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Boletim do

Venerável D. António Barroso


Director: Amadeu Gomes de Araújo, Vice-Postulador
Propriedade: Associação dos Amigos de D. António Barroso. NIPC 508 401 852
Administração e Redacção: Rua de Luanda, n.º 480, 3.º Esq. 2775-369 Carcavelos
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Publicação trimestral | Assinatura anual: 5,00€

III Série  .  Ano X  .  N.º 31  .  Outubro / Dezembro de 2020

D. ANTÓNIO BARROSO . CORRESPONDÊNCIA


As cartas que contam os dias do bispo missionário
Estavam em Remelhe, pela casa que D. António Barroso
mandou construir, nos princípios do séc. XX. Propriedade,
agora, do seu sobrinho-neto, António José Barroso, é ali que
ainda se guardam muitas memórias da vida do seu tio-avô,
missionário em Angola, bispo em Moçambique, em Meliapor,
na Índia, e na diocese do Porto. Depositadas em gavetas
pelo sótão, cerca de um milhar de cartas foram, entretanto,
entregues a Margarida Pogarell, uma descendente de fami-
liares de Remelhe, residente na Alemanha, onde é professo-
ra e autora de contos.Admiradora da personalidade do seu
“conterrâneo”, aceitou generosamente a incumbência de
ordenar, catalogar e digitalizar este espólio, naturalmente
condenado ao lixo sem história… São ainda breves os con- meio dos séculos XIX e XX. Margarida Pogarell sintetiza
tactos com estes dados do quotidiano de seis décadas de aqui as primeiras emoções que a surpreenderam nas cartas
vida do bispo missionário. Este Boletim poderá ser guarida que já leu, em tempos de pandemia.
de belos e longos passos dos pés deste evangelizador, por (Continua na pág. 2)

Fundador: Pe. António F. Cardoso


Design: Filipa Craveiro | Alberto Craveiro
Impressão: Escola Tipográfica das Missões - Cucujães - tel. 256 899 340 | Depósito legal n.º 92978/95 | Tiragem 2.200 exs. | Registo ICS n.º 116.839 P1
Boletim do Venerável D. António Barroso
(Continuação da pág.1) ram e trazer, à luz do dia, o quotidiano Missão, e em que sempre acreditou.
A correr atrás do tempo… que, apenas ele e os seus intervenientes, Foi deste modo que o venerável
conheciam. D.António Barroso deixou nas páginas
1883, 1891, 1911…, as datas sur- da missionação portuguesa o sentir do
gem, quase irreais, por entre as inúmeras Este é o outro lado da história do homem, menino folgazão na infância e
cartas, agrupadas em pequenos maços. missionário Barroso, revelado a partir adolescência e missiólogo de ciência
Legíveis ainda, na sua maioria, devido à de fontes insuspeitas, que irão levantar pastoral, atravessada por duas expe-
fantástica qualidade do papel de outros o interesse de quem quer conhecer, riências de vida.
tempos. A sua sobrevivência ao longo de ainda mais, quem alto levantou a Manuel Vilas Boas
quase 150 anos, nalguns casos, raia as
fímbrias do milagre. Missivas de carácter
privado ou profissional, algumas mesmo
“top secret”, onde a letra corrida de
D. António surge resoluta na forma como
as marca: “Reservado” ou “Muito Reser-
vado”. O traço sui generis da sua letra,
é por si só, um desafio, do qual tinha
plena consciência. Chegou a ponto de
aconselhar a própria família a encontrar
alguém que fosse capaz decifrar os seus
ilegíveis hieróglifos. D. António escrevia
sem aso para floreados, como se corresse
atrás do tempo. Carece de engenho e
cuidado o destrinçar desta sua caligrafia
alinhada. As palavras correm, fluídas, sem
grandes rasuras, como que vincando com
aquele traço certeiro, a determinação do
seu pensamento de homem de muitas
frentes e de uma só linha. Metódico,
registava, em cima, no sobrescrito, a data
de entrada e, em baixo, a da resposta. As
mais importantes, contêm, no seu interior,
cuidadosamente dobrada a cópia da sua
resposta a entidades, como o Núncio
Apostólico em Lisboa ou ao seu colega
de seminário, e mais tarde bispo de Da-
mão, Reed da Silva, que posteriormente
substituiria, em meio de grande polémica.
Carregada de ternura, chega-lhe a carta
de seu irmão falando-lhe da doença da
mãe e do verão frio, chuvoso e “sempre
com névoas” a estragar a cultura do mi-
lho “um tanto enfezado” e do vinho que
“tem sofrido tanto”. Como D. António,
as suas missivas sobreviveram ao pulsar
dos verões, às humidades dos rigorosos
invernos nortenhos e às intempéries
humanas. Depois de mais de um século,
é emocionante, para mim, aflorar estes
pedaços de vida que as suas mãos toca-

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Boletim do Venerável D. António Barroso

RECORDAÇÕES DE D. ANTÓNIO BARROSO


De folgazão a defensor das gentes
o peito, nos parecia observar. Na mão quele mundo, conviveram com histórias
esquerda, o chapéu de bispo missionário, de saudade, contadas por aqueles que o
a mão direita levantada em gesto de bên- tinham deixado para trás. Ouviram as
ção a quem, a seus pés, procura abrigo histórias da fome, “da sardinha dividida
e paz na sua expressão serena. “Este é por três e das sopas de cavalo cansado”.
o homem que está na capela-jazigo de Ouviram falar da dureza imperdoável do
Remelhe, à entrada do cemitério e que trabalho “de enxada na mão de sol a sol,
visito sempre que lá vou. Mas o que é para receber uma côdea”, do rigor moral
que ele fez? Era bispo, andou por África do senhor abade para com o seu reba-
e ordenou padres à revelia da República, nho. Ouviram-lhes na voz o prazer dos
na Capela de Santiago...”, respondi-lhe. risos partilhados nas colheitas, no esca-
Na base do monumento, incrustado rolar da roupa, na prova do bom vinho,
na pedra, o lema “dilatando a fé e o im- nas desfolhadas do milho-rei, no Natal
pério” deixou entrever uma vida “plena quando a mesa era mais farta.
de memórias” e “obras valorosas” por Por causa deste mundo anterior à
Por Margarida Pogarell, pro- “terras viciosas de África e de Ásia”, minha existência, Remelhe era um es-
fessora e escritora como as “daqueles Reis” que, cantadas paço fantástico. Lembro-me da casinha
pelo engenho de Luís Vaz de Camões, se humilíssima da minha avó, onde os raios
Foi na bela cidade de Barcelos, num espalharam “por toda a parte”. de sol, que passavam pelos buraquinhos
dia de sol, quente, que, durante a apre- Uma água e um café depois, nada das paredes de pedras, negras da fuligem,
sentação de um livro, me ouvi declarar, me faria adivinhar o que aconteceria na faziam brilhar as partículas de poeira que
alto e bom som: “Sou de Remelhe!”, para apresentação de um livro, que me susci- dançavam no ar. Usar uma casa de ba-
logo atirar com a pergunta proibida para tara curiosidade por conter no título o nho era uma aventura. Encantava-me o
quem tem como raiz a centenária aldeia nome de Afonso Costa, estadista portu- forno do pão, mas provar a broa quen-
minhota: “Quem foi D. António Barroso? guês e um dos obreiros da implantação tinha foi um ato de coragem, porque a
Atenta à resposta, nem notei o ar- da República em Portugal.Tal foi o espan- minha mãe me falou da bosta das vacas
rastar de cadeiras, o virar de cabeças e to de ouvir o autor iniciar o seu discurso 
muito menos me apercebi que acabara com o nome de D. António Barroso que
de aguçar a curiosidade da assistência, me ouvi colocar a fatal questão?
quase toda composta de remelhenses de Contudo, a referida personagem
gema, quer pela declaração das minhas acompanhou-me desde tenra idade ao
raízes quer pela ignorância relativamente longo das minhas incursões, durante
ao famoso e ilustre filho da terra. as férias, quando, então, acompanhava
A pertinente pergunta fora, momen- a família à missa. E ele, ano após ano,
tos antes, colocada pelo meu marido, um esperava-me ali, como porto seguro, re-
germânico verdadeiramente interessado colhido na sua redoma de vidro, envolto
por temas de história e cultura portu- em chumbo, à beira da igreja de Santa
guesas, ao ver a figura maciça de D. An- Marinha. O retrato ali depositado acal-
tónio Barroso, elevada no seu pedestal, mara a minha curiosidade de infância, e
situado entre a Igreja Matriz e o elegante assim ficara.
edifício dos velhos Paços do Concelho,
encabeçando a escadaria do pequeno, Remelhe da minha infância
mas refrescante jardim, onde nos abrigá-
ramos do calor que nos perseguia pelas Tal como D. António Barroso tam-
ruas daquela egrégia cidade. bém muitos dos que ali nasceram tive-
Pela primeira vez, consciencializei a ram de cruzar o mundo, para além do
minha profunda ignorância acerca da vida horizonte das copas das árvores ou dos
do distinto prelado que, em bronze, das muros que cercavam os campos, mas, A Margarida, criança, de visita a
alturas, envolto nas suas vestes eclesiás- sempre que podiam, voltavam. Os filhos, familiares, em Remelhe - Barcelos,
ticas, e de longas barbas descaídas sobre no início dos anos setenta.
como eu, nascidos e crescidos fora da-

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com que calafetavam o forno. As crian- muros rústicos, a vegetação fresca ali-
ças conduziam animais maiores que elas, mentada pela poeira dos tempos.
aparentemente sem medo. Aos domin- António José percorreu, como eu,
gos, bem-apessoados, via os rapazes e as aqueles caminhos e aspirou outras vivên-
raparigas, às revoadas, encontrarem-se cias. Também ele cruzou fronteiras, viveu
pelos caminhos a conversar, enquanto as noutros horizontes. Também ele gostava
motorizadas, em alto som e velocidade, de se perder por aqueles campos, pular
cortavam a pacatez do lugar. por aquelas bouças e divertir-se nas fes-
Eu tinha tantos primos que me perdia tas, como todos os jovens.
na contagem e nos nomes. Eles tímidos O casamento dos pais poderia servir
e eu mais que eles. Gostava de visitar a o cliché romântico da altura. Rapariga de
minha avó do lugar do Monte, mas as melhores famílias, prendada e de bons
críticas que choviam à falta de brincos, costumes, enfrentando a fúria paterna, a
ao uso das calças ou altura da saia, ar- incompreensão do povo e a adversidade
reliavam-me e afastavam-me um pouco económica e rapaz humilde casam pe-
daquilo tudo, mas nunca deixei de gostar rante o padre, na singela igreja da aldeia,
de duas coisas com verdadeiro apreço. A sem a bênção do reconhecido cirurgião
minha visita ao senhor que estava na sua e mestre-escola Barroso. Eufrásia e José
redoma e a minha tia Deolinda. António assumem as dificuldades e veem
Adorava ficar na casa desta minha tia o seu amor e determinação serem re-
que me falava do antigamente, da vida compensados com dois varões que os Os pais de Margarida, Isaura de
agreste, que empedernia e agrilhoava acompanharão até à morte. Oliveira Leitão e José Gomes Pe-
reira, em frente ao portal da casa
homens, mulheres e crianças. Falava-me Também eles passaram pelo lugar do
da avó Teresa, no dia do casamen-
do ser mulher num mundo tão agressi- Monte, onde vivera a minha avó, consi- to - 14 de Março de 1962.
vo para o universo feminino. Via-a como derado, antigamente, um dos locais mais
uma revolucionária encapotada. Foi ela, a “feios e pobres” de Remelhe. A simplici- o neto do Barroso envereda pelo único
raiz ténue, que me prendeu a Remelhe e dade do pai, entregue à enxada e à plaina, caminho possível a quem ansiava por ou-
me levava a lá regressar. aliada aos pergaminhos da mãe, senhora tros voos e entra a poucos dias de fazer
de uma certa bonomia e determinação, 19 anos para o longínquo Colégio Real
As batatas fritas e ovos a independência ganha no ritmo do tear, das Missões de Cernache de Bonjardim.
estrelados da minha tia e o encontro, inesperado, com o fidalgo António mune-se da determinação her-
Deolinda Bernardo da Fonseca marcaram a perso- dada da mãe e dos ensinamentos de Ber-
nalidade vincada do menino de enormes nardo da Fonseca e vence a batalha entre
De Remelhe, ficara-me na lembran- olhos azuis. os muros do seminário.
ça o odor dos pinheiros impregnado do De candeias às avessas com as letras,
cheiro a fumo, o frio agreste e cortante António José, o herói de
na consoada; as mesas dos Compassos Remelhe
da Páscoa, repletas de iguarias, das fa-
tias enormes de pão de ló, amarelinho, Aos 25 anos, a batina não escondia o
fofo e doce, acompanhado de vinho do corpo, alto, escorreito, o peito largo e o
Porto. Adorava atravessar as bouças até porte atlético, sublinhados por um rosto
casa da minha avó, por cima de caruma largo, agradável, quase perfeito, capaz de
e penedos negros, cobertos de musgo, incendiar o coração das raparigas, mas
com as pernas afagadas pelos frondosos António não abandona a carreira ecle-
feitos e assustar a bicharada nervosa. siástica e parte para uma vida missionária
Fazer explodir as campânulas das deda- por terras de África e Ásia. Chegará a
leiras coradas. Gostava de acompanhar bispo. Erguerá o seu protesto contra o
a minha tia a lavar roupa no tanque de que não concorda e não hesitará em en-
todos, frente à venda do sr. Armindo e frentar um dos homens mais poderosos
regressar a casa a pé ao lado dela. Em do seu tempo, Afonso Costa.
casa, esperava-me o crepitar da lareira e António José, homem de ação, en-
o maior dos pitéus, com que ela me apa- trara demasiado tarde para o mundo
paricava, batatas fritas e ovos estrelados. fechado do seminário. Vivera toda a sua
Remelhe traz-me também as suas adolescência num mundo rural, de gente
courelas de campos orlados por latadas acorrentada às dificuldades, injustiças e à
de uvas tintas, os caminhos ladeados de Deolinda Pereira, tia da autora

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pobreza; num mundo severamente estra- vido numa malga, à lareira, se sentia por que já conhecia e acrescentou inúmeros
tificado em busca de um caminho mais dentro e bebia, nessas raízes simples, as primos que acabei por conhecer, naquela
justo. regras e a força da gramática humana tarde de verão e se tornaram parte inte-
Eufrásia, a mãe quebrou as regras, o que o transformaram no frondoso car- grante da minha vida, como D. António
Barroso pai nunca lhe perdoou, recusan- valho que, hoje, lhe faz merecer o título Barroso. Tanto me marcou a resposta
do-lhe o dote. António José, ameaçado de Venerável. à ingénua pergunta quem era D. Antó-
pelas forças mais poderosas do emer- nio Barroso que, após várias leituras e
gente mundo da República e o anticleri- Quem da lei da morte se foi conversas sobre ele, me atrevo a criar
calismo desses tempos, não recuou, acei- libertando este texto, por o considerar um homem
tou o exílio, mas não se calou, ordenando de forte carácter humanista, que não se
sacerdotes a contrapelo dos poderes Quando os nossos caminhos se cru- deixou ofuscar pelo brilho das vestes
estabelecidos. Nas suas incursões por zaram fora da redoma em que hoje re- prelatícias, que envergou na prelazia de
África defendeu os povos que encontrou pousa, naquela tarde de verão, jamais po- Moçambique, e nas dioceses Meliapor, na
como seus iguais, ensinando-lhes o que deria imaginar que o admiraria pela sua Índia, e do Porto.
aprendera no seu tempo de criança po- postura de pensamento independente Bem, se tivesse de apontar um mila-
bre de aldeia, a usar a força das mãos e a coragem e determinação que o não gre, eu diria que a minha presença na-
com a enxada, a plaina, o tear e a palavra deixaram viver em águas lisas e a persis- quele dia, àquela hora, em Barcelos, para,
de Deus, que lhe dera a oportunidade de tência que o levaram aos 25 anos, sem naquele contexto de remelhenses, ouvir
avançar para outros horizontes de aplai- google nem GPS, a enfrentar a sua pri- a resposta à pergunta turística do meu
nar injustiças onde as encontrasse, de meira tarefa, penetrar o perigoso e des- marido, só pode ter sido obra de D. An-
lutar pelo respeito do homem enquanto conhecido sertão africano e reconstruir tónio Barroso.
ser humano, independentemente da cor a abandonada e histórica missão de São
ou do nascimento. Salvador do Congo. Aqui se discutia a P.S.: É que ele era conhecido por
D. António Barroso viveu num tempo garantia das possessões portuguesas, por adorar pregar partidas. Mas, mais do que
marcado pela enorme expansão indus- entre a guerra de interesses das grandes fazer os amigos comer gato por lebre,
trial, as garras do capitalismo, um mundo potências desse tempo, a luta por novos tenho a certeza que teria gostado desta
feito de Impérios e povos a conquistar mercados e filões de matérias-primas, que me pregou. Bem-haja, venerável D.
pela Bíblia e pelas armas. D. António Bar- não se coibindo estes de espezinhar os António!
roso calcorreou todos esses percursos direitos de um país à beira do colapso E, é assim, que o simpático missioná-
de mares, terras e pensamentos, distan- financeiro. rio da minha fantasia de criança se vai da
ciou-se também do seu pequeno mundo Hoje, regressar a Remelhe, está mui- “lei da morte libertando”…
de aldeia, mas era nela que encontrava to para além de um momento quase re-
a paz para continuar a caminhar. Era lá servado ao cemitério. Para mim, tornou- Alemanha, Colónia, 14/06/2020
que, num simples caldo de couves, ser- -se regresso emocional às raízes, à família

A capela-jazigo e a redoma de vidro que então cobria a urna de D. António Barroso

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Boletim do Venerável D. António Barroso

CONTINUAI A TRAZER FLORES PARA D. ANTÓNIO...


Bispo do Porto, em 31 de agosto de boca de Torcato Coutinho, Secretário
1918, depois de ter sido missionário do Conselho Económico e Pastoral
em Angola e no antigo reino do Congo os agradecimentos da «Comissão
e bispo em Moçambique e Meliapor, D. António Barroso» e da Paróquia
na Índia. por tão generosa oferta, consagrada
Devido à pandemia, estas ceri- para a posteridade na lápide que aju-
mónias comemorativas que, por feliz dou a descerrar.
acaso, coincidiram com os 140 anos Neste contexto, o arquiteto, to-
da chegada do missionário Barroso a mando a palavra, revelou, de modo
Luanda, não integraram o cortejo que, emotivo, a sua relação com o bispo
recordando a primeira trasladação missionário de Remelhe, em momen-
do Porto para Barcelos, partiria da tos sensíveis de saúde.
Texto e imagens de estação da CP, passaria pelos Paços No final da eucaristia, presidida
José Gomes Campinho do Concelho, terminando na capela ja- pelo pároco, Pe. Tiago Barros, e con-
zigo, erigida no cemitério de Remelhe, celebrada pelo Pe. Manuel Vilas Boas,
Foi com estas palavras «Continuai onde os seus restos mortais repousa- da SMNB, foi depositada uma coroa
a trazer flores para D. António»... que ram, desde 1927 até 17 de novembro de flores no memorial a D. António
o Pe. Manuel Vilas Boas, da Sociedade de 2019, data em que, por imposição instalado frente à Igreja paroquial. Mais
Missionária da Boa Nova, no dia 6 de da Santa Sé, foram trasladados para uma oportunidade para o Pe. Manuel
setembro, encerrou a cerimónia com o interior da igreja de Santa Marinha Vilas Boas voltar a enaltecer a figura
que os Amigos de D. António Barro- de Remelhe. daquele que, tendo sido missionário
so, desde há muitos anos, costumam Foi neste espaço, especialmente e bispo em três continentes, morreu
comemorar a trasladação do Porto preparado para D. António receber com fama de santidade e se vê, agora,
para Remelhe dos restos mortais a visita dos seus devotos e admira- a trilhar os difíceis caminhos da bea-
de D. António Barroso que nascido dores, que o arquiteto António Veiga tificação e da canonização. E daí o seu
nesta freguesia de Barcelos, em 5 de Araújo, responsável pelo projeto e apelo: «Continuai a trazer flores para
novembro de 1854, faleceu como acompanhamento da obra, ouviu da D. António»...

Conheça o
Venerável D. António Barroso
leia
www.domantoniobarroso.pt
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Boletim do Venerável D. António Barroso

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Boletim do Venerável D. António Barroso

ENTRE A MONARQUIA E A REPÚBLICA


A Diocese do Porto e o Centro de Estudos de História Religiosa da Uni-
versidade Católica Portuguesa cuidaram da edição e preparam a apresentação
do livro «Entre a Monarquia e a República: os tempos de D. António
Barroso no centenário da sua morte (1918 - 2018)», coordenado pelos
Prof. Doutores Adélio Fernando Abreu e Luís Carlos Amaral, resultante das comu-
nicações apresentadas no Colóquio com o mesmo título, que decorreu nos dias 7
e 8 de Junho de 2018, no Paço Episcopal do Porto.
A sessão pública de apresentação terá lugar na Sé do Porto, em data ainda
não confirmada, e será presidida por D. Manuel Linda, bispo do Porto, cabendo a
apresentação da obra ao Prof. Doutor Eugénio dos Santos. No decurso da sessão
haverá intervenções musicais ao órgão pelo organista Gregório Gomes.

CONTAS EM DIA
A última relação de contas (até 31 de Maio de 2020), está disponível no Boletim n.º 30, III Série. De 1 de Junho de 2020 até
31 de Outubro de 2020, efectuaram-se as seguintes despesas: Escola Tipográfica das Missões (Boletim n.º 30 e pagela biográfica
do Venerável D. António: 12.000 unidades): 1.010,82 € ; consumíveis e correio: 65,00 €. TOTAL: 1.075, 82 €.
No mesmo período, recebemos os seguintes donativos para apoio à Causa da Canonização e despesas do Boletim: assi-
nantes da freguesia de Remelhe: 568,00 €, com a colaboração de D.ª Laurinda Fonseca do Vale, Sr. Augusto Faria dos Penedos,
D.ª Maria Amélia Campos Seara, D.ª Ana Maria da Silva Coutinho; Sr. Augusto da Costa Martins, D.ª Margarida Barroso Simões,
Sr. Mário da Costa Lopes e D.ª Maria Magalhães Faria Senra; outros assinantes de Remelhe: D.ª Maria Alice e Sr. Abílio Pinheiro,
D.ª Lurdes Guimarães Carmo e D.ª Adozinda Gomes: 25,00 €; Dr. João Alves Dias: 100,00 €; Dra. Lúcia Sousa: 50,00 €; Familiares
de Adelaide da Silva Gomes e Manuel Matos de Araújo: 50,00 €; Anónimo: 50,00 €. TOTAL: 843, 00 €.

CONTACTOS

Se o caro leitor entender que recebeu alguma graça extraordinária (milagre), alguma resposta
extraordinária às preces que dirige a Deus, por intercessão do Venerável D. António Barroso, informe
o Postulador, Padre João Pedro Bizarro, pelo tlm. 913366967, ou o Vice-Postulador, Amadeu Gomes
de Araújo, pelo tlm. 934285048.
Se preferir informar por escrito, use a seguinte direcção: CAUSA DA CANONIZAÇÃO DE
D. ANTÓNIO BARROSO / RUA DE LUANDA, N.º 480 3.º ESQ. / 2775-369 CARCAVELOS, CASCAIS

MORADA DO BOLETIM: RUA DE LUANDA, N.º 480 3.ºESQ. / 2775-369 CARCAVELOS


Conta do «Grupo de Amigos de D. António Barroso», na Caixa Geral de Depósitos, Oeiras, para apoio à Causa
da Canonização e despesas do Boletim:
NIB: 003505420001108153073 IBAN: PT50003505420001108153073 BIC: CGDIPTPL

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