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Responsabilidade social empresarial: a fundamentacao na ética e na explicitação de

princípios e valores

Tese: A Responsabilidade Social Corporativa está associada aos princípios e valores éticos,
morais e culturais e, pode tornar-se numa estratégia diferencial a longo prazo, que favorece o
sucesso e a continuidade das empresas.

Ética, valores e cultura: especificidades do conceito de responsabilidade social


corporativa

A responsabilidade social das empresas perante os stakeholder tem sido um dos assuntos
mais falados no actual mundo globalizado. Nota-se preocupação com principios éticos,
valores morais e com o conceito de cultura que estabeleçam parâmetros para actividades
empresariais socialmente responsáveis. Nas áreas da ética e responsabilidade social bem
como da administração reconhece-se que a ética, cultura e valores morais são inseparáveis da
noção responsabilidade social.

Ética, moral e responsabilidade social corporativa no terceiro milénio

Muitas organizações limitam-se a criar códigos de ética na tentativa de estabelecer padrões de


ética e responsabilidade social nas suas actividades por um lado, e por outro, trabalhos
académicos interessados no aspecto instrumental dos conceitos de ética e moralidade,
procuram explicar de forma prática a sua promoção e implantação nas organizações.

As empresas devem estar atentas a suas responsabilidades económicas, legais bem como
éticas, morais e sociais

segundo Ashley (2005), responsabilidades éticas correspondem a actividades práticas,


políticas e comportamentos esperados ou proibidos por membros da sociedade, apesar de não
codificados por lei. Correspondem a valores morais específicos.

Valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre comportamento eticamente correcto
ou incorrecto e, a moral é o conjunto de valores e de regras de comportamento que as
colectividades adoptam por julgarem correctos e desejáveis e é concebida com menos rigidez.
A ética é mais sistematizada, uma teoria de ação rigidamente estabelecida.

Quando as sociedades passam por profundas transformações, a responsabilidade social


corporativa ganha mais importância e a ética afecta os lucros, a credibilidade e a
sobrevivência da economia global. As organizações devem aprender a obter lucros
obedecendo as leis, tendo comportamentos éticos e envolvendo-se em filantropias nas
comunidades onde se insere.

Na economia global, temos a cultura propriamente dita, que exige que as empresas estejam
mais atentas à diversidade cultural entre os povos para que possam se expandir. Esta
economia global, tem como efeito a adopção de padrões éticos e morais mais rigorosos para
que as organizações uma boa imagem ou pela demanda do púplico para actuação de acrodo
com tais padrões que estão a tornar-se cada vez mais rigorosos e homogêneos.

A pressão criada pelo mercado gloalizado cria um novo ethos que rege o modo como s
negócios são feitos e, que tem a responsabilidade social corporativacomo melhor
característica

De acordo com Arne Wiig et al. (2016), a empresa de Responsabilidade Social é uma
empresa que decide actuar fora da sua área de produção ou de serviços, a bem da
colectividade. A Empresa de Responsabilidade Social não é necessariamente uma empresa
ética.

Para os académicos e para a sociedade, o conceito de Responsabilidade Social


Corporativa da Empresa está associado ao reconhecimento de que as decisões e os resultados
das actividades das empresas alcançam um espectro social muito mais amplo do que o
composto somente pelos seus sócios e accionistas. Idem.

Mutualismo e Responsabilidade Social

De acordo com António Tomás Correia (Revista InforBANCA 2011) a Responsabilidade


Social tem vindo a assumir um peso crescente nas estratégias empresariais, constituindo uma
trave-mestra da actividade e da Comunicação Institucional e evoluindo da actuação
filantrópica pontual para o conceito de desenvolvimento sustentável, no qual os pilares
económico, social e ambiental se harmonizam e concatenam, incorporando a ética em toda a
cadeia de valor.

Neste entendimento, as empresas estão cada vez mais conscientes de que a adopção de um
comportamento comprometido e transparente face à comunidade envolvente pode ser um
factor determinante. Junto das partes interessadas e da opinião pública em geral, a atitude que
a empresa assume perante o ambiente, a forma como contribui para o desenvolvimento
económico e para a inclusão social e o comportamento que assume face aos seus
colaboradores são questões cada vez mais pertinentes e que influenciam o estabelecimento e
a manutenção da relação comercial.

Cultura e responsabilidade social corporativa no terceiro milénio

Outro componente importante para entender a responsabilidade social corporativa é a cultura:

só é possível entender como as organizações vêm concebendo e pondo em prática sua responsabilidade
perante os accionistas, funcionários, demais stakeholders e a sociedade em geral se levarmos em conta
que toda organização faz parte de um contexto sociocultural mais amplo, o qual determina de modo
importante tanto suas actividades quanto o modo pelo qual ela se relacionará com esse ambiente
sociocultural. (Ashley, 2005)

De acordo com WIIG et al.(2016), Cultura empresarial é o modo de uma empresa se situar no
mercado, significa o conjunto de pessoas que têm interesse no modo como o negócio é
conduzido.

Quando dizemos que a responsabilidade social das empresas tem sua interpretação
condicionada pela cultura empresarial e nacional, estamos a falar de cultura tal como é
entendida pelos antropólogos, ou seja, um conjunto de mecanismos simbólicos que utilizam
para organizar a realidade. Valores culturais são significados e regras de interpretação da
realidade que, de forma consciente ou não, imprimem sentido as práticas, aos pensamentos e
aos comportamentos das pessoas.

Segundo WIIG et al.(2016), são os valores, que normalmente constituem um Código de


Conduta ou Código de Ética Empresarial, que fazem de uma empresa ética.

Toda a sociedade funciona de acordo com princípios, valores e tradições culturais


específicos, que determinam os pensamentos e comportamentos de indivíduos, grupos e
instituições, entre os quais se incluem, necessariamente, as organizações e o mundo em geral
que influenciam os modos de acção e práticas administrativas e, portanto, o modo como a
responsabilidade social corporativa é concebida e implementada em determinada sociedade.

O conceito de cultura abre caminho para discutir de forma mais sistemática e profunda, qual é
o peso da dimensão simbólica nas organizações e nas formas de responsabilidade social
corporativa que são por elas adoptadas.

A crescente globalização do mundo e da economia, ajuda a produzir uma nova concepção


cultural do papel das organizações e de suas responsabilidades sociais na sociedade do
terceiro milénio, atribuindo-se um crescente valor ao conceito de cultura que conjugado com
a vida em sociedade e com as organizações, ressalta valores culturais como responsabilidade
e moralidade.

A dimensão cultural é essencial para entendermos as formas que a responsabilidade social


corporativa vem tomando no mundo dos negócios. Esta tem de ser pensada em relação a sua
inserção em um complexo mundo social e cultural regido por valores e normas culturais
comuns àquela sociedade pois, é um valor cultural cada vez mais aceito e comummente
empregado ao redor do mundo como consequência das mudanças no modo como se concebe
o papel social da empresa perante a sociedade.

Do ponto de vista estratégico, as empresas que praticam acções e condutas sociais


formam um diferencial que se transforma em componente de sucesso para os negócios,
favorecendo a sua continuidade. Segundo pesquisas, os clientes tornam-se orgulhosos de
comprar produtos e/ou contratar serviços de uma empresa com elevada responsabilidade
social. A responsabilidade social corporativa está relacionada com a gestão eficiente e eficaz
de empresas onde questões como as ambientais e sociais são importantes para assegurar o
sucesso e a sustentabilidade dos negócios e, pode transformar -se numa estratégia de longo
prazo capaz de assegurar a sustentabilidade das empresas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHLEY, Patrícia Almeida (coordenação). Ética e Responsabilidade Social nos negócios. 2ª
ed. São Paulo, Saraiva, 2005.

INFORBANCA. Instituo de Formação Bancária. Edição n◦ 88. Lisboa, 2011. (Revista


Trimestral).

WIIG, A. et al.. Compêndio de Ética – Função Pública, Empresas e Negócios. 1ª ed. Luanda,
Universidade Católica de Angola, 2016.

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