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ÍNDICE

1.Introdução ...................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos do trabalho ............................................................................................ 3

1.1.1.Geral ................................................................................................................. 3

1.1.2.Específicos ....................................................................................................... 3

2.Contextualização ........................................................................................................... 4

2.1.Conceito da Pornografia ......................................................................................... 4

Conclusão ......................................................................................................................... 7

Bibliografias ..................................................................................................................... 8

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258-846458829 Pemba - Moz


1.Introdução

O presente trabalho fala sobre a Pornografia na era da digitalização. Como se pode ver
pelo tema, a Pornografia é o assunto mais popular em qualquer tipo de mídia e com a
Internet não seria diferente. Mas a rede trouxe também facilidade para a circulação da
pornografia. Mas o que pornografia? É um meio de expressão que tem sua liberdade
garantida como outro qualquer, desde que não seja ou não se torne ilegal. A pornografia
é o facto mais preocupante.

Um dos estudos mais recentes sobre pornografia, realizado pela Proven Men Ministries,
organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar homens a se libertarem desse vício,
constatou que 79% dos homens e 34% das mulheres entre 18 e 30 anos acessam
conteúdo erótico mensalmente.

Essa proporção tem mudado pouco ao longo das últimas décadas. Porém, é perceptível
que a internet tenha ampliado as formas de contacto com conteúdo pornográfico. Se há
alguns anos esse tipo de material estava disponível unicamente em fitas VHS, cinema
ou revistas vendidas em bancas, hoje o internauta tem acesso por meio de DVDs, Blu-
Rays, laptops, e-mails, smartphones, tablets e uma infinidade de outros dispositivos.

1.1.Objectivos do trabalho

1.1.1.Geral

 Estudar sobre a pornografia na era da digitalização.

1.1.2.Específicos

 Analisar a pratica da pornografia na era da digitalização;


 Propor mecanismos e estratégias para não publicação na internet;
 Descrever os impactos socioeconómicos da pornografia na economia actual.

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2.Contextualização

2.1.Conceito da Pornografia

Para Carta (2020), Pornografia vem do grego pornographos, que significa escritos sobre
prostitutas, originalmente, referência à vida, costumes e hábitos das prostitutas e
clientes. O Dicionário Michaelis conceitua pornografia como arte ou literatura obscena,
tratado acerca da prostituição, colecção de pinturas ou gravuras obscenas, carácter
obsceno de uma publicação, devassidão. O Dicionário Aurélio traz como uma das
definições figura, fotografia, filme, espectáculo, obra literária ou de arte, relativos a, ou
que tratam de coisas ou assuntos obscenos ou licenciosos, capazes de motivar ou
explorar o lado sexual do indivíduo.

De acordo com Moraes (1985), a pornografia existe desde a Antiguidade. Na Bíblia há


várias passagens, referindo-se principalmente à prostituição. Na Grécia o sexo era
cultuado, principalmente na literatura com temas como prostituição e incesto. Na
pintura e escultura também se encontram representações de cena eróticas, com destaque
ao coito anal e símbolos fálicos.

A homossexualidade era comum entre os gregos. Dildos – pénis artificiais – eram


produto de exportação de Mileto. No Oriente temos o Kama Sutra, de Vatsayana, um
estudo detalhado sobre o kama que é o amor e o prazer sexual. No Império Romano
começa o interesse pelas formas mórbidas de prazer, como o sadismo e a flagelação.
Esse interesse pelo castigo físico, que se estende pela Idade Média, se deve à moral
católica, como forma de reprimir o desejo sexual, Marzochi (2000).

No século XIX há uma disseminação do erotismo, com publicações clandestinas, na


moda e na fotografia, com o destaque dado ao corpo feminino. No século XX, com o
avanço tecnológico – fotografia e cinema no início, televisão na década de 50 e Internet
e meios digitais de comunicação na de 90, ocorre uma explosão do erotismo,
principalmente a partir dos anos 60 com a revolução sexual, Greer (2020).

Segundo o autor:

“ (…) A pornografia é consumida. Mesmo sendo produzida para consumo, não pode ser
considerada um produto comum. (…) Ao ser consumida ela acciona um mecanismo
todo particular do ser humano: a fantasia. Apesar de todo esforço das sociedades de
massa em direcção à homogeneização da sexualidade, podemos supor que cada

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indivíduo possa se relacionar de modo singular com o material pornográfico. Greer
(2020).

Essa relação consumidor/produto, ou imaginação individual/pornografia, se inscreve no


universo do proibido, ou mais especificamente, essa relação vai passar pela forma
particular que cada pessoa tem de digerir as proibições, de transgredir. (…) A proibição
existe para ser violada. Esse é o ponto de partida dessa reflexão. Por isso, o proibido
pressupõe sempre a sua contrapartida oposta e inseparável: a transgressão. (…) A
prática do proibido só é possível na forma de transgressão e é isso que alimenta e
impulsiona a nossa vida sexual, Dunaigr (1999).

Germaine Greer diz o seguinte sobre pornografia:

“A pornografia ilícita é a desbravadora. Onde ela vai, a mídia legítima precisa ir atrás se
não quiser deixar para os inescrupulosos a parte do leão dos lucros, e finalmente, o
negócio todo. Se os filmes cultos conseguem gerar, por uma bagatela, o tipo de interesse
da mídia que custa milhões aos filmes normais, estes vão copiá-los – lenta, mas
inevitavelmente. Por mais saliva que se gaste na questão do que as crianças devem ou
não assistir, o problema real é o que a geração dos pais quer que seja mostrado.
Enquanto houver demanda, a indústria porno estará ali para servi-la. Enquanto houver
cigarros, as crianças fumarão, Franco (2020).

Enquanto papai guardar revistas de mulher pelada e vídeos pornôs na gaveta das meias,
seus rebentos vão vê-los. A ideia de que as crianças podem existir num mundo e seus
pais noutro é uma ilusão. Histórica e etimologicamente, a pornografia é tão-somente a
publicidade da prostituição. Ela é distinta, portanto, da obscenidade. Obscenidade é a
descrição do que não pode ser visto. Alguma pornografia, mas de modo algum toda, é
obscena: boa parte da obscenidade não é minimamente pornográfica. (…) Boa parte da
pornografia abastece nichos de mercado e é absolutamente irrelevante para as pessoas
cuja sexualidade não foi desviada nessa direcção. As preferências de minorias sexuais
são classificadas, em geral, como parafilias e consideradas anormais; a sociedade
permissiva tendia a aceitar as parafilias como um aspecto essencial da atividade sexual
humana, Carta (2020).

A pornografia desencadeia uma reacção genital, provoca excitação e sugere uma


descarga iminente; a pornografia é o que torna o sexo rápido possível, sozinho ou

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acompanhado. O fast-food é um meio de neutralizar a fome e, portanto, da intrusão de
imagens de alimentos em outras ocupações mentais. O sexo rápido também deveria
preparar o terreno para um tipo diferente de acção.

Para Moraes (1985), a disseminação da pornografia é muito parecida com a ascensão da


batata chips que agora ocupa dois lados inteiros de um corredor do supermercado local.
Agora as fritas vêm temperadas, e também embebidas de produtos químicos que
simulam sabores de camarão, bacon defumado, molho inglês… (…) As fritas são um
excelente exemplo de alimento que engorda e não alimenta; o sexo virtual, como a
comida virtual, é planejado para deixar o consumidor insatisfeito.

Nos últimos dois anos, a regulação segura tem-se convertido numa realidade aceitada, e
a maioria dos fotógrafos não se arrisca a vender seus produtos sem a devida autorização.
Uma vez que o material está pronto deve-se fazê-lo chegar até aquelas pessoas que
desejam publicá-lo on-line, Moraes (1985).

A maior parte das fotografias são digitalizadas, escaneadas, e depois armazenadas em


CD-ROMs. Cada CD contém ao redor de 600 imagens e pode ser vendido por diferentes
preços, segundo o tipo do material que seja. (…) Com tanta pornografia gratuita
disponível, os sites pagos devem exibir algo mais que simples imagens. Os vídeos
interactivos, as actuações das celebridades, e imagens de famosas personagens, têm um
alto custo de produção, e ademais pode ser uma diversão não muito produtiva para os
consumidores.

De acordo às estatísticas, os sites que oferecem material gratuito compreendem entre 70


e 80 % do material pornográfico disponível. Estes sites são os que verdadeiramente
atrapalham aqueles nos quais se deve pagar para obter informação. Os sites de
pornografia gratuita só ganham dinheiro quando um usuário visita o site do anunciante e
realiza uma compra, Marzochi (2000).

Geralmente, um site “premium” partilha entre 30 e 60% de cada venda com o site ao
qual se refere. E ainda que esta cifra lhe pareça bastante generosa, deve pensar que
actualmente é difíceis os sites gratuitos capitalizarem seus acordos. Ainda que o 5 ou o
10 % dos visitantes poderiam clicar sobre um banner, só um ou dois de cada mil
usuários comprará o serviço oferecido, Franco (2020).

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258-846458829 Pemba - Moz


Conclusão

Chegando o fim deste trabalho, constatou-se que a pornografia é um meio de expressão


que tem sua liberdade garantida como outro qualquer, desde que não se seja ou não se
torne ilegal, como no caso do envolvimento de crianças ou o material ser vendido a
menores. Dada sua característica de perene inovação, a internet talvez seja hoje o
fenómeno que mais tem influenciado as transformações sociais, trazendo inestimáveis
benefícios à sociedade. Todavia, o ambiente da web tem se mostrado fecundo terreno
para a prática de ilícitos penais, tendo em vista a maior possibilidade de anonimato, a
grande capilaridade da rede e, hoje, o barateamento de seu acesso. Esse cenário motivou
o nascimento de movimentos de neocriminalização, tendentes a coibir os ilícitos
praticados no ambiente virtual, sejam eles crimes tradicionais que passaram a se
proliferar na sociedade em rede ou mesmo novas espécies delitivas que passaram a
existir após a internet.

Embora essas situações já legitimem a criminalização da posse de pornografia como um


crime de perigo, para nós a conduta ainda é violadora da autodeterminação sexual dos
menores, cujo núcleo fundamental é a garantia do desenvolvimento da personalidade do
menor do plano sexual. Com efeito, a legitimação da posse do material pornográfico
infantil nas mãos de um sem número de pessoas tem grande probabilidade de causar
danos psicológicos ao menor, além de inegavelmente degradar os relacionamentos
sociais do infante, conforme exposto no último capítulo.

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258-846458829 Pemba - Moz


Bibliografias

Carta, Gianni. Mercado brutal. Carta Capital. São Paulo, edição 156, p. 14-19, 25 de
Setembro 2020.

DI Franco, Carlos Alberto. Internet e Pornografia, no endereço


http://www.hottopos.com/mirand3/internet.htm, 2020.

DunaigrE, Patrice. O ato pedófilo na história da sexualidade humana. In: Unesco.


Inocência em perigo – Abuso sexual de crianças, pornografia infantil e pedofilia
na Internet. Rio de Janeiro: Garamond, 1999. Capítulo 1, p. 9-23.

Greer, Germaine. O mercado do sexo. Carta Capital. São Paulo, n. º 135, p. 50-52, 25 de
Novembro 2020.

Marzochi, Marcelo De Luca. Direito.Br – Aspectos Jurídicos da Internet no Brasil. São


Paulo: Editora LTR, 2000.

Moraes, Eliane Robert e Lapeiz, Sandra Maria. O que é Pornografia? São Paulo: Abril
Cultural e Brasiliense. Colecção Primeiros Passos, 1985.

Autor: Sergio Alfredo Macore Sergio.macore@gmail.com / +258-846458829 Pemba - Moz

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