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Apostila de Auxiliar de biblioteca – Livro Post

by Gustavo Henn on April 23, 2010


Apostila atualizada em 22 abril 2010.
O concurso de auxiliar de biblioteca da UFAL teve 6143 inscritos para 305 5 vagas. Recebi muitos
comentários em busca de material. Conheço apenas, especificamente, o livro da Thesaurus que já
comentei em outro post.
Resolvi aproveitar o feriado de São João para escrever algo sobre cada tópico, a fim de “dar uma
luz” sobre o que significa cada um deles, afinal, acredito que a grande maioria dos candidatos não é
da área e, talvez, tenha pouco hábito de frequentas bibliotecas. Não sei até que ponto ajudará, mas a
idéia é apenas apontar caminhos.
De qualquer forma, é bom que fique claro que este texto é básico, geral, e possui omissões. Procurei
escrever da forma mais simples e direta possível, e, se ficar bom, pode ser que eu continue
desenvolvendo ao longo do tempo.
Como as provas para nível fundamental costumam ser mais diretas, uma leitura atenta do
enunciado faz muita diferença.
Este é o primeiro livro-post deste blog. E irei publicando e atualizando na medida dos acréscimos
feitos. Espero terminar antes da prova.
BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA
1. Bibliotecas: tipos e conceitos;
Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de
Lemos, 2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o
propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem
coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à expressão “material
manuscrito ou impresso”.
É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais Biblio
(Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de
Informação, Centro de Documentação, entre outras denominações.
Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária, Especializada, Pública e
Nacional.
A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola como a instituição de
ensino fundamental e médio, destinada a servir a alunos e professores.
A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos das
universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino,
Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca Central e
Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI).
A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público específico, também
chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se as
bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa.
A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública Municipal, é aquela que
tem como objetivo servir à coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui acervos gerais,
mais focados em literatura de lazer e fontes de informação como dicionários e enciclopédias. As
Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são responsáveis pelo depósito legal
estadual.
A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a responsável por sua memória
bibliográfica. A Fundação Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela
bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi aberta ao
público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale a visita.
2. Estrutura física da biblioteca;
Aqui, entendo estrutura física como a estrutura organizacional, e a organização funcional como o
que cada setor faz. Como exemplo de estrutura, coloco o organograma abaixo da UFRRJ.

É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo acervo.
3. Organização funcional da biblioteca;
A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao usuário e para atender ao
acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:
Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos humanos, segurança,
finanças, planejamento, controle, correspondências, etc.
Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo
desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e
deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente.
A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que busca
retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa.
2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os
documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será
por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos publicos. Permuta, ou seja, troca de
materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos
gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem
para o uso da biblioteca.
Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada
livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade
do exemplar.
PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da
biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar.
Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o
estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou
encaderná-los.
Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o
primeiro contato do usuário com o a biblioteca.
Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja,
empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte
do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da
devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo
e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo
prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por conta dos
softwares de automação. Na UFAL, o software usado é o Pergamum.
4. Acervo:
Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de
Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das
finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de
coleção.
Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa definição é minha mesmo).
4.1. seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo de
Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá
dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da
biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de Formação e Desenvolvimento e
com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar as
escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre
duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca
envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).

4.2 Tratamento técnico:


Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas
da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e
indexação).
4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um
catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em
vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas
segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.
Vejamos o exemplo de ficha catalográfica abaixo:

Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe autor,
título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras
informações.
O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.:
Silva, João dos Santos.
Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo nome seguido do
parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá
entrada por:
Silva Sobrinho, João dos Santos.
A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais
os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O
autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as
entradas secundárias.
Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser
retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva,
João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL, que é 581. Logo, o
número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título,
exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a.
4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante
numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por
vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A
Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas tem muito em
comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante,
como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes
principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença
entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4
está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.
As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.
Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em
869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é
diferente para cada caso.
O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter
e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o
número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo
Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será:
869(81)
A481g

O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que permite a
identificação do livro na estante.

4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos elementos
identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para
possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da
indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra
Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação
representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve.
Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como
exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino (livro aliás que recomendo toda
vida). Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são
duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas,
enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da
biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários
controlados).
4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de
chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro
em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um
alarme.
A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda
se coloca data de aquisição.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como chama)
uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um
quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados.
Aqui vai um link para um bom material de processamento técnico.
5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo;
Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de ordem
relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem
de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca.
Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois cada
livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4,
Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado
um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante
sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos
fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um
usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois
os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.

Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar
comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com
cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre
outros.
6. Catálogos: tipos e referências;
Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for automatizado, então existirá
apenas um. Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.
Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou internos. Os
primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para
fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.
Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De nome
de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo
onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico.
Esses catálogos podem ser organizados:
• Alfabeticamente
• Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo,
chamado de catálogo dicionário.
• Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.
Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de
classificação.
Já os catálogos internos podem ser:
• De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.
• De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.
• Catálogo de número de classificação
• Catálogo de séries e títulos uniformes
• Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à
catalogação.
• Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é
organizado pela número de chamada dos livros.
• Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de
acesso principal.
• Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônimo da biblioteca. Atualmente, a
maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.
7. Serviços aos usuários:
Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam a biblioteca, os
usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e
seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as
demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a
saber.
7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui
no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes,
que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e
consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma
mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização das
estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em
um dicionário.
Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários,
especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na
universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por
autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de
encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos
alunos.

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