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Momentum

Novos formatos para novas realidades

Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza

Na semana passada a Renner anunciou a abertura, em março, de um novo formato de


loja para sua marca própria Blue Steel, no Shopping Boulevard Tatuapé, em São
Paulo. No ano passado, havia anunciado sua intenção de criar outro formato de lojas
mais compactas. Acompanha o que a Telhanorte também anunciou como um novo
formato de loja e o que a Marisa iniciou no ano passado com a abertura de lojas
exclusivas para lingeries. Ou o que anteriormente fez a Tok&Stok com suas lojas
compactas para shoppings centers.

Na mesma semana o Grupo Boticário anunciou seu novo negócio Eudora, focado num
perfil de consumidor diferente de seu conceito original e que irá operar em plataforma
multicanal, com vendas diretas, lojas e comércio eletrônico.

A forte expansão do consumo interno nos últimos anos, com a aceleração do


crescimento do varejo e a incorporação de consumidores de segmentos, regiões e
mercados emergentes, em especial nas classes B2C, tem acelerado a necessidade de
desenvolvimento de novos negócios, canais, marcas e formatos de lojas que possam
atender esse enorme potencial de mercado que foi adicionado, de forma consistente,
rápida e com condição de serem operados dentro dos padrões existentes.

São gerados novos modelos de negócios completos, como o Eudora do Boticário, ou


parciais, como as redes de franquias da Arezzo e Via Uno. Ou a operação de vendas
de viagens pela internet, também anunciada pela Livrarias Saraiva, igualmente na
semana passada. Tudo se precipitando numa velocidade surpreendente.
São incorporados novos canais, como fizeram Casas Bahia, Walmart e Carrefour em
2010. São desenvolvidos novos formatos de lojas para entrar em regiões e mercados
em desenvolvimento ou para aproveitar mercados consolidados com uma nova
proposta de valor.

E também são lançados mais produtos e marcas, segmentados, para atender esse
crescimento de potencial e de demanda, com têm feito, com velocidade crescente,
Procter & Gamble e Unilever.

O que se percebe é que, parafraseando o ex-presidente, nunca antes neste país a


velocidade para ocupação de mercados foi tão intensa quanto tem sido nos últimos
anos e, ao que tudo indica, assim continuará a ser.

Negócios, canais, formatos, produtos e marcas têm sido repensados como estratégia
de crescimento e ocupação de espaços novos, que têm sido criados em todo o país.
Não se pode imaginar olhar o país a partir de uma visão média e generalista, pois se
pode incorrer em erros dramáticos. O crescimento médio é muito alto, mas
determinadas classes sociais, regiões ou segmentos têm apresentado expansão muito
maior e demandam soluções rápidas e inovadoras para serem atendidas, antes que a
concorrência o faça.

Como ignorar que o crescimento médio do varejo em 2010 foi de perto de 11%, dos
mais altos no mundo, porém a região Norte cresceu quase o dobro e o Nordeste e o
Centro Oeste cresceram mais de 13%? Como atender as novas demandas desses
mercados de forma rápida e consistente? Como aproveitar a tendência de continuidade
do crescimento do setor de Informação e Comunicações, que expandiu mais de 25%
em 2010? Ou o de Móveis e Eletrodomésticos, que cresceu mais de 18% no mesmo
ano, como setores dos mais beneficiados pela expansão do crédito às famílias, que
cresceu de R$ 191 bilhões em 2005 para R$ 549 bilhões em 2010?

Para os varejistas, a continuidade da expansão em novas lojas em bases orgânicas, a


mais segura e consistente alternativa, neste momento, se torna um desafio, pois a
velocidade de identificação de pontos adequados, desenvolvimento de projetos,
recrutamento, seleção e treinamento de equipes e multiplicação de gerências não
consegue acompanhar a velocidade de crescimento e organização da demanda,
requerendo um raciocínio mais inovador.

No mercado internacional, em momentos como este, ou por outras motivações,


algumas corporações de varejo optaram por estratégias alternativas ou
complementares de expansão através de redes de negócios, sejam franquias, licenças
ou modelos híbridos; com criação também de novos negócios, formatos e canais que
possam acelerar o aproveitamento desses mercados recém criados ou para aumentar
sua participação em mercados já existentes.

Em qualquer circunstância, mais do que nunca, é preciso sair da caixa. E rápido.

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