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Trabalho – Estudo de Texto

1 – Contexto do texto - data, tipo de texto, autor e dados sobre este.(anexar o


endereço eletrônico do currículo Lattes do autor); ( parecer sobre o meio
eletrônico em que o artigo foi publicado em relação a sua credibilidade acadêmica)
Tendo Graduação e Licenciatura em Psicologia em pela Universidade Federal de
Sergipe tal como é informado pelo Currículo Lattes do autor
(http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=W200670), José Marcos de
Oliveira Cruz, autor de “Processo de Ensino-Aprendizagem na Sociedade da
Informação”, texto de nosso presente estudo, fez Mestrado também pela universidade
citada, na área da Educação, participando desde então de uma série de cursos nessa área
como também atuado. Especificamente sobre o texto em questão, vale notar que o
mesmo foi publicado pelo CEDS (Centro de Estudos Educação & Sociedade), da
UNICAMP, na revista Educação & Sociedade, volume 29, nº 105. Como se sabe, a
UNICAMP tem desenvolvido uma série de pesquisas de ponta na área da Educação
através da FE (Faculdade de Educação) como também nos estudos voltados à
Linguagem através do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem). De publicação
quadrienal, a Revista Sociedade & Educação vem se constituindo desde 1978, com um
dos mais importantes periódicos no assunto, voltando-se também para questões que
ultrapassam as fronteiras nacionais, abrangendo notadamente a América Latina e a
Europa, adquirindo ao longo dos anos importância internacional. É nessa publicação
que o texto de Oliveira Cruz é lançado, demonstrando assim a relevância teórica de suas
reflexões e a amplitude que o mesmo alcança.

2 –Análise textual - preparação do texto: visão de conjunto, busca de esclarecimentos,


verificação de vocabulário, fatos,autores citados, esquematização. (cite e descreva no
mínimo três autores citados e suas concepções teóricas)

Embora rapidamente citado, vale trazer à tona o nome de Wanderley Geraldi. Professor
Titular da UNICAMP, tem como principais titulações as de Doutor em Linguística e
Livre-Docente em Análise do Discurso. Geraldi é um nome importante nos estudos do
Discurso, notadamente nos que abrangem perspectivas dialógicas como as de Bakhtin e
nas reflexões sobre os processos de subjetivação, reflexões essas tendo por base os
estudos iniciados por Michel Pêcheux e posteriormente desenvolvidos e deslocados por
outros importantes estudiosos da área da Análise do Discurso como Sírio Possenti. Não
só por fazer parte de uma série de importantes revistas que desenvolvem essas
perspectivas teóricas, Geraldi tem contribuído com inúmeros trabalhos que englobam as
relações entre aprendizagem e processos de subjetivação, trazendo para a reflexão as
possibilidades da linguagem, ponto esse central no texto em estudo.
Mais um nome que contribuiu para a elaboração do texto de Oliveira Cruz é o de José
Manuel Moran, nascido na Espanha, mas naturalizado brasileiro em 1988. Doutor em
Ciências da Comunicação pela USP, tem voltado boa parte de seu trabalho para as
temáticas que envolvem a Educação, trazendo reflexões sobre a noção de educador, a
autonomia do aprender, propostas e explanações em torno de uma “educação
inovadora”, novos olhares que unem Educação e o uso das tecnologias. São notórios e
diversos seus trabalhos em torno da relação tecnologia e aprendizagem, sobre a qual
podemos dele encontrar desde artigos até entrevistas de grande veiculação em meios
como a internet, além de outros tantos estudiosos como Oliveira Cruz que têm em
Moran uma referência fundamental.
Outro nome que vale ser apontado é o de Gilles Deleuze, filósofo para quem “a filosofia
é a criação de conceitos”. É nesse ímpeto que ele criou conceitos de extrema
importância para inúmeros pensadores e trabalhos nas mais diversas áreas, como, por
exemplo, “desterritorialização” e “rizomas”, conceitos esses tão caros à reflexão
desenvolvida no texto em estudo de José Marcos de Oliveira Cruz. Imprescindível
também foi sua postura contrária à lógica clássica representativa o que o levou à superar
uma série de modelos já solidificados em teorias da época. Tem como uma de suas
fontes inspiradoras o trabalho de Nietzsche, filósofo para o qual o homem é um desejo /
vontade de potência assim visto enquanto gerador de fluxos de vida. Dessa concepção
de fluxos nietzschianos tem-se a base para o desenvolvimento do princípio da
rizomática de Deleuze.

3 – Análise temática: compreensão da mensagem do autor:tema, problema, tese, linha


de raciocínio,ideia central e as ideias secundárias. (apresente este item usando o mapa
conceitual)
Ver na próxima página.
Processo Ensino-Aprendizagem

Sociedade da Informação

Saber – fluxo
caótico
Bricolagem

Cultura INTERNET
Descartável
Mudança de Paradigmas

Rizomática

Excesso / multiplicidade

Educador transmissor Educador intermediador

Saber Estável Saber


Dinâmico

Aluno Aluno

Autônomo Navegador

Passivo Dependente

Leitor ativo
4 – Análise interpretativa/extrapolação ao texto- levantamento e discussão de
problemas relacionados com a mensagem do autor. ( faça este item estabelecendo
relações com a seguinte questão: O contato com diferentes informações, garante ao
estudante a construção e apreensão do conhecimento?
O que são “garantias” e “conhecimento” numa sociedade onde o hipertexto nos coloca
uma corporalidade de múltiplas conexões? Essa é uma questão complexa, mas muito
mais do que respondê-la, vale aqui dizer a partir dela que a questão do processo de
ensino-aprendizagem que se nos apresenta nos tempos atuais não pode mais ser pensada
sob a égide das cláusulas pétreas do saber e muito menos numa relação direta com
“resultados”. Não se busca mais a sentença cruel e final do “resultado”, mas sim as
possibilidades das “relações a”, isto é, de uma rede múltipla de saberes, buscas e
possibilidades de caminhos. Ou seja, não se pretende mais “garantias” de algo, mas o
entremeio das relações. Admitir o fluxo de relações como ponto nodal de toda produção
de conhecimento é admitir que este não se encerra numa estrutura fixa preconcebida,
pois, sendo territorializado no ambiente das relações, torna-se dinâmico e processual. O
território do conhecimento passa a ser então o lugar das desterritorializações, isto é, da
quebra de paradigmas e pré-construídos, da transformação do já-dado em novos devires.
A diversidade de informações deixa de ser, nessa perspectiva, um obstáculo, pois é
tomada como constitutiva do conhecimento já que este é marcado pela heterogeneidade.
O texto em análise de José Marcos de Oliveira Cruz traz justamente essa nova
perspectiva para o centro do debate sem, contudo, banhar-se de maniqueísmos
cristalizados e sim propondo que assumamos nossa parte nesse mundo em que a web
não é só uma nova linguagem, mas também a erupção de um processo inegável onde o
conhecimento não pode ser mais simplesmente hierarquizado, nem delimitado, mas
vislumbrado sempre em construção.

5 – Problematização
Embora o artigo “Processo de ensino-aprendizagem na sociedade da informação” inicie
apontando a questão mercadológica presente inegavelmente na sociedade da
informação, ao entrar nas reflexões sobre hipertexto ele se apóia em alguns autores para
levantar essa questão, mas ainda assim a nosso ver pouco relaciona este com o mercado.
A grande crítica que é feita no texto relaciona-se mais com o excesso de informação
virtual e sua potencialidade para produzir “vazios” do que com a linguagem em si da
internet. A proposta caminha apontando então mais para uma ruptura possível entre os
tais quando o aluno, por meio da mediação do professor, consegue filtrar e selecionar os
conteúdos através de um trabalho de autonomia leitora. Como o próprio texto aponta,
“ao professor cabe o papel de orientar, estimular e acompanhar as atividades e pesquisas
realizadas pelos alunos. Aos discentes, cabe a função ativa no manuseio de informação
digital para a construção de seu conhecimento pessoal. O objetivo é educar os
estudantes para a autonomia, permitindo-lhes que criem seu próprio saber, de acordo
com seu ritmo”.
De fato, esse trabalho de “manuseio” da linguagem virtual, sendo essa politemporal e
heterogênea, é de suma importância para a construção de um conhecimento amplo e da
edificação de uma aprendizagem significativa. Mas o que vale atentar-se no texto é para
uma postura em alguns momentos idealizadora desse ambiente tecnológico
característico dos tempos atuais. Citamos então alguns trechos especificamente para
ilustrar tais considerações. Entre eles: “o saber se tornou móvel, sendo entendido como
um fluxo de acontecimentos” (1031). Complementando, é dito ainda: “é preciso que
cada um refaça a experiência e que re-crie o mundo a partir de seus próprios olhares”.
Um último trecho para reforçar ainda mais é o seguinte: “conhecer é um ato de
interpretação individual, uma apropriação do objeto pelas estruturas mentais de cada
sujeito”.
O que se questiona é até que ponto essa apropriação se efetiva e se realmente o fluxo
contínuo de informações e links veiculam um olhar tão “individual” e “autônomo”
assim. É preciso considerar que, mesmo com todas suas possibilidades de interligações
(links) e caminhos que, como o próprio texto de Oliveira Cruz afirma, conduziriam a
um “saber-fluxo caótico”, a internet, que segundo esse autor, é “destituída de
materialidade”, é ainda uma instituição, é linguagem e, portanto, atravessada de uma
materialidade específica, ainda que esta seja profundamente marcada pela
multiplicidade. Se, como afirma Grigoletto, “a internet constitui-se num lugar de dizer,
que legitima uma escrita que não é nem tão formal e normatizada como a produzida na
escola, tampouco livre de qualquer determinação” 1, vale pensar também na estrutura
“caótica” virtual modelada por uma rede de discursos que determinam não só a ordem
com que os elementos se dispõem, como também os links, as diversas textualizações
que se dispõem numa vasta arena de trajetórias. Ainda Grigoletto:

tais regras, códigos, palavras não são quaisquer umas, pois também a
internet pode ser considerada uma instituição e, como tal, determina o
modo dos sujeitos que nela se inscrevem simbolizarem sua
subjetividade. Por estarem inseridos numa sociedade globalizada, os
sujeitos internautas estão determinados por uma forma-sujeito do
capital, portanto, devem acompanhar, estar moldados à velocidade
dessa sociedade. Trata-se de sujeitos ávidos, desejosos por dizer, por
consumir, por significar, por interpretar, enfim, por produzir
sentidos”.

O que se tem, portanto, mais do que um caos de sentidos, é uma ordenação heterogênea,
uma ordem do discurso própria da rede virtual, mas que ainda assim, possui seus
mecanismos de controle e direcionamento do olhar. As inúmeras materialidades
lançadas no ambiente virtual, muitos vezes sem marcas explícitas de autorias, ou
mesmo quando as tem, não raro são encadeadas numa outra série imensa de autorias,
provocam um efeito de dispersão, que apaga os elementos autorais/institucionais, mas
que estão lá operando, sob o estandarte da liberdade virtual, seus sentidos e reforçando
discursos e paradigmas enraizados na sociedade. São efeitos de dispersão que
possibilitam o “fazer sentido” num ideal do “novo”, onde os links e as múltiplas
possibilidades de acesso de páginas e textualizações dão ao internauta a sensação, o
efeito de liberdade e autonomia. Segundo Grigoletto, “o internauta, ao entrar nessas
lacunas, procura preencher os espaços de falta que lhe são constitutivos. Pela internet,
ele pode preencher a falta do consumo, do amor, do saber etc, o que produz nesse
sujeito a ilusão de tudo dizer e de ter todos ou, pelo menos, boa parte dos seus desejos
atendidos. Trata-se do desejo pela completude”.
O discurso, seja em qual materialidade ou materialidades se apresente, traz memórias,
filiações históricas, todo um corpo político, social, econômico etc. que é parte
constitutiva do sujeito. E o sujeito, este que é esse estar no mundo e um mundo que se
lhe é presente, adentra na linguagem, faz-se presente na própria linguagem, emaranha-se
a ela para que não só as coisas lhe façam sentido, mas que também ele se faça sentido e

1
Esse e os demais fragmentos de texto de Evandra Grigoletto citados no presente trabalho fazem parte de
seu artigo intitulado “A Autoria no Hipertexto – uma questão de dispersão”, publicado em Hipertextus,
revista digital disponível no endereço eletrônico www.hipertextus.net .
sentir, portanto também linguagem, nas linguagens pelas quais mergulha ou, num termo
mais próprio à nossa era virtual, navega.

6 – 6. Síntese: reelaboração da mensagem, com base na contribuição pessoal.(


Máximo 10 linhas)
Trazendo à baila problemáticas acerca da sociedade da informação, o autor propõe
deslocamentos através dos quais já não valem mais rótulos como “cultura descartável”,
“excessos”, “vazios” de informação etc. Para isso, são evocados dois conceitos
basilares: a bricolagem e a rizomática, este calcado na teoria da multiplicidade e aquele
no sistema de fluxos. Ambos têm como exemplar de seu funcionamento o hipertexto,
característico na internet. Apresenta-se nova maneira de encarar o ensino-aprendizagem,
onde o leitor deixa de ser mero leitor e passa a ser “leitor-navegador” a navegar por um
fluxo múltiplo de informações e o professor já não mais um transmissor, mas mediador
desse processo. O aprender também deixa a própria redoma e passa a ser processo
contínuo e descentralizado, trazendo sempre o novo inclusive na relação com o já dado.

7 - Opinião pessoal: O que representou para você a realização do trabalho? Você


considera esta estratégia um procedimento importante para que o aluno interprete e
produza textos? Justifique sua resposta.
O trabalho representou não só uma oportunidade para conhecer esse tipo de estratégia,
mas também para senti-la em processo, de modo compreender melhor o seu
funcionamento. No processo de feitura do presente estudo de texto, percebeu-se sua
total pertinência como auxílio e aprofundamento da leitura, aspecto tão crucial para a
internalização do conteúdo, mas principalmente para o desenvolvimento de um olhar
ativo, pesquisador e que mergulha na instigante aventura do descobrir e redescobrir.

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