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TEMA:
ALIMENTAÇÃO EM ANGOLA
DOCENTE
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KAPENDA DE KANHAMA
BENGUELA, 2020
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CURSO DE ANÁLISES CLÍNICAS
TEMA:
ALIMENTAÇÃO EM ANGOLA
TURMA: A
CLASSE: 11ª
PERIODO: TARDE
ELEMENTOS DO GRUPO:
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BENGUELA, 2020
PENSAMENTO
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até
a morte o direito de você dizê-las.”
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus Todo-Poderoso, aos meus pais que tanto têm
se empenhado para que eu trilhe na vida académica, os meus colegas e todos aqueles
que directa ou indirectamente ajudaram na realização deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO...................................................................................................................7
FOME EM ANGOLA........................................................................................................14
CONCLUSÃO..................................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................18
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INTRODUÇÃO
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O conflito armado em Angola, durante quase três décadas, teve um impacto profundo
em todos os aspectos da vida social e económica do país. Como consequências da
guerra, houve um deslocamento de milhões de pessoas, a destruição dos sistemas
tradicionais de actividade económica, de produção de alimentos, de infra-estruturas
básicas como o fornecimento de água, saneamento e energia, dos sistemas de
distribuição dos produtos alimentares e de outros bens essenciais, das vias de
comunicação, dos sistemas de saúde e dos sistemas de educação. O país deixou de
ser um exportador de produtos agrícolas e de ter auto-suficiência alimentar, passando
a importar os produtos alimentares básicos. Grande parte da sua população ficou
dependente da ajuda alimentar internacional; o número de pessoas que receberam
ajuda alimentar foi superior a três milhões em 2002, tendo tido um decréscimo
significativo, para 1,4 milhões em 2003.
De acordo com os dados da UNICEF (2004), a desnutrição crónica afectava 45% dos
menores de cinco anos, e era considerada causa associada de morte em dois de cada
três óbitos neste grupo etário (0-5 anos). A taxa de mortalidade materna apresentava
também um dos níveis mais elevados do mundo (1280 óbitos por 100 000 nascimentos
vivos, correspondendo a 11 000 óbitos maternos e 36 000/ano). A taxa de fertilidade
era das mais elevadas do mundo, tendo atingido os 7,2% por mulher. A esperança de
vida era apenas de 46 anos. A taxa de mortalidade das crianças com menos de cinco
anos de idade foi estimada em 250 óbitos por cada mil crianças nascidas vivas; estes
valores correspondem à terceira taxa mais elevada do mundo, traduzindo-se na morte
de cerca de 181 000 crianças por ano.
A comida parece continuar a não chegar onde ela é mais necessária e Marita Hutjes,
assessora política da Oxfam, pensa que isso acontece porque "a maneira como o
sistema está estruturado não permite uma distribuição justa da comida". Contudo, a
assessora sublinha que os problemas não ficam por aqui. "Por exemplo, é preciso
tomar uma atitude perante as mudanças climáticas. Por agora há comida suficiente
mas as mudanças de temperatura vão afetar a quantidade de produção alimentar.
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Outro problema é a especulação do preço da comida que pode ter um impacto enorme
na capacidade de compra das pessoas ".
Angola está entre os três países com pior alimentação, em particular devido ao custo
dos alimentos e à volatilidade dos preços, revela um índice divulgado esta quarta-feira
e que coloca Holanda, França e Suíça como os três melhores.
Houve diversas iniciativas do Governo a nível nacional e provincial para fazer face aos
maiores constrangimentos que afectaram as populações mais frágeis. Estas iniciativas
incluíram fornecimento de sementes (de vegetais, batata doce, batata comum) para a
plantação dos campos das populações e ainda, financiamento para a reabilitação dos
canais de rega. As autoridades provinciais da Huíla referiram ter fornecido material
para as plantações (p.e. batata) aos agricultores. As autoridades do Namibe
forneceram sementes e material para a plantação dos campos. Não foram encontrados
dados sobre fornecimento de alimentos, contudo na Província do Cunene foi dada
assistência alimentar a cerca de 78 447 pessoas vulneráveis durante um período de
três meses; foi indicado que alguma da assistência só teve início depois da colheita de
2006 que na maioria dos lugares começa em Junho (VAM, 2005; CFSVA, 2006).
A Oxfam alerta que os preços elevados dos alimentos impõem um enorme custo,
equivalendo até 75% do rendimento individual em comida. A organização acrescenta
que a classificação de Angola reflete a inflação elevada e instável que tem afetado toda
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a economia do país na última década, tornando difícil aos angolanos a tarefa de poupar
e pagar as suas necessidades básicas. Hoje encontra-se no país 16% das crianças
abaixo do peso ideal e 24% da população subnutrida. Para Deborah, o combate à fome
tem que ser encarado como uma prioridade real dos executivos dos países,
particularmente africanos, onde os índices de fome atingem maiores proporções.
"Eu penso que quando as crianças estão abaixo do peso e subnutridas, que o combate
à fome se deve tornar uma total prioridade para os Governos. Não só para o combate
do dia-a-dia, onde as pessoas são incapazes de se alimentar, mas por um futuro a
longo termo do país, pela produtividade das pessoas e pela prosperidade das
crianças". Para Deborah, é urgente que esta luta se torne "uma prioridade absoluta".
ÁGUA POTÁVEL
No que diz respeito à qualidade dos alimentos, a Oxfam explica que 60% da dieta dos
angolanos se baseiam em simples hidratos de carbono e quase metade da população
não tem acesso a água potável para preparar os seus alimentos em segurança e com
condições mínimas de higiene. Moçambique e a Guiné-Bissau também se encontram
entre os últimos colocados da tabela (em 118.º e 88.º posição respetivamente)
sobretudo devido à falta de diversidade nutricional e ao reduzido acesso a água
potável.
A ONG Oxfam avaliou a situação alimentar de 125 países e colocou Angola entre os
três países com maior índice de subnutrição do mundo. Moçambique e a Guiné-Bissau
também se encontram entre os 30 piores colocados.
Um em cada oito cidadãos do mundo "vai para a cama com fome todas as noites,
apesar de existir comida suficiente para toda a gente". Esta é a ideia que o relatório da
organização não-governamental Oxfam quer sublinhar, garantindo que é o consumo
excessivo, a má utilização dos recursos e o desperdício que contribuem para que
centenas de milhões de pessoas fiquem sem alimento. O índice "Good Enough to Eat"
("Suficientemente bom para comer") coloca os europeus Holanda, França e Suíça
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como os três países com melhor nutrição no mundo, enquanto paralelamente, entre os
30 piores países cotados, há 26 africanos, neles incluídos Angola, Guiné-Bissau e
Moçambique.
índice "Good Enough to Eat" ("Suficientemente bom para comer"), elaborado pela
organização não-governamental Oxfam, avalia a situação alimentar de 125 países do
mundo tendo em conta quatro questões: se as pessoas comem o suficiente, se as
pessoas conseguem pagar os alimentos, se os alimentos são de qualidade e quais os
malefícios na saúde provocados pela alimentação (obesidade, diabetes).
No topo da lista dos que melhor comem estão os holandeses, os franceses e os suíços,
enquanto no último lugar está o Chade, antecedido da Etiópia e de Angola, ambos na
penúltima posição.
Portugal ocupa a 8.ª posição, ex-aequo com a Irlanda, Itália, Luxemburgo e Austrália.
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Entre os 30 últimos, há 26 países africanos (incluindo Angola e Moçambique) e quatro
asiáticos, Laos, Bangladesh, Paquistão e Índia.
No caso de Angola, os factores que mais pesam na classificação são o custo dos
alimentos e a volatilidade dos preços da comida, a que se soma a má diversidade
nutricional e o reduzido acesso a água potável.
"Angola sofre o nível mais alto de volatilidade dos preços de todos os países no índice,
excepto o Zimbabué", alerta a Oxfam, explicando que os preços elevados dos
alimentos impõem um enorme custo humano aos pobres do mundo, que gastam até
75% dos seus rendimentos em comida.
No que diz respeito à qualidade dos alimentos, a Oxfam explica que 60% das dietas
dos angolanos se baseiam em simples hidratos de carbono e quase metade da
população não tem acesso a água potável para preparar os seus alimentos em
segurança e com condições de higiene.
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INSEGURANÇA ALIMENTAR EM ANGOLA
De acordo com dados mais recentes da FAO, Angola tem 40% da população vivendo
em insegurança alimentar, o que significa que quase 7 milhões de angolanos não
conseguem ter acesso ao mínimo de três refeições diárias.O governante lamenta o
baixo peso da agricultura no Orçamento angolano.
FOME EM ANGOLA
Mais de quatro crianças com menos de cinco anos de idade morrem em Angola todos
os dias de fome, revelam estatísticas do Programa Nacional de Nutrição do Ministério
da Saúde.
Nos primeiros seis meses do ano morreram em Angola mais de 800 crianças nessa
faixa etária devido à fome, revelam as estatísticas oficiais.
A falta de uma estratégia de combate a fome em Angola está agora preocupar vários
sectores da sociedade civil e em alguns círculos, é consensual a proposta que sugere
ao Presidente da República decretar o estado de emergência, para travar a onda de
relatos de vítimas mortais.
A seca que assola sobretudo o sul do país tem contribuído grandemente para a
subnutrição e fome em algumas províncias e o Ministério da Saúde avisa que sem
medidas adicionais o número de vítimas vai aumentar
Informações que a Voz da América teve acesso, revelam que muitos angolanos que
residem nas províncias que fazem fronteira com outros países, estão a optar por
emigrar, em busca de melhores condições de sobrevivência, e sobretudo pelo facto de
não sentirem qualquer
sensibilidade das autoridades locais em minimizar as causas e os efeitos da fome.
O padre Celestino Epalanga da igreja Católica em Luanda, afirma que a fome não pode
esperar por discursos políticos e declarações de intenções.
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O sacerdote defende acções urgentes, para tirar do sofrimento várias famílias
angolanas.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o economista Jaime Faustino, Rafael Neto,
secretário geral da Rede Ambiental Maiombe e o padre Celestino Epalanga.
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A subalimentação traduz a situação em que a alimentação não inclui um número
suficiente de calorias capaz de atingir o padrão mínimo que é fisiologicamente
necessário para o bom funcionamento do organismo.26. A desnutrição é definida como
o estado em que as funções fisiológicas de um indivíduo estão a tal ponto debilitadas
que não é possível manter as capacidades normais do organismo, como o crescimento,
a gravidez, a lactação, a aprendizagem, o trabalho físico, a resistência e a recuperação
de problemas de saúde (WHO, 2002; WHO, 2003; FAO, 2005b; LERMAN, 2009).
A obesidade é um problema de má nutrição, que pode resultar também (para além das
deficiências metabólicas/hormonais), de utilização de alimentos desadequados em
calorias, em nutrientes, ou seja, em quantidade e em qualidade. Este é um problema
que tem vindo a crescer de forma alarmante nos países em desenvolvimento, e para o
qual é preciso estar atento para não estabelecer anomalias que conduzem a patologias
como a diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, a doença cardiovascular, patologias
incapacitantes e de grandes custos humanos, sociais e económicos (WHO, 2002;
WHO, 2003; FAO, 2005b; OMS, 2005; LERMAN, 2009).
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
https://onuangola.org/no-dia-mundial-da-alimentacao-destaca-se-importancia-de-dietas-
saudaveis/
https://www.unicef.org/esa/media/2416/file/UNICEF-Angola-2018-Nutrition-Budget-
Brief.pdf
https://www.voaportugues.com/a/fome-mata-em-angola/5044875.html
https://www.voaportugues.com/a/fome-mata-em-angola/5044875.html\
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