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Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG

Curso: Direito – unidade Barreiro


Disciplina: Direito Empresarial III – Títulos de Credito. Falência e Recuperação de Empresas
Profa. Cristiane Trani Gomes

Títulos de Crédito

1. História

O primeiro título de crédito que surgiu, foi a letra de câmbio. É o título ao qual deu
origem ao demais. Verdadeiramente cambial. Surgiu para substituir o dinheiro. É
apenas um papel, temos três pessoas que se relacionam:

A – B – C
Sacador Sacado Tomador (credor)

É uma ordem de pagamento em que A B


dá para , para que este pague a C. (A é
credor de B e devedor de C), portanto, há duas relações de débito e crédito.

Surgiu na Idade Média, a partir do Séc. XIII.

Assaltos Carta (Littera)


Banqueiros Comerciante (vendedor)

Comprador (Viajante)

Endosso: Transferência do título a terceiro: Constava no título uma determinação


(ordem) para pagamento ao terceiro.
Aval : Garantia de pagamento: Declaração de pessoa conhecida do vendedor.

Período italiano: séc. XIII a 1673: instrumento de pagamento: Comércio nas cidades
italianas da Idade Média: (Multiplicidade de pequenos Estados na Itália: Moedas
diferentes, distância) troca de moedas: “Cambium trajecticium”. Contrato de câmbio
celebrado entre comprador e vendedor da moeda: Instrumento de troca e de transporte
de dinheiro.
Período francês: Inst. De pagamento: 1673 a 1848: novo conceito : Endosso + cláusula à
ordem: Circularidade (cadeia do endosso e aval): Lastro: origem: contrato inicial:
provisão.
Período alemão: título de crédito: a partir de 1848
*abstrato: Não existe provisão assinatura
*literal: Só vale pelo que está nele escrito.
*completo: Não depende de qualquer contrato anterior
*formal: requisitos em Lei.
Período moderno: Uniformização: 1930: Genebra: Lei Uniforme de Genebra: LUG:
Brasil.
Novos Rumos: Internet: cartão magnético, assinaturas criptografadas, assinatura digital.
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2. Direito Cartular

Título: Documento que representa um fato (escrito).


Crédito: (coisa móvel): promessa de pagamento (compra / venda / troca) entrega a
mercadoria no presente (prestação) para um pagamento futuro (prestação).
Diferente de compra à vista: pagamento imediato
Confiança / Tempo

3. Conceito

Vivante: “Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito,


literal e autônomo, nele mencionado”

Características:
• Incorporação: é a materialização do direito no documento (papel ou cártula), de
tal forma que o direito (direito cartular) não pode ser exercido sem a exibição do
documento. O direito incorporado no papel é aquele que pode ser exercido por
seu titular, exatamente como se encontra ali escrito. Documento que representa o
crédito.
• Literalidade: Vale por aquilo que nele está escrito que corresponde à delimitação
do direito do legítimo possuidor. Define a existência, o conteúdo, a extensão e as
modalidades do direito constantes do título (“uma obrigação que nele não
conste, nele não se integra”).
• Autonomia: do direito, das obrigações, do título (desvinculação): autonomia do
direito: o direito do legítimo possuidor independentemente em relação aos
direitos dos anteriores possuidores do título, aos quais não se vincula.
• Autonomia das obrigações: Significa que as obrigações entre si independem
umas das outras, cada um é obrigado independentemente do outro. O titulo
nunca é nulo; a obrigação poderá ser.
• Autonomia do título: os títulos de crédito foram feitos para circular, pois é o
cérebro da economia através do endosso (transferência do título e do direito dele
emergente).

4. Princípios Gerais Aplicáveis

• Abstração: O título de crédito pode nascer de qualquer negócio jurídico. A


causa que gerou a emissão do titulo é irrelevante, ou seja, independe da causa
que lhe deu origem. O título vale por si só. (sem rabo)
• Independência: São títulos que não dependem de outro título ou de outro
papel para sua validade. (exceções).
• Circularidade: destina-se a fazer circular o crédito ou direito de crédito:
Endosso (transferência)
• Posse de boa-fé: permite que os negócios sejam realizados, sem a
necessidade do exame formal das assinaturas ou de causas anteriores que deram
origem `a emissão do título ou endosso.
• Proteção da aparência jurídica: o título vale pelo que apresenta ser.
• Impossibilidade das exceções pessoais: dá ao legítimo possuidor a garantia
de que, se o que se pretende discutir judicialmente não se refere à causa de que
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participou a defesa do executado não lhe poderá ser oposta (inoponibilidade ao
terceiro de boa-fé)
• Formalismo: Documento formal: prescrita pela lei.
• Incondicionalidade: Não posso impor uma condição para pagar o título, se
coloco, é considerado não escrito (tira a força do título). Ou uma cláusula extra-
cambiária.
• Apresentação: O título para ser pago deverá ser apresentado ao devedor.
Queimou-se o título, queimou-se o direito (princ. Incorporação)
• Solidariedade: todas as pessoas que se obrigam pelo título, respondem
solidariamente, pois são responsáveis. (a escolha é do credor de quem quer
cobrar).
• Executividade: dá direito a ação de execução. Art. 585, I CPC

5. Classificação quanto à circulação

Circulação cambial: consiste na possibilidade de se transferir, para terceiros, o titulo de


credito e o direito dele emergente. Nos títulos ao portador, essa transferência dá-se por
simples tradição. Sendo o titulo nominativo e `a ordem, a transferência dá-se pelo
endosso:

6. Quanto à causa originária

Causais: nascem de causa determinada: duplicatas, conhecimento de depósito, o


warrant, etc.
Abstratos: nascem de qualquer causa: Letra de Câmbio, Nota Promissória, Cheque, etc.

7. Legislação aplicável

Letra de Câmbio e Nota Promissória:LUG (Anexo I, II – Art’s 2º, 3º, 5º, 6º, 7º, 9º, 10º,
13º, 15º, 16º, 17º, 19º e 20º - Dec. 57663/66) e o Decreto 2044/1908.
Cheque: Lei 7357/85
Conhecimento de Depósito e Warrant: Lei 1102/1908
Duplicata: Lei 5474/1968 – Res. 102/68
Código Civil: Lei 10404/02: Títulos atípicos
Art. 887: cópia de Vivante: Leis especiais
Art. 903: Lei de regência do novo título de crédito

8. Requisitos

1. agente capaz: emitente: art.5º C.C.B.


2. objeto licito, possível e determinável: Lei – tipicidade ou legalidade
3. emissão licita: ato jurídico unilateral: art. 138 e ss. C.C.B. (negócios anuláveis);
art.51 C.D.C.; art.814: aposta: tais defeitos somente podem ser objeto de
contestação entre o emitente e o beneficiário, não atinge o 3º de boa-fe (limita-se
as partes – principio da autonomia e inoponibilidade das exceções pessoais)
4. forma prescrita em lei: titulo formal
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9. Declaração Cambial

“É a manifestação de vontade do signatário no sentido de criar, completar, garantir ou


transferir o título de crédito. Na transferência englobam-se o título e o direito dele
emergente.”

Assinatura do declarante: obrigação no título.


(valida)
Necessária ou Originária: emissão ou saque.
Eventuais ou Sucessivas: aceite, endosso e aval
(acessórias/autônomas).

Quanto mais assinaturas tiverem um titulo, maior garantia ele oferece ao portador.

Emissão ou Saque: criação do título de crédito: declaração principal: momento em que


o título de crédito nasce, se exterioriza.
Nota Promissória: promessa direta de pagamento: emissão
Letra de Câmbio: promessa indireta de pagamento: saque
(é uma declaração cambial originária, necessária, produtiva de obrigação, em que faz
nascer o título, ou seja, dá origem a ele. Sem a ordem, a assinatura daquele que cria o
título, não existe o titulo.)

OBS:Nenhuma obrigação cambial resultará para alguém ocorrendo falsidade da


assinatura do declarante ou se o signatário for incapaz. Entretanto, havendo no título
outras assinaturas verdadeiras e de pessoas capazes, o título não se invalida em razão
da assinatura falsa ou de assinatura do incapaz criando o título. As obrigações dos
outros signatários permanecem válidos. O portador de boa-fé nada poderá exigir do
incapaz ou daquele cuja assinatura foi falsificada, mas poderá exigir todo o direito que
decorre do título dos outros signatários capazes, que respondem perante ele.

Teoria da emissão: entrega voluntária do título ao terceiro. O subscritor não se obriga se


o título sair de suas mãos contra sua vontade.
Teoria da criação: dá eficácia à constituição do título com base na declaração unilateral
de vontade do seu criador. É atribuído a fim futuro detentor, qualquer que seja, um
direito de crédito.
Teoria da aparência: tutela a aparência jurídica. Tranqüilidade circular, possuidor de
boa-fé. (2ª alínea do art. 16 da LUG e art. 24 da Lei 7.357/85)

Assinatura para obrigar a pessoa jurídica: as assinaturas de seus representantes


autorizados devem atender aos termos da lei

Denominação:
Cristiane Trani Gomes
Juruna’s Tour Passeios Ecológicos Ltda.

Firma ou Razão Social:


Trani & Vilanova Ltda.
Trani & Vilanova Ltda.
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Aceite: declaração cambial eventual e sucessiva, pela qual o signatário (sacado)


reconhece dever o valor do título e promete cumprir a ordem contra ele dada. O aceite
não é necessário para a validade do papel. O signatário do aceite chama-se aceitante.

Aval: é a declaração cambial, eventual e sucessiva, pela qual o signatário garante o


pagamento do título. O signatário do aval chama-se avalista. Forma de garantia
eminentemente cambial, existindo apenas em título de crédito. É autônoma e solidária.
“Por aval”. Uma obrigação subsidiária e de regresso, ou seja, é igual ao endosso. Todos
são coobrigados, mas o exercício de regresso só posso fazê-lo contra quem está antes de
mim (responde sozinho). Quem recebe o aval chama-se avalizado.

Endosso: declaração cambial derivada, eventual e sucessiva, pela qual o signatário


transfere o titulo a terceiro e, por conseqüência, transfere também o direito cambial
emergente do título. Seu signatário chama-se endossante e o beneficiário do endosso
chama-se endossatário. O endosso produz para o endossante uma obrigação subsidiária
e de regresso, porque, em última análise, é uma promessa indireta de pagamento, já que
o endossante pode responder pelo pagamento do título, se este não for pago pelo
obrigado principal e havendo protesto cambial em tempo hábil (1º dia útil seguinte ao
dia do vencimento). E’ uma ordem dada pelo endossante, para que o sacado pague a
terceiro o valor do título: transferência de propriedade.

OBS: existem títulos que não comportam todas as declarações cambiais, porém deve
haver o saque obrigatoriamente. O art. 8º da LUG regula a declaração cambial
sucedânea: mandatário ou representante legal de outrem, sem poderes( devidamente
autorizado), sucede (substituir) aquele que diz representar. Sua obrigação será pessoal
e direta.

Aceite

Declaração cambial pela qual o signatário admite a ordem contra ele dada para pagar
uma quantia determinada, concordando com os termos do saque e assumindo a
qualidade de responsável principal pelo pagamento do titulo.

O sacado é a pessoa indicada para pagar o título. É ele quem deve aceitá-lo. Depois que
assina, o sacado passa a denominar-se aceitante. O aceite dado produz uma obrigação
direta e principal. A assinatura do sacado pode ser seguida ou não de uma declaração:
“aceito”, “concordo”, “prometo pagar”. Irá ser cobrado antes de todos, apesar da
solidariedade das obrigações cambiárias. Se o título for pago por um obrigado de
regresso , o aceitante responde, da mesma forma, `a quem pagou o título (sacador,
endossante, avalista).

O aceite é irretratável (circular), porém pode ser cancelado pelo aceitante antes que ele
restitua o título ao apresentante. A ação de execução contra o aceitante independe do
protesto cambial.

A falta de aceite deve ser comprovada pelo protesto cambial (vencimento antecipado do
título). Porém, o sacado não se obriga nem havendo o protesto do título. Sua obrigação
só ocorrerá se aceitar a ordem (assinatura).
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O aceite qualificado (aceite limitado ou modificativo) é aquele em que o aceitante


restringe a ordem, não o aceitando inteiramente.

Data de vencimento: “Aceito para pagar no dia 18 de setembro de 2006”


Praça de pagamento: “Aceito para pagar no Serro”
Valor: “Aceito pagar R$ 1000,00”

Portanto, ocorrerá recusa parcial de aceite. O aceitante fica obrigado nos termos do
aceite por ele dado. Porém, o possuidor do título poderá levar o título a protesto por
falta ou recusa parcial de aceite, promovendo, logo após o protesto, a ação de execução
contra os outros obrigados nas condições originais do titulo. Só o aceitante, que não
concordou com parte do título, deve ser cobrado dentro dos limites por ele próprio
fixados e após o vencimento do título (datado).

Pode haver aceite por intervenção, que é o ato pelo qual uma pessoa, indicada ou não
para aceitar o título, o aceita para evitar o seu protesto (antecipação do vencimento:
promover a execução) e honrar o nome de alguém já obrigado no título (indicada ou
voluntária). O possuidor terá de aguardar o vencimento regular para receber o valor do
título. O interveniente (indicado ou voluntário) fica diretamente obrigado no título com
o portador ou para com o endossante posterior `aquele por honra de quem interveio.

A – B – C – D – Y (credor / possuidor)

(se este pagar o título) X


Sua obrigação equipara-se à do obrigado principal: o aceitante. Contudo, se o
interveniente (voluntário ou indicado) aceitou e pagou o título, não tem ele ação alguma
contra aquele cujo nome honrou e nem contra qualquer outro obrigado no título.

Letra de Câmbio e Duplicata: sem o aceite, na letra de câmbio, o sacado não assume
obrigação alguma no titulo, já que não o assinou. Este não será parte legítima “ad
causam” para figurar no pólo passivo da execução.

Aval

Forma de garantia eminentemente cambial, existente apenas em títulos de créditos. Não


existe aval em contrato. Autônomo e solidário. Se a pessoa assina no titulo de crédito
passa responder solidariamente pelo seu pagamento. Se não estiver dito a quem se
avaliza presume-se que é ao sacador. Se a obrigação do sacador for nula, a do avalista
não será, pois é autônoma. “O aval é a assinatura no anverso da letra que não seja do
sacador e nem do sacado”.

“Por aval”. Poderá ser simultâneo (avais a uma mesma pessoa) e o sucessivo (aval de
um aval). Para existir aval sucessivo, deve estar escrito (expresso).
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O credor poderá escolher de qualquer avalista para receber seu crédito, pois é uma
declaração cambial derivada facultativa, produtiva, subsidiária de regresso, ou seja, é
igual ao endosso. Todos são co-obrigados, mas o exercício de regresso só posso fazê-lo
contra quem estão antes de mim.

A– B– C– D Buscar o credor e o devedor


/
a | |
\ a’ b b’ c

No caso b e b’, não será direito de regresso, mas solidariedade.


A não pode cobrar de C; C pode cobrar de B.
b e b’ não podem cobrar de A, pois B e devedor de A.
b pode cobrar tudo de B, ou cobrar metade do b’ e a outra metade do B ( ou vise-versa)
a e a’ garante, pois A deve C;
b e b’ garante, pois B deve A;
c garante, pois C deve D;

Se alguém se adianta e avaliza o sacado quando este não aceita o titulo? O aval não é
dado ao sacado, mas ao credor. O aval por ser autônomo, vale por si só; não tem o
direito de regresso contra o sacado, pois este não aceitou o titulo, portanto, pagara’o
titulo, caso seja escolhido pelo credor e só poderá cobrar do sacado por indenização
longe do titulo de credito.

Se o avalista (b ou b’) deu o aval ao aceitante / sacado (B), ele garantirá seu pagamento
como obrigado principal. Assim sendo, se o aceitante não pagar a letra no vencimento, o
avalista deverá pagá-la e depois exigir que seu avalizado pague para ele. Por isso, diz a
lei que o avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele avalizada.

Se o avalista deu o aval para o sacador (A) ou a um endossante (C), garantirá,


entretanto, o pagamento como obrigado de regresso. Assim sendo, a ação contra o
avalista do aceitante é ação cambiária direta; a ação contra o avalista do sacador (a e a’)
e do endossante (c) é a ação cambiária de regresso.

O avalista, ao pagar a letra, torna-se titular dela e pode, portanto, agir contra o avalizado
e contra os obrigados para com o avalizado, isto é, aqueles contra os quais o avalizado
poderia agir. Esses coobrigados, devedores cambiários, não poderão opor ao avalista
que pagou a letra as exceções baseadas nas relações pessoais que tenham com o
avalizado. Se o aval foi dado para o obrigado principal (B), isto é, para o aceitante, o
avalista que pagar a letra adquire direito apenas contra o aceitante avalizado. Se, porém,
for dado a um obrigado de regresso, o avalista que pagar a letra adquire direitos contra o
avalizado e contra todos os endossantes anteriores, além do aceitante, que é o obrigado
principal. Vê- se, assim, o avalista ou todo aquele que não seja o obrigado principal, ao
pagar a letra, torna-se proprietário dela até que seja pago pelo devedor direto principal:
o aceitante (B). Quando o aceitante pagar a letra, extingue-se o crédito cambiário: É a
aplicação do direito de regresso.
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AVAL
Autor: Dr. Antonio Carlos Zarif
Advogado, pós-graduado "lato-sensu" em direito processual civil e organizador do
presente site.

Fonte: www.advocaciaconsultoria.com.br

Aval é a obrigação que uma pessoa assume por outra, a fim de garantir o pagamento de
um título de crédito, aquele que concede o aval se denomina avalista, e a pessoa em
favor de quem é concedido se chama avalizado.
A simples assinatura na parte da frente do título é considerado aval, desde que não se
trate das assinaturas do sacado e sacador.
O aval também pode ser escrito no verso do título, ou em folha anexa, devendo se
exprimir pelos termos "bom para aval" ou qualquer outra equivalente e assinado pelo
avalista.
Na concessão do aval deve ser indicado quem é o avalizado, se houver omissão
considerar-se-á que o aval foi dado em favor do sacador.
O avalista é responsável pelo pagamento do título da mesma forma que o avalizado, isto
posto, o credor, na época do vencimento, poderá optar por cobrar diretamente do
avalista o seu crédito.
Mesmo sendo nula a obrigação do avalizado, continua valendo a do avalista, a exceção
dessa regra ocorre apenas se houver vício na formação do título.
O novo Código Civil entre seus artigos 897 e 900 tratam do aval, o artigo 898, "caput"
do Diploma Civil preceitua que: "O aval deve ser dado no verso ou anverso do próprio
título", ou seja, na frente ou nas costas, quando o aval for dado no anverso (parte da
frente) é suficiente a simples assinatura do avalista.
Exceto no regime de separação absoluta, nenhum dos cônjuges poderá sem autorização
do outro, prestar aval, essa regra é estabelecida no Código Civil no artigo 1647, inciso
III.
Na hipótese do avalista quitar o débito, poderá cobrar o que pagou do avalizado, ou
daqueles que anteriormente ao aval haviam se obrigado pelo pagamento do título.

DIFERENÇAS ENTRE O AVAL E A FIANÇA

O aval e a fiança apesar de terem pontos em comum são distintos, a seguir citamos as
diferenças entre ambos:
1. A fiança é um contrato previsto no Código Civil nos artigos 818 e seguintes. O aval é
uma forma de garantia própria dos títulos de crédito, a qual ocorre por meio de uma
simples declaração de vontade do avalista.
2. O aval, como regra geral, deve ser lançado diretamente no título e continua valendo
mesmo sendo nula a obrigação do avalizado, exceto se houver vício de forma, já a
fiança é um contrato acessório que depende para sua existência do contrato principal,
desse modo, sendo nula a obrigação do afiançado, se extingue também a obrigação do
fiador.
3. O avalista se equipara ao avalizado, assim sendo o credor tem a opção de cobrar a
dívida diretamente do avalista, enquanto que na fiança há o benefício de ordem, ou seja,
o fiador pode exigir no caso de não cumprimento da obrigação, que o credor cobre
primeiro o afiançado.
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Endosso

Ato unilateral e abstrato, formal; deve ser puro e simples. Quando há condição que
fique subordinado, considera-se como não escrita.

Quem pode endossar é o beneficiário do titulo. Só o proprietário do título pode


transferi-lo a terceiros. Aquele se encontra em todos os títulos que nascem com o seu
nome, pois o título de crédito ao portador só existe, atualmente, nos cheques até R$
100,00.

Letra de Câmbio: o beneficiário é o tomador (credor), a favor de quem a ordem é


dada.
Nota Promissória e Cheque: beneficiário endossa a terceiros.
Duplicata: sacador quem pode endossar o título a terceiros.

O endosso deu vida ao título de crédito. É forma de transferência do título pela


assinatura do credor no verso do titulo (beneficiário-endossante). O endosso obriga o
endossante: responde solidariamente com outros endossantes (pode escolher qualquer
um para executar): garante o aceite quanto o pagamento do título (art. 15º da LUG).

É autônomo (independe entre si): principio da autonomia das obrigações cambiais (art
7º LUG). As assinaturas continuam válidas, a despeito da possível invalidade de alguma
outra obrigação contida no mesmo título.

Endosso Pleno (endosso completo): é aquele em que a transferência do título e do


direito dele decorrente se dá por completo. O endossante torna-se obrigado indireto por
força do endosso, mas ele deve ser capaz de se obrigar, se for incapaz, não se obrigará.

Endosso Nominativo ou Endosso em Preto: especifica o nome de quem se deve pagar.


Ex: Paga-se a Alexandre Rodrigues, Fulano

Endosso em Branco: é a simples assinatura do endossante. Ex: Giovanni


Endosso ao portador: discrimina, pague-se ao portador. Ex: Pague-se ao portador,
Alexandre Silva.

Obs: o endosso em branco é diferente ao portador. Se o deixei em branco como fazer


para que ele circule ao portador ou nominativo? Para ser sempre ao portador, deve
estar escrito “ao portador”.

Endosso mandato: ocorre quando o credor do título o transfere não para que o
endossatário torna-se proprietário do título, mas para que ele receba seu crédito pelo
endossante. É tipo uma procuração. O instrumento é o próprio título. A forma é a
cobrança: entrega o título para que a pessoa receba por si. Deve usar as expressões
“valor a cobrar”, “para cobrança”, por “procuração”; Se não usar a Expressão, presume-
se que é translativo (comum, pleno, pois transfere o título). O endossante indica o
endossatário como seu procurador, subentendendo-se a outorga ao mandatário de todos
os poderes para cobrança e recebimento do título.
Endossante(mandante) / endossatário(mandatário)
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Qualquer endosso posterior ao endosso-mandato, ainda que sem as expressões antes


mencionadas, será considerado endosso-mandato. Portanto, não transmite a propriedade
do título e nem direito dele emergente a terceiro. A 3ª alínea do art. 18 LUG deve ser
lida: o mandato que resulta de um endosso-mandato não se extingue por morte ou
sobrevinda incapacidade legal do mandante (e não do mandatário).
Ex: Pague-se a Fulano de Tal, valor a “cobrar”
Assinatura da pessoa.
Pague-se Fulano de Tal, por procuração
Assinatura da pessoa

Endosso caução (endosso pignoratício ou endosso garantia): o título é transferido ao


endossatário apenas como garantia de alguma obrigação. O endossatário recebe, além
da posse do título, todos os poderes para cobrança e recebimento do valor do título. Não
se transmite a propriedade do título e nem os direitos dele emergentes, mas apenas a
posse do título, para garantia do crédito do endossatário e para cobrança ou recebimento
do valor (art 19º LUG): “valor em caução”, “valor em penhor”, “valor garantia”.
Ex: Pague-se a Carlos da Silva Custos, valor garantia.
Assinatura da pessoa

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