CAPA

END no setor
de autopeças
Confiabilidade e Segurança

END en el Sector de Piezas de Autos

Confiabilidad y Seguridad
Tan rápida como los motores de los coches más potentes, la industria automotor sigue veloz rumbo al crecimiento, con un movimiento de
US$ 1,6 mil millón proyectada para 2008, un salto de 18,5% en relación al año pasado. Y el presidente del “Sindicato Nacional da Indústria de
Componentes para Veículos Automotores” (Sindipeças), Paulo Butori, va todavía más lejos. Prevé un aumento anual de 8% a 10% en la pro-
ducción de las montadoras hasta 2010. Bajo ese panorama, la facturación de la industria de piezas de autos corre hacia la misma dirección.
Para que se tenga una idea, ya en enero de este año, el movimiento financiero del sector aumentó 7,2% en relación al mismo período de 2007.
Los resultados enseñan todavía que casi 65% de las ventas se destinaron a las montadoras. El desempeño en el escenario internacional tam-
bién es favorable. En el año anterior, el país exportó lo equivalente a US$ 9,1 mil millones en piezas de auto, para 182 países, con incremento
de 4,2% sobre 2007. ¿Pero, cómo los Ensayos No Destructivos contribuyen con esa realidad? ¿Previenen Accidentes? ¿Evitan que piezas con
defectos lleguen a la línea de producción? ¿Preservan la integridad del producto? ¿Permiten inspecciones con las máquinas en operación?
Crea. Representantes de las principales empresas del segmento atestan que los ENDs garantizan todo eso y un poco más.

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ão rápida como os motores dos
carros mais potentes, a indús-
tria automobilística segue veloz
rumo ao crescimento, com movimen-
tação de US$ 1,6 bilhão projetada para
2008, um salto de 18,5% em relação ao
ano passado. E o presidente do Sindi-
cado Nacional da Indústria de Com-
ponentes para Veículos Automotores
(Sindipeças), Paulo Butori, vai ainda
mais longe. Prevê um aumento anual
de 8% a 10% na produção das mon-
tadoras até 2010. Nesse panorama, o
faturamento da indústria de autope-
ças corre no mesmo sentido. Para se
ter uma idéia, já em janeiro deste ano,
a movimentação financeira do setor
aumentou 7,2% em relação ao mesmo
período de 2007. O levantamento ainda
revela que quase 65% das vendas des-
tinaram-se às montadoras. O desem-
penho no cenário internacional tam-
bém é favorável. No ano anterior, o
país exportou o equivalente a US$ 9,1
bilhões em autopeças, para 182 países,
com incremento de 4,2% sobre 2007.
Mas como os Ensaios Não Destrutivos
contribuem com essa realidade? Previ-
nem Acidentes? Evitam que peças com
defeitos cheguem à linha de produção?
Preservam a integridade do produto?
Permitem inspeções com as máquinas
em operação? Acredite. Representantes
das principais empresas do segmento
atestam que os ENDs dão conta de tudo
isso e um pouco mais.
O gerente de Qualidade Corporativa e
responsável pelo Programa Bosch Pro-
duction System, da Robert Bosch Amé-
rica Latina, Amadeu Dalceno, afirma
que a tendência é a participação dos
ENDs, nessa área, aumentar ainda mais.
"Com a necessidade do setor automotivo
de desenvolver novas tecnologias em
atendimento às demandas do mercado
mundial, como: reduzir o impacto ao
meio ambiente, utilizar fontes de ener-
gias alternativas, aumentar a confiabi-
lidade dos produtos e serviços, dentre
outros, a aplicação dos ENDs torna-se
cada vez mais importante para assegu-
rar que os processos de desenvolvimento
de produtos e fabricação sejam seguros
e capazes." Na Bosch, os Ensaios Não
Destrutivos são usados diariamente,
principalmente pela agilidade de ins-
peção e qualidade nos diagnósticos.
"A aplicação preventiva de END, nos A figura acima trata-se de Manifold
desenvolvimentos e nos processos de tubular, uma peça fabricada com
meios protótipos, ou seja, que é
fabricação, assegura que os parâmetros
criada com métodos não definitivos
e requisitos dos produtos sejam sempre e, por isso, não podem ser
atendidos", ressalta. destruídas, sendo inspecionada por
Líquido Penetrante
Já na Magneti Marelli, ensaios como
Estaqueidade são aplicados diaria-
mente. Já o uso de Ultra-Som e Raio corrente que não realizou o ensaio, por
X é temporário, restrito a alguns casos falta de conhecimento ou pela dificul-
de validação de peças. "Obviamente a dade no investimento, e foi responsável
maior vantagem deste tipo de análise direto por um recall* em um de nossos
é a não destruição da peça, sendo que clientes."
os processos não destrutivos que utili- O supervisor da Qualidade Asse-
zamos nos proporcionam maior inter- gurada da MWM International Moto-
pretação da falha, isto é, estes ensaios res, Roberto Carlos Escussel, atesta
evidenciam com mais clareza a carac- que a empresa é uma grande usuária
terística analisada", destaca o gerente de Ensaios Não Destrutivos, principal-
de qualidade, Carlos Candini. mente por preservarem a integridade
O consultor do Centro Tecnológico dos produtos, em alguns casos, inclu-
da Freios Controil, Diogo Alexandre sive, durante a operação. "A MWM
Hahn, aponta um problema existente International Motores possui laborató-
na relação montadoras/autopeças. rios que fazem o controle de seus pro-
"Vejo sempre os ENDs sendo utilizados dutos, utilizando vários métodos de
como solução em simulações de aplica- END no momento de receber matéria
ção dos componentes. As montadoras prima e durante a produção." Ele tam-
sabem o que precisam e transferem as bém acrescenta que, nos novos proje-
necessidades para os "sistemistas (tear tos, a MWM International Motores está
1)’’ que, a princípio, atendem todas as utilizando cada vez mais métodos de
exigências. A dificuldade maior está
na próxima etapa, em que os assim
denominados"tear 2 (fornecedores do
tear 1)", muitas vezes não têm condi-
ções financeiras em concretizar o que
é delegado a eles. E, por isso, normal-
mente o tear 2 busca a derroga (autori-
zação para não realizar o ensaio) para
os ENDs."
Em relação ao retorno financeiro,
ele afirma que economia proporcio-
nada pelos ENDs equivale a cinco
vezes o valor do investimento anual
da Controil. "A realização do ensaio
de colapso em mangueiras de ar, por
exemplo, garante o desempenho normal Medidor de camadas
do veículo. Temos exemplos de um con-
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ENDs. "Durante os ensaios que reali-
zamos diariamente em nossos labora-
tórios, evitamos que materiais cheguem
à linha de produção com problemas de
qualidade.’’, justifica.
Inspecionar a peça sem destruí-la é
também, para o analista de laboratório
metalúrgico da Neumayer Tekfor Auto-
motive, Valter de Souza Filho, a princi-
pal vantagem dos ENDs. "O cliente está
exigindo produtos de alta qualidade e,
para isso, é necessário um controle de
100% dos produtos que podem ser rea-
lizados por END."
Ao fazer uma comparação entre
métodos similares, Valter esclarece que
ensaios por Partículas Magnéticas (PM)
apresentam mais agilidade na verifi-
Profissional trabalha com videoscópio
cação de descontinuidades em relação
ao Líquido Penetrante (LP). No caso do
Ultra-Som (US), a vantagem sobre a
microscopia ou o Raio X, é a rapidez
na medição.
"Evitamos prejuízos com os ENDs.
Lembro de um produto que foi subme-
tido parcialmente a uma alta tempera-
tura de revenimento*, que resultou em
dureza baixa. O pedido já estava no
cliente em Recife, e o deslocamento até
lá com o equipamento portátil permi-
tiu que as peças não fossem devolvidas
e evitaram-se perdas com transporte,
parada de linha do cliente e sucatea-
mento apenas de peças fora de especi-
ficação", destaca.
Qualificação Profissional
A falta de inspetores qualificados no
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Funcionário utiliza medidor de pressão
Setor de Autopeças, principalmente em
processos de LP, é a principal reclama-
ção do engenheiro de produto sênior
da General Motors do Brasil (GM), José
Castillo. "Atualmente existe a cultura de
que esse tipo de procedimento de ins-
peção poder ser executado pela sim-
ples leitura do rótulo do LP", sinaliza.
O problema apontado pelo engenheiro
serve de alerta para as em-presas do
setor, já que a maioria dos representan-
tes diz que prefere formar equipe própria
a contratar terceiros.
"Essa decisão depende muito do tipo
da necessidade de cada ramo de ativi-
dade. Na MWM International Motores,
em virtude da produção de um produto
muito
complexo, optamos por realizar a
maioria dos ensaios com nossa própria
equipe especializada", diz Carlos Escus-
sel.
Para Valter de Souza, da Neumayer
Tekfor Automotive, também é melhor
formar equipe própria do que terceiri-
zar. "A equipe de profissionais formada
pela própria empresa permite a especia-
lização na detecção e tem custo relativa-
mente mais barato."
Na Controil, segundo Diogo Alexandre,
a opção por formar inspetores próprios
está relacionada à preocupação com"
*pokas yokes", ou seja, evitar erros.
Amadeu Dalceno, da Bosch, não opta
por uma forma nem outra. Ele explica
que essa definição está diretamente rela-
cionada às características dos processos
e produtos; portanto, ambos os casos
podem ser aplicados.
Essa realidade também acontece na
Magneti Marelli. "Depende do caso.
Hoje temos freqüência de análises feitas
internamente, mas também compramos
serviços esporádicos", esclarece Carlos
Candini.
Panorama do Setor
O relacionamento entre montado-
ras, autopeças e Governo é bom. Pelo
menos é o que afirma o presidente do
Sindipeças, Paulo Butori. "Nosso diá-
logo com as montadoras, com os outros
elos da cadeia de produção e com o
Governo tem sido forte e determi-
nante para que organizemos o futuro
de nossa indústria. Construímos uma
relação madura e profissional com as
montadoras, embora, o que é natural,
haja divergências de ordem comercial
às vezes."
Embora seja um fato positivo, a har-
monia entre os principais personagens
desse cenário não é o suficiente para
atender a atual demanda avassaladora
de veículos. "Investimentos são neces-
sários. Nosso principal desafio é jus-
tamente fôlego financeiro para inves-
tir. O Sindipeças já se prepara para
fazer um novo levantamento de garga-
los. Todo o mercado deve crescer, mas
o segmento de automóveis de passeio
demandará mais do setor", anuncia.
Para o diretor de tecnologia da Asso-
ciação Brasileira de Engenharia Auto-
motiva (AEA) e gerente de certificação
e regulamentos técnicos da Toyota,
Edson Orikassa, o Setor de Autopeças
encontra-se num processo acelerado
de globalização. "Dentro dessa reali-
dade, em constante processo de melho-
ria de qualidade, a tendência é que os
ENDs tenham aplicação ainda mais
ampla na indústria."
O gerente de Relações Institucio-
nais da Sociedade de Engenheiros da
Mobilidade (SAE Brasil), Fábio Braga,
chama a atenção para o fato de que o
Setor de Autopeças já está chegando
ao limite da capacidade produtiva. "É
uma área bastante ativa. Muitos forne-
cedores vendem para as fábricas brasi-
leiras e também exportam", destaca.
 Ensaios mais utilizados em todas as etapas do Setor de Autopeças* Expectativas da Área
• Que a tecnologia e os equi-
pamentos de END acompanhem
a constante evolução tecnológica
dos produtos e processos, obje-
tivando maior mobilidade, flexi-
bilidade e rapidez nos serviços e
diagnósticos com elevado grau
de confiabilidade e com custos
compatíveis.
• Redução dos custos dos equi-
pamentos, permitindo amplia-
ção do uso de END.
• Mão-de-obra especializada,
com treinamentos específicos
aliados à experiência.
• Equipamentos com inspeção
automatizada rápida e segura.

Outros Ensaios Utilizados

• Medidores elétricos - em geral para certificar as propriedades das peças e produtos
• Boroscópio - em casos de validação de peças
• Testes de desempenho – em freios de veículos
• Colapso – em mangueiras de ar
• Deflexão – em peças utilizadas em amortecimento de vibrações
• Medidores de camadas – durante o recebimento da matéria prima e ao longo do
processo produtivo.
Também são usados em peças com acabamento superficial
• Videoscópio - durante o recebimento da matéria prima e ao longo do processo pro-
dutivo

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Estatísticas Gerais da Área

* Recall significa, literalmente, “chamar de volta”. É o nome que se dá ao comunicado ao público feito pelo fornecedor
(fabricante, distribuidor, importador, etc.) para a retirada do mercado de um produto ou de componentes defeituosos que
apresentem riscos ao consumidor.
* Poka-Yoke significa "mecanismos que evitam os erros, bobeiras".São mecanismos com finalidade de ajudar o homem a evitar
erros por meio de sinalizações visuais ou sonoras, de operações de rápida execução e de mecanismos especiais à prova de
erros.
* Revenimento é o nome de um processo térmico que permite reduzir a dureza e, conseqüentemente, as propriedades
mecânicas do produto após processo de têmpera, permitindo que o produto não fique muito frágil (têmpera é processo térmico
que confere alta dureza aos aços, porém torna o material mais frágil).

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