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AS CRUZADAS

Em nome de Deus
O chamado do papa Urbano II aos cristãos foi feito em 1095, no Concilio de Clermont-
Ferrand, na França. Na ocasião, ele declarou que os cristãos deveriam “arrancar aquela
terra” das mãos dos infiéis. Referia-se á Terra Santa, região da Palestina na qual se
localizam os lugares percorridos por Jesus durante sua vida. A mais importante cidade
dessa região era Jerusalém, onde se encontrava o Santo Sepulcro, local onde Jesus teria
sido enterrado. Esse território estava em poder dos mulçumanos desde o século VII. Os
cristãos que participassem de sua reconquista, garantia o papa seriam absorvidos de
todos os pecados e suas almas ganhariam o reino dos céus.
Imediatamente após o apelo do papa, começaram os preparativos para a Primeira
Cruzada. Alem do objetivo puramente religioso, muitas pessoas tinham interesse
matérias na aventura. Os cavaleiros e os senhores feudais, por exemplo, queriam
conquistar novas terras e riquezas, alem de extinguir seus pecados e garantir a vida
eterna. Os comerciantes, por sua vez, buscavam ampliar seus mercados. Já os
camponeses viam nas cruzadas uma possibilidade de se libertar dos autos impostos e de
sua prisão a terra. Todos os que se juntavam á expedição eram chamados de cruzados,
por trazerem uma cruz desenhada no peito ou no escudo.

A Primeira Cruzada
Em 1096, no ano seguinte a sua conclamação pelo papa, a Primeira Cruzada partiu da
Europa ocidental. Liberados por grandes senhores feudais, os cruzados reuniam
principalmente os filhos da nobreza que não eram herdeiros.
Como o papa não convocou apenas os cavaleiros, milhares de miseráveis se uniram sob
a liderança do monge Pedro, o Eremita, e seguiram para o Oriente. Mal armada e
despreparada, a Cruzada dos Mendigos, como ficou conhecida essa expedição, foi
massacrada pelos muçulmanos. Enquanto isso, a Primeira Cruzada seguia em direção a
Jerusalém.
A primeira cidade conquistada pelos cruzados foi Antioquia,em 1098, depois de um
longo cerco Jerusalém foi tomada em 1099. Para administrar a cidade, os lideres dos
cruzados escolheram o cavaleiro Godofredo de Bulhão, que recebeu o titulo de
Guardião do Santo Sepulcro. Senhores da região, os cruzados criaram ai diversos reinos,
principados e feudos cristãos, entre os quais o Reino de Jerusalém.
Com a morte de Godofredo em 1100, o cavaleiro Balduino, de Flandres (na atual
Bélgica), foi proclamado rei de Jerusalém, onde permaneceria ate sua morte em 1118.
Os comerciantes de Gênova e Veneza, cidades-Estado da península Itálica, passaram a
abastecer os novos reinos, o que estimulou o comercio e o crescimento das duas
cidades. Animados com a rápida vitória, muitos cristãos europeus se dirigiram ao
Oriente na esperança de obter o perdão de seus pecados e conquistar riquezas, terras e
glorias militares. Apesar de sofrerem algumas derrotas nos anos seguintes, os cruzados
mantiveram por algum tempo o controle das regiões conquistadas.

A Segunda e a Terceira Cruzadas


Composta principalmente de cavaleiros, a primeira Cruzada não contou com a
participação de nenhum rei europeu. Por isso é também conhecida como Cruzadas dos
Cavaleiros. À hora dos reis, entretanto, logo iria chegar.
Em 1144, os muçulmanos lançaram uma contra-ofensiva e retomaram o Reino de
Edessa. A resposta da igreja não tardou. Em 1145, o papa Eugenio III convocou uma
nova Cruzada. Atendendo ao apelo, os reis Luis VII, da França, e Conrado III, do Sacro
Império-germanico, mobilizaram seus exércitos e marcharam em direção a Edessa, mas
suas tropas foram derrotadas pelos muçulmanos em 1147. Quarenta anos depois, em
1187, os muçulmanos liderados pelo sultão Saladino, reconquistaram a cidade de
Jerusalém.
Esse acontecimento levou o papa Gregório VIII a convocar a Terceira Cruzada, na qual
se engajaram os reis Filipe Augusto, da França, Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra,
e Frederico I Barba Ruiva, imperador do Sacro Império romano-germanico. Iniciada em
1189, a expedição, conhecida como Cruzada dos Reis terminou em 1192, sem que os
cruzados reconquistassem Jerusalém. O Sultão Saladino, entretanto, em negociações
com Ricardo Coração de Leão, assumiu o compromisso de autorizar a peregrinação dos
cristãos aos lugares santos.

A Quarta Cruzada
Em 1198, o papa Inocêncio III convocou uma nova cruzada. Mas interessados do que
nunca em obter o monopólio do comercio com o Oriente, os mercadores de Veneza, na
península Itálica, comprometeram-se a financiar o transporte marítimo dos cruzados ate
o Egito. Em troca os cruzados deveriam conquistar para eles a cidade portuária de Zara,
na costa norte do mar Adriático. os cruzados partiram em 1202 e conquistaram Zara,
apesar da ameaça de excomunhão pelo papa, que era contrario ao ataque a cidades
cristas pelos cruzados. Em seguida, instigados pelos comerciantes de Veneza, eles
atacaram e saquearam Constantinopla, onde se lançaram as matanças indiscriminadas e
a profanação de igrejas cristas-ortodoxas.
Enriquecidos pelos saques de Zara e Constantinopla, os cruzados desistiram de
conquistar Jerusalém, retornando a Europa em 1204.

As Últimas Cruzadas
Depois da quarta cruzada, espalhou-se pela Europa a idéia de que as crianças por serem
puras e inocentes, estavam em melhores condições do os adultos de conquistar a Terra
Santa. Formou-se assim um exercito de crianças e adolescentes, que partiu para o Egito
a caminho de Jerusalém. Ao chegar a Alexandria, porem, quase todos foram feitos
prisioneiros e vestidos como escravos para os muçulmanos.
Os cristãos realizaram mais quatro expedições a Terra Santa entre 1217 e 1270. Iniciada
em 1217, a Quinta Cruzada só chegou ate o Egito. Atingida por uma enchente do Nilo,
voltou para a Europa em 1221 sem alcançar Jerusalém. Já a Sexta Cruzada (1228-1229)
teve mais êxito. Por meio de negociações com os governantes muçulmanos, seu líder, o
imperador Frederico II, conseguiu que os muçulmanos lhe entregassem Jerusalém, mas
voltou para a Europa logo depois.
Em 1244, os muçulmanos voltaram a ocupar Jerusalém. Nova Cruzada, a Sétima (1248-
1250), foi organizada contra eles. Chefiada pelo rei da Franca Luis IX (mais tarde
canonizado como São Luis), acabou em desastre. O exercito cristão foi dizimado pela
peste e Luis IX aprisionado pelos muçulmanos, que cobraram um pesado resgate para
libertá-lo. A Oitava cruzada (1270) foi ainda mais desastrosa. Liderada também por
Luis IX, terminou com a morte do rei francês em Tunis, no norte da África, de onde os
cruzados voltaram para a Europa.

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