Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Programa de Implantação do
Parque Estadual da Serra da Tiririca
- PESET-
1ª VERSÃO
Rio de Janeiro
Abril de 1994
"Aproximamo-nos agora de uma cadeia de montanhas, conhecida como Serra de Inoã. O
selvático espetáculo excedeu de muito tudo quanto a minha fantasia concebera sobre as
grandes cenas da natureza. Entramos num profundo vale, em que a água muito límpida
ora corre sobre um leito de pedra, ora descansa em lagoa tranquila, pouco além de uma
floresta imensa. Por toda a parte, as palmeiras e as magníficas árvores da região se
entrelaçavam tanto com as trepadeiras, que era impossível à vista penetrar aquela
espécie de muralha verdejante"......"Quando atingimos o alto da Serra de Inoã, vimos,
acima das grandes árvores, numerosos papagaios voando aos pares com grande alarido.
Era o papagaio de cabeça vermelha, aí conhecidos como camutanga ou chauá"....."A
serra de Inoã é um braço que se projeta para o mar da altaneira cadeia montanhosa que
corre paralela a costa. Cobrem-na densas florestas, onde existem muitas qualidades
úteis de madeira".....e o" pequeno macaco vermelho conhecido como mariquina"....
"Esse belo animalzinho é aí chamado de sauí-vermelho"....... "Continuando a viagem,
descemos a uma aprazível região campestre e passamos a noite na fazenda Inoã".
ANEXOS
I. Mapa do Parque
II. Especificações Legais sobre Parques
III. Normas Legais do PESET
IV. Escopo do Estudo de Projeto Básico do PESET
V. Escopo do Plano Diretor de Manejo
VI Croqui das Placas de Sinalização
VII. Referências Bibliográficas Úteis
VIII. Sugestões Relativas ao Manejo da Fauna e Flora
Em 1991, após uma intensa campanha promovida por Ong's de Niterói, Maricá e São
Gonçalo, o Governo do Estado do Rio de Janeiro criou, através da Lei 1901 de 29 de
novembro de 1991, o Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET. Localizado nos
municípios de Niterói e Maricá, o Parque constitui um empreendimento público que se
destina a promover o desenvolvimento daqueles municípios, criando oportunidades de
geração de empregos e renda através do estímulo ao ecoturismo, assim como assegurar a
preservação da biodiversidade local e a perpetuidade dos benefícios indiretos
proporcionados pela natureza, entre as quais se incluem a proteção do solo, encostas e
mananciais e a amenização climática dos bairros do entorno.
Embora tenha sido criado em novembro de 1991, o Parque não pode ainda ser implantado
devido principalmente a carência de recursos disponíveis, e da falta de uma estratégia
objetiva que possibilite a cooperação institucional e a busca de parceiros na iniciativa
privada. Sob este enfoque, a Comissão Pró-Parque Estadual da Serra da Tiririca, preparou
o presente programa, com o objetivo de submeter à iniciativa privada, as Prefeituras de
Niterói e Maricá e as ONG's, uma proposta de planejamento participativo visando a
implantação efetiva do Parque Estadual da Serra da Tiririca e sua operacionalização.
1. INTRODUÇÃO
O Instituto Estadual de Florestas-IEF foi criado pela Lei 1071/86, regulamentada pelo
Decreto 9.763/87. Inicialmente, o IEF era uma autarquia constituida a partir do
Departamento de Recursos Naturais Renováveis da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, do qual herdou os bens móveis e imóveis e seu pessoal. Posteriormente,
em 1988, a Lei 1315, que institui a Política Florestal do Estado do Rio de Janeiro,
autorizou o Poder Executivo a transformar o IEF em fundação, ato consumado pelo
Decreto 11.782/88, que foi alterado mais tarde pelo Decreto 12.014/89.
O acesso a área do Parque se dá pela diverasa vias, sendo as principais a estrada de Itaipú
e a RJ - 106.
Este capítulo, com base na legislação federal, estadual e municipal, apresenta uma
descrição dos aspectos conceituais e legais referentes as Unidades de Conservação de uma
forma geral, bem como os que disciplinam a categoria Parque, além de relacionar as
principais normas municipais relacionadas ao uso do solo.
A Constituição Federal, em seu capítulo de Meio Ambiente (art. 225, § 1º, inciso III),
determina que "incumbe ao Poder Público definir, em todas as unidades da Federação,
espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção". Os espaços
territoriais especialmente protegidos a que se refere a Constituição, são as unidades de
conservação e os espaços protegidos por outras formas legais. De acordo com a
Constituição Federal (art. 225, § 1º, inciso III), uma unidade de conservação só pode ser
suprimida ou alterada por lei, mesmo tendo sido criada por decreto.
A Lei Federal nº 6.938/81, alterada pelas Leis nº 7.804/89 8.028/90, que instituiu a
Política Nacional do Meio Ambiente, estabeleceu como um dos instrumentos para sua
execução "a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder
Público federal, estadual e municipal" (art. 9º, VI). Foi dada também competência ao
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) para "estabelecer normas, critérios e
padrões relativos ao controle e a manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas
ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos".
Já o Decreto nº 99.274/90 que a regulamentou, dispõe em seu artigo 1º que "na execução
da Política Nacional do Meio Ambiente, cumpre ao Poder Público, nos seus diferentes
níveis de governo proteger as áreas representativas dos ecossistemas mediante a
implantação de unidades de conservação e preservação ecológica", e considera como
infração sujeita a multa (art. 34º): "ferir, matar ou capturar, por quaisquer meios, nas
Unidades de Conservação, exemplares de espécies consideradas raras na biota regional"
(inciso VII); "causar degradação ambiental mediante assoreamento de coleções de água
ou erosão acelerada, nas Unidades de Conservação" (inciso VIII). O mesmo decreto,
através do artigo 7º, inciso X, reitera a competência dada ao CONAMA para "estabelecer
normas gerais relativas as unidades de conservação e as atividades que possam ser
desenvolvidas em suas áreas circundantes".Observa-se assim, que o CONAMA recebeu
uma delegação legal para editar normas gerais sobre unidades de conservação. Exercendo
esta atribuição, o CONAMA, através de sua Resolução nº 011/87, relaciona como
unidades de conservação as seguintes "categorias de sítios ecológicos de relevância
cultural declaradas pelo Poder Público".
O artigo 5º, letra "a" da Lei nº 4.771/65 afirma que o "Poder Público criará Parques
Nacionais, Estaduais e Municipais com a finalidade de resguardar atributos
excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das
belezas naturais, com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos".
Observa-se que o conceito é válido para Parques criados pelas três instâncias de governo.
Ao aprovar o regulamento dos Parque Nacionais, o Decreto nº 84.017/79 estabeleceu nos
parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 1º os seguintes conceitos:
Releva mencionar o status de bem de uso comum do povo dado aos Parque pelo Decreto.
Segundo Machado (1992) o "Código Civil Brasileiro previu três tipos de bens públicos: os
de uso comum do povo, os de uso especial e os dominiciais. Diferenciou-os de modo
nítido, pois os dominiciais constituem o patrimãnio da União, dos estados ou dos
municípios como objeto de direito pessoal ou real. Os bens de uso pessoal são destinados
ao serviço público."
Assim, os parques, ao lado das praças, mares, rios e estradas, são bens de uso comum do
povo e, como tal, inalienáveis.Bens como o mar e os rios são destinados, pela natureza,
para o uso comum. Outros o são pela vontade humana, em conseqüência da vida em
cidades, como as ruas e praças (Machado, 1992). Os parques, sob este ponto de vista,
ocupariam uma situação intermediária.
Como o Estado do Rio de Janeiro não possui regulamento detalhado sobre Parques
Estaduais, serão utilizadas as disposições contidas no Decreto nº 84.017/79 para
especificar as regras básicas de um Parque. Para facilitar a interpretação do Decreto, os
artigos foram reagrupados por assunto, conforme mostrado no Anexo II.
4.2 - Constituição e Legislação Estadual
Compete ao Poder Público Estadual, de acordo com o inciso III do artigo 258, "implantar
sistema de unidades de conservação representativo do ecossistema originais do espaço
territorial do Estado". O sistema ainda não foi regulamentado.
O artigo 268 assinala que "a iniciativa do Poder Público de criação de unidades de
conservação, com a finalidade de preservar a integridade de exemplares dos
ecossistemas, será imediatamente seguida dos procedimentos necessários a
regularização fundiária, demarcação e implantação da estrutura de fiscalização
adequadas." Com relação as unidades de conservação já existentes, merece destacar as
seguintes determinações contidas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:
"Art. 26 - No prazo de doze meses, o Poder Público dará execução plena aos planos
diretores das áreas de proteção ambiental e dos parques estaduais, assegurada a
participação dos poderes públicos municipais e de representantes das associações civis
locais que tenham como objetivo precípuo a proteção ambiental."
Os dispositivos legais peculiares ao PESET que estão em vigência são a Lei 1901/91, o
Decreto 18.598/93 e a Resolução SEMAM nº 72/93.
4.3. Sintese dos Aspectos Conceituais e Legais
Criado pela Lei 1901 de 29/11/91 o Parque‚ é considerado um bem público destinado ao
uso comum do povo, de acordo com o artigo 66, inciso I da Lei Federal 3.071 de 1 de
dezembro de 1916 (Código Civil). Além das normas mencionadas, seu regime legal se
apóia nos seguintes diplomas:
Federais
Lei Federal 4771 de 15 de setembro de 1965, artigos 5º, letra a, Parágrafo único e 26º,
letra d (Código Florestal);
Estaduais
5.1. Histórico
As ações para proteção da Serra da Tiririca tiveram início em meados da década de 80, a
partir de iniciativas solitárias de um morador de Itaipuaçú, o professor da UFF Cláudio
Martins, e do biólogo e professor Jorge Antônio Pontes, morador de São Gonçalo, tendo
este último fundado em 1986 o Clube de Conservação da Natureza e Exploração
Suçuarana - CNES, que constitui a primeira entidade a promover uma campanha em favor
da proteção da Serra. Em 1987, Pontes publicou no Boletim da Fundação Brasileira para a
Conservação da Natureza - FBCN, um artigo intitulado "Serra da Tiririca, RJ: necessidade
de conservação".
No início da 1989, moradores de Itaipú, tendo a frente o biólogo Paulo Carvalho Filho,
denunciaram a Prefeitura de Niterói um desmatamento na Serra da Tiririca. Fiscais da
Prefeitura, em conjunto com o Batalhão Florestal e membros da FEEMA, da Federação
das Associações de Moradores de Niterói - FAMNIT e da Associação de Moradores de
Itaipú, que estavam reunidos na sede da Prefeitura Distrital da Região Oceânica, foram ao
local e conseguiram flagrar o desmatamento, interrompendo-o. A Prefeitura de Niterói,
constatando diversas irregularidades na planta, cancelou o projeto do condomínio.
A Frente Tiririca patrocinou discussões e eventos para atrair a atenção pública para a
defesa da Serra da Tiririca, chegando a apresentar um documento sobre o assunto ao IEF.
Infelizmente, a Frente Tiririca deixou de existir no início de 1990. Em novembro de 1989,
várias pessoas que faziam parte da Frente Tiririca, juntamente com membros do CNES,
fundaram o Movimento Cidadania Ecológica - MCE, tendo como um dos objetivos dar
continuidade e fortalecer a campanha.
No mês seguinte, o MCE formou um grupo de trabalho para a preparar uma proposta
fundamentada para proteção da Serra da Tiririca. O estudo abrangeu a utilização gratuita
de um avião particular para sobrevôo, caminhadas de reconhecimento a pé e de carro,
fotografias, consulta a literatura técnica e uma análise da legislação federal., estadual e
municipal. Finalizado ainda em 1989, o documento recebeu o título de "Serra da Tiririca:
Proposta de Uso e Proteção - Plano de Trabalho", e foi submetido no início de 1990 a
uma empresa privada para obter financiamento.
Fato relevante ocorreu em dezembro de 1992 quando, através da Lei Municipal 1.157 que
institui o Plano Diretor de Niterói, a parte niteroiense da Serra passou a ser considerada
com "Área de Especial Interesse Ambiental".
No mês seguinte, tendo por base um estudo entregue ao IEF pelo Movimento Cidadania
Ecológica, foi baixado o Decreto 18.598 de 19 de abril de 1993, dispondo sobre os limites
da área de estudo para a demarcação do perímetro definitivo do Parque Estadual da Serra
da Tiririca.
O espaço geográfico do bioma Mata Atlântica, como resultado daqueles estudos, passou a
ser considerado como o constituido pelas áreas primitivamente revestidas por diversos
ecossistemas florestais especificados no Mapa de Vegetação do Brasil, publicado pelo
IBGE em 1988, e ainda pelos ecossistemas associados, a saber (Câmara, 1992):
A Mata Atlântica originalmente estendia-se por uma faixa de 3.500 km ao longo do litoral
brasileiro, desde a costa leste do Estado do Rio Grande do Norte, até o norte do Estado
do Rio Grande do Sul. Na metade setentrional dessa extensão, a Mata Atlântica
apresentava-se numa faixa costeira relativamente estreita, mas do sul da Bahia para o sul e
para oeste, ela alargava-se progressivamente, atingindo o sul de Mato Grosso do Sul e
Goiás, o leste do Paraguai e o extremo nordeste da Argentina.
Fora daí, ela possuía numerosas ocorrências na forma de manchas e matas de galeria (ou
mata ciliar) no sul, centro e nordeste. Sob a configuração de mata de galeria, ela adentrava
a caatinga, o cerrado e o pampa gaúcho, sempre acompanhando os cursos d'água em
faixas que variavam de poucos metros até centenas de metros, raramente ultrapassando
em quilômetro. No interior da caatinga, as matas ciliares são sempre estreitas. Em forma
de manchas, também chamadas de capão, encontrava-se a Mata Atlântica disseminada
pelo Brasil Central, Sul e nas serras nordestinas, onde é chamada pelo povo
pernambucano de "brejos" ou chãs.
O Bioma da Mata Atlântica constitui em síntese uma grande região outrora coberta
predominantemente por florestas, que ocupa terras dos estados do Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais,
Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, além de se extender ao Paraguai e a Argentina
das 10.000 espécies vegetais que ocorrem na Mata Atlântica, cerca de 50% são
endêmicas, isto é, só existem no bioma (Myers, 1988)
estima-se a presença de 2.500 espécies de árvores, sendo que 54 % deste total são
endêmicas (Coimbra Filho, 1984, Fonseca, 1985) e, dentre as bromélias, palmeiras e
outras epífitas o índice alcança 70% (Consórcio Mata Atlântica, 1992)
cerca de 51(39%) das 131 espécies de mamíferos são endêmicas (Mittermeier, 1986)
entre as aves, pelos menos 146 espécies e 68 subespécies são endêmicas (Cracraft,
1985)
171 das 202 espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção ocorrem no bioma
(Consórcio Mata Atlântica, 1992)
O Atlas sobre a Evolução da Cobertura Florestal do Rio de Janeiro mostra ainda que
restavam em 1990 cerca de 896.324 ha de florestas, correspondendo a 20,97% da
superfície do Estado.
Em suma, dos 1.000.000 de km2 da cobertura original da Mata Atlântica, o Estado do Rio
detinha 42.006 km2 (97% da área do Estado), o que correspondia a 4,2% da superfície
total do bioma. Dos 5% que hoje restam, o que totaliza 50.000 km2, o Estado abriga
8.963,240 km2, o que equivale a 18% ou quase 1/5.
Nascem na Serra os rios Várzes das Moças e do Ouro, que são formadores do rio Aldeia,
que pertence a bacia da Baía de Guanabara; assim com alguns afluentes do rio João
Mendes, o córrego da Tiririca e a vala de Itacoatiara, que integram a bacia da laguna de
Itaipú; o rio Inoã, contribuinte da laguna de Maricá e vários cursos que deságuam no canal
da Costa, dentre as quais se destaca o rio Itaocaia.
Quanto a fauna, poucos dados encontram-se disponíveis, com exceção daqueles obtidos
pelos estudos de Pontes (1987), que vem investigando a região desde 1985. Destacam-se
entre os animais de maior porte até aqui registradas o jaguarundi (Felis yagouarundi), o
cachorro do mato (Cerdocyon thous) e o ouriço caixeiro (Coendou sp). Levantamentos
expeditos realizados pelo Clube de Observadores de Aves (COA) já registraram mais de
130 espécies. Na enseada do Bananal, ocorrem tartarugas marinhas.
5.5. Problemas
Os principais problemas do Parque Estadual da Serra da Tiririca são:
Inicialmente, caberá ao IEF designar um funcionário que irá responder pela gerência do
Parque e constituir um acervo da documentação existente sobre a área do Parque, em
poder das Ong's e órgãos públicos, com apoio da Comissão Pró-Parque Estadual da Serra
da Tiririca.
A seguir, através da Comissão, o IEF deverá promoverá contatos com órgãos públicos
listados no quadro abaixo e as Prefeituras dos municípios de Niterói e Maricá, com o
intuito de se estabelecer as bases de uma cooperação institucional. Na ocasião, o
Programa de Implantação do PESET será submetido a apreciação dos referidos órgãos,
para que seja discutida e elaborada uma versão final do mesmo.
Quadro III - Órgãos públicos federais e estaduais e tipos de apoio que poderão
proporcionar
Ressaltam-se os seguintes aspectos que vem sendo levantados pela Ong's relacionados ao
Parque, e que o estudo deverá considerar nas suas propostas e recomendações:
O Plano Diretor de Manejo será elaborado por uma equipe técnica escolhida pela
Comissão, que deverá ser integrada por técnicos do IEF, de uma universidade, das
prefeituras e dos órgãos estaduais. A Comissão deverá preparar inicialmente um Termo de
Referência, cujo escopo preliminar é apresentado no Anexo V.
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.
8. BIBLIOGRAFIA
ABEMA. Brasil 92: Perfil Ambiental e Estratégias. São Paulo, Associação Brasileira
das Entidades de Meio Ambiente/Governo do Estado de São Paulo, 1992. 218 p.
AB'SABER, A.N. O domínio dos mares da morro no Brasil. Geomorfologia, São Paulo,
2, 1966.
CÂMARA, I de G. Plano de Ação para a Mata Atlântica. São Paulo, Fundação S.O.S.
Mata Atlântica, 1992.
FONSECA, G.A.B. da. The vanishing Brazilian Atlantic forest. Biol. Conserv., 34:17-34,
1885
MACHADO, P.A.L. Direito Ambiental Brasileiro. 2ª ed. São Paulo, Editora Revista
dos Tribunais, 1989. 478 p.
MARIANO, M.C. Mata Atlântica: situação atual da pesquisa e preservação. In: O Meio
Ambiente: sua ocupação e recuperação. Anais do XIII Simpósio Anual da Academia de
Ciências do Estado de São Paulo, Publicações ACIESP, 67:167-146, 1988.
MCE. Exposição de Motivos sobre o Projeto de Lei que Dispõe Sobre a Criação do
Parque Estadual da Serra da Tiririca. s.l., Movimento Cidadania Ecológica, s.d., 20 p.
MITTERMEIER, R.A. Atlantic forest: now for the goods news. IUCN Bull. 17 (1-3): 30,
1986
Mapa do Parque
ANEXO II
Especificações Legais sobre Parques
(com base no Decreto Federal 84.017/79)
Art. 2º - Serão considerados Parques Nacionais as áreas que atendam às seguintes exigências:possuam um
ou mais ecossistemas totalmente inalterados ou parcialmente alterados pela ação do homem, nos quais as
espécies vegetais e animais, os sítios geomorfológicos e os "habitats", ofereçam interesse especial do ponto
de vista científico, cultural, educativo e recreativo, ou onde existam paisagens naturais de grande valor
cênico.
II - tenham sido objeto, por parte da União, de medidas efetivas tomadas para impedir ou eliminar as
causas das alterações e para proteger efetivamente os fatores biológicos, geomorfológicos ou cênicos, que
determinaram a criação do Parque Nacional;
III - condicionem a visitação pública a restrições específicas, mesmo para propósitos científicos, culturais,
educativos, ou recreativos.
Estudo prévio
Art. 41º - O estudo para criação de Parques Nacionais deve considerar as necessidades do sistema nacional
de unidade de conservação, onde amostras dos principais ecossistemas naturais fiquem preservadas,
evitando-se o estabelecimento de unidades isoladas que não permitam total segurança para a proteção dos
recursos naturais renováveis.
Art. 42º - Propostas para criação de Parques Nacionais devem ser precedidos de estudos demonstrativos
das bases técnico-científicas e sócio-econômicas, que justifiquem sua implantação.
Criação de Parque
Art. 43º - O decreto de criação de Parques Nacionais estabelecerá o prazo dentro do qual será executado e
aprovado o respectivo Plano de Manejo.
§ 2º - O Plano de Manejo sofrerá revisão periódica a cada 5 (cinco) anos, obedecendo-se no entanto o
estabelecido no plano básico.
Plano de Manejo
Art. 5º - A fim de compatibilizar a preservação dos ecossistemas protegidos, com a utilização dos
benefícios deles advindos, serão elaborados estudos das diretrizes visando um manejo ecológico adequado
e que constituirão o Plano de Manejo.
Art. 6º - Entende-se por Plano de Manejo o projeto dinâmico que, utilizando técnicas de planejamento
ecológico, determine o zoneamento de um Parque Nacional, caracterizando cada uma das suas zonas e
propondo seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades.
Art. 7º - O Plano de Manejo indicará detalhadamente o zoneamento da área total do Parque Nacional que
poderá, conforme o caso, conter no todo, ou em parte, as seguintes zonas características:
I - Zona Intangível - é aquela onde a primitividade da natureza permanece intacta, não se tolerando
quaisquer alterações humanas, representando o mais alto grau de preservação. Funciona como matriz de
repovoamento de outras zonas onde já são permitidas atividades humanas regulamentadas. Esta zona é
dedicada à proteção integral de ecossistemas, dos recursos genétivos e ao monitoramento ambiental. O
objetivo básico do manejo é a presevação garantindo a evolução natural;
II - Zona Primitiva - é aquela onde tenha ocorrido pequena ou mínima intervenção humana, contendo
espécies da flora e da fauna ou fenãmenos naturais de grande valor científico. Deve possuir as
características de zona de transição entre a Zona Intangível e a Zona de Uso Extensivo. O objetivo geral
do manejo é a preservação do ambiente natural e ao mesmo tempo facilitar as atividades de pesquisa
científica, educação ambiental e proporcionar formas primitivas de recreação;
III - Zona de Uso Extensivo - é aquela constituída em sua maior parte por áreas naturais, podendo
apresentar alguma alteração humana. Caracteriza-se como uma zona de transição entre a Zona Primitiva e
a Zona de Uso Intensivo. O objetivo do manejo é a manutenção de um ambiente natural com mínimo
impacto humano, apesar de oferecer acesso e facilidade ao público para fins educativos e recreativos;
IV - Zona de Uso Intensivo - é aquela constituída por áreas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente
é mantido o mais próximo possível do natural, devendo conter: centro de visitantes, museus, outras
facilidades e serviços. O objetivo geral do manejo é o de facilitar a recreação intensiva e educação
ambiental em harmonia com o meio;
VI - Zona de Recuperação - é aquela que contém áreas consideravelmente alteradas pelo homem. Zona
provisória, uma vez restaurada, será incorporada novamente a uma das zonas permanentes. As espécies
exóticas introduzidas deverão ser removidas e a restauração deverá ser natural ou naturalmente agilizada.
O objetivo geral de manejo é deter a degradação dos recursos ou restaurar a área;
VII- Zona de Uso Especial - é aquela que contém as áreas necessárias à administração, manutenção e
serviços do Parque Nacional, abrangendo habitações, oficinas e outros. Estas áreas serão escolhidas e
controladas de forma a não conflitarem com seu caráter natural e devem localizar-se, sempre que possível,
na periferia do Parque Nacional. O objetivo geral de manejo é minimizar o impacto da implantação das
estruturas ou os efeitos das obras no ambiente natural ou cultural do Parque.
Art. 3º - O uso e a destinação das áreas que constituem os Parques Nacionais devem respeitar a
integridade dos ecossistemas naturais abrangidos.
Art. 25º - O desenvolvimento físico dos Parques Nacionais limitar-se-á ao essencialmente adequado para o
seu manejo.
Art. 30º - A utilização dos valores científicos e culturais dos Parques Nacionais, impõe a implantação de
programas interpretativos que permitam ao público usuário compreender a importância das relações
homem-meio ambiente.
Art. 31º- Para recepção, orientação e motivação do público, os Parques Nacionais disporão de Centros de
Visitantes, instalados em locais designados nos respectivos Planos de Manejo e onde se proporcionará aos
visitantes oportunidade para bem aquilatar seu valor e importância.
Art. 32º - Os Centros de Visitantes disporão de museus, de salas de exposições e de exibições, onde se
realizarão atividades de interpretação da natureza, com a utilização, de meios audiovisuais, objetivando à
correta compreensão da importância dos recursos naturais dos Parques Nacionais.
Art. 33º - Para o desenvolvimento das atividades de interpretação ao ar livre, os Parques Nacionais
disporão de trilhas, percursos, mirantes e anfiteatros, visando a melhor apreciação da vida animal e
vegetal.
Art. 35º - Sempre que possível, os locais destinados a acampamento, estacionamento, abrigo, restaurante e
hotel, localizar-se-ão fora do perímetro dos Parques Nacionais.
Parágrafo único - Sempre que absolutamente necessária, com o fim de proporcionar ao público maiores
oportunidades de apreciar e de se beneficiar dos valores dos Parques Nacionais, a localização dessas
facilidades dentro dos seus limites, restringir-se-á as Zonas de Uso Intensivo, nas condições previstas no
Plano de Manejo.
Art. 8º - São vedadas, dentro da área dos Parques Nacionais, quaisquer obras de aterros, escavações,
contenção de encostas ou atividades de correções, adubações ou recuperação de solos.
Parágrafo único - Nas Zonas de Uso Intensivo ou de Uso Especial, poderão eventualmente, ser autorizadas
obras ou serviços, desde que interfiram o mínimo possível com o ambiente natural e se restrinjam ao
previsto nos respectivos Planos de Manejo.
Art. 9º - Não são permitidas, dentro das áreas dos Parques Nacionais, quaisquer obras de barragens,
hidrelétricas, de controle de enchentes, de retificação de leitos, de alteração de margens e outras
atividades que possam alterar suas condições hídricas naturais.
Parágrafo único - Quaisquer projetos para aproveitamento limitado e local dos recursos hídricos dos
Parques Nacionais, devem estar condicionados rigorosamente ao objetivo primordial de evitar alteraçõe ou
perturbações no equilíbrio do solo, água, flora, fauna e paisagem, restringindo-se ao indicado no seu Plano
de Manejo.
Art. 20º - Toda e qualquer instalação necessária à infra-estrutura dos Parques Nacionais, sujeitar-se-á a
cuidadosos estudos de integração paisagística, aprovados pelo IBAMA.
Art. 24º - É vedada a execução de obras que visem a construção de teleféricos, ferrovias, rodovias,
barragens, aquedutos, oleodutos, linhas de transmissão ou outras, que não sejam do interesse do Parque
Nacional.
Art. 26º - A locação, os projetos e os materiais usados nas obras dos Parques Nacionais devem condizer
com os ambientes a proteger e revestir-se da melhor qualidade possível.
Art. 27º - Só serão admitidas residências nos Parques Nacionais, se destinadas aos que exerçam funções
inerentes ao seu manejo.
§ 1º - As residências concentrar-se-ão nas áreas indicadas no respectivo Plano de Manejo, de preferência
na periferia dos Parques Nacionais e afastadas da Zona Intangível.
§ 2º - O uso de residências nos Parques Nacionais obedecerá à regulamentação própria, a ser estabelecida
quando da aprovação de seu Plano de Manejo.
Sinalização
Art. 22º - É vedado o abandono de lixo, detritos ou outros materias, que maculem a integridade
paisagística, sanitária ou cênica dos Parques Nacionais.
Art. 29º - Os despejos, e detritos que se originarem das atividades permitidas nos Parques Nacionais,
deverão ser tratados e expelidos além de seus limites.
Parágrafo único - Sempre que tal medida revelar-se impossível,serão empregados técnicas adequadas, tais
como: aterro sanitário, incineração ou qualquer outra forma de tratamento que torne os detritos inócuos
para o ambiente, seus habitantes e sua fauna.
Fogo
Art. 23º - É expressamente proibida a prática de qualquer ato que possa provocar a ocorrência de incêndio
nas áreas dos Parques Nacionais.
Parágrafo único. O fogo só será usado como técnica de manejo, quando indicado no Plano de Manejo.
Vendas de produtos
Art. 36º - A direção dos Parques Nacionais poderá permitir a venda de artefatos e objetos adequados ás
finalidades de interpretação.
Art. 37º - As atividades religiosas, reuniões de associações ou outros eventos, só serão autorizados pela
direção dos Parques Nacionais, quando:
I - existir entre o evento e o Parque Nacional uma relação real de causa e efeito:
II - contribuírem efetivamente para que o público bem compreenda as finalidades dos Parque Nacionais:
Art. 38º - São proibidos o ingresso e a permanência nos Parques Nacionais de visitantes portanto armas,
materias ou instrumentos destinados a corte, caça, pesca ou quaisquer outras atividades prejudiciais á
fauna e á flora.
Corte, coleta, paisagismo, reflorestamento, eliminação de
plantas exóticas e controle fitosanitário
Art. 10º - É expressamente proibida a coleta de frutos, sementes, raízes ou outros produtos dentro da área
dos Parques Nacionais.
Parágrafo único - A coleta ou apanha de espécimes vegetais só será permitida para fins estritamente
científico, de acordo com projeto a ser aprovado pelo IBAMA, quando seja de interesse dos Parques
Nacionais.
Art. 11º - O abate e o corte, bem como o plantio de árvores, arbustos e demais formas de vegetação só
serão admitidos nas Zonas de Uso Intensivo, Uso Especial e Histórico-Cultural, mediante as diretrizes dos
respectivos Planos de Manejo.
Parágrafo único - Nas Zonas de Uso Intensivo e de Uso Especial, os arranjos paisagísticos darão
preferência á utilização de espécies das formações naturais dos ecossistemas do próprio Parque Nacional,
limitando-se ao mínimo indispensável á utilização de espécies estranhas á região.
Art. 12º - Nas Zonas Intangível, Primitiva e de Uso Extensivo, não será permitida interferência na
sucessão vegetal, salvo em casos de existência de espécies estranhas ao ecossistema local, ou quando
cientificamente comprovada a necessidade de restauração.
Art. 18º - Somente será realizado o controle de doenças e pragas, mediante autorização fornecida pelo
IBAMA, após apreciação de projeto minucioso, baseado em conhecimentos técnicos, cientificamente
aceitos e sob direta supervisão dos respectivos Diretores.
Parágrafo único - A coleta ou apanha de espécimes animais só será permitida para fins estritamente
científicos, de acordo com projeto a ser aprovado pelo IBAMA, quando seja do interesse dos Parques
Nacionais.
Art. 15º - A título de regra geral, o controle da população animal ficará entregue aos fatores naturais de
equilíbrio, incluindo os predadores naturais.
§ 1º - O controle adicional será permitido em casos especiais, cientificamente comprovados, desde que
realizado sob orientação de pesquisador especializado e mediante fiscalização da Administração dos
Parques Nacionais.
§ 2º - É proibido o exercício de caça esportiva ou amadorista no recinto dos Parques Nacionais, ainda que
para efeito de controle da superpopulação animal.
Art. 16º - Os animais domésticos, domesticados ou amansados, sejam aborígenes ou alienígenas, não
poderão ser admitidos nos Parques Nacionais.
Parágrafo único - Em caso de necessidade, poderá ser autorizada, pelo IBAMA, a introdução de
permanência de animais domésticos destinados ao serviço dos Parques Nacionais, observadas as
determinações do respectivo Plano de Manejo.
Art. 17º - Os exemplares de espécies alienígenas, serão removidos ou eliminados com aplicação de
métodos que minimizem pertubações no ecossistema e preservem o primitivismo das áreas, sob a
responsabilidade de pessoal qualificado.
Parágrafo único - Se a espécie já estiver integrada no ecossistema, nele vivendo como naturalizada e se,
para sua erradicação, for necessário o emprego de métodos excessivamente perturbadores do ambiente,
permitir-se-á sua evolução normal.
Art. 19º - É lícito reintroduzir espécies, ou com elas repovoar os Parques Nacionais, sempre que estudos,
técnico-científicos aconselharem essa prática, e mediante autorização do IBAMA.
Pesquisa científica
Art. 39º - As atividades de pesquisa, estudos e reconhecimento, somente serão exercidas após autorização
prévia do IBAMA, obedecendo sempre os termos da Convenção para Proteção das Belezas Cênicas, da
Flora e da Fauna dos Países da América.
Art. 40º - Autorizações especiais para estudo ou pesquisas somente serão concedidas nos seguintes casos:
II - se indispensáveis para dirimir dúvidas biológicas a respeito das espécies dificilmente encontráveis fora
da área protegida.
§ 1º - Não se permitirá a coleta ou apanha de espécimes para formar coleções ou mostruários, exceto
quando de interesse exclusivo do Parque Nacional.
Sanções
Art. 49º - As pessoas físicas ou jurídicas, que infringirem as disposiç¨es do presente Regulamento, ficam
sujeitas às seguintes penalidades:
I - multa;
II - apreensão;
III - embargo.
Art. 50º - Multa é a penalidade pecuniária aplicada ao infrator pelos fiscais do Parque Nacional e fixada
com bases no Maior Valor de Referência vigente no País.
Art.51º - Apreensão é a captura de armas, munições, material de caça ou pesca, e do produto da infração,
irregularmente introduzidos ou colhidos no Parque.
Contribuições
Art. 47º - A visitação e a utilização de áreas de acampamento, abrigos coletivos ou outros nos Parques
Nacionais, ficam condicionadas ao pagamento das contribuições fixadas pelo IBAMA.
Art. 48º - As rendas resultantes do exercício de atividades de uso indireto dos recursos dos Parques
Nacionais, bem como subvenções, dotações e outras que estes vierem a receber, inclusive as multas
previstas neste Regulamento, serão recolhidos ao Banco Nacional de Crédito Cooperativo S/A. - BNCC, a
crédito do IBAMA. O parágrafo único do artigo 5º da Lei 4771, com a redação dada pela Lei 7835 de
13.11.89 assinala que a receita será destinada em pelo menos 50% ao custeio da manutenção e
fiscalização, bem como em obras de melhoria da unidade de conservação.
Art. 44º - Os Parques Nacionais disporão de estrutura administrativa compreendendo: direção, pessoal,
material, orçamento e serviços.
Art.45º - Os Parques Nacionais serão dirigidos por Diretores designados pelo IBAMA, escolhidos entre
pessoas de reconhecida capacidade técnico-científica no que se refere a conservação da natureza.
Art.46º - O horário normal de trabalho nos Parques Nacionais é idêntico ao fixado para o serviço público
federal, ressalvados os regimes especiais estabelecidos no regimento interno de cada Parque, para atender
a atividades específicas.
Art. 56º - Para cada Parque Nacional será baixado, quando da aprovação de seu Plano de Manejo, um
regimento interno que particularizará situaç¨es peculiares, tendo como base o presente Regulamento.
ANEXO III
Estaduais
Municipais
Decreto Municipal de Niterói 5.902/90 - Declara a Serra da Tiririca como área de
preservação permanente
Federais
.1 Introdução
.2 Objetivos
.3. Aspectos Gerais do PESET
.3.1. Histórico
.3.2. Localização, Enquadramento e Acessos
.3.2.1. Enquadramento Geopolítico
.3.2.2.. Enquadramento Biogeográfico Terrestre
.3.2.3. Enquadramento Biogeográfico Fluvial e Hidrográfico
.4. Diagnóstico Sócio-Ambiental
.4.1. Caracterização Geobiofísica da Área de Influência Direta
.4.1.1 Clima
.4.1.2. Subsolo e Relevo
.4.1.3. Solos
.4.1.4. Águas Superficiais Interiores
.4.1.5. Vegetação e Flora
.4.1.6. Oceanografia Física do Mar Adjacente
.4.1.7. Avaliação Preliminar dos Recursos Cênicos
.4.2. Caracterização Sócio-econômica e Cultural
.4.2.1. Sinopse Sócio-econômica da Área Potencial de Macroinfluência
.4.2.2. Caracterização da Área de Influência Indireta
.a) O município de Niterói
.b) O município de Maricá
.4.2.3. Planos Governamentais Co-localizados
.4.2.4. Caracterização da Área de Estudo e de Influência Direta
.a) Uso do solo e infra-estrutura
.b) Perfil sócio econômico das famílias residentes
.c) Situação Fundiária
.5. Diretrizes e Recomendações Para as Etapas Posteriores
.5.1. Descrição dos Limites Definitivos do Parque
.5.2. Custo e Estratégia de Indenização e Reassentamento
.5.3. Estratégia de Inserção Regional, Auto-Sustentabilidade Financeira e Gestão
Compartilhada
.5.4. Zoneamento Preliminar e Diretrizes Relacionadas ao Plano Diretor de Manejo
.6. Considerações Finais
.7. Bibliografia
ANEXOS
.1. INTRODUÇÃO
.6.1 Zoneamento
.6.1.1. Zona Primitiva
.6.1.2. Zona de Uso Extensivo
.6.1.3. Zona de Uso Especial da Administração
.6.1.4. Zona de Uso Intensivo
.6.2. Diretrizes e Normas das Zonas
.6.3. Capacidade de Carga
.6.4. Programas de Manejo
.6.4.1. Programa de Manejo Ambiental
.6.4.2. Programa de Uso Público
.6.4.3. Programa de Implantação
.6.4.4. Programa de Operação
.6.4.5. Articulação Inter-Institucional
.6.5. Síntese da Organização Espacial
.6.5.1. Áreas de Recuperação
.6.5.2. Áreas de Serviço do Parque
.6.5.3. Áreas de Desenvolvimento
7. CRONOGRAMAS FÍSICO-FINANCEIRO
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
MANEJO GERAL
AGEE, J.K. e JOHNSON, D.R. Ecosystem Management for Parks and Wilderness.
Seattle, University of Washington Press, 1988 273 p.
DESHLER, W.O. Una guia para la aplicación del concepto de uso multiple a la
problemática del manejo de bosques y areas silvestres. Santiago, FAO, 1979. 78 p.
FAO. National parks planning: a manual with annoted examples. Rome, 1988. 105p.
(Conservation Guide, 17)
GRIFFITH, J.J. Zoneamento: uma análisa crítica. Ambiente Rev. Cetesb de Tecnologia,
3(1): 20-25, 1989.
MILANO, M.S. Curso de manejo de áreas silvestres. Curitiba, FUPEF, 1983. 102 p.
DIAS, A.C.; MOURA NETO, B.V. e MARCONDES, M.A.P. Trilha interpretativa do rio
Taquari: Parque Estadual Carlos Botelho. Bol. Téc. Inst. Flor., São Paulo, 1:11-32, 1986
HYPKI, C. e LOOMIS Jr, T.E. Manual para la interpretacion del areas silvestres.
Turrialba, CATIE, 1981. 38 p.
LITTON Jr, R.B. et alii. Water and landscape. New York, Port Washington, 1977. 314
p.
SHARPE, G.W. Interpreting the Environment. New York, John Wiley & Sons, 1976
U.S. Department of the Interior. National Park Service. Áreas nationales de estudio
ambiental: una guia. Washington, 1972. 50 p.
USDA Forest Service. Natural forest landscape management: the visual management
sistem. Washington, Agric. Handbook nº 462: 47 p., 1974.
WAGAR, J.A. The carrying capacity of wildlands for recreation. Washington, Society
of American Foresters, 1964.:24 p (Forest Monograph nº7)
ANEXO VIII
Sugestões relativas ao manejo da Fauna e Flora
Segundo critérios do Banco Mundial, uma área protegida deve ser suficiente para manter
a diversidade biológica e outros importantes valores ecológicos, devendo possuir um
tamanho suficiente que permita abrigar uma população viável do maior predador local ou
um território sazonal e rotas migratórias dos maiores herbívoros locais. Estes objetivos, de
acordo com a mesma fonte, são atingidos em geral em áreas acima de 100.000 ha, sendo
que áreas protegidas com superfícies menores que 10.000 ha podem ser um expediente de
curto prazo para uma expansão subsequente (Ledec e Goodland.1988).
Esta atividade visa reproduzir artificialmente vários tipos de abrigo que são utilizados pela
fauna tanto para refúgio como para instalação de ninhos. Esta prática visa suprir a falta de
cavidades naturais nas árvores, que é uma exigência ecológica. Os abrigos artificiais são
construidos com material de baixo custo.