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Diretoria de Planejamento Aplicado

Núcleo de Acessibilidade

Secretaria Municipal de Gestão


Estratégica e Comunicação

Apoio:

P
Fevereiro de 2008
Apresentação

Acessibilidade é tema atual e importante no Brasil e em


especial para a administração municipal de Uberlândia.
Hoje o Município pode se orgulhar de estar entre as
cidades de médio porte no país com o maior índice de
acessibilidade, tais como: escolas, transporte acessível
por ônibus ou vans, unidades de atendimento integral -
UAIS, e o corredor de transportes da João Naves.

Neste sentido, e percebendo as principais dificuldades


enfrentadas pelos profissionais quanto às normas e leis
referentes ao assunto, a Prefeitura de Uberlândia
realizou uma seleção dos principais desenhos técnicos,
referenciados nas legislações municipal e federal, para
elaborar a CARTILHA DE ACESSIBILIDADE, que é mais
uma ferramenta de apoio técnico disponível para ajudar
a sanar dificuldades e contribuir para que Uberlândia
continue se orgulhando do título de exemplo de boas
práticas em acessibilidade.

Para a elaboração deste material foi levada em conta a


experiência do Núcleo de Acessibilidade em contato
direto com especialistas do setor, tomando como base a
legislação vigente e as normas de acessibilidade, como a
NBR 9050/04, da ABNT. Dessa forma, procurou-se
ilustrar essas normas em desenhos de fácil
entendimento e pouco texto, privilegiando a imagem e
valorizando a informação passada em cada detalhe.
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETROS PARA PORTAS

Puxador
horizontal

40cm Maçaneta
10cm

210cm
50cm

90 a 110cm
Visor Revestimento
20cm resistente
a impactos

40cm
Puxador
vertical
150cm mínimo

Informação
visual
80 a 100cm
40 a 90cm

45cm

15cm

Informação tátil
MULHER
na parede
160cm
140cm

90 a 110cm

4
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

BARRAS DE APOIO

=4cm 3,5 a 4,5cm


70
cm

70cm
70cm
80cm

cm

75cm
75cm
70

45cm
45
cm

80cm

90cm

80cm 80cm
45cm

Banco
70cm
95cm

45cm

45cm

50cm
20cm

70cm
máx.

75cm
46cm
30cm
mín.

70cm
85cm

5
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

BARRAS DE APOIO

30cm 80cm
11cm
max.

120cm
40cm Fixação
30cm
mín.

na parede
80cm

50cm
80cm

Vista superior Transferência lateral

cm
cm
80

80
80cm

12 12
0c 0c
m m
120cm

Transferência diagonal Transferência perpendicular Transferência diagonal

6
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA SANITÁRIO

Lavatório
Área de manobra
150cm rotação 180º
150 x 120cm
(a)

(b)
1,50cm mínimo

Área de transferência 100cm mínimo


80 x 120cm Vista Superior 170cm mínimo Lavatório

Área de manobra
rotação 180º
150 x 120cm
150cm mínimo

80cm miínimo
Área de transferência
80 x 120cm
Vista Superior

7
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETROS DE ALTURA PARA LOUÇAS E METAIS

Espelho Saboneteira

Toalheiro
Cabide
Válvula de descarga
Barras de apoio

120cm
15cm

100cm
100cm

100cm
90cm

80cm

Papeleira
10º

46cm
40cm
Área a ser Espelho
protegida

50cm

90 a 110cm
25cm

80cm
70cm
Área a ser protegida

8
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

175cm
135cm
62cm
145cm

45cm

120cm
100cm
20cm
52cm

45cm

22cm

Vista superior

9
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ATENDIMENTO

Módulo de
referência 120cm
80cm

Vista superior

50cm mínimo

73cm mínimo

75 a 85cm
Vista lateral

10
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ATENDIMENTO

80cm
70cm
30cm
90cm máximo
73cm mínimo

105cm máximo
50cm
Bebedouro
Vista lateral Vista lateral

11
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA SALA DE ESPERA


120cm

30cm
mínimo
30cm

80cm

mínimo
30cm
Vista superior

120cm

30cm
80cm

Vista superior

12
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA DORMITÓRIO

90cm mínimo 90cm mínimo.

80cm mínimo
90cm mínimo

150cm mínimo

13
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETROS PARA CORREDORES

90cm 120 a 150cm 150 a 180cm

Uma pessoa em cadeira Um pedestre e uma pessoa Duas pessoas em cadeira


de rodas em cadeira de rodas de rodas

14
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETROS PARA CORRIMÃO E GUARDA-CORPO

30cm
30cm
92cm
70cm

Vista superior

b) Em rampas

3,0 a 4,5cm
mínimo = 4,0cm

105cm

Vista lateral Guarda-corpo

15
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA RAMPA

= 8,33% = 8,33%

= 8,33% = 8,33%

150cm C 150cm C 150cm

Vista superior

h
h
h
h
h
Área de Vista lateral
circulação
adjacente

120cm mín.
150cm Patamar
Recomendado

120cm 120cm mín. 120cm mín.


mín. 150 Recomendado 150cm Recomendado

Vista superior

16
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA RAMPAS DE ESQUINAS

Esquina - Rebaixamento A Esquina - Rebaixamento B

Lote
200cm

10% 12,5%
Calçada
Sobe Sobe

Meio-fio h=15cm

Esquina - Rebaixamento C 150cm Pista

17
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA TRAVESSIA ELEVADA

25 a
50cm

50cm

50cm

25 a
50cm
Vista superior

Perspectiva

18
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA RAMPA EM CALÇADA

cm
200 Lote
m
Rampa i 10% 80c

Calçada

50cm Meio-fio h=15cm


120c
m
50cm
Alinhamento de
entrada e saída

Pista
de veículos

<5%
meio fio

500cm

quadra
=<100cm

Alinhamento de
25
0c

entrada e saída
m

de veículos

500cm

=<100cm
50cm

Rampa para acesso


de veículos

19
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ESTACIONAMENTOS

Passeio

Guia
Sarjeta (meio-fio)

10m
c

40m
c
10m
c

10
cm 500cm
Passeio

Guia
cm
50

Sarjeta (meio-fio)
250cm 120cm 250cm
20cm 20cm

m
0c
60
25
0c
cm 0 cm10

m
3

12
cm 0
1

0c
20m
c

20
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ESTACIONAMENTOS

Imóvel

Branco
Azul

m
0c
60
25
0c
m
cm 0 cm10

1 Imóvel
3

cm20
cm 0
1

20m
c

Passeio Guia

10m
c
(meio fio)

40m c
Rampa de veículos

c
10m
Rua

10
cm

100cm
50
cm
20 250cm 120cm 250cm 20
cm cm

21
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ESTACIONAMENTOS

Imóvel

Passeio
120cm

Guia
Sarjeta

120cm
Sentido de 50 50
cm cm
circulação

Vista superior

22
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA CALÇADAS

Calçada Calçada Estacionamento

Leito
carroçável
A A'

Leito
carroçável
Calçada Via interna

23
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA RAMPA DE ACESSO PROVISÓRIO

Lote

Obras
Passeio

Guia

100cm
S S Leito
carroçável

Rampa provisória
i max. = 10% 150cm
Tapume

Vista superior

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CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA PISO TÁTIL

6,
0
a
7,
5c
m

1,1 a 2,0cm
4,2 a 2,2 a 3,0cm
2,1 a
5,3cm
2,7cm

32cm
25 a máx.
60cm 32cm
20 a 60cm 25 a máx.
60cm

25
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA SINALIZAÇÃO TÁTIL

25 a 50cm 25 a 50cm

20 a 60cm

20 a 60cm
50cm 50cm
Vista superior Vista superior

poste de Local de
ponto embarque e
desembarque

guia
25 a 60cm 60cm

25 a 60cm
60cm

75 a 100cm Abrigo de
ônibus
h > 60cm

25 a 60cm

60cm

60cm 60cm 25 a 80cm


60cm 25 a 60cm 50cm
Vista lateral Vista superior min. Vista superior

26
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

PARÂMETRO PARA ALTURA DE COMANDOS

Alturas recomendadas para o posicionamento de diferentes


tipos de comandos e controles.

Campainha Interfone, Dispositivo


Comando Comando
e Acionador telefone e Quadro Registro Comando Maçaneta de inserção
Interruptor Tomada de de
manual atendimento de luz de pressão de janela de porta e retirada
aquecedor precisão
(alarme) automático de produtos

120cm
máx.
100cm

80cm

60cm

40cm
mín.

00

27
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

SÍMBOLOS INTERNACIONAIS

Branco sobre Branco sobre Preto sobre


fundo azul fundo preto fundo branco

pessoas com deficiência física

Proporções

28
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

SÍMBOLOS INTERNACIONAIS

Branco sobre Branco sobre Preto sobre


fundo azul fundo preto fundo branco

pessoas com deficiência visual

Proporções

29
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

SÍMBOLOS INTERNACIONAIS

Branco sobre Branco sobre Preto sobre


fundo azul fundo preto fundo branco

pessoas com deficiência auditiva (surdez)

Proporções

30
CARTILHA DE
ACESSIBILIDADE

SINALIZAÇÃO

Sanitário feminino acessível Sanitário masculino acessível

Sinalização direcional de sanitário feminino acessível à direita - Exemplo

31
Como se comportar diante de uma pessoa que: TEM PARALISIA CEREBRAL
USA CADEIRA DE RODAS A pessoa com paralisia cerebral é inteligente e sensível, ela
reconhece que é diferente dos outros. Se você seguir seu ritmo
Nunca se apóie na cadeira de rodas. Ela é como uma extensão do poderá ajudá-la. Se não compreender o que ela disse, peça que
corpo da pessoa. repita.
Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes, e de forma alguma insista. A paralisia cerebral causa gestos faciais involuntários, o andar é
Ajuda aceita, deixe que a pessoa diga como proceder. com dificuldade, e em alguns casos a pessoa não anda.
Se a conversa for demorar, sente-se, ficando sempre no mesmo Não confunda com deficiência mental. A paralisia cerebral afeta
nível do olhar do usuário da cadeira de rodas. somente o aparelho motor, responsável pelo controle dos
Nunca estacione seu automóvel em frente a rampas ou em locais movimentos do corpo.
reservados às pessoas com deficiência. Esses lugares existem por Não se deixe impressionar por seu aspecto, aja de forma natural.
necessidade e não por conveniência. Como qualquer pessoa ela merece respeito.
Não tema em falar as palavras correr ou caminhar. As pessoas com
deficiência também as usam. TEM DEFICIENCIA MENTAL
Para evitar que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente, use Cumprimente-a normalmente. Geralmente a pessoa com
sempre a "marcha ré" para descer rampas ou degraus. deficiência mental é carinhosa, disposta e comunicativa.
Dê-lhe atenção. Expresse alegria em encontrá-la e mantenha a
USA MULETAS conversa até onde for possível.
Não tenha pressa. Acompanhe o ritmo da marcha de seu usuário. Evite a superproteção. Ajude somente quando for necessário. Ela
Tome cuidado para não tropeçar nas muletas. deve tentar fazer tudo sozinha.
As muletas devem ficar sempre ao alcance das mãos. A deficiência mental não é uma doença. Pode ser uma
Antes de ajudar, pergunte á pessoa se ela quer realmente a ajuda. conseqüência de alguma doença, assim, não use palavras como
“doentinho” ou ”bobinho” quando se referir a uma pessoa nessas
TEM DEFICIENCIA VISUAL condições.
Se notar que a pessoa precisa de ajuda, prontifique-se. Peça Trate as pessoas com deficiência mental de acordo com sua idade.
explicações à pessoa cega de como ela quer ser ajudada. Se for criança trate-a como criança, se for um adolescente ou adulto,
Nunca a agarre pelo braço. Para guiar uma pessoa cega ofereça seu trate-a como tal.
antebraço para que ela segure. Oriente-a para obstáculos como
meio fios, degraus, buracos e outros. TEM DEFICIENCIA AUDITIVA
Evite deixar o cego falando sozinho. Ao sair de um ambiente, avise-o. Fale claramente em velocidade normal, de frente para o surdo,
Não receie ao falar palavras como, cego, olhar ou ver. Os cegos tomando cuidado para que ele enxergue a tua boca.
também às usam. Não grite, fale com o tom de voz normal, a não ser que lhe peçam
Para explicar direções seja o mais claro possível. Informe sobre para levantar a voz.
obstáculos pela frente, e indique as distâncias em metros. Seja expressivo. Os surdos não podem ouvir as mudanças sutis do
Não tenha vergonha. Se você não sabe como direcionar a pessoa, tom de sua voz indicando sarcasmo ou seriedade.
seja franco. Pergunte de que maneira deve descrever as coisas. Se um surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente a
Ao guiar um cego para uma cadeira, direcione suas mãos por trás do pessoa surda, não à intérprete.
encosto. Informe ainda se ela tem braços ou não. Ao conversar com uma pessoa surda, mantenha contato visual, se
Se no restaurante não houver cardápio em braile, é de boa você dispersar o seu olhar, ela pensará que a conversa acabou.
educação que você o leia e informe os preços. Se você quiser falar com um surdo, chame sua atenção, sinalizando
Pessoas com visão subnormal (sérias dificuldades visuais) devem ou tocando-lhe no braço.
receber o mesmo tratamento. Ofereça sua ajuda sempre que notar Se você não entender o que um surdo esta falando, peça que repita.
que ela está em dificuldade. Se mesmo assim não conseguir entender, peça que escreva.

32
O importante é comunicar-se. Decreto Nº 8106 de 14 de fevereiro de 2000
Eles só saberão "ler" suas expressões faciais, seus gestos ou
movimentos de seu corpo para entender o que você quer comunicar. DEFINE A COMPETÊNCIA DA SEÇÃO DE PROJETOS DE
Ao planejar um evento, utilize os avisos visuais. Se for exibir um ACESSIBILIDADE DA DIVISÃO DE PLANEJAMENTO URBANO E RURAL
filme, providencie um script ou um resumo do filme, se não tiver DA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO PARA APRECIAÇÃO ,
legendas. ESTUDOS E APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS PARA FISCALIZAÇÃO E
CONTROLE DA ACESSIBILIDADE DE PESSOAS PORTADORAS DE
Fonte:
Manual para Inclusão Social das Pessoas Portadoras de Deficiência
DEFICIÊNCIAS OU LIMITAÇÕES FÍSICAS AOS SERVIÇOS PÚBLICOS ,
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de AMBIENTES PÚBLICOS, LOGRADOUROS E DEMAIS PRÓPRIOS
Deficiência - CORDE. PÚBLICOS.
O Prefeito de Uberlândia, no uso de suas atribuições legais previstas
no artigo 45, VII da Lei Orgânica Municipal e com fulcro na Lei
Complementar n° 175, de 05 /12/1997,
LEI COMPLEMENTAR Nº 235 DE 13 DE JUNHO DE 2000
DECRETA:
Art.1°. À Seção de Projetos de Acessibilidade da Divisão de
ALTERA OS ARTIGOS 91 E 92 DA LEI Nº 4808 DE 26 DE OUTUBRO DE
Planejamento Urbano e Rural da Secretaria Municipal de
1988, QUE APROVA O CÓDIGO DE OBRAS DO MUNICÍPIO DE
Planejamento compete a apreciação de projetos , planos, contratos,
UBERLÂNDIA E REVOGA A LEI COMPLEMENTAR Nº 039 DE 24 DE
requerimentos internos e externos e normas correlatas, mediante
SETEMBRO DE 1992.
estudos, fiscalização e apresentação de propostas de ação e
regulamentação quanto à acessibilidade da pessoa portadora de
O povo do Município de Uberlândia, por seus representantes,
deficiência física ou de limitações físicas aos serviços públicos,
aprovou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei Complementar:
ambientes públicos, logradouros e demais próprios públicos .
Art.2°. Para consecução de suas finalidades poderá o Chefe da
Art. 1º. Os artigos 91 e 92, da Lei nº 4808, de 26 de outubro de
Seção de Projetos de Acessibilidade requisitar serviços ou apoio
1988, passam a vigorar com a seguinte redação:
técnico de qualquer Secretaria Municipal .
Art.3°. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
“Art. 91. Na aprovação de projetos de construção, reforma ou
ampliação de edifícios de uso público ou comunitário, de domínio
direto ou indireto da Administração Pública, ou de propriedade
Prefeitura Municipal de Uberlândia, 14 de fevereiro de 2000.
privada, bem como as áreas comuns.

“Art. 92. Os demais preceitos da Lei nº4808 de 26 de outubro de


1988, que dispuserem sobre construção, reforma e ampliação de
edificações deverá adequar-se às normas da NBR-ABNT citadas no
artigo anterior.”(NR)

Art. 2º. Fica revogada a Lei Complementar nº 039 de 24 de


setembro de 1992.

Art. 3º. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua


publicação.

Prefeitura Municipal de Uberlândia, 13 de junho de 2000.

33
Diretrizes de Acessibilidade para Loteamentos/Desmembramento de espaço ocupado pelo rebaixamento, de no mínimo 0,80 m, sendo
Áreas não Parceladas recomendável 1,20 m (ver figura 100 - rebaixamento A).

Fragmento da Norma Brasileira 9050/2004 6.10.11.10 As abas laterais dos rebaixamentos (ver figura 100 -
rebaixamento A) devem ter projeção horizontal mínima de 0,50m e
“6.10.11 Rebaixamento de calçadas para travessia de pedestres compor planos inclinados de acomodação. A inclinação máxima
recomendada é de 10%.
6.10.11.1 As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de
pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e 6.10.11.11 Quando a superfície imediatamente ao lado dos
sempre que houver foco de pedestres. rebaixamentos contiver obstáculos, as abas laterais podem ser
dispensadas. Neste caso, deve ser garantida faixa livre de no
6.10.11.2 Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento mínimo 1,20 m, sendo o recomendável 1,50 m, conforme figura 100
da calçada e o leito carroçável. - rebaixamento B.

6.10.11.3 Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na 6.10.11.12 Os rebaixamentos de calçadas devem ser sinalizados
direção do fluxo de pedestres. A inclinação deve ser constante e não conforme figura 61.
superior a 8,33% (1:12), conforme exemplos A, B, C e D da figura
100. 6.10.11.13 Os rebaixamentos de calçadas podem ser executados
conforme exemplos A, B, C e D da figura 100.”
6.10.11.4 A largura dos rebaixamentos deve ser igual à largura das
faixas de travessia de pedestres, quando o fluxo de pedestres Esclarecemos que, devido ao fato de não serem adotadas faixas de
calculado ou estimado for superior a 25 pedestres/min/m. travessia alinhadas à calçada e sim recuadas em cerca de 1,00m do
alinhamento do meio-rio, passaremos a não adotar o modelo de
6.10.11.5 Em locais onde o fluxo de pedestres for igual ou inferior a rebaixamento C, sendo que os demais estão esquematizados nas
25 pedestres/min/m e houver interferência que impeça o folhas 3/5, 4/5 e 5/5. As sinalizações táteis devem ser feitas
rebaixamento da calçada em toda a extensão da faixa de travessia, conforme indicado em cada detalhe.
admite-se rebaixamento da calçada em largura inferior até um limite
mínimo de 1,20 m de largura de rampa.
Núcleo de Acessibilidade
6.10.11.6 Quando a faixa de pedestres estiver alinhada com a Diretoria de Planejamento Aplicado
calçada da via transversal, admite-se o rebaixamento total da
calçada na esquina, conforme figura 100 - rebaixamento C.

6.10.11.7 Onde a largura do passeio não for suficiente para


acomodar o rebaixamento e a faixa livre (figura 100 - rebaixamentos
A e B), deve ser feito o rebaixamento total da largura da calçada, com
largura mínima de 1,50 m e com rampas laterais com inclinação
máxima de 8,33%, conforme figura 100 - rebaixamento D.

6.10.11.8 Os rebaixamentos das calçadas localizados em lados


opostos da via devem estar alinhados entre si.

6.10.11.9 Deve ser garantida uma faixa livre no passeio, além do

34
Presidência da República b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
Casa Civil (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e
Subchefia para Assuntos Jurídicos 3.000Hz;
c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05
DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004. no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade
visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais
Regulamenta as Leis nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o;
atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média,
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas
providências. de habilidades adaptativas, tais como:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso 1. comunicação;
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nºs 10.048, de 8 de novembro 2. cuidado pessoal;
de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, 3. habilidades sociais;
DECRETA: 4. utilização dos recursos da comunidade;
CAPÍTULO I 5. saúde e segurança;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 6. habilidades acadêmicas;
Art. 1º Este Decreto regulamenta as Leis nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 7. lazer; e
10.098, de 19 de dezembro de 2000. 8. trabalho;
Art. 2º Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste Decreto, sempre que e) deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências; e
houver interação com a matéria nele regulamentada: II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, não se enquadrando no conceito
I - a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação e de pessoa portadora de deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de
informação, de transporte coletivo, bem como a execução de qualquer tipo de obra, movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da
quando tenham destinação pública ou coletiva; mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.
II - a outorga de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer § 2º O disposto no caput aplica-se, ainda, às pessoas com idade igual ou superior a
natureza; sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo.
III - a aprovação de financiamento de projetos com a utilização de recursos públicos, § 3º O acesso prioritário às edificações e serviços das instituições financeiras deve
dentre eles os projetos de natureza arquitetônica e urbanística, os tocantes à seguir os preceitos estabelecidos neste Decreto e nas normas técnicas de
comunicação e informação e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no que não
instrumento, tais como convênio, acordo, ajuste, contrato ou similar; e conflitarem com a Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, observando, ainda, a
IV - a concessão de aval da União na obtenção de empréstimos e financiamentos Resolução do Conselho Monetário Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001.
internacionais por entes públicos ou privados. Art. 6º O atendimento prioritário compreende tratamento diferenciado e
Art. 3º Serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, previstas atendimento imediato às pessoas de que trata o art. 5º.
em lei, quando não forem observadas as normas deste Decreto. § 1º O tratamento diferenciado inclui, dentre outros:
Art. 4º O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, os I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis;
Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e as organizações II - mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamente adaptado à altura e à
representativas de pessoas portadoras de deficiência terão legitimidade para condição física de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas
acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos estabelecidos neste técnicas de acessibilidade da ABNT;
Decreto. III - serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado por
CAPÍTULO II intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato
DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO com aquelas que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado
Art. 5º Os órgãos da administração pública direta, indireta e fundacional, as por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento;
empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoas com deficiência visual,
dispensar atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mental e múltipla, bem como às pessoas idosas;
mobilidade reduzida. V - disponibilidade de área especial para embarque e desembarque de pessoa
§ 1º Considera-se, para os efeitos deste Decreto: portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
I - pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei nº 10.690, de 16 VI - sinalização ambiental para orientação das pessoas referidas no art. 5o;
de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de VII - divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas
atividade e se enquadra nas seguintes categorias: portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida;
a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia ou cão-guia de
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob acompanhamento junto de pessoa portadora de deficiência ou de treinador nos locais
a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, dispostos no caput do art. 5º, bem como nas demais edificações de uso público e
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou naquelas de uso coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina atualizada do
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade animal; e
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam IX - a existência de local de atendimento específico para as pessoas referidas no art.
dificuldades para o desempenho de funções; 5º.

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§ 2º Entende-se por imediato o atendimento prestado às pessoas referidas no art. educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de
5º, antes de qualquer outra, depois de concluído o atendimento que estiver em atividades da mesma natureza;
andamento, observado o disposto no inciso I do parágrafo único do art. 3º da Lei nº VIII - edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação, que podem ser
10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). classificadas como unifamiliar ou multifamiliar; e
§ 3º Nos serviços de emergência dos estabelecimentos públicos e privados de IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam
atendimento à saúde, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada à atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características
avaliação médica em face da gravidade dos casos a atender. antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se
§ 4º Os órgãos, empresas e instituições referidos no caput do art. 5º devem possuir, nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.
pelo menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicação com e por Art. 9º A formulação, implementação e manutenção das ações de acessibilidade
pessoas portadoras de deficiência auditiva. atenderão às seguintes premissas básicas:
Art. 7º O atendimento prioritário no âmbito da administração pública federal direta e I - a priorização das necessidades, a programação em cronograma e a reserva de
indireta, bem como das empresas prestadoras de serviços públicos, obedecerá às recursos para a implantação das ações; e
disposições deste Decreto, além do que estabelece o Decreto nº 3.507, de 13 de junho II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos.
de 2000. CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Cabe aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, no âmbito de DA IMPLEMENTAÇÃO DA ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA
suas competências, criar instrumentos para a efetiva implantação e o controle do Seção I
atendimento prioritário referido neste Decreto. Das Condições Gerais
CAPÍTULO III Art. 10. A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos
DAS CONDIÇÕES GERAIS DA ACESSIBILIDADE devem atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as
Art. 8º Para os fins de acessibilidade, considera-se: normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas
I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou neste Decreto.
assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos § 1º Caberá ao Poder Público promover a inclusão de conteúdos temáticos
serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e referentes ao desenho universal nas diretrizes curriculares da educação profissional e
informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; tecnológica e do ensino superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos.
II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a § 2º Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de
liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir
comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em: temas voltados para o desenho universal.
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou
público; coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser
b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de
uso público e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações deficiência ou com mobilidade reduzida.
de uso privado multifamiliar; § 1º As entidades de fiscalização profissional das atividades de Engenharia,
c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes; e Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsabilidade técnica dos projetos, exigirão a
d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que responsabilidade profissional declarada do atendimento às regras de acessibilidade
dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e
dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem neste Decreto.
como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação; § 2º Para a aprovação ou licenciamento ou emissão de certificado de conclusão de
III - elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais projeto arquitetônico ou urbanístico deverá ser atestado o atendimento às regras de
como os referentes à pavimentação, saneamento, distribuição de energia elétrica, acessibilidade previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação
iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que específica e neste Decreto.
materializam as indicações do planejamento urbanístico; § 3º O Poder Público, após certificar a acessibilidade de edificação ou serviço,
IV - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, determinará a colocação, em espaços ou locais de ampla visibilidade, do "Símbolo
superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma Internacional de Acesso", na forma prevista nas normas técnicas de acessibilidade da
que sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes ABNT e na Lei nº 7.405, de 12 de novembro de 1985.
elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, telefones e cabines Art. 12. Em qualquer intervenção nas vias e logradouros públicos, o Poder Público e
telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de as empresas concessionárias responsáveis pela execução das obras e dos serviços
natureza análoga; garantirão o livre trânsito e a circulação de forma segura das pessoas em geral,
V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados especialmente das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de durante e após a sua execução, de acordo com o previsto em normas técnicas de
deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste Decreto.
assistida; Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas regras previstas nas normas técnicas
VI - edificações de uso público: aquelas administradas por entidades da brasileiras de acessibilidade, na legislação específica, observado o disposto na Lei nº
administração pública, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços 10.257, de 10 de julho de 2001, e neste Decreto:
públicos e destinadas ao público em geral; I - os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores de Transporte e Trânsito
VII - edificações de uso coletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza elaborados ou atualizados a partir da publicação deste Decreto;
comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa, II - o Código de Obras, Código de Postura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a Lei do

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Sistema Viário; com capacidade para originar e receber chamadas de longa distância, nacional e
III - os estudos prévios de impacto de vizinhança; internacional, estejam adaptados para o uso de pessoas portadoras de deficiência
IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções, incluindo a vigilância auditiva e para usuários de cadeiras de rodas, ou conforme estabelecer os Planos Gerais
sanitária e ambiental; e de Metas de Universalização.
V - a previsão orçamentária e os mecanismos tributários e financeiros utilizados em § 3º As botoeiras e demais sistemas de acionamento dos terminais de auto-
caráter compensatório ou de incentivo. atendimento de produtos e serviços e outros equipamentos em que haja interação com
§ 1º Para concessão de alvará de funcionamento ou sua renovação para qualquer o público devem estar localizados em altura que possibilite o manuseio por pessoas em
atividade, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilização autônoma por pessoas
neste Decreto e nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. portadoras de deficiência visual e auditiva, conforme padrões estabelecidos nas
§ 2º Para emissão de carta de "habite-se" ou habilitação equivalente e para sua normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
renovação, quando esta tiver sido emitida anteriormente às exigências de Art. 17. Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar
acessibilidade contidas na legislação específica, devem ser observadas e certificadas equipados com mecanismo que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoa
as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normas técnicas de portadora de deficiência visual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde a
acessibilidade da ABNT. intensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou a periculosidade na via assim
Seção II determinarem, bem como mediante solicitação dos interessados.
Das Condições Específicas Art. 18. A construção de edificações de uso privado multifamiliar e a construção,
Art. 14. Na promoção da acessibilidade, serão observadas as regras gerais ampliação ou reforma de edificações de uso coletivo devem atender aos preceitos da
previstas neste Decreto, complementadas pelas normas técnicas de acessibilidade da acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público,
ABNT e pelas disposições contidas na legislação dos Estados, Municípios e do Distrito conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
Federal. Parágrafo único. Também estão sujeitos ao disposto no caput os acessos, piscinas,
Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, andares de recreação, salão de festas e reuniões, saunas e banheiros, quadras
parques e demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as exigências esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreas
dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. internas ou externas de uso comum das edificações de uso privado multifamiliar e das
§ 1º Incluem-se na condição estabelecida no caput: de uso coletivo.
I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adaptação de Art. 19. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público deve
situações consolidadas; garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, com comunicação com todas as
II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para suas dependências e serviços, livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou
travessia de pedestre em nível; e dificultem a sua acessibilidade.
III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta. § 1º No caso das edificações de uso público já existentes, terão elas prazo de trinta
§ 2º Nos casos de adaptação de bens culturais imóveis e de intervenção para meses a contar da data de publicação deste Decreto para garantir acessibilidade às
regularização urbanística em áreas de assentamentos subnormais, será admitida, em pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
caráter excepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nas normas técnicas § 2º Sempre que houver viabilidade arquitetônica, o Poder Público buscará garantir
citadas no caput, desde que haja justificativa baseada em estudo técnico e que o acesso dotação orçamentária para ampliar o número de acessos nas edificações de uso público
seja viabilizado de outra forma, garantida a melhor técnica possível. a serem construídas, ampliadas ou reformadas.
Art. 16. As características do desenho e a instalação do mobiliário urbano devem Art. 20. Na ampliação ou reforma das edificações de uso púbico ou de uso coletivo,
garantir a aproximação segura e o uso por pessoa portadora de deficiência visual, os desníveis das áreas de circulação internas ou externas serão transpostos por meio de
mental ou auditiva, a aproximação e o alcance visual e manual para as pessoas rampa ou equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, quando não for
portadoras de deficiência física, em especial aquelas em cadeira de rodas, e a possível outro acesso mais cômodo para pessoa portadora de deficiência ou com
circulação livre de barreiras, atendendo às condições estabelecidas nas normas mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da
técnicas de acessibilidade da ABNT. ABNT.
§ 1º Incluem-se nas condições estabelecida no caput: Art. 21. Os balcões de atendimento e as bilheterias em edificação de uso público ou
I - as marquises, os toldos, elementos de sinalização, luminosos e outros elementos de uso coletivo devem dispor de, pelo menos, uma parte da superfície acessível para
que tenham sua projeção sobre a faixa de circulação de pedestres; atendimento às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
II - as cabines telefônicas e os terminais de auto-atendimento de produtos e conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
serviços; Parágrafo único. No caso do exercício do direito de voto, as urnas das seções
III - os telefones públicos sem cabine; eleitorais devem ser adequadas ao uso com autonomia pelas pessoas portadoras de
IV - a instalação das aberturas, das botoeiras, dos comandos e outros sistemas de deficiência ou com mobilidade reduzida e estarem instaladas em local de votação
acionamento do mobiliário urbano; plenamente acessível e com estacionamento próximo.
V - os demais elementos do mobiliário urbano; Art. 22. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público ou de uso
VI - o uso do solo urbano para posteamento; e coletivo devem dispor de sanitários acessíveis destinados ao uso por pessoa portadora
VII - as espécies vegetais que tenham sua projeção sobre a faixa de circulação de de deficiência ou com mobilidade reduzida.
pedestres. § 1º Nas edificações de uso público a serem construídas, os sanitários destinados
§ 2º A concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, na modalidade ao uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida serão
Local, deverá assegurar que, no mínimo, dois por cento do total de Telefones de Uso distribuídos na razão de, no mínimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimento da
Público - TUPs, sem cabine, com capacidade para originar e receber chamadas locais e edificação, com entrada independente dos sanitários coletivos, obedecendo às normas
de longa distância nacional, bem como, pelo menos, dois por cento do total de TUPs, técnicas de acessibilidade da ABNT.

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§ 2º Nas edificações de uso público já existentes, terão elas prazo de trinta meses a de curso pelo Poder Público, o estabelecimento de ensino deverá comprovar que:
contar da data de publicação deste Decreto para garantir pelo menos um banheiro I - está cumprindo as regras de acessibilidade arquitetônica, urbanística e na
acessível por pavimento, com entrada independente, distribuindo-se seus comunicação e informação previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT,
equipamentos e acessórios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de na legislação específica ou neste Decreto;
deficiência ou com mobilidade reduzida. II - coloca à disposição de professores, alunos, servidores e empregados portadores
§ 3º Nas edificações de uso coletivo a serem construídas, ampliadas ou de deficiência ou com mobilidade reduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às
reformadas, onde devem existir banheiros de uso público, os sanitários destinados ao atividades escolares e administrativas em igualdade de condições com as demais
uso por pessoa portadora de deficiência deverão ter entrada independente dos demais pessoas; e
e obedecer às normas técnicas de acessibilidade da ABNT. III - seu ordenamento interno contém normas sobre o tratamento a ser dispensado a
§ 4º Nas edificações de uso coletivo já existentes, onde haja banheiros destinados professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficiência, com o objetivo
ao uso público, os sanitários preparados para o uso por pessoa portadora de deficiência de coibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as respectivas sanções
ou com mobilidade reduzida deverão estar localizados nos pavimentos acessíveis, ter pelo descumprimento dessas normas.
entrada independente dos demais sanitários, se houver, e obedecer as normas técnicas § 2º As edificações de uso público e de uso coletivo referidas no caput, já existentes,
de acessibilidade da ABNT. têm, respectivamente, prazo de trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de
Art. 23. Os teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, casas de publicação deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata este artigo.
espetáculos, salas de conferências e similares reservarão, pelo menos, dois por cento Art. 25. Nos estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público
da lotação do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo ou de uso coletivo, ou naqueles localizados nas vias públicas, serão reservados, pelo
recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos corredores, devidamente menos, dois por cento do total de vagas para veículos que transportem pessoa
sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e a obstrução das saídas, em portadora de deficiência física ou visual definidas neste Decreto, sendo assegurada, no
conformidade com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT. mínimo, uma vaga, em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil
§ 1º Nas edificações previstas no caput, é obrigatória, ainda, a destinação de dois acesso à circulação de pedestres, com especificações técnicas de desenho e traçado
por cento dos assentos para acomodação de pessoas portadoras de deficiência visual e conforme o estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
de pessoas com mobilidade reduzida, incluindo obesos, em locais de boa recepção de § 1º Os veículos estacionados nas vagas reservadas deverão portar identificação a
mensagens sonoras, devendo todos ser devidamente sinalizados e estar de acordo com ser colocada em local de ampla visibilidade, confeccionado e fornecido pelos órgãos de
os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT. trânsito, que disciplinarão sobre suas características e condições de uso, observando o
§ 2º No caso de não haver comprovada procura pelos assentos reservados, estes disposto na Lei nº 7.405, de 1985.
poderão excepcionalmente ser ocupados por pessoas que não sejam portadoras de § 2º Os casos de inobservância do disposto no § 1º estarão sujeitos às sanções
deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida. estabelecidas pelos órgãos competentes.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo deverão situar-se em locais § 3º Aplica-se o disposto no caput aos estacionamentos localizados em áreas
que garantam a acomodação de, no mínimo, um acompanhante da pessoa portadora de públicas e de uso coletivo.
deficiência ou com mobilidade reduzida. § 4º A utilização das vagas reservadas por veículos que não estejam transportando
§ 4º Nos locais referidos no caput, haverá, obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas as pessoas citadas no caput constitui infração ao art. 181, inciso XVII, da Lei nº 9.503, de
de emergência acessíveis, conforme padrões das normas técnicas de acessibilidade da 23 de setembro de 1997.
ABNT, a fim de permitir a saída segura de pessoas portadoras de deficiência ou com Art. 26. Nas edificações de uso público ou de uso coletivo, é obrigatória a existência
mobilidade reduzida, em caso de emergência. de sinalização visual e tátil para orientação de pessoas portadoras de deficiência
§ 5º As áreas de acesso aos artistas, tais como coxias e camarins, também devem auditiva e visual, em conformidade com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
ser acessíveis a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 27. A instalação de novos elevadores ou sua adaptação em edificações de uso
§ 6º Para obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 2º, as salas de público ou de uso coletivo, bem assim a instalação em edificação de uso privado
espetáculo deverão dispor de sistema de sonorização assistida para pessoas multifamiliar a ser construída, na qual haja obrigatoriedade da presença de elevadores,
portadoras de deficiência auditiva, de meios eletrônicos que permitam o deve atender aos padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
acompanhamento por meio de legendas em tempo real ou de disposições especiais § 1º No caso da instalação de elevadores novos ou da troca dos já existentes,
para a presença física de intérprete de LIBRAS e de guias-intérpretes, com a projeção em qualquer que seja o número de elevadores da edificação de uso público ou de uso
tela da imagem do intérprete de LIBRAS sempre que a distância não permitir sua coletivo, pelo menos um deles terá cabine que permita acesso e movimentação cômoda
visualização direta. de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, de acordo com o que
§ 7º O sistema de sonorização assistida a que se refere o § 6º será sinalizado por especifica as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
meio do pictograma aprovado pela Lei nº 8.160, de 8 de janeiro de 1991. § 2º Junto às botoeiras externas do elevador, deverá estar sinalizado em braile em
§ 8º As edificações de uso público e de uso coletivo referidas no caput, já existentes, qual andar da edificação a pessoa se encontra.
têm, respectivamente, prazo de trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de § 3º Os edifícios a serem construídos com mais de um pavimento além do
publicação deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata o caput e os §§ 1º a pavimento de acesso, à exceção das habitações unifamiliares e daquelas que estejam
5º. obrigadas à instalação de elevadores por legislação municipal, deverão dispor de
Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação de equipamento
públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus eletromecânico de deslocamento vertical para uso das pessoas portadoras de
ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com deficiência ou com mobilidade reduzida.
mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e § 4º As especificações técnicas a que se refere o § 3º devem atender:
instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários. I - a indicação em planta aprovada pelo poder municipal do local reservado para a
§ 1º Para a concessão de autorização de funcionamento, de abertura ou renovação instalação do equipamento eletromecânico, devidamente assinada pelo autor do

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projeto; Federal; e
II - a indicação da opção pelo tipo de equipamento (elevador, esteira, plataforma ou IV - governo federal, responsável pelo transporte coletivo interestadual e
similar); internacional.
III - a indicação das dimensões internas e demais aspectos da cabine do Art. 34. Os sistemas de transporte coletivo são considerados acessíveis quando
equipamento a ser instalado; e todos os seus elementos são concebidos, organizados, implantados e adaptados
IV - demais especificações em nota na própria planta, tais como a existência e as segundo o conceito de desenho universal, garantindo o uso pleno com segurança e
medidas de botoeira, espelho, informação de voz, bem como a garantia de autonomia por todas as pessoas.
responsabilidade técnica de que a estrutura da edificação suporta a implantação do Parágrafo único. A infra-estrutura de transporte coletivo a ser implantada a partir da
equipamento escolhido. publicação deste Decreto deverá ser acessível e estar disponível para ser operada de
Seção III forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
Da Acessibilidade na Habitação de Interesse Social reduzida.
Art. 28. Na habitação de interesse social, deverão ser promovidas as seguintes Art. 35. Os responsáveis pelos terminais, estações, pontos de parada e os veículos,
ações para assegurar as condições de acessibilidade dos empreendimentos: no âmbito de suas competências, assegurarão espaços para atendimento, assentos
I - definição de projetos e adoção de tipologias construtivas livres de barreiras preferenciais e meios de acesso devidamente sinalizados para o uso das pessoas
arquitetônicas e urbanísticas; portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
II - no caso de edificação multifamiliar, execução das unidades habitacionais Art. 36. As empresas concessionárias e permissionárias e as instâncias públicas
acessíveis no piso térreo e acessíveis ou adaptáveis quando nos demais pisos; responsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos, no âmbito de suas
III - execução das partes de uso comum, quando se tratar de edificação multifamiliar, competências, deverão garantir a implantação das providências necessárias na
conforme as normas técnicas de acessibilidade da ABNT; e operação, nos terminais, nas estações, nos pontos de parada e nas vias de acesso, de
IV - elaboração de especificações técnicas de projeto que facilite a instalação de forma a assegurar as condições previstas no art. 34 deste Decreto.
elevador adaptado para uso das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade Parágrafo único. As empresas concessionárias e permissionárias e as instâncias
reduzida. públicas responsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos, no âmbito de
Parágrafo único. Os agentes executores dos programas e projetos destinados à suas competências, deverão autorizar a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso"
habitação de interesse social, financiados com recursos próprios da União ou por ela após certificar a acessibilidade do sistema de transporte.
geridos, devem observar os requisitos estabelecidos neste artigo. Art. 37. Cabe às empresas concessionárias e permissionárias e as instâncias
Art. 29. Ao Ministério das Cidades, no âmbito da coordenação da política públicas responsáveis pela gestão dos serviços de transportes coletivos assegurar a
habitacional, compete: qualificação dos profissionais que trabalham nesses serviços, para que prestem
I - adotar as providências necessárias para o cumprimento do disposto no art. 28; e atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
II - divulgar junto aos agentes interessados e orientar a clientela alvo da política reduzida.
habitacional sobre as iniciativas que promover em razão das legislações federal, Seção II
estaduais, distrital e municipais relativas à acessibilidade. Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Rodoviário
Seção IV Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data de edição das normas
Da Acessibilidade aos Bens Culturais Imóveis técnicas referidas no § 1o, todos os modelos e marcas de veículos de transporte coletivo
Art. 30. As soluções destinadas à eliminação, redução ou superação de barreiras na rodoviário para utilização no País serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para
promoção da acessibilidade a todos os bens culturais imóveis devem estar de acordo integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de
com o que estabelece a Instrução Normativa nº 1 do Instituto do Patrimônio Histórico e deficiência ou com mobilidade reduzida.
Artístico Nacional - IPHAN, de 25 de novembro de 2003. § 1o As normas técnicas para fabricação dos veículos e dos equipamentos de
CAPÍTULO V transporte coletivo rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas
DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES COLETIVOS instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização
Seção I e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de até doze meses a contar da
Das Condições Gerais data da publicação deste Decreto.
§ 2o A substituição da frota operante atual por veículos acessíveis, a ser feita pelas
Art. 31. Para os fins de acessibilidade aos serviços de transporte coletivo terrestre, empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á
aquaviário e aéreo, considera-se como integrantes desses serviços os veículos, de forma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos de concessão e permissão
terminais, estações, pontos de parada, vias principais, acessos e operação. deste serviço.
Art. 32. Os serviços de transporte coletivo terrestre são: § 3o A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e a infra-estrutura dos
I - transporte rodoviário, classificado em urbano, metropolitano, intermunicipal e serviços deste transporte deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo de
interestadual; cento e vinte meses a contar da data de publicação deste Decreto.
II - transporte metroferroviário, classificado em urbano e metropolitano; e § 4o Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano devem priorizar o
III - transporte ferroviário, classificado em intermunicipal e interestadual. embarque e desembarque dos usuários em nível em, pelo menos, um dos acessos do
Art. 33. As instâncias públicas responsáveis pela concessão e permissão dos veículo.
serviços de transporte coletivo são: Art. 39. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data de implementação
I - governo municipal, responsável pelo transporte coletivo municipal; dos programas de avaliação de conformidade descritos no § 3o, as empresas
II - governo estadual, responsável pelo transporte coletivo metropolitano e concessionárias e permissionárias dos serviços de transporte coletivo rodoviário
intermunicipal; deverão garantir a acessibilidade da frota de veículos em circulação, inclusive de seus
III - governo do Distrito Federal, responsável pelo transporte coletivo do Distrito equipamentos.

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§ 1º As normas técnicas para adaptação dos veículos e dos equipamentos de mobilidade reduzida.
transporte coletivo rodoviário em circulação, de forma a torná-los acessíveis, serão Art. 43. Os serviços de transporte coletivo metroferroviário e ferroviário existentes
elaboradas pelas instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo de cento e vinte meses a contar da
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de até data de publicação deste Decreto.
doze meses a contar da data da publicação deste Decreto. § 1º As empresas concessionárias e permissionárias dos serviços de transporte
§ 2º Caberá ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade coletivo metroferroviário e ferroviário deverão apresentar plano de adaptação dos
Industrial - INMETRO, quando da elaboração das normas técnicas para a adaptação dos sistemas existentes, prevendo ações saneadoras de, no mínimo, oito por cento ao ano,
veículos, especificar dentre esses veículos que estão em operação quais serão sobre os elementos não acessíveis que compõem o sistema.
adaptados, em função das restrições previstas no art. 98 da Lei nº 9.503, de 1997. § 2º O plano de que trata o § 1º deve ser apresentado em até seis meses a contar da
§ 3º As adaptações dos veículos em operação nos serviços de transporte coletivo data de publicação deste Decreto.
rodoviário, bem como os procedimentos e equipamentos a serem utilizados nestas Seção V
adaptações, estarão sujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidos Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Aéreo
e implementados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Art. 44. No prazo de até trinta e seis meses, a contar da data da publicação deste
Industrial - INMETRO, a partir de orientações normativas elaboradas no âmbito da ABNT. Decreto, os serviços de transporte coletivo aéreo e os equipamentos de acesso às
Seção III aeronaves estarão acessíveis e disponíveis para serem operados de forma a garantir o
Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Aquaviário seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 40. No prazo de até trinta e seis meses a contar da data de edição das normas Parágrafo único. A acessibilidade nos serviços de transporte coletivo aéreo
técnicas referidas no § 1º, todos os modelos e marcas de veículos de transporte coletivo obedecerá ao disposto na Norma de Serviço da Instrução da Aviação Civil NOSER/IAC -
aquaviário serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota 2508-0796, de 1º de novembro de 1995, expedida pelo Departamento de Aviação Civil
operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com do Comando da Aeronáutica, e nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
mobilidade reduzida. Seção VI
§ 1º As normas técnicas para fabricação dos veículos e dos equipamentos de Das Disposições Finais
transporte coletivo aquaviário acessíveis, a serem elaboradas pelas instituições e Art. 45. Caberá ao Poder Executivo, com base em estudos e pesquisas, verificar a
entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade viabilidade de redução ou isenção de tributo:
Industrial, estarão disponíveis no prazo de até vinte e quatro meses a contar da data da I - para importação de equipamentos que não sejam produzidos no País, necessários
publicação deste Decreto. no processo de adequação do sistema de transporte coletivo, desde que não existam
§ 2º As adequações na infra-estrutura dos serviços desta modalidade de transporte similares nacionais; e
deverão atender a critérios necessários para proporcionar as condições de II - para fabricação ou aquisição de veículos ou equipamentos destinados aos
acessibilidade do sistema de transporte aquaviário. sistemas de transporte coletivo.
Art. 41. No prazo de até cinqüenta e quatro meses a contar da data de Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas a que se referem o caput,
implementação dos programas de avaliação de conformidade descritos no § 2º, as deve-se observar o disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
empresas concessionárias e permissionárias dos serviços de transporte coletivo 2000, sinalizando impacto orçamentário e financeiro da medida estudada.
aquaviário, deverão garantir a acessibilidade da frota de veículos em circulação, Art. 46. A fiscalização e a aplicação de multas aos sistemas de transportes
inclusive de seus equipamentos. coletivos, segundo disposto no art. 6º, inciso II, da Lei nº 10.048, de 2000, cabe à União,
§ 1º As normas técnicas para adaptação dos veículos e dos equipamentos de aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, de acordo com suas competências.
transporte coletivo aquaviário em circulação, de forma a torná-los acessíveis, serão CAPÍTULO VI
elaboradas pelas instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de até Art. 47. No prazo de até doze meses a contar da data de publicação deste Decreto,
trinta e seis meses a contar da data da publicação deste Decreto. será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração
§ 2º As adaptações dos veículos em operação nos serviços de transporte coletivo pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras
aquaviário, bem como os procedimentos e equipamentos a serem utilizados nestas de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis.
adaptações, estarão sujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidos § 1º Nos portais e sítios de grande porte, desde que seja demonstrada a
e implementados pelo INMETRO, a partir de orientações normativas elaboradas no inviabilidade técnica de se concluir os procedimentos para alcançar integralmente a
âmbito da ABNT. acessibilidade, o prazo definido no caput será estendido por igual período.
Seção IV § 2º Os sítios eletrônicos acessíveis às pessoas portadoras de deficiência conterão
Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Metroferroviário e Ferroviário símbolo que represente a acessibilidade na rede mundial de computadores (internet), a
Art. 42. A frota de veículos de transporte coletivo metroferroviário e ferroviário, ser adotado nas respectivas páginas de entrada.
assim como a infra-estrutura dos serviços deste transporte deverão estar totalmente § 3º Os telecentros comunitários instalados ou custeados pelos Governos Federal,
acessíveis no prazo máximo de cento e vinte meses a contar da data de publicação deste Estadual, Municipal ou do Distrito Federal devem possuir instalações plenamente
Decreto. acessíveis e, pelo menos, um computador com sistema de som instalado, para uso
§ 1º A acessibilidade nos serviços de transporte coletivo metroferroviário e preferencial por pessoas portadoras de deficiência visual.
ferroviário obedecerá ao disposto nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Art. 48. Após doze meses da edição deste Decreto, a acessibilidade nos portais e
§ 2º No prazo de até trinta e seis meses a contar da data da publicação deste sítios eletrônicos de interesse público na rede mundial de computadores (internet),
Decreto, todos os modelos e marcas de veículos de transporte coletivo metroferroviário e deverá ser observada para obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 2º.
ferroviário serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota Art. 49. As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações deverão
operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com garantir o pleno acesso às pessoas portadoras de deficiência auditiva, por meio das

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seguintes ações: imagens operadas pelo Poder Público poderão adotar plano de medidas técnicas
I - no Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, disponível para uso do público em próprio, como metas antecipadas e mais amplas do que aquelas as serem definidas no
geral: âmbito do procedimento estabelecido no art. 53.
a) instalar, mediante solicitação, em âmbito nacional e em locais públicos, telefones Art. 55. Caberá aos órgãos e entidades da administração pública, diretamente ou
de uso público adaptados para uso por pessoas portadoras de deficiência; em parceria com organizações sociais civis de interesse público, sob a orientação do
b) garantir a disponibilidade de instalação de telefones para uso por pessoas Ministério da Educação e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por meio da
portadoras de deficiência auditiva para acessos individuais; CORDE, promover a capacitação de profissionais em LIBRAS.
c) garantir a existência de centrais de intermediação de comunicação telefônica a Art. 56. O projeto de desenvolvimento e implementação da televisão digital no País
serem utilizadas por pessoas portadoras de deficiência auditiva, que funcionem em deverá contemplar obrigatoriamente os três tipos de sistema de acesso à informação de
tempo integral e atendam a todo o território nacional, inclusive com integração com o que trata o art. 52.
mesmo serviço oferecido pelas prestadoras de Serviço Móvel Pessoal; e Art. 57. A Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da
d) garantir que os telefones de uso público contenham dispositivos sonoros para a Presidência da República editará, no prazo de doze meses a contar da data da
identificação das unidades existentes e consumidas dos cartões telefônicos, bem como publicação deste Decreto, normas complementares disciplinando a utilização dos
demais informações exibidas no painel destes equipamentos; sistemas de acesso à informação referidos no § 2o do art. 53, na publicidade
II - no Serviço Móvel Celular ou Serviço Móvel Pessoal: governamental e nos pronunciamentos oficiais transmitidos por meio dos serviços de
a) garantir a interoperabilidade nos serviços de telefonia móvel, para possibilitar o radiodifusão de sons e imagens.
envio de mensagens de texto entre celulares de diferentes empresas; e Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput e observadas as condições
b) garantir a existência de centrais de intermediação de comunicação telefônica a técnicas, os pronunciamentos oficiais do Presidente da República serão
serem utilizadas por pessoas portadoras de deficiência auditiva, que funcionem em acompanhados, obrigatoriamente, no prazo de seis meses a partir da publicação deste
tempo integral e atendam a todo o território nacional, inclusive com integração com o Decreto, de sistema de acessibilidade mediante janela com intérprete de LIBRAS.
mesmo serviço oferecido pelas prestadoras de Serviço Telefônico Fixo Comutado. Art. 58. O Poder Público adotará mecanismos de incentivo para tornar disponíveis
§ 1º Além das ações citadas no caput, deve-se considerar o estabelecido nos Planos em meio magnético, em formato de texto, as obras publicadas no País.
Gerais de Metas de Universalização aprovados pelos Decretos nºs 2.592, de 15 de maio § 1o A partir de seis meses da edição deste Decreto, a indústria de medicamentos
de 1998, e 4.769, de 27 de junho de 2003, bem como o estabelecido pela Lei nº 9.472, deve disponibilizar, mediante solicitação, exemplares das bulas dos medicamentos em
de 16 de julho de 1997. meio magnético, braile ou em fonte ampliada.
§ 2º O termo pessoa portadora de deficiência auditiva e da fala utilizado nos Planos § 2o A partir de seis meses da edição deste Decreto, os fabricantes de
Gerais de Metas de Universalização é entendido neste Decreto como pessoa portadora equipamentos eletroeletrônicos e mecânicos de uso doméstico devem disponibilizar,
de deficiência auditiva, no que se refere aos recursos tecnológicos de telefonia. mediante solicitação, exemplares dos manuais de instrução em meio magnético, braile
Art. 50. A Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL regulamentará, no prazo ou em fonte ampliada.
de seis meses a contar da data de publicação deste Decreto, os procedimentos a serem Art. 59. O Poder Público apoiará preferencialmente os congressos, seminários,
observados para implementação do disposto no art. 49. oficinas e demais eventos científico-culturais que ofereçam, mediante solicitação,
Art. 51. Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhos de telefonia celular apoios humanos às pessoas com deficiência auditiva e visual, tais como tradutores e
que indiquem, de forma sonora, todas as operações e funções neles disponíveis no visor. intérpretes de LIBRAS, ledores, guias-intérpretes, ou tecnologias de informação e
Art. 52. Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhos de televisão comunicação, tais como a transcrição eletrônica simultânea.
equipados com recursos tecnológicos que permitam sua utilização de modo a garantir o Art. 60. Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio
direito de acesso à informação às pessoas portadoras de deficiência auditiva ou visual. de organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de financiamento deverão
Parágrafo único. Incluem-se entre os recursos referidos no caput: contemplar temas voltados para tecnologia da informação acessível para pessoas
I - circuito de decodificação de legenda oculta; portadoras de deficiência.
II - recurso para Programa Secundário de Áudio (SAP); e Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de crédito para a indústria que
III - entradas para fones de ouvido com ou sem fio. produza componentes e equipamentos relacionados à tecnologia da informação
Art. 53. A ANATEL regulamentará, no prazo de doze meses a contar da data de acessível para pessoas portadoras de deficiência.
publicação deste Decreto, os procedimentos a serem observados para implementação CAPÍTULO VII
do plano de medidas técnicas previsto no art. 19 da Lei nº 10.098, de 2000. DAS AJUDAS TÉCNICAS
Regulamentado pela portaria Nº 310, DE 27 DE JUNHO DE 2006 Art. 61. Para os fins deste Decreto, consideram-se ajudas técnicas os produtos,
§ 1º O processo de regulamentação de que trata o caput deverá atender ao disposto no instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados
art. 31 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
§ 2º A regulamentação de que trata o caput deverá prever a utilização, entre outros, reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.
dos seguintes sistemas de reprodução das mensagens veiculadas para as pessoas § 1o Os elementos ou equipamentos definidos como ajudas técnicas serão
portadoras de deficiência auditiva e visual: certificados pelos órgãos competentes, ouvidas as entidades representativas das
I - a subtitulação por meio de legenda oculta; pessoas portadoras de deficiência.
II - a janela com intérprete de LIBRAS; e § 2o Para os fins deste Decreto, os cães-guia e os cães-guia de acompanhamento
III - a descrição e narração em voz de cenas e imagens. são considerados ajudas técnicas.
§ 3º A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência Art. 62. Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio
- CORDE da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República de organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de financiamento deverão
assistirá a ANATEL no procedimento de que trata o § 1º. contemplar temas voltados para ajudas técnicas, cura, tratamento e prevenção de
Art. 54. Autorizatárias e consignatárias do serviço de radiodifusão de sons e deficiências ou que contribuam para impedir ou minimizar o seu agravamento.

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Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de crédito para a indústria que acessibilidade;
produza componentes e equipamentos de ajudas técnicas. IV - cooperação com Estados, Distrito Federal e Municípios para a elaboração de
Art. 63. O desenvolvimento científico e tecnológico voltado para a produção de estudos e diagnósticos sobre a situação da acessibilidade arquitetônica, urbanística, de
ajudas técnicas dar-se-á a partir da instituição de parcerias com universidades e centros transporte, comunicação e informação;
de pesquisa para a produção nacional de componentes e equipamentos. V - apoio e realização de campanhas informativas e educativas sobre acessibilidade;
Parágrafo único. Os bancos oficiais, com base em estudos e pesquisas elaborados VI - promoção de concursos nacionais sobre a temática da acessibilidade; e
pelo Poder Público, serão estimulados a conceder financiamento às pessoas portadoras VII - estudos e proposição da criação e normatização do Selo Nacional de
de deficiência para aquisição de ajudas técnicas. Acessibilidade.
Art. 64. Caberá ao Poder Executivo, com base em estudos e pesquisas, verificar a CAPÍTULO IX
viabilidade de: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - redução ou isenção de tributos para a importação de equipamentos de ajudas Art. 69. Os programas nacionais de desenvolvimento urbano, os projetos de
técnicas que não sejam produzidos no País ou que não possuam similares nacionais; revitalização, recuperação ou reabilitação urbana incluirão ações destinadas à
II - redução ou isenção do imposto sobre produtos industrializados incidente sobre eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, nos transportes e na
as ajudas técnicas; e comunicação e informação devidamente adequadas às exigências deste Decreto.
III - inclusão de todos os equipamentos de ajudas técnicas para pessoas portadoras Art. 70. O art. 4o do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar
de deficiência ou com mobilidade reduzida na categoria de equipamentos sujeitos a com as seguintes alterações:
dedução de imposto de renda. "Art. 4o ..................................................................
Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas a que se referem o caput, I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
deve-se observar o disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 2000, humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a
sinalizando impacto orçamentário e financeiro da medida estudada. forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
Art. 65. Caberá ao Poder Público viabilizar as seguintes diretrizes: triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de
I - reconhecimento da área de ajudas técnicas como área de conhecimento; membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
II - promoção da inclusão de conteúdos temáticos referentes a ajudas técnicas na adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
educação profissional, no ensino médio, na graduação e na pós-graduação; desempenho de funções;
III - apoio e divulgação de trabalhos técnicos e científicos referentes a ajudas II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB)
técnicas; ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e
IV - estabelecimento de parcerias com escolas e centros de educação profissional, 3.000Hz;
centros de ensino universitários e de pesquisa, no sentido de incrementar a formação de III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
profissionais na área de ajudas técnicas; e melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual
V - incentivo à formação e treinamento de ortesistas e protesistas. entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos instituirá Comitê de Ajudas somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou
Técnicas, constituído por profissionais que atuam nesta área, e que será responsável a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
por: IV - ..........................................................................
I - estruturação das diretrizes da área de conhecimento; d) utilização dos recursos da comunidade;
II - estabelecimento das competências desta área; ......................................................................."(NR)
III - realização de estudos no intuito de subsidiar a elaboração de normas a respeito Art. 71. Ficam revogados os arts. 50 a 54 do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de
de ajudas técnicas; 1999.
IV - levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; e Art. 72. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
V - detecção dos centros regionais de referência em ajudas técnicas, objetivando a Brasília, 2 de dezembro de 2004; 183o da Independência e 116o da República.
formação de rede nacional integrada.
§ 1º O Comitê de Ajudas Técnicas será supervisionado pela CORDE e participará do Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 3.12.2004.
Programa Nacional de Acessibilidade, com vistas a garantir o disposto no art. 62.
§ 2º Os serviços a serem prestados pelos membros do Comitê de Ajudas Técnicas
são considerados relevantes e não serão remunerados.
CAPÍTULO VIII
DO PROGRAMA NACIONAL DE ACESSIBILIDADE
Art. 67. O Programa Nacional de Acessibilidade, sob a coordenação da Secretaria
Especial dos Direitos Humanos, por intermédio da CORDE, integrará os planos
plurianuais, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
Art. 68. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, na condição de coordenadora
do Programa Nacional de Acessibilidade, desenvolverá, dentre outras, as seguintes
ações:
I - apoio e promoção de capacitação e especialização de recursos humanos em
acessibilidade e ajudas técnicas;
II - acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobre acessibilidade;
III - edição, publicação e distribuição de títulos referentes à temática da

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REFERÊNCIAS
- NBR-9050/04 - ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas
- Decreto Federal 5296/04
- Lei Federal 10048/02
- Lei Federal 10098/02
- Lei Complementar Municipal 235/00
- Decreto Municipal 8106/00

CONTATO
Telefone: (34) 3239-2811
E-mail: acessibilidade@uberlandia.mg.gov.br

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