R$29.000 e

inferior a R$31000.

Certa.

O primeiro cuidado que se deve ter nesta questão é converter a taxa de juros anual

em mensal, pois o tempo foi dado em meses. Como o desconto é simples, utiliza-

remos o conceito de taxa proporcional. Basta apenas dividir por 12, já que 1 ano é

igual a 12 meses.

Agora, vamos desenhar os dois capitais pedidos. A dívida seria paga por R$23450

daqui a 2 meses. Queremos saber o capital equivalente daqui a 4 meses, conside-

rando a data atual como focal (t = 0).

Para calcular o capital equivalente, o banco utiliza o desconto comercial simples.

Portanto, tem-se:

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Questão 34    (FCC/TST/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) Uma


pessoa tem uma dívida a ser cumprida que é composta das seguintes parcelas:
• uma parcela de R$ 2.000,00 que vence daqui a um mês;
• uma parcela de R$ 3.000,00 que vence daqui a 2 meses;
• uma parcela de R$ 4.000,00 que vence daqui a 3 meses.
A taxa de juros compostos que está sendo cobrada é 4% ao mês. Se a pessoa
decidir liquidar integralmente o empréstimo na data de vencimento da parcela de
R$2000,00, o valor total que deve ser pago nesta data, desprezando-se os centa-
vos, é, em reais,
a) 8583,00.
b) 8001,00.
c) 8560,00.
d) 8588,00.
e) 8253,00.

Letra a.
Quando um empréstimo é tomado em uma instituição financeira qualquer, ela en-

xerga tal empréstimo como um investimento e, consequentemente, usará o des-

conto racional composto.

Como queremos saber o valor que deve ser pago integralmente no mês 1, devemos

trazer todas as parcelas para esse mês.

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Agora, aplicando o desconto racional composto para trazer todas as parcelas a va-

lor presente, tem-se:

Questão 35    Questão 35. jos adquiriu um imóvel para ser pago em 5 parcelas

iguais de R$8000,00, vencíveis em 30, 60, 90, 120 e 150 dias, respectivamente,

após a data da compra. Após pagar a terceira parcela, a Cia. verificou que possuía

condições financeiras de quitar as demais parcelas nesta mesma data. Sabendo

que a taxa de juros compostos cobrada era 4% a.m., o valor que a Cia. Só Queijos

desembolsou para quitar o imóvel, após pagar a terceira parcela, foi, desprezando-

-se os centavos, em reais,

a) 13413,00.

b) 15052,00.

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c) 15099,00.

d) 15040,00.

e) 15088,00.

Letra e.

Na minha visão, essa é uma questão de Sistemas de Amortização. Contudo, pode

ser resolvida de maneira relativamente simples com a aplicação do conceito de

desconto racional composto.

Façamos um esquema da situação. A companhia já efetuou 3 pagamentos e deseja

saber quanto deve pagar pelas duas parcelas que ainda restam.

Sendo D o valor desse pagamento antecipado, temos que D deve corresponder aos

descontos compostos aplicados às duas últimas parcelas.

Questão 36    (FCC/PGE-MT/2016/ANALISTA – CONTADOR) Fábio contraiu hoje

um empréstimo. Vai devolvê-lo em duas parcelas, uma no valor de R$2142,40,

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vencível daqui a 1 mês, e outra, no valor de R$2970,52, vencível daqui a 2 meses.

Neste empréstimo, foram utilizados juros compostos, à taxa de 3% ao mês. Nessas

condições, o valor do empréstimo foi de:

a) R$4320,00.

b) R$4930,92.

c) R$4880,00.

d) R$5004,00.

e) R$5112,92.

Letra c.

Nesta questão, temos uma ideia bem semelhante ao que foi visto anteriormente.

Basta trazer as duas parcelas a valor presente.

Façamos as contas:

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Questão 37    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/FISCAL DE TRIBUTOS) Um comerciante

vende seus produtos em duas parcelas mensais e iguais, sendo a primeira com

vencimento em 30 dias após a compra. Os clientes se recusam a pagar à vista sem

desconto. Se, para o comerciante, o dinheiro rende 25% ao mês, o máximo de des-

conto que pode ser oferecido, de modo a tornar financeiramente indiferente para

ele a alternativa escolhida pelos clientes é, aproximadamente:

a) 25%.

b) 26%.

c) 27%.
d) 28%.

e) 29%.

Letra d.

A FGV nos brindou com excelentes questões de Matemática Financeira nessa prova

de alto nível do ISS-Niterói.

Esta questão ilustra muito bem a diferença entre os descontos racional e comercial.

Seja P o preço do produto sem desconto, o cliente pode efetuar o pagamento em

duas parcelas sem juros, ou seja, pagando P/2 em cada parcela.

Outra situação é que o cliente pode levar o pagamento com um desconto à vista a

uma taxa de desconto j, o que configura desconto comercial, pois se trata de uma

operação do dia a dia de varejo.

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O comerciante deseja avaliar qual o maior valor de desconto possível de ser conce-

dido para o pagamento à vista.

Para isso, deve trazer as duas parcelas a valor presente, como ilustrado na figura

anterior. Como essa é uma decisão de investimentos, ele deve aplicar o desconto

racional.

Que taxa deve ser utilizada? Como já vimos em outros exemplos, é a taxa da ope-

ração financeira que o comerciante tem à sua disposição.

Sendo assim, temos os seguintes fluxos equivalentes:

Quando temos 25 no denominador, devemos multiplicar por 4 para facilitar as con-

tas:

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Questão 38    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)


Uma casa foi colocada à venda por R$120000 à vista ou em três parcelas, sendo
a primeira de R$20000 no ato da compra e mais duas mensais e consecutivas: a
primeira no valor de R$48000 a ser pago 1 mês após a compra e a segunda, no fi-
nal do segundo mês, no valor de R$72000. Se a taxa de juros compostos na venda
parcelada for de 20% ao mês, a melhor opção de compra é pela compra parcelada.

Certo.
Na figura a seguir, desenharemos a situação apresentada. Apenas para facilitar o

entendimento, colocaremos a opção de compra à vista de cabeça para baixo.

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Como se trata de uma tomada de decisão financeira, devemos utilizar o desconto

racional. Devemos trazer as três parcelas a valor presente e calcular o fluxo de cai-

xa descontado associado a elas.

Dessa maneira, a compra parcelada equivale a um valor atual de R$110000, o que

é inferior ao valor para pagamento à vista. Portanto, vale mais a pena a compra

parcelada.

Em termos de concursos, não há dúvidas de que devemos marcar o gabarito certo.

Contudo, na vida real, um caso como esse seria considerado impreciso.

Quando a pergunta é: “Vale a pena comprar à vista ou em parcelas?”, a taxa de

desconto que se deve levar em conta é aquela que deriva da preferência temporal

do pagador, não a taxa de juros pactuada no empréstimo.

Por exemplo, suponha que você queira comprar a casa e a sua outra opção seria

investir em títulos públicos que rendem 7% ao ano.

Nesse caso, o valor atual das parcelas seria:

Portanto, se você tivesse apenas duas opções do que fazer com o dinheiro – com-

prar a casa à vista ou comprar parcelado mantendo o dinheiro investido em Tesouro

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Selic –, valeria a pena comprar à vista, pois o valor atual das parcelas é superior a

R$120000.

Por outro lado, se você fosse um empreendedor e pudesse investir o dinheiro a uma

taxa de juros de 25% ao ano.

É por isso que investidores do mercado financeiro e empreendedores costumam

fazer compras parcelas – ou mesmo nem comprar sua casa própria, como é o caso

do autor desta aula .

Questão 39    (CESPE/TCE-SC/2016/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

João comprou um equipamento, cujo preço à vista era de R$800, em duas presta-

ções mensais, consecutivas e distintas. A primeira prestação, de R$440, foi paga 1

mês após a compra, e a taxa de juros compostos desse negócio foi de 10% ao mês.

Nessa situação, o valor da segunda prestação foi superior a R$480.

Certo.

Montaremos um diagrama representando a opção de pagamento à vista (R$800)

para baixo e as parcelas para cima.

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Para saber o valor da parcela faltante, devemos calcular o fluxo de caixa desconta-
do referente à opção de compra parcelada e igualar ao preço à vista.

Questão 40    (FCC/SEFAZ-PE/2014/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL)


Uma pessoa tomou emprestada a quantia de R$5000,00, combinando de devolvê-
-la ao fim de 4 meses, acrescida de seus juros compostos, à taxa de 3% ao mês.
Ao completar 3 meses da data do empréstimo, propõe ao credor liquidar a dívida
por meio de dois pagamentos iguais, de P reais cada, um a vencer imediatamente
e o outro daí a 3 meses. Se, na nova transação, vão utilizar o critério do desconto

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composto racional, mantendo a taxa de 3% ao mês, o valor de P será igual ao pro-


duto de 5000 por::
a) 1+(1,03)²/(1,03)³.
b) 1+(1,03)³/(1,03) 6.
c) (1,03)6/1+(1,03)³.
d) (1,03)³/2,03.
e) (1,03)6/1+(1,03)².

Letra c.
Esta é uma questão bem complexa. Na verdade, configura um pequeno sistema de
amortização com carência.

De qualquer maneira, basta montar o esquema acima e trazer as duas parcelas a


valor presente, como já fizemos em várias questões.

Podemos tirar o MMC no denominador:

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Questão 41    (FGV/SEFAZ-RJ/2011 ) A tabela a seguir indica dois fluxos de caixa.


Sabendo-se que a taxa é de 10% ao ano, juros simples, o valor de X que torna os
dois fluxos de caixa equivalentes é:

Ano A B

1 60.000 X

4 65.000 78.000

7 100.000 50.000

a) 67.500.
b) 81.250.
c) 88.500.
d) 76.575.
e) 78.500.

Letra b.
Em primeiro lugar, essa questão está nula, tendo em vista que falou de desconto
simples sem falar na data focal desejada.
Contudo, como provavelmente não houve nenhum recurso nesse sentido, vamos

considerar a resolução que leva ao gabarito.

O mais natural é considerar t = 0 (data presente) como data focal. Como não há

nenhum fluxo nessa data, tomaremos o primeiro momento em que há fluxo de cai-

xa. No caso, t = 1 será a data focal.

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Queremos que os dois fluxos de capital sejam equivalentes com base no desconto

simples. Recordemos a fórmula do desconto racional simples.

Em primeiro lugar, observe que os fluxos de R$65000 e R$78000 ocorrem no mês

4 e estão sendo descontados ao mês 1. Portanto, houve uma antecipação de 3

meses. Já os fluxos que ocorrem no mês 7 estão sendo antecipados por 6 meses.

Dessa maneira, o fluxo de caixa descontado de A é:

Já o fluxo de caixa descontado de B é:

Como os dois fluxos são equivalentes:

Questão 42    (CESPE/SEFAZ-AC/2009 ) Em uma instituição financeira que usa o

desconto comercial composto à taxa de 1% ao mês, um comerciante contraiu um

empréstimo, no valor nominal de R$882700,00, para ser liquidado em uma única

parcela um ano após o empréstimo. Nessa situação, e considerando (0,99)6 = 0,94,

se o comerciante desejar mudar a forma de pagamento do empréstimo para duas

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parcelas de valores iguais, a  serem pagas, respectivamente, ao  final do sexto e

décimo segundo meses, então o valor de cada parcela será igual a:

a) R$389976,86.

b) R$426800,00.

c) R$427700,00.

d) R$441350,00.

Letra c.

Para facilitar o entendimento, colocaremos o valor nominal virado para baixo.

Além disso, como feito na Questão 44, consideraremos a data focal como t = 6,

porque é a primeira data na qual existe um pagamento. Essa data focal é muito útil

para facilitar as contas.

Agora, queremos que os dois fluxos de pagamento sejam equivalentes, consideran-

do desconto comercial composto.

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97 é primo, porém, podemos simplificar o 882700 por 97:

Questão 43    (CESPE/TCE-PR/2016) Ao estudar uma proposta de negócio com du-

ração de 2 anos, um investidor espera o cenário apresentado na tabela precedente,

em que os valores estão em reais. Nessa situação, se a taxa anual de juros para

desconto do fluxo for de 10% ao ano, e se o investidor desejar um fluxo equivalente

ao do cenário apresentado, mas com retornos iguais nos 2 anos, o valor de cada

retorno será:

a) R$61000.

b) R$60000.

c) R$64000.

d) R$63000.

e) R$62000.

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Letra b.

Nas questões de equivalência de capitais, é sempre interessante desenhar os fluxos

de caixa para entender melhor o problema.

O fluxo de caixa descrito no enunciado está à esquerda e foi solicitado o fluxo de

caixa equivalente com recebimentos iguais.

Em primeiro lugar, note que o investimento de R$100000 é igual em ambos os ca-

sos. Portanto, já podemos eliminá-lo. Além disso, para facilitar as contas, conside-

raremos focal a data t = 1.

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Uma maneira simples de resolver esse tipo de problema com fluxos de caixa é mul-

tiplicar por 1,1 para facilitar as contas.

Questão 44    (FGV/ISS-NITERÓI/2015/CONTADOR) Um indivíduo precisa pagar

três parcelas para quitar a compra de um terreno. São cobrados juros compostos de

30% ao semestre. As parcelas são de R$120000,00; R$180000,00 e R$338000,00

e vencem em 6 meses, 1 ano e 2 anos, respectivamente.

Esses três pagamentos podem ser substituídos por um único pagamento, daqui a 1

ano, no valor, em reais, de:

a) 458.461,54.

b) 518.461,54.

c) 536.000,00.

d) 596.000,00.

e) 638.000,00.

Letra c.

Como a taxa de juros foi fornecida em semestre, vamos converter os períodos de 1

ano e 2 anos para 2 semestres e 4 semestres, respectivamente.

Tomada essa precaução, tracemos as duas situações na figura a seguir. Tomaremos

o período t = 2 como data focal a fim de facilitar as contas.

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Para que os fluxos de caixa sejam equivalentes, devemos fazer o somatório do flu-

xo de caixa descontado. No caso da parcela a ser paga em t = 1, faz-se o seu valor

futuro por meio do cálculo de juros compostos.

Questão 45    (ESAF/CVM/2010/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um in-

vestidor fez uma aplicação em um título com rentabilidade pós-fixada por um prazo

de 3 meses a uma taxa de juros simples de 18% ao ano. O índice de correção a ser

aplicado ao montante passou de 80, no início, a 83,2, no fim do prazo. Qual o valor

mais próximo da rentabilidade total do título nesse prazo?

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a) 8,5%.

b) 7,7%.

c) 8%.

d) 7,844%.

e) 8,68%.

Letra e.

A questão foi imprecisa. Na verdade, o termo corretora não era “rentabilidade pós-

-fixada”, mas “rentabilidade real de 18% ao ano”. No entanto, entendemos que

se trata de um título misto, porque a questão informou o índice de correção a ser

aplicado a ele.

Calculemos o ganho real, que é dado pela taxa de rentabilidade real de 18% ao ano

por um prazo de 3 meses. Para isso, devemos lembrar que 1 ano possui 12 meses,

portanto, devemos dividir a taxa por 12.

Agora, devemos aplicar o índice de correção. Devemos entender o índice de corre-

ção como um fator de proporcionalidade entre o montante aparente e o real.

Agora, calculemos os juros recebidos:

Por fim, a rentabilidade é a razão entre os juros recebidos e o capital aplicado.

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Agora, é necessário explicar um pouco melhor o índice de correção aplicado nesta

questão. Quando pegamos a razão entre eles, temos a taxa de correção:

Por exemplo, se o índice em questão for o IPCA, temos que a taxa de inflação acu-

mulada é de 4%.

Questão 46    (CESPE/TCE-PE/2017/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Se a ex-

pectativa de mercado for de queda da taxa de juros, então o preço de mercado

de um título de renda fixa sem cupom deverá aumentar em resposta à queda dos

juros.

Certo.

Os títulos públicos pré-fixados possuem uma dinâmica de preço que é influencia-

da diretamente pelos juros em circulação. O valor atual de um título pré-fixado é

dado por:

Portanto, quando a taxa de juros diminui, o denominador aumenta e, em resposta,

o valor atual do título cresce. Ocorre, portanto, valorização do título.

Algumas pessoas não concordaram com o gabarito oficial do CESPE, pois alegaram

que os títulos pós-fixados não seguem tal dinâmica.

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De fato, um título pós-fixado é atualizado diariamente pela taxa de juros e, portan-

to, não sofre nenhuma mudança imediata de valor. Contudo, há dois fatores que

podemos comentar para defender o gabarito oficial do CESPE.

A primeira é que o enunciado não fala em “todos os títulos”´. Portanto, se con-

seguimos identificar uma classe relevante de títulos que siga o padrão proposto,

o enunciado está correto.

A segunda é que não adianta discutir questões de língua portuguesa com um pro-

fessor de matemática. Infelizmente, muitas questões não são elaboradas da me-

lhor maneira. O ideal, nesta questão, realmente seria especificar que se trata de

títulos pré-fixados.

Questão 47    (INÉDITA/2019) Um cliente procurou um consultor de investimentos.

Ele gostaria de uma aplicação de Renda Fixa que lhe assegurasse que ele não per-

deria dinheiro no caso de aumento da taxa de juros. Nesse caso, o consultor lhe

deverá indicar títulos pré-fixados.

Errado.

Os títulos pré-fixados oscilam ao dissabor das taxas de juros – quando as taxas de-

crescem, os preços desses títulos aumentam. Portanto, esses títulos não são bons

para clientes que não podem lidar com esse risco de investimentos.

A opção mais adequada para o cliente são títulos pós-fixados, pois têm seu valor

crescente, desde que a taxa de juros seja sempre positiva.

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Questão 48    (INÉDITA/2019) Os preços dos títulos pré-fixados de prazo de venci-

mento mais longo são mais susceptíveis às oscilações nas taxas de juros do que os

preços de títulos pré-fixados de prazo de vencimento mais curto.

Certo.

Devemos nos lembrar da expressão do preço de um título pré-fixado.

Observe que, quanto maior o tempo que falta para o vencimento do título, maior

será a influência da taxa de juros sobre o seu valor. Portanto, a  afirmativa está

correta.

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