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CONCEITO:
Para Pontes de Miranda: a prescrição é “uma exceção que alguém tem contra
o que não exerceu, durante um lapso de tempo fixado em norma, sua
pretensão”.
Por fim, a prescrição tem por escopo proteger o bom pagador, livrando-o de um
estado de incerteza que poderia perdurar indefinidamente.
JUSTIÇA DO TRABALHO
REGRA GERAL
Ato único é aquele que permite que se discuta sobre a legalidade ou não da
inadimplência, ou seja, da resistência da empresa em não cumprir aquilo a que
se comprometera contratual ou estatutariamente. Se esse direito é indiscutível,
a resistência do empregador desaguará nas prestações periódicas. E a
prescrição recomeçará a cada mês que inadimplir.
Devido à própria redação da Súmula 326, que é aberta e não fixa parâmetros
claros sobre o que viria a ser “ato único”, os juízes tendem a ignorá-la, no
entanto, em nossas defesas tentamos explorar justamente o conceito de “Ato
único”, esclarecendo que em alguns casos a suposta lesão decorre de um ato
único e que seus efeitos é que podem refletir sucessivamente mês a mês.
IGP-DI – MANUTENÇÃO
Definição: É uma ação no qual o Autor pretende que seu benefício seja
reajustado anualmente pelo índice do IGP-DI.
Ataque:
Súmula 288 do TST: Aplica-se apenas as alterações mais favoráveis.
Defesa:
Prescrição: Súmula 326; Ato único ocorrido com a alteração do Regulamento
de 2003, aprovado em 2004, no qual determinou que a alteração do índice
ocorresse a partir de junho de 2006.
Mérito: A alteração do IGP-DI para INPC só foi mais vantajosa nos anos de
2006 e 2007, nos demais anos o INPC superou o IGP-DI, sendo que, em
termos gerais a alteração foi mais vantajosa. A aplicação do IGP-DI geraria
reajuste negativo para o assistido, e, ao apurar as diferenças, haveria saldo
devedor para o Autor.
Defesa:
Prescrição: Súmula 326 do TST; a suposta lesão ocorreu nos anos de 1995 e
1996, e seus reflexos é que seriam sucessivos.
Mérito: Nunca houve previsão em nenhum regulamento para que fossem
aplicados os índices de reajustes do INSS, a PREVI sempre aplicou os
reajustes ou pela tabela de vencimentos dos funcionários do Banco do Brasil
(na mesma data-base); ou o IGP-DI e agora o INPC, sempre nos meses de
junho de cada ano.
- Os índices aplicados pelo INSS não foram de reajuste, na verdade o INSS
não reajustou, mas, sim, recompôs os valores dos benefícios devido à perdas
inflacionárias.
- Muitos reclamantes sequer estavam aposentados em 1995 e 1996 e mesmo
assim requerem tal índice de reajuste, o que enseja preliminar de
impossibilidade jurídica do pedido.
DIVISOR 25 ANOS
Ataque: alegam que o tempo mínimo exigido para aposentadoria pelo INSS
era 25 anos, e ao aplicar o divisor de 30 anos, a PREVI causou-lhes prejuízos.
Invoca estratagema aritmético, no sentido de que, se o INSS previa
aposentadoria integral para homens com 35 anos e proporcional a partir dos 30
anos, logo, para as mulheres, a aposentadoria integral aos 30 anos e a
proporcional a partir dos 25 anos.
Defesa:
Prescrição: Súmula 326 do TST, pois a lesão é derivada de ato único, qual
seja, o cálculo do valor do benefício, na data da aposentadoria.
Mérito: Ausência de previsão legal. Nunca houve previsão de aposentadoria
integral aos 25 anos tanto pelo INSS quanto pelos regulamentos e estatutos da
PREVI.
A possibilidade de se pedir a aposentadoria proporcional a partir dos 25 anos é
garantida pela PREVI, tanto que todas se aposentaram a partir desse critério,
agora, aplicar-se o divisor 25 anos, significa garantir aposentadoria integral.
Em relação aos homens, o direito a requerer a aposentadoria proporcional é
aos 30 anos e não aos 25 anos, portanto, não há que se falar em tratamento
igualitário entre desiguais.
Defesa:
Prescrição: Súmula 326 do TST. O prejuízo decorreu de ato único, ou seja, o
cálculo do benefício pelo Regulamento vigente à época do jubilamento.
Mérito:
Aplica-se o regulamento vigente na data em que o Autor tornou-se elegível a
requerer algum benefício (aposentadoria antecipada, integral, invalidez,
pensão, etc.)
Este chamado “benefício especial” foi criado pela PREVI em 2007, após o 3º
ano consecutivo de resultados superavitários pela PREVI, de forma a dividir
entre os participantes e assistidos o benefício do superávit.
Defesa:
Prescrição: Súmula 326 do TST. O ato único a qual se insurgem foi a
implantação do Benefício Especial ocorrido em 2007, portanto, fora do biênio
(nas causas trabalhistas) para as ações promovidas a partir de 2009.
Nas que tramitam na Justiça Comum argúi-se apenas a prescrição quinquenal.
Mérito: Não há violação ao princípio da isonomia, haja vista que todos foram
beneficiados de alguma forma por algum benefício especial, mesmo os
participantes em atividade, que estão com as contribuições suspensas, e ainda
aqueles com benefício especial de remuneração.