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Durante décadas, os cristãos têm assumido um lado ou outro na interpretação
GUIA PROFÉTICO PARA O FIM DOS TEMPOS – TIMOTHY PAUL JONES

dos futuros acontecimentos da Bíblia. Gosto da abordagem de “diferentes pontos
de vista”, porque permite que os crentes pensem e decidam por si mesmos. [...]
Agradam-me os gráficos, os quadros, os diagramas e as fotos!
Hal Seed
Guia Profético
Pastor fundador, New Song Community Church. Denver Seminary (M.div.) e Fuller Seminary (D.Min.)
O Guia Profético para o Fim dos Tempos é uma revisão fácil de entender
a respeito do final de todas as coisas. Esta obra explica os ensinamentos
FIM
bíblicos sobre o fim dos tempos, elucida os pontos de vista dos cristãos ao
longo dos séculos e analisa as diferentes maneiras em que os cristãos de
hoje interpretam as profecias sobre o fim dos tempos. Gráficos, quadros,
ilustrações, fotos e mapas ajudam você a ver o quadro geral.
CONTÉM EXPLICAÇÕES E ILUSTRAÇÕES DAS MAIS DIVERSAS FORMAS PARA:
PARA O
 Quatro maneiras como os cristãos interpretam o livro do Apocalipse.
DOS TEMPOS
 A profecia de Daniel referente às setenta semanas a partir de diferentes enfoques.
 Quatro principais pontos de vista dos cristãos acerca do fim dos tempos:
amilenismo, pós-milenismo, pré-milenismo dispensacionalista e pré-milenismo
histórico.
 Termos relacionados ao livro do Apocalipse: Besta, 666, Milênio, Anticristo,
Armagedom e Tribulação.
 Linha do tempo e gráficos acerca dos eventos ligados ao fim dos tempos a partir
da perspectiva dispensacionalista e não dispensacionalista.
 Os ensinamentos de Jesus em Mateus 24, conhecidos como o Sermão do Monte
das Oliveiras, e duas maneiras de entender cada passagem (guerras, rumores de
guerras, terremotos, tribulação, etc.).
 Dois pontos de vista sobre o Templo do fim dos tempos.
 Quatro maneiras de entender a visão do Templo de Ezequiel.
 As mais importantes crenças a respeito do fim dos tempos defendidas por todos
os cristãos.
Este livro lhe dará confiança quando você ler a Bíblia e inteirar-se dos acontecimentos pela
mídia noticiosa atual. Você estará mais bem informado e terá uma visão bíblica baseada e
centrada em Jesus acerca de sua Segunda Vinda.
SOBRE O AUTOR: Dr. Timothy Paul Jones, escritor premiado, tem

graus de bacharel e mestrado em literatura bíblica e ministério
pastoral, bem como doutorado em liderança educacional.
É professor do Southern Baptist Theological Seminary em
Louisville, Kentucky. Em 2010, ganhou o prêmio Livro Cristão
TIMOTHY PAUL JONES
do Ano ECPA na categoria Educação Cristã com o livro Christian
History Made Easy.
Fim dos Tempos Capa.indd 1 24/06/16 17:15

Guia Profético
PARA O FIM
DOS TEMPOS
Timothy Paul Jones

com David Gundersen e Benjamin Galan
Traduzido por Luís Aron de Macedo
1ª edição
Rio de Janeiro
2016
Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 1 21/07/16 13:19

Todos os direitos reservados. Copyright © 2016 para a língua portuguesa da Casa
Publicadora das Assembleias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em inglês: End-Times Prophecy

Primeira edição em inglês: 2011
Tradução: Luís Aron de Macedo
Preparação dos originais: Cristiane Alves

Adaptação de Capa e Editoração: Leonardo Engel
CDD: 263 - Escatologia

ISBN: 978-85-263-1328-6
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de

1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.
Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos

da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br.
SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373
Casa Publicadora das Assembleias de Deus

Av. Brasil, 34.401 – Bangu – Rio de Janeiro – RJ
CEP 21.852-002
1ª edição: 2016
Tiragem: 3.000

Sumário
Seção 1
O Que É mais Importante quando se Trata do Fim do
Mundo
Capítulo 1 Mantendo os Olhos na Direção Certa 11
Capítulo 2 Apocalipse de Ontem e de Hoje 23
Capítulo 3 Em que os Cristãos Concordam quando se Trata do Fim do
Mundo 39
Capítulo 4 As Palavras que Você Precisa Saber quando se Trata do Fim do
Mundo 57
Capítulo 5 O que Acontece depois do Fim 77
Seção 2
O Fim do Mundo no Antigo Testamento
Capítulo 6 Como o Começo Aponta para o Fim 95
Capítulo 7 O Reino que Era, o Reino que ainda Será 111
Capítulo 8 A Perspectiva Profética 129
Capítulo 9 A Visão Dupla de Daniel 151
Capítulo 10 O Mistério das Setenta Semanas 165
Seção 3
O Fim do Mundo no Novo Testamento
Capítulo 11 Por que as Pessoas não Reconheceram o Messias Prometido 183
Capítulo 12 O que Jesus Disse sobre o Fim do Mundo 199
Capítulo 13 O Elenco do Fim dos Tempos: Os Heróis 225
Capítulo 14 O Elenco do Fim dos Tempos: Os Vilões 243
Capítulo 15 Entendendo o Livro do Apocalipse 267
Seção 4
Quatro Maneiras de o Mundo Acabar
Capítulo 16 Reino Já, Reino ainda não: O Amilenismo 279
Capítulo 17 Construindo um Mundo Melhor: O Pós-Milenismo 297
Capítulo 18 Pronto para o Arrebatamento? O Pré-Milenismo
Dispensacionalista 307
Capítulo 19 Da Tribulação para a Vida Eterna: O Pré-Milenismo Histórico 325
Capítulo 20 Guia Rápido dos Quatro Pontos de Vista sobre o Fim dos
Tempos 341

O QUE É MAIS IMPORTANTE
QUANDO SE TRATA
DO FIM DO MUNDO
© Gregory Guivarch

Section Title
Introdução
“Dize-nos”, perguntaram os discípulos, depois que o Mestre previu uma futura
calamidade na cidade de Jerusalém, “quando serão essas coisas e que sinal haverá
da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Mesmo após a morte e ressurreição
de Jesus, seus seguidores tinham, pelo menos, algumas perguntas sem resposta
sobre o fim do mundo como o conheciam. Reunidos no monte das Oliveiras, os
discípulos questionaram Jesus sobre como e quando Ele consumaria seu Reino:
“Senhor”, perguntaram eles, “restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (At 1.6).
Esses discípulos não foram os primeiros ou os últimos a fazer tais perguntas.

Em cada geração, desde que o pecado entrou no cosmos, o povo de Deus fica se
perguntando: “Quando e como Deus endireitará as coisas no mundo?”.
A Profecia da Destruição do Templo em Jerusalém, obra de James Tissot (1886-1894).

INTRODUÇÃO
DOIS ERROS COMUNS E OPOSTOS QUANDO SE ESTUDA O

FIM DOS TEMPOS
Às vezes, tais questionamentos se degeneram em debates intermináveis e
especulações injustificadas sobre detalhes específicos. Outras vezes, a curiosidade
sobre o fim dos tempos sofre uma parada brusca quando as pessoas desistem por
perceber que é uma investigação impossível e infrutífera.
TENDÊNCIA À ESPECULAÇÃO TENDÊNCIA

INJUSTIFICADA AO CINISMO DESISTENTE
A queda na rotina de especulações e A queda na rotina do cinismo desistente

conjecturas injustificados resulta no desejo sobre o fim dos tempos resulta em
de arrancar mais dados detalhados da minimizar ou ignorar a importância dos
Bíblia do que a Bíblia claramente fornece. textos sobre o fim dos tempos. Parece que
As passagens proféticas da Bíblia são uma compreensão equilibrada é inatingível,
infladas até que as demais coisas que de forma que os cristãos abandonam o
ela tem a dizer são marginalizadas, estudo cuidadoso do fim dos tempos.
empurrando Jesus e o evangelho para as Jesus é descentralizado quando os leitores
bordas e cantos de cada página. deixam de esperar ansiosamente pelo
Salvador como a consumação do plano de
Deus para o mundo.
Essas duas possibilidades representam duas valas perigosas em qualquer estudo

do fim dos tempos.
Nos dias anteriores aos telefones celulares, havia um jargão comum entre
os caminhoneiros americanos que usavam rádio de banda do cidadão (CB):
“Mantenha as calças entre as valas”, que significava manter as rodas do caminhão
na estrada e fora das valas. E, pela graça de Deus, é precisamente o que
pretendemos fazer neste livro. Nosso objetivo é dirigir cuidadosamente entre
as valas da especulação fantasiosa e da desilusão tediosa. Ao examinar o texto
deste livro e os muitos gráficos e quadros, você ganhará muito conhecimento
sobre o fim dos tempos. Contudo, o propósito do livro não é aumentar o seu Q.I.
escatológico. Este texto centraliza-se sobretudo em Jesus, o Messias crucificado e
Rei ressuscitado, aquEle em quem Deus Pai fez novas todas as coisas e por meio
de quem Deus está endireitando o mundo.
7

Section
G Title
UIA PROFÉTICO PARA O FIM DOS TEMPOS
DE QUE A BÍBLIA REALMENTE TRATA

Por que este foco obstinado em Jesus em um livro sobre o fim dos tempos?
Por isto: Nosso objetivo é entender o que as Escrituras têm a dizer sobre o fim
dos tempos, e Jesus é o foco central de todas as Escrituras, até daquelas que
descrevem o fim dos tempos.
Quando alguns mestres religiosos interpelaram Jesus sobre suas credenciais

messiânicas, Ele replicou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a
vida eterna, e são elas que de mim testificam” ( Jo 5.39).
Entendeu?
“São”, disse Jesus referente às Escrituras, “elas que de mim testificam.”
As próprias Escrituras, nas quais os mestres religiosos procuravam por vida

ligando-se a determinados patriarcas e leis, não versavam, primariamente, sobre
Jesus ensinando no templo, obra de James Tissot (1886-1894).

INTRODUÇÃO
regras ou identidades familiares! O Antigo e Novo Testamento versavam (e versam)

sobre Jesus. É por isso que quando Jesus, ao abordar uma dupla de discípulos que
estavam tristes, na estrada de
Emaús, começou “por Moisés
e por todos os profetas” e
mostrou-lhes que Ele era o
tema central de “todas as
Escrituras” (Lc 24.27). É por
isso também que o apóstolo
Paulo destacou para seu
protegido pastoral que o
propósito das “sagradas
letras” era tornar o povo de
Deus “sábio para a salvação,
pela fé que há em Cristo
Jesus” (2 Tm 3.15). Jesus com os discípulos em Emaús, de Abraham Blowmaert (1622).
O que, então, este livro fornecerá?
y Um conhecimento mais profundo dos profetas e profecias do Antigo

Testamento, sobretudo dos escritos de Daniel.
y Observações sobre as profecias do Novo Testamento, sobretudo do livro do
Apocalipse, escrito pelo apóstolo João, e o que significavam para as pessoas
daqueles dias.
y Diferentes interpretações cristãs do livro do Apocalipse e a perspectiva bíblica
para cada uma.
y Várias percepções cristãs sobre palavras e conceitos proféticos-chaves:
arrebatamento, tribulação, selos, trombetas, Babilônia, Besta, Satanás, 666,
milênio e muito mais.
y E que tal uma perspectiva mais rica sobre como O que estamos procurando
as profecias do Antigo Testamento apontam para é um reconhecimento mais
Jesus e para o fim dos tempos? profundo da majestade e
soberania de Jesus em tudo
y Que tal uma visão mais clara do que o povo na vida, inclusive no que
judeu espera que o Messias seja e por que isso é tange ao fim dos tempos.
importante para o nosso conhecimento sobre o
fim dos tempos?

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G Title
y Que tal ferramentas que ajudarão você a desenvolver sua própria perspectiva
biblicamente baseada sobre quando e como o mundo como o conhecemos vai
acabar?
y Talvez, mais importante, que tal um conhecimento mais amplo de como os
cristãos crentes na Bíblia, ao longo de toda a história da igreja compreenderam
as profecias do fim dos tempos de maneiras muito diferentes?
O que isso significa para este livro é que não estamos à procura de um roteiro
mais detalhado para nos contar as condições precisas da volta do Messias. O que
estamos procurando é um reconhecimento mais profundo da majestade e
soberania de Jesus em tudo na vida, inclusive, no que tange ao fim dos tempos. As
promessas e profecias de Deus não são bases de lançamento de nossas
especulações, e sim uma lente através da qual vemos claramente a supremacia de
Jesus no desenrolar da história do cosmos.
Portanto, se seu desejo mais profundo é definir a FIM DOS TEMPOS
identidade exata do Anticristo ou calcular a data Acontecimentos que levam
precisa de quando o mundo vai acabar, você ficará e incluem a volta física de
um pouco decepcionado ao ler este livro. Agora, Jesus a terra e a formação
caso seu desejo é compreender como ver o fim dos de novo céu e de nova
tempos à luz de Jesus, continue lendo. Este livro terra.
oferece exatamente o que você procura.
10

Mantendo os Olhos
LO
ÍT U
1
C AP
na Direção Certa
“É perigoso sair porta afora, Frodo”, exortou Bilbo Bolseiro ao seu sobrinho em
O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien. “Você pisa na estrada, e se não controlar
seus pés, não há como saber até onde você pode ser levado.”1
O mesmo podemos dizer sobre abrir um livro cujo tema central é o fim dos
tempos. Estudar o fim dos tempos é perigoso. Assim que você começa a explorar
este assunto, não há como saber até onde pode ser levado.
© PHOTOCREO Michal Bednarek
11

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G Title
Temos visto que uma ênfase exagerada e bem intencionada no fim dos tempos tem
levado as pessoas a ostentar cartazes proféticos pelas esquinas, a olhar fixamente
para os códigos de barras em busca da misteriosa marca da Besta, a publicar
previsões falhas sobre o fim do mundo e a envolver-se em uma série de outros
comportamentos que resultam em muitos espaços em branco nos calendários
sociais. O que é mais, um rápido olhar na história mostra que estudar o fim dos
tempos tem a capacidade de trazer a lume um pouco de violência de vez em quando.
EXEMPLOS DE PREVISÕES DO FIM DOS TEMPOS QUE

DERAM ERRADO
1. Apenas algumas décadas
depois de Jesus ressuscitar, os
falsos profetas, na cidade de
Tessalônica, proclamaram que
Jesus já tinha voltado (2 Ts 2.2).
Isso causou todo tipo de
preocupação, quando ocorreu
aos crentes tessalonicenses que,
como eles não se lembravam de
ter visto Jesus no céu, eles
deviam ter perdido algo
Ilustração da Besta do Livro do Apocalipse (século XI).
importante. A isso, Paulo
respondeu que “não será assim sem que antes [...] se manifeste o homem do pecado”
(2.3). Essa informação resultou em séculos de especulação sobre quem seria “o
homem do pecado”, mas fez os tessalonicenses sentirem-se melhor com a situação.
2. Um século mais tarde, em meados do século II, um homem

chamado Montano tornou-se crente em Jesus e desenvolveu
um forte interesse por temas proféticos. Em pouco tempo,
Montano havia previsto que a nova Jerusalém, em breve,
iria aparecer em Pepuza, uma paróquia rústica na província
da Frígia. Em seguida, Montano começou a afirmar que ele
falava como Deus, declarando: “Eu sou o Pai, a Palavra e o
Consolador” e “Eu sou o Senhor Deus todo-poderoso”.2 As
igrejas olham com desaprovação para os membros que dizem
coisas desse tipo, e a congregação que Montano frequentava
Busto da deusa grega Átis
não foi exceção. Depois que a igreja o excluiu, ele abriu sua
usando um barrete frígio própria comunidade religiosa, mas Pepuza nunca mais serviu
(mármore, século II d.C.).
de sede para a nova Jerusalém.
12

MANTENDO OS OLHOS NA DIREÇÃO CERTA
3. No século IV, um popular líder de igreja chamado Martinho de Tours declarou

que “o Anticristo já nasceu” e que esse governante subiria ao poder durante a
vida do próprio Martinho.
4. Um monge chamado Radulfus Glaber, cuja tradução do

nome significa “Ralph, o Calvo”, descreveu uma onda de
preocupações apocalípticas nas décadas em torno do
ano 1000 d.C. De acordo com o Calvo Ralph, monge da
Borgonha, um sinal ardente nos céus tinha pressagiado
um incêndio misterioso em um mosteiro. Temores do
apocalipse iminente e tribulação intensificaram-se,
quando ocorreu uma fome no milésimo aniversário da
morte de Jesus.3 Apesar dessas muitas preocupações,
o mosteiro foi reparado, a fome passou, Ralph Gaiolas da Rebelião de Münster na
Igreja de St. Lambert.
permaneceu calvo e a vida continuou.
5. Em 1534, um padeiro holandês chamado Jan alegou que a nova Jerusalém em

breve iria aparecer em Münster, Alemanha. Depois de uma suposta série de
visões apocalípticas, Jan e seus seguidores subjugaram a cidade de Münster.
Um dos integrantes da coorte de Jan declarou-se o sucessor bíblico do rei Davi
e tomou dezesseis esposas. Por fim, a nova Jerusalém não chegou a Münster,
mas, sim, um exército rival. Os cadáveres dos revolucionários apocalípticos
foram suspensos acima da cidade em gaiolas
de ferro. Até hoje, as gaiolas ainda estão
penduradas no campanário da Igreja de St.
Lambert como lembretes silenciosos de uma
expectativa apocalíptica que estava
tremendamente errada.4
6. Trezentos anos mais tarde, Joseph Smith

afirmou que Jesus estabeleceria a nova
Jerusalém no Condado de Jackson, Missouri.
Com isso, ele fundou um movimento
religioso mundial que negava as verdades
bíblicas essenciais sobre Jesus. Ainda hoje, os
mórmons esperam que Cristo volte em algum O “tenente” Joseph Smith Jr. comanda uma milícia
paramilitar em Illinois, depois que ele e seus
lugar ao longo da periferia leste de Kansas City.5 seguidores foram expulsos do Missouri.
13

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G Title
7. Avançamos para o século XX e vemos os mesmos padrões. Em 1987, um

engenheiro aposentado da NASA publicou um livro
intitulado 88 Razões Por que o Arrebatamento Será
em 1988. Ele destacou três dias de setembro de 1988
como o prazo divinamente escolhido para a vinda de
Jesus. “Só se a Bíblia estiver errada é que eu estarei
errado”, declarou ele para a mídia de notícias. Poucos
meses mais tarde, o engenheiro da NASA publicou
um conjunto subsequente de livros dando a entender
que ele cometera um erro e que, talvez, 1989 era a
data certa.6 Essa data também estava errada. As
habilidades matemáticas necessárias para entrar e
sair de órbita na terra são bastante diferentes das Este livro de Edgar Whisenant levou um
necessárias para calcular o fim dos tempos. dos autores a passar várias noites sem
dormir em outubro de 1988.
8. Mais ou menos na época que o livro 88 Razões Por que o Arrebatamento Será
em 1988 estava sendo imprenso, um então líder desconhecido de uma obscura
seita apocalíptica mudou seu nome para David Koresh e exortou seus
discípulos a se verem como os “estudantes dos sete selos” do Apocalipse.7
Setenta e cinco dos “estudantes dos sete selos” de David Koresh morreram aqui depois de um cerco de 51 dias em abril de 1995.
14

Koresh adotou a poligamia e alegou que as profecias do fim dos tempos

constantes nas Escrituras seriam cumpridas no seu complexo comunal perto
de Waco, Texas.8 Em 1993, David Koresh e setenta e cinco de seus seguidores
morreram após um cerco de 51 dias.
9. E até nas décadas iniciais do século XXI,

as expectativas e previsões apocalípticas
não mostram sinais de abrandamento.
Houve previsões do fim dos tempos em
torno do ano 2000, dizendo que Jesus
retornaria em 21 de maio de 2011, e muitas
alegações ligadas a uma complicada
profecia maia sobre o fim dos tempos no
ano de 2012.9 Até agora, essas previsões
também se mostram estar equivocadas.
CONTROLAR OS PÉS E A CABEÇA

QUANDO SE TRATA DO FIM DOS
TEMPOS
Depois deste breve levantamento de previsões
© Madman2001
que acabaram em desastre, mas não no
apocalipse, podemos melhorar a exortação de
Bilbo dada para Frodo: “É perigoso estudar o Os maias calculavam as datas usando um “calendário
fim dos tempos. Se você não controlar os pés, de longa contagem”. As datas eram representadas
por hieróglifos, como esta pequena parte de uma
não há como saber até onde pode ser levado”. estela. Algumas pessoas especularam que, porque o
calendário maia chegou ao fim em 21 de dezembro
de 2012, o mundo também chegaria ao fim ou
passaria por uma mudança radical nessa data.
No entanto, ainda não devolva este livro para a
livraria de onde você comprou!
E seja o que for que você venha a fazer, não pense que estudar o fim dos tempos
não vale a pena.
15

Section
G Title
R AZÕES PARA ESTUDAR O FIM DOS TEMPOS

A questão não é se devemos estudar o fim dos tempos. Os cristãos têm de
considerar o fim dos tempos! Veja por quê:
1. Os apóstolos de Jesus mandaram que o povo de Deus pesquisasse as

Escrituras (2 Tm 3.14-17; 2 Pe 1.19, 20), e as Escrituras testificam que Deus
dará um fim ao mundo como o conhecemos (Is 65.17-25).
2. Jesus, repetidamente, lembrou os discípulos sobre sua futura chegada

(Mt 24.42; veja também Mt 25.13; Mc 13.35-37; Lc 12.37).
3. Paulo disse aos seus leitores: “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas,
para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão. [...] Vigiemos e
sejamos sóbrios” (1 Ts 5.4, 6).
4. No Apocalipse, João registrou esta bênção dita pelos próprios lábios de

Jesus: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia”
(Ap 16.15).
Portanto, a questão não é se devemos pensar sobre o fim dos tempos. Deus é
claro em querer que consideremos, cuidadosamente, sobre o fim dos tempos.
A questão é: “Como podemos ‘controlar os pés’ em nosso estudo sobre o fim
dos tempos? Como estudar a segunda vinda de Jesus sem nos desviar do curso
e entrar em território doutrinal perigoso? Como explorar o fim dos tempos de
forma a focarmos em Jesus?”.
Há um fato que você precisa saber para manter-se na direção certa quando se trata
de estudar o fim dos tempos: Só é perigoso quando você foca na direção errada.
FOCANDO NA DIREÇÃO CERTA

De acordo com as Escrituras, o ponto final e objetivo da obra de Deus na história
da humanidade não é uma série específica de acontecimentos apocalípticos
ou, mesmo, um determinado lugar celestial. É uma pessoa. O objetivo e ponto
extremo da obra de Deus na história humana é Jesus.
O próprio Jesus declarou: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro
e o Derradeiro” (Ap 22.13). Jesus é a fonte da ordem criada ( Jo 1.3; Cl 1.16), o único
16

“para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe”

(Hb 2.10). Jesus é a fonte da criação de Deus
e da história de Deus, e ele é o objetivo do
plano de Deus.
Claro que Deus dará um fim ao mundo

como o conhecemos em algum momento
particular e de modo particular, e é isso que
chamamos de “fim dos tempos”. Contudo,
não é a mera terminação do tempo pela qual
o cosmos inteiro está gemendo. O que toda a
criação aguarda ansiosamente é a revelação
de Jesus, ao lado de uma multidão de irmãos O “alfa” e o “ômega” são a primeira e a última letras do
alfabeto grego. © Zvonimir Atletic
e irmãs redimidos (Rm 8.18-23).
ALFA E ÔMEGA O propósito de Deus não é levar as pessoas para o

A primeira e a última céu. O plano de Deus sempre foi mostrar a sua glória
letras do alfabeto grego. em todo o cosmos em Jesus e por intermédio de
O apóstolo João usou Jesus. De acordo com o apóstolo Paulo, Deus propôs
esses termos para o intento “de tornar a congregar em Cristo todas
descrever Jesus como o as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos,
início e o alvo da obra tanto as que estão nos céus como as que estão na
de Deus na história terra” (Ef 1. 10). A atual irmandade de cristãos que,
humana. João também um dia, culminará na comunhão do céu é uma
usou esses termos para
consequência do plano de Deus congregar tudo
deixar bem claro que
Jesus é Deus em carne em Jesus, o Messias. Jesus é a origem da criação de
humana. Em Apocalipse Deus e a meta do plano de Deus. Ele é o “autor e
1.8, “o Alfa e o Ômega” consumador da fé” (Hb 12.2).
é “o Senhor [...] Todo-
Poderoso”. Depois, em Porém, antes de nos aprofundarmos no estudo do fim
Apocalipse 22.13-16, dos tempos, há mais uma questão envolvida em
as mesmas palavras são manter os olhos na direção certa. Manter os olhos na
aplicadas a Jesus. direção certa não
é apenas reconhecer GREGO
Jesus como o alvo Língua na qual o Novo
da criação de Deus. É também ver que, por meio Testamento foi escrito, em um
da obra de Jesus na terra, os últimos dias já antigo dialeto e conhecido
começaram. por koiné ou grego “comum”.
17

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OLHANDO PARA OS ÚLTIMOS DIAS

Esta é uma pergunta que alguém sempre me faz quando ensino sobre o fim dos
tempos. As palavra exatas variam, mas a pergunta sempre é feita mais ou menos
assim: “Em sua opinião, estamos vivendo nos últimos dias hoje?”.
Minha resposta é sempre inflexível: “Sim!”. Mas o que digo em seguida está longe
do que a pessoa que fez a pergunta esperava: “E estamos nos últimos dias desde
que Jesus completou a obra do Pai na terra, há quase dois mil anos”. Quem faz
esse tipo de pergunta quer é uma lista específica de sinais dos tempos que, de
alguma forma, estejam correlacionados com os acontecimentos recentes nos
noticiários. O que forneço é um lembrete de que os últimos dias já começaram.
Por que digo que estamos nos “últimos dias” desde que Jesus cumpriu a vontade
do Pai na terra?
Porque é precisamente o que as

Escrituras dizem.
Quando o Espírito Santo se

apossou das pessoas no dia de
Pentecostes, Pedro proclamou
que esta efusão fora prevista
“pelo profeta Joel” e identificou
esses eventos como parte dos
“últimos dias” (At 2.16, 17).
Outro texto neotestamentário
deixa a questão ainda mais clara:
“Nestes últimos dias”, escreveu o
autor de Hebreus: “[Deus] a nós
falou-nos [...] pelo Filho” (Hb
1.1). A obra de Jesus na terra
foi o maior sinal dos tempos
(Mt 12.39, 40) e, em Jesus, “os
últimos dias” já começaram.
Por causa da obra completa de

Pentecostes, obra de Ticiano (1488-1576).
Jesus, Satanás foi expulso
( Jo 12.31-33; Hb 2.14). Jesus recebeu o poder sobre a morte, e demonstrou seu
18

triunfo por meio da ressurreição (Rm 1.4; 1 Co 15.20-26; Ap 1.18; 9.1; 20.1). Esta
obra de Jesus na terra obteve a
vitória de Deus e inaugurou
um Reino que Ele consumará
no fim dos tempos. Portanto,
os autores bíblicos definiram o
período entre a vitória de Jesus
sobre a morte e o fim dos
tempos como os “últimos dias”
(At 2.17; Hb 1.2). Em Cristo, o
triunfo de Deus já se realizou e
está garantido.
O QUE ACONTECE
QUANDO MANTEMOS
OS OLHOS NA
DIREÇÃO CERTA
Sempre que a busca por
sinais específicos se torna o
propósito principal de nosso
estudo sobre o fim dos tempos,
estamos focando na direção
Três Marias no Túmulo, obra de William Bouguereau (1825-1905).
errada. Tal foco equivocado
coloca alguns no rumo de seitas extremistas. Outros se tornam obcecados com
prazos cada vez mais específicos para o fim do mundo. Entretanto, mesmo entre
as pessoas mais estáveis, o resultado de fixar os olhos na direção errada fica longe
de ser o melhor. Tal foco tende a produzir ansiedade quanto ao futuro e, talvez,
até o desejo cada vez maior de detalhes quanto ao modo em que o mundo pode
acabar.
Porém, como a nossa perspectiva muda se fixarmos os olhos na direção certa?
O que acontece se focarmos no próprio Rei Jesus ressurreto como o objetivo do

plano de Deus?
E como esse novo foco remodela nossa perspectiva sobre o fim dos tempos?
19

Section
G Title
Felizmente, não somos os primeiros a nos debater com essas questões. As primeiras
gerações de cristãos lidaram com dificuldades semelhantes. O que Jesus e Paulo
disseram a esses homens e mulheres é tão proveitoso para nós como foi para eles.
Vamos dar uma olhada nas palavras que disseram para descobrir o que acontece
quando focamos na direção certa em nosso estudo sobre o fim dos tempos.
PRONTIDÃO, RESPONSABILIDADE E DESCANSO: O QUE

ACONTECE QUANDO FOCAMOS NA DIREÇÃO CERTA
Quando focamos na direção
certa, estamos prontos para
Jesus voltar a qualquer
momento. Quando Jesus previu
a destruição do Templo judaico,
seus primeiros seguidores
perguntaram-lhe: “Dize-nos
quando serão essas coisas e que
sinal haverá da tua vinda e do
fim do mundo?”. Na resposta,
Jesus forneceu alguns sinais que
precederiam a destruição do
Templo e o fim dos tempos. Ao
mesmo tempo, a parábola que
encerra seu discurso deixa claro
que seu principal interesse não era
que tivessem uma compreensão
detalhada desses sinais. Seu
desejo era que estivessem prontos
para sua presença a qualquer
Paulo em sua Escrivaninha, obra de Rembrandt (1629-1630).
hora, pouco importando como
se desenvolvessem esses acontecimentos (Mt 24.3, 42-51). Seu propósito não era
que seus seguidores ficassem presos a detalhes sobre o fim dos tempos; era para
estarem prontos para recebê-lo a qualquer momento.
Quando focamos na direção certa, vemos nossa responsabilidade de

proclamar o evangelho o tempo todo. Depois da ressurreição, quando os
apóstolos exigiram detalhes sobre o fim dos tempos, Jesus respondeu de maneira
bastante abrupta: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai
estabeleceu pelo seu próprio poder”. Em seguida, imediatamente, lembrou-lhes da
responsabilidade de falar para os outros o que tinham visto nEle (At 1.7, 8). Jesus
20

tirou a atenção deles do quesito “tempos” ou “estações” e a direcionou na obra que

Ele fizera e na comissão de proclamarem o evangelho. As palavras traduzidas por
“tempos” ou “estações” representam duas palavras gregas diferentes que designam
tempo. “Tempos” é tradução de uma forma da palavra grega chronos, que aponta
para o tempo cronológico e linear, como o medido por um calendário ou um
relógio ou um relógio de sol. Chronos diz respeito a anos, meses, dias e horas.
“Estações” é tradução de uma forma da palavra grega kairós, que aponta para
a qualidade ou o tipo do tempo. O foco da palavra kairos está na oportunidade
ou significado de determinado tempo. Ao usar ambos os termos, Jesus deixa
claro que não era da conta dos discípulos saber quando Ele voltaria, e que eles,
necessariamente, nem saberiam que tipo de tempo seria quando ele voltasse.
Quando focamos na direção certa, descansamos na certeza de que Deus

endireitará o mundo. Até mesmo depois que Jesus desapareceu no céu oriental,
seus seguidores já se debatiam com questões relacionadas à sua vinda. Mais ou
menos vinte anos depois da ascensão, alguém forjou uma carta em nome de Paulo
e informou a igreja tessalonicense que Jesus já tinha voltado (2 Ts 2.2; 3.17). Não
surpreendentemente, o pensamento de não terem visto a volta do seu Salvador
causou grande celeuma entre os cristãos em Tessalônica. Paulo respondeu deixando
claro que Jesus ainda não tinha voltado. Antes da volta de Cristo, haveria a apostasia
da humanidade em relação a Deus e a revelação do homem do pecado (2.3). Contudo,
Paulo não se alongou muito nos detalhes! Na verdade, gastou menos de uma dúzia de
versículos sobre esse assunto. O resultado que Paulo projetava para essas verdades
(“as tradições que vos foram ensinadas”, 2.15) não era levar os crentes tessalonicenses
a especular sobre quem seria o homem do pecado, ou quando a apostasia aconteceria.
Era que “o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai” nos consolaria o
“coração” e nos confortaria “em toda boa palavra e obra” (2.16, 17). Paulo não tinha
medo de falar sobre o fim dos tempos, mas ele sabia que o fim dos tempos não é
o ponto final do plano de Deus. Assim, ele convocou os crentes tessalonicenses a
descansar e consolar-se na promessa de Deus que um dia fará nova todas as coisas.
Note o padrão em cada uma dessas discussões neotestamentárias sobre o fim dos
tempos: O foco não está nos detalhes de como o mundo pode acabar. Algumas
ocorrências futuras são mencionadas, mas, repetidamente, a ênfase está na suficiência
de Jesus, aquEle por intermédio de quem Deus trará o fim a seu tempo. Jesus é o alvo do
plano de Deus e o sinal final da obra de Deus na história humana. Pelo fato de Jesus ter
feito perfeitamente a vontade do Pai, os últimos dias já estão em andamento e o triunfo
de Deus está garantido. Essa ênfase é o que significa manter os olhos na direção certa.
21

Section
G Title
ENCONTRANDO AS PEÇAS DO CANTO DO QUEBRA-CABEÇA

DO FIM DOS TEMPOS
Pelas palavras do Novo Testamento, é evidente que o resultado de considerarmos
o fim dos tempos não deve ser a satisfação presunçosa obtida pelo ganho de mais
detalhes sobre o futuro. Pelo contrário, esse estudo deve nos levar em direção
a um sentimento simultâneo de descanso e responsabilidade que encontramos
apenas no evangelho de Jesus. O resultado não deve ser mais especulação sobre
o fim dos tempos, mas um aumento da capacidade de trabalhar para a glória de
Jesus, o Messias, enquanto vigiamos e esperamos pacientemente pelo seu regresso.
É por isso que o objetivo principal deste livro não é que você conheça os detalhes
intrincados sobre o fim dos tempos, mas que você conheça mais daquEle cuja
chegada cumprirá o desígnio divino, que é mais antigo do que o tempo. Se o fim dos
tempos é um quebra-cabeça, Jesus é as peças do canto. Só quando Ele fica no lugar
mais importante é que o quebra-cabeça do fim dos tempos começa a fazer sentido.
É perigoso estudar o fim dos tempos. Se Jesus se torna o ponto central do estudo,
o perigo não desaparece completamente, mas assumirá uma forma bem diferente.
O perigo não é ser apanhado por todos os tipos de esquisitices relacionadas ao fim
dos tempos. O perigo que corremos é a suposição confortável de que, se ligarmos
todos os esquemas com todos os versículos certos, descobriremos, exatamente,
o que Deus está fazendo quando
se trata do fim dos tempos.
Durante os dias em que Ele
andou pelas estradas poeirentas
da Judeia e Galileia, nem mesmo
Jesus sabia os detalhes precisos
do fim dos tempos (Mc 13.32).
O que Jesus sabia era que o Pai
tinha um plano e que tal plano
era glorioso e bom. Esta é a
verdade sobre o fim dos tempos
na qual todo seguidor de Jesus
pode descansar ainda hoje.
© Luminis
22

Apocalipse de Ontem
LO
ÍT U
2
C AP
e de Hoje
Imagine por um momento que muitos milênios se passaram antes de Jesus voltar
a terra. Suponha que, daqui a dois mil anos, um intrépido arqueólogo do século
XLI desenterre o editorial de um jornal americano do início do século XXI.
Tendo em vista que a forma atual de escrever em inglês deixou de ser usada, o
arqueólogo terá de esperar muitos meses para que um especialista em textos
antigos decodifique as palavras desbotadas. No entanto, o arqueólogo pode fazer
algumas observações preliminares, com base em uma parte quase sem palavras
do jornal, que foi preservado em perfeito estado: as charges políticas.
Com base nas charges políticas, o que esse arqueólogo pode concluir sobre os
Estados Unidos da América do século XXI?
É possível que o arqueólogo soubesse algo das representações tradicionais

da política americana. Em caso afirmativo, ele vê o significado por trás dos
burros e elefantes, as caricaturas presidenciais e os desenhos dos monumentos
nacionais. Porém, e se ele não estiver familiarizado com o estilo de comunicação
que conhecemos como charge? E se, por exemplo,
as gerações futuras tiverem perdido
o conhecimento que os burros e os
elefantes, outrora, simbolizavam os
partidos democrata e republicano?
Se o arqueólogo ler essas charges

políticas com literalismo rígido, ele
pode acabar escrevendo artigos para
revistas populares sobre como os
burros e os elefantes, antigamente
© Madlen
governavam os Estados Unidos.
23

Section
G Title
Ele pode concluir que, quase todos os anos, no mês de novembro, manadas de
paquidermes e burros entravam em guerra entre si para ver quem governaria
os Estados Unidos! Os cientistas proporiam teorias elaboradas para explicar
como essas criaturas podiam raciocinar, debater, fazer campanhas e governar
uma nação. Gráficos complexos rastreariam a involução de burros e elefantes de
governantes do mundo a animais mudos.
Contudo, todas essas teorias estariam totalmente equivocadas, porque esses

cientistas e arqueólogos eram desconhecedores dos sinais, símbolos e estilos que
caracterizavam as charges americanas do século XXI. Eles teriam interpretado
erroneamente essas opiniões políticas, porque não saberiam como essas páginas
eram lidas na época em que foram escritas.
Hoje, é fácil os cristãos cometerem erro semelhante ao ler textos bíblicos que
falam sobre o fim dos tempos.
Claro que não estamos sugerindo que as profecias de Ezequiel, ou Daniel, ou de

João, no Apocalipse, sejam nada mais que caricaturas políticas! Estas são segmentos
da própria Palavra infalível de Deus. Foram dadas pelo Espírito de Deus “para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, e não só para os
povos antigos, mas também para a Igreja de hoje e até o fim dos tempos (2 Tm 3.16).
Ao mesmo tempo, Deus guiou os autores humanos das Escrituras para escrever
determinados estilos e gêneros que eram bem conhecidos para eles e para os
leitores primeiros. É por isso que o estudo cuidadoso das Escrituras significa
estudar os textos, de acordo com os contextos originais históricos e literários.
COMO OS CRISTÃOS TÊM

INTERPRETADO A BÍBLIA
Encontrar o significado original do texto é
o que os professores cristãos, ao longo da
história da Igreja, têm feito, quando exortam
os estudantes a procurar o sensus literalis,
ou seja, o “sentido literal” ou o “sentido
literário” do texto bíblico.10 Quando tais
cristãos mencionavam o “sentido literal”,
eles não queriam dizer ler o texto com o
Martinho Lutero (1483-1546).
24

APOCALIPSE DE ONTEM E DE HOJE
literalismo rígido, recorrendo à interpretação simbólica apenas quando todas

as outras possibilidades se esgotavam.11 O que queriam dizer era interpretar o
texto, dentro do estilo literário e do contexto histórico em que o texto foi escrito
originalmente. Em muitos casos, interpretar de acordo com o sensus literalis
requer reconhecer símbolos e tipologias no texto bíblico.
É verdade, que os antigos estudiosos medievais iam longe demais com os símbolos
e tipologias! Por exemplo, alguns antigos estudiosos situados perto de Alexandria,
Egito, alegavam que os textos bíblicos operavam em três níveis: significado literal,
significado moral e significado alegórico.12 No século IV, outros intérpretes estavam
encontrando significados “tropológicos” e “celestiais” nas Escrituras, além de
significados literais e morais.
Na Idade Média, muitos

intérpretes mal olhavam para
o sentido literal do texto.13
No entanto, nem sempre
foi assim! Certo teólogo
medieval, sabiamente,
destacou: “Tendo em vista
que o sentido literal é o que
© Elias H. Debbas II.

pretende o autor, e já que o
autor das sagradas Escrituras
é Deus, que [...] compreende
tudo imediatamente, [...] Anfiteatro romano em Alexandria, Egito. Os primeiros teólogos cristãos influentes como
Orígenes, Clemente e Cirilo eram provenientes desta importante cidade litorânea do Egito.
não é incompatível (como
diz Agostinho) que haja muitos significados, até mesmo, no sentido literal de
determinada passagem das Escrituras”. Em outras palavras, o sentido literal
ou literário do texto não exclui interpretações simbólicas ou tipológicas. Na
verdade, é bastante claro que Pedro, Paulo e o autor de Hebreus viram certas
partes do Antigo Testamento como símbolos tipológicos das realidades do Novo
Testamento (Rm 5.14; Cl 2.17; 1 Pe 3.21; Hb 8.5; 9.9, 23, 24; 10.1; 11.19).
O sensus literalis começa com o estudo histórico-gramatical do texto, mas tal estudo
pode revelar que o texto tinha o propósito de ser entendido de modo tipológico
ou simbólico. No século XVI, um pastor chamado Martinho Lutero conclamou os
cristãos a recuperarem o foco no sensus literalis ao lerem as Escrituras.14
25

Section
G Title
MANEIRAS DE INTERPRETAR A BÍBLIA
Interpretação Literal
Procura por: Significado Procura por: Significado

Histórico-Gramatical-Literal. Histórico-Gramatical-Retórico.
Método: Tomar cada parte do texto em Método: Procurar o significado pretendido pelos
seu sentido mais literal, a menos que autores humanos originais em seus contextos
o contexto imediato torne o significado históricos, como foi transmitido por meio de suas
impossível. palavras e do gênero literário, reconhecendo que
o Espírito Santo superintendeu as palavras e a
escolha do gênero. Isso não exclui o cumprimento
posterior do texto de forma mais completa e melhor
do que o autor humano original tinha em mente.
Desafio: Às vezes, o contexto mais Desafio: Em alguns casos, pode ser difícil
amplo do gênero literário sugere uma identificar, corretamente, o contexto histórico.
gama maior de significados de uma Em outros, pode ser um desafio compreender as
palavra ou ideia. Nem todo gênero nuances de determinado gênero literário no seu
literário foi feito para ser considerado contexto histórico, sobretudo se o texto combina
de modo literalista. Ele pode levar, diferentes gêneros literários.
por exemplo, a ler certos textos como
narrativas históricas, mesmo quando
esses textos não tinham a intenção de
serem relatos históricos.
Exemplo: “Templo” deve ser visto Exemplo: “Templo” é visto como o edifício físico
como um edifício físico. de gêneros e contextos históricos. Mas, em outros
gêneros, “Templo” pode, por exemplo, simbolizar o
povo de Deus como lugar da habitação de Deus.
26

Interpretação Moral Interpretação Espiritual
Procura por: Significado Procura por: Significado Procura por: Significado

Ético. (Espiritual) Tropológico. (Celestial) Anagógico.
Método: Procurar a moral Método: Procurar maneiras Método: Procurar

subjacente em cada em que partes da história maneiras em que partes
história bíblica. prefiguram ou relacionam-se, da história relacionam-se,
tipologicamente, com a vida e alegoricamente, com a união
ministério de Jesus. do crente com Deus.
Desafio: Se a interpretação Desafio: Se a interpretação Desafio: Se a interpretação

histórico-gramatical-retórica histórico-gramatical-retórica histórico-gramatical-retórica
não permanece primária, não permanece primária, não permanece primária,
pode levar o intérprete pode levar o intérprete pode levar o intérprete a ler
a ler as Escrituras como a ler ideias no texto ideias no texto completamente
uma série de histórias para completamente alheias à alheias à intenção do autor
melhorar nossa moral, intenção do autor original, original, permitindo que o
em vez de ver que toda permitindo que o intérprete e intérprete e não a intenção
a Escritura testifica de não a intenção do autor dite do autor dite o significado da
Jesus Cristo e que a moral o significado da Escritura. Escritura.
humana nunca está à
altura do padrão perfeito
de Deus.
Exemplo: “Templo” pode Exemplo: “Templo” pode Exemplo: “Templo” pode

simbolizar a parte mais simbolizar o povo de Deus ou simbolizar a união com Deus
interna da alma humana. a igreja, mesmo em textos no céu.
históricos nos quais esta não
era a intenção original do
autor.
27

Section
G Title
POR QUE O GÊNERO É IMPORTANTE

O que toda essa conversa sobre estilos e gêneros literários tem a ver com o fim
dos tempos?
Tudo! GÊNERO
(do francês genre, “classe”,
Os textos bíblicos que falam sobre o fim dos “tipo”, “estilo”)
tempos foram escritos em determinados contextos Uma categoria de obras

históricos que influenciaram, profundamente, o literárias ou artísticas que
podem ser identificadas
modo em que os autores registraram as palavras
pelos elementos
de Deus. Muitos desses textos sobre o fim dos compartilhados na forma
tempos vieram de ambientes literários que tinham ou conteúdo (por exemplo,
suas próprias e exclusivas expectativas de como os prosa, poesia e sátira).
leitores entenderiam as imagens e padrões do livro.
Talvez, mais importante de tudo, se as Escrituras
surgiram porque “os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21), então, o próprio Espírito de Deus
envolveu-se, não só com o conteúdo dos textos, mas também com os estilos e
gêneros que foram escolhidos.
Interpretar esses textos sem conhecer os contextos originais e estilos literários é

arriscar a não perceber o sentido exato — algo muito parecido com nosso futuro
arqueólogo imaginário que poderia interpretar erradamente uma charge política
do século XXI e concluir que uma eleição americana, ferozmente, contestada,
era, na verdade, uma batalha entre dois grupos de mamíferos. A menos que
você tenha em mente que gênero de literatura está lendo, é fácil interpretar
equivocadamente e, até mesmo, ensinar falsidades sobre a Palavra de Deus.
O QUE TORNA OS TEXTOS APOCALÍPTICOS DIFERENTES

Mesmo que você não saiba muito sobre a Bíblia, uma coisa torna-se evidente
quando você a lê, por exemplo, o livro do Apocalipse e os últimos capítulos de
Daniel: Eles são muito diferentes dos outros textos da Bíblia.
O livro do Apocalipse e a última metade de Daniel referem-se a personagens e

fatos históricos, mas não da mesma forma como vemos em textos puramente
históricos como os Evangelhos, Atos ou os primeiros livros do Antigo Testamento.
28

O livro do Apocalipse contém cartas às sete igrejas da Ásia menor. Contudo, essas
cartas de autoria de João não são nada
LITERATURA APOCALÍPTICA semelhantes à correspondência que Paulo
(do grego apokalupsis, “revelação” ou enviou às igrejas por todo o Império
“descobrimento”) Romano. Por falar nisso, não são nem
Gênero da antiga literatura judaica, como as outras três cartas de João no
apresentada sob a forma de visões Novo Testamento.
que, figurativamente, revelavam
verdades ocultas com a finalidade O profeta Daniel e o revelador João
de assegurar ao povo de Deus a descreveram sonhos e visões. No entanto,
bondade dos planos divinos, ao contrário dos sonhos de José no
durante os períodos de perseguição. livro de Gênesis, as implicações dessas
visões vão muito além do destino pessoal
do indivíduo. Inclui acontecimentos
políticos e até profecias da ressurreição final. Muitas vezes, esses textos soam
completamente estranhos. João come um pergaminho e termina com uma
indigestão, e Daniel vê um leopardo
voador que sai do mar e um bode
com chifres que flutua ao redor da
terra (Dn 7.3-6; 8.5; Ap 10.9, 10).
Todas essas experiências ficam fora
dos limites habituais do “normal”,
mesmo pelos padrões bíblicos.
Por que esses livros são tão diferentes

dos outros textos bíblicos?
Em parte, é porque seus autores

valeram-se de um antigo gênero
literário conhecido por apocalíptico.
A palavra “apocalipse” vem
da palavra grega apokalupsis
(“revelação” ou “descoberta”),
termo que, também, é a primeira
palavra do texto grego do livro do
Apocalipse. Os antigos escritos
apocalípticos eram cheios de visões
João em Patmos, obra de Alonso Cano (1646-1650).
29

Section
G Title
que revelavam verdades ocultas em linguagem figurativa com a finalidade de

assegurar ao povo perseguido a bondade dos caminhos de Deus. A literatura
apocalíptica expressava esperança e lamentação durante os tempos de opressão. A
esperança dizia respeito ao
governo soberano de Deus no
mundo, combinado com a
lamentação da maneira em que
o pecado havia distorcido o
mundo de Deus.
O pensamento apocalíptico
começou a desenvolver-se
entre o povo judeu no rescaldo
da derrota pelas mãos dos
babilônios, sua deportação e a
destruição do Templo, no início
do século VI a.C. Os livros
de Ezequiel e Daniel foram
escritos durante esse tempo.15
Ezequiel capítulos 37 a 39 e
os últimos seis capítulos de
Daniel representam os
“pré-apocalipses” ou as
primeiras expressões do
pensamento apocalíptico.
Depois dos dias de Daniel e

Ezequiel, outros escritores
judeus escreveram apocalipses Bíblia de Ottheinrich, “A Mulher de Apocalipse 12”, obra de Matthias Gerung (1530-1532).
mais elaborados que não constam no Antigo ou Novo Testamento. Há textos que,
falsamente, afirmam que são de Enoque, por exemplo, e outros que alegam que são
originais do tempo de vida de Abraão, Noé e Moisés. Ainda que o povo judeu nunca
considerasse esses textos apocalípticos como parte de suas Escrituras, esses
documentos preservam certas tradições verdadeiras, e os escritores do Novo
Testamento os conheciam. Embora o livro do Apocalipse não seja completamente
apocalíptico, o imaginário de João assemelha-se a apocalipses que eram conhecidos
por muitos judeus do século I. O livro neotestamentário de Judas referencia
30

especificamente passagens de dois apocalipses judaicos: 1 Enoque (em Jd 14, 15) e

Assunção de Moisés (em Jd 9).
CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA
Quais são os padrões primários que APOCALÍPTICA JUDAICA16
Daniel e Apocalipse compartilham 1. Garantia: O autor garante aos leitores
com outros antigos textos que Deus invadirá o presente tempo de
apocalípticos? maneira a transformar o mundo e
estabelecer uma nova e diferente
1. Estes textos revelam verdades existência para o seu povo.
ocultas por meio de visões. 2. Anjos: Os mediadores angélicos
2. O povo de Deus é encorajado transmitem a mensagem de Deus para
a permanecer fiel durante o um destinatário escolhido.
tempo de perseguição. 3. Viagem: O destinatário humano viaja
para um Reino celestial.
3. O povo de Deus tem a certeza
de que, apesar do aparente 4. Visões: Visões altamente simbólicas e
desespero de suas atuais figurativas descrevem realidades
espirituais presentes e intervenções
circunstâncias, Deus, um divinas futuras.
dia, castigará o pecado e
5. Avisos: O povo de Deus é avisado
endireitará o mundo.
sobre a vinda de angústias e provações.
6. Encorajamento: Os fiéis perseguidos
são encorajados a perseverar, sabendo
que Deus está trabalhando nas
realidades invisíveis presentes e que Deus
ESCATOLÓGICO intervirá no futuro.
(do grego eschaton, “final” ou
“último”, e logos, “palavra” ou 7. Julgamento Final: Uma ou mais partes
“ideia”) do texto incluem uma visão do
Refere-se a um estudo julgamento final.
dos acontecimentos que
antecedem o fim dos
tempos.
31

Section
G Title
O DESENVOLVIMENTO DA LITERATURA APOCALÍPTICA

Escritos Datas
Escritos pré-apocalípticos: Embora não sejam Séculos VII e VI a.C.

totalmente apocalípticos, certos textos escritos
antes e durante o exílio babilônico prepararam o
caminho para escritos apocalípticos compostos
posteriormente. Os capítulos 7 a 12 de Daniel
representam a mais clara expressão do pensamento
apocalíptico que surgiria mais tarde.
Os primeiros escritos apocalípticos: Enfrentando Séculos II e I a.C.

novamente a perseguição sob o poder de nações
estrangeiras, os escritores judeus desenvolveram
seus próprios apocalipses.
Início do século I d.C.
Os últimos escritos apocalípticos: Os cristãos e os Fins do século I d.C.

judeus enfrentavam a opressão sob o poder dos
romanos. Algumas seitas judaicas se rebelaram
contra o Império Romano entre 66 a 73 d.C.
Os últimos apocalipses cristãos: Após a desastrosa Século II d.C.

revolta judaica contra os romanos, o apocalipticismo
desvaneceu-se. O cristianismo tornou-se cada vez
mais gentio e o apocalipticismo cristão assumiu
formas diferentes e menos judaicas.
32

Exemplos Bíblicos Exemplos não Bíblicos
Isaías 24–27
Ezequiel 37–39
Zacarias 12–14
Daniel 7–14
Livro dos Jubileus

Salmos de Salomão
Apocalipse de Moisés
1 Enoque
Testamentos de Levi e Naftali

Assunção (Testamento) de Moisés
Marcos 13 [Mateus 24; Lucas 21] (Não é um 4 Esdras (2 Ed)

apocalipse de pleno direito, mas um discurso Apocalipse de Abraão, em torno de 80 d.C.
feito no início do século I, que se vale de antigos
temas apocalípticos.) Apocalipse de Baruque (2 Baruque), em
torno de 100 d.C.
Martírio e Ascensão de Isaías
Apocalipse de Jesus Cristo dado a João, nos anos
60 ou 90 d.C.
Apocalipse de Pero
Pastor de Hermas
33

Durante décadas, os cristãos têm assumido um lado ou outro na interpretação
GUIA PROFÉTICO PARA O FIM DOS TEMPOS – TIMOTHY PAUL JONES

dos futuros acontecimentos da Bíblia. Gosto da abordagem de “diferentes pontos
de vista”, porque permite que os crentes pensem e decidam por si mesmos. [...]
Agradam-me os gráficos, os quadros, os diagramas e as fotos!
Hal Seed
Guia Profético
Pastor fundador, New Song Community Church. Denver Seminary (M.div.) e Fuller Seminary (D.Min.)
O Guia Profético para o Fim dos Tempos é uma revisão fácil de entender
a respeito do final de todas as coisas. Esta obra explica os ensinamentos
FIM
bíblicos sobre o fim dos tempos, elucida os pontos de vista dos cristãos ao
longo dos séculos e analisa as diferentes maneiras em que os cristãos de
hoje interpretam as profecias sobre o fim dos tempos. Gráficos, quadros,
ilustrações, fotos e mapas ajudam você a ver o quadro geral.
CONTÉM EXPLICAÇÕES E ILUSTRAÇÕES DAS MAIS DIVERSAS FORMAS PARA:
PARA O
 Quatro maneiras como os cristãos interpretam o livro do Apocalipse.
DOS TEMPOS
 A profecia de Daniel referente às setenta semanas a partir de diferentes enfoques.
 Quatro principais pontos de vista dos cristãos acerca do fim dos tempos:
amilenismo, pós-milenismo, pré-milenismo dispensacionalista e pré-milenismo
histórico.
 Termos relacionados ao livro do Apocalipse: Besta, 666, Milênio, Anticristo,
Armagedom e Tribulação.
 Linha do tempo e gráficos acerca dos eventos ligados ao fim dos tempos a partir
da perspectiva dispensacionalista e não dispensacionalista.
 Os ensinamentos de Jesus em Mateus 24, conhecidos como o Sermão do Monte
das Oliveiras, e duas maneiras de entender cada passagem (guerras, rumores de
guerras, terremotos, tribulação, etc.).
 Dois pontos de vista sobre o Templo do fim dos tempos.
 Quatro maneiras de entender a visão do Templo de Ezequiel.
 As mais importantes crenças a respeito do fim dos tempos defendidas por todos
os cristãos.
Este livro lhe dará confiança quando você ler a Bíblia e inteirar-se dos acontecimentos pela
mídia noticiosa atual. Você estará mais bem informado e terá uma visão bíblica baseada e
centrada em Jesus acerca de sua Segunda Vinda.
SOBRE O AUTOR: Dr. Timothy Paul Jones, escritor premiado, tem

graus de bacharel e mestrado em literatura bíblica e ministério
pastoral, bem como doutorado em liderança educacional.
É professor do Southern Baptist Theological Seminary em
Louisville, Kentucky. Em 2010, ganhou o prêmio Livro Cristão
TIMOTHY PAUL JONES
do Ano ECPA na categoria Educação Cristã com o livro Christian
History Made Easy.
Fim dos Tempos Capa.indd 1 24/06/16 17:15

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Durante décadas, os cristãos têm assumido um lado ou outro na interpretação

GUIA PROFÉTICO PARA O FIM DOS TEMPOS – TIMOTHY PAUL JONES

SOBRE O AUTOR: Dr. Timothy Paul Jones, escritor premiado, tem

Fim dos Tempos Capa.indd 1 24/06/16 17:15

Timothy Paul Jones

Traduzido por Luís Aron de Macedo

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 1 21/07/16 13:19

Título do original em inglês: End-Times Prophecy

Preparação dos originais: Cristiane Alves

CDD: 263 - Escatologia

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de

Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos

SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373

Casa Publicadora das Assembleias de Deus

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 2 21/07/16 13:19

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 3 21/07/16 13:19

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 5 21/07/16 13:19

Esses discípulos não foram os primeiros ou os últimos a fazer tais perguntas.

A Profecia da Destruição do Templo em Jerusalém, obra de James Tissot (1886-1894).

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 6 21/07/16 13:19

DOIS ERROS COMUNS E OPOSTOS QUANDO SE ESTUDA O

TENDÊNCIA À ESPECULAÇÃO TENDÊNCIA

A queda na rotina de especulações e A queda na rotina do cinismo desistente

Essas duas possibilidades representam duas valas perigosas em qualquer estudo

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 7 21/07/16 13:19

DE QUE A BÍBLIA REALMENTE TRATA

Quando alguns mestres religiosos interpelaram Jesus sobre suas credenciais

“São”, disse Jesus referente às Escrituras, “elas que de mim testificam.”

As próprias Escrituras, nas quais os mestres religiosos procuravam por vida

Jesus ensinando no templo, obra de James Tissot (1886-1894).

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 8 21/07/16 13:19

regras ou identidades familiares! O Antigo e Novo Testamento versavam (e versam)

O que, então, este livro fornecerá?

y Um conhecimento mais profundo dos profetas e profecias do Antigo

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 9 21/07/16 13:19

Guia Profético para o Fim dos Tempos.indb 10 21/07/16 13:19

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EXEMPLOS DE PREVISÕES DO FIM DOS TEMPOS QUE

2. Um século mais tarde, em meados do século II, um homem

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3. No século IV, um popular líder de igreja chamado Martinho de Tours declarou

4. Um monge chamado Radulfus Glaber, cuja tradução do

5. Em 1534, um padeiro holandês chamado Jan alegou que a nova Jerusalém em

6. Trezentos anos mais tarde, Joseph Smith

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7. Avançamos para o século XX e vemos os mesmos padrões. Em 1987, um

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Koresh adotou a poligamia e alegou que as profecias do fim dos tempos

9. E até nas décadas iniciais do século XXI,

CONTROLAR OS PÉS E A CABEÇA

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R AZÕES PARA ESTUDAR O FIM DOS TEMPOS

1. Os apóstolos de Jesus mandaram que o povo de Deus pesquisasse as

2. Jesus, repetidamente, lembrou os discípulos sobre sua futura chegada

4. No Apocalipse, João registrou esta bênção dita pelos próprios lábios de

FOCANDO NA DIREÇÃO CERTA

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“para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe”

Claro que Deus dará um fim ao mundo

ALFA E ÔMEGA O propósito de Deus não é levar as pessoas para o

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OLHANDO PARA OS ÚLTIMOS DIAS

Porque é precisamente o que as