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Escola Municipal de Ensino Fundamental Rodrigues Alves

Disciplina: Língua Portuguesa Turma: 6º ano Data: 18 de novembro de 2020


Professor(a): Fernanda Ruviaro Cherobini Aluno(a): _________________________________________

Nem sempre o que os pais idealizam corresponde aos anseios de seus filhos. Por essa razão, Paula não é uma
garota feliz.

Repressão

A família de Paula tinha vindo de São Paulo a Itu no início do ano. O pai era químico industrial e
Especialista na Industrialização de alumínio. Viera para dirigir uma firma que fabricava frisos de automóveis.
Ele tinha comprado a casa em que moravam no bairro Brasil – o mais elegante da cidade – e estava pensando
em passar a sócio da empresa. Era um homem magro, alto, moreno e de fala mansa. Vivia repetindo que seu
principal objetivo na vida era dar aos filhos o que nunca pudera ter.

A mãe, D. Marlene, pensava como o marido em quase tudo. Era professora, mas deixara o magistério
para, segundo ela, educar melhor os filhos. Era alta, magra e tinha gestos bem refinados.

Quando Paula fez cinco anos, D. Marlene decidiu que ela deveria estudar piano. A menina se rebelou a
isso. Preferia brincar com suas bonecas e amiguinhas da pré-escola, assistir a desenhos na televisão, nadar no
clube...Enfim, queria ser criança. Mas a mãe insistiu tanto que Paula não pôde resistir.

Logo que começou a ter as primeiras aulas com uma professora particular, Paula ganhou um piano do
pai e passou a ser mais uma vítima da pianolatria da classe média brasileira.

- Puxa, meu pai nem percebeu que estava me forçando a ser escrava do piano – queixou-se Paula.

- Mas comentam por aí que você nasceu para ser pianista – disse Zeza.

- Então toca pra gente – pediu Sônia.

- Não, hoje não – recusou-se Paula, - E já que comecei a falar de mim, estou com vontade de pôr pra
fora que trago bem no fundo de minha alma.

E começou sua confissão.

Na verdade, seus pais, por trás de seu excessivo zelo, eram castradores.

Não lhe permitiam voar sozinha e tinham-lhe estabelecido um espaço de vida muito limitado. Sentia-se
sufocada e sem ânimo para mudar seu tipo de vida. Gostava dos pais, mas não se conformava com a
superproteção deles e com sua própria sujeição. Submissa e polida, era a reflexo dos desejos, aspirações e
sonhos não realizados dos pais. Sua vida se resumia em estudar piano, ir à escola, ao conservatório e aonde os
pais fossem. Com 15 anos, ainda não namorara e tinha inveja das colegas quando contavam suas paqueras e
seus casos amorosos. E o pior é que suas amigas pensavam que ela fosse feliz por causa da boa situação social
da família. Quantas vezes não pensara em dizer que todos estavam enganadas, que ela não conhecia quase
nada do mundo e que se sentia infeliz, porque todos seus desejos e sentimentos genuínos tinham sido
reprimidos desde tenra idade.

- Você devia bater aquele papo com seus pais – sugeriu Vera.

- Como se eles não me dão uma colher de chá?! Eles só pensam neles mesmos, apesar de dizerem a
todos os amigos que vivem para mim a e para o Rodrigo. Bem que gostaria que me dessem oportunidade para
dizer tudo o que penso e sinto de verdade.

Dorin Lannoy
1. Indique o que o autor quis dizer com:

a) “Não lhe permitiam voar sozinha e tinham-lhe estabelecido um espaço de vida muito limitado.”

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b) ”(...) eles não me dão uma colher de chá?!”

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c) “Paula (...) passou a ser mais uma vítima da pianolatria da classe média brasileira.”

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d) “(...) seus pais, por trás de seu excessivo zelo, eram castradores.”

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2. Como a personagem do texto se sente e por quê?

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3. Se você estivesse na mesma situação de Paula, o que faria: seguiria o conselho de suas amigas ou deixaria
que o tempo fizesse o seu problema familiar desaparecer? Por que agiria assim?

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4. Construa duas orações com a palavra leãozinho. Numa, ela deve transmitir ideia de tamanho; noutra, de

afetividade, carinho.

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5. Leia as frases:
Este pavê de chocolate é muito gostoso.
Gilberto é insuportável. Adora dar uma de gostosão com as meninas.
Observe que, enquanto na 1ª frase o grau do adjetivo tem um valor positivo, na 2ª frase tem um valor
negativo.
Identifique em quais destas frases o diminutivo e o aumentativo do adjetivo têm um valor negativo:

( ) Eu concordo com você: Antônio é um bom amigo, mas é saidinho.

( ) A Brasília está com o motor e a pintura perfeitos, mas é amarelona.

( ) O rapaz é bonito e charmoso, só que gosta de dar uma de riquinho.

( ) Gosto do Fernando, porque ele é bem-humorado, brincalhão.

6. Nas duas frases abaixo aparece o artigo definido a contraído com a palavra de. Mas, em cada situação, o
artigo dá um sentido diferente ao substantivo criança. Observe:

1ª Os direitos da criança precisam ser respeitados. / 2ª Triste, a mãe pegou no braço da criança e partiu.

Que sentido tem a palavra criança em cada uma das frases?

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