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A simples auto observação não é suficiente para o sujeito ter auto conhecimento algum.
Como diziam os antigos: O ser humano é um microcosmo – então você inclui nele os diversos
extratos da realidade que você encontra em parte nos outros objetos.
Daí, temos que o temperamento, por exemplo, é a base “mineral” da minha psicologia, de tudo
o que acontece na minha mente.
Embora o “eu” seja de fato mais mente do que corpo ele existe de algum modo nesse corpo.
O que vai de baixo para cima corresponde aquilo que os escolásticos chamavam de “intelecto
possível”, que é a simples disposição que se firma a entender, é importante notar que o
intelecto possível não é uma capacidade de entender, ele é na verdade uma disposição
receptiva
Ex: tenho aqui a minha mão e de outro lado um isqueiro, se olharmos bem o isqueiro
verificamos que ele se encaixa na mão e não cai, mas ele não cai não por que eu tenho uma
faculdade de pegar isqueiros ( não existe nada em mim que orienta o meu ser na direção de
pegar um isqueiro, se ele não existisse meu ser continuaria exatamente o mesmo, mas pelo
fato da mão existir nessa forma é possível para ela ter o isqueiro sobre ela; é uma possibilidade
que se abriu pela existência dela, a mão tem a capacidade ativa de segurar qualquer objeto
físico, não uma capacidade de segurar isqueiros, ela tem a possibilidade de segurar isqueiros)
O intelecto possível é a coluna ascendente que vai da sua tipologia básica até a inteligência
Temos por outro lado uma coluna constituída das impressões causadas pelo sentido comum
Ex: O Prof. Está vendo a sala, e a sala está com uma certa iluminação e isto causa certa
impressão nele.
Quaternário?
Inteligência pura
Pensamento Imaginação
(intelecto possível)
Temperamento
Se a gente voltar no esquema das cores da primeira aula podemos colocar do lado esquerdo
(pensamento/intelecto possível) a sequencia que vai do ROXO, AZUL e VERDE e do lado direito
(imaginação) AMARELO, LARANJA e VERMELHO.
As disposições gerais da alma são geradas nessa coluna da esquerda, enquanto que a da
direita reforça ou enfraquece as disposições geradas na sinistra coluna.
A imaginação não produz por si a ação, mas ela pode ser usada para reforças ou atenuar uma
ideia, pensamento, opinião ou crença, etc.
De um lado: o que eu penso das coisas? O que eu estou vendo? Ouvido? O que acho?; de outro
como reajo a elas? Entrando aí em jogo a imaginação.
Então associaremos simbolicamente estas duas colunas
ESQUERDA DIREITA
Primeiro associamos aos vegetais a coluna da esquerda, pois a coluna da esquerda é a coluna
da atividade terrestre, quer dizer, o homem é capaz de perceber a realidade como o ser
humano (um animal racional); o racional está aí para indicar que ele é psicologicamente
consciente da sua inteligência, ele é capaz de inteligir, ora, porque essa capacidade é
meramente potencial nele, ela corresponde não a coluna da influência celeste, mas a da
atividade terrestre.
A coluna do pensamento é por onde você sobe da experiência bruta até a intelecção das coisas.
Quando o ser humano pode entender? O que queremos dizer com isso? Queremos dizer que ele
tem um potencial, uma possibilidade de trazer para sua consciência individual aquilo que é
inteligível.
Veja bem, no conjunto da realidade isto que é inteligível já é inteligível, não porque eu posso
entendê-lo, mas porque é inteligível mesmo se eu não existisse.