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CONSERVAÇÃO PREVENTIVA

PARA ACERVOS MUSEOLÓGICOS


Sumário

Apresentação........................................................................................................... 3

Equipamentos de proteção individual.......................................................................3

Touca...........................................................................................................................3

Óculos protetores.......................................................................................................4

Máscara......................................................................................................................5

Luvas...........................................................................................................................6

Calçados.....................................................................................................................7

Jalecos........................................................................................................................8

Macacões de segurança............................................................................................8

Equipamentos para conservação.............................................................................. 9

Mobiliário....................................................................................................................9

Suporte expositivo....................................................................................................13

Equipamentos para o monitoramento..................................................................... 16

Luxímetro..................................................................................................................16

Termohigrômetro e data logger.........................................................................18

Medidor de umidade em materiais..........................................................................18

Desumidificador.......................................................................................................19

Circulador de ar/aparelho de ar-condicionado.......................................................20

Materiais para acondicionamento e embalagem de bens musealizados.................. 21

Encerramento do Módulo 4..................................................................................... 24


Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Apresentação
Olá!

Iniciamos agora o Módulo 4. Estudaremos os equipamentos e os materiais de con-


servação.

Vamos lá?

As referências bibliográficas deste curso estão disponíveis na plataforma.

Equipamentos de proteção individual


De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR6), equipamento de proteção indivi-
dual (EPI) é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo profissional, destinado
à proteção de riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Cabe à
instituição fornecer aos funcionários os EPIs adequados ao risco de cada atividade,
bem como orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, higienização, con-
servação, a guarda correta, bem como exigir seu uso.

Ao adquirir um EPI, é importante observar se ele possui aprovação de órgão nacional


competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho e a indicação do Certificado
de Aprovação (CA).

A Occupational Safety and Health Administration (OSHA) classifica os EPIs segundo


a parte do corpo a ser protegida: olhos, vias respiratórias, cabeça e membros (TOR-
REIRA, 1999). Na sequência, veremos alguns EPIs e suas funções.

Touca
A touca é indicada para profissionais que trabalham com procedimentos que envol-
vam dispersão de aerossóis e projeção de particulados.

Deve ser preferencialmente descartável, cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser trocada
sempre que necessário ou a cada turno de trabalho.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Touca TNT branca

Óculos protetores
Protegem os olhos dos particulados, aerossóis e produtos químicos utilizados du-
rante os procedimentos de higienização, manipulação de produtos químicos e uso
de equipamentos que provoquem desprendimentos de partículas. Os óculos devem
possuir boa vedação lateral, transparência, permitir a lavagem com água e sabão,
desinfecção, quando indicada, sendo guardados em local limpo, secos e embalados.
Deve-se atentar para o tipo de óculos mais indicado a cada procedimento, pois os
óculos utilizados na higienização de objetos não serão os mesmos a serem utiliza-
dos durante desinfestação ou manipulação de produtos químicos, que exigem maior
proteção aos olhos.

Óculos de proteção para uso em trabalhos com higienização de objetos

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Máscara
Existem vários tipos de máscaras, e estas devem ser escolhidas de acordo com a
atividade a ser realizada. É comum encontrarmos máscaras cirúrgicas descartáveis
nas reservas técnicas dos museus; entretanto, elas não protegem contra a ação de
particulados muito finos e contaminantes de origem biológica, uma vez que não pos-
suem um meio filtrante.

Desta forma, sugere-se que as máscaras utilizadas para higienização devem ser do
tipo autofiltrante PFF2, descartáveis, tamanho suficiente para cobrir completamente
a boca e o nariz, permitindo a respiração normal do usuário e, quando possível, de
filtro duplo. Devem ser descartadas após a realização da atividade ou quando ficarem
umedecidas.

Deve ser mantida em local limpo, seco e ventilado, evitando a exposição à umidade e
a contaminantes.

Máscara autofiltrante PFF2

Não deve ser utilizada por pessoas com barba, pois pode interferir no contato direto
entre o rosto e a área de vedação do respirador.

Protege as vias respiratórias e reduz a exposição contra aerodispersoides em uma


faixa de tamanho de partículas de 0,1 a 10 micras.

Não deve ser utilizada para proteção das vias respiratórias contra aerossóis oleosos,
gases ou vapores orgânicos.

Na manipulação de produtos químicos, seja para higienização ou desinfestação, a


máscara mais indicada é o respirador semifacial com dois filtros, que evita o risco de

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

inalação acidental de substâncias, vapores orgânicos e gases pelas vias respirató-


rias. Esses respiradores são do tipo reutilizáveis, com cartuchos substituíveis.

Respirador semifacial com dois filtros.

Luvas
Devem ser de boa qualidade e usadas nos procedimentos de higienização, manipula-
ção e transporte de objetos. Constituem uma barreira física eficaz contra a contami-
nação do profissional, reduzindo os riscos de acidentes. Atuam na proteção das mãos
contra: agentes abrasivos, agentes perfurocortantes e agentes biológicos e químicos.

Utilizar luvas proporciona, da mesma forma, preservar bens culturais do contato de


eventuais resíduos impregnados nas mãos.

Os principais tipos de luvas e suas indicações de uso são:

§§ Luvas grossas de borracha e cano longo utilizadas no manuseio de produtos


químicos;
§§ Luvas de látex são indicadas para a higienização e a manipulação de objetos;
§§ Luvas de algodão são utilizadas para manusear acervos compostos por objetos
em papel, metálicos e de vidro;
§§ Luvas de tecido revestidas em látex nitrílico antiderrapante na face palmar para
manusear peças em madeira de grandes dimensões.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Luvas de algodão

Calçados
Deve-se usar calçados fechados, com solado antiderrapante, a fim de evitar quedas,
proteger os pés contra impactos de quedas de objetos, agentes cortantes e escorian-
tes e respingos de produtos químicos.

Calçado com solado antiderrapante

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Jalecos
Os jalecos devem ser, preferencialmente, de mangas longas, tecido claro e confortá-
vel, podendo ser de tecido ou descartável para os procedimentos de manuseio, trans-
porte e higienização, e devem ser usados fechados durante todos os procedimentos,
evitando o contato direto da pele com sujidades, produtos químicos e agentes bioló-
gicos.

Jaleco branco de manga longa

Macacões de segurança
Geralmente produzidos em Tyvek, os macacões têm como objetivo proteger por inteiro
tronco, membros inferiores e superiores, sem a necessidade de uso de uma grande
quantidade de EPIs. É indicado para ser usado durante a desinfestação de objetos.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Macacão em Tyvek

Equipamentos para conservação

Mobiliário
Tão importante quanto a gestão ambiental é a escolha adequada do mobiliário para
acondicionamento, guarda e exposição dos objetos que compõem o acervo. Muitas
são as opções de mobiliário para acondicionamento e cabe à equipe responsável pelo
acervo avaliar e definir o mais adequado e que acondicione o acervo de forma segura.
Neste tópico, veremos algumas possibilidades de mobiliários, observando as vanta-
gens e as desvantagens de cada um.

Estantes metálicas com pintura eletrostática

Muito utilizadas em museus, as estantes metálicas possuem a vantagem de apre-


sentar um custo menor e permitir a modulação dos espaços no que se refere à altura,
para melhor acomodação dos objetos. Entretanto, o seu uso ocasiona desperdício de
estrutura física, uma vez que demandam a ocupação de uma grande área dentro da
reserva técnica.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Mini porta-pallets

Para acondicionamento de objetos de grandes dimensões, recomenda-se o uso de


mini porta-pallets.

São estantes metálicas modulares produzidas em aço resistente, com reforço nas
laterais e bandejas em aço, que suportam até 500 kg.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Estantes deslizantes

São estantes modulares que permitem maior aproveitamento do espaço útil em re-
lação ao uso de estantes fixas, uma vez que são montadas sobre trilhos, permitindo
que elas se movimentem, sendo necessário apenas um corredor. Além disso, esse
tipo de estante possui diversos tamanhos, permitindo inclusive, que seja feita sob
medida e de acordo com as condições e especificações adequadas ao material a ser
acondicionado.

Mapotecas

Indicadas para acondicionar acervo em suporte de papel de médio a grande formatos,


objetos têxteis, arte plumária ou outros tipos de objetos que, devido à fragilidade do
suporte, precisem ser guardados sobre estruturas planas.

Como esse tipo de mobiliário cria um microclima, é necessário que haja maior con-
trole das condições ambientais e observação constante dos objetos, a fim de evitar a
ocorrência e proliferação de micro-organismos.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Trainéis

Trainéis podem ser projetados especificamente para o acervo de telas a ser acondi-
cionado, podem ser fixos ou compactados por equipamentos deslizantes, dependen-
do do espaço que a reserva técnica possui e o volume do acervo.

Sistemas de compactação de acervo são, na maioria dos casos, mais recomendáveis,


uma vez que são mais seguros, além de oferecer maior proteção contra poeira e luz.

Entretanto, estes exigem maior observação e controle do estado de conservação dos


objetos, a fim de identificar a ocorrência de pragas ou degradações.

Importante
As prateleiras das estantes, os mini porta-pallets, as estantes deslizantes
e as gavetas da mapoteca deverão ser forrados com Ethafoam de 0,5 cm,
a fim de fazer uma interface, impedindo que o objeto fique em contato
direto com o metal.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Suporte expositivo
A definição dos suportes expositivos deve levar em consideração o tipo de acervo a
ser exposto, a segurança, a fragilidade do material, a importância do objeto, a con-
servação, além do público visitante. Esses são os principais fatores que deverão ser
observados pela equipe responsável pelo planejamento e montagem do espaço ex-
positivo, e essas informações deverão estar definidas de forma clara e objetiva no
projeto museográfico.

Dentre os diversos tipos de suporte expositivos, abordaremos os quatro mais utiliza-


dos pelas instituições museológicas:

Painéis

Os painéis são utilizados para a fixação de objetos bidimensionais, como fotogra-


fias, pinturas, gravuras, entre outros, e a disposição destes objetos no espaço expo-
sitivo deverá manter uma padronização no que diz respeito à altura e ao tamanho,
proporcionando equilíbrio visual. Os painéis podem ser fixos ou removíveis. Os fixos
integram a arquitetura da edificação, sendo encontrados geralmente em edificações
construídas especificamente para abrigar museu e destinados à exposição perma-
nente. Os painéis removíveis podem ter sua posição e distribuição alteradas sem
interferir no aspecto físico da sala expositiva. São utilizados em exposições de curta,
média e longa durações e itinerantes, sendo mais comum o uso destes em edifica-
ções que tiveram seu uso alterado para abrigar instituições museológicas.

Painel, Museu do Açude/Ibram

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Vitrines

As vitrines são suportes desenvolvidos para expor, em sua maioria, objetos tridimen-
sionais ou bidimensionais que necessitam de mais atenção quanto à sua segurança,
seja por seu valor cultural, seja por seu tamanho físico, seu estado de conservação
etc.

Esse tipo de suporte deverá apresentar uma estrutura simplificada, para não interferir
na leitura/fruição do bem exposto e para facilitar a higienização deste bem e do pró-
prio suporte. Assim como os painéis, as vitrines podem ser fixas ou removíveis.

Módulos

Os módulos são estruturas móveis, geralmente confeccionados em madeira, com di-


mensões variáveis para abrigar de forma segura o objeto a ser exposto. São destina-
dos à exposição de bens que apresentam uma maior dimensão física e bom estado
de conservação, já que ficarão mais próximos do contato com os públicos. Assim, é
preciso avaliar os riscos de quebras e furto, roubo ou vandalismo ao escolher o bem
que será exposto nesse tipo de suporte.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Acervo em módulos, Museu Casa da Princesa/Ibram

Suportes digitais

Os suportes digitais são constituídos por equipamentos eletrônicos, como tablets,


computadores, óculos de realidade virtual etc., que podem ser usados para expor os
bens que apresentam fragilidade (estado ruim de conservação) ou por questões de
segurança.

Esse tipo de suporte evita que esses bens fiquem expostos a uma série de riscos, mas
não impede sua disponibilização aos públicos.

Os suportes expositivos deverão ser pensados, projetados e definidos especificamente


para o objeto que será exposto, levando em consideração o material constituinte para
que o material utilizado no suporte seja compatível, evitando, desta forma, ocasionar
ou acelerar degradações no objeto.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

No caso das vitrines, é importante a presença de orifícios para facilitar a troca do ar ou


algum equipamento que faça a ventilação no interior das vitrines, evitando a forma-
ção de microclima. Também deve-se levar em consideração a utilização de materiais
estáveis que não liberem gases, ácidos orgânicos ou outras substâncias prejudiciais
ao objeto exposto.

A iluminação deverá ser realizada de forma indireta, e o tipo de lâmpada utilizada


deverá ser, definido a partir de estudos de iluminância, com o objetivo de assegurar a
conservação dos objetos e a boa visibilidade aos visitantes.

Os suportes devem ser estáveis, a fim de amenizar os efeitos de possível queda du-
rante a limpeza e as visitações. As formas e as dimensões deverão ser definidas com
base na praticidade e na facilidade de manipulação do objeto.

A disposição dos suportes nos espaços expositivos deverá ser realizada de acordo
com um planejamento feito por uma equipe multidisciplinar, no qual serão observa-
dos o espaço físico, as condições ambientais, as condições de segurança e as nor-
mas expositivas para assegurar ao acervo exposto e ao visitante condições ideais de
segurança.

Equipamentos para o monitoramento


Como já vimos no Módulo 2, a conservação dos acervos musealizados depende não
só do controle dos fatores intrínsecos, mas, principalmente, dos fatores extrínsecos
e ambientais.

Desta forma, faz-se necessário que espaços expositivos e de guarda apresentem


condições adequadas de temperatura, umidade, iluminação, controle de poluentes,
controle e monitoramento de pragas.

Neste tópico, veremos alguns procedimentos e equipamentos utilizados na conser-


vação preventiva e essenciais para a preservação de acervos.

Luxímetro
A iluminância é definida como a quantidade de luz refletida em certa direção e dis-
tância em um ambiente. A unidade de medida da iluminância é expressa em lux e
corresponde a um lúmen para cada metro quadrado.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

A Norma nº 5.413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define os


níveis de iluminância em espaços internos, inclusive para museus, em que o nível
sugerido é de 100 lux. Entretanto, é importante manter os padrões de iluminação
definidos no projeto museológico para reserva técnica e áreas expositivas. Deve-se
levar em consideração os padrões máximos adequados aos materiais, como máximo
de 50 lux para objetos sensíveis (exemplo: papéis, tecidos, fibras naturais e couro
tingido); máximo de 150 lux para pinturas a óleo e têmpera, couro natural, marfim e
madeira; máximo de 300 lux para metais, vidro, cerâmica e pedras.

O controle da quantidade de lux que incide em um ambiente é feito pelo luxímetro. Este
é um equipamento formado por um miniamperímetro ligado a uma célula fotoelétrica.
Quando a luz incide sobre esta, é formada uma corrente carregando positivamente o
semicondutor da célula, enquanto a parte metálica do sensor fica carregada negati-
vamente, gerando uma diferença de corrente. Esta diferença é lida pelo equipamento
e convertida para o valor equivalente em lux.

Luxímetro

Ao usar o luxímetro, deverão ser observadas as seguintes condições:

§§ O sensor deverá estar paralelo à superfície a ser analisada;


§§ Evite fazer sombras sobre o sensor durante a medição;
§§ A medição deverá ser realizada em vários pontos do ambiente, a fim de verifi-
car se a densidade de luz está uniforme ou se há variações. É importante ma-
pear os pontos analisados para que as medições sejam realizadas sempre nos
mesmos locais;

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

§§ Caso a medição seja realizada com o aparelho apoiado nas mãos, observe se
ele está apoiado horizontalmente, evitando angulações, pois elas podem inter-
ferir e alterar o resultado da leitura pelo fato de o sensor não capturar a lumi-
nosidade de forma correta, uma vez que a luminosidade deverá ser capturada
pelo sensor de frente.

Termohigrômetro e data logger


Para a medição e o controle das condições de temperatura e umidade nos ambientes
expositivos e de guarda, utilizamos termohigrômetro e data logger.

O termohigrômetro é um equipamento de dupla função que tem a capacidade de me-


dir a temperatura, tanto em grau Celsius quanto em grau Fahrenheit, dependendo do
modelo e da umidade presente na atmosfera.

O data logger é outro tipo de equipamento também utilizado para aferir a temperatura
e a umidade dos ambientes.

Já existem modelos tanto de termohigrômetro quanto de data logger que armazenam


os dados aferidos e que podem ser descarregados em computadores, tablets ou ser
feito o envio direto de informações, por meio de softwares, wireless etc.

Termohigrômetro

Medidor de umidade em materiais


Em casos específicos de bens em suporte orgânico, como papel, tecido e madeira, que
apresentam índices de umidade elevados, ou que estejam passando por tratamento
para reduzir os níveis de umidade, faz-se necessário realizar controle constante.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Para tal, o mais indicado é o medidor de umidade, que consiste em um equipamento


portátil que realiza uma leitura rápida, permitindo que, em apenas alguns segundos,
seja possível ter de forma confiável os níveis de umidade presente no objeto.

Além disso, o equipamento é de fácil utilização, não exigindo investimentos na


capacitação de funcionários para realizar as coletas de dados.

Medidor de umidade

Desumidificador
O controle da umidade do ar é feito por meio dos processos de umidificação ou desu-
midificação, de acordo com o objetivo desejado.

O desumidificador é um equipamento portátil que retira a umidade do ar por meio de


choque térmico. Funciona com um compressor associado a um condensador, que
refrigera uma serpentina a uma temperatura de aproximadamente 6 graus. Um venti-
lador força a passagem do ar por esta serpentina. A água contida no ar, na forma de
vapor, sofre um choque térmico e se condensa, caindo em gotas no reservatório.

Destinado a eliminar, de modo seguro e eficiente, a umidade contida no ar, deve ser
usado quando a umidade do ambiente for superior aos níveis estabelecidos, evitando a
proliferação de micro-organismos no ambiente e nos objetos que compõem o acervo.

É importante lembrar que, nas estações climáticas com baixa umidade, o desumidifi-
cador deverá ser desligado.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Desumidificador

Circulador de ar/aparelho de ar-condicionado


Em determinas edificações, é possível fazer uso da ventilação natural não só nos es-
paços expositivos como também na reserva técnica.

Quando não é possível, sugere-se a utilização de aparelhos ventiladores ou de ar-


-condicionado, com temperatura controlada e dentro dos padrões estabelecidos pelo
Plano de Conservação do acervo da instituição.

É importante que o fluxo de ar não seja direcionado para o acervo. Caso a tempera-
tura e a umidade nesses espaços estejam abaixo ou acima dos níveis estabelecidos,
verifique no relatório os registros feitos pelo data logger para identificar os possíveis
fatores responsáveis pela alteração e busque formas de mitigar o problema.

Circulador de ar

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Materiais para acondicionamento e embalagem de bens


musealizados
Existe uma grande variedade de materiais utilizados para a confecção de embalagens
e acondicionamento dos objetos que constituem os acervos museológicos. A esco-
lha do material mais adequado está diretamente relacionada ao material constituinte
de cada objeto, evitando, dessa forma, que o uso de material inadequado possa de-
sencadear ou acelerar degradações. Veremos, a seguir, alguns dos materiais mais
utilizados em museus para o acondicionamento e a guarda do acervo.

Acetato de poliéster

Considerado um material inerte, o acetato de poliéster


é impermeável e indicado para o acondicionamento de
acervo documental e fotográfico, podendo ser usado na
confecção de envelopes e jaquetas de poliéster. Evita,
dessa forma, a eliminação de emulsão fotográfica em
razão do excesso de umidade e o branqueamento da
emulsão devido à contaminação do ar.

Espuma de polietileno expandido (Ethafoam®)

Encontrado em diversas gramaturas, apresenta pro-


priedades ideais para a confecção de bases e caixas de
acondicionamento para objetos diversos. É um material
inerte, ou seja, não irá reagir com o material constituinte
do objeto acondicionado, podendo ser colocado direta-
mente na embalagem, sem a necessidade de interface.
É impermeável a grande parte de produtos químicos,
apresenta resistência à água e às variações de temperatura e umidade.

Placas de polipropileno corrugado

Também conhecido como Polionda®, as placas são


indicadas para a confecção de caixas de acondiciona-
mento. Entretanto, devido à fragilidade do material, re-
comenda-se que esse tipo de embalagem seja utilizado
para acondicionar apenas objetos leves, como têxteis e papéis. Existem, no merca-

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

do, caixas de polipropileno reforçadas que são indicadas para acondicionamento de


acervos documentais e que podem também servir à guarda de outros tipos de objeto,
porém, faz-se necessário todo cuidado durante o manuseio desta embalagem.

TNT (“tecido não tecido”)

Não possui encolagem, podendo ser utilizado como


interface para acondicionamento dos objetos, bem como,
em alguns casos, para cobertura, evitando a incidência
de luz e a deposição de particulados e sujidades.

Perlon

Também é uma espécie de “tecido não tecido” sem en-


colagem, porém é utilizado para fazer interface entre
objetos com suporte em papel ou tecido, bem como na
confecção de embalagens para objetos têxteis.

Malha tubular cirúrgica

É confeccionada em tecido de algodão, podendo ser uti-


lizada na construção de suportes ou para revestir ca-
bides para acondicionamento de determinados tipos de
peças têxteis.

Flutuadores em espuma de polietileno

São excelentes suportes para acondicionamento de ob-


jetos têxteis de grandes dimensões, porém é necessário
que o flutuador seja revestido com perlon antes de en-
rolar o objeto, evitando, dessa forma, que ele fique em
contato direto com o flutuador.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Papel com pH neutro

Com colagem interna realizada em meio neutro, é usado


na confecção de pastas para acondicionamento de
acervo em papel (documentos e fotos) e na confecção
de pequenas embalagens para objetos diversos.

Papel cristal ou glassine

Translúcido e resistente, esse papel proporciona um


melhor acondicionamento de materiais higroscópicos,
podendo ser usado na confecção de envelopes ou em
embalagem provisória para o transporte de objetos.

Foam board

Placa de espuma de poliestireno com revestimento de


papel de um ou dos dois lados, apresenta alta rigidez,
leveza e facilidade de corte. Normalmente é utilizado
para acondicionar obras sobre papel.

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Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação

Encerramento do Módulo 4
Encerramos o Módulo 4.

No próximo módulo, estudaremos higienização.

Até lá!

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