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COMUNICAÇÃO OFICIAL

Autor
João Carlos Rodrigues da Silva
exPediente
DIREÇÃO GERAL: PROF. ME. CLÁUDIO FERREIRA BASTOS
DIREÇÃO GERAL ADMINISTRATIVA: PROF. DR. RAFAEL RABELO BASTOS
DIREÇÃO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: PROF. DR. CLÁUDIO RABELO BASTOS
DIREÇÃO ACADÊMICA: PROF. DR. VALDIR ALVES DE GODOY
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: PROFA. ESP. MARIA ALICE DUARTE GURGEL SOARES
COORDENAÇÃO NEAD: PROFA. ME. LUCIANA RODRIGUES RAMOS DUARTE

ficha tÉcnica

autoria: JOÃO CARLOS RODRIGUES DA SILVA


design instrucionaL: JOÃO PAULO SOUZA CORREIA
ProJeto gráfico e diagramação: FRANCISCO CLEUSON DO N. ALVES /
LUCIANA RODRIGUES R. DUARTE
caPa e tratamento de imagens: FRANCISCO CLEUSON DO N. ALVES /
autoria de materiaL comPLementar: GISELLY BEZERRA PEREIRA /
ISABELA OLIVEIRA MARTINS / MARIA ANTÔNIA DO SOCORRO RABELO ARAÚJO
reVisão tÉcnica: SILVIA BARBOSA CORREIA / FRANCISCA ANDRA SILVA OLIVEIRA
reVisão metodoLÓgica: MARIA ESTELA APARECIDA GIRO
reVisão ortográfica: KAREN BOMFIM HYPPOLITO /
SORAIA PEREIRA JORGE DE SOUSA VASCONCELOS

ficha cataLográfica

Índice para Catálogo Sistemático


1. Educação Ensino Superior I. Título

FATE : Faculdade Ateneu. Educação superior – graduação e pós-graduação. 1. ed.


Fortaleza, 2017.
ISBN 978-85-64026-38-4
Para alunos de ensino a distância – EAD.

1. Educação Superior I. Título

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por
quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autori-
zação escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do
que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Direção.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,

Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa.
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo,
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.

Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial.

O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar


adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador,
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA................9
1. LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA.......................................................................................10
1.1. LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA ONTEM E HOJE........................................................11
1.2. PRESCRIÇÃO E USO COTIDIANO DA LÍNGUA.......................................................11
1.3. FALA E ESCRITA........................................................................................................12
2. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.............................................................................................13
2.1. AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS................................................................................14
2.2. ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO
DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS....................................................................................19
REFERÊNCIAS..................................................................................................................22

UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA...........................................................................................23
1. PONTUAÇÃO.................................................................................................................24
1.1. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS SOBRE OS SINAIS DE PONTUAÇÃO...................24
1.2. O PONTO FINAL.........................................................................................................24
1.3. O PONTO E VÍRGULA................................................................................................25
1.4. A VÍRGULA.................................................................................................................27
2. O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.............................................................................31
2.1. O QUE MUDOU: ACENTUAÇÃO E USO DO HÍFEN.................................................31
2.1.1. MUDANÇAS NO ALFABETO...................................................................................32
2.1.2. TREMA.....................................................................................................................32
2.1.3. MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO....................................................33
2.1.4. USO DO HÍFEN........................................................................................................36
2.2. ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS.............................................................................39
2.2.1. USO DE S E Z..........................................................................................................39
2.2.2 USO DE J E G ..........................................................................................................41
2.2.3. USO DE X E CH.......................................................................................................42
2.2.4. SUBSTANTIVOS GRAFADOS COM Ç, SS OU S DERIVADOS DE VERBOS.......43
2.2.5. USO DE E E DE I EM TERMINAÇÕES VERBAIS ..................................................44
2.2.6. PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS.............................................................44
2.2.7. USO E GRAFIA DOS PORQUÊS............................................................................46
REFERÊNCIAS..................................................................................................................47

UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL............................................................................49
1. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: USOS MAIS FREQUENTES......................50
1.1. CONCORDÂNCIA VERBAL........................................................................................50
1.1.1. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................54
1.2. CONCORDÂNCIA NOMINAL......................................................................................57
1.2.1. ADJETIVO REFERENTE A VÁRIOS SUBSTANTIVOS..........................................58
1.3. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL: USOS MAIS FREQUENTES..............................62
1.3.1. REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................63
1.3.2. REGÊNCIA VERBAL E SIGNIFICAÇÃO DOS VERBOS.........................................64
1.3.3. COMPLEMENTOS COMUNS A MAIS DE UM VERBO...........................................65
1.3.4. REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS.........................................................................65
1.3.5. VERBOS INDICATIVOS DE MOVIMENTO X VERBOS DE PERMANÊNCIA.........72
1.4. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.......................................................74
1.4.1. USO OBRIGATÓRIO DA CRASE............................................................................76
1.4.2. NÃO HÁ USO DE CRASE........................................................................................77
1.4.3. CASOS ESPECIAIS DE USO DA CRASE...............................................................80
1.4.4. CASOS DE USO FACULTATIVO............................................................................81
REFERÊNCIAS..................................................................................................................83

UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS....................................................................................86
1.1. A DIVERSIDADE DE GÊNEROS................................................................................87
1.2. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS: NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO, EXPOSIÇÃO,
ARGUMENTAÇÃO E INJUNÇÃO...............................................................................88
1.2.1. NARRATIVA.............................................................................................................89
1.2.2. DESCRITIVA............................................................................................................90
1.2.3. EXPOSITIVA............................................................................................................90
1.2.4. ARGUMENTATIVA...................................................................................................91
1.2.5. INJUNTIVA...............................................................................................................91
1.3. GÊNEROS E FUNÇÕES: APELATIVO, INFORMATIVO,
EXPRESSIVO, POÉTICO, METALINGUÍSTICO E FÁTICO.......................................92
1.3.1. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA..........................................................93
1.3.2. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA...................................................................94
1.3.3. FUNÇÃO APELATIVA OU CONATIVA....................................................................94
1.3.4. FUNÇÃO POÉTICA..................................................................................................94
1.3.5. FUNÇÃO FÁTICA.....................................................................................................94
1.3.6. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA.................................................................................95
2. GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS..........................................................................95
2.1. CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO ENTRE GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS...........97
2.2. OS GÊNEROS OFICIAIS NO MANUAL DE REDAÇÃO DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.................................................................................98
2.3. OS GÊNEROS EMPREGADOS NA INDÚSTRIA E NO COMÉRCIO.......................106
2.3.1. MEMORANDO CIRCULAR....................................................................................106
2.3.2. OFÍCIO...................................................................................................................107
2.3.3. CARTA COMERCIAL.............................................................................................110
2.3.4. ATA.........................................................................................................................112
2.3.5. E-MAIL....................................................................................................................113
2.3.6. CURRICULUM VITAE............................................................................................114
2.3.7. REQUERIMENTO..................................................................................................116
2.3.8. DECLARAÇÃO.......................................................................................................116
REFERÊNCIAS................................................................................................................118

MATERIAL COMPLEMENTAR:
A CONTRIBUIÇÃO DA COMUNICAÇÃO INTERNA NA MOTIVAÇÃO DOS
COLABORADORES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PORTO
FREIRE ENGENHARIA....................................................................................................119
Uni

conVençÕes da escrita
Apresentação

Nesta unidade, você entenderá os aspectos relativos às convenções da


escrita. Chamam-se “convenções”, porque são regras que foram estabelecidas em
decorrência de um acordo entre entidades que representam os falantes da língua
portuguesa. A partir do momento em que foi estabelecido tal acordo, todos os
falantes e os produtores de texto da língua portuguesa são obrigados a seguir. É o
caso, por exemplo, da ortografia/acentuação da língua portuguesa.

Na década de 1960, no século XX, escrevia-se “êle”, depois, já na década


de 1970 do mesmo século, passou-se a escrever “ele”, fruto de um acordo ortográ-
fico que modificou alguns aspectos da acentuação e, consequentemente, da gra-
fia. Algo semelhante aconteceu com o Novo Acordo de 1990, o qual você estudará
também nesta unidade. Além disso, conhecerá aspectos relativos à gramática da
nossa língua. Então? Ao trabalho!

Objetivos de aprendizagem

• Apropriar-se das convenções ortográficas da língua portuguesa;


• Aplicar, na produção textual, as convenções ortográficas da língua portuguesa;
• Aplicar, na produção de textos orais e escritos, os conhecimentos relativos à
norma culta da língua portuguesa;
• Apropriar-se das regras de pontuação;
• Compreender a função organizadora dos sinais de pontuação.

COMUNICAÇÃO OFICIAL 23
1. Pontuação
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação

Os sinais de pontuação indicam, na escrita, as várias possibilidades de


entonação da fala, além de demarcar fronteiras sintáticas. Além disso, também se
relacionam ao ritmo da escrita. De modo geral, você pode classificar os sinais de
pontuação em três tipos básicos (ROCHA LIMA, 1996):

Sinais que indicam frase não concluída:

• Vírgula;
• Travessão;
• Parênteses;
• Ponto-e-vírgula;
• Dois pontos.

Sinal que indica final de discurso ou de parte dele:

• Ponto final.

Sinais que indicam uma intenção, estado emocional ou entonação típica:

• Ponto-de-interrogação;
• Ponto-de-exclamação;
• Reticências.

Você estudará, nas seções a seguir, o ponto final, o ponto-e-vírgula e a


vírgula principalmente.

1.2. O ponto final

Quanto ao aspecto entonacional, indica um silêncio prolongado, maior


que o da vírgula e o do ponto-e-vírgula. Na elaboração do texto, é usado para se-
parar orações ou frases, indicando o término do período e ajudando a organizar
as ideias. É usado, portanto, quando há necessidade de se fazer uma pausa, a fim
de encerrar o pensamento proposto ou a linha de raciocínio desenvolvida. Veja a
seguir o detalhamento do emprego do ponto final (ROCHA LIMA, 1996; MARTINS
& ZILBERKNOP, 2010).
24 COMUNICAÇÃO OFICIAL
a) Usa-se para encerrar período simples.
Exemplo:
O trabalho enobrece o homem.

b) Separar orações (períodos) em um mesmo parágrafo.


Exemplo:
O trabalho enobrece o homem. Essa ideia é bastante difundida e aceita, mas
pode justificar formas de trabalho que não enobrecem tanto assim. É o caso,
por exemplo, do trabalho semiescravo muito comum em fazenda no interior do
Pará. Nessas circunstâncias, o trabalho avilta o homem.

c) Separar um parágrafo de outro (ponto parágrafo)


Exemplo:
O trabalho enobrece o homem. Essa ideia é bastante difundida e aceita, mas
pode justificar formas de trabalho que não enobrecem tanto assim. É o caso,
por exemplo, do trabalho semiescravo muito comum em fazenda no interior do
Pará. Nessas circunstâncias, o trabalho avilta o homem.

Outro caso bastante comum de trabalho que não enobrece é aquele feito
por força da necessidade. Muitos empregados continuam em seus postos de tra-
balho, porque necessitam dele e, consequentemente, da remuneração, não têm
preparo para encontrar emprego melhor e, por isso, acomodam-se.

d) Indicar término de abreviaturas


Exemplo:
Doutor > Dr.
Professor > Prof.

1.3. O ponto e vírgula

Costuma-se afirmar que o ponto e vírgula marca uma pausa intermediária


entre o ponto e a vírgula, mas isso não é suficiente. Por isso, é importante ressaltar
outros critérios que orientam o uso do ponto e vírgula. Tais critérios são de nature-
za sintática, como verá a seguir:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 25
a) Usa-se na marcação da fronteira entre as orações coordenadas, principal-
mente com orações adversativas e conclusivas.
Exemplo: Faça o que quiser; mas me entregue as mercadorias em dia.

b) Usa-se para marcação da fronteira entre duas orações coordenadas, com


a conjunção intercalada.
Exemplo: A auditoria apontou muitas razões para o nosso fracasso; nunca,
porém, devemos desistir.

c) Usa-se para separar os membros de uma enumeração.


Exemplo: Para escolhermos um bom colaborador, devemos observar:
• O perfil psicológico;
• A atuação dele nos empregos anteriores; e
• Sua disponibilidade para crescer na empresa.

d) Usa-se para separar orações coordenadas sem conjunção (assindéticas):


Exemplo: As compras foram poucas, sem importância; o chefe não reconheceu
sua culpa.

O verdadeiro autor do crime foi condenado; o réu indefeso, absolvido.

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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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26 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.4. A vírgula

A vírgula é um dos sinais de pontuação mais usados. As regras de uso


são basicamente de natureza sintática, ou seja, para empregá-la é interessante
você dominar um pouco a análise sintática. Se não conseguir, fique atento para a
entonação e sequência das frases quando lidas em voz alta, porque isso vai ajudar
bastante a perceber as breves pausas proporcionadas pelo uso da vírgula.

Observe os diversos casos de uso da vírgula (LUFT, 1996).

a) Para marcar a inversão ou a intercalação do adjunto adverbial.


Exemplo: Na data solicitada por V. Sa., o orçamento lhe foi enviado.

O consumidor, presumivelmente, tem sempre razão.

Amanhã pela manhã, diga ao nosso colaborador mais jovem que não es-
queça a missão.

Fique atento

Quando o adjunto adverbial é de curta extensão, com uma palavra, a vírgula


é facultativa. Entretanto, em certos casos, principalmente com advérbios terminados
em –mente e que indicam avaliação, o uso da vírgula é obrigatório.
Exemplo: Infelizmente, não posso ajudar você. Procure o chefe para liberá-lo.

b) Para separar ou isolar oração intercalada.


Exemplo: As empresas, disse o palestrante, precisam investir na formação de
seus profissionais.

c) Para indicar elipse (supressão) de um verbo.


Exemplos: Tenho muitos sonhos; meu amigo, somente um.
Uns dizem que se ele se mudou; outros, que foi demitido.
Eu votei no atual presidente do sindicato. Você, não.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 27
d) Para isolar expressões corretivas ou explicativas, como: isto é, a saber, por
exemplo, ou seja, aliás, digo, ou melhor, etc. e também algumas conjunções
coordenativas deslocadas.
Exemplos: O indicado, ou melhor, o escolhido fará o curso de informática completo.
O presidente da empresa disse que vai flexibilizar custos, ou seja, vai haver cortes.
Eu não entendi a explicação, havia, porém, uma chance de ouvi-la novamente.

e) Para separar elementos coordenados, os que têm a mesma função sintática.


Exemplos: Sapatos, sandálias, tênis e chinelos estão em promoção em janeiro.
Falante, sorridente, simpático, o vendedor tenta convencer o consumidor.
Comprei um celular, uma televisão, um computador e um ventilador na promoção.

f) Para isolar o termo repetido (pleonástico).


Exemplos: Funcionário do mês, já não o sou.
A mim, você me deve dinheiro.
O celular, José o trazia escondido na cueca por medo de assalto.

g) Para isolar nome de lugar nas datas e endereços.


Exemplo: Fortaleza, 10 de janeiro de 2014.

h) Para separar ou intercalar aposto e vocativo.


Exemplos: Encaminhamos, caro amigo, as planilhas que você pediu.
Sr. Antônio, por favor compareça amanhã ao RH.
José Carlos, gerente comercial, é o nosso novo colaborador. Seja bem-vindo,
José Carlos!

i) Para separar orações coordenadas assindéticas.


Exemplo: Os consumidores chegam, olham, perguntam, pegam, mas não
compram.

j) Antes de conjunções coordenadas: adversativas, explicativas e conclusivas.


Exemplos: Procurei um bom emprego, mas não encontrei.
Não faça isso, pois posso me aborrecer.
As vendas não foram boas, portanto a equipe precisa reagir.
28 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Fique atento

Usa-se vírgula separando as orações coordenadas aditivas unidas pela con-


junção E quando os sujeitos de cada uma delas for diferente ou quando o E = mas
(AZEREDO, 2008).
Exemplo: O diretor deu voto a nosso favor, e o presidente concordou.
Um consumidor reclamou bastante, e não foi atendido.

k) Para isolar a oração subordinada no início do período.


Exemplos: Participamos de um treinamento a fim de aprendermos a usar o
novo sistema da empresa.
Sairemos quando vocês voltarem.
(oração principal + oração subordinada; sem vírgula)

A fim de aprendermos a usar o novo sistema da empresa, participamos de um


treinamento.
Quando vocês voltarem, sairemos.

(oração subordinada no início do período + oração principal; com vírgula)

l) Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.


Exemplos: A empresa, que é a maior do Nordeste, vai ser vendida para os
americanos.
O papa, que é argentino, tem dado declarações controversas.

Fique atento

É proibido usar vírgula:

• Separando o sujeito do verbo.


Os empregados da maior rede varejista do Brasil, reclamaram das condições de
trabalho. (vírgula entre o sujeito e o verbo = errado)
COMUNICAÇÃO OFICIAL 29
• Separando o verbo de seus complementos.
A distribuidora renovou, toda sua frota recentemente. (vírgula entre o verbo e
seu complemento = errado)

A vírgula é usada principalmente para:

• Separar vários núcleos de uma enumeração ou termo da oração composto:


Todos nós queremos segurança, amizade, dinheiro e diversão.
Maria, João, Roberto, Davi e Ricardo formarão um grupo de trabalho.
• Isolar o aposto: Barcelona, cidade espanhola, não fala o idioma espanhol.
• Isolar o vocativo: Artur, você já fez a sua tarefa?
• Isolar o adjunto adverbial deslocado: Antes do final do expediente, preciso
dos mapas de vendas de ontem.
• Separar orações coordenadas assindéticas (sem conjunção coordenada):
Cheguei ao trabalho, abri a porta, liguei as luzes, arrumei minha mesa e só
então me dei conta de que era domingo.
• Separar orações na ordem inversa: Quando a sirene tocou, todos saíram correndo.
• Isolar orações adjetivas explicativas: Márcio, que aspira ao cargo de execu-
tivo, não poupa esforços para agradar seus superiores.

Pratique

1. Coloque vírgulas quando necessário.

a) Eu tenho um jardim muito pequeno cheio de altos e baixos sem água cheio de
pedras areia ervas daninhas e onde bate o sol o dia inteiro. O que o senhor
me aconselha?
b) Está vendo meu filho como eu sempre acordo cedo para trabalhar.
c) Para a composição da chapa está faltando apenas um nome.
d) Depois de muita luta foi o bandido capturado de forma espetacular pelos
agentes federais.
e) Adotou o jornalista posição francamente favorável à inclusão do craque na
equipe.
f) Sempre que existir problema avise-me.
g) Surgiu na década passada novo gênero de música popular.
30 COMUNICAÇÃO OFICIAL
h) Após o discurso que pronunciou na sessão de quarta-feira o Senador sentiu
crescer o seu prestígio em todas as camadas da população.
i) A solução é a meu ver que devolvam a terra a seu legítimo dono.
j) Já imaginaram o que correria se de uma hora para outra os computadores
deixassem de funcionar?

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.
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2. o noVo acordo ortográfico


2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen

O acordo é apenas ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita,


não afeta nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças
ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma
oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses
países. O acordo afeta somente as convenções da escrita: regras acordadas entre
os usuários de uma dada língua (ABAURRE; PONTARA, 2006).

Fique atento

Estas regras:
• não representam fielmente a fala/ pronúncia;
• não influenciam na fala/pronúncia; e
• são elaboradas segundo critérios diferentes.

COMUNICAÇÃO OFICIAL 31
2.1.1. Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram reintroduzidas as letras k, w e


y. Logo, o alfabeto completo agora é este:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da nossa lín-


gua, e eram e são usadas em várioscasos. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida:W (watt); km (quilômetro), kg


(quilograma).
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): Walker; Yan;
Kelvin; etc.

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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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2.1.2. Trema

Não se usa mais o trema (¨) nos grupos gue, gui, que, qui. O trema era o
sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deveria ser pronunciada. Mas
atenção: continua-se pronunciando do mesmo jeito que antes.
32 COMUNICAÇÃO OFICIAL
ANTES AGORA
lingüiça linguiça
seqüência sequência
bilíngüe bilíngue
argüir arguir

Fique atento

O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas:


Müller > mülleriano.

2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação

a) Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

ANTES AGORA
idéia ideia
bóia boia
colméia colmeia
assembléia assembleia
heróico heroico

Fique atento

Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas, por isso continuam
a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis: papéis,
herói(s), anéis, fiéis, céu(s), corrói, sóis, chapéu(s).

b) Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando


vierem depois de um ditongo.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 33
ANTES AGORA
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura

Fique atento

Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos


de s), o acento permanece: Acaraú; Icaraí.

c) Não se usa mais o acento das palavras terminadas êem e ôo(s).

ANTES AGORA
crêem creem
dêem deem
lêem leem
vôo voo
abençôo abençoo

d) Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para,


péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Fique atento

Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado


do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é
a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: O encarregado não pôde fazer muito pelo amigo na seleção para
a nova vaga.
O encarregado não pode fazer muito pelo amigo na seleção para a nova vaga.

34 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Permanecem como antes:

e) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.


Exemplos: Precisamos pôr em dia os salários.
Vamos começar nossa reunião por um ponto essencial.

f) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, e
também os de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos: Todas as nossas mesas têm um computador.
A minha mesa tem um computador.
Os novos colegas de trabalho só vêm na próxima semana.
O novo colega só vem na próxima semana.

Fique atento

É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/


fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.

g) Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui,
(eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

h) Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir,


como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:

I) Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Exemplos:

• Verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxá-


gues, enxáguem.
• Verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delín-
quas, delínquam.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 35
II) Se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais
fortemente que as outras):
• Verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
gues, enxaguem.
• Verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delin-
quas, delinquam.

2.1.4. Uso do hífen

As observações a seguir se referem ao uso do hífen em palavras formadas


por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero,
agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, ex-
tra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, pro-
to, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

a) Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h: anti-higi-
ênico; super-homem; pré-histórico.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

b) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com
que se inicia o segundo elemento: autoescola; antiáereo; autoaprendizagem;
hidroelétrico; superoferta.

Fique atento

O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando


este se inicia por o: cooperar; coordenador; etc.

c) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento


começa por consoante diferente de r ou s: anteprojeto; semicírculo; superdes-
conto; superproteção.
36 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Memorize

Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.


Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

d) Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento


começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras: antirracismo; antis-
social; ultrassom; minissaia.

e) Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento


começar pela mesma vogal: contra-ataque; micro-ondas; mega-ação.

f) Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento


começar pela mesma consoante: inter-regional; sub-bibliotecário.

Memorize

Nos demais casos, você não usa o hífen.


Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m,
n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

g) Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo


elemento começar por vogal: interestadual; superinteressante; superoferta.

h) Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre
o hífen: ex-chefe; ex-mulher; além-mar; recém-contratado; recém-saído; recém-
-chegado; pós-ação.

i) Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e


mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 37
j) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabu-
lares: café com leite; casa de detenção; gerência de projetos; casa de força, etc.

k) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de compo-
sição: girassol; madressilva; mandachuva; paraquedas; paraquedista; pontapé.

Emprego do hífen com prefixos

Regra básica: sempre se usa o hífen diante de h: (anti-higiênico, super-homem).

Outros casos:
1. Prefixo terminado em vogal
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante


• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça
etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
• O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia
por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno,
sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

Pratique
2. Reúna os elementos a seguir, com ou sem hífen, seguindo as regras do Novo
Acordo Ortográfico:
a) vice + presidente = _____________________________________________
b) ante + visão = ________________________________________________
c) pré + conceito = _______________________________________________
38 COMUNICAÇÃO OFICIAL
d) sub + locar = _________________________________________________
e) anti + racismo = _______________________________________________
f) pró + europeu = _______________________________________________
g) anti + social = _________________________________________________
h) para + queda = ________________________________________________
i) pan + americano = _____________________________________________
j) sub + raça = __________________________________________________

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.

2.2. Orientações ortográficas

Antes de tudo, é bom você saber que não há como formular regras defi-
nitivas para todos os casos da ortografia da língua portuguesa. Há, no entanto,
algumas orientações que ajudam na consolidação da escrita das palavras. Além
dessas orientações, que consistem em certas padronizações de escrita, o usuário
da língua deve sempre observar os seguintes preceitos:

• Observar a grafia das palavras;


• Ler pausadamente a palavra sobre a qual tem dúvida;
• Escrever as palavras, observando com cuidado a parte problemática.

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Você pode jogar sozinho ou com outro jogador:
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Em síntese: VER – LER – ESCREVER muito e sempre, até automatizar.

2.2.1. Uso de S e Z

a) Observe a correlação entre as frases e como se escreve a palavra derivada:


Meu primo nasceu na França. > Meu primo é FRANCÊS.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 39
Joana gosta do campo. > Joana é CAMPONESA.
Os moinhos de vento são da Holanda. > Os moinhos de vento são HOLANDESES.

• Regra: escrevem-se com ES (ESA) os sufixos que indicam nacionali-


dade, origem ou procedência.

b) Observe como se escreve o feminino das palavras:


Ele é profeta, e ela é PROFETISA.
Ele é sacerdote, e ela é SACERDOTISA.
Carlos é poeta, e Maria é POETISA.

• Regra: escreve-se com ISA o sufixo que indica gênero feminino.

c) Observe como se escreve o substantivo abstrato derivado do adjetivo da frase


anterior:
Carro de fórmula 1 é rápido. > A RAPIDEZ é típica de fórmula 1.
O balão era leve. > O balão tem LEVEZA.
A foto ficou nítida. > A foto tem NITIDEZ.

• Regra: são escritos com Z (EZ/EZA) os sufixos que se unem a adjetivos


para formar substantivos abstratos.

d) Veja como se escreve o verbo derivado do nome à esquerda:


aviso>AVISAR
análise>ANALISAR
improviso>IMPROVISAR

• Regra: escreve-se com S (ISAR) os verbos derivados de nomes que pos-


suem S na última sílaba, ou seja, acrescenta-se o sufixo AR ao radical.

e) Observe o verbo derivado do nome à esquerda:


canal>CANALIZAR
setor>SETORIZAR
trauma>TRAUMATIZAR
padrão>PADRONIZAR

• Regra: escreve-se com Z (IZAR) os verbos formados a partir de nomes


que não têm Z no radical.
40 COMUNICAÇÃO OFICIAL
f) Veja as palavras a seguir:

Faisão Sousa maisena pousada coisa ausência

• Regra: em todas elas, o fato fonológico antes da letra S é um DITONGO.


Logo, depois de ditongo escreve-se a letra S e não Z .

g) Veja as formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR. São escritas
com S ou com Z?

Você QUIS me enganar.


Se eu QUISESSE, poderia ir embora.
Eu PUS os meus sonhos num barco de papel.
Se você PUSESSE os seus sonhos num barco de papel, eles naufragariam.
Nós PUSEMOS muito dinheiro na empresa.

• Regra: TODAS as formas derivadas dos verbos PÔR e QUERER são


escritas com a letra S.

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CO
N EC
T E-
SE

• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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2.2.2 Uso de J e G

a) Observe as palavras em vermelho, derivadas das palavras à esquerda:


canja>CANJINHA
loja>LOJISTA, LOJINHA
COMUNICAÇÃO OFICIAL 41
cereja>CEREJEIRA
gorja>GORJETA
viajar>VIAJAREI, VIAJAREMOS, VIAJARIAS
arejar>AREJADO, AREJAMOS, AREJAREMOS
enferrujar>ENFERRUJADO, ENFERRUJAREMOS, ENFERRUJARÁS

• Regra: nomes e verbos terminados em J mantêm a terminação em J.

b) Observe o que está em destaque nas palavras a seguir:

Adágio privilégio vestígio necrológio refúgio

• Regra: escreve-se com G as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO,


ÓGIO, ÚGIO.

c) Observe novamente a seguinte lista de palavras:

Coragem estiagem vertigem fuligem ferrugem penugem

• Regra: Escreve-se com G as palavras terminadas em AGEM, IGEM, UGEM.


Exceções: PAJEM e LAMBUJEM.

2.2.3. Uso de X e CH

a) Observe as palavras a seguir:

faixa trouxa rouxinol encaixado


seixo afrouxar deixar gueixa

• Regra: depois de DITONGO escreve-se X e não CH.

b) Observe agora mais uma lista de palavras:

enxoval enxotar enxaguar enxuto enxovia enxó

• Regra: após sílaba inicial EN usa-se X e não CH.

Observação: Essa regra não se aplica às palavras com sílaba inicial en- for-
madas a partir de palavras grafadas com ch.
42 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Exemplos:
cheio > ENCHER
charco > ENCHARCAR
chiqueiro > ENCHIQUEIRAR

2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos

Observe a grafia dos substantivos derivados dos verbos e, em seguida, leia


as regras de escrita:

a) deter > detenção;


reter > RETENÇÃO
conter > CONTENÇÃO
abster > ABSTENÇÃO

• Regra: se o verbo termina em TER, o substantivo é escrito com a termi-


nação ÇÃO.

b) agredir > agressão; progredir > PROGRESSÃO;


transgredir > TRANSGRESSÃO; discutir > DISCUSSÃO
regredir > REGRESSÃO ; imprimir > IMPRESSÃO
deprimir > DEPRESSÃO; conceder > CONCESSÃO
exprimir > EXPRESSÃO;
reprimir > REPRESSÃO
suprimir > SUPRESSÃO

• Regra: se o verbo apresenta GRED ou PRIM no radical ou, ainda, termina


em TIR e DER, o substantivo é escrito com a terminação SSÃO.

• Atenção: Exceder > exceção

c) expandir > expansão; pretender > PRETENSÃO


ascender > ASCENSÃO; compreender > COMPREENSÃO

• Regra: se o verbo termina em NDIR ou NDER, o substantivo é escrito com SÃO.


COMUNICAÇÃO OFICIAL 43
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais

a) Verbos terminados em –UAR. Observe a grafia deles:

efetuar> Tomara que ele EFETUE as contas.


habituar> Tomara que você se HABITUE à nova vida.
tumultuar> É possível que ele TUMULTUE a eleição.
continuar> Peço que você CONTINUE a estudar.

• Regra: as formas verbais terminadas em UAR são escritas com E na 3ª


pessoa do SINGULAR.

b) Verbos terminados em –UIR. Veja a grafia de cada um deles:

Possuir> Bill Gates POSSUI muito dinheiro e fama.


Distribuir> Hoje você DISTRIBUI simpatia, amanhã nem tanto.
Usufruir> Agora ele USUFRUI do que conquistou ao longo da vida.
Concluir> Hoje José CONCLUI suas tarefas.

• Regra: as formas verbais terminadas em UIR são escritas com I na 3ª


pessoa do SINGULAR.

2.2.6. Palavras homônimas e parônimas

• Pesquise, se necessário, e escreva frases coerentes com as palavras homônimas


a seguir.

a) assento:
b) acento:
c) cessão:
d) seção/secção:
e) sessão:
f) concerto:
g) conserto:
h) tacha:
i) taxa:
j) incipiente:
44 COMUNICAÇÃO OFICIAL
• Pesquise, se necessário, e escreva frases coerentes com os parônimos a seguir.

a) comprida:
b) cumprida:
c) cumprimento:
d) comprimento:
e) eminente:
f) iminente:
g) flagrante:
h) fragrante:
i) infligir:
j) infringir:

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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tutori@conectada.
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Fique atento

Algumas orientações ortográficas (FERREIRA, 2007):

Letra G:
• Nas terminações: ágio (sufrágio); égio (egrégio); ígio (prestígio); ógio (relógio);
e úgio (refúgio).
• Nas terminações: agem (serragem); igem (vertigem); ugem (ferrugem).
COMUNICAÇÃO OFICIAL 45
Letra I:
• Nas formas verbais que tenham I no infinitivo: sair > eu saí; contribuir > eu contribuí.

• Atenção! Nas formas verbais que tenha A no infinitivo o “som” é de I, mas es-
creve-se E na 3ª pessoa: marcar > tomara que ele marque; que ele cante; etc.

Letra S:
• Na terminação: ês/esa de adjetivos que indicam procedência ou origem: holan-
dês, camponesa.
• Nos verbos terminados em: isar, formados a partir de palavras que tenham s no
radical: friso > frisar.
• Nas formas verbais dos verbos querer e pôr.

Letra A:
• Nos substantivos abstratos formados a partir de adjetivos: lúcido > lucidez; es-
casso > escassez; mudo > mudez.
• Nos verbos terminados em: izar, formados a partir de palavras que não tenham
s no fim do radical: padrão > padronizar; trono > entronizar; canal > canalizar.

Quando surgir alguma dúvida, você pode, também, acessar o Vocabulário


Ortográfico da Língua Portuguesa – VOLP pelo seguinte link: <http://goo.gl/wvzs2G>.

2.2.7. Uso e grafia dos porquês

Os porquês são usados da seguinte forma:

FORMA EXEMPLO REGRA


Usa-se PORQUE em caso de fra-
PORQUE = Explicação / Justifi- Não fui trabalhar porque estava
se com justificativa ou explicação.
cativa (pois; já que; uma vez que) doente.
É sinônimo de “pois”, “já que”.
Todos sabem bem o porquê de o chefe
Usa-se PORQUÊ se antes dele
ficar revoltado.
PORQUÊ(S) (= motivo(s)) houver um artigo (o/os). Equivale
Tenho os meus porquês para explicar
a “o(s) motivo(s)”.
tudo isso...
Por que você sumiu? Você sumiu por quê? Usa-se POR QUE no início de
POR QUE/POR QUÊ (=pelo qual) Diga-me por que você sumiu. Gostaria frase interrogativa e POR QUÊ no
de saber o motivo por que você sumiu. final (interrogativa indireta).

(SAVIOLI, 1997).

46 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
3. Complete as frases com o porquê adequado a cada contexto.
a) E ___________________ era das que resistem muito, só agora começavam
os cabelos escuros a intercalar-se de alguns fios prata.
b) As causas __________________________ luto são nobres; você agora
compreende o ____________ de meu esforço?
c) Parou ___________________________ ? _______________ parou? Será
__________________ acha que já fez o suficiente?
d) Você não veio _____________________ não precisava. E ela não veio
_______________________?
e) ____________________ você fez isso? Diga-me __________________ .
f) Desejo saber ________________________ você não compareceu.

• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e


colega, na sala virtual.

Referências

ABAURRE, M. L. M; PONTARA, M. Gramática – texto: análise e construção de


sentido. São Paulo: Moderna, 2006.

AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo:


Publifolha, 2008.

FERREIRA, M. Aprender e praticar gramática. ed. renov. São Paulo: FTD, 2007.

LUFT, C. P. A vírgula. São Paulo: Ática, 1996.

MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português instrumental. 29. ed. São Paulo:


Atlas, 2010.

ROCHA LIMA, C. H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. 33. ed. São
Paulo: J. Olympio Editora, 1996.

SAVIOLI, Francisco. P. Gramática em 44 lições. 13. ed. São Paulo: Ática, 1997.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 47
Anotações
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48 COMUNICAÇÃO OFICIAL
www.FATE.edu.br

Nead – Núcleo de Educação a Distância


Rua: Antônio Gadelha, N° 621
Bairro: Messejana / Fortaleza-Ce
CEP: 60.871-055 Fone: (85) 3033.5199

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