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Segundo a lei do uso e desuso (que era uma idéia plenamente aceita na Europa mesmo
antes de Lamarck e que também foi defendida por Charles Darwin) os indivíduos
perdem as características de que não precisam e desenvolvem as que utilizam. O uso
contínuo de um órgão ou parte do corpo faz com que este se desenvolva e seja apto para
o correto funcionamento, e o desuso de um órgão ou parte do corpo faz com que este se
atrofie e com o tempo perca totalmente sua função no corpo do indivíduo. Estas
mudanças são transmitidas aos descendentes através da: Transmissão das características
adquiridas - O uso e desuso de partes do corpo provocam alterações no organismo do
indivíduo, essas alterações podem ser transmitidas às gerações seguintes. Por exemplo
as crias das girafas herdam o pescoço comprido dos pais que supostamente o
desenvolvem quando comem folhas das árvores mais altas. Desta forma surgiriam as
novas espécies, que na verdade nada tem de novo, são apenas alterações das já
existentes, desvios na linha evolutiva.
Lamarck defendia a geração espontânea contínua das espécies, com os organismos mais
simples a serem depois transmutados com o tempo (pelo seu mecanismo) tornando-se
mais complexos e próximos da perfeição ideal. Acreditava portanto num processo
teleológico, com um fim determinado em que os organismos se tornam mais perfeitos à
medida que evoluem.
Charles Darwin elogiou Lamarck na terceira edição da A Origem das Espécies por ele
apoiar o conceito da evolução e por ter contribuído para o divulgar. Darwin aceitava a
ideia do uso e do desuso, e desenvolveu a sua teoria da pangenese em parte para
explicar esse fenômeno. Não foi Darwin que refutou a teoria dos caracteres adquiridos,
mas sim a descoberta dos mecanismos celulares da hereditariedade e da genética (ideias
que Darwin reconheceu que precisava para completar a sua teoria).