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ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

AMANDA

ANDRÉ

CAMILA

JAIMIRA

JUCIMARA

PHILIPE

SIMONE

TRABALHO

De

PSICOLOGIA

TEOFILO, ÓTONI, 10 DE JANEIRO 2011.


ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

DEFICIÊNCIA MENTAL

Trabalho avaliativo elaborado


para a disciplina de Psicologia
sob orientação da professora
Luiza.

TEOFILO ÓTONI , 10 DE JANEIRO DE 2011.

Sumário
INTRODUÇÂO..........................................................................................................4

CAPITULO I- Deficiência Mental.............................................................................5

1.1 O que é deficiência mental...................................................................................5

1.2 Diagnóstico..........................................................................................................6

1.3 Classificaçao da doença mental..........................................................................7

CAPÍTULO II – O processo do conhecimento...................................................13

2.1 Como é formado o pensamento?......................................................................13

CAPÍTULO III – Transtornos do desenvolvimento psicológico.......................15

3.1. Transtornos que podem aparecer com a deficiencia mental..........................15

COCLUSÃO.......................................................................................................24

REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................................................25

INTRODUÇÃO
No presente trabalho iremos apresentar a Deficiência mental, assim
poderemos esclarecer como e de que forma esta deficiência se manifesta.

Veremos que a DM se apresenta ainda na infância, e pode ser


originada de diversos fatores de risco como genéticos ( síndrome de Down),
ou por fatalidades (acidente de trânsito, traumas do parto), infestações como
a neurocisticercose (provocada pela larva da Taenia Solium que pode se
alojar no cérebro ), por infecção como a (meningite, sarampo), etc.

Portanto a DM não pode ser caracterizada nem diagnosticada de


forma única para todos os casos, pois alem de poder ser originada por
fatores diversos ela também pode se manifestar em níveis diferenciados,
sendo caracterizada como leve, moderada, grave e profunda de acordo com
a OMS CID-10. Mas também existem outras classificações como poderemos
presenciar no trabalho para a deficiência mental, que tanto tem sua
classificação baseada em critérios quantitativos (QI), quanto em critérios
qualitativos de socialização que se baseia em analisar a capacidade do
deficiente em relação à vinculação afetiva, comunicação, habilidades
motoras, enfim como se dá a sua capacidade de adaptação social, já que o
conceito de normalidade pregado pela sociedade se estabelece mais sob a
forma e capacidade dos indivíduos de se relacionar com o outro
(socialmente), do que sobre o individuo possuir uma capacidade de
raciocínio inferior ou superior.

Poderemos também analisar de forma mais profunda os transtornos


psicológicos que podem advir com a DM, e assim entender um pouco mais e
despidos de preconceitos sobre o que é a Deficiência Menta?

CAPÍTULO I
DEFICIÊNCIA MENTAL

1.1 O Que é Deficiência Mental ?

A deficiência mental é caracterizada quando uma pessoa apresenta


certas limitações no seu funcionamento mental, o que vai acarretar em
certas dificuldades no desempenho de atividades devido a restrições em
áreas de habilidades como: comunicação, relacionamento interpessoal.
habilidades escolares etc. A deficiência mental se apresenta antes dos 18
anos, e as crianças com atraso mental necessitam de mais tempo para falar,
caminhar, ler e para aprender a cuidar de si, portanto isso não quer dizer
que elas são incapazes de aprender mas que apenas necessitam de uma
atenção e de um tempo prolongado para que essas atividades se
desenvolvam de acordo com sua capacidade.

O DSM- IV caracteriza a deficiência quando uma “pessoa possui um


funcionamento intelectual significativamente inferior à media ( das pessoa
ditas intelectualmente normais pois possuem um QI mais elevado), mas é
importante destacar que a deficiência mental não pode ser diagnosticada
apenas quantitativamente, já que á noção de normal estabelecida pela
sociedade diz muito mais respeito á questão de adaptação do sujeito ao
objeto, ou seja da relação que o sujeito estabelece com o outro com o
mundo e de que forma se dá essa relação se dita naturalmente ou não.

Assim um sujeito que apresenta QI, inferior a 70 pode ser considerado


não possuidor de retardo mental, casos não apresente nenhum déficits que
prejudique seu desenvolvimento adaptativo.

Como vimos acima a deficiência mental pode ser uma condição mental
relativa, ou seja a deficiência principalmente nos graus mais leves não é o
suficiente para caracterizar uma pessoa, ainda mais que os níveis de QI que
é o que mede o nível de inteligência das pessoas se aplica de forma
diferenciada nas diversas culturas, assim uma pessoa com um QI
considerado baixo e portanto considerado deficiente em uma cultura pode
não ser em outra.

Assim sendo o QI, é utilizado como um indicador mas não é o suficiente


para caracterizar uma pessoa como deficiente por isso é associado a ele
outros diagnósticos que possibilitaram juntos uma maior precisão do estudo
do caso.Dessa forma é associado ao critério quantitativo (QI), critérios
também qualitativos (adaptação), para saber como a pessoa desenvolve
suas habilidades comunicativas, sociais etc. Portanto a deficiência e seu
grau de intensidade deve ser determinada conjuntamente através de
avaliações neurológicas, psiquiátricas, sociais e clinicas mas nunca sob uma
única abordagem de diagnóstico.

1.2 Diagnóstico

Avaliação social: É realizada pelo Assistente Social que através de


estudo do comportamento familiar percebe como se da a relação e a
dinâmica do deficiente na família, avaliando o ambiente familiar vendo
como esta lida com as dificuldades do deficiente e se está estabelecido
a aceitação dentro do seio sócio- cultural em que o deficiente se
encontra.

Avaliação física e psicológica: O medico é o responsável pela avaliação


física recorrendo a exames laboratoriais e outros mais específicos
como os psiquiátricos. Já o Psicólogo através de aplicações de testes,
provas e escalas avaliativas, irá perceber os aspectos psicológicos e
nível de deficiência mental.

1.3 Classificação da doença mental


Como vimos a deficiência mental deve ser diagnosticada em sua
totalidade analisando não somente o nível de intelectividade, mas
também o comportamento social levando em conta a capacidade de
adaptação, assim a classificação que se segue diz respeito ao nível de
dependência quanto mais dependente for o deficiente mental, ou seja
quanto maior for a intensidade de apoio de outrem, maior e mais grave
será o nível do retardo mental.

• Limitado: Apoios intensivos caracterizados por sua alguma


duração contínua, por tempo limitado, mas não intermitente.
Nesse caso incluem-se deficientes que podem requerer um
nível de apoio mais intensivo e limitado, como por exemplo, o
treinamento do deficiente para o trabalho por tempo limitado
ou apoios transitórios durante o período entre a escola, a
instituição e a vida adulta.

• Extenso: Trata-se de um apoio caracterizado pela


regularidade, normalmente diária em pelo menos em alguma
área de atuação, tais como na vida familiar, social ou
profissional. Nesse caso não existe uma limitação temporal
para o apoio, que normalmente se dá em longo prazo.

• Generalizado: É o apoio constante e intenso, necessário em


diferentes áreas de atividade da vida. Estes apoios
generalizados exigem mais pessoal e maior intromissão que
os apoios extensivos ou os de tempo limitado.

Outra classificação usada é esta expressa logo abaixo onde se pode


analisar o nível da doença de forma conjunta pela capacidade funcional e
adaptativa, onde se pode verificar o que pode ser proporcionado a criança
com deficiência mental facilitando a pratica clinica.
• Dependentes: geralmente QI abaixo de 25; casos mais
graves, nos quais é necessário o atendimento por instituições.
Há poucas, pequenas, mas contínuas melhoras quando a
criança e a família estão bem assistidas.
• Treináveis: QI entre 25 e 75; são crianças que se colocadas
em classes especiais poderão treinar várias funções, como
disciplina, hábitos higiênicos, etc. Poderão aprender a ler e a
escrever em ambiente sem hostilidade, recebendo muita
compreensão e afeto e com metodologia de ensino adequada.
• Educáveis: QI entre 76 e 89; a inteligência é dita “limítrofe ou
lenta” e estas crianças podem permanecer em classes comuns, embora
necessitem de acompanhamento psicopedagógico especial

Baseado na capacidade quantitativa (QI) temos a classificação da OMS-CID-


10 (Organização Mundial da Saúde), e seu respectivo quadro onde
apresenta os níveis da deficiência mental

• Leve: São casos perfeitamente educáveis. Podem chegar a realizar


tarefas mais complexas com supervisão. São os casos mais
favoráveis.

• Moderado: O máximo que podem alcançar é o ponto de assumir um


nível pré-operativo. São pessoas que podem ser capazes de adquirir
hábitos de autonomia e, inclusive, podem realizar certas atitudes bem
elaboradas. Quando adultos podem freqüentar lugares ocupacionais,
mesmo que sempre estejam necessitando de supervisão.

• Agudo Grave: Fundamentalmente necessitam que se trabalhe para


instaurar alguns hábitos de autonomia, já que há probabilidade de
adquiri-los. Sua capacidade de comunicação é muito primária. Podem
aprender de uma forma linear, são crianças que necessitam revisões
constantes.
• Profundo: São pessoas com uma incapacidade total de autonomia.
Os que têm um coeficiente intelectual inferior a 10, inclusive aquelas
que vivem num nível vegetativo.

Classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde)


Coeficiente Denominação Nível cognitivo Idade mental
intelectual segundo Piaget correspondente

Menor de Profundo Período 0-2 anos


20 Sensório-Motriz

Entre 20 e Agudo grave Período 0-2 anos


35 Sensório-Motriz

Entre 36 e Moderado Período Pré- 2-7 anos


51 operativo

Entre 52 e Leve Período das 7-12 anos


67 Operações
Concretas

No caso de DM Leve nos primeiros meses de vida a criança o


apresentar sinais de tranqüilidade, será capaz de sorrir, conseguir sinais
oculares adequados e olhar com aparente atenção. Pode também se
comunicar pois muitas crianças com DM Leve se expressam bem
utilizando palavras corretamente e desenvolvem aptidão social nas
relações, enfim durante os primeiros anos a diferença em relação a uma
criança normal são pouco notáveis. Mas é no inicio da vida escolar que os
pais começam a perceber as diferenças pela dificuldade que a criança vai
apresentar. No grau leve os pacientes podem alcançar níveis escolares até
a sexta serie do primeiro grau, embora em um ritmo mais lento que o
normal, já no segundo grau apresentarão grande dificuldades necessitando
de uma aprendizagem especializada. Como a deficiência é mais leve
essas pessoas possuem uma maior adaptação social podendo quando
chegar a idade adulta desenvolver atividades com independência. Isso
claro se o deficiente mental não desenvolver concomitantemente algum
transtorno grave que dificulte sua adaptação, pois é muito com que
pessoas com DM, desenvolvam outros transtornos principalmente
depressões emocionais, que dificultam a socialização devido a baixa
tolerância com frustrações principalmente afetivas.

Na DM moderada é de extrema importância os estímulos que


recebem durante os primeiros anos de vida, pois isso irá ajudar na
evolução do casos para melhor. A linguagem falada é muito semelhante
das crianças normais, apesar do vocabulário ser um tanto quanto escasso,
se encontrarem em uma ambiente acolhedor e fraterno podem desenvolver
suas habilidades de expressão a um ponto surpreendente. As pessoas
com DM moderada podem participar e se beneficiar de programas de
treinamento para melhor desenvolver suas habilidades. Mesmo
necessitando de supervisão é possível que dentro de um grupo social e de
um ambiente familiar estruturado os pacientes possam se desenvolver com
uma certa autonomia.

A DM grave ou (severa), ao contrario das já mencionadas se


desenvolve nos primeiras semanas de vida, apresentando Hipotonia
(deformações torácicas e escoliose), e por causa disso apresentar
problemas respiratórios. Existe também uma dificuldade psicomotora que
afeta o equilíbrio e a coordenação. Apresentam também grave dificuldade
de expressão e quando existe o vocabulário é muito pobre, e ocorre ainda
dificuldade para emissão de certos sons devido ao fato de faltar á língua e
aos lábios mobilidade e coordenação. Apresentam quadros de mudança
brusca do estado de ânimo, como crise súbitas de agressividade.

É pouco as possibilidades de evolução na DM grave, mas ainda se


pode esperar alguns benefícios trazidos através de auxilio persistente em
um ambiente propicio podem desenvolver atitudes mínimas de
autoproteção.

A DM profunda é o caso mais extremo as pessoas podem


apresentar mal formação encefálica ou facial. Dos primeiros anos até a
vida escolar as crianças desenvolvem mínimas capacidades lingüísticas ou
motoras possuindo uma capacidade de aprendizagem lentíssima. As
pessoa com DM profunda necessitam de cuidados pó toda a vida.

1.4 Causas e fatores de risco


É importante ressaltar que alguns casos de deficiência mental não
se chega ater clareza do fator, mas alguns são devidos aos fatores
apresentados a baixo:

A. Fatores de risco e Causas Pré – natais:


São os fatores que incidirão desde a concepção até o início do trabalho de
parto, e podem ser:
• Desnutrição materna;

• Má assistência à gestante;

• Doenças infecciosas na mãe: sífilis, rubéola, toxoplasmose;

• Fatores tóxicos na mãe: alcoolismo, consumo de drogas,


efeitos colaterais de medicamentos (medicamentos teratogênicos),
poluição ambiental, tabagismo;

• Fatores genéticos: alterações cromossômicas (numéricas ou


estruturais), ex.: síndrome de down, síndrome de matin bell;
alterações gênicas, ex.:erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria),
síndrome de Williams, esclerose tuberosa, etc.

B. Fatores de Risco e Causas Peri-Natais:


São os fatores que incidirão do início do trabalho de parto até o 30º
dia de vida do bebê, e podem ser:
• má assistência ao parto e traumas de parto;

• hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente);

• prematuridade e baixo peso (PIG - Pequeno para idade


Gestacional).

• icterícia grave do recém nascido - kernicterus (incompatibilidade


RH/ABO)

C. Fatores de Risco e Causas Pós-Natais:


Aqueles que incidirão do 30º dia de vida até o final da adolescência
e podem ser:
• desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação
global;
infecções: meningoencefalites, sarampo, etc;
• intoxiações exógenas (envenenamento): remédios,
inseticidas, produtos químicos (chumbo, mercúrio);
• acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia,
quedas, etc.
• infestações: neurocisticircose (larva da Taenia Solium).

CAPÍTULO II

O PROCESSO DO CONHECIMENTO

2.1 Como é formado o pensamento?


A nossa capacidade sensorial (tato, olfato, visão, gustação),
nos permite apreender o que esta ao nosso redor na realidade
concreta. Essa nossa capacidade depende de vários estímulos
mentais como( linguagem, memória, consciência, pensamento),
que combinados vão formar uma cadeia mental (inteligência). O
pensamento é a base estrutural da inteligência, é ele que nos
possibilita agrupar, combinar, selecionar logicamente (abstrato)
todos os conhecimentos adquiridos na vida social (realidade) e
assim poder processar novas formas de conhecimento.
O conhecimento foi muito questionado e sua busca através de
um viés racionalista (operação mental, discursiva e lógica), se deu
principalmente a partir do século XVIII, em um período da historia
denominado Iluminismo (período das luzes), baseado no
clareamento das idéias para uma atitude que vinculasse
pensamento e ação.
E foi dentro desse berço que se originou uma das mais
importantes correntes filosóficas o Racionalismo (raciocínio lógico)
,onde as idéias deviam ser embasadas na razão, ou seja coerentes
estabelecendo e propondo caminhos para alcançar determinados
fins( conhecimentos).
Foram vários os pensadores que expressaram essa lógica
racional, mas iremos retratar dois deles que dão explicações
acerca do conhecimento.
Para Kant o conhecimento se inicia a partir de princípios a priori
( subjetividade humana), que vai na realidade (experiência) buscar
questionamentos, indagar, verificar e após isso retorna à
consciência ( subjetividade) buscando respostas dos resultados
para então assim aplicá-los na pratica/ ação.
Resumindo se parte do abstrato estímulos da mente
( concepção previa ) – vou na realidade ( experiência concreta)
investigo, pesquiso, verifico, desvelo o real – volto ao abstrato
tentando elaborar as respostas - e vou na pratica aplicar os
resultados.
O Hegel avança nessa perspectiva e para ele a razão vai alem
desse processo ela consegue apanhar as contradições no
processo de mediação teoria pratica, dessa forma Hegel quer
salientar que “ não somos uma tabula rasa com afirmava Locke”,
para Hegel nos somos capazes de compreender essa realidade e
nesse processo já expresso a nossa potencialidade mental nos
permite pensar acerca da realidade, o nosso raciocínio nos permite
indagar e dessa forma negar essa realidade já que possuímos a
capacidade de discordar e interpretar as coisas sob um ponto de
vista diferenciado e assim buscar uma nova forma de compreensão
acerca dos fatos sociais.
Bem todo esse processo complexo serve para que possamos
entender como ocorre o processo mental e como se é possível a
intermediação com a realidade como ocorre a nossa adaptação
com o externo.
O que ocorre com a deficiência mental é que os portadores
desta, possuem uma dificuldade em alcançar o pensamento
abstrato, portanto não conseguem captar todos os estímulos
gerados na realidade, ocorrendo uma espécie de bloqueio pois a
mente não dá conta de elaborar, organizar e reavaliar esses
estímulos de forma completa transformando-os no processo mental
do conhecimento, por isso as pessoas com DM, possuem um
desenvolvimento de aprendizagem mais lento que as outras
pessoas, mas é importante ressaltar que esta dificuldade irá se dar
de forma mais intensa ou mais leve de acordo com o nível da DM.

CAPITULO III
TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
3.1 Transtornos que podem aparecer com a Deficiência mental

As pessoas com deficiência mental podem apresentar algum déficit em


relação a habilidades como motoras ou de linguagem, assim de acordo com a
classificação do CID-10 vamos ver alguns dos transtornos psicológicos que se
apresentam em pessoas com DM.

Os transtornos classificados em F80-F89 têm em comum: a) início


situado obrigatoriamente na primeira ou segunda infância; b)
comprometimento ou retardo do desenvolvimento de funções estreitamente
ligadas à maturação biológica do sistema nervoso central; e c) evolução
contínua sem remissões nem recaídas. Na maioria dos casos, as funções
atingidas compreendem a linguagem, as habilidades espaços-visuais e a
coordenação motora. Habitualmente o retardo ou a deficiência já estava
presente mesmo antes de poder ser posta em evidência com certeza,
diminuirá progressivamente com a idade; déficits mais leves podem,
contudo, persistir na idade adulta.

F80. Transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem

Transtornos nos quais as modalidades normais de aquisição da


linguagem estão comprometidas desde os primeiros estádios do
desenvolvimento. Não são diretamente atribuíveis a anomalias neurológicas,
anomalias anatômicas do aparelho fonador, comprometimentos sensoriais,
retardo mental ou a fatores ambientais. Os transtornos específicos do
desenvolvimento da fala e da linguagem se acompanham com freqüência de
problemas associados, tais como dificuldades da leitura e da soletração,
perturbação das relações interpessoais, transtornos emocionais e
transtornos comportamentais.

F80.0 Transtorno específico da articulação da fala


Transtorno específico do desenvolvimento na qual a utilização dos
fonemas pela criança é inferior ao nível correspondente à sua idade mental,
mas no qual o nível de aptidão lingüística é normal.
• Dislalia ( distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade em articular
palavras)

• Lalação ( é a fase onde os bebês pronunciam os primeiros


monossílabos. ex: ma-ma La-la )

• Transtorno do desenvolvimento da articulação da fala (fonológico).

F80.1 Transtorno expressivo de linguagem

Transtorno específico do desenvolvimento no qual as capacidades da


criança de utilizar a linguagem oral são nitidamente inferiores ao nível
correspondente à sua idade mental, mas no qual a compreensão da
linguagem se situa nos limites normais. O transtorno pode se acompanhar
de uma perturbação da articulação.

F80. 2 Transtorno receptivo da linguagem

Transtorno específico do desenvolvimento no qual a capacidade de


compreensão da linguagem pela criança está abaixo do nível
correspondente à sua idade mental. Em quase todos os casos, a linguagem
expressiva estará também marcadamente prejudicada e são comuns
anormalidades na articulação.

• Agnosia auditiva congênita (é a incapacidade de reconhecimento e


distinção dos sons )

• Surdez verbal

• Transtorno de desenvolvimento (do tipo):


 afasia de Wernicke ( alteração na linguagem falada ou escrita devido
a lesão neurológica tornando a comunicação ininteligível).
 afasia ou disfasia de compreensão (receptiva).

F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares

Transtornos nos quais as modalidades habituais de aprendizado


estão alteradas desde as primeiras etapas do desenvolvimento. O
comprometimento não é somente a conseqüência da falta de oportunidade
de aprendizagem ou de um retardo mental, e ele não é devido a um
traumatismo ou doença cerebrais.

F81 .0 Transtorno específico de leitura

A característica essencial é um comprometimento específico e


significativo do desenvolvimento das habilidades da leitura, não atribuível
exclusivamente à idade mental, a transtornos de acuidade visual ou
escolarização inadequada. A capacidade de compreensão da leitura, o
reconhecimento das palavras, a leitura oral, e o desempenho de tarefas que
necessitam da leitura podem estar todas comprometidas. O transtorno
específico da leitura se acompanha freqüentemente de dificuldades de
soletração, persistindo comumente na adolescência, mesmo quando a
criança haja feito alguns progressos na leitura. As crianças que apresentam
um transtorno específico da leitura tem freqüentemente antecedentes de
transtornos da fala ou de linguagem. O transtorno se acompanha
comumente de transtorno emocional e de transtorno do comportamento
durante a escolarização.

• Dislexia de desenvolvimento ( caracteriza-se por dificuldade na área da


leitura soletração e escrita),
• Leitura especular
• Retardo específico da leitura
F81. 1 Transtorno específico da soletração

A característica essencial é uma alteração específica e significativa do


desenvolvimento da habilidade para soletrar, na ausência de antecedentes
de um transtorno específico de leitura, e não atribuível à baixa idade mental,
transtornos de acuidade visual ou escolarização inadequada. A capacidade
de soletrar oralmente e a capacidade de escrever corretamente as palavras
estão ambas afetadas.
Retardo específico da soletração (sem transtorno da leitura).

F81.2 Transtorno específico da habilidade em aritmética

Transtorno que implica uma alteração específica da habilidade em


aritmética, não atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou à
escolarização inadequada. O déficit concerne ao domínio de habilidades
computacionais básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão mais
do que as habilidades matemáticas abstratas envolvidas na álgebra,
trigonometria, geometria ou cálculo.
• Acalculia de desenvolvimento
• Discalculia
• Síndrome de Gerstmann de desenvolvimento
• Transtorno de desenvolvimento do tipo acalculia.

F81.3 Transtorno misto de habilidades escolares

Categoria residual mal definida de transtornos nos quais existe tanto


uma alteração significativa do cálculo quanto da leitura ou da ortografia, não
atribuíveis exclusivamente a retardo mental global ou à escolarização
inadequada.

F82 Transtorno específico do desenvolvimento motor

A característica essencial é um comprometimento grave do


desenvolvimento da coordenação motora, não atribuível exclusivamente a
um retardo mental global ou a uma afecção neurológica específica,
congênita ou adquirida. Na maioria dos casos, um exame clínico detalhado
permite sempre evidenciar sinais que evidenciam imaturidade acentuada do
desenvolvimento neurológico, por exemplo movimentos coreiformes dos
membros, sincinesias e outros sinais motores associados; assim como
perturbações da coordenação motora fina e grosseira.

• Debilidade motora da criança


• Síndrome da “criança desajeitada”
• Transtorno da: aquisição da coordenação e do desenvolvimento do tipo
dispraxia.

F94.0- Mutismo eletivo

Transtorno caracterizado por uma recusa, ligada a fatores


emocionais, de falar em certas situações determinadas. A criança é capaz
de falar em certas situações, mas recusa-se a falar em outras determinadas
situações. O transtorno se acompanha habitualmente de uma acentuação
nítida de certos traços de personalidade, como por exemplo ansiedade
social, retraimento social, sensibilidade social ou oposição social. Mutismo
seletivo.

Exclui:
• esquizofrenia (F20)
• mutismo transitório que acompanha uma angústia de separação em
crianças pequenas (F93.0)

F95- Tiques

Grupo de síndromes, caracterizadas pela presença evidente de um


tique. Um tique é um movimento motor (ou uma vocalização) involuntário,
rápido, recorrente e não-rítmico (implicando habitualmente grupos
musculares determinados), ocorrendo bruscamente e sem finalidade
aparente.Os tiques são habitualmente sentidos como irreprimíveis, mas
podem em geral ser suprimidos durante um período de tempo variável. São
freqüentemente exacerbados pelo “stress” e desaparecem durante o sono.
Os tiques motores simples mais comuns incluem o piscar dos olhos,
movimentos bruscos do pescoço, levantar os ombros e fazer caretas. Os
tiques vocais simples mais comuns comportam a limpeza da garganta,
latidos, fungar e assobiar. Os tiques motores complexos mais comuns
incluem se bater, saltar e saltitar. Os tiques vocais complexos mais comuns
se relacionam à repetição de palavras determinadas, às vezes com o
emprego de palavras socialmente reprovadas, freqüentemente obscenas
(coprolalia) e a repetição de seus próprios sons ou palavras (palilalia).

• F95.0- Tique transitório -Transtorno que responde aos critérios


gerais de um tique, mas que não persiste além de doze meses. Trata-
se habitualmente do piscamento dos olhos, mímicas faciais ou de
movimentos bruscos da cabeça.
• F95.1 Tique motor ou vocal crônico -Transtorno que responde aos
critérios de um tique, caracterizado pela presença que de tiques
motores, quer de tiques vocais mas não os dois ao mesmo tempo.
Pode-se tratar de um tique isolado, ou mais frequentemente, de tiques
múltiplos, persistindo durante mais de um ano.
• F95. 2- Tiques vocais e motores múltiplos combinados [doença
de Gilles de la Tourette] -Transtorno caracterizado em um momento
qualquer durante o curso da doença por tiques motores múltiplos e
um ou mais tiques vocais, não necessariamente simultâneos. O
transtorno se agrava habitualmente durante a adolescência e persiste
frequentemente na idade adulta. Os tiques vocais são múltiplos, com
vocalizações, limpeza da garganta e grunhidos repetidos e
explosivos, e por vezes, emissão de palavras ou frases obscenas,
associadas em certos casos a uma ecopraxia gestual que pode ser
igualmente obscena (copropraxia).

F98.0- Enurese de origem não-orgânica

Transtorno caracterizado por micção involuntária (diurna e/ou


noturna) anormal levando-se em conta a idade mental da criança, e que não
está ligada a um transtorno do controle vesical de origem neurológica, crises
epilépticas ou anomalia orgânica do aparelho urinário. A enurese pode
existir, de modo contínuo, depois do nascimento ou ser precedida de um
período de controle de função vesical. Pode-se acompanhar de um
transtorno mais generalizado das emoções ou do comportamento.

• Enurese: funcional-(primária) (secundária) de origem não-orgânica-


psicogênica-Incontinência urinária de origem não-orgânica

F98.1 Encoprese de origem não-orgânica

Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou


voluntária, habitualmente de consistência normal ou quase normal, em locais
inapropriados a este propósito, tendo-se em conta o contexto sócio-cultural
do sujeito. Pode se tratar de uma persistência anormal da incontinência
infantil normal, ou perda de continência após a aquisição do controle
intestinal, ou ainda de emissão fecal deliberada em locais não apropriados a
despeito de um controle esfincteriano normal. A encoprese pode constituir
um transtorno isolado, monossintomático ou fazer parte de um outro
transtorno, em particular um transtorno emocional (F93.-) ou transtorno de
conduta (F91.-).

• Encoprese: funcional-psicogênica-Incontinência fecal de origem não-


orgânica

Exclui:
encoprese SOE (R15)

F98. 2- Transtorno de alimentação na infância

Transtorno de alimentação com manifestações diversas geralmente


específicas da criança muito jovem e do início da infância. Leva geralmente
à recusa de alimentos e a uma seletividade extrema, embora os alimentos
sejam de qualidade razoáveis, que os cuidados sejam dados por uma
pessoa competente, e que não haja doença orgânica. A ruminação
(regurgitação repetida sem náusea nem transtorno gastrointestinal) pode
estar associada.Transtorno de ruminação da criança.

• Exclui:
anorexia nervosa e outros transtornos da alimentação (F50.-)-
dificuldades nutricionais e nutrição inadaptada (R63.3)-pica do
lactente ou da criança (F98.3)-problemas nutricionais no recém-
nascido

F98. 5- Gagueira [tartamudez]

A gagueira é caracterizada por repetições ou prolongamentos


freqüentes de sons, de sílabas ou de palavras, ou por hesitações ou
pausas frequentes que perturbam a fluência verbal. Só se considera
como transtorno caso a intensidade de perturbação incapacite de modo
marcante a fluidez da fala.
• Exclui:
linguagem precipitada (F98.6),tiques (F95.-).

F98.6- Linguagem precipitada

A linguagem precipitada é caracterizada por um débito verbal


anormalmente rápido e um ritmo irregular (sem repetições nem
hesitações), suficientemente intenso para tornar difícil a
inteligibilidade. A linguagem é irregular e mal ritmada, consistindo em
emissões verbais rápidas com formas sintáticas errôneas.

CONCLUSÃO

Podemos concluir com este trabalho que a DM, apesar de causar


algumas incapacidades como lingüísticas ou psicomotoras de acordo com o
nível da deficiência, ainda é possível perceber um bom desempenho das
habilidades como nos níveis leves e moderados de DM, e para isso é
importante um bom acompanhamento realizado por profissionais, alem da
afetividade, empenho e cuidados dos membros familiares para com o
deficiente. Dessa forma muitos deficientes podem chegar a exercer suas
atividades com autonomia como por exemplo os possuidores da síndrome
da síndrome de Down.

Portanto devemos deixar todo preconceito de lado e abrir os olhos


para enxergar que essas pessoas são seres humanos que possuem
sentimentos como qualquer outra, e que a sua deficiência não os torna
inferiores a nada nem ninguém pois são possuidores dos mesmos direitos
estabelecidos em sociedade e merecem respeito e dignidade como qualquer
individuo.

REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA

HTTP://www.indianapolis.com.br. Acessado em 05/02/11

HTTP://www.psicologia.com.pt. Acessado em 03/02/11

HTTP://www.psicosite.com.br. Acessado em 03/02/11.


HTTP://www.winkipedia.com.br. Acessado em 03/02/11.

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