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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O setor produtivo tem passado por constantes mudanças nas últimas décadas, sempre
objetivando a redução do tempo entre a solução do cliente e a entrega efetiva do produto e, com
isso, surgem diversos novos conceitos ou denominações, dentro de conhecimento de
desenvolvimento rápido de produtos. Como principais conceitos, tem-se: projeto do ciclo de vida
do produto; desenvolvimento integrado do produto; engenharia simultânea, prototipagem rápida,
entre outros. O presente trabalho terá como objetivo comentar alguns paradigmas da engenharia
para o desenvolvimento rápido de produtos que originarão bens de consumo, enfatizando
algumas ferramentas na sua fase de projeto, (OGLIARI, 2002).
1
Docente, Graduado em Engenharia Química de Alimentos pela URI/Erechim, RS. Graduando Engenharia Civil
pela UFSC/Florianópolis, SC in-curse UNC/Concordia, SC. Mestre em Engenharia Mecânica pela
UFSC/Florianópolis, SC. claitonz@gmail.com
2
Docente, Graduado Engenharia Civil, UFSM/Santa Maria, RS, Especialista Tecnologia Ambiental, UPF/Passo
Fundo, RS, Mestre em Infraestrutura e Meio ambiente, UPF/Passo Fundo, RS. ailsonbarbisan@uceff.edu.br
3
Docente, Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Unochapecó, Mestre em Planejamento Territorial e
Desenvolvimento Socioambiental pela UDESC/Florianópolis, SC. nilsonberticelli@gmail.com.
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O que se quer é um produto de alta qualidade, sob todos os aspectos do ciclo de vida,
desde o projeto até o descarte, que seja competitivo. Ser competitivo significa apresentar
desempenho confiável, seguro e de baixo custo, mas também depende, consideravelmente, da
antecipação de lançamento no mercado ou da velocidade com que a empresa consegue introduzir
modificações para melhorar a qualidade do produto. Qualidade do produto pode ser definida
como conjunto de características de produto e/ou serviço, sendo estas inúmeras aos olhos do
consumidor, citando, por exemplo: aparência adequada, ergonomia, acabamento, desempenho,
durabilidade e garantia.
Assim, para a empresa ser competitiva, deve ter mais uma preocupação, que é
flexibilidade e a velocidade no desenvolvimento do produto. A partir desta preocupação, surgem,
atualmente, os ditos novos conceitos e métodos que tem como meta a redução do tempo de
desenvolvimento ou desenvolvimento rápido de produtos, que é a principal ênfase do presente
trabalho. (FORCELLINI, 2006).
O desenvolvimento rápido de produtos ou redução do tempo de lançamento (time-to-
market) é importante para o sucesso das empresas pelas seguintes razões:
a) Vantagem competitiva por chegar mais cedo ao mercado; b) Possibilidade de preços mais altos
no início da vida do produto no mercado; c) Mais rápido retorno do investimento e menor risco
financeiro; d) Uma vida no mercado mais longa; e) Lucro total maior e maior retorno de
investimento.
Para conseguir uma redução do tempo de lançamento do produto, os requisitos
fundamentais do processo de desenvolvimento são os seguintes:
1-Claro entendimento das necessidades, dos usuários do projeto e do produto, no início processo
de desenvolvimento, e a estabilidade dos requisitos ou especificação de projeto;
2-Uma definição sistematizada metodológica do desenvolvimento;
3-Disponibilidade dos recursos necessários para apoiar o projeto e a utilização de uma equipe
motivada e dedicada, em tempo integral;
4-Cedo envolvimento e definição da equipe de projeto para apoiar as atividades paralelas de
projeto e do processo de manufatura;
5-Um ambiente virtual do desenvolvimento do produto para modelagem, simulação e analise,
para minimizar o tempo consumido com construção de modelos físicos e testes de protótipos;
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
3 METODOLOGIA
Para cada ciência, os recursos utilizados são determinados por sua própria natureza. Por
isso, sua apresentação deve seguir uma padronização. Dessa forma a metodologia proporciona
critérios de organização e caracteriza a importância das principais etapas de uma pesquisa
(PRODANOV; FREITAS, 2013).
A pesquisa faz uso do Método Indutivo, devido ao objetivo que se busca alcançar, deste
modo. Indução é um processo mental por intermédio do qual, partiu-se de dados particulares,
com o objetivo de levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas
nas quais se basearam (MARCONI e LAKATOS, 2003).
A pesquisa parte de uma abordagem exploratória na identificação de propostas
metodologicas, atreladas a ferramentas e técnicas especificas aplicadas ao desenvolvimento de
rapido de novos produtos.
As pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato,
do tipo aproximativo. A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de
pesquisa que geralmente são assuntos com pouco ou nenhum estudo anterior a seu respeito. O
objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, ideias ou hipóteses de forma a qualificar ou
quantificar a pesquisa (COLLIS, 2005). Esta pesquisa fez uma análise qualitativa dos dados,
apresentados em forma de texto e imagens, de forma que sua análise fique mais clara ao leitor.
Em geral, o ciclo de vida de um produto pode ser desdobrado nas seguintes fases: projeto,
fabricação, montagem, embalagem, armazenagem, transporte, compra, venda, marketing, uso,
função, manutenção, reciclagem e o descarte. Segundo FORCELLINI (2006) são encontradas
diversas proposições de metodologia de projeto, com os respectivos desdobramentos da fase de
projeto.
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P lanejamento e Leiaute
Lista de P rojeto Concepção P rojeto P rojeto Documentos
Tarefa esclarecimento definitivo
da tarefa requisitos conceitual do produto preliminar do produto detalhado do produto
ULLMAN [29]
P lanejamento e
Especificações P rojeto P rojeto do P roduto
Mercado desenvolvimento Concepções
de projeto conceitual produto final
de especificações
Legenda:
Estado de Informação
P rocesso
esclarecimento da tarefa
Plane jar e e sclare ce r a tare fa:
Planejamento e
Analisar o mercado e a situação da empresa
Encontrar e selecionar idéias de produto
Formular uma proposta de produto
Esclarecer a tarefa
Elaborar a lista de requisitos
Lista de Requisitos
Otimização de princípios
(Especificação de Projeto)
Conceitual
Identificar problemas essenciais
Projeto
Estabelecer estruturas de função
Pesquisar princípios e estruturas de operação
Combinar e reconhecer as variantes de concepção
Avaliar contra critérios técnicos e econômicos
Informação: adaptar a lista de requisitos
Concepção
(Princípio de Solução)
Leiaute
Preliminar
Leiaute
Definitivo
Documentação do
Produto
Solução
Fonte: PAHL & BEITZ (1996).
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Como foi antecipado na introdução deste trabalho, um dos pontos fundamentais para
conseguir um rápido desenvolvimento do produto é um claro entendimento das necessidades dos
usuários e estabilidade das especificações de projeto, isto é, desta fase resulta um conjunto de
informações o mais completo, quantitativo e definitivo possível, envolvendo todos os aspectos do
ciclo de vida do produto. Por esta razão sugere-se que esta fase receba o status de uma fase do
processo de desenvolvimento do produto, denominado de projeto informacional do produto e
não, simplesmente, como frequentemente se encontra os termos de esclarecimento da tarefa de
projeto ou check-list. Um problema bem definido é um problema parcialmente resolvido, ainda
mais, quando se sabe que o conjunto de especificações é a referência para tomadas de decisão e
ações em todo o processo de desenvolvimento, conforme apontado na Figura 2.
De acordo com o desdobramento da fase do projeto informacional, o primeiro passo é o
levantamento das necessidades de todos envolvidos no ciclo de vida do produto. Isto pode ser
efetuado através de questionários estruturados que permitem colher as necessidades do mercado
consumidor, da capabilidade de projeto, da fabricação, da montagem, da embalagem, da
armazenagem, do transporte, da compra, venda e marketing, do uso, da função, da manutenção,
da reciclagem e do descarte, após o levantamento das necessidades, converte para requisitos dos
usuários, numa linguagem mais apropriada (adotando os verbos ser, estar e ter), aplicando no
método da casa da qualidade (QFD Quality Function Development) classificando os requisitos de
projeto, obtendo um conjunto de especificações de projeto, ordenadas quanto a sua importância e
quantificadas.
O projeto informacional é a primeira atividade a ser desenvolvida, não depende das
outras, mas depende de informações fornecidas por competências as mais diversas dentro do
processo de produção e de consumo. Portanto, para que esta fase seja bem-feita, a equipe de
trabalho deve ter conhecimentos de projeto do produto, projeto e fabricação do ferramental e dos
materiais. Para acelerar esta fase, pode-se usar e desenvolver listas sistematizadas ou bancos de
dados de requisitos de usuários e de projeto a serem introduzidos na casa da qualidade.
Com base nas especificações de projeto relatadas na fase anterior, o primeiro passo desta
fase é identificar quais são as funções que o produto deverá ter, por exemplo, funções
relacionadas ao ambiente onde o produto será usado; relacionadas ao usuário, quando
manipulado; relacionadas às outras partes internas e externas do produto e funções relacionadas à
produção. Para apoiar esta atividade podem ser usados os métodos da síntese funcional, da
análise do valor e FAST (Functional Analysis System Thechnique).
Uma fez definida as funções, o passo seguinte é a identificação ou geração de princípios
de solução alternativos para cada função. Estes princípios de solução são fortemente dependentes
de uma escolha preliminar do tipo de material e do processo de fabricação. Este conjunto de
funções e os correspondentes princípios de solução podem ser configurados numa matriz de
método morfológico.
Para facilitar o desenvolvimento do modelo funcional é conveniente a elaboração de um
banco de dados de função típica desta classe de produtos. Para desenvolver esse banco de dados,
pode-se pesquisar componentes semelhantes existentes e identificar as funções que os mesmos
atende os correspondentes princípios de solução. Muitas destas funções e os princípios de solução
podem ser reutilizados e normalizados em novos produtos e, desta forma, acelerar a concepção
do produto.
O método morfológico se mostra apropriado para gerar e visualizar alternativas de
concepção do produto. Esta busca de alternativas de concepção é recomendável, pois o primeiro
nos permite escolher a melhor quando as alternativas são confrontadas com as especificações de
projeto e, segundo, inicialmente escolhida não atender a algum aspecto das fases posteriores, por
exemplo, integridade estrutura ou moldabilidade, pode-se retomar uma alternativa já concebida.
Para a seleção da melhor concepção tem-se vários métodos. Como as alternativas devem
ser confrontadas com as especificações, ou melhor, com vários critérios formulados a partir das
especificações de projeto, o método mais apropriado é o de multi-critérios. Este processo de
seleção deve ser feito de forma sistemática por uma equipe com conhecimentos das várias fases
do processo de desenvolvimento do produto: projeto do produto; simulação de desempenho do
produto e do processo; projeto e fabricação do ferramental, até o uso e descarte.
Como o resultado desta fase tem-se uma solução definida e revisada, ou alternativas para
os materiais preliminares escolhidos. De preferência esta concepção deve estar na forma de um
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modelo eletrônico (sistema CAD), pois isto poderá facilitar a modelagem para as etapas
seguintes, como na simulação da integridade estrutura e da fabricação (sistema CAM).
As duas fases até aqui descritas são de fundamental importância, pois delas dependem
todas as demais fases. Pode-se dizer que com o projeto conceitual concluído, tem-se
comprometido, pelas decisões tomadas, cerca de 85% dos custos do produto (BACK). Do mesmo
modo, pode-se afirmar, em conceitos mais atuais, que o comprometimento, de qualidade ou do
valor agregado, ocorre na mesma proporção, (BACK, 2002).
com complexidade e detalhes que não permitiriam sua obtenção em máquinas convencionais de
usinagem, ou tornariam sua execução demorada ou complexa em centros de usinagem
numericamente comandados. Dessa forma, tais máquinas possibilitam uma maior velocidade e
menor custo na obtenção de protótipos se comparado aos processos tradicionais de usinagem.
Além disso, em certos casos estas técnicas permitem a obtenção de matrizes capazes de produzir
uma quantidade limitada de peças, ideal para o emprego na produção de lotes pilotos. Tal
tecnologia possibilita que as empresas possam desenvolver produtos mais rapidamente (menor
time to market) e com menor custo, e, principalmente, com um acréscimo na qualidade por meio
de uma melhor avaliação do projeto. Leva também à uma diminuição das incertezas e riscos”.
As simulações mostradas acima podem, para acelera o processo de desenvolvimento de
produtos, ser efetuada simultaneamente. Concluídas estas simulações, e como durante o projeto
preliminar do componente deve-se também o projeto conceitual do ferramental, tem-se agora a
possibilidade de efetuar uma avaliação preliminar do custo do processo de produção do
componente, considerando-se alternativas de concepção e de materiais, se for o caso. Ao final
da fase do projeto preliminar dispõe-se de dados suficientes uma revisão sistemática, pela
comparação com as especificações de projeto, para introduzir modificações de necessárias e
escolher o material e a concepção final do produto.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
PAHL, G. and BEITZ, W. – Engineering Design: a Systematic Appoach. 2 Rev. ed. Great
Britain. Springer Verlag, 1996.