0 Bewertungen0% fanden dieses Dokument nützlich (0 Abstimmungen)
131 Ansichten2 Seiten
1) O documento discute o conceito cristão de amor, chamado de ágape, que é um amor desinteressado, gratuito e universal.
2) O ágape é o amor que Deus tem por nós, que é perfeitamente desinteressado e gratuito, sem motivo além de ser a própria natureza de Deus.
3) O ágape cria valor naquilo que ama, ao contrário de constar valores pré-existentes. O amor de Deus é o que torna o ser humano amável.
1) O documento discute o conceito cristão de amor, chamado de ágape, que é um amor desinteressado, gratuito e universal.
2) O ágape é o amor que Deus tem por nós, que é perfeitamente desinteressado e gratuito, sem motivo além de ser a própria natureza de Deus.
3) O ágape cria valor naquilo que ama, ao contrário de constar valores pré-existentes. O amor de Deus é o que torna o ser humano amável.
Copyright:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Verfügbare Formate
Als DOC, PDF, TXT herunterladen oder online auf Scribd lesen
1) O documento discute o conceito cristão de amor, chamado de ágape, que é um amor desinteressado, gratuito e universal.
2) O ágape é o amor que Deus tem por nós, que é perfeitamente desinteressado e gratuito, sem motivo além de ser a própria natureza de Deus.
3) O ágape cria valor naquilo que ama, ao contrário de constar valores pré-existentes. O amor de Deus é o que torna o ser humano amável.
Copyright:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Verfügbare Formate
Als DOC, PDF, TXT herunterladen oder online auf Scribd lesen
“A melhor e mais curta definição da virtude é esta: a ordem do amor” (S. Agostinho)
O amor é o alfa e o ômega das virtudes. Virtude? Claro, pois é uma
disposição, uma potência, uma ex- celência. “Potência de humanidade” e nenhuma virtude é mais decisiva do que essa disposi- ção para amar, do que essa potência de amar, do que essa excelência de amar. “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt. 5,43-44). Este amor universal e desinteressado é o que o grego das Escrituras chama de ágape (diferente de eros e phylia) e que a Vulgata traduziu por cáritas (o amor, o afeto, o que torna caro...). Ágape é o amor divino. Esse amor é o mais raro, o mais precioso, o mais milagroso. Seria como que uma renúncia à plenitude do ego, ao poder, à força... Assim como Deus, que se “esvaziou de sua divindade”, o ágape se esvazia de si mesmo para dar mais lugar, para não invadir, para deixar ao outro um pouco mais de espaço, de liberdade... É a doçura, a delicadeza de se afirmar menos, a autolimitação de seu poder, o esquecimento de si, o sacrifício de seu prazer, de seu bem-estar ou de seus interesses...
Estas são algumas características do ágape cristão: é um amor espontâneo e
gratuito, sem motivo, sem interesse, até mesmo sem justificação... o puro amor. O amor que Deus tem por nós é perfeitamente desinteressado, gratuito e livre. Deus nada tem a ganhar com ele, já que nada lhe falta, nem existe mais por causa dele, já que é infinito e perfeito, mas ao contrário, se sacrifica por nós, se limita por nós, sofre por nós... e sem outra razão a não ser um “amor sem razão”. De fato, Deus não nos ama em função do que somos, que justificaria esse amor, porque seríamos amáveis, bons e justos (Deus também ama os pecadores), mas porque Ele é amor e o amor não necessita de justificação. “O amor de Deus é absolutamente espontâneo” (Nygren). Não é o ser humano que é amável; é Deus que é amor. Esse amor é absolutamente primeiro, ativo e criativo, absolutamente livre: não é determinado pelo valor de quem Ele ama. “O ágape é um amor criador. O amor divino não se dirige ao que já é em si digno de amor; ao contrário, ele toma como objeto o que não tem nenhum valor em si e lhe dá um valor. O ágape não constata valores, cria-os. Ele ama e, com isso, confere valor. O homem amado por Deus não tem nenhum valor em si; o que lhe dá valor é o fato de Deus amá-lo. O ágape é um princípio criador de valor” (Nygren). Não é porque as pessoas são amáveis que devemos amá-las; é na medida em que as amamos que são (para nós) amáveis. A caridade é esse amor que não espera ser merecido, esse amor primeiro, gratuito, espontâneo, de fato, que é a verdade do amor e seu horizonte. “Amar é encontrar sua riqueza fora de si” (Alain). Na “Contemplação para alcançar Amor” ou “Contemplação para apren- der a amar como Deus” (EE. 230-237), S. Inácio des-vela outra linguagem, através da qual Deus se entrega a si mesmo no amor, no dom do ser e da vida; linguagem que ilumina o espírito do exercitante para contemplar Deus no coração do mundo e da história e através da qual o mesmo exercitante é convidado à comunhão com o Deus Trino em todas as coisas. Tal consideração revela a plenitude da manifestação de Deus, ou seja, Deus invade a vida do ser humano penetrando-a toda de seu amor. Através dos quatro pontos, revela-se a “descida” de Deus para manifestar e igualar ao homem no amor. Aqui o exercitante se encontra como que no centro do mistério único, do Deus que “dá a Vida” e que conserva o uni- verso, do Deus de quem tudo procede e para quem tudo retorna; em síntese, trata-se do mistério do amor de Deus. O exercitante encontra-se, assim, envolvido pelo amor de Deus. Esse amor, ativo e primeiro, suscita nele a gratidão que o leva a corresponder com um amor-serviço. Característica desse amor: voltado para o serviço. Em S. Inácio, o amor sempre se faz serviço, assim como todo serviço é inspirado e sustentado pelo amor. Trata-se da mística do “serviço por puro amor”. A “Contemplação para alcançar amor” é uma leitura do Amor de Deus na realidade de cada dia. Textos bíblicos: Lc. 1,46-56 Rom. 8,28-39 1Cor. 13,1-13
Na oração: Faça uma leitura das “marcas” do Amor de Deus em sua vida; crie um clima de ação de graças.