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LEST_nano – Laboratório de Energia, Sistemas Térmicos e Nanotecnologia

INTRODUÇÃO

O condicionamento de ar de ambientes residenciais e pequenos ambientes comerciais


tornou-se possível no final dos anos 30, através da introdução de equipamentos específicos no mercado.
Porém , somente nos anos 50 chegou-se à produção em massa de unidades relativamente eficientes,
consideradas hoje como os antepassados dos condicionadores de ar de janela e tornando-se acessíveis ao
consumidor médio.
Fundamentalmente estes sistemas tinham por função básica proporcionar condições
favoráveis de:
* Temperatura;
* Umidade relativa;
* Velocidade e
* Pureza do ar.
Através dos tempos, podemos presenciar significativas alterações nas formas arquitetônicas,
nas condições de trabalho e conforto nos ambientes, assim como o nível de exigência dos seus
ocupantes.
Fatores como:
* Nível de ruído;
* Facilidade de instalação;
* Adequação estética aos ambientes;
passaram a ser estudados e incorporados aos projetos de condicionamento de ar.
A filosofia dos equipamentos tipo split (divididos) veio de encontro a estas necessidades,
trazendo soluções adequadas e inovações tecnológicas à um mercado cada vez mais exigente.
Logo, os condicionadores de ar denominados Mini Split’s, com capacidade entre 1 e 3 TR,
substitutos naturais dos condicionadores de ar de janela, cresceram na preferência dos usuários e
projetistas, tanto que, em 1997, este segmento foi o que mais cresceu dentro do mercado de ar
condicionado.
Este fato gerou uma grande expectativa de negócios por parte dos fabricantes e instaladores,
mas, por outro lado, gerou também uma grande necessidade de qualificação dos profissionais de
instalação e manutenção frente à este novo horizonte.
O Curso de Instalação de Condicionadores de Ar Mini-Split, visa preparar os
profissionais deste segmento, para atuar de forma eficaz e segundo os padrões ditados pelos fabricantes,
e, com isso, assegurar a satisfação dos clientes finais e o próprio crescimento do mercado.

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CAPÍTULO I

NOÇÕES DE FÍSICA

1.1. REFRIGERAÇÃO

Vejamos algumas definições:

Arrefecimento: baixar a temperatura de um corpo até a temperatura ambiente.

Resfriamento: baixar a temperatura de um corpo desde a temperatura ambiente até seu ponto de
congelamento.

Congelamento: baixar a temperatura de um corpo aquém da temperatura de congelamento.

Considerando-se a tendência natural do calor, que é fluir de um corpo quente até um corpo a
menor temperatura, o arrefecimento acontece naturalmente. No entanto, de acordo com o segundo
princípio da termodinâmica: "é impossível transportar calor continuamente de um corpo a outro de
maior temperatura sem uma máquina que receba energia externa", podemos ver que os processos de
resfriamento e congelamento requerem dispêndio de energia utilizável.

Refrigeração é a remoção do calor de um corpo. É a ação de resfriar determinado ambiente de


forma controlada, tanto para viabilizar processos, processar e conservar produtos (refrigeração
comercial e industrial) ou efetuar climatização para conforto térmico

Arrefecimento

Conseguimos arrefecimento naturalmente quando colocamos em contato dois corpos ou


substâncias com diferentes temperaturas; segundo os princípios da termodinâmica, o calor fluirá do
corpo de maior temperatura para o de menor até que se obtenha o equilíbrio térmico, ou seja os dois
corpos igualarão suas temperaturas. Exemplo: Colocamos um cubo de gelo em um copo de água e
obteremos o arrefecimento da água.

Refrigeração mecânica

Quando necessitamos manter uma sala a 23°C. e a temperatura ambiente é 30ºC. Necessitamos
que o fluxo de calor seja da sala ( temperatura menor ) para o ambiente ( temperatura maior ). A
refrigeração desta sala só se tornará possível com a utilização de um equipamento apropriado, ou seja
mecanicamente.

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1.2. TEMPERATURA

As moléculas dos gases, líquidos e sólidos movimentam-se alternadamente de uma lado para o
outro de forma desordenada, de onde surge um atrito molecular produzindo um aumento de temperatura.
Quanto maior a agitação molecular de uma substância, maior será sua temperatura.
Existem diferentes escalas de temperaturas: Fahreinheit ( º F ), Celsius ( º C ), Rankine ( º R ) e
Kelvin ( K ).
A escala que conhecemos, a Celsius, baseia-se no comportamento da água pura, submetida a
uma pressão atmosférica. Os seus pontos de referência são:
Temperatura de ebulição da água : 100º C.
Temperatura de congelamento da água : 0º C
Zero absoluto : -273º C.

Zero absoluto

O zero absoluto é o ponto onde teoricamente não existe movimentação das moléculas e
consequentemente não existe calor. O zero absoluto da água é -273 ºC.

1.3. CALOR

O calor é uma forma de energia que flui de um corpo ao outro quando entre eles houver uma
diferença de temperatura. Por este motivo o calor é chamado de energia de fronteira.

Transferência de Calor

A transferência de calor pode se dar por três processos: Convecção, condução e irradiação.

Convecção é a transferência de calor entre fluidos ou entre fluidos (gases e líquidos) e sólidos.
Ex: calor trocado entre o ar e uma serpentina.

Condução é a transferência de calor que ocorre nos sólidos: entre duas extremidades da uma
barra a diferentes temperaturas ou entre duas barras em contato. Para haver condução de calor entre dois
corpos estes necessitam estar em contato. Quanto melhor o contato, melhor a condução do calor. Ex:
contato aleta x tubo em trocadores de calor.

Radiação é a transferência de calor através de ondas de energia, e o calor é transferido sem


necessidade de material algum. Ex: calor transmitido do sol até a Terra.

Na realidade, na grande maioria dos processos de troca de calor o que acontece é uma
combinação dos processos acima ( mais comumente condução e convecção).

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Relação entre calor e temperatura

Poderemos observar duas substâncias ou corpos à uma mesma temperatura e com quantidades de
calor diferentes. Isto acontece devido ao fato de que cada substância possui calor específico.

Exemplos de calor específicos ( cal/gºC ) :


água = 1 cal/gºC
vapor d’água = 0,48 cal/gºC
gelo = 0,55 cal/gºC
ar = 0,24 cal/gºC

Ainda, nas mudanças de fase de substâncias, podemos observar quantidades de calor diferentes
para uma mesma temperatura, devido ao fato de necessitarmos uma determinada quantidade de calor ,
denominada latente para que ocorra a transformação total de fase desta substância.

Calor latente

É o calor necessário na mudança de estado de uma substância sem modificação da temperatura,


ou seja, não aparece quando medida por um termômetro. O calor latente pode ser de fusão ou de
vaporização.

O calor latente de fusão: É a quantidade de calor necessária para transformar uma substância
do estado sólido para o estado líquido sem modificar a temperatura.

O calor latente de vaporização : É a quantidade de calor necessária para transformar uma


substância do estado líquido para o estado de vapor sem modificar a sua temperatura.

Calor sensível

É a quantidade de calor adicionado ou removido antes ou após a mudança de estado e tão


somente aumenta ou diminui a temperatura do sólido, líquido ou gás, e pode ser medido por um
termômetro.

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1.4. QUANTIDADE DE CALOR

A quantidade de calor retirada na unidade de tempo é a potência frigorífica ou carga térmica de


refrigeração. A unidade oficial do sistema internacional é o W (ou KW, um de seus múltiplos). No
entanto, na prática de refrigeração continua-se a adotar a Kcal/h (quilo caloria por hora - 1KW = 860
Kcal/h).
No ramo do ar condicionado, utiliza-se muito o BTU/h (1 BTU/h = 0,25 Kcal/h) ou a TR
(tonelada de refrigeração), sendo 1TR = 3024 Kcal/h = 12000 BTU/h. Uma tonelada de refrigeração ( 1
TR ) é a refrigeração produzida pela fusão de uma tonelada de gelo à temperatura de 32 º F, em 24
horas. É por conseguinte uma taxa de remoção de calor antes de uma quantidade de calor. Desde que
isto é “uma taxa “ pode ser convertida em BTU’s por dia, por hora, ou por minuto desejado.

1 TR = 3024 Kcal/h = 12.000 BTU/h.

Quantidade de calor sensível (Q.s.): Obtida pela resolução da seguinte equação: Qs= m ce Δt
onde;
m = massa da substância em Kg
ce = calor específico da substância em Kcal / Kg ºC
Δt = diferença de temperatura em ºC

Quantidade de calor latente (Ql.): Obtida pela resolução da seguinte equação: Ql = m cl onde;
m = massa da substância em Kg
cl = calor latente da substância em Kcal / Kg

1.5. PRESSÃO

Pressão é conceituada como sendo uma força agindo sobre uma área. P = F/A

Unidades de medida de pressão


Sistema internacional - Kg/cm2, mm hg , bar, atmosfera.
Sistema inglês: P.S.I. , pol de Hg.
A unidade de P.S.I. às vezes vem acompanhada das letras , A , G. Estas letras significam: A =
absoluta G = manométrica (gauge).

Pressão atmosférica

A pressão atmosférica é um efeito do peso das camadas atmosféricas logo, quanto maior for a
altitude menor é a pressão devido a menor coluna de ar.
A pressão atmosférica padrão é tomada ao nível do mar e a 15º C , e corresponde a 760 mm Hg,
76 cm Hg, 1.013 mb, 1,033 kg/cm2, , 14,7 pis, 29,92 inHg,

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Pressão relativa e absoluta

Pressão relativa, é quando o zero da escala corresponde a pressão ambiente ( atmosférica ) e é


medida por um instrumento chamado manômetro e por isto esta pressão é também conhecida como
pressão manométrica. A pressão relativa é positiva quando a pressão medida é maior que a pressão
ambiente. A pressão relativa é negativa quando a pressão medida é menor que a pressão ambiente.
Na escala relativa é possível termos leitura acima e abaixo de zero.

Pressão absoluta da escala corresponde ao zero absoluto ( ausência total de matéria ) e é medida
por um instrumento chamado de barômetro.
Na escala absoluta é possível leituras somente acima de zero.

Relação entre pressão e temperatura

Existe uma relação direta a pressão e a temperatura de ebulição das substância, ou seja: Quanto
maior a pressão maior a temperatura de ebulição e, quanto menor a pressão menor sua temperatura de
ebulição. Exemplo : A água ferve a uma temperatura menor que 100º C ao nível do mar onde a pressão
atmosférica é 1 atm.

Pontos de ebulição e condensação

A evaporação, ou seja, a passagem de uma substância da forma líquida para a forma de vapor é
também chamada ebulição.
O ponto de ebulição de uma substância é determinado pela temperatura e pressão em que esta
troca de fase acontece.
Exemplo: O ponto de ebulição da água a 1 atm. é 100º C.
A diferença entre ebulição e condensação é o estado inicial em que se encontra a substância, ou
seja :
Quando acontece a transformação da substância de líquido para vapor denominamos evaporação
ou ebulição. E quando inicialmente temos a substância na forma de vapor e a transformamos em
líquido, denominamos condensação ou liquefação.

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CAPÍTULO II

CICLO BÁSICO DE REFRIGERAÇÃO

Os sistemas de refrigeração, os quais utilizam como refrigerante os halogenados (R12, R22,


R134, R134a), têm com princípio a evaporação dos gases refrigerantes como forma de absorção de
calor. Sabe-se que a quantidade de calor absorvida na evaporação ( latente ) é muito grande, bem
maior que a quantidade de calor sensível, e que estas substâncias entram em ebulição à temperaturas
muito baixas.

2.1. REFRIGERANTES

Refrigerante é um fluído que absorve o calor evaporando à baixa temperatura e pressão.


Como o refrigerante muda de líquido a gás, e de gás volta a líquido, o calor latente de
vaporização do refrigerante produz refrigeração. O calor passa de substância a ser refrigeração e
vaporiza o líquido refrigerante. EXEMPLO : ÁGUA - 100º C; R12 - 29,8ºC; R22 - 40,70ºC;
Amônia R717 - -33ºC
São dois os tipos de refrigerantes:

Refrigerantes primários : São os fluídos que absorvem seu calor latente de vaporização, tais
como : Amônia, Bióxido de Carbono, Cloreto de Metila, Ferro, etc ...

Refrigerantes secundários : São fluídos que resfriam pela absorção do seu calor sensível tais
como: ar, salmoura, etc ...

2.2. COMPONENTES DO CICLO BÁSICO

O ciclo básico é composto de quatro componentes :


a) Compressor
b) Condensador
c) Dispositivos de Expansão
d) Evaporador

Representação de um ciclo básico de refrigeração

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Gás à alta pressão e


Gás à baixa pressão temperatura
e temperatura

Calor Compressor
Calor

Dispositivo
Evaporador de Expansão Condensador

Flash-gas Líquido a alta pressão


baixa pressão e e temperatura ambiente
temperatura

2.3. PROCESSOS DO SISTEMA

Os processos observados neste sistema são : compressão, condensação, expansão e vaporização.

Compressão - Elevação da pressão e temperatura de ebulição de refrigerante para o


condensador.
Condensação - O refrigerante cede calor para a água ou ar em circulação mudando de estado.
Expansão - Redução de pressão e temperatura de ebulição de refrigerante para o
evaporador.
Vaporização - ( evaporação ) o refrigerante absorve calor, mudando de estado.

2.4. DIVISÃO DO CICLO BÁSICO

Divisão do sistema em relação à pressão do refrigerante

O ciclo básico de refrigeração pode ser sub-dividido de acordo com a pressão a qual o
refrigerante está submetido em: lado de alta pressão e baixa pressão.

Alta Pressão : Entre a saída do compressor e a entrada do expansor, ( pressão de descarga ).


Baixa Pressão : Entra a saída do expansor e a entrada do compressor, ( pressão de retorno ou de
sucção ).

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Divisão do sistema em relação ao estado físico em que o refrigerante se encontra

O refrigerante se encontra no estado de:

Vapor: entre a saída do evaporador e a entrada do condensador.


Líquido: entre a saída do condensador e a entrada do evaporador.

2.5. COMPRESSORES

O Compressor desempenha quatro importantes funções em um sistema de refrigeração:


a) Reduz a pressão no lado de baixa ,fazendo com que o ponto de ebulição de refrigerante (
temperatura de saturação ) seja baixo no evaporador.

b) Aumenta a pressão no lado de alta fazendo com que o ponto de ebulição de refrigerante seja
alta no condensador.

c) Aumenta a temperatura de refrigerante para que haja melhor troca de calor no condensador.

d) Faz com que o refrigerante circule pelo sistema.

Compressores herméticos

O motor elétrico de acionamento e o compressor, são diretamente acoplados no mesmo eixo, e


alojados na mesma carcaça comum, soldada, ou seja, hermeticamente fechada, a prova de fuga de gás.
O compressor hermético, também é chamado de unidade selada.
São utilizados nas potências de 1/10hp até 10hp.

2.6. CONDENSADORES

A finalidade do condensador é liberar o calor do refrigerante, absorvido no evaporador e


aumentado com o calor do compressor e por intermédio da compressão.
Para que um condensador trabalhe bem é necessário que apresente boa transmissão de calor para
que este passe o calor do refrigerante para o meio exterior ( ambiente ), através da superfície de tal
elemento com a menor diferença de temperatura possível.
Do ponto de vista construtivo a superfície de troca do condensador deve ser a mais ramificada
possível.
Na entrada do condensador, os vapores de refrigerante, proveniente do compressor, estão na
temperatura e pressão de descarga. Encontram-se super aquecido, que corresponde à 10% do
condensador, pois sua temperatura de condensação corresponde à pressão em que se encontram. A
medida que o refrigerante percorre a tubulação do condensador, o mesmo transfere calor para o
ambiente, que se encontra com a temperatura mais baixa, diminuindo assim sua temperatura. Por esta
razão, em determinada região do condensador os vapores tornar-se-ão saturados, isto é, sua temperatura

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será igual à de saturação em relação a pressão em que se encontra. A partir daí, o fenômeno passa a ser
de condensação, que corresponde, mais ou menos, a 85% do condensador, passando o refrigerante do
estado gasoso para o líquido saturado.
Uma vez totalmente condensado, o refrigerante poderá vir a ser ainda mais resfriado ,
transformando-se em líquido sub-resfriado, que corresponde, mais ou menos, à 5% de condensador.

Funcionamento dos condensadores

A capacidade de transferencia de calor no condensador depende da superfície, da diferença de


temperatura existente entre o refrigerante que condensa e o ambiente externo da quantidade de
refrigerante, e da condição de transmissão de calor. Podemos então, ter: Condensadores resfriados a ar e
condensadores resfriados a água.

Classificação dos condensadores resfriados a ar

Os condensadores resfriados a ar, que são mais ou menos usados em refrigeração doméstica e
comercial leve e média, utilizam como agente resfriador o ar. A circulação de ar através do condensador
pode ser de duas maneira: Circulação natural do ar e circulação forçada do ar.
Circulação natural do ar : Os condensadores são normalmente constituído por uma série de
aletas de aço ou alumínio, através das quais passa a tubulação. A finalidade dessas aletas é alimentar a
área de contato com o ar. Nos condensadores deste tipo, o refrigerante superaquecido vindo do
compressor, transmite seu calor que está em contato com as aletas, tornando-se mais leve, O ar quente,
por ser mais leve, sobe e seu lugar é ocupado por ar fresco, o qual por sua vez, também se aquece e
sobe, produzindo dessa maneira uma circulação natural e contínua pelo condensador. É a chamada
transmissão de calor por convecção do ar. Também são usados condensadores do tipo chaminé, que
consistem em uma tubulação ( tubos tipo Bundy : chapas de aço cobreada e enrolada ) encurvada, presa
a uma chapa de aço por canaletas soldadas à mesma. Temos ainda os condensadores tipos Tubo liso, que
são pouco utilizados.
Circulação forçada de ar: Utilizada em refrigeradores comerciais, condicionadores de ar e
unidades condensadoras de médio e grande porte, onde torna-se necessário aumentar a circulação de ar
através do condensador, isso ;e conseguido através da circulação forçada de ar. Estes condensadores
necessitam um ventilador acoplado a eles para haver uma boa condensação.
Um detalhe construtivo destes condensadores, é que a distância entre as aletas é sensivelmente
menor que nos condensadores de circulação, pois o ar circula mais rapidamente.

2.7. DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO

O elemento expansor tem duas finalidades: Reduzir a pressão do fluído refrigerante


líquido, a fim de permitir que o mesmo ferva à uma temperatura no evaporador e regular a vazão do
fluído refrigerante que entra no evaporador, para evitar que entre refrigerante líquido em excesso, e este
vá até o compressor.
Os elementos expansores classificam-se em: tubos capilares, válvulas manuais, válvulas
automáticas: de bóia baixa pressão, de bóia alta pressão, pressostática e termostática.

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Os tubos capilares

Consiste em um elemento de expansão, aplicado em sistemas de refrigeração com a finalidade de


reduzir a pressão do líquido refrigerante e de controlar a vazão deste para o evaporador. Desta forma,
concluímos que tubo capilar, divide o lado de alta pressão do lado de baixa pressão.
Para que haja o equilíbrio entre o compressor e o tubo capilar, é necessário que este esteja
dimensionado para que permita a passagem da mesma quantidade de refrigerante deslocado pelo
compressor. Quando o compressor para de funcionar o tubo capilar oferece o equilíbrio de pressão entre
o lado de alta pressão como lado de baixa pressão, ou seja, a pressão fica a mesma nos dois lados.
É a grande importância nos tubos capilares: Comprimento - que vai provocar a queda de pressão
necessária no sistema. (varia de 1m a 6m conforme o sistema ). Diâmetro - que regula a vazão adequada
do refrigerante ao sistema. o diâmetro interno varia de 0,5 a 2 mm )

2.8. EVAPORADORES

A finalidade do evaporado é absorver o calor de três fontes: Calor de penetração através da


isolação, calor de infiltração devido a abertura das portas e calor dos produtos guardados.

Classificação

Quanto ao controle de refrigerante - sistema inundado e sistema de expansão direta ( seca ).


Quanto a circulação de ar - circulação natural e circulação forçada. Quanto a disposição - série e
paralelo. Quanto a superfície - primários e aletados.

2.9. SUPERAQUECIMENTO E SUBRESFRIAMENTO

Superaquecimento é o ganho de temperatura que o refrigerante tem após a sua evaporação.


Exemplo : A temperatura de ebulição do R22 a 1 atm é igual a -40,7º C; Se ao medirmos a temperatura
de refrigerante verificarmos que este está a - 30,7ºC indica que tivemos superaquecimento de 10ºC e o
mais importante: temos a certeza que todo refrigerante está na forma de vapor.

Subresfriamento é a perda de temperatura que o refrigerante sofre após sua condensação.


Exemplo: A temperatura de ebulição de R12 a 1 atm é igual a -29,8ºC. Se ao medirmos a temperatura do
refrigerante verificarmos que este está à -39,8ºC indica que todo o refrigerante está na forma líquida e
que tivemos um subresfriamento de 10ºC.

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CAPÍTULO III

CONDICIONAMENTO DE AR

O condicionamento de ar é um processo que visa ao controle simultâneo, em um ambiente


delimitado, da pureza, umidade, temperatura e movimentação do ar.

Relação entre a umidade relativa e o conforto

A unidade relativa é a relação entre a quantidade de vapor d’água contida no ar e a quantidade


máxima que ele pode conter numa dada temperatura
Levando-se em consideração a resultante sensação de conforto ou desconforto proveniente da
umidade do ar é de maior importância, a umidade relativa. A umidade relativa sempre se desloca de
regiões com grandes taxas para regiões menos úmidas. Se o ar sobre um líquido está saturado, os dois
estão em equilíbrio e nenhuma umidade passa do líquido para o ar. Se o ar estiver apenas parcialmente
saturado pode ocorrer certa evaporação e alguma parcela de umidade penetra no ar.
Se a temperatura do ar de 25 °C a u. r. = 90%, o que significa que o ar está quase saturado. O
corpo humano sua mas o suor não é absorvido pelo ar ( não evapora ) com isto causando desconforto
por dois motivos: O suor não evaporando escorre pelo corpo e o suor não evaporando não refrigera o
corpo.
Porém com a mesma umidade com a temperatura de 30°C a u. r. = 64% o que permite maior
evaporação do suor e consequentemente maior conforto.

3.1. FUNCIONAMENTO DE UM CONDICIONADOR DE AR

A técnica atual permite a fabricação de aparelhos relativamente pequenos, recirculam o ar do


ambiente retirando, ao mesmo tempo, o calor em demasia. Quando o condicionador funciona o ar do
ambiente é recirculado, passando através das aletas do evaporador as quais estando na temperatura de
aproximadamente 8° C ( temperatura que normalmente trabalham todos os condicionadores domésticos
) retiram do ar o calor excessivo.

Para realizar esta operação o processo de trabalho de circuito refrigerante é o seguinte: O gás
refrigerante é aspirado pelo compressor através da válvula de aspiração e comprimido no cilindro,

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passando a ocupar um espaço bem menor, com uma pressão bem maior, passando em seguida através da
válvula de descarga no tubo que o conduz ao condensador.
O condensador que é situado do lado externo do ambiente recebe o ar externo fazendo-o passar
através das suas aletas ..
Por efeito de condução o vapor do gás refrigerante, que se encontra em alta pressão e aquecido,
se desprende o calor através das paredes dos tubos do condensador, aquecendo assim as aletas do
mesmo. O ar que atravessa as aletas é expelido para o exterior do ambiente, mais quente do que era
antes de passar através do condensador. De fato é fácil notar, pelo simples contato manual, que o ar que
sai do condensador é bem mais quente do que o ar que entra. Este aquecimento do ar se dá por feito da
convecção. O gás refrigerante perde assim uma grande quantidade de calor, passando do estado gasoso
ao estado líquido e assim conduzindo até o filtro do gás e em seguida ao tubo capilar.
O gás refrigerante sai do tubo capilar com pressão bastante diminuida entrando assim no
evaporador. Como sabemos pressões e temperaturas dos gases refrigerantes são diretamente
proporcionais entre si. Agora, no evaporador, temos baixa temperatura e baixa pressão e assim sendo as
moléculas do gás encontram-se em movimento, porém bem distanciadas necessitando maior energia.
O ar que circula, através do evaporador, aquece as aletas e consequentemente os tubos do
mesmo, fornecendo assim a energia ao refrigerante, o qual começou a ferver, passando assim do estado
líquido ao estado gasoso novamente.
Como já temos visto, qualquer mudança física de uma substância é acompanhada do calor latente
e, neste caso, o calor latente de evaporação porém, a substância que muda o próprio estado deve
absorver o calor latente sem afetar a própria temperatura. Assim os vapores expandidos ( na serpentina
do evaporador ) devem absorver muitas Kcal ( ou btu) antes que a própria temperatura atual , mude.
Logo que ele se torne superaquecido, isto é tanto quanto a temperatura necessita, muda o gás de líquido
para vapor.
Pelos motivos mencionados é fácil compreender que o ar do ambiente, circulado através de
evaporador, aquecerá tanto quanto as aletas do mesmo e desta forma desprenderá o calor por convecção.
As aletas então desprendem o calor por condução aquecendo assim o gás que, atravessando o circuito do
evaporador, entra na linha de sucção e volta ao compressor. Do compressor passa ao condensador, o
qual retira o excesso de calor de gás pelo processo já discriminado.
Em suma o calor de um ambiente é retirado pelo ciclo do gás e conduzido ao condensador e
assim expelido no exterior do ambiente.

3.2. SISTEMAS COM CICLO REVERSO

No sistema com ciclo reverso o fluxo e efeitos do refrigerante é o mesmo para os sistemas sem
ciclo reverso.
A diferença nos condicionadores com ciclo reverso é que estes possuem uma válvula de reversão
entre o tubo de descarga e a linha de sucção que, quando acionada através de uma válvula solenóide,
altera o fluxo de refrigerante transformando o evaporador em condensador e o condensador em
evaporador, fazendo com que o ar ambiente interno ao passar pelo agora condensador seja aquecido ao
invés de refrigerado.
A válvula solenóide é acionada pelo seletor quando em aquecimento. fazendo com que a pressão
do próprio refrigerante comande a válvula de reversão.
Na substituição ao da válvula de reversão durante a soldagem dos tubos da unidade selada, à
mesma deve ficar submersa em água para evitar que o calor produzido pelo maçarico aqueça por
condução os componentes internos da válvula, danificando-os.

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3.3. CONDIÇÕES PARA O BOM FUNCIONAMENTO

Três aspectos contribuem de forma decisiva para o bom funcionamento de um condicionador


de ar:

a) O equipamento deve ser dimensionado para as condições do ambiente que este irá atender.
Para condições de conforto, os fabricantes indicam o uso de uma planilha de carga térmica
para o perfeito dimensionamento do equipamento.

b) O equipamento deve ser instalado de forma adequada, segundo o manual de instalação


fornecido pelo fabricante.

c) Os componentes do equipamento devem funcionar de forma adequada, sendo imprescindível


a aplicação de manutenção preventiva

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CAPÍTULO IV

SISTEMAS SPLIT

4.1. APLICAÇÕES

Os sistemas tipo Split, ou divididos, têm se popularizado muito ultimamente e há uma tendência
de uso cada vez maior. Estes sistemas se justificam básicamente pelos seguintes fatores:

- Ruído
- Estética
- Inviabilidade de instalação de sistema através de parede (não há paredes externas, por exemplo)

Os sistemas tipo split apresentam-se em três versões quanto ao evaporador:

- Hi-wall
- Console
- Underceiling

Normalmente os sistemas tipo Hi-wall, como o próprio nome diz, é próprio para instalações em
parede em alturas de 1,5m para cima. São equipamentos bastante estéticos e com grande aplicação de
controles eletrônicos com capacidades de 9000 até 24000 BTU/h.
Já os do tipo Console, são aplicados junto à parede, porém rente ao chão, já que são máquinas
com tamanhos maiores e por consequência atingem capacidades até 60000BTU/h.
Os equipamentos tipo underceiling são instalados na posição horizontal junto ao teto e
possibilitam a utilização de uma área normalmente vazia nos ambientes. Pela sua instalação
normalmente não comportam capacidades tão grandes quanto os Consoles, porém normalmente se
estendem além dos Hi-wall.

4.2. VANTAGENS

Olhando-se os fatores listados acima percebe-se claramente as vantagens de um sistema do tipo


split:

Baixo nível de ruído

Devido à localização do compressor, externa ao ambiente, as unidades evaporadoras são


equipamentos muito silenciosos. As unidades condensadoras podem ser instaladas em locais onde seu
ruído não afete o ambiente interno e a vizinhança.

Estética

As unidades evaporadoras são equipamentos esbeltos (pouca profundidade) e normalmente com


grande apelo estético. As unidades condensadoras podem ser localizadas em pontos onde não
prejudiquem aparência externa de um prédio, por exemplo.
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Facilidade de instalação

Devido a versatilidade, os equipamentos podem ser instalados em ambientes que não tenham
paredes externas, possibilitando o condicionamento destes ambientes sem necessidade da utilização de
dutos de ar. Ainda, a interligação necessita de buracos muito pequenos através de paredes se
comparados com os condicionadores de ar de janela.

Fluxo de ar facilitado

Outra vantagem é que a unidade condensadora, por não ser instalada através de paredes,
normalmente tem fluxo de ar facilitado, sem bloqueio das entradas de ar (quando instalada
corretamente).

Drenagem da água

Como o sistema de drenagem deve ser elaborado junto com a instalação , não há o inconveniente
de ter água pingando pela traseira como nos condicionadores de janela.

4.3. DESVANTAGENS

Algumas desvantagens de um sistema Split:

Custo do equipamento

O equipamento possui duas unidades, o que por si só já eleva o custo de fabricação em relação à
uma unidade compacta.

Custo de instalação

A mão-de-obra para realizar a interligação entre os duas unidades necessita ser qualificada para
tal, gerando um maior custo do que os condicionadores de janela.

Vazamentos

Como as linhas de interligação são feitas no campo, e algumas vezes, sem o cuidado adequado,
há risco maior de vazamentos.

CAPÍTULO V

INSTALAÇÃO DE M I N I - S P L I T’s

Os Mini-Split’s são equipamentos diferenciados e devem ser instalados de maneira criteriosa,


devendo obedecer a um procedimento rigorosamente baseado nas informações e padrões ditados pelo
fabricante. De maneira geral, o procedimento utilizado é o descrito no fluxograma que apresentamos a
seguir.

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5.1. PROCEDIMENTO PARA INSTALAÇÃO DE MINI-SPLIT’s


Início

Cálculo de
Carga Térmica

Seleção do
Equipamento

Planejamento
da Instalação

Instalação do Instalação da Instalação da


Sistema de da Unidade Rede Elétrica
Drenagem Condensadora de Alimentação

Instalação da
da Unidade
Evaporadora

Interligação
das Unidades

Processamento
do Sistema de
Refrigeração

Testes de
Funcionamento

Acabamento
e Limpeza

Entrega do
Serviço

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CAPÍTULO VI

ESTUDO DA CARGA TÉRMICA

6.1. CARGA TÉRMICA DE CONDICIONAMENTO DE AR

O cálculo da carga térmica consiste basicamente no levantamento de todas as


procedências do calor que entram no ambiente em que estamos estudando, considerando
o seu tipo, localização e tamanho.

É de fundamental importância conhecermos a carga térmica de um ambiente que


queremos climatizar, de modo a dimensionar corretamente o aparelho condicionador de
ar a ser instalado.

6.2. PLANILHA DE CARGA TÉRMICA

Para facilitar o processo de levantamento da carga térmica de um ambiente utiliza-


se uma ferramenta denominada Planilha de Carga Térmica, que é um formulário padrão
da ABNT (NBR 5858). Preencher o formulário ou planilha de carga térmica é simples:
basta ler as instruções no próprio formulário e preencher os dados.
De 1 a 8 estão numerados todas as procedências de calor (janelas, paredes, tetos,
etc.). Existem fatores pré-estabelecidos, representados por coeficientes numéricos, de
acordo com tais procedências de calor.
Multiplicando-se as áreas (m 2 ) e as fontes de calor (watts) pelos respectivos
fatores, obtém-se as necessidades de refrigeração, expressas em kcal/h, de cada item da
planilha.
Somam-se as necessidades de refrigeração (kcal/h) de todos os itens, com exceção
do primeiro (janelas com insolação), no qual considera-se só a maior quantidade obtida.
O resultado, multiplicado por quatro, nos indica a capacidade ou tamanho do aparelho a
ser instalado no ambiente.

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6.2.1. ORIENTAÇÕES PARA O USO

Fazer inicialmente um esboço ou planta baixa do local, com as principais dimensões (janelas,
paredes, pé-direito) e orientação solar.

1) Tipo 1 – janelas com insolação


São as janelas que recebem calor pela incidência direta dos raios solares.
- determinar a área das janelas (m2) de acordo com a orientação solar;
- determinar o tipo de proteção das janelas.
- Somar as áreas das janelas DE MESMA orientação solar e MESMO tipo de proteção;
- Multiplicar as áreas acima pelos respectivos coeficientes, registrando os resultados no campo
“unidade x fator”
- Transportar o MAIOR valor obtido para a coluna “necessidade de refrigeração”.
2) Tipo 2 – janelas transmissão
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É o calor ganho por condução através de todas as janelas.


- determinar o tamanho e área de TODAS as janelas;
- desconsiderar a orientação solar;
- multiplicar as áreas pelos respectivos fatores constantes na planilha
- somar os valores obtidos e registrar o resultado na planilha
3) Tipo 3 – Paredes
- Diferenciar paredes externas de internas.
- determinar a área das paredes externas voltadas para o Sul. Incluir as portas e excluir as janelas
externas;
- determinar a área das demais paredes externas. Incluir as portas e excluir as janelas externas;
- determinar a área das paredes internas voltadas para ambientes não condicionados. Excluir portas ou
vãos constantemente abertos para tais ambientes.
- Construção Pesada: paredes de estrutura isolada ou de alvenaria com 15cm ou mai.
4) Tipo 4 – Teto
Calor transmitido diretamente pelo sol através do telhado e forro.
- determinar a área do forro;
- classificar o tipo de teto, segundo os itens constantes na planilha;
- multiplicar a área pelo fator da planilha. O resultado deve ser informado nos campos “unidade x
fator”
5) Tipo 5 – Piso
- determinar a área, em metros quadrados, do piso;
- multiplicar a área pelo fator correspondente da planilha.
- Piso colocado diretamente sobre o solo NÃO deve ser considerado.
6) Tipo 6 – Pessoas
- determinar o número de pessoas que normalmente ocupam o ambiente;
- multiplicar esse número pelo fator correspondente da planilha.
7) Tipo 7 – Iluminação e aparelhos elétricos
- determinar o número de WATTS das lâmpadas e aparelhos elétricos em uso no ambiente e que
permaneçam ligados durante o funcionamento do condicionador de ar;
- multiplicar esse número pelo fator correspondente da planilha
- NÃO considerar os watts do próprio aparelho condicionador de ar.
8) Tipo 8 – Portas ou vãos
- considerar as portas ou vãos constantemente abertos para ambientes sem ar condicionado;
- determinar a área das portas ou vãos;
- multiplicar a área pelo fator correspondente da planilha.
9) SUBTOTAL
Somar todos os valores obtidos no campo “necessidade de refrigeraçlão (kcal/h)”.
10) Carga Térmica Total
Multiplicar o valor obtido no campo “Subtotal” por 4 para obter o resultado da Carga Térmica
em BTU/h.

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6.2.2. EXEMPLO

Calcular a carga térmica para a sala representada abaixo.

Considerar:
a) Casa simples, de um andar apenas
b) Dimensões: 8x10m
c) Janelas com persianas externas, sem cortinas
d) Vidros simples
e) Paredes com espessura 10cm
f) Teto em laje.

Oeste

Text = 38ºC
10m

2x1m
3x2m porta
janela Norte
Sul
23ºC / 60% UR

30 pessoas
6x0.5m
pé direito=3,0m janela
3x2m
janela

Outro ambiente interno


Não climatizado

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Resultado:

1) Tipo 1 – Janelas com Insolação

1.1 - Norte
área: 6 x 0,5 = 3 m2

1.5 – Sul
área:
janela 1: 3 x 2 = 6 m2
janela 2: 3 x 2 = 6 m2
Total: 12 m2

Janelas com persianas externas, sem cortinas, significam janelas com proteção externa.
Transportar para o campo “Necessidade de Refrigeração (kcal/h)” somente o MAIOR valor.

2) Tipo 2 – janelas com transmissão


Área:
Janela 1: 3 x 2 = 6 m2
Janela 2: 3 x 2 = 6 m2
Janela 3: 6 x 0,5 = 3 m2
Total: 6 + 6 + 3 = 15 m2

3) Tipo 3: Paredes
Pé direito determinado no enunciado do exercício: 3 m

Área das paredes externas voltadas para o sul: área total – área das janelas
A=8x3–6–6
A = 12 m2

Área das paredes externas com outras orientações:


Norte = 8 x 3 – 6 x 0,5
Norte = 21 m2
Oeste = 10 x 3 = 30 m2
Leste = 0
Área Total = 21 + 24 = 45 m2

Área das paredes internas voltadas para ambientes não condicionados


Leste: 10 x 3 = 30 m2

4) Tipo 4 – Teto
Área: 10 x 8 = 80 m2

5) Tipo 5 - Piso
Área: 10 x 8 = 80 m2
Porém, o piso foi construído diretamente sobre o solo (não há andar sob o ambiente em questão, nem
vão entre o piso e o solo). Portanto, NÃO considerar.

6) Tipo 6 – Pessoas
30 pessoas
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7) Tipo 7 – Iluminação e Aparelhos


30 lâmpadas de 100 watts
W1 = 30 x 100 = 3.000 watts
10 computadores de 150 watts
W2 = 10 x 150
W2 = 1.500 watts
Total = 3000 + 1500 = 4.500 watts

8) Tipo 8 – Portas e vãos constantemente abertos para áreas não condicionadas


Não há.

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6.2.3 – EXERCÍCIO

Calcular a carga térmica para a sala de aula em questão:

Considerar:

2x1m
3x2m 7m
porta
janela

23ºC / 60% UR

20 pessoas

pé direito = 2,8m
Norte 7m
3x2m
janela Outro ambiente
3x2m Não climatizado
janela

4m 1m

- ambiente entre andares;


- janelas com persianas externas
- vidro simples;
- 12 lâmpadas de 40 watts cada

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CAPÍTULO VII

SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO

A seleção técnica de um equipamento Split deve levar em conta no mínimo dois aspectos muito
importantes:

- Carga Térmica;

- Condições de Instalação: posição de instalação das unidades evaporadora e condensadora, desnível


máximo e comprimento de linhas permitidos pelo fabricante. Estes dados estão disponíveis nos
catálogos técnicos e são de extrema importância para um bom funcionamento e vida útil das unidades.

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CAPÍTULO VIII

PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO
Análise das
Orientações do
Fabricante

Definição da
Instalação das Unidades
Evaporadora e
Condensadora

Definição da
Rede de Alimentação
Elétrica

Traçado das
Interligações
das Unidades

Defiição do
Tipo de
Acabamento

Confecção da
Listagem de
Materiais

Análise de
Tempos das
Atividades

Levantamento
dos Custos

Entrega da
Proposta

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LEMBRE-SE

LEIA ATENTAMENTE
O MANUAL DE INSTALAÇÃO
DO EQUIPAMENTO

8.1. RECOMENDAÇÕES GERAIS

Um bom planejamento deve responder às seguintes questões:

- Qual a localização da unidade evaporadora ?

- Qual a localização da unidade condensadora ?

- Como será feita a alimentação elétrica ?

- Como será a interligação das tubulações ?

- Como será a interligação elétrica ?

- Como será a rede de dreno ?

- Como será o isolamento térmico das tubulações ?

- Onde ficará o comando elétrico do equipamento ?

- Como será o acabamento das instalações ?

- Como será feita a manutenção das unidades após a instalação ?

- Qual o material necessário à instalação completa do equipamento ?

- Quais as ferramentas e equipamentos necessários à execução do serviço ?

- Quanto tempo é necessário à execução do serviço ?

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CAPÍTULO IX

INTERLIGAÇÃO DAS UNIDADES

9.1. INTERLIGAÇÃO DA TUBULAÇÃO DE REFRIGERANTE

O sistema de refrigeração dos equipamentos tipo split é subdividido em duas partes. Estas
deverão ser interligadas através de tubulação de cobre ( linha de sucção e linha de líquido ) previamente
projetada observando-se os seguintes aspectos:

Distância recomendada entre as unidades.

Comprimento equivalente ( curvas e restrições ).

Posição da unidade evaporadora em relação à unidade condensadora.

Utilização de kit de instalação projetado pelo fabricante, com a possibilidade de linhas de refrigerante
pré-carregadas dotadas de engate rápido, que dispensam soldas e realização de vácuo no sistema.

Distância recomendada ente as unidades

Os sistemas splits tem como vantagem a instalação à distância da unidade condensadora, a qual
necessita ser localizada no lado externo e é a responsável pela geração de maior nível de ruído, (
compressor ). Porém esta distância deve obedecer aos padrões ditados pelo fabricante. Em média esta
distância deve ficar entre 10 e 20 m, no máximo.

Comprimento equivalente

A capacidade de transporte do refrigerante em tubulações depende diretamente:

- Do comprimento da tubulação.
- Do diâmetro da tubulação.
- Do número de curvas e restrições.

Tendo em vista que o diâmetro da tubulação é definido segundo à sua utilização ( descarga,
líquido ou sucção ), para obter o comprimento total admissível devemos somar o comprimento linear ao
comprimento equivalente relativo às curvas e restrições.

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TABELA 7 - Bitolas recomendadas para tubulações de interligação

Comprimento Equivalente
Capacidade Bitola das
Conexões
0 - 10 m 10 - 20 m
Btu/h

LS LL LS LL LS LL

12 000 1/2” 1/4” 1/2” 1/4” 1/2” 1/4”

18 000 5/8” 1/2” 5/8” 1/2” 3/4” 1/2”

24 000 5/8” 1/2” 3/4” 1/2” 7/8” 1/2”

30 000 5/8” 1/2” 3/4” 1/2” 7/8” 1/2”

Legenda:
LS : Linha de Sucção
LL : Linha de Líquido

9.2. PROCEDIMENTO DE MONTAGEM DE TUBULAÇÕES

 Faça uma pré-montagem da tubulação.

 Utilize equipamentos de soldagem oxiacetilênica.

 Regule corretamente as pressões de trabalho das gases pela soldagem.

 Limpe externamente as tubulações e conexões, utilizando lixa.

 Sopre as tubulações com N2 antes da soldagem.

 Procure a melhor posição para soldagem.

 Verifique se a chama não atingirá algo ao redor do ponto de solda que seja a tubulação e, ou,
conexões.

 Utilize nitrogênio passante na realização ou solda a fim de evitar a oxidação interna.

 Regule uma chama neutra.

 Utilize vareta phoscopper.

 Deixe a solda resfriar naturalmente, não utilize água para o resfriamento.


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9.3. ISOLAÇÃO TÉRMICA

As tubulações devem ser isoladas termicamente utilizando-se para isso borracha neoprene
circular ou tubo de poliuretano.
Recomenda-se isolar os dois tubos ( linha de sucção e linha de líquido ) afim de evitar:

- a troca térmica fora dos trocadores de calor;


- a troca térmica entre os dois tubos;
- a condensação sobre as tubulações.

O acabamento das tubulações deve ser feita com fita de acabamento afim de melhorar a
aparência da interligação além de proteger o isolamento contra a ação do tempo.

9.4. INTERLIGAÇÃO DA REDE DE DRENO

Alguns cuidados devem ser observados na instalação da rede de drenagem de condensados:

 Assegure-se que a unidade esteja nivelada e com uma pequena inclinação para o lado do dreno, de
forma a drenagem.

 Utilize tubulação de PVC 1/2”, conectando-a ao dreno.

 As unidades usam sistema de drenagem por gravidade, portanto a tubulação do dreno deve possuir
declividade.

9.5. CONDIÇÕES GERAIS

 Devem ser respeitados os limites de comprimento equivalente e desnível para as unidades.

 Ao dobrar os tubos, o raio de dobra não deve ser inferior a 100 mm.

 As tubulações devem ser fixadas de maneira conveniente através de suportes.

 As tubulações devem ser fixadas conjuntamente com o duto de interligação elétrica e a rede de dreno.

 A furação das paredes, pisos ou tetos para passagem das linhas com ferramental adequado.

 Sempre que a tubulação for embutida em paredes ou pisos, bem como enterrada, é recomendado o
uso de tubulação de PVC com proteção, isoladores térmicos e de vibração para atender a condensação e
o ruído.

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CAPÍTULO X

SOLDAGEM OXIACETILÊNICA

A solda oxiacetilênica, ou soldagem à gás, é o processo no qual um gás combustível é misturado


ao oxigênio e, pela queima da mistura formada, consegue-se fundir o metal de adição sobre o metal
base, executando-se a soldagem.

10.1. COMPONENTES DO PROCESSO DE SOLDAGEM

Chama: Reação química de um combustível com o oxigênio gerando luz e calor.

Metal base: É o metal que recebe a soldagem. Este deve atingir o ponto de fusão do metal de
adição.

Metal de adição: Ë o metal que, ao fundir-se, provocará o enchimento ou a união do metal base.

Desoxidante(Fluxo): É a substância utilizada na purificação do local a ser soldado, visando tornar a


solda isenta de bolhas, trincas ou porosidade.

10.2. CHAMA OXIACETILÊNICA

A chama oxiacetilênica é a reação química entre o gás comburente (o que mantém a combustão), o
oxigênio, e um gás combustível (os que queimam), como o acetileno, o GLP ou Propano.

Oxigênio( O2 ): Gás comburente, incolor , inodoro, insípido, que pode queimar violentamente ao
entrar em contato com óleos e graxas. É armazenado a uma pressão de 150 Kgf/cm2 em cilindros de aço
sem costura, de construção especial. Os cilindros devem ser testados de cinco em cinco anos com pressão
de água acima da pressão de armazenamento.

Acetileno ( C2H2 ): Gás combustível, incolor, de odor característico e instável, sujeito à


decomposição e explosão. É armazenado à uma pressão superior a 15 Pis, em cilindros que consistem em
tubos de aço com costura, preenchido com uma matéria porosa onde os poros são ocupados pela acetona
que contém acetileno (proporção: 25 x 1 ).

Propano ou GLP: É um gás combustível, incolor, inodoro, não é um gás puro. A chama produzida
pela sua reação c/ o oxigênio atinge 2 900 ºC. É armazenado em cilindros de aço ou butijões de 13 e 45 Kg.

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10.3. EQUIPAMENTO DE SOLDA OXIACETILÊNICA

O equipamento de solda oxiacetilênica é composto por:

a) Dois cilindros especiais para oxigênio e acetileno, com válvulas individuais.


b) Dois reguladores de pressão.
c) Cada regulador de pressão possui dois manômetros, um mostra a pressão do gás no cilindro e o
outro a pressão de trabalho ajustada no regulador.
d) Duas válvulas corta-chama, para segurança do equipamento (evita o retrocesso da chama).
e) Duas mangueiras.
f) Um maçarico composto por : corpo do maçarico, válvulas reguladoras de oxigênio e acetileno,
misturador, e bico (intercambiável conforme o tipo de trabalho).

Os componentes que utilizam acetileno possuem cor vermelha e todas as suas conexões possuem
rosca esquerda, o que evita a troca por componentes que utilizam oxigênio.
Os componentes que utilizam oxigênio possuem cor preta ou verde.

10.4. REGULAGEM DA CHAMA

A relação de consumo entre os volumes de oxigênio e acetileno na reação determina o tipo de


chama:

Chama Carburante: Possui maior quantidade de acetileno em relação à de oxigênio; é utilizada na


soldagem de ligas leves (alumínio, níquel, cromo) e aquecimento de peças, pois a reação gera baixa
quantidade de calor.
Podemos identificar uma chama carburante pela coloração avermelhada, baixo ruído, e formação de
uma zona chamada véu.

Chama oxidante: Possui maior quantidade de oxigênio do que acetileno, é a o tipo de chama que
atinge maior temperatura, por isso é utilizada na soldagem de material com alto ponto de fusão e corte de
materiais. Caracteriza-se pela cor azulada, forte ruído e cone interno em formato triangular.

Chama Neutra: É a reação onde as quantidades de oxigênio e acetileno se eqüivalem. É a chama


ideal para a soldagem de ferro fundido, aço, cobre, bronze. Suas características são a neutralidade de cor (
nem avermelhada, nem totalmente azul) e ruído(ou seja: ruído maior que a carburante e menor que a
oxidante). Seu cone interno se apresenta no formato de “bala”.

10.5. PRECAUÇÕES

Algumas precauções com cada um dos componentes do equipamento oxiacetilênico devem ser
tomadas para maior segurança do soldador.

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Cilindro de Oxigênio:
- Transportar o cilindro de pé (deitado está mais sujeito a choques);
- Não transportar os cilindros sem tampa;
- Abrir ligeiramente a válvula do oxigênio antes de colocar o regulador (para expelir sujeira);
- Não tentar consertar ou lubrificar as válvulas do cilindro.
- Não abrir a válvula do cilindro com o regulador aberto.

Cilindro de Acetileno:
- Nunca usar pressão de trabalho acima de 1,5 Kgf/cm 2 ;
- Não esgotar totalmente a carga do cilindro (para não absorver a acetona) -
Não aproximar o maçarico aceso dos cilindros;
- Não utilizar o cilindro deitado;
- Evitar choques com o cilindro, para evitar a quebra da massa porosa existente no seu interior.

Maçarico:
- Não esfregar o bico para limpeza, quando este estiver aceso;
- Não alterar o diâmetro original dos furos dos bicos;
- Empregar somente agulhas apropriadas para limpeza dos bicos;
- verificar periodicamente juntas e possíveis vazamentos.

Mangueiras:
- Quando novas, sopre-as com ar comprimido antes de usá-las para retirar o talco do seu interior;
- Substituí-las após retrocesso de chama;
- Esvaziar o gás contido nas mesmas e no regulador após o término do trabalho.

10.6. TÉCNICA DE SOLDAGEM

a) Limpeza: Toda boa solda começa por uma boa limpeza, por isso você deve lixar o metal base,
mesmo quando este for novo.

b) Preparação: Assegure-se que as peças a serem soldadas estão firmes e possuem uma boa área
de contato; Na soldagem de tubulações o ideal é expandir a extremidade de um dos tubos.

c) Utilização do desoxidante: Aplique o desoxidante no metal base; Evite excessos.

d) Regulagem das pressões de trabalho: Regule as pressões de trabalho, de acordo com o tipo de
solda a ser feita. Lembre-se que a pressão de acetileno não deve ultrapassar 1,5 Kgf/cm2. A pressão de
oxigênio deve ficar entre 3 e 4 Kgf/cm2.

e) Regulagem da chama: Regule a chama de acordo com o tipo de solda a ser realizada. A chama
ideal é a neutra.

f) Pré-aquecimento: Direcione a chama para o ponto de maior massa que irá receber a solda (em
caso de tubos de diferentes diâmetros, direcionar a chama para o tubo de diâmetro maior) aquecendo-a
uniformemente.

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g) Aplicação do metal de adição: Escolha o metal de adição de acordo o metal base a ser soldado
a) Aço + aço = vareta de latão
b) Aço ou latão + cobre = vareta de latão ou prata de alto percentual (20 ou 25%)
c) Aço cobreado ou cobre + cobre = vareta phoscoper (não necessita desoxidante).

Nunca coloque a vareta diretamente entre a chama e o metal de adição. A soldagem ocorrerá
quando o metal base atingir o ponto de fusão do metal de adição, sendo assim, se a chama atingir primeiro
o metal de adição este chegará líquido ao metal base; se o metal base estiver à uma temperatura inferior ao
ponto de fusão do metal de adição não ocorrerá a perfeita união destes metais.

h) Limpeza externa: Após o resfriamento, limpe a superfície soldada afim de observar possíveis
trincas e poros; principalmente nos processos que utilizam desoxidante, pois este forma uma camada sobre
a solda que evita a perfeita observação do trabalho executado.

i) Limpeza interna: No processo de soldagem de tubulações, a aplicação da chama provoca a


formação de uma camada interna que deverá ser removida ; para tanto utiliza-se pressão de nitrogênio no
interior dos tubos.

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CAPÍTULO XI

PROCESSAMENTO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Final do
Processo de
Montagem

Teste de
Pressão

Desidratação

Adição de
óleo

Carga de
Refrigerante

Partida
( Start up )
do Equipamento

11.1. TESTE DE PRESSÃO

O teste de pressão deve ser executado sempre que tenhamos dúvida da estanqueidade do sistema
e, também, no reprocessamento de unidades antes do processo de vácuo;

a) Conectar o manifould na válvula de serviço do compressor (utilizar o manômetro e a mangueira de


alta pressão);
b) Conectar a mangueira amarela no cilindro de nitrogênio;
c) Abrir os registros do manifould e nitrogênio até o sistema atingir 200 psi;
d) Testar as conexões e soldas com espuma;
e) Para garantir o teste, manter o sistema pressurizado por 24 horas. Observar e anotar a pressão do
sistema, a hora da carga e a temperatura ambiente ( Variação admissível: 3 psi a cada 5ºC );
f) Caso a pressão tenha caído acima do valor admissível, localizar o ponto de vazamento e refazer o
teste de pressão.

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11.2. DESIDRATAÇÃO

Desidratação de sistemas: Há duas formas de eliminarmos a umidade de um sistema refrigerante:

a) Aplicar calor ao sistema, causando a fervura da umidade existente no mesmo.


b) Usar uma bomba de alto vácuo, para reduzir a pressão ao ponto de ebulição de água, na
temperatura ambiente do dia.
Assim torna-se óbvio que uma estufa e uma bomba de alto vácuo são componentes essenciais
para o serviço de todos os técnicos em refrigeração.

Medição do vácuo

O termo “partes por milhão “expressa o peso de umidade em relação ao peso de refrigerante.
Por exemplo: Um P.P.M. será uma libra de água num milhão de libras de refrigerante ( R12 e R22
).Nunca devem conter mais que 7 gotas de água em 100 libras de refrigerante, ou seja 10 P.P.M. O
sucesso da desidratação por evacuação requer o uso de uma pressão absoluta extremamente baixa, ou
como mais freqüente expressado, um vácuo profundo. Nos manômetros de serviço, as pressões abaixo
da pressão atmosférica, são indicadas em polegada de mercúrio de vácuo. As leituras de vácuo
começam com zero, à pressão atmosférica e lê-se, para baixo, até 30 polegadas. Quando nos vacuômetro
eletrônicos, a unidade utilizada é o mícron. Um mícron é a milésima parte do milímetro, isto significa
que há cerca de 25 000 micros em uma polegada.

Importante:
A maioria dos equipamentos tipo split são fornecidos com pré-carga de refrigerante. Isto
significa dizer que a carga necessária ao sistema está acondicionada na unidade condensadora, portanto
o processo de desidratação deverá ser executado na unidade evaporadora e tubulações de interligação.
Durante o processo de vácuo mantenha as válvulas da unidade condensadora fechadas para reter
o refrigerante .

Procedimentos para uma trievacuação

a) A bomba de vácuo deve ser capaz de criar e manter uma pressão tão baixa como 0,004
polegadas de mercúrio ou 100 micrometro de mercúrio (µm Hg).
b)Conectar a bomba de vácuo à conexão de sucção, através de tubulação de cobre,
c) Conectar o vacuômetro à conexão da linha de líquido.
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d) Abrir a válvula de serviço e ligar a bomba.


e) A bomba deve permanecer ligada até o sistema deve atingir 500 µm Hg
f) Fechar a válvula da bomba e desligar a bomba.
g) Conectar o tubo de nitrogênio ou refrigerante utilizado no sistema, à válvula de serviço do
sistema,
h) Purgar a mangueira.
i) Quebrar o vácuo, ou seja permitir a entrada de nitrogênio ou refrigerante até o sistema atingir
pressão positiva.
j) Repetir o processo (e à i) mais duas vezes.
l) A faixa a ser atingida deve situar-se entre 250 e 500 µm Hg

Observação: Para acelerar o processo de trievacuação, recomenda-se executá-lo pelas duas


válvulas de serviço simultâneamente, durante as primeiras etapas.

11.3. ADIÇÃO DE ÓLEO

Recomenda-se adicionar 20 cm3 a mais de óleo para cada metro de tubulação de refrigerante que
exceda a 10,5 m .

11.4. CARGA DE REFRIGERANTE

Pré-carga

As unidades condensadoras são normalmente produzidas em fábrica com carga de refrigerante


necessária para a utilização em sistemas com tubulação de interligação de até 3 metros, ou seja, carga
para a unidade condensadora, carga para a unidade evaporadora e carga para 3 metros de tubulação.

Carga adicional de refrigerante

No caso de ser ultrapassada a distância estabelecida para a pré-carga, deverão ser


acrescentados à carga nominal os valores de carga adicional em função da distância e do diâmetro das
linhas de interligação.

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Procedimento de Carga de Refrigerante:

Equipamento com pré-carga e distância igual ou menor que 3m.

a) Certificar-se da qualidade do processo de evacuação.


b) Conectar o manifould às válvulas de serviço de sucção e líquido.
c) Abrir as válvulas de sucção e líquido, liberando a carga de refrigerante.

Equipamento com pré-carga e distância superior à 3m.

a) Certificar-se da qualidade do processo de evacuação.


b) Conectar o manifould às válvulas de serviço de sucção e líquido.
c) Adicionar a carga de refrigerante referente às tubulações e seus diâmetros (ver tabela 12). Para
tanto utilize a mangueira amarela do manifould, sem esquecer de purgá-la.
d) Abrir as válvulas de sucção e líquido, liberando a carga de refrigerante.

Equipamento sem pré-carga

a) Verificar a placa de identificação do equipamento, onde consta o tipo de refrigerante e a


quantidade que deve ser aplicada.
b) Verificar a indicação do fabricante quanto à carga adicional.
c) Certificar-se da qualidade do processo de evacuação.
d) Conectar o manifould às válvulas de serviço de sucção e líquido e a mangueira amarela ao
cilindro de refrigerante.
e) Pesar o cilindro.
f) Abrir o registro de baixa do manifould e deixar a pressão do sistema equalizar com a do
cilindro.
g) Fechar o registro de baixa do manifould e ligar o equipamento.
h) Quando o peso mostrado pela balança for igual ao peso medido no item e menos o peso
indicado na placa de identificação, a carga estará completa.

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11.5. Partida do Equipamento (Start up)

Antes de partir a unidade verifique as seguintes condições:

 A temperatura do ar externo deve ser de, no máximo 43ºC, caso contrário consulte o fabricante.

 A tensão da rede de alimentação não deve apresentar uma variação maior que 10% em relação à
tensão nominal. Se isto ocorrer , verifique sua instalação e/ou contate a companhia local de energia
elétrica.

 Verifique a adequada fixação de todas as conexões elétricas.

 Certifique-se que não hà vazamento de refrigerante.

 Confirme que o suprimento de força é compatível com as características elétricas da unidade.

 Assegure-se que os compressores podem se movimentar livremente sobre os isoladores de vibração


da unidade condensadora.

 Assegure-se que todas as válvulas de serviço estão na correta posição de operação.

 Assegure-se que a área em torno das unidades estão livres de qualquer obstrução.

 Confirme que ocorra uma perfeita drenagem e que não haja entupimento na mangueira de dreno.

 Certifique-se de que as hélices ou turbinas dos ventiladores não estejam soltas.

Após a partida, verificar:

 Se a corrente de trabalho está próxima da nominal.

 Se as pressões se alteraram após a partida do compressor.

 Se as pressões de trabalho correspondem às especificadas pelo fabricante.

 Nas unidades condensadoras dotadas de compressores tipo scroll, observar o ruído dos mesmos após
o start up, se este for alto e as pressões forem as mesmas após a partida, inverta duas fases de
alimentação.

 Se não existe ruído excessivo nas unidades evaporadoras e condensadoras.

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CAPÍTULO XII

TESTES DE FUNCIO NAMENTO

12.1. SUPERAQUECIMENTO

Por definição o superaquecimento é a diferença entre a temperatura de sucção (TS) e a


temperatura de evaporação saturada (TES).

SA = TS - TES

Para medirmos o superaquecimento necessitamos:


a) Manifold
b) Termômetro de bulbo ou eletrônico
c) Fita ou espuma isolante.
d) Tabela 13, de conversão Pressão x Temperatura de ebulição para R 22.

Procedimentos para medição do superaquecimento

 Coloque o bulbo sensor do termômetro em contato com a parte superior da linha de sucção a 15 cm
da saída do evaporador. A superfície deve estar limpa para evitar falsas leituras.

 Recubra o bulbo ou sensor com a espuma, de modo à isolá-lo da temperatura ambiente.

 Instale o manifold na linha de sucção (manômetro de baixa pressão).

 Após a estabilização das condições de funcionamento, leia a pressão de sucção.

 Procure na tabela 13 a temperatura de evaporação saturada (TES) relativa à pressão lida no


manometro.

 No termômetro leia a temperatura de sucção (TS).

 Subtraia a temperatura de evaporação saturada (TES) da temperatura de sucção, a diferença é o


superaquecimento. Se valor obtido estiver entre 5 e 7ºC a carga de refrigerante está correta.

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TABELA 13 - Relação Pressão x Temperatura de ebulição do R22

Temperatura Pressão manom. Temperatura Pressão manom. Temperatura Pressão manom.


ºC Psi ºC Psi ºC Psi

-40 0.5 0 57.5 40 208


-39 1.2 1 59.9 41 213
-38 2.0 2 62.3 42 219
-37 2.8 3 64.8 43 224
-36 3.6 4 67.4 44 230
-35 4.4 5 70.0 45 236
-34 5.3 6 72.7 46 242
-33 6.2 7 75.4 47 248
-32 7.1 8 78.2 48 254
-31 8.0 9 81.1 49 261
-30 9.0 10 84.0 50 267
-29 10.0 11 87.0 51 274
-28 11.1 12 90.1 52 280
-27 12.2 13 93.3 53 287
-26 13.3 14 96.5 54 294
-25 14.5 15 99.8 55 301
-24 15.6 16 103.1 56 308
-23 16.9 17 106.5 57 315
-22 18.2 18 110.0 58 322
-21 19.5 19 113.6 59 330
-20 20.8 20 117.0 60 337
-19 22.2 21 121.0 61 345
-18 23.6 22 125.0 62 353
-17 25.1 23 129.0 63 361
-16 26.6 24 133.0 64 369
-15 28.2 25 137.0 65 377
-14 29.8 26 141.0 66 385
-13 31.5 27 145.0 67 394
-12 33.2 28 149.0 68 402
-11 34.9 29 154.0 69 411
-10 36.7 30 158.0 70 420
-9 38.5 31 163.0 71 429
-8 40.4 32 167.0 72 438
-7 42.4 33 172.0 73 447
-6 44.4 34 177.0 74 457
-5 46.4 35 182.0 75 466
-4 48.5 36 187.0 76 476
-3 50.7 37 192.0 77 486
-2 52.9 38 197.0 78 496
-1 55.2 39 202.0 79 506

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CAPÍTULO XIII

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

TABELA 17 - Planilha de Manutenção Preventiva

Freqüência
Ítem Descrição dos Serviços
A B C
1 Inspeção geral na instalação do aparelho, curto circuito de ar, X
distribuição de insulflamento, posicionamento do aparelho,
bloqueamento na entrada e saída de ar do condensador, exposição à
raio solares,carga térmica
2 Verificação da instalação elétrica X
3 Lavar e secar filtro de ar X
4 Medir tensão e corrente de funcionamento e comparar com a X
nominal

5 Medir tensão com o motor travado e observar a queda de tensão até X


que o protetor desligue
6 Verificar aperto de todos os terminais elétricos do aparelho, evitar X
possíveis maus contatos
7 Verificar obstrução de sujeira e aletas amassadas no condensador e X
evaporador
8 Verificar possíveis entupimentos ou amassamentos na mangueira do X
dreno
9 Fazer limpeza do chassis e gabinete X
10 Medir diferencial de temperatura X
11 Recomendar ao cliente que sempre ao desligar o aparelho complete X
todo o ciclo da chave seletora até a posição desligado em sentido
horário, principalmente se o aparelho for ciclo reverso
12 Verificar folga do eixo do motor elétrico X
13 Verificar posicionamento, fixação e balanceamento da hélice e X
turbina
14 Verificar operação do termostato, chave seletora X
15 Medir pressões de equilíbrio X
16 Medir pressões de funcionamento X

A - Mensalmente B - Trimestralmente C - Semestralmente

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