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SEU VERDADEIRO NOME É “BELEZA”

“Deixe que a Beleza, sem palavras ou catecismos, evangelize o mundo” (R.Alves)

É lícito formular essa questão: “Deus é belo?


A BELEZA é revelação de Deus, é esplendor de sua divindade. A BELEZA é nome de
Deus.
Cirilo de Alexandria chamava o Espírito de “o Espírito da Beleza”.
O binômio Beleza-Verdade personificou-se em Jesus Cristo: “Eu sou a
Verdade”, que Evdokimov traduz como: “Eu sou a Beleza”. A Beleza do Filho
procede da Beleza da Trindade.
A beleza de Deus se difunde, se manifesta. Deus se manifesta a nós com as
características da beleza: ausência de interesse, liberdade pura, falta de
obrigação, expressão plena e autosuficiente, difusiva de si mesma, termo de
exaltante contemplação, bem-aventurança, capacidade de sedução.
A beleza trinitária é Vida luminosa semeada nas dobras da realidade criatural
e nos trilhos da história.
O ser humano leva em si um “logos poético escondido”.
No cosmos há rastros da beleza de Deus – “Teologia visiva”.
“Considerarei como Deus habita nas criaturas” (EE. 235).
As realidades terrestres são só o reflexo da beleza que “está mais além” e por
meio da qual tudo foi feito.
A beleza divina é inalcançável, não podemos vê-la “face a face”; só através das belezas terrenas,
que não são mais que irradiações da beleza incriada e original de Deus.

Gregório Palamas sublinhava que a beleza de Deus transborda em nosso


corpo. Os corpos dos santos
são luminosos, são ícones do esplendor de Deus. A beleza nos
invade, apesar de nossa pobreza e limitação. Há uma relação entre beleza de
Deus e embelezamento do nosso interior.
Também a Igreja é a imagem vivente da beleza eterna, e vaso de argila
contaminado pelas escórias pecaminosas. É mistério de esplendor divino e
angústia de beleza desfigurada.
Há que se restaurar, na Igreja, o rosto da Beleza divina.
Deus se manifesta àqueles que estão constitutivamente sedentos e feridos de
beleza. S. Basílio dizia que temos nostalgia da beleza, porque em cada um de
nós está presente a imagem de Deus.
É a beleza buscada por aquele que se sentiu ferido pelo desejo de Deus, a que faz entrar num caminho
que os Padres da Igreja definiam como “filocalia”.
A filocalia é o caminho para a glória, o itinerário, frequentemente doloroso, para a transfiguração na
na luz da Trindade.
A filocalia é desejo apaixonado, busca incessante, ânsia louca de descobrir o todo no fragmento,
criatividade para descobrir na des-figuração a trans-figuração.
A vida cristã como “filocalia”, “amor à beleza”, é o caminho para a Beleza de Deus, e por isso,
explicada como experiência de sedução.

Se Deus é assim, se a beleza o envolve como um manto e lhe constitui somo seu
Ser, Deus será sumamente atrativo, irresistivelmente sedutor. A experiência
religiosa não poderá ser entendida a não ser a partir da fascinação que o
“mysterium fascinans” desperta nas pessoas.
No cristianismo há experiências de sedução e de beleza tão envolventes que
são capazes de definir toda uma vida. A Graça invade tudo.
Ao contemplar o esplendor da Beleza de Deus a pessoa se sente seduzida,
fascinada, se faz amorosa.
S. João da Cruz dizia: “Vamos nos ver em tua Beleza”, isto é, na beleza do Filho de
Deus, onde temos
de fixar nossos olhos para sermos iluminados. Em Jesus
emerge a fascinação, a
sedução da beleza, o todo no fragmento humano.
Texto bíblico: Eclo. 24,1-21

Na oração: O nosso viver está nas mãos de um grande


artista. No mais íntimo de você habita Deus,
e no bojo de tudo que compõe o enredo de sua vida.
- Deixe Deus acontecer para poder saborear a dádiva
escondida em tudo e em todos.
“Descartar a beleza da vida como algo supérfluo significa
fazer a vida miserável, esquálida, vulgar, árida... A beleza
nos enche de alegria e eleva nosso espírito” (B. Haring)

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