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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Ensino à Distância

Funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso

Amissina Pira. Nº 708181320

Licenciatura em Português

Linguística Descritiva do Português II


3º Ano

Pemba, Dezembro 2020

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ÍNDICE

1.Introdução .................................................................................................................................... 3
1.1.Objectivos.............................................................................................................................. 4
1.1.1.Geral ............................................................................................................................... 4
1.1.2.Específicos ...................................................................................................................... 4
1.2.Metodologias ......................................................................................................................... 4
2.Fundamentação teórica ................................................................................................................ 5
2.1.Conceitos de conectores discursivos ..................................................................................... 5
2.1.1.Conjunções: .................................................................................................................... 5
2.1.2.Pronomes relativos: ........................................................................................................ 5
2.1.3.Preposições: .................................................................................................................... 5
2.1.4.Advérbios: ...................................................................................................................... 5
2.1.5.Verbos (no gerúndio, particípio e infinitivo): ................................................................. 6
2.2.Função / conectores frásicos ou de Ligação .......................................................................... 8
2.3.organização do plano textual:................................................................................................ 9
2.4.Conjunção.............................................................................................................................. 9
2.5.Os conectores ou articuladores de discurso......................................................................... 10
Conclusão...................................................................................................................................... 12
Bibliografias .................................................................................................................................. 13

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1.Introdução

O presente trabalho tem como o tema „‟Funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na


Articulação do Discurso.

O estudo da frase complexa é, de entre as questões de gramática que são objecto de ensino
formal no sistema educativo, muito possivelmente aquela em que os alunos revelam maiores
dificuldades. Considerando todos os matizes semânticos e todas as propriedades formais que as
estruturas complexas encerram, o próprio professor tem, ele próprio, grandes problemas na altura
de abordar estas questões, na medida em que os alunos rapidamente percebem que as
classificações tradicionais, assentes frequentemente em distinções semânticas vagas e em
propriedades sintácticas pouco sólidas, não dão resposta para certas regularidades e certos
comportamentos que detectam.

As soluções encontradas para a resolução destes problemas passa, muitas vezes, por explicações
teóricas sem grande rigor e pela solicitação mais ou menos explícita da memorização do elenco
dos conectores coordenativos e subordinativos.

Destas observações nasceu o desejo de compreender a forma como os alunos aprendiam a


sintaxe da frase complexa, assente na observação do processo de aprendizagem dos jovens que
iniciam o seu contacto com as estruturas coordenadas e subordinadas.

Nos últimos anos, os avanços dos estudos linguísticos sobre estes temas têm gerado interesse
sobre os processos de aprendizagem da gramática na escola, havendo, actualmente, para o
Português, vários estudos que abordam questões diversas atinentes a estes processos, de que são
exemplo Lobo (2004) e Costa (2010).

No caso deste trabalho de pesquisa, interessou-nos apurar como construíam os jovens em idade
escolar o seu conhecimento explícito sobre as Funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na
Articulação do Discurso para assinalar os nexos semânticos entre as proposições.

Delimitámos o nosso objecto de investigação, uma vez que nos interessou verificar
particularmente a utilização dos conectores, que, de acordo com a nossa experiência, nos
pareciam ser os menos utilizados nos momentos de produção escrita dos jovens. Uma vez que
assumimos como pressuposto que este tipo de conectores ocorreria mais facilmente em textos

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argumentativos, amplificámos os nossos objectivos de pesquisa, tentando verificar de que forma
era actualizada em exercício de escrita de texto argumentativo o conhecimento explícito dos
conectores Frásicos ou de Ligação.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Analisar as Funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso

1.1.2.Específicos

 Descrever as funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso;


 Interpretar as funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso;
 Estudar sobre funções de Conectores Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso.

1.2.Metodologias

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral. A Indução é um processo mental por intermédio do
qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.

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2.Fundamentação teórica

2.1.Conceitos de conectores discursivos

De um modo geral, conector é aquilo que conecta/liga (estabelece conexão ou ligação).

Figueiredo (1994), Conectores discursivos (ou linguísticos), são palavras que se usam para ligar
as palavras dentro da frase, frases dentro de um parágrafo ou ainda orientar a leitura do texto.
Conector é uma designação genérica para as palavras ou locuções que servem para ligar ideias
ou orações, permitindo construir frases complexas. Embora a conjunção seja a classe de palavras
mais representativa desta função, também os pronomes, as preposições, os advérbios e até os
verbos, para além da própria pontuação, servem para ligar orações.

2.1.1.Conjunções:

Rómulo de Carvalho é, ainda hoje, um conhecido poeta, professor e historiador, mas é pouco
divulgada a sua faceta de pedagogo, embora sejam de grande interesse e enorme actualidade a
maior parte dos seus diversos textos pedagógicos, Leech (1983).

2.1.2.Pronomes relativos:

A facilidade das comuni-cações, que nos permite ter notícia, até simultânea, dos acontecimentos
que se estão a passar em qualquer lugar do globo, tornam-nos comparsas de um espectáculo
enervante no qual as múltiplas crises nos tocam, alarmam e deprimem. (adap. de Rómulo de
Carvalho, “O estado actual do ensino da Física”).

2.1.3.Preposições:

Fonseca (1994), Era um homem preocupado e atento às dificuldades sentidas pelos estagiários e
professores, com perfeita consciência de que o Estado não cumpria a sua parte na eficaz
organização e planificação do ensino, de acordo com as necessidades que eram sentidas por
alunos e professores.

2.1.4.Advérbios:

Bianchi (2004), Não estava satisfeito com a situação no país, talvez até tivesse contemplado a
ideia de sair de Portugal, possivelmente leccionar em Inglaterra, entretanto o palco, por
excelência, da aplicação de novos programas e novos métodos no ensino liceal.

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2.1.5.Verbos (no gerúndio, particípio e infinitivo):

O professor terá sido um excelente examinador oficial, a avaliar pelos seus rigorosos critérios e
grau de exigência, tendo sido o principal examinador estatal em Lisboa durante uma década,
apreciados que eram os seus métodos de avaliação do desempenho de estagiários no ensino
liceal.

Repare que num texto escrito (ou mesmo oral), as palavras não aparecem como "tijolos" que vão
caindo e se podem estabelecer em qualquer lugar.

As palavras devem reflectir ou traduzir ideias. Aí os conectores são usados para especificar as
relações que existem entre as diversas palavras, os diversos sintagmas ou frases. São os
elementos de coesão textual. Garantem a progressão textual e a compreensão do texto como uma
unidade e não fragmentos isolados, Levinson (1983).

Recorrendo ao exemplo de uma construção, os conectores funcionam como a massa de cimento


que liga os blocos.

Escandell (2006), Os conectores envolvem algumas classes de palavras e, até, algumas


expressões linguísticas tais como conjunções (e locuções conjuncionais), advérbios (e locuções
adverbiais), preposições (e locuções prepositivas), expressões adjectivas e orações completas.

O valor do conector tem a ver com a sua natureza. Disso falaremos num dos próximos post,
sobre a coesão textual.

De acordo com Fonseca (1994), eis alguns conectores frásicos ou de ligação:

1. Adição - e, além disso, e ainda, também, igualmente, do mesmo modo, não só… mas
também /como ainda, bem como, assim como, por um lado… por outro lado, nem… nem
(negativa), de novo, incluindo…
2. Certeza - com certeza, decerto, naturalmente, é evidente que, evidentemente, certamente,
sem dúvida que…
3. Oposição/ contraste - mas, porém, todavia e alem disso, contudo, no entanto, doutro
modo, ao contrário, pelo contrário, contrariamente, não obstante, por outro lado…

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4. Concessão - ainda que, apesar de, embora, mesmo que, por mais que, se bem que, ainda
assim, mesmo assim, posto que…
5. Conclusão /síntese / resumo - pois, portanto. por conseguinte, assim, logo, enfim,
concluindo, em conclusão, em síntese, consequentemente, em consequência, por outras
palavras, ou seja, em resumo, em suma, ou melhor…
6. Confirmação - com efeito, efectivamente, na verdade, de facto…
7. Explicitação / particularização - quer isto dizer, (não) significa que, por outras palavras,
isto é, por exemplo, ou seja, é o caso de, nomeadamente, em particular, a saber, entre
outros, especificamente…
8. Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, no meu ponto de vista, parece-
me que, creio que, penso que, sou da opinião que, para mim, sou a favor, acho que,
concordo…
9. Dúvida - talvez, provavelmente; é provável que, possivelmente, é possível, porventura,
não tenho opinião formada sobre, não sei dizer se, quem sabe? …
10. Indiferença - não acho nada, para mim tanto faz, sei lá.
11. Alternativa - fosse… fosse, ou (…ou), ora… ora, quer… quer, seja… seja;
alternativamente, em alternativa…
12. Comparação - como, conforme, também, tanto… quanto, tal como, assim como, tão
como, pela mesma razão, do mesmo modo, de forma idêntica, igualmente…
13. Consequência - por tudo isto, de modo que, de tal forma que, de sorte que, daí que,
tanto… que, é por isso que…
14. Causa - pois, pois que, visto que, já que, porque, dado que, uma vez que, por causa de,
em virtude de, devido a…
15. Fim / intenção - como intuito de, para (que), a fim de, com o fim de, com o objectivo de,
de forma a…
16. Hipótese / condição - se, caso, a menos que, salvo se, excepto se, a não ser que, desde
que, supondo que, admitindo que…
17. Sequência temporal / espacial - em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de,
em segundo lugar, em seguida, seguidamente, então, durante, ao mesmo tempo,
simultaneamente, depois de, após, até que, enquanto, entretanto, quando, logo que, no fim
de, por fim, finalmente, acima, abaixo, atrás, ao lado, à frente, á direita, à esquerda, ao

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centro, diante, em cima, em baixo, no meio, naquele lugar, detrás, por trás de, próximo
de, sob, sobre…

CONECTORES: designação para as palavras ou expressões que servem para conectar (ligar,
unir) vários segmentos linguísticos: as frases no período, os períodos no parágrafo e os
parágrafos no texto. Incluem-se neste grupo várias subclasses gramaticais de palavras,
Calsamiglia (1999):

- Conjunções (e; pois...)

- Locuções conjuncionais (além disso; no entanto...)

- Advérbios (depois; finalmente...)

- Locuções adverbiais (em seguida; por último...)

- Algumas orações reduzidas – orações sem conjunção e com o verbo numa forma nominal –
gerúndio, infinitivo ou

Particípio – (concluindo; para terminar; feito isto).

2.2.Função / conectores frásicos ou de Ligação

1. Adicionar / Enumerar: e; além disso; não só...mas também; depois; finalmente;


seguidamente; em primeiro lugar; em seguida; por um lado...por outro; adicionalmente;
ainda; do mesmo modo; pela mesma razão; igualmente; também; de novo;
2. Sintetizar / Concluir: logo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto; enfim; em
conclusão; concluindo; em suma;
3. Particularizar: especificamente; nomeadamente; por exemplo; em particular;
4. Explicar / Exemplificar: pois; porque; porquanto; por causa de; uma vez que;
especificamente; nomeadamente; isto é; ou seja; quer dizer; por exemplo; em particular;
como se pode ver; é o caso de; é o que se passa com;
5. Inferir: assim; consequentemente; daí; então; logo; pois; deste modo; portanto; em
consequência; por conseguinte; por esta razão; por isso;
6. Substituir / Reformular: mais correctamente; mais precisamente; ou melhor; quer dizer;
dito de outro modo; por outras palavras;

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7. Contrariar / Opor / Restringir: porém; contrariamente; em vez de; pelo contrário; por
oposição; ainda assim; mesmo assim; apesar de; contudo; no entanto; por outro lado;
8. Fim: para; para que; com o intuito de; a fim de; com o objectivo de;
9. Dúvida: talvez; é provável; é possível; provavelmente; porventura;
10. Certeza: é evidente que; certamente; decerto; com toda a certeza; naturalmente;
evidentemente;
11. Hipótese / Condição: se; a menos que; supondo que; admitindo que; salvo se; excepto;
12. Chamar a atenção: note-se que; atente-se em; repare-se; veja-se; constate-se;
13. Enfatizar: efectivamente; com efeito; na verdade; como vimos;
14. Opinar: a meu ver; estou em crer que; em nosso entender; parece-me que;
15. Reafirmar / Resumir: por outras palavras; ou melhor; ou seja; em resumo; em suma;
16. Semelhança: do mesmo modo; tal como; assim como; pela mesma razão.

Leech (1983), Organizadores do discurso: são assim designadas algumas expressões que, mais
do que conectar ideias, concorrem para a organização dos planos textuais.

a) Organizar no espaço: à direita; atrás; sobre; sob; de um lado; no meio; naquele lugar;
b) Organizar no tempo: depois; então; após; de seguida; seguidamente; dias mais tarde;
agora; já; antes; até que; quando;

2.3.organização do plano textual:

- Abrir uma série: por um lado; de um lado; primeiramente; em primeiro lugar; para começar;
começando;

- Acentuar a continuidade: por outro lado; de outro lado; seguidamente; em segundo lugar;

- Encerrar: por último; concluindo; para terminar; em conclusão; em último lugar; em síntese;
finalizando; recapitulando;..

2.4.Conjunção

Figueiredo (1994), De acordo com a gramática tradicional, as conjunções são palavras que
servem para relacionar duas frases (orações) ou dois termos semelhantes da mesma frase
(oração). Não desempenham funções sintácticas na frase a que pertencem, desempenhando

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apenas a função de elementos de ligação sintáctica e semântica, contribuindo para a coesão do
texto ou do discurso.

Fonseca (1994), As conjunções têm forma invariável, isto é, não se modificam, como os nomes e
adjectivos, em género e número, ou como os verbos, em modo, tempo, pessoa e número e
constituem uma lista fechada à introdução de novas conjunções.

As conjunções introduzem frases (orações) e classificam-se em dois tipos: coordenativas e


subordinativas, de acordo com o tipo de frase (oração) e de ligação (coordenada ou subordinada)
que introduzem.

Levinson (1983), As conjunções coordenativas são conectores frásicos que podem introduzir
frases (ex.: Olha: nem vou contigo, nem fico aqui.); grupos nominais (ex.: Compro livros ou
revistas.) ; grupos adjectivais (ex.: Queres uma camisola azul ou verde.) ; grupos verbais (ex.: Na
praia, leio livros e faço exercício físico.) ; grupos preposicionais (ex.: Gosto de praia e de mar.)
ou grupos adverbiais (ex.: Vais lá hoje ou amanhã.).

Nota: As preposições também podem introduzir frases ou grupos nominais, no entanto, as


conjunções coordenativas, ao contrário das preposições, podem preceder preposições (ex.: O
João foi à escola e ao cinema. * João foi à escola ao e cinema.).

Bianchi (2004), As conjunções coordenativas podem estabelecer relações de adição, alternância,


oposição, conclusão, etc.

2.5.Os conectores ou articuladores de discurso

Escandell (2006), Os conectores ou articuladores de discurso que seguidamente apresentamos (em


quadro) são um auxiliar excelente na construção do discurso, quer se trate de um resumo, de uma
síntese, de um comentário ou de outro tipo de técnica.

Eles são um contributo importante para uma escrita correcta; no entanto, é necessário saber em que
momentos do nosso discurso os devemos usar e como usar. Como tal, não podemos esquecer as ideias
que pretendemos transmitir, porque a escolha far-se-á em função delas.

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Adição E, pois, além disso, e ainda, não só…mas também, por um lado… por outro (lado)

Causa Pois, pois que, porque, por causa de, dado que, já que, uma vez que, porquanto

Certeza É evidente que, certamente, decerto, com toda a certeza, naturalmente,


evidentemente

Consequência Por tudo isto, de modo que, tanto… que, de tal forma que

Conclusão Portanto, logo, enfim, em conclusão, concluindo, em suma

Chamar a atenção Note-se que, atente-se em, repare-se, veja-se, constate-se

Dúvida Talvez, é provável, é possível, provavelmente, possivelmente, porventura

Enfatizar Efectivamente, com efeito, na verdade, como vimos

Esclarecer (não) significa isto que, quer isto dizer, não se pense que, com isto não
pretendemos

Exemplificar Por exemplo, isto é, como se pode ver, é o caso de, é o que se passa com

Fim Para, para que, com o intuito de, a fim de, com o objectivo de

Hipótese, Se, a menos que, supondo que, (mesmo) admitindo que, salvo se, excepto se
condição

Ligação espacial Ao lado, sobre, à esquerda, no meio, naquele lugar, o lugar onde

Ligação temporal Após, antes, depois, em seguida, seguidamente, até que, quando

Opinião A meu ver, estou em crer que, em nosso entender, parece-me que

Oposição, Mas, apesar de, no entanto, porém, contudo, todavia, por outro lado
restrição

Reafirmação, Por outras palavras, ou melhor, ou seja, em resumo, em suma


resumo

Semelhança Do mesmo modo, tal como, assim como, pela mesma razão

Fonte: Adaptada pela autora, 2020.

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Conclusão

Esta trabalho teve como objectivo tentar entender sobre as Funções de Conectores Frásicos ou de
Ligação na Articulação do Discurso no âmbito da coordenação conclusiva, no sentido de
determinar de que modo esta forma de articulação frásica e sintagmática é aprendida em contexto
escolar e de que modo este conhecimento é activado em momentos de produção escrita.

A coordenação é, uma estratégia de construção de estruturas complexas, presente em múltiplas


línguas de famílias diferentes, que apresenta características particulares e propriedades
específicas.

A abordagem que tradicionalmente é feita sobre este processo assenta em propostas de


independência dos itens que integram as estruturas coordenadas, que os estudos sintácticos mais
actuais têm revelado ser desadequadas para a descrição da coordenação.

Assim, desenvolvemos, ao longo deste trabalho, uma tentativa de caracterizar as estruturas


coordenadas, com base em propostas que rejeitam a configuração para captar uma presumível
independência dos termos coordenados, fundamentada em dados linguísticos que permitem
concluir que a conjunção coordenativa integra o segundo termo do complexo coordenado. Estas
linhas de investigação assumem a coordenação como uma estrutura hierárquica assimétrica, que
tem como núcleo a Conjunção, conforme foi visto aqui explanado, proposta que adoptámos neste
trabalho.

Por outro lado, e assumindo as propriedades formais específicas desta categoria morfológica, que
caracterizámos ao longo da revisão de literatura, verificámos que em vários trabalhos produzidos
no quadro da Linguística portuguesa eram consideradas Conjunções prototípicas apenas e, mas,
ou e nem, havendo algumas propostas que não consideravam as frases conclusivas no âmbito da
coordenação. Este contexto levou-nos a tentar descrever as frases conclusivas que não seriam,
portanto, articuladas por Conjunções coordenativas prototípicas nas Funções de Conectores
Frásicos ou de Ligação na Articulação do Discurso.

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Bibliografias

Bianchi, Aida e Felgueiras, Anabela, (2004) O Essencial do 12º Ano, Português B, Ed. Asa.

Calsamiglia, H. & Tusón, A. (1999). Las Cosas del Decir. Manual de análisis del discurso.
Barcelona: Ariel. Define discurso como forma de acção entre indivíduos, articulado a
partir do uso linguístico contextualizado, oral ou escrito. Caracteriza o discurso oral e
o discurso escrito.

Escandell Vidal, M. V. (2006 ). Introducción à la pragmática (2.ª edição). Barcelona: Ariel. Obra
dividida em catorze capítulos que dão conta dos conceitos básicos e das principais
teorias da pragmática.

Figueiredo, O. & Bizarro, R. (1994). Da Palavra ao Texto – Gramática da Língua Portuguesa.


Porto: ASA. Gramática pedagógica de língua portuguesa para o 3.º Ciclo.

Fonseca, F. I. (org.) (1994). Pedagogia da Escrita. Perspectivas. Porto: Porto Editora. Conjunto
de artigos sobre a pedagogia da escrita baseados nos mais recentes estudos nesta
área. São apresentadas perspectivas de abordagem que abrangem a planificação,
textualização e avaliação da escrita.

Leech, G. (1983). Principles of Pragmatics. Londres: Longman. Apresenta um modelo retórico


da pragmática: Leech argumenta a favor de uma aproximação entre a linguística e a
disciplina tradicional da retórica.

Levinson, S. C. (1983). Pragmatics. Cambridge: Cambridge University Press. Uma análise dos
principais conceitos da pragmática e das relações entre pragmática e outros domínios
da linguística.

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