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Escola Secundária de Alcácer do Sal Relatório de Física e Química A bloco I

Escola Secundária de Alcácer do sal

“Síntese de Sulfato de Tretraaminocobre (II)


Mono-Hidratado ”

Disciplina de Física e Química A


André Galego nº2 11º B
Gonçalo Relvas nº5 11ºB
André Massano nº19 12º B
Alcácer do Sal, dia 22 de Março de 2010

Na aula de Física foi realizada uma actividade prática laboratorial cujo


objectivos foram realizar laboratorialmente a síntese do Sulfato
tetraaminocobre(II) mono-hidratado, traduzir a reacção química da
síntese por uma equação química para além de efectuar os cálculos
estequiométricos e calcular o rendimento da síntese.
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Enquadramento teórico
Em qualquer reacção química parte-se de determinadas substâncias
(os reagentes) e obtêm-se outras (os produtos de reacção), utilizando
processos variados. Tanto os reagentes como os produtos de reacção são
formados por partículas que podem ser átomos, moléculas ou iões. As
reacções químicas evoluem de formas diferentes.
Umas são, lentas, outras são mais rápidas; umas libertam energia
(exoenergéticas) mas outras necessitam de energia para ocorrerem; umas
são espontâneas, enquanto outras são provocadas (por exemplo por
electrólise, fotólise, etc).

Há, pois, factores que influenciam o evoluir das diferentes reacções


químicas, nomeadamente: a massa dos reagentes que sofrem a
transformação, a temperatura a que se encontra o sistema reaccional e ainda
as condições físicas em que a reacção ocorre.

A manipulação conveniente destes factores permite optimizar o


rendimento das reacções químicas, ou até, conseguir realizar
transformações que, em condições normais, não ocorreriam.

As reacções químicas podem ser, consoante a sua natureza, de síntese


ou, pelo contrário, podem ser reacções de decomposição.

Uma reacção de síntese é uma reacção química em que dois ou mais


reagentes dão origem a um só produto, obedecendo a Lei de Conservação
das Massas. Estas reacções são também conhecidas como reacções de
composição. Neste tipo de reacção um único composto é obtido a partir de
dois compostos, obedecendo a uma relação do tipo aA + bB → xX.
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As reacções de decomposição são aquelas nas quais, a partir de uma


substância composta, ocorre a formação de duas ou mais substâncias,
exemplos: Hidrólise ou Electrólise.

Nas reacções químicas, tem de se ter em conta o sentido na qual a


reacção progride. Nesta medida, a reacção pode ser reversível, no caso de
os reagentes ao reagirem originarem produtos e esses produtos reagirem
entre si, formando novamente os reagentes iniciais; neste caso, a reacção
ocorre nos dois sentidos e representa-se por duas setas paralelas, com
sentidos opostos, exemplo: A + B ⇌ C + D + C . As reacções também
podem ser irreversíveis, se os reagentes originarem novos produtos, mas os
produtos não reagem originando novamente os reagentes, sendo que a
reacção é unidireccional e representa-se com uma seta apenas, exemplo
A+B → C.

Com base nas reacções de síntese executam-se sínteses de compostos


orgânicos, obtendo a formação de sais. Se estes ao longo da reacção se
combinarem com moléculas de água designam-se hidratados.
Relativamente a um Sal complexo, cujo é abordado nesta actividade temos
que um Ião complexo pode definir-se como sendo um ião que contém um
catião metálico central ligado a uma ou mais moléculas ou iões (ligandos).
Os ligandos dispõem de pelo menos, um par de electrões de valência não
partilhados. Os ligandos podem classificar-se em: Monodentados,
Bidentados ou Polidentados, conforme o número de átomos dadores
presentes na ligação. Associado aos ligandos, está o número de
coordenação, ou seja é, o número de pares electrónicos aceites pelo átomo
central. A ligação coordenada envolve pares de electrões não ligantes dos
ligados. Um Sal Complexo é um composto constituído por um ou mais iões
complexos e outros iões de carga eléctrica oposta. A um composto deste
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género atribui-se também o nome de composto de coordenação, estes


compostos são electricamente neutros. Relativamente às propriedades dos
sais destacam-se algumas propriedades como a eflorescência de sais
hidratados que consiste na libertação de moléculas de água por exposição
ao ar e a deliquescência que se verifica quando os sais absorvem a
humidade do ar dissolvendo-se nela, ou seja, estes absorvem tanta
humidade que ficam molhados.

Os sais complexos são caracterizados pelas suas cores vivas, essas


mesmas cores, dependem de alguns factores, tais como: Do número de
electrões presentes nas orbitais d do ião metálico central, do arranjo dos
ligandos à volta do ião central ( geometria do complexo ), pois isso afecta
a separação das orbitais, da natureza do ligando , já que diferentes ligados
têm diferentes efeitos nas energias relativas das orbitais e das transições
entre orbitais.

Para realizar a síntese de um sal, é necessário ter em conta as


condições em que tal é feito, pois estas afectam significativamente o
rendimento final. Rendimento é uma comparação entre a quantidade de
produto obtida experimentalmente e a quantidade obtida teoricamente. O
valor de rendimento não pode nunca exceder os 100%, pois a quantidade
de produto obtida nunca é inferior à que deveríamos obter. Este facto
deve-se principalmente à possível ocorrência de reacções paralelas, má
atmosfera de trabalho e até mesmo a má condição do material. O valor de
rendimento é calculado de acordo com a seguinte expressão:
valor real
n= x 100
valor teórico

Equação química da reacção da síntese de Sulfato de Tretraaminocobre


(II) Mono-Hidratado: 4NH3 (aq) + CuSO4.5H2O (s) => [Cu(NH3)4]SO4.H2O (s) + 4H2O (l)
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Protocolo

Material e equipamento utilizado:


• Almofariz com pilão;
• Balança semianalítica;
• Copo de 100 mL;
• Equipamento para filtração por sucção;
• Excicador;
• Papel de filtro;
• 2 provetas de 10 mL;
• Vareta de vidro;
• Vidro de relógio.

Reagentes:
• Água destilada (2,8mL);
• Etanol a 96% (V/V) (4mL);
• Solução aquosa de amoníaco a 25% (m/m) (4,1mL);
• Sulfato de cobre(II) penta-hidratado.

Procedimento experimental:
1. Primeiramente, calculámos a massa correspondente a 0,01 mol de
Sulfato de cobre(II) penta-hidratado e seguidamente pesámos a
massa calculada;
2. Triturámos, no almofariz e com a ajuda do pilão, o Sulfato de
cobre(II) penta-hidratado até este se encontra-se reduzido a um pó
fino, pesámos novamente e registámos o valor realmente pesado;
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3. Transferimos o Sulfato de cobre(II) penta-hidratado para o copo de


100mL;
4. Medimos 4,1 mL de solução aquosa de amoníaco a 25% e diluímos
com 2,5 mL de água destilada;
5. Adicionámos a solução de amoníaco obtida no passo 4 ao Sulfato de
cobre(II) penta-hidratado e mexemos bem com a vareta até à
dissolução completa do sal;
6. Muito cuidadosamente, adicionámos 4,0 mL de etanol a 96% de
forma que este não se misture e fique sobrenadar a mistura
reaccional;
7. Tapámos com o vidro de relógio, rotular e identificámos o copo e
deixámos em repouso até à aula seguinte;
8. Efectuámos uma montagem para a filtração por sucção;
9. Pesámos rigorosamente um papel de filtro, com um diâmetro do
funil de Büchner usado, e filtrámos a mistura obtida na aula anterior;
10. Lavámos os cristais obtidos com uma mistura de 4,1 mL de solução
aquosa de amoníaco a 25% e 2,8 mL de água destilada;
11. Lavámos os cristais com 4,0 mL de etanol a 96%;
12. Recolhemos o papel de filtro com os cristais e deixámos secar num
excicador;
13. Por fim, Pesámos o papel de filtro com os cristais secos.
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Observações e Medições

Medições:

m (CuSO4.5H2O) 2.5g (após calcular)


m (papel de filtro) 0.52g
m (papel de filtro mais sais) 1,48g
m ([Cu (NH3)4SO4.H2O]) 1,48g – 0.52g = 0,96g

Observações:

- Depois de se efectuar a pesagem do sulfato de cobre penta-hidratado,


num vidro de relógio, e de se colocar este no gobelé, verificou-se
que ficaram umas partículas no vidro de relógio assim como na
transferência do almofariz para o gobelé e também na vareta
utilizada para ajudar a retirar o reagente pesado.

- Quando se adiciona sulfato de cobre (II) penta-hidratado na solução


de amoníaco (que é incolor), verifica-se que a solução tende para
uma tonalidade de azul-escuro.

- Depois de se adicionar sulfato de cobre (II) penta-hidratado na


solução de amoníaco tivemos que adicionar álcool etanol para
“proteger” a reacção, e verificou-se que este mesmo álcool ficou na
parte de cima da reacção( pois a densidade do álcool era inferior a
reacção, como tal esta ficou na parte de cima da reacção).

- Teve de se manter a solução em repouso a reacção até à aula


seguinte. Depois do repouso a solução está ainda mais escura.

- Os cristais obtidos tinham a cor azul.


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Cálculos e Tratamento de dados

- Cálculo da massa de Sulfato de Cobre (II) Penta-Hidratado a pesar:

M (CuSO4.5H2O) = 249,68g/mol
m= n x M  m= 0,01 x 249,68 
m = 2,5g de CuSO4.5H2O (reagente limitante)

- Cálculo da quantidade de substancia dos cristais obtida (após


retirados da “estufa”):

M [Cu(NH)4SO4.H2O] = 245,61 g/mol


Massa obtida = 1,48g – 0.52g = 0,96g gramas de [Cu(NH)4SO4.H2O]

1 mol ------- 245,61g


x mol ----------- 0,96g
x = 0,0039 mol

A quantidade prevista de [Cu(NH)4SO4.H2O] que deveríamos obter

seria de 0,01 mol (em 100% de rendimento).

- Cálculo do Rendimento da Reacção:

valor real 0,0039


n= x 100 = x 100 = 40 % de rendimento
valor teórico 0,01
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Conclusão e Crítica

Para concluir, devemos dizer que os objectivos a que nos propomos


foram atingidos que foram realizar laboratorialmente a síntese do Sulfato
tetraaminocobre(II) mono-hidratado, traduzir a reacção química da síntese
por uma equação química para além de efectuar os cálculos
estequiométricos e calcular o rendimento da síntese. O rendimento foi
relativamente baixo, cerca de 40 %, isto porque vários factores
contribuíram para tal, ou seja, o rendimento nunca poderia ter sido 100%.
Alguns factores que contribuíram para esse facto foram: houve a perca de
substância, na transferência do vidro de relógio para o gobelé, uma outra
perca na transferência da solução após o repouso, para a filtração e até
mesmo os resíduos de água existentes após a saída dos cristais da “estufa”.
Houve também reagente limitante (CuSO4.5H2O) que não reagiu
totalmente, portanto o rendimento não pôde ser muito elevado.
Ainda assim, com o resultado do rendimento obtido, este pode não
corresponder totalmente à realidade, porque além dos pontos referidos
anteriormente, existem sempre arredondamentos nos cálculos e conclui-se
então que houve a ocorrência de reacções laterais ou a presença de
reagentes impuros.
Com esta experiência concluímos também que é possível sintetizar
sais em laboratório, neste caso, um sal complexo – sulfato de
tetraminocobre (II) monoidratado.
Este sal, de acordo com as regras gerais da IUPAC, é designado por
sulfato de tetraminocobre (II) pentaidratado pois possui um catião metálico,

o Cu2+ rodeado de quatro moléculas de amoníaco (NH3), que é neutro,

sendo estes designados ligandos, e, em conjunto com o ião formam um


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complexo. Como os ligandos, neste caso, são moléculas neutras, este

complexo tem carga 2+ - [Cu(NH3)4]2+ . Este complexo liga-se ao anião

sulfato, que tem carga 2- - SO42- . Esta ligação fica então neutralizada (as

suas cargas) - [Cu(NH3)4]SO4. A esta molécula liga-se também uma

molécula de água, ficando hidratado, e dizemos, portanto, que se trata de


um sal monoidratado. Obtemos então sulfato de tetraminocobre (II)
monoidratado - [Cu(NH3)4]SO4.H2O .

Os cristais foram também lavados com álcool e amónia, para remover


impurezas e para secá-los bem, com vista a que o rendimento fosse maior.
Os cristais foram também sujeitos e uma filtração a vácuo para secar ainda
mais os cristais, removendo-lhe a maior quantidade possível de humidade.

Por fim resta novamente dizer que tudo ocorreu com normalidade em
que conseguimos atingir todos os nossos objectivos embora não tendo as
melhores condições de trabalho.
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Bibliografia

Livros: Manuais de química de 10º e 11º anos

Internet:
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/fisico_quimi
ca/11sintesesulfatotetramin.htm
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