Deverá sempre ser referido "facies", focalizando três aspectos:
1) a expressão fisionômica do estado psicológico do paciente; 2) a
demonstração de uma perturbação metabólica presente ou não; 3) o aspecto característico, e por isso mesmo, já encaminhando ou já formulando o diagnóstico da principal doença orgânica, ou pelo menos, que esteja associado à doença principal ou à síndrome. Estes tipos de "facies" dizem respeito principalmente às doenças endócrinas e neurológicas, mas podendo também aparecer em outras eventualidades, como por exemplo o "facies" mitral, o "facies renal", o "facies ictérico", que definem também a natureza da doença ou síndrome. Não deverão ser usadas, como habitualmente o são, expressões inúteis no conceito propedêutico como "facies não característica", "facies atípica", "facies inexpressiva", "facies que não se enquadra em qualquer doença", etc., etc.
1) A expressão fisionômica do estado psicológico é muito variável com as
diversas reações psíquicas, em intensidade e qualidade, de acordo com determinados tipos de personalidade, porém, o "facies" de dor, de medo, de ansiedade, de pavor, de indiferença, de angústia, de apatia, de tristeza ou melancolia, de depressão, de sonolência, de torpor, de sopor, de coma, deverão ser expressos porque induzirão, já de imediato, algumas dessas expressões, à formulação do raciocínio do diagnóstico e do prognóstico. (Figs. II-5).
2) O estado metabólico alterado poderá ter a sua expressão no "facies": o bem
nutrido, o emagrecido, o caquético, o desidratado, o peritoneal ou hipocrático (no choque em evidente desidratação), o febril, o ictérico, o edemaciado com caracteres do edema renal, do edema cianótico da compressão da veia cava superior ou do "cor pulmonale" crônico em insuficiência cardíaca congestiva grave, e outros fatores determinantes, a palidez dos anêmicos, etc. (Figs. II-6).