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COMO DESENVOLVER RAPIDAMENTE PRODUTOS

Claiton Rogério Zardo1


Ailson Oldair Barbisan2
Nilson Berticelli3

RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar como se dá o desenvolvimento rápido de


produtos ou componentes. Inicialmente, apresenta-se uma visão geral do ambiente e dos
requisitos necessários para o desenvolvimento rápido do produto. Sendo necessário um
conhecimento e planejamento das atividades, dentro de uma metodologia bem definida,
mostrando um pouco as técnicas e ferramentas possíveis para o auxílio do desenvolvimento
rápido, busca-se também, efetuar um desdobramento detalhado do processo de desenvolvimento.
No projeto do produto e do ferramental da peça, quando necessário, procura-se identificar, passo-
a-passo, as atividades necessárias a serem elaboradas, os métodos mais apropriados, os resultados
obtidos e a sequência das atividades.

Palavras-chave: Desenvolvimento de rápido de produto. Engenharia sequencial. Simultânea.

1 INTRODUÇÃO

O setor produtivo tem passado por constantes mudanças nas últimas décadas, sempre
objetivando a redução do tempo entre a solução do cliente e a entrega efetiva do produto e, com
isso, surgem diversos novos conceitos ou denominações, dentro de conhecimento de
desenvolvimento rápido de produtos. Como principais conceitos, tem-se: projeto do ciclo de vida
do produto; desenvolvimento integrado do produto; engenharia simultânea, prototipagem rápida,
entre outros. O presente trabalho terá como objetivo comentar alguns paradigmas da engenharia
para o desenvolvimento rápido de produtos que originarão bens de consumo, enfatizando
algumas ferramentas na sua fase de projeto, (OGLIARI, 2002).

1
Docente, Graduado em Engenharia Química de Alimentos pela URI/Erechim, RS. Graduando Engenharia Civil
pela UFSC/Florianópolis, SC in-curse UNC/Concordia, SC. Mestre em Engenharia Mecânica pela
UFSC/Florianópolis, SC. claitonz@gmail.com
2
Docente, Graduado Engenharia Civil, UFSM/Santa Maria, RS, Especialista Tecnologia Ambiental, UPF/Passo
Fundo, RS, Mestre em Infraestrutura e Meio ambiente, UPF/Passo Fundo, RS. ailsonbarbisan@uceff.edu.br
3
Docente, Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Unochapecó, Mestre em Planejamento Territorial e
Desenvolvimento Socioambiental pela UDESC/Florianópolis, SC. nilsonberticelli@gmail.com.
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O que se quer é um produto de alta qualidade, sob todos os aspectos do ciclo de vida,
desde o projeto até o descarte, que seja competitivo. Ser competitivo significa apresentar
desempenho confiável, seguro e de baixo custo, mas também depende, consideravelmente, da
antecipação de lançamento no mercado ou da velocidade com que a empresa consegue introduzir
modificações para melhorar a qualidade do produto. Qualidade do produto pode ser definida
como conjunto de características de produto e/ou serviço, sendo estas inúmeras aos olhos do
consumidor, citando, por exemplo: aparência adequada, ergonomia, acabamento, desempenho,
durabilidade e garantia.
Assim, para a empresa ser competitiva, deve ter mais uma preocupação, que é
flexibilidade e a velocidade no desenvolvimento do produto. A partir desta preocupação, surgem,
atualmente, os ditos novos conceitos e métodos que tem como meta a redução do tempo de
desenvolvimento ou desenvolvimento rápido de produtos, que é a principal ênfase do presente
trabalho. (FORCELLINI, 2006).
O desenvolvimento rápido de produtos ou redução do tempo de lançamento (time-to-
market) é importante para o sucesso das empresas pelas seguintes razões:
a) Vantagem competitiva por chegar mais cedo ao mercado; b) Possibilidade de preços mais altos
no início da vida do produto no mercado; c) Mais rápido retorno do investimento e menor risco
financeiro; d) Uma vida no mercado mais longa; e) Lucro total maior e maior retorno de
investimento.
Para conseguir uma redução do tempo de lançamento do produto, os requisitos
fundamentais do processo de desenvolvimento são os seguintes:
1-Claro entendimento das necessidades, dos usuários do projeto e do produto, no início processo
de desenvolvimento, e a estabilidade dos requisitos ou especificação de projeto;
2-Uma definição sistematizada metodológica do desenvolvimento;
3-Disponibilidade dos recursos necessários para apoiar o projeto e a utilização de uma equipe
motivada e dedicada, em tempo integral;
4-Cedo envolvimento e definição da equipe de projeto para apoiar as atividades paralelas de
projeto e do processo de manufatura;
5-Um ambiente virtual do desenvolvimento do produto para modelagem, simulação e analise,
para minimizar o tempo consumido com construção de modelos físicos e testes de protótipos;
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6-Reutilização e normalização do projeto para minimizar o conteúdo de projeto;


7-Utilizar o máximo de componentes já produzidos pela empresa atuante do projeto, para
minimizar tempo de desenvolvimento, menor custo de logística e de prototipação da peça.
Conforme expresso acima, o essencial para o desenvolvimento rápido do produto é uma
equipe de projeto capacitada, seguindo uma metodologia bem definida e sistematizada em um
ambiente com recursos apropriados. Esta metodologia e o ambiente de desenvolvimento de
produtos deve estar inserido no conceito de desenvolvimento integrado do produto denominado
engenharia simultânea (FORCELLINI, 2006).
A questão problemática da pesquisa é: Como desenvolver rapidamente produtos e ou
componentes utilizando de orientações baseadas em engenharia simultânea, ferramentas de
desenvolvimento de produtos e engenharia sequencial?

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Segundo (WINNER et al., 1988 apud PRASAD, 1996),

Engenharia Simultânea é uma abordagem sistemática para o desenvolvimento integrado


e paralelo do projeto de um produto e os processos relacionados, incluindo manufatura e
suporte. Essa abordagem procura fazer com que as pessoas envolvidas no
desenvolvimento considerem, desde o início, todos os elementos do ciclo de vida do
produto, da concepção ao descarte, incluindo qualidade, custo, prazos e requisitos dos
clientes.

A partir dessa definição surgiram muitas outras. O conceito de Engenharia Simultânea


tornou-se muito mais abrangente, podendo incluir a cooperação e o consenso entre os envolvidos
no desenvolvimento, o emprego de recursos computacionais (CAD/CAE/CAM/CAPP/PDM) e a
utilização de metodologias (DFx, QFD, entre outras). A Figura 1 dá uma visão da diferença do
conceito tradicional de engenharia sequencial e de engenharia simultânea das diversas fases do
desenvolvimento do produto.
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Figura 1- Engenharia sequencial e simultânea

Fonte: Elaboração própria (2016)

Considerando a Figura 1 da sequência de atividades da engenharia sequencial em relação à


engenharia simultânea, percebe-se que o tempo no desenvolvimento de produtos é reduzido. A
melhora da qualidade do produto ocorre com a integração dos envolvidos no desenvolvimento,
que, desde as etapas iniciais estarão interessados em resolver conflitos para obter um produto
tecnologicamente viável, ao menor custo possível, com o mínimo de re-projetos necessários. A
redução dos custos é perceptível quando o tempo de lançamento do produto no mercado é
pequeno, pois, existe a redução de custo dos projetistas, da equipe de projeto em geral, do
número de re-projetos e ajustes dos protótipos são menores.
Com essas definições, o presente trabalho tem como objetivo indicar métodos e
ferramentas, que podem acelerar o desenvolvimento e melhorar a qualidade dos produtos, pois,
quanto menor for o ciclo de desenvolvimento maior será a frequência com que novos produtos
podem ser introduzidos no mercado.
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3 METODOLOGIA

Para cada ciência, os recursos utilizados são determinados por sua própria natureza. Por
isso, sua apresentação deve seguir uma padronização. Dessa forma a metodologia proporciona
critérios de organização e caracteriza a importância das principais etapas de uma pesquisa
(PRODANOV; FREITAS, 2013).
A pesquisa faz uso do Método Indutivo, devido ao objetivo que se busca alcançar, deste
modo. Indução é um processo mental por intermédio do qual, partiu-se de dados particulares,
com o objetivo de levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas
nas quais se basearam (MARCONI e LAKATOS, 2003).
A pesquisa parte de uma abordagem exploratória na identificação de propostas
metodologicas, atreladas a ferramentas e técnicas especificas aplicadas ao desenvolvimento de
rapido de novos produtos.
As pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato,
do tipo aproximativo. A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de
pesquisa que geralmente são assuntos com pouco ou nenhum estudo anterior a seu respeito. O
objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, ideias ou hipóteses de forma a qualificar ou
quantificar a pesquisa (COLLIS, 2005). Esta pesquisa fez uma análise qualitativa dos dados,
apresentados em forma de texto e imagens, de forma que sua análise fique mais clara ao leitor.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 METODOLOGIA DE PROJETO DE PRODUTOS

Em geral, o ciclo de vida de um produto pode ser desdobrado nas seguintes fases: projeto,
fabricação, montagem, embalagem, armazenagem, transporte, compra, venda, marketing, uso,
função, manutenção, reciclagem e o descarte. Segundo FORCELLINI (2006) são encontradas
diversas proposições de metodologia de projeto, com os respectivos desdobramentos da fase de
projeto.
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A Figura 2 mostra de forma resumida os modelos das principais e mais aceitas


metodologias propostas segundo alguns autores enquanto a Figura 3, mostra como é o
desdobramento da fase de projeto.
São muito semelhantes, mas o que se caracteriza é que o projeto do produto contém bem
definidas, quatro fases como segue: O esclarecimento da tarefa de projeto ou projeto
informacional do qual resultam as especificações de projeto; O projeto conceitual no qual é
desenvolvida uma concepção; O projeto preliminar no qual é definido o leiaute e os diversos
dimensionamentos do produto; O projeto detalhado, onde são efetuados todos os detalhamentos
de manufatura e montagem, as avaliações e verificações de desempenho do produto.

Figura 2- Modelos das principais e mais aceitas metodologias


BACK [3]
Necessidade Estudo da Conjunto P rojeto Solução P rojeto
de soluções Descrições
primitiva viabilidade possíveis preliminar otimizada detalhado do produto

PAHL & BEIT Z [12]

P lanejamento e Leiaute
Lista de P rojeto Concepção P rojeto P rojeto Documentos
Tarefa esclarecimento definitivo
da tarefa requisitos conceitual do produto preliminar do produto detalhado do produto

HUBKA & EDER [16]


Elaboração do Estrutura Descrição
Atribuição Especificações
P rojeto P rojeto Leiaute
problema de órgãos/ Detalhamento do sistema
do problema de projeto conceitual preliminar dimensional
atribuído concepção técnico

ULLMAN [29]
P lanejamento e
Especificações P rojeto P rojeto do P roduto
Mercado desenvolvimento Concepções
de projeto conceitual produto final
de especificações

Legenda:
Estado de Informação

P rocesso

Fonte: Adaptado de BACK et al., (2016)


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Figura 3 - Desdobramento da fase de projeto.

Informações Projeto Especificações Projeto Concepção Projeto Leiaute do Projeto Documentação


de mercado informacional de projeto conceitual do produto preliminar produto detalhado do produto

Fonte: Adaptado de BACK et al., (2016).

Figura 4- Metodologia de projeto segundo PAHL & BEITZ.


T arefa
Mercado, Empresa, Economia

esclarecimento da tarefa
Plane jar e e sclare ce r a tare fa:

Planejamento e
Analisar o mercado e a situação da empresa
Encontrar e selecionar idéias de produto
Formular uma proposta de produto
Esclarecer a tarefa
Elaborar a lista de requisitos

Lista de Requisitos

Otimização de princípios
(Especificação de Projeto)

De se nvolve r o princípio de solução:

Conceitual
Identificar problemas essenciais

Projeto
Estabelecer estruturas de função
Pesquisar princípios e estruturas de operação
Combinar e reconhecer as variantes de concepção
Avaliar contra critérios técnicos e econômicos
Informação: adaptar a lista de requisitos

Concepção
(Princípio de Solução)

Otimização do leiaute, formas e materiais


Atualizar e melhorar

De se nvolve r a e strutura de construção:


Projeto preliminar da forma, seleção de materiais e cálculo
Seleção dos melhores leiautes preliminares
Refinar e melhorar os leiautes
Avaliar contra critérios técnicos e econômicos
Preliminar
Projeto

Leiaute
Preliminar

De finir a e strutura de construção:


Otimização da produção

Eliminar pontos fracos


Verificar erros, influências de distúrbio e minimizar custos
Preparar a lista preliminar de peças e documentos de
produção e montagem

Leiaute
Definitivo

Pre parar docume ntos de produção e ope ração:


Detalhado

Elaborar desenhos detalhados e lista de peças


Projeto

Completar as instruções de produção, montagem, transporte e


operação
Verificar todos os documentos

Documentação do
Produto

Solução
Fonte: PAHL & BEITZ (1996).
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Os modelos mostrados na Figura 3, apesar de aparentarem uma sequência independente


de fases de desenvolvimento do projeto, quando se considera um maior detalhamento em etapas e
atividades, aparece a necessidade de interação e interdependência das atividades no ambiente de
projeto. Para se conseguir um adequado planejamento das atividades e definir os recursos
necessários, a metodologia deve apresentar um detalhamento minucioso, para identificar com
maior precisão: o que fazer, como fazer, com que fazer, quando fazer e a sequência do fazer.
Assim, baseando-se nas metodologias genéricas de projeto do produto, apresentada na
Figura 4, o próximo item propõe-se um desdobramento mais detalhado do processo de
desenvolvimento rápido de produtos, procurando mostrar, passo-a-passo: as atividades a serem
realizadas, quais as formas de dados de entrada que são necessários; quais os métodos;
ferramentas e conhecimentos necessários; simultaneidades ou paralelismos possíveis e, quais
formas dos dados de saída de cada atividade.

4.2 DESENVOLVIMENTO RÁPIDO DE PRODUTOS

Quando se fala em desenvolvimento rápido de produtos, é possível identificar diversas


formas de metodologias e ferramentas para o auxílio, como: engenharia simultânea,
QFD(Desdobramento da Função Qualidade), DFA(Projeto para Montagem) , DFM (Projeto para
Fabricação), CAD(Desenho assistido por computador), CAE (Programas assistidos para
engenharia), CAM(Programas assistidos para manufatura), CAx (Programas para análise e
fabricação), prototipagem rápida, entre outras, porém, não é possível desenvolver rápido um
produto ou colocar o produto no mercado mais rápido se a empresa não tiver uma boa
metodologia de projeto, pois, é muito arriscado desenvolver rápido um produto, uma vez que o
mesmo poderá apresentar problemas futuros como falhas de campo, por exemplo. Logo o
objetivo desse item é, demonstrar as fases e procedimentos necessários, em modo geral, para um
bom desenvolvimento rápido dos produtos.

4.3 PROJETO INFORMACIONAL DO PRODUTO


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Como foi antecipado na introdução deste trabalho, um dos pontos fundamentais para
conseguir um rápido desenvolvimento do produto é um claro entendimento das necessidades dos
usuários e estabilidade das especificações de projeto, isto é, desta fase resulta um conjunto de
informações o mais completo, quantitativo e definitivo possível, envolvendo todos os aspectos do
ciclo de vida do produto. Por esta razão sugere-se que esta fase receba o status de uma fase do
processo de desenvolvimento do produto, denominado de projeto informacional do produto e
não, simplesmente, como frequentemente se encontra os termos de esclarecimento da tarefa de
projeto ou check-list. Um problema bem definido é um problema parcialmente resolvido, ainda
mais, quando se sabe que o conjunto de especificações é a referência para tomadas de decisão e
ações em todo o processo de desenvolvimento, conforme apontado na Figura 2.
De acordo com o desdobramento da fase do projeto informacional, o primeiro passo é o
levantamento das necessidades de todos envolvidos no ciclo de vida do produto. Isto pode ser
efetuado através de questionários estruturados que permitem colher as necessidades do mercado
consumidor, da capabilidade de projeto, da fabricação, da montagem, da embalagem, da
armazenagem, do transporte, da compra, venda e marketing, do uso, da função, da manutenção,
da reciclagem e do descarte, após o levantamento das necessidades, converte para requisitos dos
usuários, numa linguagem mais apropriada (adotando os verbos ser, estar e ter), aplicando no
método da casa da qualidade (QFD Quality Function Development) classificando os requisitos de
projeto, obtendo um conjunto de especificações de projeto, ordenadas quanto a sua importância e
quantificadas.
O projeto informacional é a primeira atividade a ser desenvolvida, não depende das
outras, mas depende de informações fornecidas por competências as mais diversas dentro do
processo de produção e de consumo. Portanto, para que esta fase seja bem-feita, a equipe de
trabalho deve ter conhecimentos de projeto do produto, projeto e fabricação do ferramental e dos
materiais. Para acelerar esta fase, pode-se usar e desenvolver listas sistematizadas ou bancos de
dados de requisitos de usuários e de projeto a serem introduzidos na casa da qualidade.

4.4 PROJETO CONCEITUAL DO PRODUTO


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Com base nas especificações de projeto relatadas na fase anterior, o primeiro passo desta
fase é identificar quais são as funções que o produto deverá ter, por exemplo, funções
relacionadas ao ambiente onde o produto será usado; relacionadas ao usuário, quando
manipulado; relacionadas às outras partes internas e externas do produto e funções relacionadas à
produção. Para apoiar esta atividade podem ser usados os métodos da síntese funcional, da
análise do valor e FAST (Functional Analysis System Thechnique).
Uma fez definida as funções, o passo seguinte é a identificação ou geração de princípios
de solução alternativos para cada função. Estes princípios de solução são fortemente dependentes
de uma escolha preliminar do tipo de material e do processo de fabricação. Este conjunto de
funções e os correspondentes princípios de solução podem ser configurados numa matriz de
método morfológico.
Para facilitar o desenvolvimento do modelo funcional é conveniente a elaboração de um
banco de dados de função típica desta classe de produtos. Para desenvolver esse banco de dados,
pode-se pesquisar componentes semelhantes existentes e identificar as funções que os mesmos
atende os correspondentes princípios de solução. Muitas destas funções e os princípios de solução
podem ser reutilizados e normalizados em novos produtos e, desta forma, acelerar a concepção
do produto.
O método morfológico se mostra apropriado para gerar e visualizar alternativas de
concepção do produto. Esta busca de alternativas de concepção é recomendável, pois o primeiro
nos permite escolher a melhor quando as alternativas são confrontadas com as especificações de
projeto e, segundo, inicialmente escolhida não atender a algum aspecto das fases posteriores, por
exemplo, integridade estrutura ou moldabilidade, pode-se retomar uma alternativa já concebida.
Para a seleção da melhor concepção tem-se vários métodos. Como as alternativas devem
ser confrontadas com as especificações, ou melhor, com vários critérios formulados a partir das
especificações de projeto, o método mais apropriado é o de multi-critérios. Este processo de
seleção deve ser feito de forma sistemática por uma equipe com conhecimentos das várias fases
do processo de desenvolvimento do produto: projeto do produto; simulação de desempenho do
produto e do processo; projeto e fabricação do ferramental, até o uso e descarte.
Como o resultado desta fase tem-se uma solução definida e revisada, ou alternativas para
os materiais preliminares escolhidos. De preferência esta concepção deve estar na forma de um
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modelo eletrônico (sistema CAD), pois isto poderá facilitar a modelagem para as etapas
seguintes, como na simulação da integridade estrutura e da fabricação (sistema CAM).
As duas fases até aqui descritas são de fundamental importância, pois delas dependem
todas as demais fases. Pode-se dizer que com o projeto conceitual concluído, tem-se
comprometido, pelas decisões tomadas, cerca de 85% dos custos do produto (BACK). Do mesmo
modo, pode-se afirmar, em conceitos mais atuais, que o comprometimento, de qualidade ou do
valor agregado, ocorre na mesma proporção, (BACK, 2002).

4.5 PROJETO PRELIMINAR DO PRODUTO

Como a fase do projeto preliminar tem por objetivo o dimensionamento e otimização do


produto, o primeiro passo é o estabelecimento de modelos de dimensionamento. É recomendável
que a forma e dimensões, ou forma geométrica aproximada da concepção desenvolvida, seja
modelada em um sistema CAD-3D. para este modelamento tem-se como alternativas o
ProEgineer (ProE), Catia, Solid Works, entre outros. O importante para o desenvolvimento
rápido desta fase é que este modelamento seja compatível com as entradas dos vários sistemas
computacionais de simulação.
Para um desenvolvimento “seguro” do produto, os componentes devem ser, na maioria
das vezes, submetidos aos dimensionamentos e simulações seguintes:
 Simulações de integridade estrutural (tensões, deformações; vibrações; capacidade de
absorção de energia, etc.) usando o método de elementos finitos, por exemplo, os sistemas
ANSYS ou NASTRAN.
 Para simular ou verificar a adequacidade do projeto industrial podem ser construídos
modelos físicos, para o qual tem-se vários modelos de prototipagem rápida.
Segundo TAHARA (2009) “nos últimos anos surgiu uma nova família de máquinas
altamente inovadoras que permitem, com tecnologias e materiais diferentes, obter um protótipo
de um modelo ou de um molde, de maneira precisa e rápida a partir do modelo sólido gerado no
sistema CAD 3D. Tais máquinas, conhecidas como máquinas de Prototipagem Rápida, permitem
obter peças físicas acabadas, de modo automático, de qualquer forma e em dimensões finais,
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com complexidade e detalhes que não permitiriam sua obtenção em máquinas convencionais de
usinagem, ou tornariam sua execução demorada ou complexa em centros de usinagem
numericamente comandados. Dessa forma, tais máquinas possibilitam uma maior velocidade e
menor custo na obtenção de protótipos se comparado aos processos tradicionais de usinagem.
Além disso, em certos casos estas técnicas permitem a obtenção de matrizes capazes de produzir
uma quantidade limitada de peças, ideal para o emprego na produção de lotes pilotos. Tal
tecnologia possibilita que as empresas possam desenvolver produtos mais rapidamente (menor
time to market) e com menor custo, e, principalmente, com um acréscimo na qualidade por meio
de uma melhor avaliação do projeto. Leva também à uma diminuição das incertezas e riscos”.
As simulações mostradas acima podem, para acelera o processo de desenvolvimento de
produtos, ser efetuada simultaneamente. Concluídas estas simulações, e como durante o projeto
preliminar do componente deve-se também o projeto conceitual do ferramental, tem-se agora a
possibilidade de efetuar uma avaliação preliminar do custo do processo de produção do
componente, considerando-se alternativas de concepção e de materiais, se for o caso. Ao final
da fase do projeto preliminar dispõe-se de dados suficientes uma revisão sistemática, pela
comparação com as especificações de projeto, para introduzir modificações de necessárias e
escolher o material e a concepção final do produto.

4.6 PROJETO DETALHADO DO PRODUTO.

No projeto detalhado deve-se introduzir os melhoramentos necessários, identificados nas


simulações efetuadas no projeto preliminar, fixar os atributos finais do produto e efetuar uma
verificação e avaliação de desempenho do produto. Os procedimentos adotados na fase do projeto
detalhado são semelhantes aos adotados no projeto preliminar. Os mesmos métodos são usados
agora para a análise ou verificação do desempenho. Numa revisão final do projeto detalhado,
frequentemente, são necessários ajustes finais, quando então o projeto do produto está concluído
e tem-se todas as informações para o projeto detalhado do ferramental.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Existe uma vasta, plataforma de teorias e técnicas para desenvolvimento rápido de


produtos, a pesquisa explorou as técnicas mais usuais e chega-se então a uma conclusão, o
processo mais adequado para elaboração de produtos, equipamentos ou componentes, passa
necessariamente por uma estrutura baseada em coleta de dados, analise das necessidades e
requisitos de projeto, elaboração de concepções e por conseguinte detalhamento e especificações
finais. Todo esse processo a muito estudado ressalta a importância do uso de ferramentas como as
citadas, bem como a combinação de instruções de engenharia simultânea e sequencial, para o
rápido e bom desenvolvimento de novos produtos em ciclos mais rápido de desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração (2 ed.), 2005.


CROW, K. A. – Improving Time-to-Market Through Planning and Resource Management.
1996. http://members.aol.com/demassoc/resources.html.

FORCELLINI, Fernando. Projeto Conceitual. Gestão de desenvolvimento de produtos/Daniel


Capaldo Amaral... [et. al.]. São Paulo: Saraiva, 2006.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª


Edição, 2003.

OGLIARI, André. BACK, Nelson. Desenvolvimento de Produtos: Engenharia Simultânea.


Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos – Capítulo 4. Material Didático. Curso de Pós-
Graduação em Eng. Mecânica – UFSC. Março 2002.

OGLIARI, André. Sistematização da concepção de produtos auxiliada por computador com


aplicações no domínio de componentes de plástico injetados. Tese (Doutorado em Engenharia
Mecânica). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. UFSC: Florianópolis,
1999. 349f.

PAHL, G. and BEITZ, W. – Engineering Design: a Systematic Appoach. 2 Rev. ed. Great
Britain. Springer Verlag, 1996.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho Científico:


Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

TAHARA, Sayuri. The Rapid Prototyping Home. Disponível em:


http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/view/full/10032.

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