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1. Processo e Procedimento
Processo corresponde a uma entidade imaterial.
Processo tem como objetivo movimentar a máquina judiciária, com a finalidade de obter a
prestação da tutela (proteção) jurisdicional (“juris dictio”: dizer o direito”).
O exercício da atividade jurisdicional é efetuado pelo poder judiciário, por meio dos seus órgãos:
juízes de direito (órgão monocrático – só um julga) e pelos tribunais (órgãos colegiados – vários julgam).
Procedimento diz respeito a prática de atos processuais pelos sujeitos (imprescindíveis), que
são os seguintes:
• Partes (art. 158 à 161, CPC);
• Juiz de direito (art. 162 à 165, CPC);
• Servidores e Serventuários do Judiciário (art. 166 à 171, CPC).
O promotor não participa de todas as demandas (art. 82, CPC). O promotor é o “dominus letis” –
dono da lide. A CF é que dá legitimidade ao promotor para ingressar com a denúncia.
Somente advogados inscritos na OAB têm capacidade postulatória.
Os atos processuais devem ser praticados de acordo com uma sequência lógica e cronológica,
conforme um rito ou procedimento estabelecido no CPC ou na legislação esparsa ou extravagante.
O rito ou procedimento varia de acordo com o embasamento da ação.
O rito ou procedimento é comum ou especial.
O rito ou procedimento comum é ordinário ou sumário (art. 272, CPC).
O rito ou procedimento comum ordinário é considerado como sendo o rito padrão, posto que
aplicável a todas as demais espécies de procedimento quer seja penal, trabalhista (fundamento legal:
art. 798, CLT), bem como aos procedimentos especiais.
Procedimento Ordinário
Trata-se do procedimento padrão, sendo composto pelas seguintes fases:
1) Fase Postulatória: trata-se da fase onde as partes formulam requerimentos, postulações, pleitos.
O autor quer que o seu pedido seja acolhido e o réu quer que o pedido seja rechaçado.
Observe-se que o autor pede, enquanto o réu impede. (Esta regra tem exceção: Pedido
contraposto, reconvenção).
Somente o autor é que formula pedido (“petitum”) em juízo (art. 282, inc. IV), enquanto que cabe
ao réu rechaçar, repelir o pedido formulado pelo autor (réu - através da contestação).
É importante salientar que no procedimento sumário é lícito ao réu formular pedido contraposto
(art. 278, §1°). É a única situação, nas outras só pede que o pedido não seja acolhido.
2) Fase Probatória: é aquela onde as partes apresentam provas (documentais) das suas alegações.
Cabe ao autor apresentar provas juntamente com a petição inicial (art. 283).
O réu exibe documentos juntamente com a contestação (fundamento legal: art. 396).
Na audiência de instrução e julgamento são produzidas provas de natureza oral:
→ Esclarecimentos prestados pelo perito,
→ Depoimentos pessoais das partes,
→ Prova testemunhal.
3) Fase de Saneamento: nesta fase compete ao magistrado determinar a regularização dos erros e
imperfeições, sendo cabíveis as seguintes providências:
a. Determinar a emenda, aditamento, retificação, conserto da petição inicial (art. 284);
4) Fase Decisória: é aquela onde são proferidas decisões. É importante ressaltar que ao longo da
demanda são proferidas decisões interlocutórias (art. 162, § 2º), despachos ordinatórios ou de mero
expediente, os quais são irrecorríveis (art. 504), além da sentença (art. 162, § 1º). Em face da sentença
cabe apelação (art. 513).
Da petição inicial deve constar o rol de testemunhas a serem ouvidas, bem como o requerimento
objetivando a oitiva da parte adversária, além dos quesitos a serem respondidos pelos peritos, se for o
caso.
Este rito não será utilizado nas ações de Estado e capacidade das pessoas.
Ação de Estado: tem como finalidade a obtenção, defesa ou negação do estado da pessoa,
modificam o estado da pessoa (art. 275, parágrafo único). Ex. Adoção, divórcio, nulidade de casamento,
investigatória de paternidade, separação judicial.
► Petição Inicial (art. 282): Trata-se de peça que inicia a relação jurídica processual, devendo ser
elaborada de acordo com o que determina este artigo.
Art. 282: A petição inicial indicará:
Inciso I. O juiz ou tribunal a que é dirigida, ou seja, a competência.
Endereçamento ou cabeçalho – Excelentíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito → Não abreviar
Observe que o que não for especializado é cível. O que servirá para definirmos qual a vara
competente para a ação será a natureza da questão controvertida, ou seja, a matéria que envolva o
pedido.
A cautela que deverá ser tomada é de verificar se na localidade (comarca, foro) existem varas
especializadas em determinadas matérias (no âmbito civil). Exemplos:
- Vara de família e sucessões
- Vara da infância e juventude (ECA)
- Varas criminais
- Varas de Falência e Recuperação
- Varas de direito agrário
- Varas das Fazendas Públicas
- Onde tramita uma ação de retificação de nome na Capital? Na vara de Registros Públicos. Fora da
Capital, na tramita na Vara Cível.
- Onde tramita uma ação de usucapião? Se for na Capital, na vara de Registros Públicos. Fora da
Capital, na tramita na Vara Cível.
Na vara de Registros Públicos.
- Quem cuida da primeira instância da justiça eleitoral são as próprias varas comuns, não há órgão
especifico de primeira instancia para a justiça eleitoral.
- A vara cível é a vala comum, tudo o que não for especializado, é cível.
►São três as fontes de competência → CF, Código de Processo Civil e na Lei de Organização
Judiciária.
►Regra geral sobre competência → a ação será proposta no foro ou domicilio do réu (art. 94).
Se o advogado comete erro técnico e perde o prazo ou comete equivoco quanto à competência,
o cliente prejudicado tem o direito de entrar com representação contra o advogado e, além disso,
solicitar perdas e danos. O advogado poderá sofrer punições que podem chegar até mesmo à cassação
definitiva do seu registro na ordem.
O art. 288 refere-se ao pedido alternativo, ou seja, aquele em que o devedor da obrigação pode
cumprir aquilo que é devido por meio de mais de uma forma.
Na ação de depósito (art. 904), cabe ao autor formular pedido alternativo:
a. Entrega da coisa (“res”), ou seja, o bem pretendido;
b. Valor equivalente em dinheiro. Esse valor deve ser apurado por meio de periódicos ou revistas
especializadas ou certidões∕declarações emitidas por determinados órgãos (Bolsa de valores, BMF, IBC
– Instituto Brasileiro do Café).
Conforme dispõe o art. 289, só se conhece do pedido posterior, desde que não seja possível
acolher o anterior.
Lícito é ao autor cumular, juntamente com o pedido principal, sucessivamente, um pedido
subsidiário.
Assim, o pedido posterior (sucessivo) somente será acolhido, desde que não seja possível acatar o
anterior.
Com referência ao pedido sucessivo (posterior), na compra e venda de um bem imóvel “ad
mensuram”, possível é ao autor apresentar as seguintes hipóteses:
a) A área objeto do negócio jurídico (compra e venda)
b) Abatimento do preço, sendo a compra e venda parcelada
c) Devolução do preço, sendo a compra e venda à vista
Processo de Conhecimento - Norma 4
d) Desfazimento do negócio
Art. 290 – Prestações periódicas são aquelas que se vencem sucessivamente nos mesmos dias
e meses subseqüentes.
Tratando-se de prestações periódicas, estas podem ser incluídas no pedido, inclusive as
vincendas, as que irão vencer.
A sentença a ser proferida compreenderá todas as parcelas até a data da sua prolação.
O art. 291 refere-se à pluralidade de credores. Fica certo que, tratando-se de obrigação
solidária, qualquer dos credores poderá sozinho, ingressar em juízo e pleitear a totalidade da obrigação
solidária (obrigação condominial). Ex: Tratando-se de condomínio, a rigor, qualquer condômino tem
legitimidade para ajuizar uma ação em face do condômino que estiver em débito com o condomínio. Por
força de lei, o sindico tem legitimidade, posto que ele é eleito em uma assembléia e tem poderes
conferidos que podem ser provados através do estatuto condominial, para propor a ação.
O art. 292 trata da cumulação de pedidos. Permite este dispositivo que o autor formule mais de
um pedido, completamente autônomos e independentes entre si, mas desde que seja contra o mesmo
réu.
b) O juiz deve ser competente para apreciar e julgar ambos os pedidos. Ex. Até antes da Emenda 45, o
mesmo juiz não podia cumular uma ação de acidente de trabalho (pedido envolvendo indenização em
face de acidente de trabalho) e uma ação de questão trabalhista (falta de pagamento de horas extras,
férias, 13º salário, entre outros) há um problema de incompetência do juiz, visto que um é federal e
outro é estadual.
Art. 282
Inciso V. Valor da causa
A toda causa será dada um valor, ainda que para efeitos fiscais (para o recolhimento das custas
do processo).
Diz o art. 259 que nas ações de alimentos o valor da causa será equivalente a doze vezes o
valor dos alimentos pleiteados.
Registre-se que o ajuizamento de toda e qualquer demanda exige o pagamento de custas
processuais (valor do recolhimento é de 1% sobre o valor dado à causa ou o valor mínimo
estabelecido).
Justifica-se o valor da causa em razão do seguinte:
a) Determina a competência do juízo (art. 91).
b) Determina o tipo de procedimento a ser seguido (Justiça comum: art. 275, I – rito ou procedimento
sumário até 60 salários mínimos ou procedimento ordinário, se o valor for maior; Lei 9099∕95 – Lei dos
Juizados Especiais, Cíveis e Criminais – 40 salários).
Esclarece o art. 261 que o valor da causa poderá ser objeto de impugnação.
Inciso VI. Meios de prova
Cabe ao autor especificar na petição inicial os meios de prova dos quais pretende se valer (art.
283).
Especificamente no que se refere à prova pericial, é conveniente que o autor a requeira logo no
início (art. 331, inc. I). “allegatio et non probatio, quase non allegatio” → Alegou e não provou, é como
se nada tivesse sido alegado.
Todas as alegações formuladas em juízo devem ser provadas mediante provas.
A pericia deve ser utilizada quando não temos o conhecimento técnico necessário.
Há um momento próprio para se apresentar as provas. Os documentos devem ser exibidos pelo
autor junto com a inicial (art. 283).
Endereço para intimações: Compete ao autor, mesmo quando as intimações ocorram pela
imprensa, informar o endereço, até mesmo para que se comunique a antecipação da audiência (art.
242, § 2).
No rito ou procedimento sumário, o réu é citado dos termos da ação e da audiência já
designada, além disso, é informado que deverá trazer testemunhas se for o caso, diferentemente do
que ocorre no rito ou procedimento ordinário, onde o réu é citado dos termos da ação.
Intimação: pressupõe-se uma ação em andamento.
Citação: só o réu é citado e só existe uma.
A defesa contra o processo pode ser direta e indireta. Se a defesa é contra o processo, admite a
repropositura da ação.
A defesa contra o mérito também pode ser direta e indireta. Se a defesa for contra o mérito e for
acatada, é caso de extinção da demanda com resolução do mérito.
- Se alego em defesa que houve pagamento e provo, a demanda não terá curso.
- Se alego decadência, prescrição, não tem defesa.
- Se alego a falta de pressupostos processuais, dependerá do caso concreto.
► Defesa contra o processo: Nesse tipo de defesa, cabe ao réu insurgir-se (voltar-se) contra a
sua sujeição ao processo, procurando paralisá-lo, criando obstáculos ao seu prosseguimento.
Exemplos de obstaculizar a marcha processual:
Exceção de incompetência relativa – trata-se de peça processual autônoma, a qual deverá ser autuada
em apartado e apensada aos autos principais, provocando a suspensão do curso (dos atos principais)
desses (art. 265, III – esta peça é denominada exceção de incompetência relativa ou exceção
declinatória de Foro – art. 112). A paralisação vai até o juízo da exceção.
PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO
O art. 301 refere-se às preliminares de contestação.
Art. 301: Preliminares de contestação - compete ao réu, primeiramente, alegar.
Inciso I: Inexistência ou nulidade da citação. A citação é indispensável ao processo, visto que trianguliza
a relação processual. Ex. Processo tem 10 anos de demanda. Se for constatado que houve erro na
citação, todo processo é anulado. Tudo terá que ser feito novamente.
Inciso II: Incompetência absoluta, diz respeito à ordem pública, pode se alegada em qualquer tempo e
grau de jurisdição. O juiz pode reconhecê-la de oficio, sem provocação.
Inciso IV: Perempção ocorre quando o autor provoca a extinção da demanda em três oportunidades
(art. 268, parágrafo único).
Inciso V: Litispendência (art. 301, §3º) ocorre quando se repete ação idêntica a outra já em curso, ou
seja, quando os elementos da ação (partes, objeto ou pedido, causa de pedir) são os mesmos.
Inciso VI: Coisa julgada (art. 301, §1º e art. 467) ocorre quando proferida a sentença, esta não mais
poderá ser alterada.
Aula 05.03.10
Inciso VII: Conexão (art. 103) é um dos fatores modificativos da competência. Reputam-se conexas
duas ou mais ações quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. Se o juiz reconhecer a
conexão, haverá o apensamento das ações (transitarão juntas).
Inciso VIII: Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização das partes, ou seja,
representação das partes.
O instrumento para que uma pessoa possa procurar em juízo é a procuração ou o instrumento
de mandato.
- Pessoa Física: basta a procuração.
- Pessoa Jurídica: procuração e contrato social.
- Sociedade Anônima: além da procuração, o estatuto e a ata de eleição da diretoria. Isso é pressuposto
processual, encontrado no art. 12 do CPC.
Representação das partes → Procuração – mandato – art. 37.
Inciso X: Carência de ação: O autor será julgado carecedor da ação quando faltarem as condições da
ação (possibilidade jurídica do pedido, interesse processual e legitimidade – art. 267, VI).
Legitimidade e interesse - é possível o aditamento, emenda.
Frente à impossibilidade jurídica do pedido não é possível emendar.
Art. 3: para propor ou contestar a ação é preciso ter interesse e legitimidade.
Inciso XI: Falta de caução (instituto de garantia) de que possa ressarcir eventuais prejuízos causados.
Em razão de eventuais danos ou prejuízos causados, poderá o magistrado determinar que o
autor preste caução no sentido de que os prejuízos causados possam ser ressarcidos.
O legislador passou a admitir a fiança bancária.
Toda a matéria referida no art. 301 pode ser reconhecida pelo magistrado de oficio – “ex officio”
– independentemente de provocação, salvo o inciso IX, que se refere a convenção de arbitragem.
“ad cautelam” – por cautela, por cuidado.
► Requisitos da contestação
No rito ou procedimento comum ordinário a contestação deve ser obrigatoriamente por escrito.
No entanto, no rito ou procedimento sumário admite-se contestação oral (art. 278).
1) A contestação deve combater, rechaçar, refutar todos os fatos alegados pelo autor na petição inicial
(art. 302).
Processo de Conhecimento - Norma 9
Os fatos poderão ser impugnados ou confessados.
Se a parte impugnar, cabe a esta provar os fatos alegados.
Observe-se que o ônus da prova cabe ao réu com relação aos fatos impeditivos, modificativos
ou extintivos do direito do autor (art. 333, inc. II).
Cabe ao autor a prova do fato constitutivo do seu direito (art. 333, inc. I).
Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, ficando o autor liberado do ônus da prova (art.
302, parágrafo único) – revelia (falta de manifestação especificada sobre os fatos).
Todavia, nem sempre a falta de impugnação especificada dos fatos implica em revelia nas
seguintes situações:
Art. 302 - Casos em que não se presume a revelia:
Inciso I: Direitos indisponíveis. Desde que não seja admissível a confissão a respeito dos fatos. Nas
ações que versam sobre direitos indisponíveis, como por exemplo, ação de investigação de
paternidade, de maternidade, ação negatória de paternidade, ação de separação judicial, ação de
divórcio, ação de adoção, de interdição.
Essas ações que versam sobre direitos indisponíveis são chamadas de Ações de Estado, visto
que mudam o estado do indivíduo.
As defesas contra o processo devem ser argüidas por meio de preliminar de contestação.
Dependendo do tipo de defesa apresentada, a conseqüência será a extinção da demanda
(prescrição, decadência, pagamento, entre outros).
Em outras situações, a conseqüência será a remessa dos autos para outro juízo.
Em determinadas situações, ainda se faz possível a emenda/aditamento.
Observe-se que o réu deve especificar na contestação todas as provas que pretende produzir
(art. 300).
► Prazo para a contestação: o prazo é de 15 dias para todas as peças (art. 297).
Processo de Conhecimento - Norma 10
Carta de ordem: é utilizada entre os Tribunais de hierarquia diferente.
Carta precatória: é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em
comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de outra comarca.
Carta rogatória: é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta
precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por objetivo a
realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas, e
não possui fins executórios.
O início do prazo – “dies a quo” – será iniciado a partir do momento da juntada aos autos do
mandado de citação, do AR (aviso de recebimento do correio), da última carta precatória/rogatória/de
ordem (da última porque pode ter mais de uma emitida).
Existem situações em que a citação não pode ser feita pelo correio (art. 222) – ações de estado,
adoção, investigação de paternidade, ações de execução, quando o citando for menor ou incapaz,
quando o autor requerer que seja de outra forma, contra as fazendas. Cumpridos estes atos, será dado
início a contagem do prazo que é de 15 dias comum a todos.
Litisconsórcio é o fenômeno pelo qual se verifica na demanda mais de uma parte no pólo ativo
ou passivo (art. 46).
Quando as parte contarem com procuradores diferentes, o prazo será contado em dobro (art.
191).
Quando a parte for a Fazenda Pública (Federal, Estadual e Municipal) o prazo será contado em
quádruplo - 60 dias - para contestar (art. 188) e em dobro para recorrer.
Conclusão final sobre a contestação: diversa é a natureza do pedido formulado pelo autor
daquele elaborado pelo réu.
Na contestação, limita-se o réu a requerer que não seja acolhido o pedido formulado pelo autor.
O direito de ação está sempre presente (art. 5º, inc. XXXV da CF).
O pedido é que será julgado – procedente, improcedente, parcialmente procedente.
EXCEÇÕES
O art. 297 é o fundamento legal das exceções.
As exceções representam meios de defesa, sendo apresentadas no prazo de 15 dias.
O art. 305 esclarece que o direito de excepcionar pode ser exercido em qualquer tempo e grau
de jurisdição.
O art. 306, por sua vez, ressalta o caráter suspensivo das exceções (art. 265, III: suspensão do
feito principal em face do oferecimento da exceção).
As exceções dirigem–se contra o juiz, eis que este é um dos sujeitos processuais.
Cabe ao magistrado reconhecer-se impedido ou suspeito de oficio. Se o juiz assim não proceder
e vindo o tribunal a reconhecer o fato, ele será condenado ao pagamento das custas (art. 314).
Observe-se que o parágrafo único do art. 135 explicita que o juiz pode declarar-se suspeito por
motivo íntimo.
Os atos praticados por juiz impedido são inválidos, nulos de pleno direito. A sentença prolatada
por juiz impedido permite a propositura de ação rescisória (art. 485, II).
Partes:
• Excipiente: é aquele que apresenta a exceção. Pode ser o autor ou o réu.
• Excepto: é aquele contra quem é apresentada a exceção. É o juiz.
O prazo para apresentação da exceção é de 15 dias (art. 297), mas lembre-se que as
exceções podem ser apresentadas a qualquer tempo.
As exceções podem ser apresentadas a qualquer tempo, desde que o fato que a motivou seja
superveniente, ocorreu em outro momento, diferente da distribuição e da citação.
Aula 19.03.10
A suspensão envolve vício sanável, ou seja, desde que não argüida a exceção no tempo e modo
devidos, fica preclusa a faculdade de excepcionar o juízo, fato que presume a aceitação do magistrado.
A exceção deve ser veiculada por meio de peça processual autônoma, a qual será autuada em
apartado e apensada aos autos principais (art. 299).
As exceções deverão ser apresentadas por meio de peça escrita e devidamente fundamentada
com os documentos julgados pertinentes, necessários.
Desde que existentes testemunhas que possam comprovar os fatos alegados, poderá ser
apresentado o rol de testemunhas que serão ouvidas em juízo, razão pela qual será designada
audiência de instrução e julgamento.
Perceba-se que as exceções representam incidentes processuais, que devem ser resolvidos, por
meio de decisão interlocutória (art. 162, §2º) - (a qual desafia recurso de agravo → art. 522)
A resolução desse incidente é absolutamente necessária para que a relação jurídica processual
possa se desenvolver.
O art. 312 refere-se aos documentos e rol de testemunhas que podem ser apresentados.
O art. 313, em sua primeira parte, explicita que, julgando-se impedido o suspeito, o juiz
determinará a remessa dos autos ao seu substituto legal.
Outrossim, entendendo diferentemente, licito é ao julgador apresentar suas razões,
acompanhado de documentos e rol de testemunhas, remetendo os autos ao Tribunal (art. 313, segunda
parte).
Nos artigos 14 e 17 estão as hipóteses de litigância de má fé (se condenado, gera multa).
O art. 138 permite argüir as exceções de impedimento e suspeição, em face do órgão do MP - O
promotor pode atuar como parte, fiscal da lei – “custos legis” (art. 82 – relação meramente
exemplificativa), curador (art. 9º), do perito, do intérprete e dos serventuários do judiciário.
b) Que não esteja precluso o prazo para a defesa (15 dias). Observe-se que a preclusão diz respeito à
impossibilidade de ser praticado o ato processual em face do decurso do prazo.
Perdido o prazo para reconvir, resta ao interessado propor ação autônoma, requerendo, se for o
caso, antecipação da tutela (art. 273). Note que pode haver a necessidade de antecipação de tutela por
se tratar de assunto ou medida urgente, que não pode esperar a sentença.
g) Procedimento da reconvenção.
A reconvenção deve ser apresentada por meio de peça processual autônoma, a qual será
encartada aos autos principais (art. 299).
A reconvenção é uma peça escrita que deve obedecer aos requisitos do art. 282 (não pode ser
oral).
O réu passa a ser o reconvinte, enquanto o autor será o reconvindo.
O autor da ação principal não precisa ser citado acerca da reconvenção, bastando a intimação
pela imprensa sobre a apresentação da reconvenção.
Aula 08.04.10
Na reconvenção deve o autor sustentar uma pretensão autônoma. O ato judicial que indefere o
processamento da reconvenção é decisão interlocutória (art. 162, §2) passível de recurso de agravo.
Oferecida a reconvenção, cabe ao autor reconvindo oferecer contestação (art. 316), no prazo de
15 dias. Nessa contestação, cabe ao autor reconvindo alegar defesas contra o processo, inclusive,
aquelas previstas no art. 301, bem como aquelas próprias da reconvenção.
A ação principal e a reconvenção serão julgadas pela mesma sentença (art. 318).
Cabe julgamento antecipado da lide (art. 330), desde que isso seja possível com relação à ação
principal e a reconvenção.
Oferecida a contestação, o autor poderá desistir da ação principal com a anuência do réu. Se o
autor pretende desistir da ação principal, mas o réu não concorda com isso, o pedido reconvencional
(reconvenção) terá seguimento normal. Nesse caso, a reconvenção tramitará normalmente.
OBS: A ação declaratória ou meramente declaratória limita-se a requerer que o judiciário (art. 4º, CPC):
I. A existência ou inexistência de uma relação jurídica;
II. Autenticidade ou falsidade de um documento.
Proposta a ação declaratória incidental pelo autor forma-se um processo cumulativo de pedidos,
os quais tramitarão juntos, sendo julgados pela mesma sentença, devendo ser apreciado em primeiro
lugar o pedido incidental.
Alguns juristas entendem que o pedido de ação declaratória incidental pode ser formulado na
reconvenção, mas esse entendimento não é razoável, posto que na reconvenção formula-se pedido
próprio, autônomo, embora conexo com o pedido estabelecido na ação principal. Sendo o pedido da
ação declaratória incidental formulado tanto pelo autor quanto pelo réu, a respectiva petição deve seguir
as recomendações prescritas nos incisos III, IV e VI do art. 282 do CPC.
Formulado o pedido de ação declaratória incidental, por qualquer das partes, terá a parte
contrária prazo de 15 dias para resposta (art. 321).
Alegada matéria de mérito na ação incidental, bem como na resposta a esta, será o caso de
manifestação por meio de réplica e tréplica (artigos 326 e 327).
DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Tutela = proteção – art. 273
A antecipação de tutela representa uma das mais importantes modificações operadas na
processualística nos últimos 150 anos.
A nova redação do art. 273 foi proporcionada por meio da reforma processual que teve início em
1994.
Por meio da antecipação de tutela, procura-se antecipar os efeitos da tutela jurisdicional a ser
obtida quando do término da demanda, ou seja, quando completada a cognição judicial (conhecimento
– art. 130).
O legislador foi exigente ao estipular os requisitos cabíveis para que seja concedida a
antecipação de tutela são genéricos e específicos.
Os requisitos genéricos estão no caput do art. 273: prova inequívoca (aquela que não admite
contestação) e verossimilhança (é aparência do que é verdadeiro ou do que é verdade).
A prova inequívoca deve ser analisada juntamente com a verossimilhança, A fim de que o
magistrado exerça um juízo de probabilidade, com vistas a obter cognição mais completa ou exauriente.
O convencimento do julgador deve ser fundado sobre todos esses requisitos, tendo em vista ser
bastante delicada a posição do magistrado, considerando que algumas concessões acarretam
conseqüências irreversíveis. Ex. Realização de cirurgia – são irreversíveis, a situação inadmite
reversão.
► Iniciativa: pertence ao autor, sendo que a antecipação pode ser requerida na inicial ou no
curso da demanda por meio de petição simples ou avulsa ou autônoma.
Todavia, nas ações consideradas dúplices (ex. ação de prestação de contas; ações
possessórias, pedido contraposto no rito ou procedimento sumário), permite-se que o réu requeira
antecipação de tutela.
Não é possível a concessão de ofício (sem provocação) da tutela antecipada.
► Decisão
A antecipação pode ser concedida pelo magistrado com segurança, desde que não se verifique
a irreversibilidade do provimento (art. 273, §2°).
Inseguro o magistrado quanto à concessão da tutela será lícito que se determine a prestação de
caução, a exemplo do que ocorre no processo cautelar.
O §7° do artigo 273 veio a permitir a fungibilidade entre a antecipação de tutela e as cautelares,
isto é, o juiz pode, ao receber um pedido cautelar, antecipar a tutela, sendo a recíproca verdadeira.
Tendo em vista a provisoriedade da antecipação da tutela, esta pode ser revogada a qualquer
momento (art. 273, §4°).
Concedida a antecipação de tutela na sentença, seriam, hipoteticamente, cabíveis dois recursos:
Apelação e Agravo. Entretanto, em face do princípio da singularidade recursal, somente um recurso é
cabível em razão da mesma decisão.
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
O réu, ao contestar, pode alegar matéria de mérito. Cabe-lhe ainda argüir defesas diretas e
indiretas, contra o processo e contra o mérito.
Alegada matéria de mérito, compete ao juiz determinar que o autor manifeste-se por meio de
réplica (art. 326 – a alegação de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, em face do direito do
autor, não permitem que a relação jurídica processual tenha segmento. Ex: Exceção de contrato não
cumprido; vícios do negócio jurídico).
Aula 22.04.10
O réu pode alegar, também, fatos modificativos. Ex: Novação; exceção de incompetência
relativa; cessão de crédito; ilegitimidade de parte.
Processo de Conhecimento - Norma 16
Modificativos: são aqueles que modificam, alteram o curso da relação processual.
Extintivos: são aqueles que ao serem alegados e reconhecidos pelo magistrado de ofício,
provocam a extinção da relação jurídica processual. Ex: remissão (perdão); pagamento da dívida; dação
em pagamento; prescrição; decadência; incompetência absoluta .
Impeditivos: são aqueles que impedem o desenvolvimento da relação processual. Ex: Exceção
do contrato não cumprido; vícios dos negócios jurídicos.
Alegados quaisquer das matérias supra mencionadas, cabe ao juiz determinar que a outra parte
manifeste-se no prazo de 10 dias, sendo possível juntar prova documental (art. 327).
Essa manifestação que se denomina réplica deve restringir-se apenas à matéria alegada em
preliminar, não discutindo o mérito.
Importante observar que nesse momento será apreciada apenas essa matéria de natureza
processual e não o mérito da demanda propriamente dita.
Apresentada a réplica, a outra parte deve se manifestar também no prazo de 10 dias, por meio
de tréplica.
Se o réu, por meio da tréplica, juntar algum documento sobre este será dada vista a outra parte
(art. 398).
Em face da matéria alegada, poderá ser necessária a designação de audiência de instrução e
julgamento, onde serão produzidas provas de natureza oral.
Cabe ao juiz determinar que as partes especifiquem as provas que pretendem produzir (art.
324).
A fase de saneamento encerra-se por meio do despacho saneador, o qual desafia recurso
de agravo (art. 162, §2º e art. 522).
► Instrução e julgamento
Diz o art. 451 que compete ao magistrado, antes de iniciar a instrução, fixar os pontos
controvertidos sobre os quais incidirá a prova.
Aula 30.04.10
TEORIA GERAL DAS PROVAS
Todas as alegações formuladas em juízo devem vir acompanhadas do material probatório
pertinente.
“allegatio et non probatio, quase non allegatio”: alegou e não provou, é como se nada tivesse sido alegado.
Provar é convencer o espírito do julgador acerca da veracidade dos fatos alegados pelas partes.
Um objeto: são os fatos alegados pelas partes como fundamento das suas alegações ou
das suas defesas.
A prova tem:
Uma finalidade: convencer o espírito do magistrado acerca dos fatos da causa.
Um destinatário: o juiz, encarregado de proferir sentença, decisão, resolvendo a
demanda.
A prova deve ser feita pelos meios adequados para fixá-la em juízo. A prova pericial, por
exemplo, é cercada de particularidades que devem ser obedecidas.
A prova tem por finalidade levar ao conhecimento do julgador a verdade dos fatos alegados.
Os meios de prova são utilizados para convencer o julgador dos fatos alegados.
O direito não é objeto de prova, mas apenas os fatos.
EXCEÇÕES
O direito não se prova apenas alega os fatos (art. 337).
O direito:
Municipal: deve ser provado por meio de certidão de vigência (certidão que atesta que
determinada lei está vigente), que poderá ser obtida junto ao Legislativo Municipal (Câmara dos
Vereadores).
Estadual: deve ser provado por meio de certidão de vigência, que poderá ser requerida junto ao
Legislativo Estadual (Assembléia Legislativa).
Estrangeiro: a lei estrangeira terá validade, desde que homologada pelo STJ, a certidão de
vigência poderá ser obtida junto a embaixada ou consulado.
Consuetudinário (costumes): os costumes devem ser registrados na Junta Comercial (órgão
estadual). A Junta Comercial (em SP – JUCESP) poderá emitir a certidão de vigência.
Lembre-se que “iura novit curia”: o juiz conhece o direito, razão pela qual, a legislação federal
não é objeto de prova. O direito Federal não precisa ser provado, tem vigência no Brasil inteiro.
Não são todos os fatos que dependem de prova, mas somente aqueles determinados e que
sejam relevantes para resolução (deslinde) da causa.
Assim, devem ser provados apenas os fatos:
Controvertidos: são aqueles discutidos pelas partes e sobre os quais inexiste consenso;
Fatos relevantes: são aqueles fatos que dizem respeito a causa discutida, podendo influir na
decisão dela.
Fatos pertinentes: somente aqueles fatos relacionados à causa e que vão influenciar no seu
julgamento é que serão considerados.
Os fatos impertinentes devem ser desprezados.
► Meios de Prova:
São os instrumentos materiais (documentos) ou pessoais (testemunhas) trazidos aos autos para
comprovação dos fatos alegados (art. 332).
► Momentos da Prova:
Momento da Produção Momento do deferimento
Autor: Petição inicial (art. 283). Por ocasião do despacho saneador.
Réu: contestação (art. 396).
Autor e Réu: Audiência de instrução e julgamento.
Observe-se que o perito deve apresentar um laudo, o qual será objeto de questionamento oral
por ocasião da audiência de instrução e julgamento.
Art. 336, parágrafo único, permite a oitiva da testemunha em local diferente da sede do juízo.
Diz o art. 335 que o juiz pode servir-se de indícios, presunções e máximas de experiência
quando não for possível a prova direta do fato principal. Nesse caso, compete ao magistrado servir-se
de indícios ou circunstâncias que permitam concluir acerca da veracidade dos fatos alegados.
As regras da experiência não se verificam no pleno dos fatos, mas derivam da vivência do juiz
enquanto pessoa e cidadão.
Máximas da experiência correspondem a definições ou juízos hipotéticos de conteúdo geral,
independentes do caso concreto que se tem de julgar.
► Apreciação da prova
O juiz apreciará livremente a prova, mas deverá especificar na sentença os fatos, motivos ou
circunstâncias que lhe formaram o convencimento (art. 131).
A impugnação ao valor da causa será resolvida por meio de decisão interlocutória, em face da
qual cabe agravo.
A falta de impugnação, no tempo (prazo de15 dias) e modo (petição autônoma) devidos acarreta
a presunção de veracidade, permitindo o julgamento, se for o caso, de procedência do pedido.
O juiz pode alterar o valor da causa de ofício.
Aula 13.05.10
SENTENÇA
É um ato solene, dada por escrito e que deve cumprir os requisitos previstos no art. 458:
Inciso I: relatório
Inciso II: fundamentação ou motivação.
Lembre-se que o juiz é livre para apreciar a prova, mas deverá especificar na sentença os fatos,
motivos e circunstâncias que lhe formaram o convencimento.
Na sentença, cabe ao magistrado apreciar os fundamentos jurídicos do pedido e da defesa, com
a finalidade de formar sua convicção. É ainda esse momento que o juiz vai explicitar seu
posicionamento com relação as preliminares que foram argüidas.
A falta de motivação (art. 93, IX da CF) acarreta a nulidade da sentença.
Processo de Conhecimento - Norma 21
Inciso III: dispositivo – é a parte final, a conclusão da sentença, onde o juiz resolverá as questões que
lhe foram submetidas. É o momento em que o pedido será julgado procedente, improcedente ou
parcialmente procedente. Nesta fase, cabe ao juiz também fixar a sucumbência (art. 20 e 21 – quem
perder pagará de 10% a 20% sobre o valor da causa).
Note: O juiz julga o pedido e não a ação.
A falta de decisão ou do dispositivo acarreta também a nulidade da sentença.
A sentença deve ser clara, certa e precisa. A falta desses requisitos enseja a propositura dos
embargos de declaração (art. 535). O prazo para a propositura dos embargos é de 5 dias.
Cabem embargos de declaração no caso de: omissão, contradição e obscuridade.
O art. 128 e 460 deixa claro que o magistrado deve ater-se aos limites do pedido (ultra petita –
além do pedido, citra ou infra petita – aquém, menos do pedido, extra petita – fora do que foi pedido).
Veja-se que o art. 128 permite que o juiz conheça de ofício matérias de ordem pública.
► Efeito da publicação
Por meio da sentença, o juiz presta a tutela jurisdicional.
Publicada a sentença, o juiz não mais poderá se retratar. Todavia, algumas situações admitem a
modificação da sentença pelo mesmo juiz que a prolatou (art. 463).
O inciso I do art. 463, refere-se a erros materiais (erro de soma, troca do nome das partes).
O inciso II do art. 463, trata da retificação da sentença por meio do recurso de embargos de
declaração (Uma das peculiaridades desse recurso é que ele será examinado pelo mesmo órgão
judiciário que prolatou a decisão – art. 535).
Os embargos de declaração interrompem o prazo para oferecimento de outros recursos. O prazo
é comum para as partes.
O art. 296 refere-se a outra exceção com referência a modificação da sentença pelo mesmo juiz
que a proferiu (trata-se do juízo de retratação) ou “reforma” da decisão.
É importante salientar que ao proferir sentença o juiz declara qual é o direito aplicável a espécie.
A sentença deve corresponder ao tipo de ação apresentada em juízo. Assim, a sentença pode
ser, considerado o processo de conhecimento: declaratória, condenatória ou constitutiva.
DA COISA JULGADA
Ao proferir a sentença o juiz encerra a atividade jurisdicional. Eventual recurso, ao ser apreciado,
modificará o resultado da sentença, mas saliente-se que será prolatada nova decisão (acórdão).
O fenômeno processual denominado coisa julgada compreende a imutabilidade dos efeitos da
decisão (art. 467).
A coisa julgada forma-se nas seguintes situações:
I. Quando todos os recursos cabíveis foram apresentados e julgados.
II. Quando a parte deixou de apresentar os recursos devidos.
Aula 20.05.10
Processo de Conhecimento - Norma 22
► Preclusão: refere-se a impossibilidade de se praticar o ato processual em face do decurso do
prazo.
Preclusão máxima: ocorre quando em face da sentença não cabe mais qualquer tipo de
recurso.
As sentenças definitivas são aquelas que provocam a extinção da demanda com resolução do
mérito (art. 269). Nesse caso, torna-se necessária a interposição de recurso, sob pena de se operar a
coisa julgada.
A sentença terminativa é aquela que encerra a ação sem resolução do mérito, fato que
permite a repropositura, atentando-se para a perempção (art. 268, parágrafo único). Perempção
é matéria de defesa, pode ser utilizada na preliminar de contestação. Para fazer prova: cópia da
petição inicial, sentença e trânsito em julgado. A única forma de cindir (restringir, destruir) a coisa
julgada é através da ação rescisória.