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DIREITOS PENAL I:
Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro
Autor Nilo Batista
Orientadora prof. Francine
Santa Luzia - MG
2020
Direito Penal I 19/03/2020 - Para a realização da atividade será necessário utilizar
a obra: “Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro” do autor Nilo Batista.
2) Quais são os 05 (cinco) princípios básicos do Direito Penal elencados por Nilo
Batista?
1. Princípio da legalidade (ou da reserva legal, ou da intervenção legalizada);
2. Princípio da intervenção mínima;
3. Princípio da lesividade;
4. Princípio da humanidade;
5. Princípio da culpabilidade.
3) Como surge o princípio da legalidade? Qual garantia ele trouxe para o indivíduo?
Como surgiu historicamente a revolução burguesa e exprime, em
nosso campo, o mais importante estágio do movimento então ocorrido na
direção da positividade jurídica e da publicização da reação penal. Por um
lado resposta pendular aos abusos do absolutismo e, por outro, afirmação da
nova ordem, o princípio da legalidade a um só tempo garantia o indivíduo
perante o poder estatal e demarcava este mesmo poder como o espaço
exclusivo da coerção penal. Sua significação e alcance políticos
transcendem o condicionamento histórico que o produziu, e o princípio da
legalidade constitui a chave mestra de qualquer sistema penal que se
pretenda racional e justo.
7) Quais são as outras 4 (quatro) funções atribuídas por Nilo Batista ao princípio da
legalidade? Cite e explique cada uma delas.
Primeira: a relatividade da lei penal ( nullum crimen nulla poena sine lege praevia).
Temos aqui a função “histórica” do princípio da legalidade, que surgiu
exatamente para reagir contra leis ex post-facto. Tudo que se refira ao Crime
(por exemplo, supressão de um elemento integrante de uma justificativa, qual
a vox “iminente” na legítima defesa) e tudo que se refira a pena (por exemplo,
retificação gravosa na disciplina da prescrição) não pode retroagir em
detrimento do acusado.
Segunda: Proibir a criação de crimes e penas pelo costume (nullum crimen nulla
poena sine lege scricta).
Só a lei escrita, promulgada de acordo com as previsões
constitucionais, pode criar crimes e penas: não o costume. “Destacar a
exclusão do costume como fonte de crimes e penas”, frisa Mir Puig, é
exigência do princípio da legalidade.