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O AUTOR................................................................................................................3
APRESENTAÇÃO..................................................................................................4
CAPÍTULO I...........................................................................................................6
CAPÍTULO II..........................................................................................................9
CAPÍTULO III......................................................................................................13
CAPÍTULO IV.......................................................................................................19
CAPÍTULO V........................................................................................................28
CAPÍTULO VI ...................................................................................................64
CAPÍTULO VII.....................................................................................................71
CAPÍTULO VIII...................................................................................................79
SÍNTESE HISTÓRICA DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DA CAPITAL..................79
1. AS PRIMEIRAS FORMAS DE POLICIAMENTO DA CIDADE...................................79
2. O COME E DAMIÃO E OS POSTOS POLICIAIS.........................................................79
3. OS POLICIAMENTOS ESPECIALIZADOS........................................................................80
CAPÍTULO IX.......................................................................................................82
CAPÍTULO X........................................................................................................85
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS...................................................................88
O AUTOR
4. ETIMOLOGIA DA PALAVRA
A palavra " POLÍCIA ", provém do termo Grego " POLIT¨IA ", ( POLIS = A
CIDADE + TEIA = ADMINISTRAÇÃO ) e originou a expressão latina " POLITIA ",
que tinha o significado original de administração de uma cidade. É provável que o
sentido hoje dado a " Poder de Polícia ", capacidade que o poder público delega aos
seus agentes para limitar direitos individuais, em benefício da coletividade, tenha essa
mesma origem .
CAPÍTULO II
1. 2. As Milícias:
1. 3. As Ordenanças
O exaltado clima político em todo Brasil no início de 1831, situação que levou
D. Pedro I a abdicar ao trono e provocar a formação do Governo Regencial, gerou reflexos
em todas as Províncias. Na Paraíba, as relações entre brasileiros e portugueses estavam
bastantes acirradas. no dia 24 de maio daquele ano, ocorreu no largo do convento de São
Bento, na capital da Província, um tumulto envolvendo integrantes do Batalhão da Tropa
de Linha, que com apoio do povo, rebelaram-se contra os Oficiais Portugueses que
comandavam aquela Unidade, exigindo seus afastamentos, assim como o do Comandante
da Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, também português. O Presidente do
Conselho afastou os oficiais Portugueses, mas a ordem pública da cidade ficou ainda mais
perturbada, o que levou o Presidente a adotar medidas para amenizá-la. Dessa forma, em
09 de julho de 1831, sob a Presidência do Sr. José Thomas Nabuco de Araújo, o Conselho
Provincial da Paraíba autorizou a criação do Serviço de rondas Cívicas na cidade. Esse
serviço que destinava-se à manutenção da ordem pública, era efetuado em cada quarteirão
da cidade por civis voluntários, residentes nesses locais, comandados por um cidadão entre
eles escolhidos e que eram remunerados. Essa atividade recebia um indispensável apoio da
Tropa de Linha. Existiam na cidade quatro postos de guarda dessa tropa (Exército), os
quais à noite eram reforçados por mais seis homens que formavam patrulhas destinadas a
apoiar asa ações das Rondas Cívicas. Quando eram efetuada uma prisão pela Ronda
Cívica, o preso era entregue no posto de guarda mais próximo ao oficial de quarteirão, que
o conduzia a cadeia, comunicando o fato ao Juiz de Paz. Todo o sistema de segurança, a
Ronda cívica e a Tropa de Linha, era subordinado ao Juiz de Paz. dois dias depois de
criada a ronda Cívica foi regulamentada pelo conselho, escolhidos seus integrantes e
entrou em funcionamento.
3. A GUARDA NACIONAL:
3.1. 1º Batalhão
3.2 2º Batalhão
4.1. Organização
4.3 Fardamento
4.4. Funcionamento
4.5. Aquartelamento
4.8. Denominações
1. INTRODUÇÃO
21. Antecedentes
3.1. Antecedentes
3.2. A Revolta
No dia 16 de janeiro de 1852, a vila de Ingá (PB) foi invadida por mais de
200 pessoas, que se dirigindo a casa do escrivão, quebraram móveis, rasgaram e
queimaram os documentos existentes. Em seguida, invadiram outras casas, provocando
prejuízos materiais e ameaças físicas Ás pessoas. O Delegado da cidade, ao tomar
conhecimento da aproximação dos invasores, fugiu.
Idênticos movimentos se registraram também em Campina Grande (PB),
Alagoa Nova (PB) e Alagoa Grande (PB).
4.1. Antecedentes
4. 2. O Brasil na Guerra
5. A CAMPANHA DO QUEBRA-QUILOS
5.1. Antecedentes
1. INTRODUÇÃO
2. A CAMPANHA DE MONTEIRO
De 1900 a 1904 a Paraíba foi governada pelo Dr. José Pelegrino de Araújo,
integrante do Partido Republicano, que era chefiado a nível estadual pelo Dr. Álvaro
Machado.
Na cidade de Lagoa do Monteiro, atual Monteiro, o Juiz era o Dr. José
Joaquim Neves e o Promotor era o Dr. Augusto Santa Cruz. Nessa época, era comum os
integrantes da Justiça e do Ministério Público participarem diretamente das atividades
políticas, exercendo grandes lideranças na Área de seus Municípios.
Ocorreu nessa época, uma disputa política, em que se defrontavam os Drs.
Joaquim Neves e Augusto Santa Cruz, sendo este vencedor.
Dessa refrega política, surgiram fortes inimizades pessoais entre essas
autoridades e seus correligionários. Buscando apoio político, ambos procuraram o
Presidente do Estado, José Peregrino, que, talvez por ser egresso da Magistratura, pois era
Desembargador aposentado, se aliou ao Dr. Joaquim Neves, o que contribuiu para acirrar
os ânimos nos assuntos políticos daquela região.
O Juiz de Sumé, Dr. Peregrino Maia, aliou-se a Santa Cruz.
Esse clima de inimizade perdura por muito tempo.
Nessa época, os grupos de cangaceiros saqueavam as cidades de um Estado e
fugiam para outro, dificultando o trabalho da Polícia, que não deviam atravessar as
fronteiras. A Região de Monteiro, por ser fronteira com Pernambuco, era
freqüentemente transitada por esses grupos que invadiam ou fugiam daquele Estado.
A Polícia Militar de Pernambuco, sob o comando do Cap. Zacarias, em
diligências para capturar o cangaceiro Antônio Silvino, que havia praticado diversos
crimes naquele Estado, invadiu a cidade de Monteiro. Nessa ocasião, o Juiz da Cidade
Joaquim Neves, inimigo pessoal do Promotor Augusto Santa Cruz, deu apoio a ação da
Polícia Pernambucana e apontou Santa Cruz e seus inimigos, como pessoas que
protegiam os cangaceiros.
Esse fato fez com que Santa Cruz e seus aliados políticos fossem molestados
pela Polícia Pernambucana.
Revoltado, Santa Cruz reuniu quantidade de cangaceiros e pessoas amigas, e
depois de muita luta, expulsou a Polícia de Pernambuco daquele Município. Esse fato
deu margem para que a Imprensa de Pernambuco passasse a tratar Santa Cruz como
perigoso bandido e protetor de cangaceiros.
Em 1910, ainda por força das inimizades políticas advindas de l904, grupos
de Correligionários de Santa Cruz travam violento tiroteio com partidários de Joaquim
Neves, fato ocorrido no Município de Sumé, na época denominada Santo Tomé.
Esse fato resultou na prisão de Santa Cruz e de seu mais forte aliado, o Maj.
Hugo (Major era termo honorífico, utilizado na hierarquia política local), acusados
de mandantes de homicídios. Impetrado Habeas-Corpus, o Tribunal de Justiça, negou,
mas o Superior Tribunal Federal concedeu.
O Dr. Pergentino Maia, aliado de Santa Cruz, já havia sido substituído pelo
Dr. Eduardo Pereira.
Liberado, Santa Cruz, cercado de muitos cangaceiros por ele contratados,
homiziou-se na sua fazenda, denominada Areal e localizada em Monteiro. Com o
andamento do processo, Santa Cruz foi pronunciado, sendo expedido pela Justiça, o seu
mandado de prisão.
A polícia Militar foi encarregada de efetuar a prisão do Dr. Santa Cruz e do
Maj. Hugo, na fazenda Areal, sendo recebida à bala. Depois desse confronto com a
Polícia, Santa Cruz pediu exoneração do cargo de Promotor, sendo nomeado para
substituí-lo o Dr. Inojosa Varejão.
Assediado contentemente pela Polícia, na tentativa de invasão da fazenda para
efetuar a sua prisão, Santa Cruz resolveu abandonar o Estado. Com essa finalidade,
reuniu toda força que dispunha, seqüestrou o Dr. Inojosa Varejão e outras autoridades de
Monteiro e seguiu com destino ao Ceará, liberando gradativamente os reféns, a medida que
se afastava da perseguição da Polícia.
No Ceará, Santa Cruz se dirigiu Á cidade de Juazeiro, de onde, através do
Padre Cícero, tentou negociar a venda de suas terras ao Governo da Paraíba, sem no
entanto lograr êxito.
Em 1911, Santa Cruz voltou a Paraíba, disposto a refazer sua imagem.
Nessa época foi iniciada a campanha sucessória da Presidência do Estado. disposto a fazer
oposição, Santa Cruz se aliou a Franklin Dantas, líder político da Área de Teixeira.
O candidato do Governo era o Dr. João de Castro Pinto, indicado por Epitácio
Pessoa, que a partir de então, passou a chefiar a política estadual. Pela oposição,
candidatou-se o Coronel Rêgo Barros.
O sistema eleitoral e a forma de se fazer política nessa época, com a adoção
do denominado voto de bico de pena, forma quase equivalente de voto declarado,
impedia que a oposição tivesse qualquer chance de vitória. A única possibilidade de
vitória que a oposição teria, seria a deposição do Presidente João Machado, através de
uma Intervenção Federal, que poderia ocorrer entre outros casos, quando o Governo
Estadual não fosse capaz de manter a Ordem Pública no seu território.
Foi exatamente o caminho que Santa Cruz escolheu, dando início a uma
campanha eleitoral Á base de pressão violenta, através de saques, invasões Ás cidades, e
ameaças Á população do Cariri e Sertão, planejando inclusive, chegar a Campina
Grande e João Pessoa. Dessa forma foram registradas lutas em Monteiro, Sumé,
Taperoá, Patos, Santa Luzia e São João do Cariri.
3.8. Comunicação
Publique-se e cumpra-se.
4. A CAMPANHA DE PRINCESA
4.1.1. O "NEGO"
Para afastar João Pessoa do poder, José Pereira pretendia criar um clima de
desordens na Paraíba, que justificasse ao Governo Federal efetuar uma intervenção no
Estado.
Para tanto, grande número de cangaceiros da região e de outros Estados, foi
recrutado, para, sob orientação de José Pereira, ocupar as cidades vizinhas a Princesa,
em atitude de desafio ao Governo Estadual. Inicialmente foram ocupadas as cidades de
Santana dos Garrotes, Nova Olinda, Imaculada, Água Branca e Teixeira.
Dispondo de armamento e munição fornecido, sutilmente pelo Governo
Federal, e pago a razão de 3 mil réis por dia por José Pereira, o número de
cangaceiros foi cada vez mais aumentando.
No dia 1\ de março, grupos de cangaceiros impediram a realização das
eleições em Santana dos Garrotes e Piancó.
Estava deflagrado o movimento.
Para ser efetuado a ofensiva final a Princesa era indispensável o ataque por 3
frentes diferentes, o que exigia a formação de mais uma Coluna, além das Comandadas
pelos Capitães Costa e Irineu Rangel. Entretanto, essa providência demorava a ser
tomada, o que causava dificuldade para a manutenção da Tropa em sua posição.
Tentando abreviar o fim da luta, o Cap Costa solicitou um reforço de 200
homens para, só com sua Coluna, efetuar o ataque ao último reduto do inimigo.
Com esse fim, no dia 29 de maio, partiu da Capital do Estado, um efetivo
formado por Destacamentos da região do Brejo e parte do contingente da Capital e da
Guarda Cívica. Em Campina Grande esse efetivo foi reforçado por milicianos ali
destacados.
A Tropa, que seguia de caminhão, deslocou-se até Teixeira, onde era
aguardada por mais um reforço Comandado pelo Tenente Genésio, vindo de Taperoá.
O percurso Teixeira a Imaculada foi feito sem anormalidade, porém, nas proximidades
de Água Branca, a Tropa foi assaltada por um grupo de gangaceiros fortemente
armado, utilizando inclusive metralhadoras. Esse fato se deu no dia 26 de junho de 1930.
Desse ataque resultou a morte do Ten Genésio e de dezenas de Soldados,
além da total destruição dos caminhões, por incêndio. Alguns Soldados foram presos pelos
gangaceiros e outros desertaram.
Foi a ocasião, nessa Campanha, em que se verificou o maior número de baixa
na Força Pública.
4.10. Fim das Lutas
Todos esses fatos são relatados com riquezas de detalhes na obra "A
CAMPANHA DE PRINCESA", de autoria de João Lélis de Luna Freire, escrito em
1944, e reeditado em 1991 pela Editora Universitária.
João Lélis foi correspondente do Jornal União, durante toda Campanha,
acompanhando a Coluna Costa, tendo, portanto, vivenciado os fatos, que descreve com
elegante estilo literário, em sua obra. Em 1932, quando a Polícia Militar participou das
lutas contra os Revolucionários constitucionalistas de São Paulo, João Lélis, na
condição de Tenente Comissionado, integrou um dos Batalhões Provisórios que foram
criados só para esse fim.
5. A CAMPANHA DE RECIFE
O Cmt de uma das Companhias do 22º BC era o 1\ Ten José Arnaldo Cabral
de Vasconcelos, que ainda na década de l930 Comandou a Polícia Militar da Paraíba. O
Cmt da Bateria era o Ten Ernesto Geisel, que, como General assumiu a Presidência da
República, no período de l974/l978.
O Destacamento Militar, sob o Comando do Maj Alberto Mendonça, partiu
de João Pessoa, aproximadamente ás l6:00 horas do dia 29 daquele mês, acantonou em
Goyana onde chegou ás 20:00 h e de lá partiu Ás 02:00 h da manhã seguinte. Depois de
efetuar prisões em Igarassu e Paulista, o Destacamento chegou a Olinda ás 05:00 horas
do dia 30 de outubro.
A 2ª Companhia do l\ Batalhão de Regimento Policial, denominacão da
Polícia Militar na época, por determinação do Interventor Antenor Navarro, também
deslocou-se para Recife, em apoio ao Destacamento Comandado pelo Maj Alberto
Mendonça.
O Comandante da 2ª Companhia da Milícia Paraibana era o Cap José Maurício
da Costa, e contava com um efetivo formado pelo l\ Ten Ademar Naziazene, e os 2º
Tenentes Lino Guedes e José Domingos Ferreira e mais 96 Praças, totalizando l00
homens.
Depois de muitas dificuldades para mobilizar transportes, a 2ª Companhia
partiu de João Pessoa aproximadamente Ás l8:00 do dia 29 de outubro. Em virtude de
ter enfrentado problemas com diversas panes nos caminhões que a transportava, a 2ª
Companhia não fez altos e só chegou ao Destacamento do Maj Alberto Mendonça, Ás
05:00 h da manhã do dia 30 de outubro.
5.3. A Luta
Por ocasião desses fatos a Paraíba era Governada pelo Dr. Gratuliano de
Brito, na condição de Interventor. Gratuliano tinha participado ativamente da luta
armada durante a Revolução de 1930, era ardoroso seguidor dos princípios políticos
defendidos por Getúlio e dotado de grande espírito cívico. Por conta disso, era natural que
houvesse interesse do Interventor em enviar tropas para defender as causas da Revolução
que ele ajudou a fazer.
O efetivo da Polícia Militar, nesse ano, era de 1.100 homens, distribuídos em
2 Batalhões, um deles sediado na Capital e outro em Campina Grande.
O Comandante Geral da Polícia Militar era o Ten Cel José Maurício da Costa,
um valoroso integrante da Corporacão, que havia participado das lutas de Princesa Isabel e
da Revolução de l930. Havia também Comandado o efetivo da Polícia Militar que
participou das lutas em Recife, no ano anterior, contra Revolucionários que pretendiam
depor o Governo daquele Estado.
Além desses atributos o Ten Cel Maurício era considerado o Oficial de
maior qualificação intelectual da Corporação nessa época.
Para participar das lutas contra os Revolucionários Paulistas, o Regimento
Policial, como era denominada a Polícia Militar da Paraíba, na época, recolheu grande
parte dos Destacamentos do Interior do Estado, para completar o efetivo equivalente
a um Batalhão, e criou mais 3 outros Batalhões Provisórios, formados por Voluntários
e destinados especificamente a esse fim.
Inicialmente, foi enviado ao Rio de Janeiro, um efetivo equivalente a uma
Companhia, que foi Comandada pelo Cap Acendino Ferreira Feitosa, e que partiu da
Paraíba, no dia 21 de julho de 1932.
Na semana seguinte, no dia 29, quando era comemorado o 3º aniversário
do Dia do Nego, outro contingente do Regimento Policial embarcou para o Sul do País,
a fim de participar dos combates. Desta feita, foram 2 Batalhões, um do efetivo
permanente e outro que constituía o 1º Batalhão Provisório, totalizando 786 homens.
Nessa ocasião ocorreu uma grande manifestação cívica, com desfile de Tropas, presença de
muitos estudantes e da população em geral, além de muitos discursos recheados de
argumentações patrióticas.
Um grupo de Estudantes do Liceu Paraibano, em uma manifestação de
respeito, carinho e sobretudo de sentimento cívico, colocou no peito de cada integrante
da Tropa, uma Bandeira do Nego, para que eles representassem a Paraíba nos campos de
luta.
O 2º Batalhão Provisório, com 540 homens, viajou no dia 7 de agosto e o 3\
Batalhão embarcou em 3 etapas, totalizando 458 homens. Por ocasião de todos os
embarques ocorriam muitas manifestações de civismo.
Os Oficiais que integravam os Batalhões Provisórios eram civis, de elevadas
posições sociais e de grande espírito cívico, comissionados como Tenentes, Capitães ou
Tenentes-Coronéis, exclusivamente para participarem dessas lutas. Existiam também
nessas Unidades, Oficiais e Sargentos do Quadro efetivo do Regimento Policial.
Todas as despesas com a Tropa que participou das lutas foram pagas pelo
Governo Federal, inclusive os vencimentos que eram equivalentes aos do Exército.
Por oportuno, registramos que quando a Polícia Militar participou da Guerra
do Paraguai, de 1865 a 1870, os vencimentos também eram pagos pelos cofres do
Império, porém, só pela metade, o que deu origem Á expressão meia ganha, e que foi
sintetizada como "MEGANHA", que com o passar do tempo passou a ser sinônimo de
Polícia Militar.
6.3. Os Combates
7. A CAMPANHA DE NATAL
7.3.1. A Preparação
1. INTRODUÇÃO
Dessa forma, até l956 o policiamento ostensivo na cidade de João Pessoa era
efetuado de uma maneira muito incipiente, uma vez que se limitava às atividades
desenvolvidas por esses grupos de Policiais Militares encarregados da manutenção da
ordem pública em alguns bairros da cidade. Esses Postos Policiais ou Comissariados de
Polícia, eram compostos, em média, por l0 Soldados cada, sob o Comando de um
Sargento que acumulava as atribuições de Comandante do Destacamento e do
Comissário de Polícia, uma espécie de subdelegado, encarregado de providências próprias
de Polícia Judiciária. Esses Destacamentos efetuavam o Policiamento à pé, através de
rondas, de forma não sistemática, e às vezes com todo efetivo ou alguns dos seus
componentes, trajando civilmente.
Além dessas atividades a Polícia Militar mantinha um efetivo à disposição das
Delegacias de Polícia da Capital, onde realizava tarefas próprias de Polícia Judiciária.
Esses Policiais Militares, juntamente com Policiais Civis, formavam uma guarnição
motorizada que atendiam a chamados ou realizavam diligências em toda cidade. Era o
embrião do atual Radio Patrulhamento. Ressalte-se que nessa época a maioria dos
Delegados de Polícia, em todo Estado, inclusive na Capital, eram Oficiais ou Sargentos da
Polícia Militar, a ativa ou da reserva.
Considerável parcela do Policiamento Ostensivo da cidade era executado pela
Guarda Civil, instituição que foi criada em 1912, por sugestão do Coronel Manuel
Barbedo, então Comandante da Polícia Militar, e extinta em l969, depois de longos e bons
serviços prestados à sociedade paraibana. Durante muitos anos o Comando da Guarda
Civil foi exercido por Oficiais da Policia Militar. Muitos Guardas Civis participaram,
integrando efetivos da Polícia Militar, como voluntários , dos combates aos
revolucionários de Princesa, em 1930.
Durante o período da 2ª guerra mundial, além das atividades que já vinha
desenvolvendo, foi efetuado, pela Policia Militar, na Capital e nas demais cidades
litorâneas do Estado, uma intensa vigilância nas praias para prevenir possíveis invasões de
tropas inimigas, mantendo, para tanto, uma estreita ligação com tropas Federais.
Na década de 50 a cidade passou por uma sensível transformação sócio-
econômica, fenômeno que alcançou todos os grandes centros urbanos do país, e que
foi resultado da política de expansão econômica dos Estados Unidos no período de pós-
guerra.
Essas transformações implicaram na necessidade do Estado adotar inúmeras
providências, entre as quais a implementação de formas mais efetivas de Policiamento
Ostensivo.
Dessa forma, em l956 foi criado na Polícia Militar uma forma de Policiamento
Ostensivo que ficou conhecida por Cosme e Damião, e que se constituía pelos serviços
prestados por duplas de policiais que, transportados por bicicletas, faziam rondas
noturnas no centro da cidade e nos bairros mais nobres. . Essa forma de Policiamento se
estendeu até o início da década de 70.
3. OS POLICIAMENTOS ESPECIALIZADOS
1. INTRODUÇÃO
2. CRIAÇÃO DO 2º BATALHÃO
Até 1935 Campina Grande era sede de Destacamento que contava com efetivo
de aproximadamente 30 ( trinta ) homens. Em 1912 a cidade tinha sido sede provisória de
uma companhia que foi deslocada da capital para empreender combates contra grupos
armados que agiam na área de Monteiro, com fins políticos, uma vez que objetivavam a
deposição do Presidente do Estado Dr. João Machado.
No governo do Dr. Argemiro de Figueiredo, um ilustre Campinense, a cidade
passou a sediar a 4ª Companhia de Polícia, subunidade orgânica do 2º Batalhão, que
permanecia sediada na cidade de Patos. A instalação da 4ª companhia em Campina Grande
deu-se no dia 7 de setembro de 1935 em solenidade que contou com a presença das mais
expressivas autoridades locais, e do Comandante Geral da corporação, Ten Cel José
Maurício da Costa.
A partir de 1936 toda corporação Policial, agora com denominação de Polícia
Militar, por força da Constituição Federal de 1934, passou por uma substancial
transformação, que atingiu a sua estrutura, com a criação de novos serviços, a legislação se
adaptando a uma nova ordem constitucional, o armamento, o uniforme, a instrução, em
fim, toda a filosofia de atuação foi modificada.
No bojo desse processo evolutivo, a sede do 2º Batalhão foi transferida de
Patos para Campina Grande, em 1º de janeiro de 1936. O Comandante Geral da Polícia
Militar, Cel Delmiro Pereira, designou para comandar o 2º Batalhão, um dos oficiais mais
conceituados da corporação, o Ten Cel Manoel Viegas.
O Batalhão ficou instalado, provisoriamente, em um prédio onde antes
funcionava o colégio Clementino Procópio. Era uma construção em estilo barroco, como
tantas outras existentes na cidade nessa época. Em 1938 esse prédio que ocupava um
amplo terreno, na avenida Pedro I, foi adquirido pelo governo do Estado que iniciou sua
reforma para adaptação como quartel.
Em 1º de outubro de 1940, por decisão do Ten Cel do Exercito, Mário Solon
Ribeiro de Morais, Chefe de Polícia e Comandante interino da Polícia Militar, o 2º
Batalhão foi transferido para João Pessoa. Era o período da 2ª Guerra Mundial e a
argumentação era a necessidade de concentração de tropa na capital do Estado. Quando o
batalhão foi transferido para João Pessoa, permaneceu em Campina Grande a sede da 4ª
Companhia, subordinada ao Batalhão, agora com sede na capital. Durante todo período que
o Batalhão permaneceu em Campina Grande, foi comandada pelo Ten Cel Manoel Viegas.
Só no dia 18 de maio de 1943, no governo do Dr. Rui Carneiro, o 2º Batalhão voltou para
Campina Grande, atendendo proposta do Comandante Geral da Corporação, Cel Ivo
Borges da Fonseca, voltando a ocupar suas antigas instalações, agora sob o comando do
Major Ademar Neziazene.
4. O QUARTEL
E L Í S I O S O B R E I R A (O P A T R O N O D A P M P B )
1. A CARREIRA MILITAR
2. O COMANDANTE ELÍSIO
3. ELÍSIO REVOLUCIONÁRIO