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“Scooby-Doo”. “A Dama e o Vagabundo”. “O Rei Leão”. “Looney Tunes”.

“Patrulha
Canina”. Dentre as inúmeras animações infantis que ganharam destaque no mundo do
entretenimento ao longo da história do cinema, muitas colocam em pauta a vida dos animais e
as relações que os envolvem, sejam nos seus habitats e entre si, ou com os seres humanos.
Assim, cria-se no imaginário dos indivíduos um cenário de convivência pacifica e harmônica no
que concerne à relação entre homem e bichos, embora, no contexto brasileiro atual, a
conjuntura vivenciada seja divergente do exposto nos desenhos animados. Nesse ínterim, a
fim de propor medidas para garantir os direitos dos animais, é válido analisar as motivações
para os atos que os violentam e como a omissão estatal agrava tal problemática.

É preciso, de início, ressaltar que a forma violenta sob a qual se deu a estruturação da
nação reflete no modo com o qual os animais são tratados. Sob esse viés, ao tomar como base
o pensamento da historiadora Lilian Shwarcz, na obra “Brasil: Uma Biografia”, a partir do qual
defende que a violência está encravada na mais remota história brasileira, nota-se que atos de
hostilidade foram naturalizados com o passar dos anos, tornando-se comuns em meio ao
corpo social. Dessarte, torna-se evidente que a falta de respeito se estende à maneira com que
os indivíduos tratam com os bichos, de certo que suas vidas são, muitas vezes, consideradas
inferiores na escala do ser. Nesse contexto, a música infantil “Atirei o Pau no Gato” exemplifica
a naturalização das condutas exasperadas, assim como o hábito de traficar pássaros silvestres
para criação em gaiolas, privando-os de liberdade.

Concomitantemente, a falta de políticas públicas nacionais que concedam garantias às


espécies não humanas agrava a questão. Todo o cenário se delineia desse modo ao passo que
não há interesse em investir nos setores que cuidam dos animais brasileiros, o que constitui
um cenário no qual Cláusulas Pétreas Constitucionais são descumpridas, de certo que a vida da
fauna e da flora é protegida nos versos que fundamentam da Carta Magna. Prova disso, a falta
de agilidade do Governo Federal frente às queimadas que atingiram o Pantanal levaram à
morte de cerca de 20% dos mamíferos que habitavam o bioma, segundo dados do
GreenPeace. Outrossim, a falta de centros públicos para a reabilitação dos bichos prejudicados
e de reservas para uma transição suave de volta ao seu nicho ecológico reafirmam o
desinteresse a respeito de garantir uma vida digna às espécies.

Admite-se, logo, que a conjuntura atual tende a ser mantida se medidas não forem
tomadas. Urge, pois, a ação do Poder Legislativo na promoção de uma Política Nacional de
Proteção Animal. Essa iniciativa pode ser efetivada por meio de um maior aumento de penas e
multas para crimes de maus tratos de animais, intensificando-os em casos de tráfico e
incentivo a atitudes violentas, destinando os valores arrecadados para a construção de centros
de reabilitação e proteção, além de criar um fundo, a ser ministrado pelo Ministério do Meio
Ambiente, para custos de demandas provenientes de urgências, como desastres ambientais.
Ademais, é pertinente que, em consonância com o Ministério da Educação, haja a produção de
cartilhas, a serem distribuídas nas escolas e que divulguem as medidas a serem adotadas pela
sociedade para a garantia dos direitos animais. Tais propostas têm como fito desnaturalizar a
violência e cumprir as Clausulas Petreas, afinal, é chegada a hora da harmonia propagada pelas
animações tornar-se real no contexto brasileiro.

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