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PEDAGÓGICA DA SEE
A Secretaria da Educação descreve a atual proposta curricular implantada na rede
desde 2008 como um projeto para os níveis de ensino fundamental e médio, sob
coordenação da professora Maria Inês Fini, da assessoria da pasta de educação.
A professora Maria Inês Fini é aposentada do departamento de educação da Unicamp,
já ocupou cargos no MEC e foi uma das responsáveis pela implantação do ENEM,
sendo muito próxima de Maria Helena Guimarães de Castro, atual secretaria de
educação, e de Guiomar Namo de Mello, comungando das idéias centrais defendidas
por ambas, ancoradas em uma conceituação inovadora de currículo e avaliação, de
construção coletiva e autônoma da proposta pedagógica, de respeito às diferenças etc,
mas com tratamento de mão de ferro aos professores, que buscam responsabilizar
pelas mazelas da educação.
1. APRESENTAÇÃO
Brasil – Educação
Democratização do acesso, mas é indispensável à universalização da relevância da
aprendizagem.
Valorização das características cognitivas e afetivas
Capacidades de resolver problemas, trabalhar em grupo, resolver problemas, ser cooperativo
e continuar aprendendo.
O diferencial na competitividade será dado pela qualidade da educação recebida
(competências constituídas na vida escolar)
A população mais pobre acorre à qualidade para inserção no mundo do trabalho produtivo e
solidário
Atender a adolescência precoce com ingresso tardio no trabalho
Ampliar a importância da escola como espaço privilegiado para o desenvolvimento do
pensamento autônomo - para formar autonomia responsável
Ser estudante significa aprender a ser livre e ao mesmo tempo respeitar as diferenças e as
regras de convivência
Acentuar diferenças culturais, sociais e econômicas. Só uma educação de qualidade para
todos pode evitar que essas diferenças constituam mais um fator de exclusão.
Desenvolvimento pessoal – aprimorar capacidades de agir, pensar, atuar, atribuir
significados e ser percebido e significado pelos outros.
Educação a serviço do desenvolvimento, da construção da identidade da autonomia e da
liberdade.
Educação articuladora que transite entre o local e o mundial de forma cooperativa e
solidária, uma síntese dos saberes produzidos pela humanidade.
Tal síntese é uma das condições para acessar o conhecimento necessário ao exercício da
cidadania em dimensão mundial
Aprender a aprender – autonomia para gerenciar a própria aprendizagem – aprender a fazer
e a conviver – resultado da autonomia em intervenções solidárias é a base para a
continuidade da produção cultural e das práticas sociais.
Preparar indivíduos para manter o equilíbrio da produção cultural num tempo em que a
duração se caracteriza não pela permanência, mas pela mudança constante (o inusitado,
incerto, e o urgente constituem a regra e não a exceção).
Apropriar-se ou não desses conhecimentos, pode ser um instrumento da ampliação das
liberdades ou mais um fator de exclusão.
Princípios centrais:
A escola que aprende
O currículo como espaço de cultura
As competências como eixo da aprendizagem
Prioridade da competência da leitura e da escrita
A articulação das competências para aprender
Contextualização no mundo do trabalho
3 - Princípios - Currículo
O ser humano constitui-se num ser de linguagem e disso decorre todo o restante
É na adolescência que a linguagem torna-se instrumento para compreender e agir sobre o
mundo real.
Importante não apenas o domínio da língua mais de todas as outras linguagens. As
linguagens são sistemas simbólicos
Na sociedade atual as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação
estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, fotografias e desenhos.
Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e escrita vai além da linguagem
verbal vernácula, refere-se a sistemas simbólicos, tendo como base o pensamento
antecipatório, combinatório e probabilístico.
Criança – Realiza e compreende o falar, pensar ou sentir, mas não o sabem como forma de
linguagem.
Adolescente – É possível transformar o ser humano em um ser de linguagem, em sua expressão
mais radical – uma forma de compreensão e ação sobre o mundo.
I – Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,
artística e científica:
LER: é interpretar (atribuir sentido ou significado)
ESCREVER: é assumir uma autoria individual ou coletiva (tornar-se responsável por uma ação e
suas conseqüências)
A legislação estabelece que no ensino básico não se trata de formar especialistas nem
profissionais, mas preparar para assumir plenamente a cidadania o que passa pela
alfabetização científica, humanista, lingüística, artística e técnica, para que sua cidadania
tenha qualidade. O prazo para isso é todo o Ensino Básico.
- Que limitações e potenciais têm os enfoques próprios das áreas
- Que práticas humanas, das mais simples às mais complexas, têm fundamento ou inspiração
nessa ciência, arte ou área de conhecimento?
- Quais as grandes polêmicas nas várias disciplinas ou áreas de conhecimento?
Compreender como a teoria se aplica em contextos reais ou simulados, pois parte dos
problemas de qualidade do ensino decorre da dificuldade em destacar a dimensão prática do
conhecimento, tornando-o verbalista e abstrato.
Exemplos:
1. Reproduzir a indagação de origem – a necessidade que levou a construção do conhecimento.
2. História é considerada teórica, mas nada é tão prático quanto entender a origem de uma
cidade e as razões da configuração urbana
3. Química é considerada mais prática por envolver atividades em laboratório, mas nada é mais
teórico do que o estudo da tabela de elementos químicos.
Não é preciso ser químico para escolher o que se vai comer.