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O documento descreve um caso prático sobre um contrato de consórcio celebrado entre várias empresas para a construção de um pavilhão de exposição de arte. O consórcio foi formado por Cimentos Forte, Pedra e Cal, Edifica e o investidor JB. O contrato de empreitada foi celebrado entre a Fundação proprietária do pavilhão e o consórcio, tendo havido atrasos na obra e um acidente fatal.
Originalbeschreibung:
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Originaltitel
Casos Direito Comercial I 12 (Contrato de concessão)
O documento descreve um caso prático sobre um contrato de consórcio celebrado entre várias empresas para a construção de um pavilhão de exposição de arte. O consórcio foi formado por Cimentos Forte, Pedra e Cal, Edifica e o investidor JB. O contrato de empreitada foi celebrado entre a Fundação proprietária do pavilhão e o consórcio, tendo havido atrasos na obra e um acidente fatal.
O documento descreve um caso prático sobre um contrato de consórcio celebrado entre várias empresas para a construção de um pavilhão de exposição de arte. O consórcio foi formado por Cimentos Forte, Pedra e Cal, Edifica e o investidor JB. O contrato de empreitada foi celebrado entre a Fundação proprietária do pavilhão e o consórcio, tendo havido atrasos na obra e um acidente fatal.
Regência: Profs. Doutores António Menezes Cordeiro e Ana Perestrelo de Oliveira
CONTRATO DE CONCESSÃO
CASO PRÁTICO N.º 12
João Baralhado (JB) é um famoso investidor da Banca Portuguesa e fundador
de uma instituição mui especial sem fins lucrativos, designada Fundação “Moi-même” (FMM). Em Janeiro, a FMM decidiu construir um magnífico pavilhão de exposição de arte bizantina para dar a conhecer a colecção pessoal do seu fundador tendo vindo a adjudicar a obra a “CCC – Consórcio Constrói e Cai”. O CCC é composto pelas sociedades Cimentos Forte, Lda., Pedra e Cal, S.A., Edifica, S.A. e pelo próprio JB. No contrato de consórcio, entre outros aspectos, vinha estipulado o seguinte: «1 –As partes procederão, em comum, à construção do pavilhão, ficando cada uma delas responsável pelas seguintes tarefas: a) à Cimentos Forte, Lda., caberá a construção de toda a estrutura do edifício, orçamentada em € 1.500.000,00; b) à Pedra e Cal, S.A. caberá a realização de todos os trabalhos de alvenaria, orçamentados em € 1.000.000,00; c) a Edifica, S.A. procederá à cobertura do telhado, à montagem de equipamentos, e à finalização da obra, trabalhos orçamentados em € 500.000,00; d) ao consorciado JB caberá contribuir com dinheiro equivalente a 10% do valor total da empreitada que constituirá um fundo de maneio próprio do consórcio. 2 – Fica designado o consorciado JB como “Chefe do Consórcio”. 3 – As partes conferem os necessários poderes ao Chefe do Consórcio para em seu nome e representação realizar todos os actos materiais e jurídicos necessários ou convenientes ao desenvolvimento do Projecto, incluindo a negociação do contrato de empreitada, a sua celebração e eventual modificação. 4 – O preço da empreitada, no valor global de € 3.000.000,00, será dividido do seguinte modo: 75% para as sociedades construtores, na proporção da sua participação no empreendimento; 25% para o JB. Os custo serão suportados na mesma proporção. » O contrato de empreitada foi outorgado em 25 de Janeiro de 2009 pela Fundação e pelo JB, tendo sido estipulado um prazo de 6 meses para a conclusão da obra. Em caso de atraso, ficou estipulada uma cláusula penal equivalente a € 2.500,00/dia. Para a construção da estrutura do edifício, a Cimentos Forte, Lda. subcontratou a Moreira e Carvalho, Lda. O preço do contrato de subempreitada nunca foi pago. Durante a obra, morreu um trabalhador da Pedra e Cal, S.A. num acidente de trabalho grave, cuja causa parece estar associada à violação de normas básicas de segurança.
1. Como qualifica o contrato celebrado entre Cimentos Forte, Lda., Pedra e
Cal, S.A., Edifica, S.A. e JB? Quais as partes do contrato de empreitada celebrado entre a FMM e o CCC?
2. A sociedade Moreira e Carvalho, Lda. moveu uma acção de
responsabilidade civil contratual contra JB exigindo-lhe o pagamento dos valores acordados com Cimentos Forte, Lda. entendendo que, tratando-se de uma subempreitada para a realização de uma obra do CCC, os membros do consórcio seriam solidariamente responsáveis pelas obrigações assumidas. Os familiares do trabalhador da Pedra e Cal, S.A. que morreu na obra seguiram- lhe o exemplo. Quid juris? 3. Oito meses após o início da obra, o pavilhão não estava ainda concluído mas o preço da empreitada já estava todo pago. Poderia a FMM exigir à Pedra e Cal, S.A. a totalidade do valor devido a cláusula penal?
4. Estava a administração da Pedra e Cal, S.A. a discutir com a FMM o
diferendo supra referido, quando a FMM recebeu uma comunicação da Cimentos Forte, Lda. solicitando o pagamento de € 1.500.000,00 devidos pela construção da estrutura, conforme o descrito no orçamento de obra. A FMM respondeu dizendo que já tinha pago a totalidade do empreendimento ao JP e que, sendo este Chefe do Consórcio, só ele podia solicitar algum eventual valor em falta. Quid juris?
5. Tendo em conta a conduta da Cimentos Forte, Lda. e a forte suspeita de que
a morte do trabalhador da Pedra e Cal, S.A. se ficou a dever pela violação, pela parte desta, dos mais elementares deveres de segurança, a Edifica, S.A. pretende abandonar o consórcio e ainda ser ressarcido pelos danos causados à sua imagem e bom nome, causados pelo facto de ser conhecido no mercado a sua pertença ao CCC e, logo, a sua participação em tão nefasto empreendimento... Quid Juris?