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ELETRODO

REVESTIDO

SENAI-RJ • Metalurgia
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente

Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN


Augusto Cesar Franco de Alencar
Diretor-geral

Diretoria Regional do SENAI-RJ


Maria Lúcia Telles
Diretora

Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
ELETRODO
REVESTIDO

SENAI-RJ
Rio de Janeiro
2009
Eletrodo Revestido
2009 - 2ª ed. revista

SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação

Gerência de Educação Profissional Regina Helena Malta do


Nascimento Gerência Executiva do CTS Solda Marcos Pereira

FICHA TÉCNICA

Coordenação Vera Regina Costa Abreu

Seleção de Conteúdo Carlos Reis Vilhena (CTS Solda)

Revisão Pedagógica Alda Maria da Glória Lessa Bastos


Revisão Técnica Carlos Alberto Rodrigues Pereira (CTS
Solda) Carlos Alberto Teixeira de Novaes
(CTS Solda) Lívia Maria Amalfi (CTS
Solda)
Colaboração Suely Portugal Villaça (CTS Solda)
Revisão Gramatical e Editorial Raquel Soares Correa

Projeto Gráfico Artae Design & Criação

Editoração SteimanKnorr Designers Associados

Edição revista e atualizada do material Eletrodo Revestido, publicado


pelo SENAI-RJ em 2004. Este material está em consonância com o
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2008.

SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional

Rua Mariz e Barros, 678 –


Tijuca 20270-903 – Rio de
Janeiro
Tel.: (21) 2587-1323
Fax: (21) 2254-2884
mdigep@firjan.org.br
http://www.firjan.org.b
r
Prezado aluno,

Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que,
desse momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional
do país: o SENAI. Há mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de
educação voltada para o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e da formação
profissional de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode
continuar com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você,
além do domínio do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam
decidir com autonomia, proatividade, capacidade de análise, solução de problemas,
avaliação de resultados e propostas de mudanças no processo do trabalho. Você deverá
estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a
cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias
exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando
a necessi- dade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e
instrumentos essenciais à autoaprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de
educação se organizem de forma flexível e ágil, motivo esses que levaram o SENAI a criar
uma estrutura educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria,
estabelecendo uma formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar
continuidade à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infraestrutura
necessária a seu desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da
equipe de educação dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar
cidadãos. Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco


Diretora de Educação
Sumário
APRESENTAÇÃO.........................................................................11
UMA PALAVRA INICIAL................................................................13

1 SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO......................................... 17


Condições de trabalho....................................................19
Equipamentos de proteção individual (EPI)........................19
Cuidados com o circuito de soldagem............................22
Riscos elétricos.............................................................23
Perigos do arco elétrico..................................................26
Ambientes de risco para a soldagem.............................30
Gases técnicos nos processos de soldagem.........................33
Organização do posto de soldagem..............................39
Primeiros socorros.........................................................40
Praticando................................................................41

2 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS À SOLDAGEM................................... 43


Principais processos de soldagem por fusão.......................45
Soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido................47
Terminologia de soldagem..........................................48
Simbologia de soldagem.............................................53

3 ELETROTÉCNICA BÁSICA............................................................67
Introdução...............................................................69
Circuitos..................................................................69
Correntes elétricas.........................................................71
Curvas características................................................73
Tensão de circuito de soldagem...................................76
Comprimento do arco elétrico..........................................77
Praticando................................................................78
4 EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM................................................. 81
Descrição dos equipamentos....................................................... 83
Fontes de corrente para soldagem.............................................. 83
Tipos de ciclos de trabalho................................................................. 90
Exigências para acessórios de soldagem...................................... 92
Manutenção de equipamentos e acessórios......................................95
Praticando.................................................................................... 97

5
METAIS DE BASE E CONSUMÍVEIS................................................... 101
Introdução................................................................................... 103
Considerações sobre a soldabilidade dos aços-carbono....................103
Eletrodos revestidos........................................................................... 105
Praticando.................................................................................... 112

6
DESCONTINUIDADE NA SOLDAGEM................................................. 115
Problemas na soldagem............................................................... 117
Abertura e manutenção do arco elétrico...........................................117
Sopro magnético.......................................................................... 119
Descontinuidades: possíveis causas............................................. 120
Praticando.................................................................................... 125

REFERÊNCIAS..................................................................................... 127
Eletrodo Revestido – Apresentação

Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização
constante. Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais
curtos, trazendo desafios renovados a cada dia, e tendo como consequência para a
educação a necessidade de encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais
busquem atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do
SENAI/RJ incluem-se nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação
profis- sional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar
e aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre
outros aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma
competente.
Este curso de Eletrodo Revestido é, portanto, uma das ofertas do SENAI/RJ para os
profis- sionais que desejam adquirir novos conhecimentos e se manter atualizados, a fim
de enfrentar um mercado de trabalho sempre competitivo e obter êxito.
Para realizar seus estudos, você vai contar sempre com o apoio de professores qualifi-
cados na área de processos de soldagem e também deste material didático. Nele constam
os conteúdos básicos que serão discutidos ao longo do Curso, organizados em seis seções
de estudos, de modo a apresentar leitura agradável e de fácil assimilação. Ao final de cada
seção, você vai encontrar também uma série de atividades, ou seja, exercícios para que
possa rever os conteúdos estudados, saber o que já aprendeu, e tirar suas dúvidas com o
professor. Portanto, a leitura frequente e atenta do material pode ajudar em sua
aprendizagem.
Agora, é só começar. Organize sua rotina de estudo para evitar que outros
compromissos venham a atrapalhar sua presença nas aulas e a leitura do material.
Desejamos sucesso no Curso e também na vida profissional.

SENAI-RJ 11
Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial

Uma palavra inicial

Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que é que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no
trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e
ser- viços necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas
necessidades, precisam usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente
muito frequente- mente decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz
e, principalmente, de como produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente.
Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que
“sobra” de volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários
para produzir bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de
diversos recursos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação
prejudicada pela velo- cidade da extração, superior à capacidade da natureza para se
recompor. É necessário fazer planos de curto e longo prazo para diminuir os impactos que
o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar
com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da
população que vive ao seu redor.
Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é
bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma
grande região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições
ambientais, tornando difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é
importante repetir que, quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam
efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio

SENAI-RJ 13
Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial

ambiente.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a
falha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas
através de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos.
Fabricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos
aterros. Produzir, consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)
são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas
indús- trias não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para
alguns, pode até ser fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e
transformá-los. Mas, da mesma forma que a Terra possui uma capacidade limitada de
produzir recursos renováveis, sua capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de
receber resíduos tóxicos prati- camente não existe.
Ganha força, atualmente, a ideia de que as empresas devem ter procedimentos éticos
que considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer
que se devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que
reduzam o uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação
de recursos é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade,
durabilidade, possibilidade de conserto e vida útil dos produtos.
As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição, como também buscar
novas formas de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o
uso de matérias-primas. Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo
contem- porâneo.
É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta
desafios diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o
futuro, nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais
alternativas são mais desejáveis e trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão as suas práticas
quan- do acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam estes
financeiros, para sua reputação ou para sua segurança.
A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha
de pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar
condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de
bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana
provocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos
pro- dutivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do
trabalho é uma questão que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as
consequências acabam afetando a todos.

14 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Uma palavra inicial

De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no


trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva; de outro, cabe aos em-
pregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso,
fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.
A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um –
trabalhador, patrão e governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas,
capazes de resguardar a segurança de todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio,
e, portanto, é necessário analisá-lo em todas as suas especificidades, para determinar seu
impacto sobre o meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à
segurança dos trabalhadores, propondo alternativas que possam levar à melhoria de
condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países,
em- presas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm
desenvolvendo ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa
saúde. Mas isso ainda não é suficiente... faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é
um valioso recurso que pode e deve ser usado em tal direção. Assim, iniciamos este
material conversando com você sobre meio ambiente, saúde e segurança no trabalho,
lembrando que, no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa
com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: Meio ambiente, saúde e segurança no
trabalho – o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de
nós é responsável. Vamos fazer a nossa parte?

SENAI-RJ 15
Segurança e higiene
no trabalho
Nesta seção...

Condições de trabalho

Equipamentos de proteção individual (EPI)

Cuidados com o circuito de soldagem

Riscos elétricos

Perigos do arco

elétrico

Ambientes de risco para a soldagem

Gases técnicos nos processos de soldagem

Organização do posto de soldagem

Primeiros socorros
Praticando

1
18 SENAI-RJ
Eletrodo Revestido – Segurança e higiene no trabalho

Condições de trabalho
Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das
ativi- dades que precisa desempenhar como um todo e, também, conhecer os riscos
decorrentes da utilização dos equipamentos manuseados para a execução dessas
atividades.
É indispensável, ainda, que esse profissional se preocupe em adotar medidas de
segurança e higiene capazes de minimizar acidentes, e que vão permitir o desempenho de
seu trabalho de forma segura e eficaz.
Por isso, vamos apresentar, nesta seção, uma série de conteúdos relacionados aos
perigos envolvidos na soldagem, descrevendo as principais medidas de segurança e saúde
a serem adotadas para prevenir acidentes e o que deve ser feito caso esses acidentes
ocorram.

Equipamentos de proteção
individual (EPI)
Antes de iniciar os estudos relativos aos riscos de trabalho de soldagem e às medidas
a serem observadas, consideramos importante você conhecer os equipamentos de proteção
individual (EPI) que devem ser usados no desempenho de suas atividades.
Analise, então, a figura que mostra o equipamento próprio de um soldador,
procurando identificar cada uma de suas partes com o auxílio da legenda.

SENAI-RJ 19
7 7

1
6

4 Legenda
1 Avental de raspa de couro 2 Manga de raspa de couro 3 Luvas de raspa de couro 4 Polainas de couro
5 Sapatos de segurança 6 Touca de proteção
Máscara de solda
Óculos de segurança
Gola de raspa de couro
5

Fig. 1

ve ser usado para proteção contra ruídos, quando estes estão acima de 90dB (decibéis). Esse protetor pode ser em forma de cápsu

Vejamos, agora, alguns aspectos importantes relativos à máscara de solda e aos óculos de
segurança, especificamente.
Máscara de solda

Fig. 2

Essa máscara é possível somente para soldagem com eletrodo revestido ou MIG-MAG.
Ela tem um filtro de proteção que é caracterizado por letras e números, como, por exemplo:
filtro 12 A 1 DIN.

Óculos de segurança
Nos casos em que os óculos são utilizados para corte oxiacetilênico, deve-se observar
o número do filtro.
Com vidro normal, os óculos também servem para esmerilhamento.
As diferentes peças do equipamento de proteção individual do soldador têm funções
específicas, como mostra o quadro. Observe.

Peça do EPI Proteção contra


Vestimenta de proteção (de couro) Radiação
Respingos
Sapatos de segurança Respingos
Gotas de metal fundido
Queda de peças
Touca de proteção e/ou capacete Respingos
Gotas de metal fundido
Queda de peças
Óculos de segurança Raios
Respingos
Avental de couro Respingos
Luvas de proteção Escórias quentes
Polainas de couro

Quadro 1
Cuidados com o
circuito de soldagem
Em um circuito de soldagem, a fonte de corrente, os condutores do circuito de
soldagem e a peça devem formar uma unidade, de maneira que fiquem bem à vista do
soldador. As ligações dos cabos do circuito de soldagem devem ser corretamente efetuadas.
Pontes rolantes, carrinhos de transportes, objetos e ferramentas não devem fazer parte do
circuito de soldagem.
A ligação do cabo-obra deve ser feita somente junto à peça que será soldada, em condu-
tores contínuos e com bom contato elétrico. Isso porque a passagem de corrente elétrica sobre
pontos como roldanas, engrenagens, cabos de aço, corrente, mancais e trilhos de ponte rolante
ou guindastes, por exemplo, forma pontos de contato elétrico, produzindo aquecimento, car-
bonização e perda de energia.

Legenda
Mancal
Mancal, cabo de aço, cabo terra do motor
Cabo de aço, roldana 4 Cabo de aço, corrente
3
4
4

Fig. 3

s que conduzem à perda de energia e que podem avariar peças de guindaste (ponte rolante) e estruturas são chamados pontos cr
Riscos elétricos
A intensidade de corrente elétrica que atravessa o corpo humano e a duração da
descarga determinam o tipo de acidente que ela acarreta e que pode ser:
• choque elétrico;
• morte por fibrilação;
• parada cardíaca;
• queimaduras e ferimentos.

Alta periculosidade elétrica


Nos processos de soldagem podem ocorrer perigos bastante sérios, dentre os quais se
encontram aqueles relacionados à eletricidade, como veremos a seguir.

Perigos elétricos em relação ao circuito de soldagem


O circuito de soldagem apresenta locais de alta periculosidade, que você pode conferir
analisando o que mostra cada número da figura e o que explica a legenda.

2
4
1 7

Legenda
3
1 Cabo de solda defeituoso 2 Porta-eletrodo defeituoso 3 Ligação do cabo-obra
Eletrodo
3 Peça
6

Fig. 4
Mesa de soldagem
Ligação na rede defeituosa
No circuito de soldagem, determinadas partes que são submetidas à tensão e que, por
razões técnicas, não podem ser isoladas acabam se constituindo em situações de perigo.
Dessa forma, o soldador deve ficar bem atento para evitar incorporar o circuito elétrico,
acidentando-se seriamente.

Para se proteger de tais perigos, o soldador deve usar o equipamento de pro- teção individual visto anteriormente.

Perigos elétricos em relação aos ambientes


Na soldagem em geral, existe alto risco de acidentes elétricos nos seguintes ambientes:

• confinados, com paredes que podem conduzir a corrente elétrica;


• confinado entre (junto ou sobre) equipamentos, objetos ou partes elétricas;
• muito úmidos ou quentes.

A figura a seguir mostra um trabalho de solda realizado em ambiente confinado entre


(junto ou sobre) partes que podem conduzir a corrente elétrica.

Motor de alimentação de arame Tensão 42V

Fig. 5
Em trabalho de soldagem como este, realizado em ambientes com elevado risco de acidente de natureza elétric
Também é necessário deixar a fonte de corrente sempre do lado de fora do ambiente.

Proteção contra riscos em fontes de corrente


Analise as informações do quadro a seguir, com atenção especial para os valores
estabe- lecidos para baixo risco de acidente elétrico e para alto risco.

Quadro 2
Alterações e reparos na rede elétrica só podem ser efetuados pelo eletricista.
Manutenção e reparos simples relativos à corrente de soldagem são efetuados apenas por soldadores autorizados.
Condutores elétricos precisam ser totalmente isolados.

Perigos do arco elétrico


O arco elétrico oferece perigos que são ocasionados, principalmente, pelas radiações
que emite durante a soldagem e pelas substâncias poluentes que libera.
Vamos analisar cada uma dessas situações.

Perigos de radiação
O arco elétrico emite radiações visíveis e invisíveis, como as radiações
infravermelhas e ultravioleta, que são perigosas para o homem. Todas elas podem causar
queimaduras na pele e danos para os olhos, com prejuízos para a visão, como você pode
ver neste esquema.

Radiação colorífica Radiação luminosa (infravermelho)


Radiação luminosa (ultravioleta)

Escurecimento Lesão nos olhos, como queimaduras pelos raios do arco elétrico
Cegueira

Fig. 6
O soldador deve proteger-se dos perigos ocasionados pelas radiações emiti- das pelo arco elétrico usando equi

Proteção dos olhos contra as radiações

Os olhos devem ser cuidadosamente protegidos contra os efeitos danosos do arco elétrico,
com o uso de filtros de proteção, conforme estabelecido pela norma DIN 4647.
Os filtros de proteção utilizados na soldagem a arco elétrico têm os níveis de
caracterização de segurança determinados pela seguinte escala:

8 9 10 11 12
Claro Escuro

filtros de proteção para soldagem a arco elétrico são referidos por um conjunto de letras e números, cada qual indicando uma pro
a, por exemplo, o que indica cada um dos elementos que compõem a referência do filtro 10 A 1DIN.
1DIN

Nível de segurança Símbolo do fabricante Qualidade ótica


Norma

A escolha do filtro de proteção


Os dois quadros a seguir apresentam as especificações que devem ser levadas em
conta na escolha de um filtro de proteção para os olhos em várias operações. Analise-os
com bastante atenção, observando que o primeiro quadro refere-se à soldagem a arco
elétrico e o segundo, à soldagem e corte oxiacetilênico.
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO

Operação Diâmetro do Corrente de Filtro para Filtro


eletrodo (mm) soldagem proteção mínima sugerido
(A)
Eletrodo < 2,5 < 60 7 _
revestido 2,5 - 4,0 60 - 160 8 10
4,0 - 6,1 >160 - 250 8 12
6,1 250 - 550 11 14

Goivagem < 500 10 12


500 - 1.000 11 14
Quadro 3

CORTE OXIACETILÊNICO

Operação Espessura da chapa (mm) Filtro sugerido

Corte Leve < 25,4 3 ou 4


oxiacetilênico Médio 25 - 150 4 ou 5
Pesado > 150 5 ou 6

Quadro 4

m que seja muito escuro, para se ver a zona de solda. Em seguida, experimentar filtros mais claros, até que você consiga ver suficie
a de alta intensidade, sendo desejável usar filtros que absorvam este tipo de radiação.
Substâncias poluentes
As elevadas temperaturas na região do arco elétrico ocasionam a queima e a
volatilização de certa quantidade do consumível, fluxo e camadas protetoras do metal de
base, os quais podem conter substâncias poluentes, como mostra o esquema.

Gases
não tóxico enjoo e náuseas

Fumaças
tóxico enjoo e envenenamento

Vapores

Fig. 7

Devido a essas substâncias poluentes liberadas na soldagem, é necessário garantir pro-


teção adequada, promovendo-se a renovação do ar. Essa renovação pode se dar de diferentes
maneiras, de acordo com o ambiente em que a soldagem se realiza.
Observe o quadro.

POSSIBILIDADES DE RENOVAÇÃO DO AR CASOS DE UTILIZAÇÃO


Ar natural Em ambientes suficientemente grandes
Exaustão móvel Em ambientes pequenos de trabalho,
Exaustão com sistema tubular flexível ou em locais fixos de soldagem, ou,
Exaustão com instalação fixa, ainda, na soldagem de materiais com
utilizando coifas ou exaustão de mesa camadas anticorrosivas ou com
impurezas
Máscara de respiração Em ambiente com ventilação insuficiente
Quadro 5
Ambientes de risco para a
soldagem
Trabalhos de soldagem realizados em ambientes fechados ou confinados oferecem
maiores possibilidades de risco, necessitando, portanto, de cuidados especiais.
Vejamos cada caso.

Soldagem em ambientes fechados


Observando, com atenção, os ambientes da figura, você vai perceber que eles
apresentam vários riscos para um trabalho de soldagem, devido às chamas, faíscas ou
radiação térmica que ocorrem nesse processo.

Local de soldagem: risco de queda de faíscas e escória

Tanque de óleo

Pano de limpeza

Óleo Papéis velhos

Fig. 8
Devido aos possíveis riscos destacados na figura, a realização da soldagem nesses
ambien- tes fechados necessita de uma série de cuidados especiais, como mostra esta outra
figura.

Local de soldagem

Tanque de óleo

Areia

Fig. 9

Agora, compare esta figura com a anterior, procurando identificar os cuidados


adotados nestes ambientes. Perceba, por exemplo, o que foi feito com o tapete, as portas,
as aberturas nas paredes, o óleo do chão etc.
Concluímos, assim, que algumas medidas de prevenção devem ser adotadas antes e
du- rante os trabalhos de soldagem.
Medidas de prevenção antes de iniciar a soldagem
• Observar o local de trabalho, de modo a evitar ruptura na parede ou no piso;
abertura e frestas, gases e materiais inflamáveis.
• Afastar ou cobrir materiais inflamáveis presentes no local de soldagem e próximos a ele.

Medidas de prevenção durante a soldagem


• Prover o local de trabalho com meios de combate a incêndios, como, por exemplo,
extintor de incêndio ou areia.

Soldagem e corte em
recipientes em ambientes
confinados
Observe a realização de uma atividade desse tipo.

Ventilação

Exaustor
Filtro
Fig. 10

Os riscos possíveis de ocorrer na soldagem e corte de recipientes em ambientes


confinados são: intoxicação, incêndio e explosão, devido aos gases, fumaças, vapores,
misturas explosivas, corrente elétrica e raios.
Por isso, é necessário adotar uma série de medidas em diferentes momentos da
realização da soldagem.
Antes do trabalho
• Instalar a exaustão; preparar o piso isolante; posicionar a fonte de corrente elétrica
fora do local de trabalho.
• Usar iluminação e máquinas elétricas de, no máximo, 42V.

Durante o trabalho
• Renovar o ar, procurando trabalhar sempre sob permanente atenção.
• Afastar o maçarico e a mangueira; acender o maçarico.

Durante a pausa de trabalho


• Acender e apagar os maçaricos de solda e de corte somente fora do local de trabalho.

Após o trabalho
• Afastar os equipamentos de solda.

Gases técnicos nos processos


de soldagem
Vários tipos de gases são utilizados na técnica de soldagem. Esses gases são
armazenados em diferentes estados, em cilindros de alta pressão, cuja construção obedece
a exigências im- postas por normas específicas. Os cilindros de gases exigem cuidados
especiais de manipulação, de modo a evitar danos, dentre os quais se destacam os
incêndios.
É sobre isso que falaremos neste item.

Gases técnicos
Você pode ver, no quadro que se segue, vários tipos de gases que são empregados nos
processos de soldagem e corte. Analise-o cuidadosamente, em especial nas linhas
referentes a consumo, emprego e riscos desses gases.
Tipo de gás Oxigênio Acetileno Mistura CO2 Argônio Mistura Propano
N2/H2
Cor de Preta Vermelha Marrom/ Marrom/ Marrom
identificação Amarela Cinza

Combinação O2 C2H2 Ar + O2 CO2 Ar N2 + H 2 C3H8


Ar + CO2
Ar+ CO2 + O2

Peso em Mais pesado Mais leve Mais leve Mais pesado Mais pesado Mais leve Mais pesado
relação ao ar

Consumo Cilindro Limitado Cilindro Congelamento, Limitado Limitado Cilindro


coberto com coberto por no caso de coberto com
camada de uma camada consumo uma camada
gelo, no caso de gelo, no excessivo de gelo, no
de consumo caso de caso de
excessivo consumo consumo
excessivo excessivo

Emprego Gás Gás Gás de Gás de Gás de Gás de pro- Gás


comburente combustível proteção proteção proteção teção para a combustível
raiz

Riscos O aumento da Explosivo Asfixia Asfixia Asfixia Asfixia devido Explosivo


quantidade no em devido ao devido ao devido ao ao desloca- entre 2,12% e
ar aumenta a quantidades desloca- desloca- desloca- mento do ar 9,39% de
velocidade de acima de mento do ar mento do ar mento do ar puro: combus- vol. no ar
queima 2,4% de vol. puro puro puro tível acima de Asfixia devido
Proibida a em ar 10 vol. de H2 ao desloca-
presença mento do ar
de óleo e puro
de gordura
Quadr o 6

Danos em cilindros de
oxigênio e de acetileno
As causas dos danos, inclusive dos incêndios que ocorrem em cilindros de oxigênio e
aceti- leno, bem como o efeito que acarretam e os procedimentos a serem adotados nestas
situações, você pode conhecer agora, analisando o próximo quadro.
OXIGÊNIO ACETILENO
Óleo ou graxa; superaquecimento do Queima de acetileno na válvula ou no
cilindro; junta de vedação inadequada regulador
Causa (derivada de couro) em contato com Superaquecimento externo
pressão e oxigênio; retenção de calor
devido à abertura muito rápida do
cilindro

Chama longa e quente de 2 a 3 metros Liberação de fumaça negra,


Efeito de comprimento; fusão da válvula e superaquecimento do cilindro
do regulador; deslocamento do cilindro A decomposição do acetileno
em grande velocidade pode causar explosão do cilindro

Dependendo da possibilidade, fechar Fechar a válvula do cilindro


Procedimento imediatamente a válvula do cilindro Resfriar com um cobertor e muita
água Procurar os bombeiros
Em caso de necessidade, evacuar e
isolar a área
Quadro 7

O escape de gases combustíveis produz misturas de gases explosivas.

Manipulação dos cilindros para soldagem e


corte a gás
Nos diversos itens que se seguem, as figuras mostram o modo correto de manipular os
cilin- dros empregados na soldagem e no corte a gás, e que deve ser observado por todo
soldador.
Analise cada item, procurando perceber os cuidados destacados.

Transporte por carrinho

Fig. 11
Fixação dos cilindros e instalação dos reguladores

Fig. 12

Guarda das mangueiras

Fig. 13

Abertura do cilindro com manômetro despressurizado

Fig. 14
União das mangueiras

Fig. 15

Regulagem da pressão de trabalho

Fig. 16

Verificação de vazamentos

Fig. 17
Proteção térmica para os cilindros

Fig. 18

Forma de combate a incêndio no regulador

Fig. 19

Proteção da mangueira em via de acesso

Fig. 20
Organização do posto de
soldagem
O posto de soldagem deve estar organizado de modo que as ferramentas fiquem
dispostas em locais seguros, para receber a peça a ser soldada.
Observe, na figura, como as ferramentas e os equipamentos foram organizados no
posto de soldagem.

Legenda
Fixador regulável
2 Exaustão
Bancada de solda
Paredes de proteção
Ferramentas (tenaz de ferreiro, escova de aço e picadeira)
Banco
Local de fixação do cabo-obra
4 Cortina

8
3
1

7
6

Fig. 21

O fixador regulável é empregado para fixação da peça a ser soldada.


O exaustor tem a função de retirar gases, fumaças e vapores.
As paredes para proteção contra o arco elétrico devem ser pintadas com tinta que não reflita o arco elétrico.
Primeiros socorros
Os primeiros socorros são geralmente prestados ao soldador no próprio local de seu
tra- balho. Mas é importante você saber que esse atendimento imediato não substitui os
cuidados médicos. Assim, logo após os primeiros socorros, e tão logo seja possível, devem
ser tomadas providências para que o trabalhador seja assistido por um médico.
Vejamos, então, alguns casos em que é possível adotar medidas imediatas no próprio
local do acidente e que medidas são essas.

Ferimentos
• Desinfetar e cobrir a ferida. No caso de sangramento forte, pressionar a atadura
contra o ferimento. Não remover os feridos.

Olhos
• No caso de cegueira momentânea, utilizar o colírio adequado.
• Nas lesões, deve-se cobrir ambos os olhos.
• Em situações de ataque por ácido, lavar com muita água e não utilizar água boricada.

Queimaduras
• Lavar a parte afetada com água fria até que a dor passe. Utilizar material esterilizado
para atar a ferida. Não utilizar cremes contra queimaduras.

Intoxicação com gases ou fumaça


• Transferir o acidentado para local arejado. No caso de intoxicação por gases nítricos,
car- regar o acidentado até o médico, não permitindo que ele caminhe por conta
própria.

Acidentes causados pela corrente elétrica


• Desligar com cuidado a fonte de corrente, quando não for possível retirar o acidentado
do local da ocorrência.

Parada cardíaca e respiratória


• Tomar medidas para a reativação do sistema respiratório e cardíaco até a chegada do
médico.
Ao encaminhar o trabalhador para o atendimento médico, depois de prestar os primeiros socorros, lembre-se d

Praticando
Em cada item que segue, assinale com um X a alternativa que responde corretamente
à pergunta.

1. O que não deve ser usado para ventilar um posto de soldagem?


( ) Ventilador.

( ) Exaustão.

( ) Oxigênio.

( ) Ar comprimido.

2. Que significa a letra S na máquina de solda?


( ) Máquina com fusível à prova de curto-circuito.

( ) Tomada para lâmpada com pequena voltagem (12V).

( ) Máquina de solda para trabalhos em áreas confinadas.

( ) Máquina de solda com carcaça de plástico.

3. Que consequência acarreta a fixação incorreta do cabo-obra no local da soldagem? (


) O sopro magnético no arco elétrico é grande.

( ) A velocidade do arame é pequena.

( ) A direção do arco é muito grande.

( ) Produz aquecimento nos pontos de contato elétrico.


4. Que objeto não pertence à proteção individual do soldador?
( ) Touca de proteção.

( ) Casaco de proteção. (

) Luvas de cano longo.

( ) Uniforme normal.

5. Que filtro se deve usar na soldagem a arco elétrico?


( ) Nº 6.

( ) Nº 5.

( ) Nº 4.

( ) Nº 12.

6. Por que o soldador a arco elétrico deve utilizar, durante a soldagem, luvas sem
partes metálicas?
( ) Para proteger a pele contra raios e respingos.

( ) Para evitar umidade no eletrodo, devida à soldagem.

( ) Para evitar riscos devido à corrente elétrica, no momento da troca de eletrodos. ( )

Para evitar o contato manual com o porta-eletrodo.

7. Que tipo de radiação não ocorre na soldagem a arco


elétrico? ( ) Ultravioleta.

( ) Raios X.

( ) Raios luminosos.

( ) Infravermelho.
Aspectos introdutórios
à soldagem
Nesta seção...

Principais processos de soldagem por fusão

Soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido

Terminologia de soldagem

Simbologia de soldagem

2
Eletrodo Revestido – Aspectos introdutórios à soldagem

Principais processos de
soldagem por fusão
Apesar de este material destinar-se a cursos de formação de profissionais em
soldagem com eletrodo revestido, consideramos importante você ter uma visão dos
principais proces- sos de soldagem por fusão, como também conhecer a terminologia
básica empregada nesses processos.
Esses assuntos são fundamentais para você exercer as funções de soldador e,
certamente, irão ajudá-lo bastante no estudo dos demais conteúdos tratados nas seções
seguintes.
Nos processos de soldagem por fusão, são unidos materiais semelhantes ou, então,
ligas diferentes no estado líquido.
Veja quais são os principais processos de soldagem por fusão, analisando atentamente
cada figura.

Soldagem a gás

Vareta para soldagem a gás

Efeito térmico

Fig. 1

SENAI-RJ 45
Eletrodo revestido

Eletrodo

Fig. 2

TIG (Tungsten Inert Gas)

Fig. 3

MIG (Metal Inert Gas) e MAG (Metal Active Gas)

Fig. 4
Soldagem a arco elétrico com
eletrodo revestido
Observe esta figura com bastante atenção, pois ela mostra, com mais detalhes, o pro-
cesso que vamos aprofundar neste material, ou seja, a soldagem a arco elétrico com
eletrodo revestido.

1
2

3 5

4
7 8

Legenda 10
Ligação da rede
Fonte de corrente
Cabo de solda (eletrodo) 4 Cabo-obra (peça)
11
Porta-eletrodo
Eletrodo
Grampo de cabo-obra 8 Peça 13 14 15
Arco elétrico 12
Alma do eletrodo
Revestimento do eletrodo
Transferência do metal de solda
Atmosfera protetora gasosa proveniente do revestimento do eletrodo
Escória líquida
Escória sólida
Zona de fusão no estado líquido 17 Zona de fusão solidificada

8
9 16 17

Fig. 5
•Campo de aplicação da soldagem a soldagem de juntas em todas as
arco elétrico com eletrodo revestido posições e revestimentos.
•Materiais
aços não ligados, de baixa e alta
liga, assim como ferros fundidos.
•Espessura do material a partir de cerca de 3mm.

Terminologia de soldagem
Nos itens que se seguem você vai encontrar a terminologia normalmente empregada
nos serviços de soldagem em relação aos tipos de juntas, aos tipos de chanfros para juntas
de topo e às posições de soldagem.
Conheça essa terminologia e analise a figura correspondente a cada uma delas.

Terminologia relativa aos tipos de juntas

Junta de topo

Fig. 6

Junta de ângulo em L

Fig. 7
Junta de ângulo em T

Fig. 8

Junta sobreposta

Fig. 9

Junta de aresta

0º – 30º
Fig. 10

Terminologia relativa aos tipos de


chanfros para juntas de topo
Sem chanfro

Fig. 11
Com chanfro em V Com chanfro em X
(simétrico ou assimétrico)

Fig. 12 Fig. 13

Com chanfro em K Com chanfro em meio V


(simétrico ou assimétrico)

Fig. 14 Fig. 15

Com chanfro em U Com chanfro em J

Fig. 16 Fig. 17

Com chanfro em duplo U Com chanfro em duplo J


(simétrico ou assimétrico)

Fig. 18 Fig. 19
Terminologia relativa às posições de soldagem

Essa terminologia obedece às disposições constantes da Norma AWS A 2.1.

· Posição plana

1G
1F Fig. 21
Fig. 20

· Posição horizontal

2F 2G
Fig. 22 Fig. 23

· Posição vertical

3F 3G
Fig. 24 Fig. 25
· Posição sobrecabeça

4F
4G
Fig. 26
Fig. 27

· Posição fixa obrigatória

5F 5G
Fig. 28 Fig. 29

6G

Fig. 30
Simbologia de soldagem
É uma forma de representar, no próprio desenho do equipamento, dados específicos
de soldagem.
A simbologia da soldagem tem por finalidade, dentre outras coisas, facilitar ao
inspetor de Ensaios Não Destrutivos (END) a localização, no equipamento, da região a ser
examinada e o conhecimento de alguns dados sobre a geometria da junta.
Observe os seguintes símbolos:

Vamos examinar, agora, as partes dos símbolos de soldagem que você necessita conhecer.

SETA é a parte do símbolo que aponta para a solda


sobre a qual se deseja dar informações.

LINHA DE REFERÊNCIA é o traço horizontal em que a maioria das in-


formações para a soldagem é colocada
(acima ou logo abaixo da linha).

SETA QUEBRADA é a parte do símbolo que indica que um


único membro da junta deverá ser
chanfrado. Neste caso, a seta sempre aponta
para o elemento que será chanfrado.

CAUDA é a representação do símbolo que vem


indicada junto à linha de referência com as
informações particulares sobre a solda, tais
como a iden- tificação da especificação do
procedimento de soldagem ou a sigla que
identifique o pro- cesso de soldagem. Este
símbolo poderá ser omitido, quando não
houver informação para ser indicada.
BANDEIRINH é a parte do símbolo que indica que a sol-
A
dagem deve ser feita no campo, ou seja, no
local em que o equipamento será instalado.

A bandeirinha deve ser colocada sempre no


encontro da seta com a linha de referência;

e no sentido oposto à seta.

CÍRCULO é a parte do símbolo colocada no encontro


da linha de referência com a seta, indicando
que a soldagem é efetuada em toda a volta
ou contorno, na região que une as peças.

Exemplos:
Observações genéricas sobre a representação gráfica
dos tipos de chanfro
Representação gráfica localizada abaixo da linha de referência
Quando a representação gráfica está localizada abaixo da linha de referência, significa
que o chanfro está do lado da junta para o qual a seta aponta.
Examine as ilustrações a seguir.

Representação real da solda Representação esquemática da junta


com símbolo de soldagem

Lado Lad
Lado B oA
B Lado
A
Lado Lado
B A

Representação gráfica localizada acima da linha de referência


Quando a representação gráfica está localizada acima da linha de referência, significa
que o chanfro está do lado oposto àquele para o qual a seta aponta.
Isto é o que você pode examinar nas ilustrações a seguir.

Representação real da solda Representação esquemática da junta


com símbolo de soldagem

Lado Lad
B oA
Lado Lado
A A Lado Lado
B A
Representação gráfica localizada acima e abaixo da
linha de referência
Uma representação gráfica pode estar indicada, simultaneamente, acima e abaixo da
linha de referência. Quando isso acontece, significa que a junta possui chanfro duplo em
uma das partes ou nas duas.

Representação real da solda Representação esquemática da junta


com símbolo de soldagem

Lado Lad
Lado B oA Lado
A A Lado Lado
B A

Quando a representação gráfica se apresenta com a seta quebrada, é preciso observar


que a parte apontada pela seta deve ser obrigatoriamente biselada. E, consequentemente, a
outra parte possuirá chanfro reto.

Representação real da solda Representação esquemática da junta


com símbolo de soldagem

Lado Lad
Lado Lado
B oA
A A
Lado Lado
B A
Representação gráfica do tipo de chanfro da junta
O tipo de chanfro da junta é indicado por uma representação gráfica localizada junto à
linha de referência, na região média, acima ou abaixo da linha.
Observe, inicialmente, a posição onde deverá ser colocado o símbolo que identifica o
tipo de chanfro.

Os tipos de chanfro são:


• chanfro reto
• chanfro em V
• chanfro em X
• chanfro em meio V
• chanfro em K
• chanfro em U
• chanfro em duplo U
• chanfro em J
• chanfro em duplo J

Chanfro reto com solda somente por um lado


Representado pelo símbolo , colocado acima ou abaixo da linha de referência.

Solda desejadaSímbolo

Solda desejadaSímbolo
Solda desejadaSímbolo

Solda desejadaSímbolo

Chanfro reto com solda por ambos os lados


Representado pelo símbolo , colocado atravessando a linha de referência.

Solda desejadaSímbolo

Solda desejadaSímbolo
Chanfro em V e X
No caso de juntas com chanfros simples (V) ou chanfro duplo (X), a falta de
indicação da profundidade do chanfro significa que a solda deve ter penetração total.

Solda desejadaChanfro em V do lado da seta

Solda desejadaChanfro em V do lado oposto à seta

Solda desejadaChanfro em X

Chanfro em meio V e K

Solda desejadaChanfro em meio V do lado da seta

Solda desejada Chanfro em meio V do lado oposto à seta


(como a seta não está quebrada, o bisel poderia estar no membro da direita)
Solda desejadaChanfro em K

Chanfro em U e duplo U

Solda desejadaChanfro em U do lado da seta

Solda desejadaChanfro em U do lado oposto à seta

Solda desejadaChanfro em duplo U

Chanfro em J e duplo J

Solda desejadaChanfro em J do lado da seta


Solda desejada Chanfro em J do lado oposto à seta
(como a seta não está quebrada, o bisel poderia estar no membro da direita)

Solda desejadaChanfro em duplo J

Normalmente, os símbolos de soldagem são associados a uma representação


esquemática de solda.

Observe os exemplos a seguir.

Exemplo 1

Junta preparada Junta soldada Representação esquemática da solda com


símbolo de soldagem

Exemplo 2

Junta preparada Junta soldada


Representação esquemática da junta com parte do símbolo de soldagem

Por esta representação, concluímos que o membro A do conjunto deverá ser, obrigatoria-
mente, chanfrado.
Exemplo 3

Junta preparada Junta soldada


Representação esquemática da junta com parte do símbolo de soldagem

Neste exemplo não há obrigatoriedade de que o chanfro seja na parte B. Poderia ser na
parte A, pois a seta não é quebrada.

Exemplo 4

EPS 29 A

Nesta representação, a informação contida na cauda (EPS) identifica o número da espe-


cificação do procedimento de soldagem utilizado.

Representação gráfica da abertura da


raiz e do ângulo do chanfro
Observe, na ilustração a seguir, a localização das letras A e R.

AR

No lugar onde aparece a letra R, deve ser colocado o número, em milímetros, que
indica a abertura da raiz. Então, R representa a abertura da raiz.
No lugar onde aparece a letra A, deve ser colocado o número, em graus, que indica o ân-
gulo do chanfro.
A indicação deve vir sempre dentro da representação gráfica do tipo de chanfro.

Solda desejada Representação gráfica do ângulo


do chanfro e abertura da raiz

Solda com abertura


de raiz de 3mm

3
3

60º
Solda com ângulo
60º de 60º

60º
Solda com abertura
de raiz de
2mm e de ângulos
2 de 60º e 45º
60º
45º 2

2
45º

Representação gráfica da profundidade de preparação


do chanfro e garganta efetiva
Observe, na ilustração, as letras S e E à esquerda da representação gráfica do tipo de
chanfro.

SE

No local da letra S, coloca-se o número, em milímetros, que indica a profundidade do


chan- fro, e no local da letra E, coloca-se o número, em milímetros, que indica a garganta
efetiva.
Exemplo 1

Solda desejada Representação gráfica

5 (8)

8 5 Solda com profundidade


de chanfro de 5mm E

Exemplo 2

Solda desejada Representação gráfica

8(10) Solda com profundidade


10 8(10) de chanfro de 8mm E
8

10 8

Representação gráfica de solda em ângulo


Para indicar o tipo de solda, coloca-se uma representação gráfica acima ou abaixo da
linha de referência na sua região média.
Aqui, trataremos, apenas, do tipo de solda em ângulo. Os outros tipos ou não têm repre-
sentação gráfica própria ou não têm maior importância para o inspetor de END.

Observe alguns exemplos de representação de solda em ângulo.

Solda desejada Representação da solda em ângulo, no lado da seta


Solda desejada Representação da solda em ângulo, no lado oposto à seta

Solda desejada Representação da solda em ângulo, em ambos os lados

Representação da perna da solda


A indicação do tamanho da perna da solda em ângulo é feita com o registro de um
número, em milímetros, colocado à esquerda da representação gráfica da solda.
Observe o exemplo:

Solda desejada Representação da solda em ângulo com perna de 6mm

Obs.: Para soldas com pernas desiguais, as dimensões devem ser indicadas do lado es-
querdo do símbolo e entre parênteses, conforme figura a seguir. A orientação da solda deve
ser mostrada no desenho, quando necessária.
(6x8)
6 (6x8)

Solda desejada
Representação gráfica da solda em ângulo comRepresentação
pernas de 6mmgráfica
e 8mmda solda em ângulo com pernas específicas
de 6mm e 8mm
Eletrotécnica básica

Nesta seção...

Introdução

Circuitos

Correntes elétricas

Curvas características

Tensão de circuito de soldagem

Comprimento do arco elétrico

Praticando

3
Eletrodo Revestido – Eletrotécnica básica

Introdução
O profissional de soldagem não precisa ter conhecimentos profundos de eletrotécnica,
porém é fundamental que compreenda alguns conceitos básicos dessa área, a fim de poder
manusear os equipamentos de soldagem com eletrodo revestido de forma correta e com se-
gurança.
Esta seção apresenta os termos técnicos indispensáveis à compreensão da eletrotécnica
aplicada à soldagem manual a arco elétrico com eletrodo revestido e os tipos de corrente de
alimentação da rede, bem como as curvas características do arco elétrico.

Circuitos
Com base na comparação entre as Figuras 1 e 2, bem como nas informações contidas
no quadro a seguir apresentado, é possível ter uma visão clara acerca do funcionamento
dos circuitos elétricos e hidráulicos. Vamos conferir?

Circuito elétrico Circuito hidráulico


Intensidade da corrente Resistência

A bomba produz pressão

A fonte de corrente elétrica produz tensão

Volume circulante
Resistência

Fig. 1 Fig. 2

SENAI-RJ 69
Grandeza
Símbolo Unidade
Hidráulica Elétrica

Pressão Tensão V V (volt)


Volume circulante Intensidade da corrente I A (ampere)
Oposição ao fluxo Resistência elétrica R Ω (ohm)

Quadro 1

Para estabelecer a intensidade da corrente, utiliza-se a Lei de Ohm:

Intensidade de corrente = Tensão ou I=V ou V = R • I


Resistência R

Dando continuidade ao nosso estudo sobre circuito, apresentamos a seguir uma


síntese de suas principais características, especialmente aquelas relacionadas à tensão, à
corrente e à resistência.

Circuito elétrico
No circuito elétrico, a força motriz da corrente elétrica é obtida sob a forma de tensão
(V), por meio da fonte de corrente elétrica, em volt (V).
A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons no condutor elétrico. A
intensidade de corrente I, em ampere (A), é equivalente ao número de elétrons que passa
por um condutor em um dado intervalo de tempo. Ela cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), em ohm, é obtida por meio de um condutor elétrico com
baixo valor de condutividade elétrica, como é o caso do arco elétrico.
Todos os tipos de resistência elétrica provocam queda na intensidade de corrente.

Circuito de soldagem
O arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, determinando os
valores da corrente de soldagem e da tensão do arco elétrico.
Nos cabos de solda encontram-se resistências de valores muito pequenos.
Circuito hidráulico
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da bomba. O
volume circulante é o fluxo no tubo condutor. Ele cresce com o aumento da pressão.
O estreitamento obtido por meio de um registro de água e todas as outras resistências
relativas à tubulação reduzem o fluxo de água, aumentando a pressão.

Correntes elétricas
Será que toda corrente elétrica flui no mesmo sentido e possui força igual?
Nos itens que seguem você vai encontrar informações que ajudam a esclarecer essa
per- gunta. Siga em frente!

Tipos de corrente
Agora, analise três tipos de correntes apresentados, para conhecer suas principais
carac- terísticas e uso mais frequente.

Corrente contínua (CC)


É uma corrente elétrica que flui no mesmo sentido e, normalmente, com a mesma força.
Para certos processos de soldagem a arco elétrico, somente esse tipo de corrente pode
ser utilizado. Por isso, ela é muito importante.

Corrente alternada (CA)


Trata-se de uma corrente elétrica que alterna permanentemente sua direção e força. No
que se refere à sua direção, ela muda com a frequência 120 vezes por segundo; isso
significa 60 períodos ou ciclos por segundo, chamados tecnicamente de 60HZ (hertz).

Corrente alternada trifásica


É uma corrente elétrica formada por três ondas defasadas de corrente alternada de 60HZ
(hertz).
A corrente contínua não é, praticamente, usada no consumo público.
A corrente alternada, ao contrário da contínua, é largamente utilizada no consumo público, com voltagem de 12
A corrente alternada trifásica é usada, principalmente, no abastecimento de rede elétrica, em que são ligados ap

Princípio de funcionamento

Os gráficos a seguir mostram como ocorrem as correntes estudadas. Analise-os com


atenção.

Princípio da corrente alternada retificada

CORRENTE ALTERNADA
Tensão em volt

Tempo

Gráfico 1

CORRENTE ALTERNADA PARA CORRENTE CONTÍNUA


Tensão em volt

Ondulação grande

Tempo

Gráfico 2
Princípio da corrente alternada trifásica

Tensão em volt

Tempo

Gráfico 3
Tensão em volt

Ondulação pequena
Tempo

Gráfico 4

Quanto menor for a ondulação da corrente, melhores serão as condições durante a soldagem.

Curvas características
Tanto o arco elétrico como as fontes de corrente apresentam curvas características,
cujas propriedades serão explicadas através de exemplo e gráficos. Confira!

Arco elétrico
Observe a Lei de Ohm, ou seja:

V = R •I ou V

R I
Agora, vamos aplicá-la ao exemplo seguinte.
Ao atribuir um determinado valor para a resistência R (0,2, no caso), e variando a
inten- sidade da corrente (I), calcula-se a tensão (V). Portanto:
V = R •I
V = 0,2 . 100 = 20 volt
V = 0,2 . 200 = 40 volt
V = 0,2 . 300 = 60 volt

Esse mesmo exemplo pode ser também representado por um diagrama V • I, conforme o
gráfico a seguir.

V em volt

Linha representativa da resistência

I em ampere

Gráfico 5

linha da resistência apresenta-se como uma linha reta. Considerando-se a resistência do arco elétrico, essa reta é a linha caracte-

Fontes de corrente
São de dois tipos: tombante e de tensão constante. Vejamos como se apresentam.

Curvas tombantes (corrente constante)


Em soldagem manual a arco elétrico (eletrodo revestido e TIG), as curvas
características apresentam-se com acentuada inclinação, conforme você pode observar no
gráfico a seguir.
V em volt

Curva característica da fonte da corrente

Curvas características para:

arco longo

V arco curto

I em ampere
I
Gráfico 6

tipo de curva apresenta a seguinte vantagem: tanto para arcos curtos quanto para longos, a variação da intensidade da corrente é p

Curvas de tensão constante


Em processos de soldagem automáticos ou semiautomáticos (MIG/MAG e arco
submerso), a curva característica da fonte de corrente apresenta-se com pequena
inclinação, isto é, com valor de tensão quase constante, de acordo com o gráfico a seguir.

V em volt

Curva característica da fonte da corrente

Curvas características para: arco longo

V arco curto

I em ampere
I
Gráfico 7
Curvas de tensão constante também apresentam vantagens, ou seja, a variação da intensidade da corrente para arc
No consumo público, a corrente contínua praticamente não é usada. Em seu lugar, usa-se a corrente alternada, sen

Tensão de circuito de soldagem


As figuras a seguir servem para nos ajudar a compreender as variações de tensão de tra-
balho e de intensidade de corrente. Observe atentamente as fases que ela apresenta.

CIRCUITO ABERTO

Tensão V: máxima Intensidade de corrente I: zero


Fig. 3

CURTO-CIRCUITO
(momento de abertura do arco)

Tensão V: quase 0V Intensidade de corrente I: muito alta

Fig. 4

DURANTE A SOLDAGEM

Tensão de trabalho está


relacionada com 1. Na Intensidade de corrente I:
maioria dos casos, entre 20V oscila em torno de um valor fixado,
e 30V em função do comprimento do arco

Fig. 5
Comprimento do arco elétrico
Agora, verifique nas figuras apresentadas a seguir como a variação do comprimento
do arco elétrico altera a tensão de trabalho.

Comprimento de arco normal

Fig. 6

Comprimento de arco longo

Fig. 7

Comprimento de arco curto

Fig. 8
É importante destacar ainda que o comprimento a do arco elétrico, ou seja, a distância
entre o eletrodo e a peça, deve ser:
• no caso de eletrodos revestidos, com revestimento do tipo rutílico e celulósico = 1 x d; e
• no caso de eletrodos revestidos, com revestimento do tipo básico = 0,5 x d, onde d é o
diâmetro do eletrodo.

o muito longo induz à falta de penetração, intensifica o sopro magnético e pode provocar poros no cordão de solda, no caso de el

Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.

1. Volt é a unidade elétrica para medida de qual


grandeza? ( ) Tensão
( ) Corrente
( ) Resistência
( ) Potência

2. Como se representa a Lei de Ohm?

()I=R.V

( ) V= R
I
( ) I= V
R
()R=V I.
3. Que tipo de curva característica de fonte de corrente tem a máquina para soldar com
eletrodo revestido?
( ) Curva ascendente
( ) Curva tombante
( ) Curva constante
( ) Curva plana

4. Que acontece com a corrente e a tensão quando, na soldagem, se encurta o compri-


mento do arco?
( ) A corrente aumenta e a tensão diminui.
( ) A tensão aumenta e não há corrente.
( ) A tensão aumenta e a corrente também é maior.
( ) A tensão falta e a corrente também inexiste.

5. O comprimento normal para o arco elétrico é proporcional ao diâmetro do núcleo me-


tálico de um eletrodo revestido. Qual deve ser essa proporção, para um eletrodo com
revestimento do tipo rutílico?
( ) 0,5 diâmetro do eletrodo (
) 1 diâmetro do eletrodo
( ) 1,5 diâmetro do eletrodo (
) 2 diâmetros do eletrodo

6. Na soldagem em posições difíceis, deve-se usar arco curto. Neste caso, qual a
conse- quência na tensão de arco?
( ) A tensão diminui.
( ) A tensão não se modifica.
( ) A tensão aumenta.
( ) A tensão é igual a zero.
Equipamentos para soldagem

Nesta seção...

Descrição dos equipamentos

Fontes de corrente para soldagem

Tipos de ciclos de trabalho

Exigências para acessórios de soldagem

Manutenção de equipamentos e acessórios

Praticando

4
Eletrodo Revestido – Equipamentos para soldagem

Descriçã0 dos equipamentos


Um dos equipamentos mais importantes utilizados pelos soldadores é, com certeza, a
fonte de corrente. Ela é responsável pelo fornecimento adequado de energia elétrica a todo
sistema de solda. Por isso, você deve conhecer muito bem os parâmetros envolvidos nesse
processo, a fim de interpretá-los corretamente.
São exatamente esses parâmetros o tema principal deste bloco de estudo, que
apresenta também informações importantes, com a finalidade de lhe servir de apoio para:
• identificar os principais valores de corrente utilizados; e
• realizar a manutenção necessária nas máquinas e nos respectivos acessórios usados
na soldagem.

Fontes de corrente para soldagem


Para produzir os tipos de correntes necessárias à soldagem são utilizados três
equipamen- tos, conforme descrito no esquema a seguir:

Transformador corrente alternada (CA)


Retificador produz corrente contínua (CC)
Gerador corrente contínua (CC)

SENAI-RJ 83
Agora, conheça as características gerais requeridas por uma fonte de corrente para
sol- dagem:
• Tensão de soldagem baixa (aproximadamente de 10V a 40V).
• Corrente de soldagem alta (aproximadamente de 30V a 450A).
• Corrente de soldagem regulável.
• Proteção contra curto-circuito.
• Pequena instabilidade da corrente elétrica e do arco durante a soldagem.

Nos itens a seguir você vai conhecer, de forma detalhada, cada um dos equipamentos
citados.

Transformador

Princípios de funcionamento
Veja, na figura a seguir, os componentes dessa fonte de corrente.

I1 I2

L1

V1 V2
(Circuito da rede) (Circuito de soldagem)

Bobina secundária
L2

Ferro
Bobina primária

Campo magnético pulsante


Fig. 1
O transformador de soldagem produz corrente alternada.

Símbolo do equipamento: .

Regulagem
A regulagem da corrente de soldagem pode ser realizada tanto pelo interruptor gradual
quanto por meio do núcleo de dispersão, conforme você pode verificar através das figuras
apresentadas a seguir.

Interruptor gradual
É por meio desse interruptor que se altera o número de espiras no primário. Dessa
forma, a relação entre o primário e o secundário acaba se modificando também. Observe
na figura a seguir.

I1 Interruptor gradual I2
I

V2
(Circuito de soldagem)
V1
(Circuito da rede)

II

Ferro

Bobina secundária

Bobina primária
Campo magnético pulsante

Fig. 2
Núcleo de dispersão
Mediante o movimento desse núcleo, seja para dentro ou para fora, altera-se o fluxo
mag- nético no secundário para mais ou para menos. Confira a regulagem na figura seguinte.

I1 I2

V2
(Circuito de soldagem)
V1
(Circuito da rede)

Bobina primária Campo magnético pulsante Núcleo de dispersão Bobina secundária

Fig. 3

Eletricista Soldador

Ligação
Observe na figura ao lado as
Transformador de solda sem partes rotativas
indicações para efetuar a ligação cor-
reta do transformador de solda, sem
partes rotativas, tanto pelo eletricista
quanto pelo soldador.

Fig. 4
Em casos de maior risco elétrico, você deve utilizar transformadores com tensão em vazio de 42V, independenteme

Retificador

Princípio de funcionamento
Os componentes dos equipamentos são apresentados na Figura 5. Nela, você pode
obser- var que o elemento retificador (diodo) possibilita a passagem da corrente elétrica
somente em uma direção e pode ser compreendido como uma válvula elétrica de retenção.

L1 L2 L3

Bobina primária

Diodo

Bobina secundária
RETIFICADOR COM VENTILAÇÃO

TRANSFORMADOR
Fig. 5

Confira!

O retificador de solda produz corrente contínua.


O símbolo do equipamento é
.
Ligação
O retificador de solda se apresenta, quase sempre, com ventilação interna e fendas
para ventilação na carcaça. Agora, observe, na figura seguinte, as indicações para efetuar a
ligação correta do equipamento, tanto pelo eletricista quanto pelo soldador.

eletricista soldador

Fig. 6

A passagem do ar não pode ser obstruída.


O fluxo de refrigeração deve ser observado.
A entrada e a saída do ar devem ser sinalizadas.
Caso o fluxo do ar esteja invertido, chame o eletricista.

Gerador
Princípio de funcionamento
Nesse equipamento, além de motor elétrico, podem ser utilizados motores a gasolina,
a diesel ou a álcool.
A figura a seguir mostra os componentes do gerador. Analise-a com atenção e observe
que, para pôr o gerador em funcionamento, a chave estrela-triângulo possui dois estágios:
• inicialmente, devemos ligar o primeiro estágio e esperar o motor estabilizar a rotação; e
• somente depois ligamos o segundo estágio.
Ligação estrela-triângulo

Ativação Corrente contínua para soldagem

Rotor
Coletor
Estator
Escova de carvão
Motor Gerador
Induzido

Ventilador
Fig. 7

O gerador com motor elétrico, a gasolina, a diesel ou a álcool produz corrente contínua.

O símbolo do equipamento é MG .

Máquina de solda inversora


A chamada inversão, nesse caso, se refere ao processo de retificar a corrente alternada da
rede elétrica para corrente contínua. A soldagem pode ser feita tanto pela corrente contínua
retificada pela oscilação de frequência média (20kHz – 100kHz) gerada no circuito eletrônico
após aredução da volta- gem quanto pela corrente alternada após a redução da voltagem. As
vantagens desse tipo de máquina incluem dimensão reduzida, baixo peso, economia de energia
elétrica, desempenho exterior positivo de corrente elétrica, alta qualidade na soldagem. Por esta
razão, ela é amplamente adotada.
As inversoras trabalham por meio de um sistema de chaveamento de alta frequência
(IGBTs). Com essa tecnologia, reduz-se o tamanho e peso da fonte de soldagem.

Controle

Rede DC

Fig. 8
Observe o sentido de rotação.
Em caso de maior risco elétrico: tensão máxima de 100V em circuito aberto.

A essa altura, você deve ter observado que o uso das fontes de corrente implica riscos,
perigos, e deve ser feito com muita responsabilidade, para evitar acidentes.
Por isso, você precisa estar sempre alerta e tomar os cuidados necessários no que se refere:
• à tensão da rede;
• aos fusíveis, em caso de altas amperagens; e
• ao acoplamento das tomadas.

oldador, lembre-se de que trabalhos em ligação na rede, tais como aparafusar e apertar, só devem ser realizados pelo eletricista.

Tipos de ciclos de trabalho


Você vai conhecer, a seguir, a tensão e a corrente de soldagem máxima permitidas por
norma para cada ciclo de trabalho.

Ciclo de trabalho em 100%


Nesse caso, a duração de um ciclo de trabalho pode ser ilimitada, conforme demonstra
a figura a seguir.

270
Arco aberto

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
Fig. 9
Ciclo de trabalho em 60%
Esse ciclo significa que, no total de cinco minutos, podemos soldar durante três minutos
apenas. A corrente de soldagem pode ser maior do que no caso em que se trabalha com
100%.
Vejamos como ocorre esse ciclo, por meio da formulação e da figura que se seguem.
Fator operacional: arco aberto x 100% = 3 x 100 = 60%.
ciclo 5

A
350

Pausa
Pausa

Pausa
Arco aberto

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
ciclo ciclo

Fig. 10

Ciclo de trabalho em 35%


Analisando a figura a seguir, você vai concluir que:
• no total de cinco minutos, podemos soldar durante um minuto e 45 segundos apenas; e
• a corrente de soldagem pode ser maior do que quando se trabalha com 60%.

425

Arco aberto
Pausa
Pausa

Pausa

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 min
ciclo ciclo

Fig. 11
Exigências para acessórios
de soldagem
As próximas figuras vão ajudá-lo a compreender melhor o significado e a importância
des- sas exigências para a realização da soldagem. Por isso, vale a pena observá-las com
atenção.

Ligação de cabo de solda nas fontes de corrente

Fig. 12

Terminal de ligação para cabos de solda


(brasado, prensado ou grampeado)

Fig. 13

Conexões para cabos de solda (alongar)

Fig. 14

Terminal para cabos de solda


(isolamento por meio de borracha
ou mangueira sob pressão)

Fig. 15
Porta-eletrodo totalmente isolado

Alavanca Mandíbula isoladora

Fig. 16

Substitua, imediatamente, qualquer componente danificado ou o porta-eletrodo, se necessário.

Ligação do cabo-obra na peça

Fig. 17

A ligação só pode ser feita em superfícies de contato limpas.


O grampo deve ser utilizado o mais próximo possível do local de soldagem.
O cabo-obra deve ser usado diretamente no local de soldagem, e nunca em tubulação, pontes rolantes ou barras long

Comprimento admissível dos cabos de solda


Para determinar o comprimento do cabo de solda, em caso de comprimentos iguais
dos cabos para o porta-eletrodo e para uma perda de carga de 6%, podemos utilizar o
diagrama apresentado a seguir. Confira!
m

Comprimento máximo admissível para cabos de solda

Cabo com 35mm2 de seção transversal em cobre

Cabo com 50mm2 de seção transversal em cobre

Fig. 18

Agora, analise a figura seguinte, que trata da seção transversal em cobre e diâmetro
externo de um cabo de solda.

Seção transversal em cobre, em mm2 Diâmetro externo (D), em mm, aproximadamente

Fig. 19

Finalmente, com base nas Figuras 18 e 19, podemos concluir que:

• cabos de solda de grande comprimento e maior corrente de soldagem exigem maior


seção transversal; e
• cabos de solda de pequeno comprimento e menor corrente de soldagem exigem
menor seção transversal.
Manutenção de equipamentos
e acessórios
Em geral, equipamentos e acessórios para soldagem necessitam de cuidados
constantes, tanto da parte do eletricista quanto do soldador, a fim de mantê-los em perfeito
estado de funcionamento e, assim, garantir um trabalho de qualidade. Nos quadros a
seguir, você vai conhecer o que compete a esses profissionais, em relação aos itens
anunciados.

Todas as fontes de corrente


ELETRICISTA SOLDADOR
• Ligação na rede. • Observar as instruções do catálogo do
• Não utilizar um fusível que não fabricante.
esteja de acordo com as instruções • Proteger contra possíveis contatos os
da máquina. terminais externos da máquina.
• Proteger a placa interna de • Antes da limpeza das máquinas,
terminais contra contato. desligar a chave da rede.
• A proteção pode ser feita somente • Avisar o responsável, imediatamente,
com material removível. no caso de algum problema na
• Consertar problemas elétricos. máquina.
• Proteger o equipamento contra poeira
(especialmente dos esmeris), limalha
e umidade.
• Limpar regularmente o interior das
máquinas com ar comprimido seco.
• Não impedir a ventilação, deixando livres
as fendas de ventilação (ou seja, a
máquina não deve ser posicionada muito
próxima
à parede e os cabos não devem impedir a
passagem de ar através das fendas).
• Não sobrecarregar a máquina, utilizando
valores de corrente de soldagem maiores
do que o fator operacional determina.
• No caso de falta de energia elétrica,
desligar a máquina imediatamente.
• No caso de uma longa interrupção
no trabalho, desligar a máquina.
Gerador de solda
ELETRICISTA SOLDADOR
• Manter os coletores limpos (testar • Observar o sentido correto de rotação
regularmente, observando se o (seta indicativa).
coletor adquire a coloração preta; a
• Testar regularmente o coletor,
coloração marrom é muitas vezes
observando especialmente a ausência
aceitável);
de faíscas.
é desejável a não formação de faísca
durante a rotação.
• Trocar as escovas, quando necessário.
• Inserir mica entre as lamelas do coletor.
• Lubrificar o mancal.

Cabos de solda e porta-eletrodos


A manutenção desses acessórios pode ser fechada apenas pelo soldador, sem interferência
do eletricista, de acordo com as recomendações a seguir.
Compete ao soldador:
• Ajustar e fixar firmemente o porta-eletrodo e os terminais do cabo-obra (o comprimento
e a seção transversal do cabo devem ser escolhidos de acordo com o valor de corrente).
• Proteger os cabos contra danos no isolamento (não passá-los através de cantos vivos e
protegê-los contra pressão ou atrito).
• Isolar, por meio de luvas, o local de acoplamento ou utilizar um acoplador isolante.
• Retirar de uso, imediatamente, cabos elétricos que apresentem isolamento
defeituoso. Para reparo, não utilizar em hipótese alguma fita isolante, e sim materiais
vulcanizados ou plásticos isolantes especiais.
• Não enrolar (tipo bobina) cabos de solda ligados à máquina de corrente alternada
sobre materiais ferrosos, como tubo, vigas, suporte etc.
• Ajustar o cabo-obra diretamente à obra, bem próximo ao local de soldagem.
Observar um bom contato.
• Utilizar somente porta-eletrodos totalmente isolados.
• Substituir imediatamente qualquer parte danificada do isolamento.
• Substituir partes danificadas do porta-eletrodo.
Finalmente, para encerrar este bloco sobre equipamentos para soldagem, vamos apre-
sentar um quadro-resumo contendo características importantes das máquinas utilizadas
pelo soldador. Além de sistematizar os conteúdos estudados, ele dá algumas dicas
interessantes para você realizar o trabalho. Confira!

SINOPSE COMPARATIVA DE DIFERENTES TIPOS DE


CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS DE SOLDA

PROPRIEDADES GERADOR RETIFICADOR TRANSFORMADOR


Tipos de correntes Corrente contínua Corrente contínua Corrente alternada
Características de soldagem Boa Boa Razoável
Características de abertura Boa Boa Razoável
do arco
Sopro magnético Forte Forte Nenhum
Rede elétrica Trifásica Trifásica Mono ou bifásica
Influência de oscilação Pouca Proporcional Proporcional
na rede elétrica
Características para soldagem Ótima Ótima Razoável
com eletrodo
Distribuição da corrente Na maioria, Na maioria, Sem estágio ou
de soldagem sem estágio sem estágio em estágio

Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.

1. Em qual dos ciclos de trabalho de soldagem a seguir relacionados devem ser usadas
menores correntes de soldagem?
( ) 15%.

( ) 35%.

( ) 60%.

( ) 100%.
2. Como se obtém uma contínua regulagem de corrente em um
transformador? ( ) Mudando-se os plugues da bobina.

( ) Modificando-se a bobina secundária.

( ) Movimentando-se o núcleo de dispersão.

( ) Movimentando-se os coletores.

3. Que tipo de trabalho elétrico o soldador pode executar em caso de avaria? (


) Apertar os cabos da rede de alta tensão.

( ) Trocar os cabos da rede de alta tensão.

( ) Apertar os cabos de solda na máquina.

( ) Fazer reparos nos cabos ou conexões da rede de alta tensão.

4. Como deve ser feita a limpeza das


máquinas? ( ) Com ar comprimido seco.

( ) Com oxigênio seco.

( ) Com hidrogênio.

( ) Com acetileno.

5. Como se deve ligar um gerador com chave estrela-


triângulo? ( ) Ligar rapidamente.

( ) Ligar em três estágios.

( ) Ligar rapidamente os dois estágios.

( ) Ligar o primeiro estágio, esperar estabilizar a rotação, e só então ligar o segundo


estágio.

6. Que característica precisa ter, normalmente, uma fonte de corrente para


soldagem? ( ) Baixa corrente de soldagem e alta tensão de soldagem.

( ) Alta corrente de soldagem e baixa tensão de soldagem.

( ) Baixa corrente de soldagem e baixa tensão de

soldagem. ( ) Alta corrente de soldagem e alta tensão de

soldagem.
7. Como é formada a bobina secundária do transformador de
solda? ( ) Muitas espiras de arame fino.

( ) Poucas espiras de arame fino.

( ) Muitas espiras de arame grosso.

( ) Poucas espiras de arame grosso.

8. Qual dos seguintes componentes a seguir listados pertence a um retificador de


solda? ( ) Induzido.

( ) Transformador.

( ) Regulador magnético.

( ) Coletor.
Metais de base e
consumíveis

Nesta seção...

Introdução

Considerações sobre a soldabilidade dos aços-carbono

Eletrodos revestidos

Praticando

5
Eletrodo Revestido – Metais de base e consumíveis

Introdução
O carbono é um dos elementos de liga mais significativos. Ele é capaz de propiciar
vários efeitos no processo de soldagem, tais como dureza, sensibilidade às trincas sob
cordão e outros igualmente importantes. Por essa razão, você necessita conhecer muito
bem a respeito tanto da soldabilidade dos aços-carbono comuns e de baixa liga quanto das
funções do revestimento nos eletrodos.
São esses os principais assuntos que vamos tratar nesta seção. Portanto, siga em frente.

Considerações sobre a
soldabilidade dos aços-carbono

Os aços-carbono comuns e de baixa liga apresentam boa soldabilidade para teores de


carbono até 0,22%.
É importante destacar que o valor de dureza de um aço vai depender de dois
aspectos fundamentais:
• do teor de carbono; e
• das velocidades de aquecimento e resfriamento durante a soldagem.

No gráfico a seguir, você pode observar a relação entre o teor de carbono e a dureza
máxima dos aços, expressa em porcentagem.

SENAI-RJ 103
70

60

50

40

30

20

10

0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

Gráfico 1

Carbono equivalente
Embora o carbono, no aço, seja o elemento de liga mais significativo em relação à sol-
dabilidade, os efeitos de outros elementos de liga podem ser estimados por meio do valor
de carbono equivalente (CE), onde o efeito da quantidade total de elementos de liga pode
ser expressado por meio do seguinte cálculo:

%Mn +
CE = %C +
%Si 4

Geralmente, aços com baixos valores de CE apresentam excelentes características de soldabilidade.

Agora, observe o gráfico a seguir para conhecer as relações entre CE e dureza,


sensibilidade às trincas sob cordão ou soldabilidade baseada na capacidade de dobramento
do material.
Gráfico 2

Eletrodos revestidos
Neste item você vai conhecer como são classificados, por meio de normas, os
eletrodos revestidos para soldagem de aços-carbono comuns e de baixa liga, bem como as
principais funções do revestimento, os efeitos decorrentes de sua espessura e como
calcular o rendimento em porcentagem.

Classificação
Aços-carbono comuns
Nesse caso, os eletrodos revestidos devem atender à Norma AWS A5.1-91, conforme
de- monstra a Figura 1 que explica a nomenclatura do eletrodo E 7018.
Processo de soldagem

Resistência mecânica do material (103 psi)

E
18
70

Posição de soldagem Tipo de revestimento


Tipo de corrente e polaridade

Fig. 1

Essa mesma norma classifica os eletrodos de acordo com o quadro a seguir. Analise-o
com atenção.

CLASSIFICAÇÃO DE ELETRODOS – NORMA AWS A5.1-91

Classificação Tipo de revestimento Posição de Tipo de corrente


AWS soldagem (a) e polaridade (b)
E6010 Alto teor de celulose/sódio F, V, OH, H CC+

E6011 Alto teor de celulose/potássio F, V, OH, H AC ou CC+

E6013 Alto teor de titânio/potássio F, V, OH, H AC, CC+ ou CC-

E7014 Pó de ferro/titânio F, V, OH, H AC, CC+ ou CC-

E7016 Baixo hidrogênio/potássio F, V, OH, H AC ou CC+

E7018 Baixo hidrogênio/potássio/pó de ferro F, V, OH, H AC ou CC+

E7024 Pó de ferro/titânio H - Fillet, F AC, CC+ ou CC-


Quadro 1

Legenda:
• As abreviações indicam as seguintes posições de
soldagem: F (Flat) = Plana
H (Horizontal) = Horizontal
H - Fillet = Horizontal de filete
I (Vertical) = Vertical
OH (Over head) = Sobrecabeça

• O termo CC+ refere-se à corrente contínua polaridade positiva ou reversa.


• O termo AC refere-se à corrente alternada.
• O termo CC- refere-se à corrente contínua polaridade negativa ou direta.
Aços-carbono de baixa liga
Nesse caso, os eletrodos revestidos devem atender à norma AWS A5.5-81, conforme de-
monstra a figura que explica a nomenclatura do eletrodo E 8018 B1.

Processo de soldagem

Resistência mecânica do material (103psi)

E 80 18 B1

Posição de soldagem Tipo de revestimento


Tipo de corrente e polaridade

Elemento de liga

Fig. 2

Agora, conheça os elementos de liga apresentados por essa mesma norma, no quadro
a seguir.

ELEMENTOS DE LIGA – NORMA AWS A5.5-81

Letra final Elementos


- A1 molibdênio
- B1, - B2, - B3, - B4, cromo, molibdênio
-B5
- C1, - C2 níquel
- C3 níquel, cromo, molibdênio
- D1, - D2 molibdênio, pouco manganês
-G níquel ou cromo ou molibdênio ou vanádio ou manganês

Quadro 2
Funções do revestimento
Compare as figuras apresentadas (eletrodos nu e revestido) para compreender, mais fa-
cilmente, as funções do revestimento relacionadas a seguir.

• Estabilizar e ionizar o arco elétrico

Eletrodo nu Eletrodo revestido

Arco elétrico instável Arco elétrico estável

Fig. 3

• Proteger a poça de fusão contra a entrada de oxigênio e hidrogênio provenientes do ar

Eletrodo nu Eletrodo revestido

Escória
Atmosfera protetora

Fig. 4

A atmosfera protetora ocorre mediante a formação de gases durante a fusão do eletrodo.

• Compensar a queima dos elementos de liga do metal de base


Espessura dos revestimentos
A figura a seguir apresenta três tipos de espessura do revestimento do eletrodo. Procure
analisá-la com atenção.

D = 1,2 • d D > 1,2 • dD > 1,55 • d

porém <=1,55 • d

Fig. 5

Agora, vejamos seus principais efeitos.

• Transferência do metal de adição

Fig. 6

• Influência da espessura do revestimento no passe de raiz

Fig. 7

• Aparência do cordão

Fig. 8
• Penetração

Fig. 9

Rendimento dos eletrodos revestidos


A figura a seguir informa o peso da alma. Confira!

Peso da alma do eletrodo (cerca de 40g)


0,4mm X 450mm
Peso da alma do eletrodo (cerca de 40g)
O revestimento contém pó de ferro

Fig. 10

Agora, para calcular o rendimento em porcentagem (%), aplica-se a seguinte formulação:

Peso da zona fundida


Rendimento em % = . 100
Peso da alma do eletrodo fundido
Exemplificando, teremos:

• Rendimento: 40 x 100 = 100% 70 x 100 = 175%


40 40

• Tempo de fusão: cerca de 70s


• Comprimento do cordão: depende da
clas- sificação do eletrodo que será
utilizado, conforme figura ao lado.

Fig. 11
Escolha dos eletrodos revestidos
Para a soldagem de diferentes materiais utilizam-se diversos tipos de eletrodos
revestidos, que só podem ser determinados por técnico especializado em solda, a quem
compete elaborar e qualificar os procedimentos de soldagem. A não observação desse fato
poderá gerar descon- tinuidades na solda.

Manuseio, armazenamento e secagem


dos consumíveis
Para a utilização correta dos letrodos revestidos, alguns cuidados devem ser
realizados, como:
• As embalagens devem estar intactas e fechadas.
• Os eletrodos, varetas e fluxos devam ser armazenados em ambiente controlado; depois
de abertos devem ser guardados em estufas.
• Armazenados, devem ser rastreados e utilizados na sequência de chegada.
• Os eletrodos devem ser empilhados em prateleiras, em pilhas de no máximo três latas de
eletrodos. Nas estufas, os eletrodos podem ser armazenados em camadas de até 50mm,
para o recozimento. Na estufa de manutenção podem ser armazenados em camadas de
até 150mm.

Os fluxos podem ser ressecados em dois tipos de estufas:


• Estufa com bandeja, numa camada não superior a 50mm.
• Estufa sem bandeja, que deve ter um misturador para homogeneizar a ressacagem do
fluxo.

As recomendações dos fabricantes devem sempre ser seguidas. Para tal existe literatura
abundante e disponível.
Os formulários para o controle dos consumíveis devem ser elaborados e devem fazer
parte do manual de fabricação do equipamento.
Praticando
Assinale com um X a alternativa correta em cada uma das questões apresentadas a seguir.

1. Qual o valor limite do teor de carbono para uma boa soldabilidade do aço-carbono?
( )
0,11%.
( )
0,22%.
( ) 0,6%.

( ) 2,6%.

2. Qual a condição que pode provocar um aumento de dureza na margem do cordão de


solda? ( ) Teor de carbono do metal de base menor que 0,22%.

( ) Resfriamento lento da peça.

( ) Resfriamento rápido da peça.

( ) Preaquecimento da peça.

3. Qual a parte da classificação do eletrodo E 6013 que representa o valor da


resistência mecânica?
( ) 51.

( ) 22.

( ) 12.

( ) 60.

4. Qual o significado do número de identificação “1” na classificação do eletrodo E


7016, segundo a Norma AWS?
( ) Posição de soldagem.

( ) Resistência

mecânica.

( ) Grau de penetração e tipo de corrente.

( ) Grau de deformação.
5. Qual o dígito que representa a resistência mecânica na classificação do eletrodo AWS
E 7018? ( ) E - 7.

( ) 70.

( ) 01.

( ) 18.

6. Qual o tipo de revestimento que proporciona ao eletrodo uma alta taxa de rendimento?
( ) Revestimento contendo pó de ferro.

( ) Revestimento celulósico.

( ) Revestimento rutílico.

( ) Revestimento básico-celulósico.

7. O que significa o símbolo C3 em um eletrodo de baixo teor de carbono e de baixa liga,


segundo a Norma AWS A5.5?
( ) Resistência mecânica.

( ) Grau de penetração.

( ) Elementos de liga.

( ) Processo de soldagem.
Descontinuidade
na soldagem
Nesta seção...

Problemas na soldagem

Abertura e manutenção do arco elétrico

Sopro magnético

Descontinuidades: possíveis causas

Praticando

6
Eletrodo Revestido – Descontinuidade na soldagem

Problemas na soldagem
Vários fatores costumam ocasionar descontinuidades na soldagem. Alguns deles você
já conhece, como limpeza inadequada da superfície da peça, uso de materiais de má
soldabilidade etc. Mas é preciso saber ainda mais sobre o assunto, pois somente assim será
possível evitar problemas dessa natureza no seu dia a dia de trabalho.
Agora, siga em frente e reflita, com o auxílio das figuras, sobre as condições de
abertura e manutenção do arco elétrico e, depois, analise as causas propriamente ditas de
descontinui- dades na soldagem.

Abertura e manutenção do
arco elétrico
Para evitar problemas na soldagem, você deve observar as etapas e os pontos
indicados a seguir.

Etapas de abertura Tensão de circuito aberto

Fig. 1

SENAI-RJ 117
Tensão de curto-circuito Tensão de trabalho

Fig. 2 Fig. 3

ocal de abertura do arco deve ser fundido e preenchido pelo cordão de solda, para que não se torne suscetível à ocorrência de trin
monstrado nas figuras que se seguem.

ERRADO
CERTO

Fig. 4 Fig. 5

Pontos de abertura do arco ou pontos de solda


Nos locais de abertura de arco ocorre uma taxa de transmissão de calor muito elevada.
Por isso, nesses pontos há um endurecimento localizado.
Agora, observe na figura a seguir a área que pode apresentar valores maiores de dureza.
Fig. 6

Sopro magnético
O arco elétrico está, como todo condutor de corrente elétrica, submetido a um campo
magnético. Nos casos em que a distribuição homogênea do campo magnético é impedida,
há um desvio do arco elétrico.
Vejamos, a seguir, as causas mais frequentes do sopro magnético, especialmente no
caso de corrente contínua, bem como as medidas indicadas para evitá-lo.

Causas Soldagem na extremidade da peça

Campo magnético

Fig. 7

Soldagem ao lado de peças de grandes espessuras

Fig. 8
Soldagem na proximidade do grampo

Fig. 9

Medidas de prevenção
Para evitar o sopro magnético, você deve adotar as seguintes medidas:
• alterar a inclinação do eletrodo para a direção do sopro magnético.
• ligar o cabo-obra à extremidade da peça, ou trocar a ligação do cabo-obra para outra posição.
• pontear em diversos pontos.
• aquecer a peça, quando existir um membro da junta mais espesso do que o outro.
• utilizar corrente alternada, no lugar de corrente contínua.

Descontinuidades na soldagem
Para evitar problema dessa natureza, é preciso estar atento às causas a seguir relacionadas.

Possíveis causas
Mordeduras

Em geral, elas decorrem de:


• amperagem muito alta;
• ângulo incorreto do eletrodo;
• arco elétrico muito longo (grande).

Fig. 10
Inclusão de escória

Costuma ser causada por:


• amperagem muito baixa;
• velocidade de soldagem muito alta;
• limpeza inadequada do cordão de solda anterior.

Fig. 11

Poros
Observe nas figuras a seguir como os poros se apresentam ora alinhados, ora agrupados.

Alinhados Fig. 12

Agrupados

Fig. 13

Geralmente, os poros são provocados por:


• limpeza inadequada da superfície da peça (ferrugem, graxas, tintas etc.);
• arco muito longo;
• eletrodo básico úmido.

Trincas de cratera
Costumam ocorrer em virtude de:
• retirada brusca do eletrodo da poça de fusão ao terminar a soldagem;
• troca do eletrodo, especialmente com alta amperagem e voltagem.

Nesses casos, há perigo de surgimento de trincas de contração por resfriamento ráp

Fig. 14
Trincas na raiz
Em geral, as trincas na raiz surgem em consequência de:
• material de má soldabilidade;
• resfriamento muito rápido, após a soldagem.

Fig. 15

Trincas longitudinais
Na figura, procure identificar os fatores a seguir relacionados:
• tensões transversais;

{
zona de ligação;
• localização zona fundida;
zona afetada termicamente;
metal de base.
Fig. 16

Trincas transversais
Observe, na figura, como as trincas transversais se apresentam, em função das causas
listadas a seguir:
• tensões longitudinais;

• localização
{ zona fundida;
zona afetada termicamente;
metal de base.

Fig. 17
Falta de penetração
Sua ocorrência se deve a:
• amperagem muito baixa;
• penetração da escória entre os dois
mem- bros da junta na região da raiz,
impedin- do uma fusão completa do
material.
Fig. 18

Preparação inadequada da junta


Costuma ocorrer devido a:
• técnica de soldagem não apropriada;
• soldagem rápida ou lenta demais.
Fig. 19

Diâmetro excessivo do eletrodo


Está quase sempre associado à altura
excessiva da face raiz.
Fig. 20

Falta de fusão
Em geral, decorre de:
• velocidade excessiva de soldagem;
• amperagem muito baixa;
• preparação inadequada da junta.

Fig. 21
Deposição insuficiente
Pode ser ocasionada por:
• ângulo de trabalho inadequado;
• velocidade excessiva de soldagem.
Fig. 22

Desalinhamento
O erro de montagem é, provavelmente, o responsável pelo desalinhamento que provoca
descontinuidade na soldagem.

Fig. 23

Embicamento
Ocorre em função de:
• falta de restrição;
• sequência errada de soldagem;
• número excessivo de passe.

Fig. 24

Reforço de solda
Compare as duas figuras a seguir para compreender melhor os fatores que ocasionam o
problema.

Fig. 25 Fig. 26
Agora, você pode concluir que o reforço de solda ocorre devido:
• ao número excessivo de passes;
• à velocidade de soldagem muito lenta.

Sobreposição
A velocidade de soldagem muito lenta, na posição horizontal, traz como consequência
a sobreposição, conforme você pode observar na figura a seguir.

Fig. 27

Praticando
Assinale com um X a alternativa correta, em cada uma das questões apresentadas a seguir.

1. Qual das causas relacionadas pode provocar


porosidade? ( ) Arco curto.

( ) Corrente de soldagem alta. (

) Arco muito longo.

( ) Ressecagem no eletrodo básico.

2. Qual o tipo de descontinuidade ou de defeito que pode ocorrer na soldagem quando


se interrompe o arco bruscamente pela retirada do eletrodo?
( ) Trinca de cratera.

( ) Inclusão de escória.

( ) Falta de fusão na raiz.

( ) Poros.
3. Qual das causas a seguir pode provocar falta de penetração na junta
soldada? ( ) Tensões transversais na soldagem.

( ) Diâmetro excessivo do eletrodo.

( ) Material de má soldabilidade.

( ) Número excessivo de passes.

4. Qual das alternativas a seguir explica a elevação dos valores de dureza nas regiões
ad- jacentes ao cordão de solda?
( ) Teor de carbono do metal de base inferior a

0,22%. ( ) Resfriamento lento da peça.

( ) Resfriamento rápido da peça.

( ) Preaquecimento na peça.

5. Qual das causas a seguir pode provocar falta de


fusão? ( ) Baixa velocidade de soldagem.

( ) Amperagem muito baixa.

( ) Eletrodo básico úmido.

( ) Arco longo.
Eletrodo Revestido – Referências

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