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METÁFORA

Gilberto Gil

Metáfora
Gilberto Gil
Um Banda um

Uma lata existe para conter algo,


Mas quando o poeta diz lata
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo,


Mas quando o poeta diz meta
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso não se meta a exigir do poeta


Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudo-nada cabe,
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha a caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta,


Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
A metáfora de Gilberto Gil
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15/04/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h33 por Admin

https://minas1.com.br/posts/cultura/a-metafora-de-gilberto-gil

O linguista Gustavo Conde fala sobre a obra de Gilberto Gil e sobre o significado da
música popular brasileira para o momento político; "a música brasileira antecipou esse
golpe violento e produziu uma resposta antecipada às suas brutalidades, arbítrios,
oportunismos e artifícios variados para gerar imobilismos e retrocessos na cena social",
ele diz; para o também colunista do 247, "Cada canção desta época, política ou não, é
uma senha para se combater a paralisia política que tomou conta do país"

Por Gustavo Conde - A resistência democrática recolocou em cena um dos nossos


maiores patrimônios: a música popular brasileira. Ao ouvir o cancioneiro dos anos 60,
70 e 80, temos a impressão de que esse conjunto monumental de canções e
compositores fizeram um investimento político-estético sem precedentes para o futuro.

A música brasileira antecipou esse golpe violento e produziu uma resposta antecipada às
suas brutalidades, arbítrios, oportunismos e artifícios variados para gerar imobilismos e
retrocessos na cena social. Cada canção desta época, política ou não, é uma senha para
se combater a paralisia política que tomou conta do país.

É muito curioso, porque o golpe de 2018 tornou a música popular brasileira dos anos de
chumbo ainda mais forte e mais contundente, plena de sentidos de resistência e com um
manancial infinito de estratégias e mobilizações catárticas através do mais humano dos
nossos produtos simbólicos: a dicção da arte.

A música, no entanto, tem ainda um componente mais invasivo que a pintura, que a
literatura ou mesmo que o teatro. A música instala “ritmo” no tecido social. Ela produz
acelerações da ação, projeta sensações, associa a força da palavra fugaz à permanência
durativa das melodias e funda um nascedouro infinito e subversivo de sentidos políticos
e identitários impossíveis de serem sabotados pelo poder opressor senão pelas vias da
censura.

Chama a atenção a conjunção histórica que se promoveu no Brasil no que diz respeito à
canção popular. O país, naturalmente, tinha a verve e a profusão infinita de talentos e
ancestralidades culturais para produzir a arte musical mais complexa e sofisticada do
mundo.

Assim o fez, com todo o cancioneiro dos anos 20 e sua respectiva sequência natural que
gestou, dentre outras coisas, o samba, a bossa nova e todo substrato sonoro que
viabilizou os desdobramentos de gênero e estilo dos anos 50, dotando as técnicas de
composição com um poder descomunal de desafiar todo e qualquer gênero musical do
planeta.

A antropofagia conceitual que foi evocada quase que espontaneamente por um Oswald
de Andrade, guiado pela ancestralidade europeia que se diluía fortemente mesclada às
influências negras e indígenas, realmente exerceu um papel poderosíssimo na
apropriação cultural brasileira do mundo global do faber artístico.

Nisso, o Brasil também foi e é singular: pode não parecer – e quando pensamos na
nossa elite escravocrata, realmente não parece – mas nós temos a tendência de sermos
grandes, ousados, ambiciosos. A arte brasileira carimba essa marca diante de um mundo
bastante bem comportando se comparado às nossas ousadias.

Quem faria o que um modesto baiano fez com o jazz? João Gilberto simplesmente se
apropriou e re-significou o jazz, a música popular americana, ao idealizar a bossa nova,
trazendo para o samba a complexidade harmônica daquele gênero. Nenhum país do
mundo ousou fazer isso de maneira tão espontânea.

Mais do que se apropriar, o Brasil e sua profusão de compositores altamente técnicos e


dotados de raro talento de elaboração, sofisticou ainda mais o jazz, com a verve
avassaladora de Tom Jobim e as derivações harmônicas de Edu Lobo e dos mineiros do
Clube da Esquina.

O mundo reverencia nossa música com uma intensidade pouco conhecida aqui em solo
nacional. Jazzistas consagrados, quando falam de música brasileira, prendem a
respiração. Eles sabem o tipo de fenômeno estético que se desenrolou por aqui – e
sabem ouvir a nossa produção musical como poucos brasileiros são capazes de ouvir.

Há de se dizer também que o Brasil teve uma indústria fonográfica importante, que
deixou a sua marca e que contribuiu para a consolidação da nossa identidade musical.

O Brasil foi um dos poucos países do mundo que não foi tomado pela música americana
de maneira arrasadora com a expansão e popularização do cinema de Hollywood. O
Brasil absorveu a influência do cancioneiro americano, mas também resistiu a ela,
fazendo frente nas execuções em rádio e estabelecendo uma identidade poderosa nos
anos 40 e 50.

Os americanos não se lançaram a boicotar essa nossa tendência a grandiosidade e à


autoestima musical. Por sorte - ou por outras razões - no terreno na canção, o Brasil
jamais foi subserviente ou secundário. Ele influenciou o mundo e se impôs de maneira
irresistível a arrebatadora.

A canção, a letra

Gilberto Gil é um desses produtos da imensidão estética de nossa cultura de música


popular. É um compositor virtuoso que lida com letra e melodia de maneira muito
peculiar e filosófica. É um agente político full time, um agregador, um catalizador, um
irradiador de resistência humana, de combate ao preconceito, de produção de
desdobramentos subjetivos, de ousadias estéticas, de diálogos múltiplos com toda a
cultura mundial, do cinema à pintura, das tecnoclogias ao experimentalismo, do
romance e da tradição às eletrificações sonoras, plenas de sentido e consequência.

Gil tem uma biografia igualmente poderosa. De Salvador, dos festivais da canção, da
resistência, das metáforas, do exílio, da parceria com outro gigante chamado Caetano
Veloso, do retorno ao país, da insistência na democracia, da atenção à cena pop
internacional, a antropofagização de toda essa cena, do equilíbrio entre a mais profunda
tradição (o baião, o xaxado, o samba, a bossa) e a mais contemporânea das linguagens
(o reggae, o funk, o ska, o rock). Gil é continente, outro nessa imensa Pangea que é a
música popular brasileira.

O compositor baiano ainda usufrui de uma especial virtuosidade com a palavra. Não
bastasse a densidade conceitual que sua ancestralidade negra impõe à música que faz,
seu manejo linguístico é de intimidar os maiores letristas-ourives da cena mundial.
Vejamos uma canção seminal, de 1982, Metáfora:

Uma lata existe para conter algo

Mas quando o poeta diz: "Lata"

Pode estar querendo dizer o incontível

Aqui o enunciador cancional estabelece uma das cenas mais delicadas que a semiótica
da canção pode rastrear. Liga a palavra à coisa para iniciar um percurso narrativo rumo
ao tecido caudaloso da linguagem humana.

A “lata” é um objeto que tem sua função social, mas é também uma palavra para o gesto
simbólico do poeta – que é o próprio Gil e seu desdobramento cancional. O Gil
compositor cinde as duas dimensões de “lata” e dá início a uma busca não passional, do
ponto de vista clássico, mas uma busca estética, levemente agônica e filosófica, que visa
o re-encontro entre a palavra e a coisa, com todos os seus corolários e subjacências.

O poeta, portanto, de posse de seu uso consagrado da linguagem que lhe pertence e que
lhe identifica como ser simbólico, pode se apropriar da palavra “lata”, de seu som, de
sua duração, de sua sincronicidade, na busca pela significação de seu exado contrário: o
incontível. É um cifra muito poderosa e sofisticada de construção de sentido cancional.

Ela introduz um conjunto de desdobramentos ainda mais complexos que vão conduzir o
ouvinte, co-enunciador da canção, aos limites do que pode produzir a nossa máquina
simbólica de recortes de sentido. Gil é também uma espécie de linguista, de
semioticista, que teoriza sobre sua condição de criador. O trecho seguinte faz a
derivação rumo ao infinito tímico e cíclico, característico da canção popular:

Uma meta existe para ser um alvo

Mas quando o poeta diz: "Meta"

Pode estar querendo dizer o inatingível

Aqui, Gil evoca a palavra “meta”, como porção cirúrgica de metáfora, mas apartada de
sua significação etimológica. “Meta” é o que é, do ponto de vista social-coletivo do
português brasileiro: um alvo, um objetivo. No gesto poético, no entanto, ela não
precisa ser aquilo que aparentemente é.

É interessante fazermos uma breve analogia histórica e linguística. Gil poderia muito
bem responder com esta canção aos detratores de Dilma Rousseff, quando esta proferiu
a célebre frase da “meta”. Ela dizia: “quando a gente cumprir a meta, a gente vai dobrar
a meta”. Um enunciado muito simples de codificar, quase básico. As “metas” de Dilma
não se equivalem ao longo da frase.

Uma é uma “meta” anterior, outra é “posterior”. São distantes no tempo. Quem se
aventurou a fazer a equivalência entre as “metas” de Dilma, numa operação claramente
de má vontade e fraudulenta – para não dizer, doentia ou precária – deparou-se com a
própria limitação técnica diante de enunciados básicos do português.

Isso mostra que a linguagem poética não pertence exclusivamente ao poeta profissional,
mas pertence a todo o tecido social. A poesia está presente no mecanismo metafórico
que é o que alimenta a linguagem humana desde sempre. A frase da ex-presidente
Dilma é absolutamente correta e plena de sentido e, mais que isso, delicadamente
poética e sofisticada. Não se pode interpretá-la com um instrumental rudimentar, como
a própria Dilma, profunda conhecedora de literatura e música, costumava dizer a seus
assessores mais afoitos.

Feito o parêntese, voltemos à “Metáfora”:

Por isso, não se meta

a exigir do poeta

Que determine

o conteúdo em sua lata

Na lata do poeta tudo nada cabe

Pois ao poeta cabe fazer

Com que na lata venha caber

O incabível
Como um recado de antecipação aos limitados leitores que não compreenderam a
“meta” de Dilma, o eu cancional adverte: não se meta a exigir que o conteúdo da lata
seja pré determinado. Isso é um tratado de interpretação de texto. Não se pode limitar o
discurso do outro às suas próprias fobias e paranoias. Para que o espetáculo da
linguagem aconteça é preciso que haja cooperação – isso está em Paul Grice, um
filósofo da linguagem britânico que formulou as leis de cooperação do discurso que, por
sua vez, fundou a teoria pragmática dos estudos da linguagem.

Gil arremata sua navegação simbólica-passional com uma sutileza: ele perfaz o seguinte
verso “pois ao poeta cabe fazer”, trazendo o verbo caber para sua acepção performativa
e auxiliar – e, consequentemente, metafórica. “Ao poeta cabe”. O conteúdo da lata
também é um conteúdo espiritual-simbólico. E a “lata” do poeta é o seu próprio corpo.

Essas conexões e dispersões de sentido tecem uma malha cancional, atrelada à sua
extensão melódica, com extrema coesão e unidade. O ouvinte da canção é levado a re-
costurar todo o caminho feito pelo compositor e extrai dessa re-costura sua fruição
estética, plena de passionalidade.

Isso também é resistência democrática. Isso também é profundamente político. Isso


também é estar atento ao sentido social da coletividade. Porque a linguagem é feita de
história e subjetividades, de singularidades e pactuações de sentido. Essa tarefa de
colocar em uma canção uma senha para que se construa e se perfaça uma interpretação
consistente e dentro de uma concepção humanista e gregária, é uma tarefa de alto teor
político.

Em “Metáfora”, Gilberto Gil nos concede uma experiência cancional de profunda


passionalidade (pois o eu cancional está dividido entre o uso da palavra e sua
significação social, bem como da explicação dessa cisão), de profunda beleza (uma
melodia sem refrão que acelera seus sentidos de maneira contínua e uniforme,
fragmentando-se na pronúncia compassada da palavra “metáfora” que lhe serve de fio
narrativo temático) e de profundo sentido político (a necessidade de se escutar o outro e
de ser cooperativo com suas proposições simbólicas).

Há ainda um detalhe muito significativo. A nota inicial de Metáfora é um Lá com


sétima maior, somado a uma quinta aumentada [A7M(5+)]. Isso dá uma sensação
auditiva de incompletude. É uma nota de transição, rarissimamente usada para iniciar
um movimento harmônico.

O compositor russo Igor Stravinsky faz isso na “Sagração da Primavera” de 1913. Sua
frase melódica inicial é uma frase incompleta, perturbadora, que coloca o fagotista (que
abre sozinho o movimento inicial) numa posição desconfortante (pois a nota é também
muito aguda para uma fagote).

Gil, portanto, tem um domínio conceitual do conjunto letra / melodia muito preciso e se
utiliza desse virtuosismo quase filosófico como um desdobramento de sua própria
linguagem de cancioneiro popular.

A nota incompleta marca a incompletude da própria linguagem, o sentido que falta à


palavra “lata” quando enunciada por um poeta. A metáfora é o elo de ligação que vai
restituir esse sentido como a nota seguinte fará: um Lá com sexta [A6], uma nota mais
“solar” e mais “agradável” ao ouvido humano, uma nota de “resolução”.

Gil, portanto, é extremamente popular, mas tem profundo domínio intuitivo das técnicas
compositoras. Ele representa a mais delicada matriz de composição cancional associada
à sua humanidade enquanto agente político investido de gesto revolucionário e poético.
Gil é patrimônio brasileiro.

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Português
Trabalhando com a metáfora e a metonímia
Fátima Rodrigues*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Objetivos
1) Conhecer duas das principais figuras de linguagem: a metáfora e a metonímia;

2) Reconhecer o emprego das figuras de linguagem em diferentes contextos


lingüísticos;

3) Analisar as funções da metáfora e da metonímia em textos específicos;

4) Analisar diferentes tipos de texto (poético e publicitário) nos quais há o emprego de


figuras de linguagem.

Ponto de partida
Leitura atenta de dois textos: a letra da canção Metáfora, de Gilberto Gil, e um anúncio
publicitário.
Metáfora - Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: LATA
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma META existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: META
Pode estar querendo dizer o inatingível.

Por isso não se meta a exigir do poeta


Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta TUDO/NADA cabe
Porque o poeta sabe fazer
Com que na lata venha a caber o incabível.

Deixe a lata do poeta. Não discuta


Deixe a sua meta fora da disputa
META dentro e fora
LATA absoluta
Deixe-a simplesmente: METÁFORA.
Comentário
A atividade pode ser desenvolvida em dois tempos, o primeiro para o estudo da
metáfora e o segundo para o estudo da metonímia. A aula pode ser desenvolvida pelo
professor junto com toda a classe. Se houver o recurso da lousa digital, a aula pode se
tornar ainda mais interessante. Outra opção é dividir a classe em dois grupos. Cada
grupo trabalha com uma das figuras de linguagem. Ao final da atividade, toda a classe
se reúne para discutir as conclusões das atividades.
Estratégias
A. Para o estudo da metáfora:

1) Levantar o vocabulário da letra da canção Metáfora e explicar a razão de algumas


palavras aparecerem de forma destacada;

2) Explorar o jogo com as palavras "meta" e "lata";

3) Recapitular o conceito de metáfora e analisar o verdadeiro objetivo do uso desse


recurso;

4) Interpretar o sentido de metáfora na letra de Gilberto Gil.

B. Para o estudo da metonímia:

1) Analisar os elementos do anúncio, como slogan, texto e imagem;

2) Explorar os objetivos do anúncio e as características do anunciante e do produto;

3) Abaixo da bandeira do Brasil está escrita a seguinte frase: "Estão tirando o verde de
nossa terra." Qual o significado da frase e da modificação da bandeira do nosso país?
4) Acima da bandeira, há uma imagem de duas árvores derrubadas e entre elas a frase
"Quer continuar a respirar?". Relacionada com a frase, que outra idéia as árvores
derrubadas nos sugerem?

5) Ressaltar a importância da ONG, a mensagem e as suas principais características.

*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa do Colégio Rio Branco.

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Uma lata existe para conter algo Mas quando o poeta diz: “Lata” Pode estar querendo
dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo Mas quando o poeta diz: “Meta”
Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso, não se meta a exigir do poeta Que
determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudo nada cabe Pois ao poeta cabe
fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente
metáfora. Tendo como ponto de partida a letra da música de Gilberto Gil e, a respeito do
texto literário e da palavra poética, é correto afirmar que: Selecione uma alternativa: a)
o texto literário nunca apresenta ideias plausíveis. b) o poeta tem total liberdade para
criar, desvinculado de qualquer norma ou da sugestão de um sentido. A isso chamamos
“liberdade poética”. c) A função primordial da poesia é descrever coisas abstratas e de
difícil definição, para que se tornem acessível aos leitores. d) O poeta, ao dedicar-se à
sua poesia, não deve ter nenhuma meta ou objetivo pré-determinado, uma vez que ele
defende esse tipo de liberdade. e) A construção do texto literário não obedece
exclusivamente ao critério do significado das palavras. Ao usar a metáfora, por
exemplo, usa-se uma palavra fora do seu contexto comum, tomando emprestado algo
que lhe seja característico para nomear um sentimento abstrato.

e. A construção do texto literário não obedece exclusivamente ao critério do


significado das palavras. Ao usar a metáfora, por exemplo, usa-se uma palavra
fora do seu contexto comum, tomando emprestado algo que lhe seja
característico para nomear um sentimento abstrato. Correto

******************************************

A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela


semelhança ou analogia

entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa
conhecida figura. O
trecho em que se identifica a metáfora é:

A) “Uma lata existe para conter algo”.

B) “Mas quando o poeta diz: ’Lata’”.

C) “Uma meta existe para ser um alvo”.

D) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.

E ) “Que determine o conteúdo em sua lata”.

E porque a metáfora é uma figura de linguagem que consiste em empregar uma palavra
fora do seu sentido literal (denotativo), demonstrando semelhança ou analogia entre
elementos. A comparação, nesse caso, é mental e subjetiva, tal como no poema de
Gilberto Gil. Com exceção da alternativa correta, todas as demais empregam as palavras
em seu sentido literal.

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gabriellalw2011

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d. A construção do texto literário não obedece exclusivamente ao critério do significado


das palavras. Ao usar a metáfora, por exemplo, usa-se uma palavra fora do seu contexto
comum, tomando emprestado algo que lhe seja característico para nomear um
sentimento abstrato - RESPOSTA DA PERGUNTA Tendo como ponto de partida a
letra da música de Gilberto Gil e, a respeito do texto literário e da palavra poética, é
correto afirmar que:
Escolha uma:

a. o texto literário nunca apresenta ideias plausíveis.

b. A função primordial da poesia é descrever coisas abstratas e de difícil definição, para


que se tornem acessível aos leitores.

c. O poeta, ao dedicar-se à sua poesia, não deve ter nenhuma meta ou objetivo pré-
determinado, uma vez que ele defende esse tipo de liberdade.

d. A construção do texto literário não obedece exclusivamente ao critério do significado


das palavras. Ao usar a metáfora, por exemplo, usa-se uma palavra fora do seu contexto
comum, tomando emprestado algo que lhe seja característico para nomear um
sentimento abstrato. Correto

e. o poeta tem total liberdade para criar, desvinculado de qualquer norma ou da sugestão
de um sentido. A isso chamamos “liberdade poética”.

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Na música Metáfora, de Gilberto Gil, há, entre outras coisas, a definição de metáfora,
uma figura de linguagem que também é encontrada na alternativa:

a) “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais."  (Carlos Drummond de Andrade).

b) “O bonde passa cheio de pernas." (Carlos Drummond de Andrade).

c) “beijou sua mulher como se fosse lógico" (Chico Buarque).

d) “Milagrosa aquela mancha verde, e úmida, macia, quase irreal" (Augusto Meyer).

e) “toda gente homenageia Januária na janela” (Chico Buarque).

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