Sie sind auf Seite 1von 14

QUESTIONÁRIO

 O que é?

- Instrumento de investigação que visa recolher informações:

- Baseando-se, geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em


estudo;

- Contém uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores;

- Habitualmente sem interação direta entre estes e os inquiridos.

 Utilidade e Importância

- Útil quando um investigador pretende recolher informação sobre um determinado tema.

- Facilidade de interrogar um elevado número de pessoas em pouco tempo.

- Podem ser de natureza social, económica, familiar, profissional, relativos às suas opiniões, à
atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao seu
nível de conhecimentos ou de consciência de um acontecimento ou de um problema, etc.

 Métodos de Inquérito

- Auto-administrado (via correio)

Vantagens: pode ser enviado a um grande nº de pessoas, de forma não muito dispendiosa e a
pessoa que responde pode fazê-lo quando lhe for mais conveniente;

Desvantagens: obtém-se uma percentagem baixa de respostas e não é o melhor veículo para
perguntas que exigem respostas muito detalhadas.

- Auto-administrado (em grupo)

- Reúne-se um grupo de pessoas, as perguntas são feitas em simultâneo, mas cada pessoa
responde individualmente ao seu questionário;

- Os grupos são reunidos seguindo algum critério de conveniência (aqueles que estão
presentes e que muito provavelmente vão ter uma boa percentagem de resposta);

- Muitas vezes usado em empresas ou escolas.

Vantagens: Se as pessoas que estão a ser questionadas não entenderem o significado de


alguma pergunta podem pedir ajuda ou esclarecer o propósito do estudo;

Desvantagens: Efeito de grupo.


Auto-administrado (porta-a-porta)

- O investigador desloca-se a casa ou ao emprego dos questionados, entrega e explica o


questionário e depois volta para recebê-lo ou pede que o devolvam por correio;

Vantagens: pode ser feito quando é mais conveniente ao questionado e permite um contacto
com o investigador;

Desvantagem: custos financeiros associados.

Hetero-administrado (pessoal)

- O investigador preenche o questionário com as respostas às perguntas que vai fazendo ao


questionado;

Vantagens: contacto pessoal e direto entre o investigador e o questionado; o entrevistador


tem a oportunidade de se certificar que o que o questionado quer dizer é mesmo o que disse;

Desvantagens: consome muito tempo, muito dispendioso e o entrevistador é considerado


parte do instrumento de recolha de dados.

Hetero-administrado (via telefónica)

Vantagens: o investigador tem a informação rapidamente, em contacto direto com o


questionado, tendo a oportunidade de se certificar que o que o questionado respondeu era
exatamente aquilo que queria dizer;

Desvantagens: muitas pessoas não gostam que lhes telefonem para casa, outras não têm
telefone que conste nas listas telefónicas. Estas entrevistas não podem ser muito longas.

 Desenho de Questionários

- Decisões relacionadas com:

Linguagem; Formato; Tipo de questão.

 Problemas de Linguagem

- A linguagem deve ser clara e objectiva;

- A linguagem deve ser simples (evitar perguntas longas, com palavras difíceis…);

- A linguagem deve ser neutra (evitar influenciar o questionado);

- A questão da unicidade (evitar questões “duvidosas”);

- A linguagem deve ser temporal;

- Evitar questões irrelevantes, intrusivas, de natureza pessoal, ou que abordem assuntos


delicados ou incómodos para o inquirido.
 Problemas de Formato

Um questionário deve sempre:

- Começar com uma introdução que deve descrever os seus objectivos e o uso que vai ser
dado à informação;

- Ter instruções claras de preenchimento;

- Assegurar a confidencialidade dos dados recolhidos;

- Apresentar as questões de uma forma sequencialmente lógica e com um tempo de resposta


o mais curto possível.

 Objetivos Gerais das Perguntas

Objetivo geral refere-se ao tipo geral de informação que as perguntas solicitam:

- Factos: “Quantos operários tem o seu departamento?”

- Opiniões: “Acha que a taxa de desemprego em Portugal vai baixar antes de dezembro de
2018?”

- Atitudes: “Em que medida concorda ou discorda com a saída do Reino Unido da UE?”

- Preferências: “Prefere trabalhar sozinho ou em grupo?”

- Valores: “Indique o grau de importância que atribui a cada um dos seguintes aspetos:
trabalho interessante, bons colegas, ordenado alto.”

- Satisfações: “Em que medida está satisfeito ou insatisfeito com o seu chefe de serviço?”

- Outros: Razões; Motivos; Esperanças; Crenças; …

 Tipos de Questões

Questões de Resposta Aberta

- Respostas pelas palavras do inquirido;

Vantagens: estimulam o pensamento livre, ajudam a clarificar posições e são mesmo


indispensáveis para estudos exploratórios, como por exemplo o desenvolvimento de novas
questões de resposta fechada para futuros estudos.

Desvantagens: é necessário encontrar e organizar os termos necessários, o que pode tornar a


resposta mais complicada; podem ser dadas respostas incompletas ou mesmo irrelevantes; e
tornam mais complicada a análise estatística dos dados.
Questões de Resposta Fechada

- O questionado assinala a opção que pretende responder dentro de uma possível lista de
respostas;

- Neste tipo de questão, as respostas potenciais devem ser exaustivas e mutuamente


exclusivas.

Vantagens: facilita a resposta ao questionado assim como a codificação e a análise;

Desvantagens: limita as possibilidades de resposta, correndo o risco de omitir respostas


importantes.

 Escalas de Resposta

Nominal

- Não existe qualquer ordem intrínseca nas alternativas de resposta.

- Exemplo: Sexo, Estado Civil, Concelho de Residência.

Ordinal

- Existe uma ordem intrínseca nas alternativas de resposta.

- Exemplo: Habilitações Académicas.

Intervalar

- A origem é arbitrária.

- Exemplo: Temperatura do ar, pressão atmosférica.

Absoluta, de Razão ou de Rácios

- A origem é fixa.

- Exemplo: Idade, distância percorrida.

Escalas de Likert (aditivas)

- São usadas geralmente para quantificar uma opinião ou atitude.

- Exemplo: 1-Discordo totalmente; 2-Discordo; 3-Não concordo nem discordo; 4-Concordo; 5-


Concordo totalmente.
VAS (Visual Analogue Scales)

- São escalas idênticas às escalas de Likert, mas apresentadas num formato diferente.

- O inquirido deve responder assinalando na linha a posição correspondente à sua opinião.

- Exemplo: Útil--------------------------------------- Inútil.

Escalas de Guttman (cumulativas)

- Contêm uma série de opções de resposta que expressam um crescimento de intensidade de


uma determinada característica;

- Se um inquirido concordar com uma das opções está a concordar com todas as que se
encontram numa posição inferior na escala.

 Fases do Desenho de Questionários

1. Escolher o tipo de questionário;

2. Elaborar uma lista de variáveis;

3. Consultar questionários previamente testados;

4. Preparar o questionário;

5. Testar o questionário;

6. Fazer a versão final do questionário.


DESENHOS DE INVESTIGAÇÃO

 Tipos de Estudo em Ciências da Saúde

Observacionais

- Descritivos;

- Transversais;

- Casos e controles;

- Coorte (prospetivos ou retrospetivos).

Experimentais

- Estudos controlados randomizados.

 Limitações dos Estudos Observacionais

Confundimento

- Quando uma variável interferente (de confundimento) distorce ficticiamente a associação


entre a variável de exposição e de resposta, alterando-lhe a força ou o sentido.

- Os factores de risco não ocorrem de forma isolada, excepto numa experiência controlada.

Exemplos:

- O consumo de álcool e cancro do pulmão estão associados, porque os indivíduos que


consumem mais álcool são tendencialmente fumadores.

- O estado civil e o cancro estão associados, porque os indivíduos casados tendem a ser mais
velhos que os solteiros.

Como evitar ou controlar o Confundimento

- Na fase de desenho do estudo: randomizar ou emparelhar;

- Na fase de análise: usar regressão multivariada para “fazer o ajustamento” para variáveis de
confundimento, de forma estatística.
 ESTUDOS DESCRITIVOS

- Objectivo: Estimar parâmetros de uma população (proporções, médias, etc.);

- Não necessitam de elaboração de hipóteses de estudo pois são uma "fotografia" da situação;

- 1.º passo da investigação, onde surgem hipóteses que poderão ser verificadas ou refutadas.

 ESTUDOS TRANSVERSAIS (ou de Prevalência)

- Medem a prevalência da doença ou a exposição de uma amostra aleatória da população de


interesse, num determinado momento temporal.

- São “fotografias”, podendo incluir alguma análise quando as variáveis de exposição e de


resultado são persistentes ao longo do tempo.

Vantagens:

Fáceis e baratos.

Desvantagens:

- Correlação não implica causalidade;

- Não se consegue determinar o que ocorreu 1º;

- Confundimento.

Exemplo:

- Estudar a associação entre a variável sexo e uma determinada doença crónica, numa
população.

 ESTUDOS DE CASOS E CONTROLES

- Amostra de indivíduos doentes que são questionados retrospectivamente relativamente à


exposição a factores de risco.

Vantagens:

- Eficaz no estudo de doenças raras ou de surtos (ex.: intoxicação por salmonela onde é
necessário descobrir rapidamente as causas).

Desvantagens:

- Dificuldade em encontrar controlos adequados;

- Viés de memória;

- Confundimento;

- O factor de risco pode ter surgido depois da doença.


 ESTUDOS DE COORTE PROSPECTIVOS

- Medem-se os factores de risco em pessoas que não têm a doença no início do estudo e
acompanham-se essas pessoas ao longo do tempo, calculando-se os riscos ou as taxas de
desenvolver a doença.

Vantagens:

- As variáveis de exposição (preditores) são medidas antes do efeito;

- Podem estudar-se vários efeitos (outcomes).

Desvantagens:

- Tempo e dinheiro;

- Confundimento;

- Perda de follow-up.

 ESTUDOS DE COORTE RETROSPETIVOS

- Conceptualmente são idênticos aos estudos de coorte prospectivos, mas a coorte é definida
depois dos resultados terem ocorrido, usando dados armazenados.

Vantagens:

- Dados relativos à exposição (factores risco) recolhidos antes dos resultados terem ocorrido;

- Mais baratos e mais rápidos do que os estudos prospectivos.

Desvantagens:

- A qualidade dos dados pode ser limitada.

 ESTUDOS DE CASOS E CONTROLES NESTED


- É um estudo de casos e controles em que os casos e os controles são retirados de um estudo
de coorte prospetivo.

- Os indivíduos que desenvolvem a doença durante o follow-up (casos) são comparados com
indivíduos idênticos da coorte que não desenvolveram a doença (controles).

Vantagens:

- Eficientes para avaliações “caras”, como marcadores sanguíneos e ensaios genéticos;

- Biomarcadores recolhidos antes do desenvolvimento da doença, evita causalidade reversa.

Desvantagens:

- Idênticas às dos estudos de coorte.


 ESTUDOS CONTROLADOS RANDOMIZADOS

- São estudos caraterizados por se distribuir aleatoriamente uma população em dois grupos e
posteriormente se manipularem as variáveis explicativas num grupo, de forma a estudar o seu
efeito nas variáveis resultado.

- O outro grupo serve como termo de comparação e designa-se grupo de controlo ou


testemunha.

- São considerados a regra de ouro dos desenhos de investigação.

Vantagens:

- A randomização minimiza o confundimento;

- O blinding minimiza o viés.

Desvantagens:

- Caros;

- Podem apenas olhar para os resultados de curto prazo;

- Nem sempre é ético randomizar;

- Os resultados podem não ser generalizados.

TIPOS DE INVESTIGAÇÃO

Podem ser classificados de acordo com 4 critérios:

- A intervenção do investigador;

- A planificação da recolha de dados;

- O número de vezes que se mede a variável em estudo;

- O número de amostras a estudar.

 SEGUNDO A INTERVENÇÃO DO INVESTIGADOR

Observacional

- Não há intervenção do investigador;

- Os dados reflectem o curso natural dos acontecimentos, sem o controlo do investigador.

Experimental

- Há intervenção do investigador;

- São prospetivos, longitudinais (há uma medição “antes” e outra “depois”), analíticos
(relacionam variáveis), num nível de investigação “explicativo” (causa-efeito);

- São “controlados”.
 SEGUNDO A PLANIFICAÇÃO DA RECOLHA DE DADOS

Prospectivo

- Os dados para o estudo são recolhidos propositadamente para essa investigação (dados
primários);

- Há controle do risco de medição.

Retrospectivo

- Os dados são recolhidos a partir de registos nos quais não houve participação do investigador
(dados secundários);

- Não há controle sobre o risco de medição.

 SEGUNDO O NÚMERO DE VEZES QUE SE MEDE A VARIÁVEL EM ESTUDO

Transversal

- Todas as variáveis são medidas num só momento;

- Na realização de comparações consideram-se (habitualmente) amostras independentes.

Longitudinal

- A variável de estudo é medida em dois ou mais momentos;

- Na realização de comparações (“antes” e “depois” de uma intervenção ou num


acompanhamento) consideram-se amostras emparelhadas (dependentes).

 SEGUNDO O NÚMERO DE AMOSTRAS

Descritivo

- Uma amostra;

- A análise estatística é univariada;

- Pretendem-se descrever ou estimar parâmetros da população a partir de uma amostra em


estudo.

Analítico

- Mais do que uma amostra;

- A análise estatística é bivariada ou multivariada;

- Pretende-se explicar a variação de uma variável em função de outra(s); e estabelecer qual a


associação entre factores.

Confusão frequente

Descritivo não é sinónimo de Observacional.

Um estudo observacional pode ser analítico.


NÍVEIS DE INVESTIGAÇÃO

 Exploratório

- Quando o objectivo é examinar um tema ou problema de investigação pouco estudado ou


que não tenha sido abordado antes.

- O objectivo é estabelecer prioridades para futuras investigações ou sugerir afirmações


verificáveis.

- Não há questões que conduzam a problemas específicos.

- São exploradas as áreas problemáticas.

- Trata-se de investigação qualitativa, não há necessidade de análise estatística de dados.

 Descritivo

- Descreve fenómenos sociais ou clínicos numa situação temporal e geograficamente


determinada.

- Do ponto de vista cognitivo e seu objetivo é descrever. Do ponto de vista estatístico, a sua
finalidade é estimar parâmetros.

- A análise estatística consiste no cálculo de frequências, médias, e outras medidas univariadas.

 Relacional

- Não são estudos de causa e efeito, porque os testes estatísticos só mostram a relação de
dependência entre os diferentes acontecimentos.

- Podemos encontrar estudos de associação (sem relação de dependência) e correlações


espúrias.

- Análise estatística bivariada.

- É possível fazer associações (medidas de associação) e correlações (medidas de correlação)


entre variáveis.
 Explicativo

- Pretende-se explicar o comportamento de uma variável em função de outra(s), identificando


uma relação de causa e efeito (variáveis dependentes e independentes).

- Deve apoiar-se noutros critérios de causalidade.

- Requer controlo, tanto metodológico, como estatístico.

- Análise estatística multivariada.

- Objetivo: descartar associações aleatórias, acidentais ou espúrias entre a variável


dependente e a independente.

 Preditivo

- Responsável pela estimativa probabilística de acontecimentos geralmente adversos, tais


como complicações de doença e mortalidade.

- O percurso da investigação deve ter passado previamente pelos níveis anteriores.

- Aplica-se um conjunto vasto de técnicas estatísticas.


ESTATÍSTICA

Objecto da Estatística

- A Estatística é uma disciplina cujo objeto fundamental é a recolha, a compilação, a análise e a


interpretação de dados.

O que é a Estatística

- Área do conhecimento científico que se debruça sobre os processos de recolha de


informação (dados), da análise e caraterização da informação e da tomada de decisão
fundamentada a partir da informação recolhida.

- Em Estatística os “números” só fazem sentido quando inseridos num determinado contexto.

 População e Amostra

População

- Conjunto dos dados que expressam a caraterística em causa, para todos os objetos sobre os
quais a análise incide.

- Conjunto de pessoas, objectos, eventos, observações ou outras “coisas” que podem ser
agregáveis e sobre as quais estamos interessados em generalizar.

População Teórica

- Conjunto de todos os elementos da População (ex. 10 milhões de portugueses).

População do Estudo ou População-Alvo

- Subgrupo de elementos acessíveis de uma população teórica (ex. portugueses residentes na


região do Porto).

Amostra

- Subgrupo de dados selecionados a partir da População do Estudo.

ESTATÍSTICA DESCRITIVA

- Procura-se sintetizar e representar de forma compreensível a informação contida num


conjunto de dados.

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

- Com base num conjunto limitado de dados (uma amostra), pretende-se caraterizar o todo a
partir do qual tais dados foram obtidos (a população).
FASES DO MÉTODO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA

1. Estabelecimento dos objectivos da análise a efetuar e definição da(s) população(ões)


correspondente(s);

2. Concepção de um procedimento adequado para a selecção de uma ou mais amostras;

3. Recolha de dados;

4. Análise dos Dados (técnicas de Estatística Descritiva);

5. Estabelecimento de inferências acerca da população (com base na informação amostral).

Das könnte Ihnen auch gefallen