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CURSO DE TEOLOGIA
WEVERSON FERRARI
VITÓRIA
2017
WEVERSON FERRARI
VITÓRIA
2017
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
1. O PECADO...............................................................................................................5
1.1. VISÃO REFORMADA............................................................................................5
1.2. A VISÃO PENTECOSTAL.....................................................................................6
1.3. VISÃO ROMANA....................................................................................................7
1.3.1. O pecado original................................................................................................7
1.3.2. Pecado mortal e pecado venial...........................................................................8
1.3.3. Pecados capitais.................................................................................................9
2. A SALVAÇÃO...........................................................................................................9
2.1. VISÃO REFORMADA............................................................................................9
2.2. VISAO PENTECOSTAL.......................................................................................10
2.2.1. Eleição...............................................................................................................11
2.2.2. A apostasia pessoal..........................................................................................11
2.3. VISÃO ROMANA..................................................................................................12
2.3.1. O plano de salvação de Roma..........................................................................12
2.3.2. A “graça” no catolicismo....................................................................................13
2.3.3. A doutrina do Purgatório...................................................................................13
2.3.4. Oração pelos defuntos......................................................................................14
REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
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INTRODUÇÃO
Por conta dessas diferenças, neste estudo utilizamos como referência principal o
Catecismo Católico para a análise da igreja romana. Já no estudo dos pentecostais,
a referência foi a Bíblia de Estudo Pentecostal, enquanto que para os reformados
foram utilizadas as teologias sistemáticas de Millard Erickson e de Franklin Ferreira.
Por fim, há de se ressaltar ainda mais duas questões: primeiro, que as doutrinas
acerca do “Pecado” e da “Salvação” em cada um desses grupos são frutos de uma
longa discussão, que pode remontar aos pais da igreja, como por exemplo é o caso
do Pecado na doutrina católica romana; em segundo lugar, há diversos pontos de
semelhança entre estes grupos religiosos, tendo em vista todos eles serem ramos
do cristianismo e possuírem uma mesma fonte principal de doutrina: a Bíblia.
Sendo assim, a fim de tornar o estudo dos temas dinâmico e útil para os fins a que
se destina, que é a comparação entre as doutrinas desses grupos, optou-se por
apenas apresentar as diferenças de visões, sem aprofundar-se nas origens
históricas ou nos pontos semelhantes acerca do mesmo tema.
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1. O PECADO
Para os reformados, como a Escritura proclama que Deus pode “fazer tudo quanto
quer” [SI 115.3], não seria razoável supor que a mais nobre de suas criaturas
possuísse um fim ambíguo ao poder definir seu próprio destino. Tal possibilidade
entraria em choque com a onipotência de Deus, através da qual, segundo seu
conselho secreto, Ele a tudo governa e regula, sem depender de nenhuma outra
coisa.
supralapsarianismo: do latim: supra (antes, acima); lapsus (lapso, queda). Doutrina segundo a qual
Deus preordenou a queda de Adão.
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O fato é que, quando formou o homem, Deus o presenteou com Sua imagem e
semelhança. Deu-lhe capacidade de pensar, de dominar e de escolher. Adão
poderia optar por não pecar. A sua ação foi autodeterminada, caso contrário, Deus
não o teria responsabilizado pelo que fez.
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O pecado de Adão se propagou a todos os seus descendentes por geração, não por
imitação, sendo inerente a cada indivíduo.
[…] Adão tinha recebido a santidade e a justiça originais, não só para si,
mas para toda a natureza humana; ao consentir na tentação, Adão e Eva
cometeram um pecado pessoal, mas que afeta a natureza humana que eles
vão transmitir num estado decaído. É um pecado que vai ser transmitido a
toda a humanidade por propagação, quer dizer, pela transmissão duma
natureza humana privada da santidade e justiça originais. E é por isso que o
pecado original se chama «pecado» por analogia: é um pecado «contraído»
e não «cometido»; um estado, não um ato. (CIC, 404)
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Assim, todo ser humano já nasce privado da santidade e justiça originais. Essa
privação, porém não corrompeu completamente a natureza humana, a qual
encontra-se ferida nas suas próprias forças naturais, sujeita à ignorância, ao
sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado.
O pecado mortal, apesar de mortal, não é imperdoável. É mortal porque ele ataca o
princípio vital da caridade no coração do homem, dependendo este de um novo ato
de misericórdia da parte de Deus e uma nova conversão, através do Sacramento da
Reconciliação, enquanto que o pecado venial constitui uma queda moral reparável
pela caridade que ainda subsiste no homem. (CIC 1856)
Para que o pecado seja mortal requer-se três condições simultâneas: (CIC 1857)
São assim chamados apenas porque geram outros pecados. São eles: o orgulho, a
avareza, inveja, a ira, a impureza, a gula e a preguiça. Não neles uma hierarquia em
termos de punição, quando comparados com os demais pecados.
2. A SALVAÇÃO
A visão reformada entende que toda raça humana está perdida no pecado. Eles
defendem o conceito de depravação total, no qual todo indivíduo é tão pecador que
é incapaz de responder a qualquer oferta de graça. Essa condição é inata (desde o
nascimento), daí vem o termo “pecado original”. Uma vez que os seres humanos são
incapazes de sequer responder à oferta de graça, a salvação só é possível porque
Deus já pré-determinara quem receberia vida eterna.
A interpretação de que a escolha ou a seleção que Deus faz de certas pessoas para
a salvação apresenta as seguintes características:
A eleição é eficaz, ou sejam, os que foram escolhidos por Deus com certeza
virão a crer nele e, também, perseverarão nessa fé até o fim;
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2.2.1. Eleição
O termo “eleição” refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si
mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (2Ts 2.13). A doutrina
da eleição na ótica pentecostal abarca as seguintes verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica. Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé. A
eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo, uma vez que Deus
elegeu o homem em Cristo para a salvação (Ef. 1.4). O próprio Cristo é o primeiro de
todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus, Deus declara: “Eis aqui o meu servo,
que escolhi” (Mt 12.18; Is 42.1,6; 1Pe 2.4).
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue (Ef 1.7). O propósito de Deus, já
antes da criação (Ef 1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de
Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de Cristo,
no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (Rm 3.24-26).
(3) A eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos. (Jo 3.16,17; 1 Tm 2.4-6;
Tt 2.11; Hb 2,9). Isso torna-se possível a todas as pessoas, mediante o
arrependimento e a fé em Cristo, tornando então parte dos eleitos. Para os
pentecostais, tanto Deus, quanto o homem têm responsabilidade na eleição (Rm
8.29; 2Pe 1.1-11).
(4) O povo eleito de Deus está sendo conduzido pelo Espírito Santo em direção à
santificação e à santidade. Entretanto, novamente, o cumprimento desse propósito
para o crente dentro da igreja é condicional: a certeza da eleição depende da
condição da fé pessoal e viva em Jesus Cristo, e da perseverança na união com Ele.
(Cl 1.22,23).
os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou dalguns deles (2Tm 4.3) e (b) a
apostasia moral, isto é, aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta
a ser escravo do pecado e da imoralidade (Rm 6.15-23; 8.6-13).
Na visão Católica Romana, Cristo, tendo comprado a redenção pelo Seu sangue e
morte, entregou-a à Igreja para ser distribuída aos homens através dos
sacramentos. O evangelho de Roma centraliza-se na igreja romana, no papa e nos
sacramentos. Embora Cristo tenha morrido para adquirir a salvação do homem, ele
não se satisfaz simplesmente convidando o homem para receber esta salvação pela
fé: Cristo confiou a Pedro – o portador da chave do Céu – e aos seus sucessores –
os vigários de Cristo na Terra – a distribuição aos fiéis da ministração dos
sacramentos necessários para a salvação.
Na visão católica, é necessário que o cristão seja unido com Cristo, e isso acontece
por meio dos sacramentos. Sendo assim, os sacramentos são canais da graça
salvadora. É especialmente por meio do sacramento da eucaristia que tal união é
realizada.
A salvação começa com o batismo. Pode ser o batismo infantil, aos que nasceram
em lares católicos, ou o batismo adulto para os que chegaram à igreja mais tarde.
Assim, pelo batismo uma pessoa pode receber a vida espiritual.
Segundo esta doutrina, “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não
estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna,
passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária
para entrar na alegria do Céu.” (CIC 1030)
Essa purificação é restrita aos eleitos, sendo, portanto distinta do castigo dos
condenados. Ela purifica apenas as faltas leves. A blasfêmia contra o Espírito Santo
não está aí compreendida, visto que ela será perdoada nem neste presente século
nem no século futuro (Mt 12,32).
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REFERÊNCIAS
ERICKSON, Millard J. Teologia Sistemática. São Paulo: Edições Vida Nova, 2015.