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J. J. Gremmelmaier

Quando a
Verdade não
nos Serve...

Edição do Autor
Primeira Edição
Curitiba
2020

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Autor; J. J. Gremmelmaier xam, formando o universo de personagens de
Edição do Autor J.J.Gremmelmaier.
Primeira Edição Normal encontrar um personagem de
2020 Guerra e Paz em Crônicas de Gerson Travesso, ou
um Personagem de Fanes em Mundo de Peter.-
Quando a Verdade não nos Este escritor está somado a milhares
que surgiram com a possibilidade de produção
Serve... pessoal e vendas por demanda, surge criando
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte suas capas, seus universos, seus conteúdos sem
Gremmelmaier, João Jose se prender a regras editoriais, então verá histori-
Quando a Verdade não nos Serve... / as as vezes calmas, diria infantis, como Wave, e
Romance de Ficção /300 pg./ João Jose Grem- verá histórias violentas como Ódio, temos histori-
melmaier / Curitiba, PR. / Edição do Autor / 2020 as que ele reuniu em Contos Reunidos, de apenas
1 - Literatura Brasileira – Romance – I – 20 paginas, como Amaná, ou historias de 5800
Titulo paginas como Crônicas de Gerson Travesso.
85 – 62418 CDD – 978.426 Indagado em 2018 sobre suas obras ele afirmava
As opiniões contidas neste livro são dos que ainda tinha pelo menos 13 projetos ainda em
personagens e não obrigatoriamente asseme- andamento para termina.-
lham-se as opiniões do autor, esta é uma obra de Alguns autores se prendem a uma his-
ficção, sendo quase todos ou todos os nomes e toria, este parece viajar em uma gama imensa de
fatos fictícios (ou não). assuntos, mas tendo em sua estrutura, uma
©Todos os direitos reservados a paixão pelo dialogo, se ele puder por um perso-
J.J.Gremmelmaier nagem a explicar, ele o faz, evitando narrativas
É vedada a reprodução total ou parcial pesadas explicando o andamento, e mostrando
desta obra sem autorização do autor. que a historia sempre terá o entendimento
Sobre o Autor; diferenciado de cada personagem.
João Jose Gremmelmaier, nasceu em 30 Um autor a ser lido com calma, a mes-
de Outubro de 1967 em Curitiba, estado do ma que ele escreve, continuamente.
Paraná, no Brasil, formação em Economia,
empresário, teve de confecção de roupas, empre-
sa de estamparia, empresa de venda de equipa-
Quando a Ver-
mentos de informática, e também trabalhou em dade não nos
um banco estatal.-
Amante da escrita, da conversa jogada Serve...
fora, das conversas intermináveis, tem uma Eu as vezes estaciono em
verdadeira leva de escritos, em vários estilos, mas uma ideia que pode ser
o que mais se dedicou foi o fantástico. boba, mas enquanto nao a tento escrever, eu nao
J.J Gremmelmaier escreve em suas ho- consigo parar de pensar nisto. Deixar claro que
ras de folga, a frente de seu computador, a algum nada das conclusões deste livro, são reais, é tudo
tempo largou a caneta. Ele sempre destaca que fantasia de uma cabeça em quarentena em
escreve para se divertir, não para ser um acadê- Março de 2020. Uma obra dubia de alguem
mico, ele tem uma característica própria de isolado e que nao podia sair a rua.
escrita, alguns chamam de suave, alguns de
despreocupada, ele a define como vomitada. Agradeço aos amigos e colegas que
Autor de Obras como Fanes, Guerra e sempre me deram força a continuar a escrever,
Paz, Mundo de Peter, Trissomia, Crônicas de mesmo sem ser aquele escritor, mas como sempre
Gerson Travesso, Earth 630, Fim de Expediente, me repito, escrevo para me divertir, e se conseguir
Marés de Sal, Anacrônicos, Ciguapa, Magog, João lhes levar juntos nesta aventura, já é uma vitória.
Ninguém, Dlats e Olhos de Melissa, entre tantas. -
Aos poucos foi capaz de criar um uni- Ao terminar de ler este livro, empreste a
verso todo próprio de personagens. Uma coisa um amigo se gostou, a um inimigo se não gostou,
que se enxerga com frequência em suas historias mas não o deixe parado, pois livros foram feitos
é que começam aparentemente normais, tentan- para correrem de mão em mão.
do narrativas diferentes, e sobre isto cria seus J.J.Gremmelmaier
mundos fantástico, muitas vezes vai interligando
historias aparentemente sem ligação nenhuma.
Existem historias únicas, com começo meio e fim,
e existe um universo de historias que se encai-

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©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

J. J. Gremmelmaier

Quando a
Verdade não nos
Serve...

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Quando olho para as
pessoas a rua, fico imagi-
nando que estou prestes a
morrer ou viver, e todos
que me veem rindo, não
imaginam isto, acho que
tudo que posso fazer, é
tentar terminar meus escritos e desvendar o que todos querem
saber. Esta tosse seca as vezes me lembra a fragilidade do corpo.
Quando próximo há quatro anos, entrei neste laboratório, era
por um simples motivo, desemprego, o trabalho era outro, estavam
estudando o exatificar da massa do universo, baseados no tamanho
atual, próximos a exatificar uma partícula nova, e toda a comunida-
de cientifica me olhava como um gênio hoje, que sei que nunca fui,
as vezes parece que cai na arapuca do destino, ou estava escrito, eu
me daria mal na vida. Mas os últimos meses foram corridos.
Minha formação sempre foi dúbia, mas estava eu em meio a
um experimento a 3 anos, e por destino, quando olhamos os pros-
pectos de analise para determinar se naquela imagem, continha-se
muita matéria escura, a informação foi sim, mas como estávamos
fazendo uma medição, com satélites medindo aquele pequeno es-
paço, por radio frequência, por infravermelho, por ultra vermelho,
por observação direta e ultra violeta, num daqueles pontos únicos,
aparentemente vazios, daquelas que não dá nunca nada, veio uma
frequência baixa de som, muito rápida, muito fora do padrão, repe-
tindo com duração de 12 microssegundos, lembro do Doutor Francis
me perguntar com aquele rosto de desiludido.
— Quem dispôs de um satélite ali, bem na hora?
Lembro de olhar ele e falar.
— Não sabemos, mas estamos verificando a procedência do
sinal, sabe que a cada ano o espaço tem mais satélites Doutor.
— Ele pode atrapalhar o momento crucial do estabelecer do
tamanho atual do universo.
Lembro que quando entrei nisto, eu não entendia o que o se-
nhor queria com aqueles dados, mas ele sempre dizia.
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— Temos de saber qual o tamanho do universo atual, não o
que vemos.
Demorei para entender, que ele tentava uma determinação
de cada ponto do universo, regredindo a um ponto inicial, tentando
calcular onde estariam hoje, já que o telescópio os fotografava a 16
bilhões de anos luz, mas qual o percurso a mais que o mesmo obje-
to percorreu nestes últimos 16 bilhões de anos, pois estávamos
vendo onde aquele objeto estava quando nem nosso sistema solar
existia, e ele queria uma estimativa de velocidade, para saber, onde
eles estariam hoje, não na pré-história do universo.
Temos um problema sempre que analisamos isto, é determi-
nar onde também existe Matéria Escura, e isto não é tão fácil de
saber, os sistemas atuais quase calculam sozinhos, mas requer mui-
ta atenção, e mesmo usando 3 telescópio em orbita, 4 em Terra,
parece que algo cruzou nossa medição, o problema é que todos os
demais valores, não seriam considerados seguros, se não soubés-
semos o que poderia estar fazendo o sinal, para ter certeza que não
interferiu nos dados coletados, lembro de torcer para descobrirmos,
pois se não o fizéssemos, poderíamos perder o trabalho dos últimos
2 anos.
Quando se exata algo assim, obvio que muitos ficam tensos,
mas o problema é que por 2 meses, não achamos a transmissão, e
voltamos a olhar os dados, para ver o prospecto que nos explicaria,
quanto de Matéria Escura continha ali.
Lembro do doutor olhar para mim e falar serio.
— De novo este sinal.
Eu isolei o sinal e passei para 6 radiotelescópios mundiais que
tínhamos parceria, para tentar identificar o que era o ruído, lembro
de vir aquele relatório de dois pontos, Porto Rico e Antártida, quase
ao mesmo tempo, eles davam como a localização, a direção que
estávamos apontando ao espaço, eu olho o doutor Francis que me
olha estranho.
— O que pode ser isto?
— Um quasar, um buraco negro, algo, o radio telescópio da
Antártida afirma que é vindo das mesmas coordenadas, se conside-
rar a triangulação, pois estamos no hemisfério oposto do planeta,
teria de vir da área de Matéria Escura, mas...
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Parei na frase, olhando o relatório que chegava de Porto Rico,
e a confirmação vinda da Austrália e da Antártida, pois isto era im-
possível e o Doutor Francis me pergunta.
— O que pensou?
— A frequência, é muito baixa para ser um quasar, muito ins-
tável para ser um buraco negro, o ponto não contem nada senhor,
não entendo, pior, o meu pedido de ajuda para localização, estabe-
lece o que pela frequência podemos ter ao acaso, registrado a fre-
quência de som de algo novo.
O senhor Francis olha para o que vinha da Austrália, eles con-
firmaram 6 vezes o som, antes de responder, olha os dados vindos
da Antártida, chegando na 12ª confirmação, Austrália começava a
perder o ângulo de recepção e a China não tinha o ângulo ainda,
tinha frequência e o senhor me olha e pergunta.
— Mas é um vazio.
— É uma distorção pelo campo gravitacional pela Matéria Es-
cura, mas a pergunta que todos se fazem, medimos um sinal de
radio padrão, e me veio uma duvida, e gostaria de testar algo se-
nhor.
Sei que o senhor me olha estranho, ele era quem mandava
ali, ele que tinha doutorado, eu era como falam, alguém de forma-
ção dúbia.
— O que pensou, sei que você as vezes viaja nestas ideias idi-
otas, mas preciso saber.
— E se esta frequência muito baixa, for a única forma de de-
tectarmos a Matéria Escura?
O senhor me olha, não sei o que ele pensou, mas ele sorri, as
vezes depois disto ele tirava sarro de mim, mas o que ele falou me
fez repensar.
— E porque estávamos ouvindo nesta frequência?
— O senhor pediu as analises por 4 tipos de ondas visíveis
mais a radio telescópica, e como estávamos com 4 sistemas, mais 4
radio telescópios, jogamos uma linha de frequência para cada radio-
telescópio, não fui eu que pedi esta frequência, eu apenas passo
para os rapazes.
O senhor olha os pedidos e descobre que eles confundiram a
medida, ele passou polegadas e eles usaram em métrica.
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Ele olha o correspondente e me olha.
— Vou lhe dar as coordenadas, e você vai pedir para os 4 ra-
diotelescópios apontarem em 6 sentidos, só para ter a certeza de
que sua ideia é ridícula.
Ri, mas ele pensou possível, pois ele raramente pedia para fa-
zer uma confirmação, eu passei no fim daquele dia as coordenadas,
e obvio, dois lugares apontando a espaços ao norte, dois a espaços
ao Sul e a China e Austrália, para outros dois pontos.
Sabia que agora era esperar, era a hora de transformar em
piada uma ideia.
Francis olha os dados que estava trabalhando, ele não parava
de fazer aquele calculo, e comparar, estávamos tirando esta medi-
ção a pelo menos 14 meses, pois queríamos saber a velocidade que
cada objeto estava ao espaço, o senhor sabia que ele escolheu pon-
tos opostos e distantes, para fazer as medições, ele queria uma
resposta, não jogar mais dados no sistema do que ele conseguia
calcular, ele parecia olhar de vez em quando, nenhum dos radiote-
lescópios deu a resposta rápida, o que fez o Doutor Francis ficar
mais incomodado, até eu fiquei incomodado, até vir a confirmação
da China, detectado a frequência pedida, repetição de 36 em 36
milissegundos, duração 12 microssegundos, e Francis me olha.
— Sabe o que podemos estar prestes a revelar?
— O que?
Eu não entendi o que estava acontecendo.
— Que existe uma forma de detectar a Matéria Escura, mas
estranho as frequências, tenta documentar isto enquanto termino o
relatório, vou ter de apoiar você um pouco antes de terminar de
calcular onde estamos exatamente no universo.

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Fazia uma semana, e
estávamos terminando de
documentar, e doutor Fran-
cis passa para a Revista
Cientifica a publicação, ele
trocara ideia com muitos na
ultima semana, e as eviden-
cias estavam apontando para uma forma de detecção da Massa
Escura, eu me contentava com o emprego, não com a fama, sabia
que eu não saberia transformar o que o doutor mandou anotar e
confirmar em uma tese matemática, física e cientifica aceitável.
Eu vi o Doutor receber a imprensa, ele de uma hora para ou-
tra virou celebridade, todos falavam que agora poderíamos tentar
determinar qual o peso real da massa escura, em um segundo grupo
de estudos, e com isto, terminar de calcular como seria o fim do
universo.
Juro que as vezes vejo eles discutindo e me pergunto, de que
me adianta saber o que vai acontecer ao universo de 70 bilhões de
anos, eu não tenho certeza nem do que vou almoçar.
Vi a imprensa até o cansar, mas ele correu atrás disto por
anos, pior, ele sonhava determinar as distancias do universo real
para ganhar o premio Nobel, e ele estava prestes a ganhar o mesmo
por achar uma forma de registar a Matéria Escura.
Eu sei que por mais uma semana, eu fiquei ali, a registar
aqueles dados e fazer os cálculos que o doutor pediu que fizesse,
estranho pois existia a mesma frequência, as vezes mais distantes,
as vezes mais próximas, mas que já dava para começar a fazer um
desenho real de onde estava a matéria escura, juro que quando a vi,
eu me assustei.
Lembro do doutor entrar na sala e me olhar, faziam duas se-
manas da descoberta, e ele me olha.
— Vai dizer que descobriu onde está a falha, esta com cara de
assustado Claris.
— Ainda acho que esta coisa me assusta.
— Porque lhe assusta?
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Eu coloquei a imagem e o senhor olha e fala.
— Tem certeza desta forma?
— Ainda estamos calculando e medindo, mas isto me assusta
Doutor, pois não sei o que vê nisto?
— Um sistema de matéria Escura que nos permeia desde o
inicio.
Eu olhei ele, sei que ele estava cansado.
— O que lhe assusta.
— Que parecem ser subdivididos em fatias, temos de fazer o
mesmo que fizemos com as galáxias senhor, para verificar a veloci-
dade e a dinâmica disto.
— Não explicou, sei que deve pensar que tirei sua descoberta.
— Deixa de ser bobo Doutor, eu falo o que penso, nunca sa-
beria defender a ideia com ciência, mas por isto que fico assustado,
parece o registro de uma sombra.
— É algo invisível, não uma sombra.
— Certo, não sei como explicar, mas parece que tínhamos um
formato de universo, e este material, sobrepõem onde existia o
antigo universo, e assim vai o fazendo, camada a camada da evolu-
ção.
— Acha que a Matéria Escura está se formando, isto é um ab-
surdo, nada surge assim sem mais nem menos.
— Sei disto senhor, mas é a impressão que dá, é como se fos-
se a quarta dimensão de algo.
O senhor ouve aquilo e para na imagem, ele olha calmamente
e me olha, talvez ele tenha pensado em tirar sarro, pois ele me deu
aquele sorriso de quem iria testar minhas maluquices.
— Consegue medir o espectro de distancia?
— Sim, parecem seguir a mesma logica do universo, mas co-
mo falei, teria de observar por uns dois anos para saber exatamente
para onde e quanto isto pode pesar.
— Mas pensou em algo, pois está olhando com aquela cara
de é uma loucura a mais apenas.
— Estes dias, vendo o senhor em um programa, estava vendo
outro senhor falar da dimensão Tempo, e isto pareceu não sair da
minha cabeça, sei que é das ideias mais loucas que já tive.
— Qual?
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— E se a matéria escura, que não vemos, mas detectamos,
fosse um registro deixado na existência, pelo tempo.
— Não entendi.
— Quando se fala em buracos negros, se fala que eles do-
bram quase tudo, e entre as coisas que se dobram, é o tempo, as
coisas passando mais lentas, próximas ao buraco negro.
— Sim, quanto mais próximo de algo muito denso, menor o
passar do tempo, já provamos isto aqui na terra mesmo.
— A simulação ao fundo, estabelece, qual seria a forma do
tempo, se estivesse próximo da massividade do núcleo da nossa
galáxia – Passei o prospecto para o senhor – e uma coisa achei as-
sustadora.
— O que? – Vi que o Doutor estava prestando atenção, muita
atenção em minhas palavras malucas.
— Está é a detecção da Massa escura, na região do núcleo da
nossa galáxia.
O senhor vai a sua mesa e compara os dois, não eram seme-
lhantes, eram iguais, com a diferença que a massa parecia deixar
camadas, uma camada era igual, mas ali estava apenas uma camada
exposta, não a soma de todas elas.
Eu achei que ele iria falar que era outra coisa e falo.
— E pelo espectro de Hubel, surgem constantemente, cama-
das, e se olhar distraído, o que vemos, é a soma total das camadas,
por isto separei a ultima Doutor.
Pela primeira vez vi ele falar algo, e olha que isto me impres-
sionou.
— Você é um gênio!
Olhei desconfiado, e ele falou.
— Você pode através da nossa descoberta, ter descoberto al-
go incrível, não somente a existência da Matéria Escura, mas o que
ela é, sabe que se confirmarmos isto, podemos gerar uma corrida
sem precedentes.
— Por quê?
— Vamos confirmar antes.
Vi que o Doutor me omitiu algo.
Mas eu queria parar de pensar naquilo e falei.
— O problema senhor, é que o que me assusta não é isto.
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— O que o assusta?
— A descoberta por traz disto, a prova irrefutável.
— Prova irrefutável?
Sei que ele chegou perto, e olho aquele prospecto, camada a
camada, e coloco o calculo que o senhor usava para determinar a
massa do universo, e ele aponta que falta para a integridade,
68,72% da massa do universo, e o calculo mostrava que a massa
crescia, do começo para cá, não o inverso, o impossível que o Dou-
tor falou, mas entendo que as vezes é difícil por nos papeis nossa
ignorância, para mim nós não sabermos oque estava lá, não quer
dizer, não estava lá.
Eu estava a uma semana fazendo medições precisas, de um
ponto, pois para o universo, seria muito para o fazer, então o que
tinha, era uma linha, e esta vinha em um sentido, como as medições
vieram na frequência, se dizia, a distancia pela frequência, e a dire-
ção que ela teve.
Ele me olha e fala.
— Acha que todos os pontos vão dar neste exato local?
— Disto que falava, eu medi apenas dois pontos, dos que es-
távamos trabalhando Doutor, pontos opostos, mas isto é trabalho
para dois anos, e nem todos que verem os dados, se não os ligar,
entenderão, pois teríamos onde aproximado o universo começou,
teríamos a forma dele desde o primeiro milhão de anos, até o atual.
Ele me olha com aquele rosto de duvida, eu gosto deste se-
nhor, ele pensa pela razão, ele não se deixa levar pelas palavras
bonitas, ele gostava de provas.
— Sei que parece a logica correta Claris, mas pensa, tem de
estabelecer metas, vi que o fez, este seu calculo vai me facilitar
terminar o trabalho, pois me dá a massa aproximada da matéria
escura condensada a 16 bilhões de anos, mas tenho de pensar, pois
é serio, eu para fazer um pré-cálculo uso alguns telescópios mais
que 10 faculdades, precisamos de recursos para provar isto, preci-
samos de cooperação, e sim, se for isto, terei de falar com alguns
rapazes que entendem mais disto que eu.
Olhei o senhor, ele parecia preocupado.

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Mais 3 semanas, e es-
tava com os primeiros sis-
temas calculados, eu acho
que não dormi duas horas
por dia nestas ultimas se-
manas, eu não consigo cair
a cama e não pensar nisto,
parece uma ideia que me toma as noites, as possibilidades.
Vi o doutor Francis entrar com o Reitor da Universidade, não
sabia o que falavam ao longe, mas vi o Doutor sorrindo, ele por dias
não sorriu, talvez por não poder abrir a pesquisa e precisar de re-
cursos.
Acho que as vezes teria de conseguir relaxar e dormir melhor,
mas estou quase nas primeiras medições e vi os dois chegando e
apenas ouvi.
— Senhor Reitor, este é Claris Robert Sanches.
— Prazer, dizem que estão a um passo de uma grande desco-
berta, e vim ver, as vezes estranhamos quando indicam um dos
trabalhos novos a Nobel de Física.
Não sorri, acho que estava cansado.
O doutor Francis olha o reitor e fala.
— Estávamos em uma busca, e achamos outra forma de o fa-
zer reitor, sei que alguns estranharam, mas as medidas que estamos
tirando para o novo trabalho, usam os radiotelescópios estaciona-
dos na Terra, enquanto a primeira pesquisa, usa 3 satélites da NASA
e os dados que esta nova pesquisa está nos dando.
— Por isto pediu uma participação maior da Universidade?
— Tentando terminar um trabalho senhor. – Fala o Doutor.
— Aprovaram um adendo de mesmo valor, para o segundo
projeto, e o que gerou isto foi a sua indicação ao Nobel Doutor, pois
viram a força do trabalho, acho que alguns ainda não entenderam o
quanto é complexo a descoberta.
Entendi o que o senhor veio fazer ali, ver e vi o Doutor colocar
um gráfico e falar.

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— O problema é aplicar a algo, um caminho senhor, quando
medimos apenas uma linha de evolução da Mataria escura, temos
um gráfico.
O senhor olha os dados, vi que o doutor não explicou aos de-
talhes, era algo difícil de explicar, e depois do Reitor sair, o Doutor
me olha, fazia 12 dias que não nos falávamos direito, ele queria
saber a evolução daquilo e olha minhas olheiras e fala.
— Tem de dormir as vezes.
Sorri sem graça.
— O que lhe tira o sono?
— O entender porque da frequência, porque ele emite uma
frequência.
— Acha que entendeu?
— Não, mas estava pensando no que o senhor fala, que a ma-
téria não pode estar se formando, mas de alguma forma, teríamos
de ter uma razão de surgimento da Matéria, e sabemos que ela não
surge do nada, mas e se a matéria escura está ali, apenas a evolução
nossa, diante do avançar do universo, a faz vibrar, pois quem avança
somos nós, e isto pode explicar ainda a falta de quase 8% da massa
nos cálculos.
— Acha que atravessamos algo para crescer?
— Algo que está ali, não vemos e apenas medimos se vibra, a
pedra no lago senhor.
O doutor me olha e fala.
— E teríamos se isto fosse real, quanto da matéria do univer-
so?
— 99,9997% da mataria, mas é difícil provar isto.
— Por quê?
— Senhor, o universo, caminha lentamente no espaço, somos
pequenos para entender isto, mas a velocidade da luz, é lenta para
o universo, e não sou eu que fala isto, mas não sei se temos como
medir o que falta de massa.
— Por quê?
— Uma pergunta que sempre faço, todos me falam, sabe que
não tenho formação, sou o das ideias malucas, mas todos falam que
o fóton viaja a velocidade da luz, por não ter massa.
— Sim.
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— Nós não conseguimos a medir doutor, pois se ele não ti-
vesse massa, ele não seria afetado pelo desvio gravitacional, a gra-
vidade como disfunção de espaço e tempo, se aplica a algo com
massa, e não a coisas sem massa.
— E qual o tamanho do fóton para chegarmos próximos a
massa real do universo, pois tenho de pensar sobre o que falou, já
que fazemos teorias, e somente as usando para saber se são aplicá-
veis.
— O computador ao fundo não conseguiu calcular, é um valor
tão pequeno, que o computador ao fundo não consegue o trans-
formar em exato, não o valor do fóton.
— Está dizendo que um valor tão pequeno, quase impossível
de calcular, e que nos daria quanto da massa do universo a volta?
— 0,003% do universo.
— Algo a pensar, mas chegou a frequência?
— Temos a frequência próxima e distante, pela frequência
dela, sabemos a inclinação em relação a nós, observadores, não sei
doutor, mas para mim, isto é uma teoria, podemos mostrar uma
prova, mas não temos capacidade de calcular o todo, será um valor
chutado, como fala de minhas teses malucas.
— E qual o ponto que se acha confortável para continuar, eles
vão nos ceder 12 rapazes para apoiar o estudo.
— Eu faço o que for possível, mas descansar faz parte disto, e
sabe que demoramos 19 meses para chegar a um ponto aceitável
que está hoje, mas usei as ultimas 3 semanas, e dediquei ao finalizar
das 3 primeiras, e medi outros 3 pontos, a sua teoria é baseada em
24 pontos Doutor, e estou sobre eles, é como se estivéssemos am-
pliando a prova da sua Tese inicial, a dando dados, e ao mesmo
tempo, usando Radiotelescópios, apenas os 6 iniciais ainda senhor,
mas a ideias se for aplicada aos seus 24 pontos, podemos exatar
melhor três pontos, a velocidade, o pré-calculo de onde estaríamos
como base, se vamos começar a desacelerar ou acelerar mais, base-
ados na massa da Matéria Escura, e por fim, exatar a idade visível
do universo para nós, com o provável ponto de inicio, e geraríamos
mais 4 estudos se isto for provado.
O doutor sorriu.
— Quatro?
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— Se eu aplicar um valor muito pequeno na massa de um fó-
ton, mínima mesmo, eu reduzo a idade do universo, ou aumento a
idade do universo?
O senhor pensou e fala.
— Aumenta.
— Se eu estudar a linha da Massa Escura, será que eu consigo
provar que ela é a dimensão do tempo?
— Algo que precisaria de exércitos de cabeças pensando.
— Sim, e nem estou falando em maquina de viagem no tem-
po, mas teríamos ainda a missão de quantificar todo o mapa da
Matéria Escura, canso só de pensar nisto, e ainda teríamos de verifi-
car o que gera realmente a frequência desta matéria, uma coisa é
saber que ela faz um ruído, outra, descobrir porque ela faz o ruído.
O doutor me sorriu e falou.
— Tem tomado gosto pelo negocio, mas como estamos nos
estudos então.
Olho para ele e falo.
— 6 aglomerados distantes, 12, 14, 13, 16, e outros dois de
12, a volta, e fomos traçando o sentido da Matéria Escura, e come-
çamos a traçar os pontos, sempre vindos de lá para cá, e estamos
terminando de traçar os últimos dados, mas ainda estamos compi-
lando, estamos ainda a um bilhão de anos dos pontos iniciais dos 3
iniciais, mas tudo indica, vão para o mesmo ponto.
— Estão convergindo?
— Sim, sei que desviei os radiotelescópios por dois dias para
o núcleo da nossa galáxia, mas precisava saber se não era uma lou-
cura de minha cabeça, e aquilo ainda está fechado senhor.
— Então estamos como os dados de 6 pontos, os números de
massa inicial batem?
— Isto que temos de falar senhor, pode ser que a massa inici-
al tenha sido maior, mas ainda pensando se quero fuçar mais nisto.
— Por quê?
— O senhor diz, temos de focar em algo, se ampliar demais a
ideia, não fechamos o primeiro prospecto, sabe que muita gente vai
acelerar e apresentar prospectos a partir deste ponto.
— Sim, acha que existe uma formula aceitável para calcular a
proliferação do universo?
16
— Deve dar algo perto de 8% de erro, e mesmo assim seria
algo bem dinâmico, mas vou terminar os prospectos, e os processos
dos 6 primeiros, se eles vão por recursos senhor, tentava acordo
com mais 6 radiotelescópios, e começávamos a fazer o levantamen-
to de 6 outros pontos, fechando o seu trabalho, em 8 semanas, o
inicial, aquele que achava precisar de mais de dois anos ainda.
— Acha que a medição disto, vai nos facilitar.
— Vi que os cálculos finais dos 6 pontos, ganharam 6 dígitos a
mais de precisão de calculo senhor.
O senhor me olha e vai aos seus cálculos e viu que coloquei a
formula dele, aplicável aos 12 conjuntos, se eles estivessem na
mesma expectativas, geraria aproximadamente aquele valor, ele me
olha e pergunta.
— Porque acha importante este calculo antes?
— Nos daria se a diferença foi para cima ou para baixo, se os
mais distantes, estão na mesma regra dos mais próximos, mas o
principal, o quanto teríamos de margem de erro dos cálculos.
— Certo, teríamos a margem de erro, mesmo que alguém vi-
esse a quantificar algo próximo aquilo, dentro da margem, estaría-
mos em um dado correto.
— Sim.
O senhor olha os dados e olha a imagem na sua tela, dando as
formas e a proposta para após os 12 pontos que faltavam, estudar
outros 96, e o senhor entendeu, as ramificações a 7 bilhões de anos,
em cada um dos caminhos, abril pelo menos 5 caminhos, e tinham
estudado apenas um deles, o senhor olha os prospectos, o trabalho
poderia ser maior, mas a primeira estabelecia o caminho do primei-
ro trabalho, o segundo, um caminho para ter a forma geral do uni-
verso e da matéria escura, gerando o calculo que todos queriam
saber, iriamos a um fim frio, ou a uma implosão no fim, foi nesta
hora que pensei em algo, e não sabia como calcular.
— E se tivéssemos como provar onde foi o inicio do universo
senhor?
— Como provaríamos?
— Segundo Einstein algo com muita massa gera uma singula-
ridade no espaço tempo, pelo peso contraído em um único ponto,

17
algo que ainda não entendi como se formou, já que com bem me-
nos se forma um buraco negro.
— Acha que se provarmos que existe uma singularidade de
espaço tempo no ponto que todos convergem, provaríamos o ponto
inicial.
— Acho que assim que terminarmos os 24 pontos senhor, o
senhor por si, vai entender a grandiosidade disto.
— Porque?
— Porque ainda giramos em torno da singularidade inicial, e
nem demos uma volta ainda.
— Como giramos? O universo não gira.
Eu pego o prospecto e mostro por cima, e não como estava,
se erguendo e falo.
— Todos giram no mesmo sentido, mas em uma espiral imen-
sa e somente visível agora senhor, graças ao seu estudo. Impercep-
tível se todo este estudo, pois parecem estáticas lá, tamanho esta-
belece o segundo universal, e precisaríamos de 100 mil anos para
detectar o segundo do giro.
O senhor olha aquilo e fala.
— Isto é algo que não esperava.
— Isto estabelece um giro inicial senhor, apenas isto.
— E o que temos neste ponto?
Eu não sabia, não estava ainda nesta parte da pesquisa.
— Nem ideia, ainda esperando para focar no lugar certo, ain-
da não temos o ponto exato senhor. Quero terminar o outro estudo
antes de focar neste.
— Bom, manter o foco é bom, você está quase assumindo is-
to Claris, mas vejo que está cansado, tenta descansar.
— Terminamos esta semana a fechar os 12 iniciais, e somente
ai, se temos pessoas a mais, queria autorização para no ponto um
do prospecto, por os estudos dos outros 4 pontos intermediários
dele, nos 6 pontos base da matéria escura, entre os 7 bilhões até os
12,5 bilhões de anos luz.
O senhor olha o prospecto e fala.
— Quer um dos lados mais exatos para estabelecer a ideia in-
teira baseada em um prospecto?

18
— Quero ver se conseguimos, se conseguirmos, podemos fa-
zer algo mais superficial nos demais, enquanto avançamos os estu-
dos, para ter 24 quatro pontos exatos, podermos multiplicar isto
por um trilhão de galáxias, e ver o que acontece.
— Um numero assustador.
— Sim, se eu colocar toda a matéria naquele ponto, reduzin-
do tudo, podemos estabelecer muita coisa senhor.
— Certo, é algo inimaginável o que este estudo está se tor-
nando, era apenas para estabelecer a distancia máxima.
— Sei disto, desculpa ai.
O senhor sorriu e falou.
— E acha que consegue coordenar isto com mais gente?
— Acho que já tem muita gente, mas tentamos.
— Muita gente?
— Doutor, em cada Radiotelescópio pelo menos outras 30
pessoas nos dão dados.
— Sabe que alguém pode chegar ao estudo e conclusão antes
de nós, pois colocamos muita gente no mundo ouvindo este som.
— Sei disto senhor, mas não é o senhor que fala que a desco-
berta, é mais importante que a fama?
— Sei que falava isto, mas não custa tentar terminar antes.
— O problema da pressa é chegar a conclusão errada senhor.
— E mesmo assim não dorme direito?
— Eu não sei ainda se entendi o que tenho de fazer, mas se
colocarmos gente para receber as informações vindas da Austrália e
da China, prometo dormir mais um pouco.
O doutor me olha intrigado, sabia que eu era meio paranoico
com informações, mas me sorri e fala.
— Certo, vamos com calma, vou confirmar na segunda se o
dinheiro está na conta, dai projetamos os prospectos juntos das
frequências que vamos pedir, e vamos desenhando um universo,
entendi o que quer fazer naquele sentido, mas se colocarmos os
chineses para fazer parte, os australianos outra e os chilenos outro
trecho, podemos ganhar em dados, mesmo que eu peça medições
em cada ponto para um, e juntamos os dados, quer fechar o traba-
lho em 8 semanas e eu ainda falando em acelerar.

19
— O que vamos fechar em 8 semanas Doutor, é os dois estu-
dos iniciais, um provável candidato ao Nobel de Física.
— Certo, vai ser 8 semanas corridas.
— Quero os dados em 6 semanas, e com a calma que não me
é parte, mostrar o que temos e o senhor montar o estudo.
— Certo, eu aguardo, sei que tem gente querendo respostas,
mas estamos fazendo nossa parte, chegamos a um achado ao acaso,
mas este achado, juro que pedi as 6 analises para dizer, não é isto, e
lá estava, a frequência onde não deveria estar, mas o que tem feito
com estes dados, muda toda a percepção de universo, e sei que não
entende Claris, mas está escrevendo a historia do Universo para os
humanos, pode parecer pouca coisa, mas não é.
Sorri, nunca penso nisto como uma missão, mas sabia que as
coisas estavam pesadas, aquele dia fui após receber as informações
para casa dormir um pouco.

20
Seis semanas, e estou
a finalizar os dados, vi o
Doutor Francis e o Reitor
entrarem, tinha alguns se-
nhores juntos, vi o governa-
dor também no local, se via
as pessoas a frente, eu
sempre bem ao fundo, eu estava compilando dados e vi quando o
computador começa a fazer o calculo, estava usando um acordo
com três empresas do Vale do Silício, elas queriam dizer ter colabo-
rado, e cederam espaço para calculo, e vi que cada um dos três da-
dos que eu queria, um dos sistemas estava calculando, eu queria
olhar outros dados e estava prestes a saber algo, o primeiro resul-
tado em 12 horas, o segundo em 72 horas, e o ultimo em 122 horas,
o desenho, como era baseado em coordenadas, e elas variavam em
intervalos imensos, ficaria pronto antes, a velocidade e dinâmica
atual do universo, qual a forma e dinâmica que teríamos hoje era o
segundo prospecto, o ultimo, a evolução do inicio ao fim, sendo
calculada, seria o ponto do estudo final inicial, então o que era para
ter dois resultados, acabara tendo 3, eu achava que tinha mais, mas
era o prospecto inteiro, da massa e evolução da Galáxia que estava
ali.
Eu era meio avesso a repórteres e politica, talvez por não en-
tender isto, e dar opiniões bobas sobre coisas serias, por total igno-
rância mesmo.
Eu olhava os dados, se computando, eu queria o estudo 3,
completo quando o telefone do Doutor tocou e alguém falou algo,
ele me olha estranho e fala.
— Eles o que?
— Qual a conclusão que eles chegaram?
— Merda.
O governador ao lado viu que era sério, a imprensa ao fundo
olha o senhor olhar para mim, e se perder, eu ligo o computador ao
fundo, que não tinha acesso aos dados, a rede e olho o anuncio de

21
Londres de que tinham chegado a massa do universo, e que esta-
vam apresentando em primeira mão o resultado.
O doutor entrou na sala e pergunta.
— Como eles conseguiram?
— Sabe que muitos trabalhavam nisto senhor, quando se deu
o dado da matéria escura, eles devem ter acelerado como nós.
— Acha que terminamos?
— Eu terei os dados em 120 horas ainda, não vou falar nada
até lá Doutor, e se indagado, vale o discurso anterior, o que vale é a
descoberta, e que se nossos dados, que esperamos batam com os
deles, estabeleceria por métodos diferentes, que a matéria do uni-
verso era aproximadamente aquilo.
— Não tem como acelerar?
— Seu trabalho não era este doutor, era estabelecer onde es-
tamos e como estamos fora da nossa visão.
— Certo, manter a calma, acha que eles usaram a frequência
para acelerar os cálculos?
— Não li o relatório deles, não esqueça, nosso numero, não
fala do universo aos olhos, estamos falando algo que teremos como
exatificar o ponto do BigBeng a nosso estado atual, que é bem dife-
rente do que vemos ao céu, estamos com um tamanho 2,243 vezes
o que vemos, pois é o que o universo andou nestes 12 bilhões de
anos.
— Sabe que sempre temo algo assim.
— Vamos conferir cada dado, vamos fazer cada calculo 3 ve-
zes, pensar nos erros, e testar ele por Einstein, é algo trabalhoso
senhor, se eles chegaram a um numero, eles estavam em um cami-
nho, e o fizeram, nós estamos em outro.
O senhor olha os demais e volta ao tumultuo, e chego a porta
e o repórter pergunta.
— Senhor, acha que seu trabalho perdeu a corrida para o dos
Ingleses que afirmam que chegaram a massa do universo, e estão
alardeando isto na imprensa mundial hoje.
O senhor sorriu, me olha, sorri e fala.
— Primeiro, este não é o objetivo deste trabalho, nosso pros-
pecto, descobriu estudando o universo como detectar onde a Maté-
ria Escura está, segundo, o que estamos estudando, é baseado na
22
velocidade e massa, que é um dos dados que teremos, podendo vir
a confirmar o dado inglês, o que soma a todos os cálculos mundiais
a nível astronômico, mas o que queremos com este estudo, é res-
ponder, como acabaremos, se num explosão ou no congelar, certo
que junto a isto, um mapa universal de onde está a matéria escura,
e o provável ponto de origem, o ponto de onde toda massa saiu,
mas como falávamos, estes dados são trabalhosos, fico feliz se os
nossos dados baterem com os dos Ingleses, pois sinal que conver-
gimos e isto é bom na ciência, mas se não convergirmos, teremos de
verificar qual chegou mais próximo, e isto ficara para alguém ao
futuro.
— Então não vê como uma derrota.
— Não disputamos corrida rapaz, disputamos teorias, que vão
ser ensinadas, então não estamos estabelecendo o segredo de um
refrigerante, e sim a ciência que nossos filhos e netos vão estudar.
Sorri a porta e o governador após a imprensa se afastar per-
gunta.
— E porque acha que não perdemos a corrida?
— Senhor, eu não li o estudo deles, estamos com três grandes
computadores, terminando os cálculos, espero que eles não tirem o
apoio, mas se terminarmos, e 3 grandes sistemas de computação
confirmarem os 3 dados, calculados baseados na Teoria Universal
da Gravitação Universal, teremos os dados mais exatos possíveis, e
isto é um trabalho serio, e obvio, vamos demorar duas semanas
apenas para por no papel os estudos, de tão grande que é.
— Certo, algo que pelo jeito é pesado a nível de calculo.
— Senhor, pensa em um numero, que demora para o maior
computador do mundo calcular, 122 horas.
— Certo, não estão falando de um numero fácil, e vão o dei-
xar exato?
— Impossível deixar um numero tão imenso sem uma apro-
ximação, medimos o erro, e sabemos que podemos ter um erro
exponencial de 2,52% para mais ou para menos, mas é um calculo
pesado da mesma forma.
O grupo saiu, e vi os demais olharem serio para o Doutor e
um rapaz falar ao fundo.
— Acha que vale o esforço senhor?
23
— Sim, nem que para confirmar um numero, pois todos os
demais vão querer refazer o calculo, e não tenho pressa no resulta-
do, mas como falamos, vamos fazer um numero aproximado, mas
que queremos o mais exato possível, erro menor possível.
— Mas...
— O calculo da massa do universo, fazia parte do prospecto,
mas não era o destino do calculo, e isto poucos entenderam ainda,
não narramos o que estamos fazendo, mas em duas semanas, va-
mos estabelecer isto.
Os demais olham estranho, pois achavam que parariam, mas
me olhavam estranho, e uma moça me olha e pergunta.
— Nunca entendi o que calculamos ao certo.
A olhei, sorri e falei.
— Cada um recebe uma informação, frequência, estabelece a
distancia, a inclinação da frequência e a intensidade dela, cada uma
das mesas, dispõem de um dado, todo dia, cada qual, feito por um
radiotelescópio em uma parte do planeta, os dados vão ao sistema
que somam ao prospecto de calculo, vocês fizeram todos os pré-
cálculos, estamos agora fixando em 3 pontos, e isto é um adendo do
trabalho, os dados já temos, mas temos de os calcular, os finalizar,
não é tão fácil estabelecer isto.
— Quer dizer que temos os valores já?
— Como disse, para o Doutro Francis, não tivemos acesso
ainda o resultado do calculo, e talvez não saiba, mas entre os dados
que temos, e estamos revisando, está a massa do universo, a velo-
cidade do universo, a massa da Matéria escura, a existência de algo
mínimo aos milhares que soma 0,003% da massa, e não temos ain-
da a prova do que seria, vamos abrir um novo campo para quantifi-
car isto, teremos o ponto que estão estudando, que é base de todo
estudo, e o provar deste ponto, fará muitos lerem o nosso estudo,
mesmo que cheguemos ao mesmo numero, e talvez, se os dados
que vocês continuem fornecendo se confirmarem, vamos afirmar o
que é a Matéria Escura, e o que é a Energia Escura.
— Está dizendo que aqueles dados, que parecem insignifican-
tes vai tentar desvendar o que é a Matéria Escura.
— Temos uma teoria, mas temos de prová-la antes de falar.

24
A moça foi ao telefone e sabia que tinha jogado uma bomba,
e não sabia quem dali de dentro, estava passando dados a frente,
mas alguém estava, e não sei qual a diferença que daria entre os
números, mas esperava os dados me confirmarem, não queria pas-
sar por maluco.
Os rapazes saem e olho os dados e o doutor chega ao lado e
pergunta.
— O que temos?
— Uma divergência de quase 22% a menos em matéria do
que o estudo que eles publicaram hoje.
— Onde erramos?
— Não erramos.
— Como não?
— Senhor, eu não abri ainda os valores, mas quando fizemos
os dados, tem dois dados, e eles são interpretativos, a energia, ge-
rada pela Energia Escura, e a Matéria Escura, então o seu primeiro
valor, o que acaba de sair, Velocidade, Soma da Matéria Escura, e
da Energia Escura, somada ao peso do universo Matéria.
Eu anotei e passei aos 3 grupos que estavam calculando, eles
esperaram estes números para somar no calculo deles, e Francis me
olhou incrédulo.
— Mas...
— Vamos publicar os nossos estudos com os nossos métodos,
mas alguém aqui dentro, nos vigia senhor, mas cada um deles, cal-
culou um doze avos do volume da experiência, e sabemos, que te-
mos distancias diferentes dos pontos máximos, apontaria para al-
guém da mesa 4, o vazamento, mas ainda é cedo para falar, mas
precisamos transformar isto na primeira publicação, e revisar todos
os cálculos e dados.
Francis olha para a mesa 4 e pensa em algo, não sei o que ele
pensou, mas ele fala.
— Se eu fizesse todos os prospectos baseados na mesa 4 da-
ria quanto de diferença?
— 18%, mas somada a ignorância do desacelerar da matéria
calculada, para o ponto atual do universo, daria os outros 4%.
O senhor sorriu e fala.
— Quase convencido que saiu daqui o estudo?
25
— Sim, mas por isto não precisamos ter pressa, e como você
foi brilhante no discurso Doutor, eles vão achar que nosso objetivo
é outro, e que nosso numero seria parcial, e que se basearia no
deles, pois como algo que não pretendíamos dar como exato, e
estabeleceria que nossa ideia era mais rala do que o que eles pensa-
ram antes.
Começamos a por os números, os dados e o senhor viu final-
mente os 6 dados, que o estudo dava, o tamanho do universo atual
era algo com 26,9 bilhões de anos luz de raio, todo o colocar dos
dados, das medições, das observações baseadas em 24 pontos evo-
lutivos, um dos quais estudado no ponto total, e outros 11 seguindo
o modelo do primeiro, aplicara ao total das galáxias e chegaram a
um numero, os dados, colocando a velocidade, a massa, a diferenci-
ação da Matéria Escura, e da Energia Escura, as dando valores bem
exatos, uma narrativa pesada, as 4 da manha o doutor me olha,
sorri e fala.
— Vou revisar isto e amanha passo para a revista cientifica
nossa segunda conclusão sobre a pesquisa, mas agora com os valo-
res que usaríamos para calcular os demais efeitos.
Sorri e fui para casa.

26
Quando chego ao la-
boratório estava a imprensa
a porta, apenas passei e fui
aos dados, não era de ouvir
noticia e perguntei para um
dos rapazes.
— Qual o motivo do
agito?
— O Doutor Francis, com o Reitor e uma comissão, vai deixar
os dados que usamos disponíveis para a revista cientifica, e isto fez
muitos virem para saber o que falaríamos.
Não falei nada e a moça estava a minha porta.
— O que acha que ele descobriu?
— Os nossos cálculos devem ter ficado prontos ontem, quan-
do ia para casa, não sei ainda. – Menti.
— Desconfia?
— Moça, nenhum dos presentes, nem eu, tenho acesso a to-
dos os dados, pois não é para sair antes de ficar pronto, mas ouvi
ontem algo sobre uma divergência entre o nosso numero e o que
haviam publicado.
— Algo grande?
— Se o nosso numero, propõem um erro de 2,52%, que em
um numero imenso, é uma enormidade, teria de ser algo superior a
isto de diferença.
Ela me olha e fala.
— Alguns lhe atribuem a descoberta da Matéria Escura, é
verdade? – Ela provocando.
— Eu organizo as coisas aqui, minha formação é incompleta
em Economia, eu não entendo de astros, eu apenas organizo os
prospectos moça.
— Então é fofoca.
— Eu nem sei como definir algo assim para saber detectar al-
go tão complexo.
— Mas fala como se soubesse de dados que não sei.

27
— Eu vim trabalhar, se vão fazer alarde sobre algo, sinal que
eles querem provocar a comunidade cientifica, mas para mim, é
apenas um dia normal de trabalho.
Entrei, vi que a moça ficou a me olhar, não sei o que ela pen-
sou, mas estranho pessoas me cercarem.
Eu fiquei olhando os prospectos e sobre a minha mesa estava
um prospecto do que o Doutor falaria.
Abri ele e lá estava o que ele revelaria, e olho os dados, ten-
tando ver se deixamos escapar algo, e mesmo que parecendo pou-
co, era algo que o senhor trabalhara muito, ele não queria que ou-
tro desse este dado, ele vivera para isto mais de 3 anos, então en-
tendia ele querer deixar isto claro.
A imprensa iria cobrir, a TV interna a universidade iria filmar o
pronunciamento, então pelo controle liguei as TVs e coloquei na
sala ao fundo, e muitos dos rapazes, ficaram a olhar para ela, eu
ainda esperava e vi quando pela TV o governador se juntou ao gru-
po, a politica somando a confusão.
Vi o pronunciamento da publicação de divergência do valor
da matéria do universo, 22% abaixo do valor proposto anteriormen-
te, que estavam publicando o estudo, com todas as premissas, os
cálculos, as propriedades, de quatro medidas, atual velocidade do
universo, não a que vemos, tamanho atual do universo, massa da
Matéria Escura, Massa total do Universo, valor da Energia Escura, e
a dinâmica de cálculos, e sim, o universo pararia de avançar no pon-
to ao futuro de 37 bilhões de anos, e começaria a encolher nova-
mente.
Vi os olhos da moça virem aos meus, não sorri, mas vi alguns
rapazes sorrirem, pois nossos números não condiziam com os do
estudo Inglês, e nossa afirmativa ia muito mais funda, quando falei
isto, acho que eles não levaram a serio.
Uma pendenga havia se formado, no mundo da ciência, é um
desafio a todos os demais provarem uma das teses.
Eu voltei a pensar nos cálculos e passei alguns prospectos pa-
ra os rapazes, alguns estranhávamos, e ouvi um rapaz ao fundo.
— Mas não foi terminado o trabalho?
— Duas semanas ainda para darmos como terminado.
— Mas o que mais tem a se descobrir?
28
— Muita coisa, muita mesmo.
— E o que pretendem descobrir ainda? – A moça.
— O que é a matéria escura, é um dos pontos que pretende-
mos, o segundo, estabelecer o ponto de maior envergadura do es-
paço tempo, provar a idade do universo visível, pois podem não
saber, mas amanha, todos os grandes grupos científicos do mundo,
vão tentar nos chamar de idiotas.
— E porque o fariam? – Um rapaz ao fundo.
— Porque todos a volta, apostam no inverso, fim em gelo, to-
dos sabemos disto, mas os cálculos afirmam, a Matéria Escura,
transforma o calculo em visível, e nos dá sinal de estar frenado,
enquanto aparentemente as estrelas aceleram.
— Estão desafiando o mundo? – A moça.
— Desafiando os gênios, vocês talvez consigam provar o con-
trario, mas eu nunca entendo aqueles cálculos do Doutor, acho que
teria de entender as formulas mais complexas de Einstein para che-
gar perto do entendimento.
O rapaz sorriu e entrei novamente, mas tinha passado pontos
e as pessoas voltam ao trabalho.
Sabia que tinha muita confusão ainda para enfrentar.

29
Dois dias a mais se
passam e Francis chega
sedo e começamos a olhar
os dados, e o gráfico, vinha
de três grandes sistemas de
cálculos, uma das coisas
que pesou a nosso favor, foi
quem calculou, e confirmou os dados, quando 3 grandes computa-
dores mundiais confirmaram os números, pesou a favor.
Quando os dados chegam e começamos a por no gráfico vi-
mos a posição dos pontos, e colocamos os dados finais e lá estava, o
ponto que a dois dias colocamos os radio telescópios tentando
achar algo, mas ali estava um ponto, que ainda tinha um grupo, de
super galáxias girando ao longe, tinham a primeira dinâmica, e ti-
nham os dados de tempo, espaço no interior daquele complexo, e
os dados da matéria escura, e pensamos em cada palavra sobre a
nova tese, de nome, “Quarta Dimensão – Seu registro”.
Quando terminamos os prospectos, o doutor falou que iria
fazer a segunda entrevista, ele queria que estivesse lá, mas eu não
sabia responder direito, dispensei, acho que ele realmente me que-
ria lá, pois ele insistiu, mas eu recusei.
Quando o doutor marcou para o fim daquele dia, muitos dos
que estavam a sala, souberam que iria vir um novo anuncio, e
quando a imprensa veio em maior numero, se viu gente de faculda-
des próximas chegarem encima da hora, e via pela TV da Universi-
dade, que anunciava que muitos estavam esperando a nova decla-
ração vinda da Universidade da Califórnia.
Quando o doutor começa a explanação com a imagem ao
fundo ele fala.
— A imagem que está ao fundo, é uma simulação, a qual es-
tamos dedicando os últimos 4 anos, ela começa no big-bang, e vai
até o ponto atual do universo conhecido.
Todos olham o inicio, o girar do objeto, e este explodir, e esta
explosão, se condensar em uma nova explosão e o surgir do inicio
do universo e o avançar 26 bilhões de anos.
30
As explicações dos dados e dos objetos chegam a segunda
explanação, a da matéria escura, com um gráfico de atuação desde
a segunda explosão, o surgir do tempo, até aquele momento, era
tão concentrado que o tempo não existia.
O doutor mostra as imagem do que seria a ação esperada pe-
lo tempo em um gráfico, e mostra a ação da Matéria Escura, e ele
fala sobre a indagação da Matéria Escura ser a expressão do tempo
expressa no nosso universo, os cálculos batiam com todas as leis
universais, e somando elas as observações, chegam a uma afirmati-
va, que se o universo visível, aplicada as regras da Teoria Universal
se estabeleceria que o Universo visível, a galáxia mais distante já
registrada, está na distancia de 12,37 anos luz de nós, e que este é o
tempo que este trecho do universo existe, então a luz que vemos, é
a luz que já percorreu este espaço.
O doutor falou que no dia seguinte teria a publicação da tese
completa na Revista Cientifica, e todos os cálculos exatos da desco-
berta.
As perguntas, as respostas e volto a olhar os dados, agora fal-
tava um dia e meio para ter os dados finais.
Via a repercussão, ouvia a noticia quando o Doutor falou que
boa parte daquela ideia, foi estudada e desenvolvida por mim, es-
tranhei, ele me dando valor, e evitei olhar para a sala ao lado, mas
ainda faltava os últimos cálculos, e se eles estavam ainda calculan-
do, em boa parte, era para ter a prova crucial dos números, e isto
era complexo.
Quando terminava o prospecto do dia seguinte, vi o Doutor
entrar e ao lado dele o Reitor.
— Ainda trabalhando? – Doutor Francis.
— Sim, sabe que enquanto o ultimo valor não sair do compu-
tador não estarei feliz.
— O que os dois ainda escondem? – Reitor.
O doutor me olhou e falou.
— Tenta explicar o que pretende com o ultimo calculo Claris,
sei que pensou em algo.
— Uma teoria maluca, mas não sei como seria recebida, mas
em teoria, vamos calcular o ponto exato onde ouve a explosão, e
estamos registrando o local, o que lá acontece, e detectamos já com
31
ajuda de 3 telescópios fora e 6 radiotelescópios, que a deformação
espaço tempo no local é tão grande, que toda a luz naquela região
faz uma curva para chegar a nós.
— Estão falando que ficou uma marca do inicio do universo, e
estão prontos a provar que houve o BigBeng e onde ele aconteceu?
Coloquei a imagem e falei.
— Quando se olha por cima lentamente senhor, o universo
conhecido ainda gira em torno deste ponto em uma elipse que após
o segundo estouro, não chegou a dar duas voltas em torno do eixo,
a velocidade inicial foi maior do que a pensada pela lei da gravitação
universal, e por isto, temos a impressão de que estamos acelerando,
não vimos o inicio. – mudo a imagem - Quando se vê pela linha
normal, sem a reconstrução, se olharmos pela detecção de Matéria
Escura, vemos que ali não temos ela, se medirmos pela posição das
estrelas, o estudo tem 3 anos, vemos que algumas basicamente
somem na região e algumas dão pulos, como se a luz uma hora esti-
vesse em um lado, 12 horas depois, no outro extremo, isto não
aconteceria se existisse ainda um buraco negro ali, mostrando que a
luz vem por um lado ou por outro, e ao meio, temos uma singulari-
dade que desvia toda luz em uma grande curva.
— E está é a conclusão final?
— A conclusão final nunca vai existir, como falei com o Dou-
tor, estes três trechos de estudos, levantam outros tantos a serem
testados e provados.
— Mas então afirmarão onde o universo começou quando?
— Se conseguirmos o calculo, em 48 horas teremos a respos-
ta, as formulas transformam em um numero exato, mas existe um
erro de localização próximo de 2%, um erro imenso senhor.
— Estão calculando ainda?
O doutor me olha e fala.
— Quando o for fazer, quero junto a mesa, os 3 representan-
tes dos grandes servidores que apoiaram a descoberta, gente ligada
aos 12 radiotelescópios que usamos, o pessoal da NASA que apoiou
com os satélites em orbita, alguns acham que foi um trabalho fácil,
mas é que nem tudo é fácil senhor, muita gente trabalhou para con-
seguirmos estes dados, até o senhor, pois nos cedeu gente, o que
acelerou nossos dados, com os quais conseguimos pensar e fazer
32
todos os prospectos, colocamos os dados nossos referente a massa
do universo, e nossa teoria, em construção final, todas em calculo
final, anunciamos apenas os resultados já calculados.
— Certo, vi que se tinham uma indicação, tem gente os indi-
cando para Nobel de Física e Matemática.
— Não fizemos quase nada em Matemática para o aceitarmos
senhor, mas não estamos pensando no Nobel ainda. – Doutor.
Sorri, pois o senhor sabia que só falamos o que tínhamos
convicção de conseguir.
O senhor olha o local e fala.
— As vezes bancamos uma ideia, muitos que se mostravam
relutantes, agora se mostram empolgados, sei que ignoram as criti-
cas, e muitos começam a afiar a língua a mais, e continuam, eles
esperavam um ajuste do que haviam falado antes, ou uma desculpa
e vocês colocam algo no papel inimaginável, uma comparação base-
ada na lei da Gravitação, que se entendi, mostra que a Matéria Es-
cura, é o Tempo, sabe que malucos começam a falar de maquina do
tempo.
Sorri e ouvi o Doutor falar.
— Trabalhamos com dados, obvio que olhando o prospecto,
pode parecer possível, mas temos os problemas normais senhor de
algo assim, concordo que as camadas ficam tão finas, as de tempo
próximas a buracos negros, mas não menos densas, a impressão de
estarem quase sobrepostas, é para alguns sinal de que poderiam
viajar no tempo, mas nada do que assistimos até agora, anda contra
o sistema de tempo, então é algo que é apenas o olhar que lhe dá a
ideia, mas não estamos lá, para pensar nisto, ao lado do buraco
negro, já que precisaríamos ter capacidade de viajar a um espaço
assim para ser pratico, e as pessoas tem de entender, sabemos me-
dir a Matéria Escura, a detectar, mas ainda não temos como a tocar.
— Certo, mas vão abrir especulações.
— Estamos na ciência, não no achismo senhor. – Fala o Dou-
tor olhando-me.
Ele queria algo e pareceu olhar os dados.
— Acha que conseguimos fechar o prospecto em 48?
— Temos mais 38 horas para o fim dos cálculos, recomendava
olhar os dados atentos, e enquanto colocamos os dados na pesqui-
33
sa, marcar com os interessados, não entendo de politica Doutor,
mas obvio que a Universidade não investiu nisto, os parceiros não
investiram nisto para um concorrente narrar antes de nós.
— Vejo que os dois estão falando em pensar no prospecto a
apresentar, e que ainda estão com dados sendo calculados, sabem o
peso que tem neste prospecto, muitos acham que agora é apenas o
fechar do prospecto, mas façam com calma, vi que tinham os dados
da Massa e não forçaram ser os primeiros, queriam o dado real, as
vezes levamos sorte dos demais errarem feio o calculo, mas nem
sempre será assim. – Reitor.
O reitor saiu e eu e o doutor ficamos fazendo os pedidos de
observação ainda, não sabíamos se alguém estava montando em
outro lugar algo assim, mas queríamos os dados corretos, sabíamos
que o continuar, dava a muitos a sensação de que faltava algo a
descobrir, e na minha cabeça, existia algo a provar, não a descobrir,
já que todo o universo, não parecia obedecer uma ideia que sou-
besse explicar.
Colocamos a segunda teoria em analise, teríamos os dados e
ela se provaria ou não real.
O ir descansar, estabelecia que nada era tão pronto assim.
O caminhar até o alojamento da Universidade, fazia quase
sem sentir todo dia.

34
Dois dias, depois,
chegando ao laboratório,
vejo tudo arrobado, a poli-
cia, segurança interna, mui-
ta gente ali, o susto das
pessoas e parte do labora-
tório em chamas, sinto o
Doutor parar ao meu lado e falar.
— Acha que perdemos muito?
Olho em volta, o senhor me olha e vê que muitos estavam
olhando para nós e falo.
— Lembra quando salvamos ontem parte dos dados?
— Não tínhamos transmitido ainda.
— Sim. – Respondo.
O Doutor olha em volta, evito, mas sabia que pelo menos 4
pessoas a volta, pegam seus comunicadores pessoais.
Esperamos as confirmações de ser seguro, o Reitor chega ao
Doutor e fala.
— Estão falando em cancelar as verbas.
O Doutor ouve e olho o Reitor, alguém que até aquela frase,
tinha meu respeito, sabia que não tinha papas na língua e pergunto.
— Quem quer terminar de nos sabotar Reitor?
O senhor me olha, alguém encantado com os dados há dois
dias, agora me olha quase com raiva e fala.
— Nos acusando?
— Não, apenas querendo saber onde não pedir emprego.
— A direção da Universidade.
Eu olho o Doutor e falo.
— Talvez desta vez não os superemos, pois precisamos de 4
anos novamente de dados, cancela com os colaboradores.
O reitor achava que fora claro e eu não havia entendido, mas
olho o reitor e falo.
— Pensar que votei no senhor. – Falo e começo a retornar ao
meu alojamento, sabia que se estivesse fora da universidade, esta-
ria sem moradia na cidade, sou alguém pão duro, sou alguém que
35
não sabe o que vai fazer, pego o exame na prateleira, bobeara de-
mais, descuidara, não cuidara, e ali estava uma recaida, Pneumonia
em Estado avançado, pensei ter tempo de terminar o que estava
fazendo, mas agora, sento olhando o campo, e não sei o que pen-
sar.
As vezes queria saber para onde correr, mas parecia que nada
iria me dar o caminho.
Volto ao alojamento e tomo o remédio, diziam que eu não es-
tava muito mal, mas me sentia muito mal, talvez a mistura de tudo,
abro o computador e começo a passar o recado que o doutor me
passara, para os colaboradores, com pedido de paciência, de com-
preensão, mas tinham nos sabotado, tínhamos perdido os recursos
e estávamos resgatando os restos.
Eu olho para fora, sento para fora e vi a moça parar a minha
frente e perguntar.
— Sacanagem o que fizeram, sabe se vamos refazer?
— Não, a reitoria caçou as verbas, não sei o que aconteceu,
eu com certeza perco o emprego, o doutor é professor da Universi-
dade, mas eu, contratado para um projeto que já durava 3 anos, e
quando chegamos a algo, alguém nos sabota.
— E não vai terminar, dizem que es um metido, sempre isola-
do na sua sala.
— Eu não me misturo, e pode ter certeza, tem seus motivos.
— Dizem que você é metido, e nem formação tem.
— Sei disto, mas eu tenho Tuberculose, dizem para evitar o
convívio direto, a temida XDR-TB.
— Não entendi?
— Tuberculose Extensivamente Resistente, não sei quando
adquiri, mas ela estava sobre controle, diziam que iria sobreviver,
dai abusei nas ultimas semanas, pouco sono, muito desgaste, pés-
sima alimentação, sinto como se tivesse voltando.
— E não vai se cuidar?
— Eu deveria ter morrido, segundo o hospital desta universi-
dade, mas não morri, o corpo mesmo não demonstrando reação aos
antibióticos, reagiu a tuberculose, e agora, sem emprego, sem saber
para onde ir, estou pensando o que fazer, se me interno ou espero
calmamente a morte.
36
— E todos a volta sabem disto?
— Acho que não, acho que ninguém se importa mesmo, mas
o reitor deixou claro que os recursos do experimento foram cance-
lados, então eles sabem quem nos sabotou.
— Acha que eles pegaram os estudos.
— Eles podem ter os dados, se eles não tiverem o texto, e isto
sei que eles não tem, vão ter de refazer para saber de onde vem
cada numero, mas – segurei a tosse – não acho que estarei ai para o
fazer.
A moça se afasta, sei que os médicos não me queriam perto
de ninguém, mas tenho de comer, pensar, fazer algo, e não sei o
que vai acontecer agora.
Eu volto para dentro e vejo as respostas dos e-mail, um me
chama atenção, não sabia quem era, mas não sabia se poderia lar-
gar o barco, mas uma porta ao fim do túnel, era sempre um cami-
nho.
Volto a sala do Doutor Francis, ele me olha descrente e fala.
— Sabe que não sei ainda o que fazer.
— A pergunta Doutor, eu preciso comer, posso aceitar uma
proposta de trabalho, sabendo que estarei sempre por perto, se
voltar ao estudo.
— Eles não querem você por perto, me mostraram até aquele
exame que me mostrou quando o chamei, para dizer que não era
bom o ter por perto.
— Então posso senhor?
— Pode, nem sei o que fazer agora?
— Vou pensar, sabe que devemos ter 90% dos dados, mas
eles precisam de organização, mas se não me querem perto, faz
quem vier, olhar atento e refazer cada calculo, e montar o prospec-
to, pode demorar uns 4 meses, mas melhor que 4 anos.
— Acha que consigo sem os recursos?
— O senhor é um professor, pode falar sobre o que fazíamos,
pode gerar um grupo novo que queira estudar e organizar isto como
um novo projeto, mas – Cheguei perto e apertei a mão do senhor –
lhe desejo uma boa sorte senhor.
Eu sai, evitei olhar para traz, não queria pena, e as vezes a
forma de olhar deles era este, eu não era alguém inútil, mas sei que
37
tive alguns problemas na vida, e eles me trazem a esta parte da
vida, mas antes de aceitar, voltei ao alojamento, e passei a minha
condição física, e de saúde, para eles terem certeza se queriam, e a
resposta não me agradou, eles queriam saber se tinha acesso aos
antigos estudos da universidade, eu não iria fazer assim e falei que
tudo se perdeu na sala de estudos, que pegou fogo.
Eu sabia que estava mentindo, mas se fosse por este motivo
que me chamavam, eles não tinham intensão de estudar, e estavam
por traz do problema.
Fiquei pensando, pois se eles quisessem o estudo, compras-
sem ele, e se eles quiserem apenas o estudo, não precisam de mim,
isto quer dizer, sem estabilidade.
Vi que a resposta demorou para vir, talvez nem viesse, então
não era aquela porta ainda.
Eu deitei, teria de achar um lugar para morar, bem menos
agradável, bem mais complicado, mas sem os recursos normais,
teria de controlar o pouco que tinha de sobra.
Adormeci olhando o teto, sentindo que tinham me tirado to-
das as pernas, sono tão leve, preocupado, que vi amanhecer, lavei
umas roupas, ajeitei algumas coisas e começo a olhar as mensagens,
era tanta gente puxando assunto, sobre a sacanagem de cancelar o
projeto, mas eu não queria falar disto.
Era próximo do meio dia, quando ouço alguém bater a porta
e a abro, olho aqueles dois militares postados, as costas de uma
moça que me olha.
— Senhor Sanches?
— Sim.
— Doutora Berger, nos falamos por mensagem.
— No que posso ajudar Doutora?
— Aceitaria trabalhar para o exercito, em um contrato de sigi-
lo e com roupa de proteção, não gosto de perder meus cientistas
por uma doença mortal como a Tuberculose que você contem no
corpo.
— Sabe minha formação senhora?
— Sim, quase todas as suas motivações, acabavam e você
tentava outra, mas aceitaria?
— Sim, preciso de um emprego.
38
— Nem negociou o salario?
— Reservas não pagam contas Doutora, é o dia a dia que
mantem a roda girando.
— Separe no máximo duas malas, e saiba que tudo que levar
de eletrônico, será analisado antes da entrada, então se tem algo
que quer salvar, faça antes, não após.
— Tudo que tenho de informação, se perdeu, o resto está na
nuvem e é de conhecimento geral.
— Então separe duas malas no máximo e um carro passa as
15hs para o pegar.
Olhei minhas roupas, peguei apenas o que precisava, o co-
municador pessoal, documentos, o remédio, meus exames médicos
coloquei na parte externa da primeira mala, muita coisa ficaria,
nada que alguém não desse fim, passei na direção e falei que estaria
tentando uma vaga fora dali, mas se conseguisse avisava, para não
pesar mais e poderem dar o espaço a outra pessoa.
Sei que faltava dois minutos para as 15 horas peguei uma ma-
la com uma mão, e coloquei uma mochila ao braço e sai a porta.
Os rapazes chegavam, deixei aberto, talvez não voltasse, e se
roubassem o resto, não seria problema.
Os rapazes me conduziram, acho que muitos me viram sain-
do, não sabia bem o que os demais falavam, mas tive a sensação do
já vai tarde.
Os senhores me apresentam meu alojamento, e sobre a mesa
estava um recado, para me apresentar a parte médica.
Fui com a carta até lá, peguei os exames, deixando minhas
coisas ali, caminhei até o local, um imenso laboratório, a parte me-
dica parecia um hospital muito bem organizado, mas parado, com
pouco movimento, chego ao local que o papel me indicava e esti-
quei a carta a entrada, vi um senhor me olhar e pegar o papel e
falar:
— Teria os seus exames anteriores?
Estiquei para o senhor que me olha.
— Sabe que eles deveriam ter lhe retido lá, por este prospec-
to, parece ser quase um milagre ter sobrevivido, pensei que era
exagero, mas estes exames estabelecem alguém que chegou quase
a morte, e precisamos saber, seu estado atual.
39
— Tenho exagerado, sei que me deram um paliativo, achei
que era apenas para me dispensarem e não sentirem-se culpados.
O senhor pediu para deitar, tirou uma amostra de sangue,
aplicou algo na minha pele, depois ele tirou uma chapa de meu
pulmão, uma amostra de catarro, e começa a fazer os exames, e
fala.
— Parece que eles não entendiam o seu caso, e por isto o
mandaram para casa.
— Me sinto mal ultimamente.
— O que eles não falaram, o que lhe deram como remédio, é
apenas um paliativo de sal, para lhe dar energia, pois eles não ti-
nham o que lhe dar, e como se vê na sua radiografia, perdeste 48%
do pulmão para esta doença, eles não entenderam, e obvio, alguém
que falam que dorme duas horas por dia, e trabalha como um burro
de carga, com 50% a menos de oxigenação do sangue, sente o peso
com o tempo, mas está com uma infecção de garganta, e recomen-
dava usar uma mascara até sair se sua Mycobacterium Tuberculosis
está ativa ou inativa.
O senhor me alcançou uma mascara, vi que era serio, mas ele
me receitou algo para a garganta, pensei que fosse pulmonar de
novo, e era uma garganta inflamada e o cansaço, acho que quando
nos decepcionamos, tudo parece contra nós.
Fui ao alojamento, não sabia ainda o que teria de fazer, chego
a porta e dois rapazes me conduziram até a sala da Doutora Berger
que me olha e fala.
— O Doutor Richard, me passou boas novas, mas bom ver
que esta ainda esperando os resultados, mas precisamos conversar
senhor Sanches.
— Não entendi minha função.
— Não entendi o que fazia naquele laboratório, mas dizem
que organizou algo a nível de termos duas grandes coletivas, e vi-
mos de longe uma sabotagem, e não gostamos disto, mas primeiro
tem de saber as regras, e se aceitar e for aceito, lhe apresento a
ideia.
— O que tenho de aceitar?
— Que não ligamos para fora sem comunicar nossos superio-
res, no seu caso, eu, não dividimos com quem está externo a este
40
lugar, o que fazemos aqui, cuidamos uns dos outros, então se existir
risco, quero saber antes de todos, e somos uma divisão do exercito,
sei que não sabe, mas estávamos de olho no senhor a mais de um
ano senhor Sanches.
— De olho?
— Espero não me decepcionar, mas temos uma linha de de-
senvolvimento de aplicações a ciências avançadas, quando se fala
em um veiculo caminhando e construindo em Marte, alguém de-
senvolveu, alguém estudou o piso do lugar, quando mandamos um
robô a Marte as pessoas querem saber se tem vida, nós queremos
saber que composto é, podemos usar isto, como podemos usar, e
por uma frase que o doutro Francis atribui a você, a poucas sema-
nas, abrimos uma divisão para estudar a matéria escura.
— Divisão baseada em que frase?
— Sei que não sabia que olhávamos, mas alguém tentou ob-
ter os dados da pesquisa, não sabemos ainda o que roubaram, mas
ficou obvio que alguém comprou da universidade aquilo, não sabe-
mos quem, mas alguém comprou, mas em uma conversa com um
amigo em um bar próximo, o doutor falou que você disse – ela liga
uma caixa de som a mesa, não sabia se era sistema, se era sem fio,
mas a caixinha emitiu a voz do Doutor falando - “ ele me encara
firme e fala, “é para alguns sinal de que poderiam viajar no tempo,
mas nada do que assistimos até agora anda contra o tempo, é ape-
nas impressão visual, e não estamos ao lado do buraco negro, preci-
saríamos viajar até lá para ser prático, e as pessoas tem de enten-
der, sabemos medir a Matéria Escura, a detectar, mas ainda não
temos como a tocar””.
A olhei serio, eles vigiavam o Doutor, isto não me era agradá-
vel, sabia que o exercito gostava de saber o que nós podemos fazer,
mas não entendi o que eles queriam.
Ela me olha e pergunta.
— Poderia me dizer, porque acha que não podemos o tocar?
Olhei em volta e falei.
— Ainda não assinei estar aqui Doutora.
Ela sorri e fala.
— Tem um motivo?
— Bem básico.
41
— Quanto básico? – A doutora.
— Não sei qual sua formação senhora, mas pensa em algo
que eu consigo entender, com minha formação dúbia.
— Acha que o que faz é básico?
— Pensa em ter falado com o reitor a três dias, ele encanta-
do, falarmos que aquela pesquisa abriria muitas pesquisas, e ontem,
ele apenas dizer que a pressão de parar, veio da própria universida-
de, no sentido que não me queriam lá.
— Nunca se preocupou em passar a Tuberculose a frente.
— Tenho uma bem grave no sangue, nem sei como meu cor-
po enfrentou, mas ativa, mas não geradora de bacilos de prolifera-
ção, os estudos da minha saliva, minha tosse, meus espirros, não
acharam a bactéria da Tuberculose.
— Certo, algo que quase o matou, que todos vão usar contra
você, mas dava motivos para o hospital lhe mandar embora.
— Eu não tinha mais recursos para continuar lá. Quando o se-
guro espirou, eles me chutaram de lá.
— Certo, mas vamos ao laboratório e falamos sobre o que um
grupo de jovens acha possível fazer, mas eles não entenderam, tudo
que se mede, se toca.
— Sons se modifica quando se toca, mas o som era a forma
de detectar, não o objeto em si.
Ela levantou-se e passamos em uma sala, antes de entrar, ela
pega meus documentos e passa para o rapaz, ele bate no sistema
dele, assino a entrada e ela fala.
— Agora faz parte – Me passando os documentos – amanha
vai ter cartão de entrada, ele lhe dá acesso apenas aos pontos que
lhe são permitidos.
Acho que nunca vou esquecer o entrar naquele local, no cen-
tro, um material que parecia avermelhado, todos a volta, olham a
senhora que fala.
— Vamos conversar rapazes.
Os rapazes pararam e bateram continência, eu não era mili-
tar, estranhei.
Fomos a uma sala e um rapaz pergunta.
— Quem traz ao grupo General?
A olhei, não era apenas uma doutora, era uma General.
42
— Senhor Sanches está sendo inteirado do prospecto hoje.
— C R Sanches? – O rapaz, juro que estranhei alguém falar as-
sim meu nome e ela confirma.
— Sim, e sobre isto que estamos o inteirando, ainda não sa-
bemos se vamos ter uma parceria longa ou muito longa, mas sim.
— E qual a ideia General?
— Qual a pergunta que gostaria de o fazer Cabo Carson?
Ele me olha, olha os demais e pergunta.
— Se temos o som, sabemos onde fica, vocês mediram a
massa, porque não pode ser tocado?
— Nossa premissa, estabelece que o som, que nos deixa ouvir
onde a massa está, é referente ao arrasto na onda gravitacional
criada no BigBeng, por isto da frequência baixa, não é o objeto, é o
como o detectamos, baseado no arrasto, a energia gerada pelo ar-
rasto, calculamos a massa, mas ainda não estudamos como tocar no
Tempo.
O rapaz me olha e uma moça ao fundo fala.
— Autorização para falar General?
— A vontade pessoal.
A moça me olha e fala.
— Chegaram a prova da existência da relação do tempo a ma-
téria escura?
— Faz parte dos estudos perdidos que terão de ser refeitos, a
imagem da segunda divulgação dos resultados, mostra as camadas
de massa escura tão finas, que olhando de longe, parecem uma
única coisa, mas como o estudo é evolutivo, tínhamos a frequência
de cada fatia, imagina você ter ao centro da nossa galáxia, próximo
ao centro, uma matéria, que está tão próxima, que numa distancia
mínima, calculamos não mais de duas milhas, temos 8,7 bilhões de
anos em fatias.
— E não estão encostadas?
— Acredito que não, mas não tenho ainda como detectar is-
to, é uma das teorias que teríamos de desenvolver maquinário para
ter a certeza dos dados.
— E qual o motivo da sabotagem, imagina um motivo?

43
— Acho que não parei ainda para pensar, pois estávamos
apenas gerando os dados finais de todos os estudos, era o detalhar
muito cada dado.
— E qual seria a apresentação final? – A moça.
— A ideia é do Doutor Francis, o que vemos no universo, é o
que chegou a nós de luz, mas para ele, era essencial saber como o
universo está a toda volta, para saber se corremos perigo, mesmo
não o vendo, por tudo estar tão distante.
— Não entendi.
— Estávamos prestes a provar matematicamente, fisicamente
e tecnologicamente que o tamanho atual do universo que se for-
mou no BigBeng, é de 26,9 bilhões de anos luz, mas os cálculos,
estabelecem onde cada objeto está a volta, aproximadamente, algo
didático para passar a frente, uma aula do atual, para um grupo de
pessoas que olhando para o céu, vê o ontem, as fatias, dariam a
idade exata do atual universo, pois as fatias abrangem até o que
não vemos.
— Mas então porque da sabotagem?
— Acho que não foi sabotagem, alguém roubou os dados,
mas não poderiam deixar as coisas lá para nós publicarmos, então
apenas sumiu.
— E porque fariam isto?
— Eu sou apenas um ser sem formação especifica, então se
um dia quiserem algo bem especifico, nem sempre serei eu que
darei a resposta, mas estamos desvirtuando a conversa.
A Doutora sorri discretamente.
— Acha que não temos como viajar no tempo?
— Se me perguntassem isto a 6 meses seria um dos que diria,
com certeza não, pois o passado não existe, hoje, sim, mas precisa-
mos de algo denso, como o mercúrio pesado a frente, mas qual a
ideia que vocês tem sobre isto? – Perguntei.
— Nossa ideia, é a condensação de algo a ponto de podermos
ter algo tão pesado que possamos coordenar através de uma fre-
quência especifica, um direcionador temporal.
— O problema é que apenas o peso não nos jogaria no futuro
ou no passado, senão jogaríamos alguém no sentido de Júpiter para
ir ao futuro, muito peso, nos esmaga, isto não deve ir ao passado.
44
— Mas disse que o mercúrio era uma saída.
— Isto não sai pela porta, então vou falar, mas ainda estava
sobre estudo.
— Certo, não tinham os dados corretos.
— Lembra quando falávamos que tínhamos 8,7 bilhões de
anos em fatias?
— Dos estudos, sim, ainda leio ele. – Carson.
— Estávamos estudando quantas fatias eram, e chegamos a
um numero, assustador.
— Assustador.
Eu olho o quadro negro ao fundo, olho que usavam algo que
escrevia apenas apertando ao quadro, sem o pó do giz, e escrevo o
numero.
1,37x10¹².
O rapaz de nome Carson me olha e pergunta.
— Que numero é este?
— O numero de fatias que formam um ano, no prospecto que
havíamos conseguido, e esta pelo menos 6 zeros a menos do que
acho ser a quantidade que chegaríamos.
— Está dizendo que cada fatia anual tem subdivisões, nos que
estabelecemos o que é um ano ou outro, tudo fica bem mais fino?
— Agora pensa em algo bem próximo de um buraco negro, o
ponto de 8,7 bilhões de anos atrás está a 2 milhas do hoje.
— Certo, algo tão apertado que no lugar de ir ao passado ali
poderia surgir em um espaço onde não existia a Terra ainda.
— Sim, mas estes dados, foram roubados.
— Alguém tentando o que estamos tentando? – O rapaz.
— Deixar claro, eu era usado como o rapaz das piadas impos-
síveis pelo doutor Francis, pois a minha ignorância de certas certe-
zas universais, me fazia fazer indagações sobre coisas que ele tirava
sarro da minha ignorância, então as vezes acho estranho formados
me ouvindo, eu organizava as ideias de Francis, eu não as tinha.
— Mas não respondeu, o como você faria? – O rapaz me
olhava, ele talvez quisesse a minha ideia inicial.
— Deixar claro, eu queria documentar cada fatia para quanti-
ficar qual era a que estávamos, e saber quais se formariam, e toda a
dinâmica de tempo, estabelecendo algo que achei incrível, era como
45
se eu desse um ano, e soubesse a forma do universo naquele dia,
hora, minuto, segundo, um estudo que as respostas foram nos pas-
sadas, mas precisávamos de horas para por aquilo em dados reais, e
não chegamos a os fazer.
A Doutora me olha.
— Está dizendo que estavam determinando a idade por quan-
to, quando o resultado foi parado?
— Queríamos chegar a frequência de surgimento, dai o nu-
mero seria o mesmo, mas seria 10 elevado a 18, não 12, teríamos o
tempo dividido a cada 12 milésimos de segundo.
— Algo para quem pretende viajar no tempo, mas acha que
eles conseguem?
— Não tínhamos chego aos dados, e todos eles, estavam sem
o desconto padrão da energia escura, os dados estavam em monta-
gem, pedimos os resultados Doutora, mas sem saber o que calcula-
vam, o que faríamos com eles, fica difícil acertar, mas poderia ser
alguém que já nos vigiava antes.
— Como quem?
— Alguém de dentro da universidade, um amigo do doutor,
alguém chegado a ideias malucas, mas sem ter coragem de falar
delas abertamente. Tanta gente possível.
— Acha que conseguimos?
— Deixar claro, eu faria a pesquisa anterior antes para quanti-
ficar onde, eu não colocaria uma pessoa dentro.
— Acha que o que aconteceria?
— Pelo que entendi, o tempo surge total, na frequência do
universo, a cada 12 milésimos de segundo, deixando um registro,
deixando uma frequência, se quero ir ao passado tenho de parar a
frequência, para avançar por uma estrada duvidosa, mas para estar
ali, teria de ter uma partícula, cercada de algo que a tirasse a gravi-
dade, não abaixo de nossos pés, mas de todos os lados, então te-
mos de saber se é teórico ou pratico.
Vi o rapaz olhar para a Doutora e falar.
— Se ele dava ideias assim, sem pensar nelas, entendo onde
o Doutor Francis avançou, ele analisava a ideia pela ciência que
tinha e pelos dados que ele gerava, a ideia genial baseada em uma
observação mais barata, que o Doutor Francis atribui ao senhor
46
Sanches, a prova da existência da matéria escura, a detectar e esta-
belecer o que ela era, mas ele tem razão, o saber o que é cada ca-
mada, pode nos dar o segundo exato de um pulo, nem que seja para
o passado, nem que seja apenas um escrito, mas tenho de pensar,
ele vai ficar?
— Estamos o analisando fisicamente, sua saúde antes de o
somar ao grupo definitivo, mas acha que teríamos como somar os
dados?
— Ele pensou em uma forma de avançar no passado Doutora,
todos estavam pensando, vamos fazer algo pesado, ele deu um
caminho, temos como desenvolver algo, o pior, que teremos o re-
sultado antes da experiência.
— Como assim?
— Vamos montar um prospecto de recepção de matéria e
começar a analisar os segundos, e vamos fazer o teste, não sabemos
o que vamos fazer, mas se tivermos onde a partícula chegou ao fim,
podemos acertar os erros, e verificar, é estranho ter de pensar em
algo que vamos receber o resultado antes de o fazer, mas vamos
pensar em algo assim.
A senhora me conduz ao alojamento e fala.
— Agora vou pedir para ficar isolado por 15 dias senhor San-
ches, e após isto, ajudar os rapazes, não sei o que pensa de sua for-
mação, mas vi que quis deixar bem ciente que pode falar algo erra-
do e para os demais pensarem sobre isto, as vezes tem de ter mais
responsabilidade no falar, mas ainda estamos começando nossa
parceria.
Cansado, deito a cama, agora sabendo que me fariam des-
cansar na marra por 15 dias.

47
Na sala, pedi um ca-
derno e um computador, e
começo a pensar sobre os
dados, não os tinha ainda, e
pedi formalmente para pu-
xar parte dos estudos de
uma nuvem, e a doutora
autorizou, então eu começo a fazer os cálculos finais, não sabia se o
doutor faria, mas ali não era para publicar, era para saber, e pego os
dados finais passados pelos três grupos, e olho para os dados, a
cada dado, anoto ao lado o que era, e para que especificação fecha-
va o calculo, olho os dados e os coloco no papel, não no computa-
dor, estava pensando, e sabia que teria 15 dias para pensar.
Quando vi as frequências, baixo aquela lista com milhares de
formular num painel de Excel, e o prospecto usa o valor obtido na
tabela e ela começa a fazer os cálculos, dos pontos, e os pontos
passavam ao programa ao fundo onde cada um iria ficar, e vi que
estava lento, deveriam ter colocado um controlador de conteúdo, vi
o calculo, coloquei o computador de lado e começo a desenhar na
folha a mesa o desenho dos pontos, dos prospectos, enquanto a
formula basicamente travava qualquer outra coisa.
Deito olhando o teto, e por 15 dias, trabalhei os dados, sem
saber muito da parte externa, mas era bom confirmar meu estado
de saúde, por momentos achei que estava no fim, o remédio para a
garganta a fez melhorar, a comida era deixada a porta todo dia, em
um carrinho, que vinha sempre com perguntas dos rapazes, e as
vezes não sabia ainda se tinha os dados para responder.
Eu faço os prospectos, de o que pedir para um superior, no
antigo posto, pediria direto aos locais, mas eles tinham acordos com
os radiotelescópios, eu não.
O que precisava de testes de frequência, de materiais que
frequentavam na posição oposta, cálculos de criação de gravidade
zero, mas sem truques, nem sabia se conseguiríamos fazer aquilo na
Terra, para mim para uma partícula poderá parecer correto, mas
para uma pessoa, parecia impensável.
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O conjunto de tudo, quando naquele decimo quinto dia, vi
dois rapazes a porta apenas ouvi.
— As vestes, tem medico hoje.
Me vesti e com a mascara fui ao hospital interno daquele
complexo e vi o doutor Richard que me fala.
— Como está a garganta?
— Bem melhor.
O senhor me fez deitar, tirou a chapa do peito novamente,
olhou a garganta, medidas, toda a ficha novamente e fala para mim
fechar a camisa e sentar.
— O que temos senhor.
— Você é um mistério, parece que internamente seu corpo
enfrenta a tuberculose, mas isto definha sua resistência, sem tubér-
culos novos, nada contagioso, mas alguns ainda ficam tensos com
isto.
Eu olhava o senhor que termina.
— Para mim, es mais saudável que muitos nesta base, apenas
vamos começar a colocar o senhor em um exercício regular, ver se
ensina os alvéolos que sobraram a oxigenar melhor o corpo.
Ele me passa o prospecto, não foi nada claro, mas os rapazes
me conduzem a sala da Doutora Berger.
Eu esperei do lado de fora, e após um grupo de generais saí-
rem sou chamado a parte interna.
Ela me faz sinal para sentar e fala.
— Se você parado gera toda a resistência que gera, imagina
comandando algo.
— Desculpa, não entendi a frase.
— Deve imaginar que seu computador pessoal era monitora-
do diretamente?
— Sim, fiz um pedido formal para a senhora através do meu
computador, sem saber nada referente de seus contatos.
— Esperto, mas alguns se perguntam como tudo isto estava
solto na nuvem sem uso.
— Tudo que tem na nuvem, é dados científicos, referente ao
que o Doutor Francis foi indicado para um Nobel, as planilhas, algo
que assim como eu as tenho, ele também as tem, para calcular os
dados corretos, uma planilha com as formulas e avanços, é mais
49
fácil de gerar todos os pontos do que ter de lembrar de todos eles
cada vez que se faz os teste.
— E o que estava tentando provar?
— Pensando nos dados, se aqueles dados estão corretos, en-
tendo o que devemos reter daquilo, mas poucos entenderiam que
está ali os dados, para alguém ir ao passado, mas não sei se chega-
ria vivo, e não teria como o devolver ao presente, pois ele atraves-
sou o tempo, mas somente ele, não o que estava com ele e não foi
cadastrado, e a energia necessária para uma pessoa, algo como o
consumo da Califórnia no mês, em 36 milésimos de segundo.
A senhora sorriu e fala.
— Certo, algo muito dispendioso, mas pensou em algo.
— Tenho uma lista de medições, antes pedia direto para os
radiotelescópios, não sei se posso o fazer.
— Vou passar os dados de dois deles, e com quem falar, para
pedir os dados, mas qual a ideia?
— Existem dois pontos no planeta que a gravidade natural-
mente fica em picos diários, próximos a zero, nestes lugares seria
mais barato fazer.
— Menos energia?
— Ainda muita, mas primeiro quero confirmar se existem
mesmo isto ou é apenas lenda tecnológica, as vezes é apenas ob-
servação errônea.
— Alguns vão achar que é vigilância tecnológica.
Eu pensei, não era de segurar palavras, mas pensei em quais
falar, pois não queria ofender.
— Não sei o proposito deste local Doutora, mas por mim, eu
acho que a vigem no tempo é algo que podemos provar, mas não
gostaria que ela acontecesse.
Vi ela me olhar serio.
— Não gosta da ideia?
— Quando alcançarmos isto, a verdade não nos vai servir,
pois ela se alterara, nós mesmos depois de um tempo, não lembra-
ríamos tudo que modificamos e a historia não existiria, talvez até a
nossa existência não existisse.
Vi a General, que eu insistia em chamar de Doutora, pois não
era do exercito, ou agora seria? Mas ela sorri para mim.
50
Juro que não entendi naquele momento.
Ela me passou minha identificação, minha identidade militar,
falou que minha vestimenta seria entregue no alojamento, toda a
gama de regras, estávamos a 45 quilômetros da entrada de San
Diego, então a cidade imensa ao lado fazia parte agora da minha
vida, soube que teria um salario 3 vezes o que ganhava na Universi-
dade, estranho como uma vida poderia mudar em 15 dias, mas ain-
da queria terminar o meu trabalho, caminho até a sala que seria
minha de trabalho, e olho o que tinha ali, sabia o que traria, o que
precisava.
Vi o cabo Carson a entrada a me olhar.
— No que posso ajudar rapaz? – Ainda estava de mascara, eu
achava estranho aquele som ainda da minha voz pela mascara, mas
entendi, eles não confiavam em um ambiente isolado, soltar algo
assim.
— Podemos conversar?
— Sim.
Ele bateu continência e entrou.
— Não sou militar, eu estranho isto rapaz.
— Estou nisto a mais de 8 anos, mas queria saber o que ima-
ginou como potencial de viagem, sei que alguns não querem que
isto aconteça, mas sou pelo provar possível.
— Sabe a responsabilidade de provar algo assim?
— Sim.
— Então senta um pouco e conversamos, já que eu não gosto
da ideia, mas entendo que muitos cientistas, provaram possível e
morreram por suas descobertas, mas não deixaram de provar.
Peguei uma folha e falei.
— O problema, não está no mandar algo ao passado, mas ter
algo que me permita voltar.
— Por quê?
— A energia de mandar alguém ao passado, ainda é grande,
pelos cálculos, então temos de ter facilitadores, como algo que di-
minua a gravidade, naturalmente, um material natural a volta que
não seja mortal e seja possível usar, um local isolado, que continua
isolado e o vai ser por anos a partir de hoje.
— Está pensando em que, não entendi.
51
— Se eu mandar alguém ao passado, teria de ir a um local
onde nós já mandamos antecipadamente o material, é estranho
isto, mas se eu mandar um equipamento a uma caverna isolada, eu
encontraria ela hoje e saberia que deu certo, e ela teria de funcio-
nar ainda hoje, para me servir.
— Está falando em gerar a volta antes de mandar alguém?
— Sim, já que precisamos mandar algo, para algo programado
para retornar, e isto funcionar, algo que vá para antes e nos gere o
voltar após a ida, e possamos analisar a possibilidade.
— Mas como o faria?
— Estou monitorando a partir de uma autorização, 12 locais
no planeta, e apenas dois deles parecem interessante.
— Vai estudar muito antes?
— Quanto anos estão tentando fazer isto?
— Tínhamos a teoria de retorno, tivemos um engenheiro que
jurava conseguir ir ao passado, ele tentou senhor Sanches.
— Alguém tentou?
Ele olha em volta e fala.
— Sim, quando ele retorna os 20 minutos após, seu pulo de
tentativa foi ao futuro, 20 minutos, seu corpo voltou todo distorci-
do, vimos todo o estudo ser parado por uma sindicância a 6 anos,
após a morte do engenheiro.
— Ele voltou?
— Sim.
— Teria acesso aos cálculos dele?
— Não achamos o problema, os cálculos parecem certos.
— Não terei acesso?
— Terei de pedir a General.
— Pensa apenas como uma missão Cabo, salvar este enge-
nheiro, pois se acharmos o erro e o mudarmos ao passado, nem que
sem alguém lá, ele não morre, mas começaríamos a mudar a histo-
ria. Mas o que entendi, é que os passos são para traz, nunca para
frente no tempo, mas achar o erro muda a historia!
— Como mudar a historia?
— Vocês não precisariam de minha pessoa aqui se o rapaz
não tivesse morrido.

52
— Certo, toda a linha mudaria, ou mais a frente fosse mais
terrível.
— Sim, pois teríamos de deixar algo no passado, alertando do
que fizemos, antes de o fazer, mas este recado só seria possível se
desse certo.
— Maluquice isto.
— Sim, por isto sou contra o modificar a historia, pois geraria
tantas mudanças que não sei se conseguimos calcular isto.
Comecei a rabiscar e pergunto?
— Modificaram o Mercúrio até que densidade?
— 18 vezes mais denso, mas ainda parece pouco, alguns
apontam para o valor anterior o problema.
— Como disse, não sei nada ainda, não vi o prospecto ainda,
e só vou falar sobre ele se tiver acesso aos dados.
— Certo, mas quer dar uma olhada no que desenvolvemos?
— Sim.
Olhei o rapaz me mostrar o local, uma capsula fixa, a ideia pa-
recia boa, mas o que eu entendia disto? Nada, o liquido enchia os
dois lados da capsula, eu entrei no seu interior, olho os prospectos,
solto dentro de algo parecido com um sino, olho as paredes, as to-
co, metálicas.
— Que material fazem as paredes?
— Aço.
— Qual a condutividade disto?
— Normal ao aço.
Olho para o piso e pergunto.
— Piso feito de que?
— Temos uma laje de 3 metros de chumbo a baixo.
O rapaz me mostra os geradores, dois geradores nucleares in-
ternos a uma base que nem sabia existir, olho a capacidade, anoto,
olho a densidade do material, e olho os demais a volta, fazendo
testes referente a condutividade de energia entre a geração e o
local.
— O que estão estudando agora?
— Uma forma de não se perder muita energia entre os gera-
dores e a capsula, a direita, a esquerda, mudanças em uma possível
veste de condução humana.
53
— Conseguiram mandar algo ao passado.
— Ainda não testamos, ou ainda não recebemos algo para
saber que já temos o calculo.
Eu olho o local ainda em construção e o rapaz fala.
— Estamos criando em escala menor, uma capsula, e a partir
do estar pronto, vamos registrar o momento que o fizemos, e ob-
servar se surge algo ali, não sabemos quando vamos escolher ao
futuro o material e qual a concussão, mas teríamos a ciência antes
do fazer, do resultado.
Olho a pequena capsula e fala.
— Sei que parece o correto, mas eu faria uma capsula menor,
em três formatos, uma com uma camada isolada do metal, uma
como está, e uma com um sistema resfriado interno.
— Acha que podemos torrar o que vier pelo tempo?
— Apenas palpitando.
O rapaz sorriu e anotou na mesa de comando algumas coisas
e um rapaz olha para ele e fala.
— Vai dar mais trabalho Cabo Carson.
— Faz um pré-projeto, e começa a execução de fora para
dentro, queremos testar isto em breve.
— Certo, vamos acelerar.
— Calma, não é a pressa que vai nos resolver isto.
O rapaz me olha e pergunta ao rapaz ao lado.
— Quem vem ao laboratório?
— C R Sanches. – Fala o Cabo, e o rapaz me estica a mão e fa-
la mudando a feição.
— Bem vindo, problemas respiratórios?
— Sim, uma dica, nunca me mandem ao passado.
— Não quer ver pessoalmente.
— Tenho uma bactéria resistente dentro de mim, inativa, mas
se por acaso ela resolver no passado se ativar, seria por uma bacté-
ria hiper-resistente, num mundo sem as drogas atuais.
O rapaz sorriu e pergunta.
— Contagioso?
— Ainda não sabem, por isto, vamos os poupar.
— Certo, mas acha que devemos tentar destas três formas?

54
— Eu sou por testes mais reais, eu faria com diferenças 12 de-
las, para ver onde erramos os detalhes, eu sou sistemático, mas
nem sempre acho uma forma de o fazer, e tem de considerar que
um método que usa, toda esta energia, não é pratico para retorno.
— Certo, quer algo mais dinâmico?
— Vamos provar possível primeiro, depois ajustamos. – Falei
olhando o rapaz que me pergunta.
— E quais as 12 formas que testaria.
Carson chega ao lado e olho um papel a mesa, ainda era por
pensar no papel.
Rabisquei o prospecto e falei.
— A forma sino pode parecer pratica, mas acho que deve ser-
vir para metais, pode ser impressão minha, mas a energia vai gerar
uma pasta na passagem, quando colocarmos uma grama de chum-
bo para passar, deve chegar uma pasta de chumbo, que terão de
analisar sem pegar, pois estará muito quente, estará reativa, e al-
tamente condutiva, mas mesmo que você não saiba, talvez ai esteja
o inicio do projeto.
— Não entendi.
— Pressão, energia, condutividade, podemos gerar algo liqui-
do, com 12 vezes o peso do chumbo.
— Algo liquido e mais dinâmico no processo, mas mostraria
que não teríamos como fazer isto?
— Quando se fala em 12 formas, teremos 12 resultados, se
eu pegar 12 tipos de material, terei após realizado os testes, mesmo
gastando mais tempo para os realizar, uns 2 anos de pesquisas.
— E se gerar um mais eficiente vamos fazer o que? – O rapaz
que me estica a mão e fala – Sargento Donald.
— Uma mesa com nossos maquinários, outros 12, mas dai
com 12 tentativas para conseguir, na terceira tentativa, trazer um
ratinho para o passado.
— Certo, nem que perdêssemos um deles?
— Nem que perdêssemos 12 deles. – Falei friamente – Me-
lhor que 12 dos nossos rapaz.
— Certo, e se algo passar seria feito o que?

55
— Analisado, dissecado, para analise se algo passou desaper-
cebido, e no meio disto, vamos tentar evitar falar disto fora de um
grupo bem fechado de pessoas. – Falei.
Carson olha em volta e fala.
— Sabe as regras?
— Nossa superior analisa se passa a frente, mas mesmo os in-
ternos, não precisam saber o que fazemos aqui, pois se isto cai na
mão errada hoje, não faz mal a nada, mas se der resultado, um
grande problema. – Falei serio.
Carson sorriu e Donald fala.
— Vou providenciar as 12 tentativas.
Saímos dali e começamos a entrar na divisão de projeto, mui-
ta gente para meu gosto, mas olhando as paredes, olho um detalhe
e olho para a Doutora entrar e falar.
— Me comunique Cabo Carson.
— Estou apresentando formalmente o local ao senhor San-
ches.
A senhora olha serio para o rapaz e fala.
— Precisa de autorização para entrar em alguns locais, sabe
que deve pedir permissão, acabam de mudar a dinâmica de algo
sem passar em minha mesa.
Eu vi o rapaz pedir desculpas e comecei a sair, não iria ficar,
se não era para ver nada, apenas falo.
— Deixa eu sair antes de lhe complicar mais Cabo Carson.
A senhora olha para mim e fala.
— Não dispensei ainda.
A olhei, não era um militar, mas entendo que sem ordem não
se resolvia, mas se não teria acesso, e o surgir dela apenas naquele
ponto, era uma forma de me tirar dali rápido.
— Sei disto, mas entendi que este local acredito que minha
credencial não me desse acesso, então evitando olhar mais do que
já vi.
Carson parecia estático, e esperando ela falar.
— Já nos falamos em sua sala Senhor Sanches. – A doutora
querendo algo que não sabia o que era.
Sai dali e fui a minha sala e sentei, eu olhei os prospectos,
mas nem peguei neles, olhei as estruturas, e apenas peguei o bloco,
56
olhei os dados, demoraria 3 dias para os ter, eu penso na planilha
de usos, mas nada ali eu mandava, realmente devo ter passado da
minha função, mas a ideia, gerar algo com massa e estabilidade, um
produto não radioativo, mas reativo, eu tentava pensar nos encai-
xes, e vi a senhora entrar pela porta.
A olhei e esperei ela falar.
— Temos de conversar serio senhor Sanches.
— Estou ouvindo Doutora.
— Não tinha autorização de ir aos laboratórios hoje.
Não falei, sinal que estavam fazendo algo que não era para
ver, e a olhei, pois estava apenas ouvindo ideias e as trocando, mas
se não era para o fazer, talvez ficasse na minha.
— Deve estranhar minha posição mas precisa de autorização
para algumas coisas, e espero suas ideias antes de sair passeando
por ai.
— Desculpa se a prejudiquei em algo, mas não entendi o pro-
blema, já que era apenas troca de ideias, eu não mando nada, então
é obvio, estavam apenas perguntando como faria, e sempre apontei
para os erros do sino nazista, aquilo pode ser útil, mas apenas para
o primeiro passo do prospecto, não para provar algo.
— Já vira aquilo antes?
— Apenas divagações, mas um dia me perguntaram a dois
anos, o que achava desta ideia de ir ao passado ou futuro por um
sino, e falei o que achava, que não era usado para isto.
— Tenta me passar permissões referente a visitas, evita ter
de o tirar de algum lugar, sei que estranha, mas isto é uma base do
exercito, e existem generais muito acima do meu posto.
— Não entendi ainda a ideia de me ter aqui, pensei que al-
guém me mostraria o que eu precisaria fazer, me sinto apenas pas-
seando e pensando, não sou de ficar inerte assim.
Ela me olha serio e fala.
— Sabemos que ainda não conversamos, mas evita visitas, os
jovens não entendem tanto os limites de pesquisas.
Olhei-a e falei.
— Me mantenho isolado, até segunda ordem.

57
A senhora me viu não dar importância a isto, para mim, todas
as metas de sigilo que para alguns pareciam inimagináveis, para
mim, era a regra básica de minhas ideias.
— Autorizamos as medições, não entendi a ideia, mas parece
querer medidas externas e internas.
— Fechar o prospecto dos 12 milésimos de segundo, para
termos a exatidão de onde vamos a cada passo, mas este prospecto,
requer sabe onde tivemos no planeta 8 pontos de muito pouca in-
terferência gravitacional, mas é apenas uma ideia, que não deveria
ainda ser considerada, apenas estudando.
— Ouvi falar sobre ampliar os gastos na sala de testes, sabe
dos gastos disto?
— Estávamos trocando uma ideia, mas era apenas uma troca
de ideia, e a ideia ali é reduzir custos, não ampliar, fazer o experi-
mento a 1/10 do tamanho que fazendo atualmente, com algo me-
nor, gastamos menos energia, gastamos menos material, testamos
12 formas de fazer o prospecto maior, e transformamos em aceitá-
vel a pesquisa, daria para estudar na metade disto, mas dai não
daria para testar ao fundo.
— Sabe que tem de falar comigo antes de propor senhor San-
ches.
— Sim, mas eu não estava ainda propondo, estava tentando
entender o problema, serio que alguém morreu tentando naquele
prospecto?
— Sério, mas não era para você saber.
— Segundo o rapaz que me falou sobre o sino, disse que usa-
vam Judeus para testar o sino, então não era seguro.
— Certo, e quer pequeno aquilo?
— Perder um rato é ate aceito, estranho estes que querem
poupar ratos para que percamos humanos em testes.
— Não tem problemas com isto?
— De forma alguma, mas desculpa, vou me ater aos poucos
dados que pedi.
A senhora saiu e olhei os dados, fechei a sala, peguei minha
credencial e fui a meu alojamento, ligo o computador pessoal e
começo a fazer os pré cálculos, pego o CAD e começo a fazer o
prospecto de movimento, de qual material iria querer no local, teria
58
de ser algo com peso e de preferencia eletroativo, o que não gosta-
va do Chumbo era a pouca eletroatividade dele, mas não sabia se
conseguiria fazer uma liga com os dois, parecia precisar de algo a
mais, ou algo que alterasse a dinâmica estrutural de um composto,
sem o forçar a radioatividade.
Eu coloco no prospecto os controladores de radioatividade, e
alguma coisas em laboratório de para analise do material resultan-
te, e vi que não teria como o fazer, era algo muito caro, acho que foi
automático riscar como caro, mas era o que se precisava daquilo se
fosse fazer, então entendo o problema, radioatividade e doenças
resistentes, não se brinca, eu não era a pessoa indicada para este
lugar, e coloco as objeções, e apenas vou dormir.
Os sonos vieram, mas a cabeça pouco descansou.

59
Uma semana do alo-
jamento ao refeitório, duas
idas a cidade, mas muito
reservado, pensando no
prospecto, a General não
me falou nada, então o que
queriam era bem isto, meu
trabalho isolado, sem interação.
Eu olho os dados, mas os satélites mostravam que havia um
laboratório no Novo México, cidade de Raton, tive de procurar no
mapa para me localizar, um lugar isolado, sinal que era para nin-
guém olhar para lá, mas os materiais e suas densidades eu conse-
guia analisar pelos satélites, mas não teria acesso, já que nem ali
tinha, minha cabeça parecia não estar gostando, eu poderia não ter
amigos, companheira, parentes próximos, mas na Universidade eu
pelo menos eu olhava o tumultuo ao longe.
Aquele dia eu vejo a noticia da apresentação da tese final do
Doutor Francis, ele apenas registrou os dados, ele não chegou a
frequência que queria, as vezes dava a sensação de que ele precisa-
va de ajuda.
Parei no sistema esperando os dados, vi que ele caprichou na
apresentação, mas ele se prendeu a terminar o que havia começa-
do, muitos testes nem entraram, imagino a decepção dele, e mes-
mo assim os demais estavam encantados com os dados, quando
ficou disponível eu baixo o prospecto e começo a ler ele.
Eu anotei os pontos que precisavam ser terminados, coloco
os dados que fizera, e peço autorização para passar os dados para o
doutor e recebo uma negativa.
Eu escrevo na pagina.
“Trabalho a jogar no lixo!”
Coloco na pagina do prospecto e vejo a aceitação, e mesmo
os que não queriam aquela publicação não devem ter entendido,
pois fora refeita, e não demorou mais 4 anos.
Eu faço o prospecto de utilização, mas eu geralmente fazia is-
to falando com o doutor, ele me dava as medidas que estavam er-
60
radas, mas ali era minha ideia sem limitação, eu achava isto um
perigo, e colocava os alertas ao lado.
Minhas duvidas eram minha capacidade para algumas dedu-
ções, o que parecia para alguns um defeito, mas era receio.
Às vezes eu achava que me vigiavam, mas as vezes, parecia
uma ideia incompleta, precisando ser trocada, não colocada ao pa-
pel, eu as vezes achava que me poriam para fora, mas não tinha
para onde ir neste momento.
Vi os prospectos em cada detalhe, mas não tinha como avan-
çar, os dados que pedi, terminaram um estudo, mas se não iria
compartilhar aquilo, não precisava detalhar mais.
Todos os detalhes iam precisar de testes, e sem o resultado
de testes, ou de uma troca de ideia, parecia que não avançaria.

61
Segunda semana, fui
passear em San Diego, não
tinha o que fazer, e os estu-
dos estavam lá, esperando
que me dessem um cami-
nho, e como toda volta,
passo na sala que me era
designada, e estava com um outro nome nela e minha autorização
estava restrita apenas ao meu alojamento, tentei falar com a Dou-
tora, e soube que ela estava fora, e segundo ela, me reportava ape-
nas a ela, então pedi algo para comer, já não deveria ser nem para
dividir uma conversa.
Eu olhava o estudo, e paro nas linhas que definiam a energia
escura, coloco uma interrogação sobre aquilo, e o pouco que pes-
quisei, nada, tudo muito superficial, e paro nas minhas indagações,
eu não sabia mais o que pensar, algo tão grande e invisível, o que
seria isto?
Quando se fala em algo que você duvida possível, algo lhe se-
gura as ideias, e no meu intimo, eu paro na afirmação de que fora
feito, apenas o ser chegou morto.
Ele tentou ao futuro, então a distorção dos fatos não foram
analisados e uma frase me veio a mente.
“Regra 1: Se um produto chegar ao passado, e já estivermos
com os prospectos de funcionamento, não mudar em nada o pros-
pecto, para saber o que fora feito! O concerto baseado em um re-
sultado que você não fez ainda, estabelece mudar para o errado, e
não uma constatação do fato.”
“Regra 2: A segurança do projeto, estabelece o isolar do pro-
duto recebido, até o termino da experiência, evitar conclusões an-
tes de terminar de fazer o teste!”
“Regra 3: Exaurir pesquisas para cada experimento, antes de
voltar a repetir um experimento, levantar os prospectos científicos
de cada experimento, para analise futura.”

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Estava pensando no prospecto que sempre usei, algo a ser
testado, mas estava pensando em algo simples, não num complexo
de ideias.
Eu faço a pesquisa de como seria uma maquete de um palmo,
quais as peças, suas peças, seus contatos, e começo a pensar se
conseguiria fazer um pré modelo, ainda sem o principal, mas olho os
dados e vejo o salario entrar na conta, e peço as peças, os micro
contatos, os materiais, teria que produzir alguns, mas não estava
pensando muito em dividir, se não queriam que estivesse ali, e me
sentia a parte, desde que falei com o Cabo Carson, não o vi nas re-
feições, quando olho para o prospecto, apenas coloco uma senha
fácil, de 23 letras no prospecto, e o fecho, as vezes queria conversar
em não estava mais tendo paciência, mas ainda respeitava o silencio
do projeto, por sinal, eu não sabia nada do projeto.
Coloco uma musica e deito, a musica baixa, apenas para isolar
o barulho dos corredores.

63
Quando duas sema-
nas a mais, eu fiz o meu
micro prospecto de maqui-
na, se movimentar na mesa,
era apenas alumínio, motor
básico, sistema de controle
de giro, com três giros con-
cêntricos, dois esternos, um interno e o piso para fora da maquina
eu imaginava ela colocada em uma sala, paredes de uma liga de
chumbo com mercúrio, na mesa estava o desenho da veste, e como
todos dia quando voltava do refeitório, passei na sala que já não
tinha minha entrada permitida, e não sabia, me pareci um invasor, e
uma pergunta, me veio a mente, alguém estava olhando o que eu
estava fazendo?
Os laboratórios não me davam acesso, então eu não tentei
por um tempo, e continuavam sem me dar permissão, via o segu-
rança toda vez que passava ali me acompanhar ao longe, já não
passava mais na sala da General, eu as vezes temia ter sido esqueci-
do ali.
Eu deixei o prospecto montado naquela tarde sobre a mesa
dentro do alojamento, os cálculos, os prospectos com a frase.
“Isto não é segredo, é loucura, duas semanas e vai tudo para
o lixo!”
Eu sai e fui a San Diego, estava com a carteira e aluguei um
quarto, e dormi fora da base, eu não sabia se alguém me vigiava, as
vezes achava que sim, era testar os limites, mas não fazia sentido,
mas precisava pensar, e o agito, me faz pensar, mesmo que sem me
prender a nada, eu sabia que algo estava errado, as noticias não
davam novidades, toda a atenção sendo puxada a Costa Leste, por
um novo furacão, e as pessoas passando ao fundo.
Eu depois de dois dias, volto ao quarto, e tudo estava no lu-
gar, nem o pó de grafite estava fora do lugar, então eu comecei a
desmontar o prospecto.
Ninguém nem para trocar uma ideia, eles me queriam isola-
do, tinham conseguido, meu contrato falava em isolamento, mas
64
não pensei neste sentido, desmontei e joguei as peças no lixo reci-
clável, todos os cálculos e prospectos, deletei, todos os pré cálculos
do como chegar a cada dia, minuto e segundo, deletei, eu não tro-
cara ideias, então deveria estar tudo errado mesmo.
Respirei fundo, uma das mochilas já estava no quarto que
alugara, então eu saio dali, naquele fim de tarde, me sentido um
derrotado e abandonado.
As vezes achamos que tudo esta fora do lugar, e como não via
mais ninguém conhecido, apenas fui ao quarto, sabia que teria de
arrumar algo a fazer, embora ainda estivesse no contrato anterior.
Caminhar só numa cidade grande, sentindo-se preso a um
contrato, a uma doença e a uma impossibilidade, caminhar lento,
me trouxe lagrimas aos olhos, pois eu não parecia bem, interna-
mente, eu não construíra nada.
Minha ideia era lenta, mas alguém poderia estar a fazendo,
mas começava a duvidar disto.
Já ouvira sobre pessoas que eles tiraram de pesquisas, para
elas não chegarem a algo, e começava a pensar nisto.
Eu sento em um bar, peço pelo numero, e uma cerveja, esta-
va tomando quando vejo a moça que não sabia o nome, mas que
fizera parte do prospecto do Doutro Francis, sentar a minha frente e
falar.
— Perdido aqui Claris?
A olhei, não queria falar com ninguém, olhei ela serio.
— Tentando achar algo para fazer.
— Mas não estava trabalhando para o exercito?
Uma faísca mesmo bêbado me veio a mente e falei.
— Que saiba, não.
Ela olha em volta e fala.
— Ouvi que tinha se dado bem, trabalhando para um grande
laboratório do exercito, o doutor Francis até lhe procurou e não
souberam lhe dizer para que divisão estava trabalhando.
— Meu numero continua o mesmo, era só me ligar. – Falei.
Ela joga os cabelos pra trás e fala.
— Sozinho?

65
— Sempre, escolha de uma doença, acho que já falamos dis-
to. – A encarei e não queria me envolver, as vezes nem química gera
algo assim, e estava assim neste momento.
— E está morando onde?
— Hospedado no centro.
— Sabe que as vezes duvido disto.
— Não vou cair nesta provocação menina.
— Arredio.
— Acho que alguém está lhe procurando, pois vem direto pa-
ra cá, não sei quem são.
Ela olha para a porta e fala.
— As vezes esqueço que eles nos vigiam.
— Eles?
— Eu trabalho para o exercito, mas não vai me ouvir falar is-
to, e não deveria falar isto.
Pensei olhando os rapazes, um era o rapaz que fazia seguran-
ça no corredor que sempre olhava, e que não tinha mais acesso.
Mas o rapaz não me olhou, apenas para a moça e ouvi.
— Sem confusão hoje Mary.
Pensei ser uma encenação, isto não acontecia assim, sorri por
dentro, e apenas dei as costas e pedi outra cerveja, me desliguei
olhando a imagem da entrada na Florida de um furação, eles esta-
vam esvaziando cidades pelo risco.
Paguei a conta e sai, se alguém me seguiria não sabia, mas fui
ao prédio onde estava com dois meses pagos de estadia, subo, caio
bêbado na cama.

66
Acordo alcoolizado
com o barulho de forte,
olho a porta e dois policiais
me apontavam armas, olho
para eles e por reflexo le-
vanto as mãos.
Olhei os militares en-
trarem depois, apenas as roupas, nada de sistema, nada além de
moveis velhos e uma cama de mola barulhenta, olho para a porta e
vi a Doutora me olhar decepcionada.
— O conduzam a detenção.
Sorri por dentro, acho que não sirvo para este tipo de mundo,
e sei que as coisas eram em parte encenação, parte sérias, mas eu
deixei mais de 20 pedidos para falar com a senhora, se não me
atendeu e somente a ela me reportava, começava a pensar no que
fazer, eu fiz um prospecto gastando recursos, recebendo dentro do
meu quarto e ninguém nem olhou.
Eu fui conduzido a uma cela isolada, com um buraco para ne-
cessidades, me tiraram a mascara que usava toda vez que estava na
base e não sabia o que estava acontecendo.
Bêbado, sento ao canto e adormeço novamente, acho que es-
tava cansado, as vezes tossia, as vezes até duvidava da informação
que me passaram como real que minha tuberculose recuara, mas
descansei, pois não tinha o que fazer agora.
Estava dormindo naquela tabua doida quando alguém abre a
porta e fala.
— Condução.
Eu ria disto, pois não tinha como me portar dentro de algo
que não fui criado, e algumas palavras, apenas tiradas de filmes,
não de minha realidade.
Fui conduzido a uma sala e um senhor me olha e fala.
— Senhor Sanches?
— Sim.
— O que fazia no centro de San Diego.
— Dormia.
67
— Não é brincadeira rapaz.
— Na minha estada aqui, não existe a proibição de ir a San
Diego, e nem a obrigatoriedade de dormir aqui senhor. – Eu olhei
ele serio, eu não me via mais parte daquilo.
— Me informaram que você estava conversando com alguém
do projeto “Passo”, sabe que não pode trocar informações com
pessoas da base de outros projetos.
— Se não posso, não me informe senhor, de coisas que não
sei, pois até este momento, não sabia que Mary trabalhava aqui,
muito menos que existe um projeto de nome “Passo”, já que eu,
não estou em nenhum projeto, as vezes entediado, por falta do que
fazer, sem sala, sem ter a quem me relatar, apenas bebo, e quando
alguém pergunta o que faço, bico, e se a pessoa que conheci de
antes deste lugar, se oferece bêbada, apenas tenho onde passar a
noite para não parecer nem trabalhar aqui, mas se fiz algo errado,
talvez, tedio é isto, fazemos merda.
O senhor olha a porta e fala.
— Quer falar com ele antes de o mandarmos a detenção no-
vamente?
— Sim.
Ouvi a voz da Doutora, e se ela estava nisto, me dei mal e fo-
da-se, tossi para limpar a garganta, não para deixar claro o que des-
confiava, que mentiram para mim, pois a senhora se afastou.
Exercito de cagões.
Ela me olha e pergunta.
— Estava tentando fugir?
— Pensando em morrer longe daqui.
Ela me olha seria.
— Não tem autorização de morrer se me comunicar.
— Eu tentei comunicar, não estava lá senhora.
— Para você, General.
Me calei e a olhei.
— Você desobedeceu aquele contrato que assinou, esta em
detenção até analisarmos seu caso.
Me conduziram a meu alojamento, não a cela, mas agora sem
identificação interna, as poucas coisas que tinha levado para fora,
estavam ali, sobe a mesa, as peças que tinha jogado fora, mas o
68
computador estava sem nada, eles teriam como recuperar os dados,
mas não me interessava, eu sou cabeça dura as vezes, as vezes con-
versar, mas esqueci, eu estava acostumado com um mundo, quando
fui trazido para dentro, tinha falado com muito poucos.
Eu nem parecia estar ali, eu peguei o martelo sobre a mesa e
comecei a despedaçar as peças, eu apenas tinha jogado fora, agora,
estava as destruindo, era alumínio, então martelar alumínio, era
transformar aquilo em amontoados de formas mudadas.
Olhei as paredes e falei alto.
— Será que demoram mais um mês para me julgarem?
Eu olho o canto e olho os pedaços de papel, eles tentaram en-
tender algo, devem ter fotografado, mas aquilo era um esboço, não
um projeto, eu tentei, mas sem trocar ideias, não teria como o fa-
zer, e lembro daquele momento que estava entrando na sala ao
lado com Carson, a hora que nos barraram, que evitei olhar em vol-
ta, mas já tinha entrado, uma sala de projetos, mas não me ativei a
pensar neles, tinha mais de 20 pessoas naquele local, e não uma, as
telas que as moças olhavam, era de locais como o que me prende-
ram, mas é que ninguém estava lá naquele horário, talvez isto que
não tenha me feito pensar na hora, eu pouco fixei os olhos no pes-
soal, e sempre estava de mascara, olho a gaveta e pego uma e colo-
co novamente.
Pego um boné na gaveta e coloco a cabeça, eu estava em
uma prisão antes, e voltei a ela, monitorada, apenas as pessoas
achavam estar recebendo para isto, e o ser humano se acomoda
com isto, eu olho os programas e olho para a tela, tinha ali copias de
coisas que sabia ter deletado, mas se não falariam comigo, não pre-
cisava fazer nada.
“Este não é você Claris, sabe disto.” – Pensei.
Coloco o som um pouco mais alto e começo a falar comigo
mesmo o que pensava, poucas pessoas entenderiam.
— Preso em uma base de pessoas inertes que ganham com a
inercia, se desconfiasse disto, teria ido a Florida, não ficaria por
perto, as vezes esquecemos de olhar para o retrovisor, mas eu não
funciono preso e sem metas, dinheiro na conta que nem posso to-
mar uma cerveja, para que dinheiro então, confessem que nos que-
rem apenas como escravos, para enterrar projetos.
69
Liguei o computador e coloco uma imagem.
— Toda esta imagem na internet, foi feita com pessoas traba-
lhando com a cabeça livre, trocando ideias e dando seu melhor.
Coloco o meu prospecto de maquina do tempo, era uma go-
zação pensar que nomeei aquilo como “Maquina do Tempo”.
— Já isto, resultado de uma ideia não trocada, não analisada,
não conversada, então é uma ideia idiota, eu não entraria em algo
assim, pois é morte certa.
Olho as paredes e falo olhando para uma parede.
— Quando encontrarem o corpo, morto, serei apenas um re-
gistro final, eles não são um exercito, são apenas uma pequena par-
te dele, pois se nosso exercito fosse de pessoas assim, teríamos
perdido todas as batalhas. Mas nunca fui um soldado.
As vezes até minhas pequenas palavras me mostravam o
quanto eu era frágil.
Eu entrei no banheiro e me sentei no vazo, eu queria voltar a
vida, aos estudos, mas entendi que quando pesquisei a alguns dias
sobre energia escura, o mesmo sistema que controla o que não sai,
controla o que se pode acessar externamente, então uma pesquisa
que deveria me dar uns mil prospectos, me deu apenas 6 paginas.
Eu não sabia se estava ficando louco, mas eu liguei o chuvei-
ro, um banho rápido, saio do mesmo em uma toalha e penso em
todas as gravações que deveriam ter de mim, aquelas coisas que
não declaramos e fazemos.
Deitei na cama e me estiquei, olho o relógio, peguei o remé-
dio e fiz que tomei, apenas tomo o copo de agua e cansado, de uma
noite mal dormida, de uma cela doida, apaguei na cama.

70
Acordei mais um dia,
parei de contar o tempo,
acho que faz mais de quinze
dias aqui dentro, pensa em
alguém que veio motivado,
e fica aqui, a olhar as pare-
des, agora me servem a
comida, talvez ninguém esteja me observando, ou queriam que
pensasse isto.
Olho a parede e penso que aquilo parecia sempre diferente,
pego o martelo, olho ele e algo estava errado, bato ele contra o
dedo, deveria ter doido, mesmo lentamente, mas não doeu.
“Tô dormindo?”.
Eu me belisco, não, estava acordado, olho o martelo, parecia
pesado, mas não deveria ser de ferro, ou não a parte externa, este
não era o martelo que eu estragara as demais peças, mas eles que-
riam que achasse que estava dormindo, eu sentei a mesa e vi as
peças ali todas de novo, e penso no que falei, eu estava maluco.
Vi que os dados ainda estavam a tela, mas eu não queria re-
montar nada, as vezes me desmotivava.
As vezes olho as paredes e penso que toda a estrutura de
pensamentos está se perdendo.
As paredes começam a me deixar deprimido, e nem uma cer-
veja para tomar.
Eu queria saber o que eles queriam, mas não entendia, eles
me desmotivaram, eles estão me levando a loucura, e loucos não
são seres a serem guiados, e abro o editor de texto do computador,
escrevo os pontos que acho importante, o que acho negativo, e
escrevo no fim.
“Viajar ao futuro, se me aproximar de algo denso, pois o tem-
po é agora, ele esta se formando, para viajar ao passado, usar a
energia escura, e caminhar pelo tempo, escolhendo onde parar!”
“Regra 4: Nunca confunda um prospecto para ir ao passado,
tentando ir ao futuro, enquanto um estaria sempre indo a pontos
sem estrutura, outro, avançando para o incerto, não acredito em
71
viagem ao futuro, pois o tempo vai passar, apenas você vai ficar fora
dele, não vejo motivos para viver 5 anos num futuro distante.”
“Regra 5: Quando já se tem 4 laboratórios do exercito, que
tem bases ocultas, 3 deles no Novo México, onde a base já esta
feita, porque gastar mais?
“Regra 6: Loucos não devem ser usados para experimentos
com o tempo, podem vir a alterar toda a dinâmica da historia.”
Vejo meu saldo, continuam depositando meu salario, estra-
nho isto, acesso uma empresa que lidava com tungstênio, coisa
cara, mas peço as peças que tinha pedido em alumínio agora em
Tungstênio, não saberia se iriam entregar, peço Mercúrio Pesado,
um gerador de energia.
Os transformadores, fiz o pré-cálculo, para um sistema de gi-
ro invertido, revestimento isolante, o sistema na base pareceu mais
eficiente, calculo a espessura das paredes e a dimensão que precisa-
ria para um projeto de um palmo, iria precisar de paredes laterais
para todos os lados de mesma espessura, para cima e para baixo
também, começava a achar que os cálculos me diziam, impossível
de fazer, isto me fez olhar os dados, não tinha com quem falar, isto
que me fazia duvidar, escrevi as perguntas na tela do computador,
eu não tinha as certezas, eram duvidas de quem era bom em cálcu-
los, mas péssimo em ideias Químicas e Físicas a nível partículas.
Eu estava projetando o pequeno pedaço de material, quando
vi algo surgir sobre a mesa, eu recuo, ouvi os alarmes tocarem a
toda volta, estranho como entrou gente a volta, enquanto eu recu-
ava, vi alguns rapazes com roupa contra radioatividade, susto, mas
eles tiram aquilo dali, e olho em volta, maluquice, ninguém falou
comigo, mas entendi, não sei quando, mas consegui.
Eu recuei, eu as vezes sentia como se pudesse morre neste
experimento, mas passei um pedido de mercúrio e chumbo.
Eu sabia que iriam dois dias agora esperando.
Eu não tive acesso ao material, mas pensei no que escrevera,
e sabia, teria de o fazer para analisar o resultado.
Eu faço os cálculos, curva após curva, sorri, olho em volta se
sem entender direito, sorri, peço um sistema de som para sons mui-
to baixos, e alguns sistemas, estranhei pois eu deitei para dormir e
quando acordei estava tudo que pedira lá.
72
Eu pensando em 2 dias para descansar, começo a refazer,
montar a primeira linha, com mercúrio interno aos sistemas que
iriam girar, o montar do gerador, o montar dos sistemas de trans-
formadores, para ganhar amperagem, era uma escala menor de
algo muito grande, começo a ajeitar os pontos inferiores da mesa
com um palmo de chumbo, a lateral direita, esquerda, a frente e
começo a montar o pequeno objeto, que texto o giro, num fogarei-
ro esquento o chumbo e derramo no interior da estrutura interna
de tungstênio, e na mais externa, coloco aquele sal bem leve, com
mercúrio, e testo o giro simples.
Eu coloco no centro do local um ampola lacrada, com chumbo
e mercúrio, como pensara fazer a primeira vez, quando se estabele-
ce meta, foram quase dois dias montando, não sei se me observa-
vam de perto, mas eu liguei o gerador, e aquilo começa a gerar fu-
maça, coloco ele no banheiro, com a saída do gás pela estrutura de
saída da umidade.
Testo os transformadores, testo o movimento, teria de carre-
gar todo o sistema de estrutura e de sistema, ligo o computador e vi
que tinham as respostas dos cálculos, o modelo do sistema, e coloco
na base, e quando aquilo girava, por 12 milissegundos, coloquei
uma micro câmera e coloco a imagem vinda dela no comutador,
que coloquei a cama, se desse errado, não perderia o computador,
com dificuldade coloco a peça superior e a frontal em chumbo, veri-
fico a imagem, começo o giro novamente, apliquei a amperagem e
voltagem, e vi o material sumir.
Nem animo ao sorriso eu tive.
Com calma anotei os dados e desliguei o sistema, desliguei o
gerador, cansado, dormi.

73
O sono foi profundo,
a cabeça estava no que
pensei fazer, a duvida ao
abrir os olhos e não ter na-
da lá, algo cansativo, sentia
os músculos, sentia as ener-
gias baixas, alguém que já
não respirava direito, agora preso e prestes a loucura, sorrio de não
ter nada ali, obvio que muitos achariam que foi um sonho.
As vezes queria me sentir melhor, mas psicologicamente esta
sendo testado, eu as vezes marcava um pedaço de madeira, para
saber os dias, fui os contar e vi que estava liso, como se tudo real-
mente fosse um sonho, se as pessoas me achavam um louco, para
mim, apenas um dia para sentar, eu fui ao banheiro e coloquei o
chuveiro no gelado, me sentia quente, tomei um banho bom, re-
frescante, as vezes queria entender o que acontecera, mas as me-
morias forma ao produto.
Me seco e sento enrolado a toalha a frente do computador,
ele novamente estava apenas com o básico, quanto trabalho jogado
ao vento, na cabeça algo a procurar, efeito da radioatividade em
uma reação, anoto a temperatura e energia para modificar isto,
tento entender de algo que não era bom, mas como se diz, hoje a
ciência estava ao alcance da mão, se no passado isto me faria ir a
uma biblioteca, hoje tenho uma a minha frente muito mais detalha-
da e atualizada.
Começo a por os valores do que apliquei a experiência, ampe-
ragem, voltagem, movimento, som, influencia sobre a consistência,
pressão e qual a quantidade de mudança se faria em um espaço de
12 milissegundos.
Entendi onde estava o problema, tentava lembrar o nome do
termo em química e não conseguia, teria de fazer uma pesquisa até
achar um comentário ou o termo, como sempre digo, as vezes não
ter com quem trocar uma ideia, e não ser expert nisto, me fazia
perder tempo em pesquisas básicas.

74
Eu sabia que o peso era determinado em grande parte pela
quantidade de átomos no mesmo espaço, pela distancia entre eles,
algumas partículas tinham uma distancia maior, outras menores, a
modificação de algo assim geraria um novo produto, uma nova par-
tícula, não seria Mercúrio, não seria Chumbo, mas teria de medir a
estrutura para saber as propriedades de algo assim, radioativo sim,
pois fundiríamos dois sistemas, sobrariam nisto partículas em todos
os sentidos, e essas partículas também teriam de ser estudadas,
pois elas por si, também eram partículas novas, teriam todas de ser
estudadas, mas o que esperava, algo que me controlasse o sistema,
porque algo me apontava este caminho?
Intuição nunca foi algo que usei, então por algum motivo mi-
nha cabeça me levava a este caminho, teria de saber se o produto
era liquido.
Olho em volta e penso em algo estranho, olho o saldo da con-
ta e lá estavam todos os gastos de 3 dias antes, de alguma forma eu
tinha dormido um dia inteiro, e o saldo mostrava isto.
Não estava louco e peço as peças novamente, com mais 3
adendos, mas desta vez, antes de fazer o prospecto, descansaria.
Mas pedi as medidas com alteração, pequenos ajustes, estava
a pensar no que faria, eu teria de dar mais intervalo, mas não tive
como calcular antes, então menos intervalo, tentava lembrar onde
coloquei antes, marquei onde na minha memoria surgiu aquilo com
os alarmes tocando e fiz uma aproximação, um desvio espaço tem-
po, então não surgiria no mesmo local, e sim lateralmente, surgir no
meio da parede em meio ao recuar no tempo não seria legal.
Refaço todos os cálculos, mas peço algo a mais com desvio la-
teral, teria de saber se o desvio era proposital, ou não, peço um
involucro para isolar a radiação, eu as vezes tinha meus pensamen-
tos, voltados a morte, mas não sei, as vezes me assustava com os
meus pensamentos em si.
Cada momento que calculei, refiz, pensando nos detalhes mí-
nimos, se alguém observava, eu jurava que sim, o saldo mostrava os
gastos, os pedidos, também, os prospectos tendo modificações,
desta vez prestei atenção nas datas, mesmo sem olhar para elas, as
vezes achava estar dormindo de mais, não estava percebendo, mas

75
como todos sempre falaram, eu tinha apenas metade dos pulmões,
e mesmo estes, afetados, me por para dormir deveria ser fácil.
O que era um prospecto de tentativa, agora viraria algo mais
estudado, se avancei no tempo, este era o problema, eu não tinha
noção real de tempo, poderia fazer uma grande merda ali, mas na
caixa de chumbo que resolvi criar ao lado, pelos meus cálculos, po-
deria desviar com a velocidade, para mais próximo do acontecimen-
to, mas desta vez, queria fazer um teste de 23 microssegundos, para
obtenção de um gás, a diferença se estaria a direita ou esquerda da
tabela estabeleceria se eu conseguisse aquilo nos 23 segundos, sei
que parecia loucura, mas eu queria um produto como resultado, na
forma de gás, com 8 elétrons na ultima camada, o que quer dizer
estável, mas teria de estabelecer quanto tempo ele demoraria para
ser usável.
Os planos que não queria dividir, escrevi na folha, com traços
e pingos, lembrei de quando era criança, que um traço era o a, 5
traços era o u, usando os números para estabelecer as letras, eu
brincava na infância de escrever assim, o B era o 1 na posição certa,
o M era o 1 de ponta cabeça e o V era o 1 de lado, estabelecendo
todas as letras, e naquela folha, escrevia assim o que pretendia, não
era para facilitar, era para ter como fazer, eu olhei a hora no siste-
ma de um site, e anotei, eu coloquei os dados, e adormeci, precisa-
va descansar um pouco.
Desta vez descansei os dois dias até me entregarem, mas con-
tinuaram a entregar, uma prisão sem falar com ninguém, nem o
rapaz da comida me dirigia palavras.
Vi o carrinho de comida e na parte de baixo, pelo menos 18
encomendas, eu vi que nem tudo estava li, e montei apenas o estru-
tural, não o básico, pois queria montar com o material, estranho
estar gastando algo que era minhas reservas para desenvolver algo,
mas quando no segundo dia entrou aquele analisador molecular do
composto, sabia que estava prestes a ficar sem nada de dinheiro na
conta.
Sorri da ideia, pedi um café reforçado no centro para entrega-
rem ali, não sabia se entregariam, mas o despertar daquilo, o entre-
garem mesmo com a abertura do corredor parecer um deserto,
apenas o rapaz que me entregava as coisas.
76
Eu pedi mais coisas desta vez, e não iria pedir favor a alguém,
sabia que talvez morresse, e ninguém nem soubesse que fiz isto,
mas fazia parte de ter assinado aquele papel, que por sinal, ia con-
tra os preceitos constitucionais, mas assinei, então resolvi encarar.
O colocar do hidrogênio em um sistema de refrigeração, e
neste colocar uma peça pequena de chumbo, calculei quanto de
oxigênio precisaria, aquilo era uma bomba e estavam deixando eu
fazer dentro de um quarto com muita gente a volta.
Ninguém me deu o respaldo, então parecia que queriam que
explodisse tudo, até comigo dentro.
Pois minha base de Química, era básica, acho que li mais so-
bre química nos últimos dias do que na vida. A base espacial da
química é bem diferente da de produtos básicos.
Eu esperava que o chumbo fosse puro, olhei a composição e
ali falava 99,9, mas o que tinha nestes 0,1 por cento, não saberia
antes de dar errado algo.
Desta vez eu coloquei o produto mais a ponta, e pensei por-
que o objeto tendeu para o lado, ali não tinha noção de norte e sul,
leste e oeste, inclinação do planeta, teria de ser em intervalos me-
nores, onde o movimento do planeta não interferisse no experi-
mento, algo curto, intervalos de experimento, com intervalos de
recipientes, todos herméticos, todos dispostos a partir do ponto
onde tudo estava, com muita coisa a analisar, eu não tinha certeza
da manobra, mas para mim, intervalos de 0,5 milissegundos, eu
teria de programar, eu não teria como o fazer manualmente a repe-
tição, então preparei um gatilho elétrico, deste intervalo, remontei
toda a estrutura, eu fiz as concentrações de oxigênio e hidrogênio
puros, estavam congelados, então eram pedras quando coloquei no
recipiente ao lado, mas esperava que funcionasse, mas sabia que
teria os resultados quase no ponto que ligaria, então estaria na con-
tagem de acontecimento quando os equipamentos iriam separar os
produtos, como era algo que em parte poderia ser solido, liquido ou
gasoso, coloquei os recipientes de coleta e analise, em incisões nas
estruturas de cristal de carbono transparente que formavam os 5
pontos que esperava testar, talvez os espaços não funcionassem
como calculei, era muito improvisado, vi quando o rapaz bateu a
porta e veio o café e uma comida, tomei o café e com calma comi
77
um sanduiche, repassei cada um dos prospectos, eu imaginei todos
os prospectos, e aqueles 15 minutos sem fazer nada, entre o ligar
do aparelho, já com detecção em todos os recipientes, me fez olhar
os dados, eu não sabia o que estava fazendo, mas algo me passou
estranho a vista.
— Isto não pode estar certo.
Eu olhei os dados e medi a radioatividade interna, nem sei se
perceberam que fiz a pequenas incisão de dados, e começo a olhar
os prospectos e a gama de coisas, 5 quadrados, no primeiro, sobrou
O³, Íons de Hidrogênio, e algo que não estava parecendo certo, tal-
vez tivesse um erro, mas o composto que mostrava a tela do recep-
tor começa a calcular e chega ao gráfico e olho aquilo atento.

Mas para mim, não existia a oitava linha de elétrons, para


mim sempre fora 7 delas, estranhei, o produto era liquido a 21
graus, então hora piscava em branco como artificial, hora em azul,
liquido a temperatura ambiente.
O sistema separa o produto, eu coloco ele em um recipiente
com uma luva, espremendo a espuma resistente a calor que tinha
colocado ali.
Mando a impressora uma impressão e colo no recipiente, não
sabia o que era, não tinha no meu pequeno conhecimento de Quí-
mica, sorri, não poderia ser, mas e se fosse, teria de ter um nome.
Segundo recipiente, novamente isolado o O³, isolado o super
íons de Hidrogênio, nunca soube deles tão reativos, e novamente
apareceu algo que não entendia, será que estava a desenvolver um

78
método de estudo de novos produtos, uma nova fronteira, pois ali
tinha outra coisa que não entendi.

Algo que tive de verificar, pois reagia no aparelho como um


Halogênio, estável para algo que fora feito tão rápido, e lembrei que
rápido para mim, não sabia quanto tempo ele passara por aquilo.
Olho o primeiro produto e estranho, pois a maioria dos com-
postos criados, eu não tinha informações como Temperatura de
Fusão, ponto de ebulição, eletroafinidade, densidade, raio atômico,
e finalmente Energia de Ionização, começava a pensar no que seria
aquilo, pois era o segundo produto com elétrons na linha R, mas
não lembro de ter visto algo assim antes, e era o segundo.
Separo os materiais, outro liquido, bem denso, o inicio era
confuso e teria de ter mais dados, e talvez, tudo sumisse, mas mar-
quei o tempo, a amperagem usada para cada caso, uma tabela de
causa e efeito, o produto inicial era o mesmo, se tinha antes um
quilo de chumbo, um de hidrogênio e um de oxigênio, agora tinha
uma subdivisão de menos de 200 gramas de um liquido, perto de
800 gramas de ions de hidrogênio e uma leva de H²O ionizados,
anotei os dados, mas separado os produtos ionizados, o material
não era radioativo, eu olho interessado, um liquido, com elétrons
passiveis de ligações em dois níveis superiores, liquido e pesado,
algo a se estudar, e não radioativo.
Olho o próximo novamente um produto que não conhecia,
será que na minha loucura reescreveria parte da tabela periódica,
pois era tudo que indicava, estava ali com mais um produto.

79
Sólido, ou como se diz, nem solido e nem liquido, estranha a
consistência disto, mas era maleável, mas rígido.
Estranho, aquele trabalho estava se arrastando, pensei que
não chegaria aquilo, mas o que estava mostrando, que se não pro-
tegesse o matéria interno, este interagiria com o oxigênio e hidro-
gênio próximo e iria ionizar, para um humano, morte certa.
Olho o próximo, e o recipiente teve de me separar o produto,
algo na forma de gás em condições e temperaturas normais, um gás
nobre, novo, com toda a loucura que via dos dados, anotar os pros-
pectos acabou sendo igual nos dois, e tive depois de isolado o hi-
drogênio, a agua, esfriei aquele composto para o tornar solido, e
pequei aquilo e coloquei em um recipiente e o isolei, dos dois últi-
mos prospectos, mas o que o ultimo falava, era mais maluquice que
tudo que havia visto, pois estava ali, ouvi alguém bater a porta, sa-
bia que era loucura aquilo, mas os sistemas me falavam.

80
Dois gazes nobres, não apenas um, mas pela primeira vez es-
tava vendo algo com linha não apenas R e sim R e S, na minha fren-
te, não sei se existia erro, mas a gama de possibilidades de algo
assim, era incrível.
Abri a porta e ali estava a General e ao lado um senhor que
não sabia quem era.
As costas existia mais pessoas, mas todos com vestes de radi-
oatividade, até a general e o senhor.
Eu olho eles e fala.
— Problemas?
O senhor ao lado olha o medidor de radioatividade e não
apontava nada, pois desta vez eu colocara tudo em recipientes, eu
não sabia o que estava fazendo, mas o senhor olha para a General e
fala.
— Disto que falava no prospecto anterior?
Eu apenas ouvia, e não sabia do que estavam falando.
— Tiramos dele o material radioativo, ele pelo jeito resolveu
testar diferente, mas é nítido o que falei antes.
O grupo ao corredor viu o senhor abrir o capacete e me olhar
serio.
— Sabe o que está fazendo?
Olhei para a Doutora e perguntei°
— Posso dividir com terceiros?
— Sim, pode senhor Sanches.
Olhei o senhor e comecei a explanar.
— Usando uma teoria maluca para provar que sem proteção
bem eficiente eletromagnética, para não ser atingido pela ionização
avançada e mortal, não conseguiríamos recuar no tempo, um deci-
mo de segundo sem morrer.
O senhor não pareceu entender.
— Não entendi, qual o experimento.
— Eu gravei desta vez, mas os resultados apresentados a me-
sa, surgem dois segundos, um segundo, meio segundo e um quarto
de segundo antes do inicio do experimento, com alta voltagem, com
giro controlado, com camada protetora externa eletromagnética e
fechado em um recipiente para reduzir a interação gravitacional
interna, com giro em 3 sentidos para anular o movimento do plane-
81
ta, gerimos em um experimento de um palmo a prova que dá para
recuar no tempo, através das camadas de matéria escura, dispondo
no sentido da energia escura, e este experimento, foi feito no míni-
mo que eu consigo em um sistema manual de fabricação caseira.
A senhora olhou o senhor perdido, eu sabia pelo uniforme
que era um general, ele olha o rapaz a porta e ele entra com uma
tabela e fala.
— Ele estaria mudando a estrutura que conhecemos senhor,
pois geraria uma mudança inacreditável.
— Qual?

O senhor olha as novas linhas e fala.


— Isto feito assim, em um alojamento?
A senhora olha o senhor e fala.

82
— Sabe bem o que faz general Carter, foi o senhor que tirou
todos os testes de laboratórios para um experimento psicológico,
antes de avançarmos após aquela morte do seu sobrinho, mas dan-
do a liberdade de criação, a primeira, o senhor basicamente des-
montou o sistema de transferência e isolou mais ainda o laboratório
dos novos membros, me tirou daqui para aquela base em Raton,
que nem sabia existir, e sabe que sem um projeto, não se faz coisas
assim.
— Mas o que ele ganharia com isto? – O general olhando a
General, mas quem eu ouvi foi o rapaz ao lado.
— Ele por um experimento bem mais complexo General, está
concorrendo ao Nobel anual de física e matemática, algo assim o
daria o Nobel de química, com certeza, pois criar 4 novos produtos,
não radioativos, mais o radioativo que vimos antes, e ainda não
entendemos a complexidade, seria no mínimo isto que teria de im-
pacto.
— Não vivemos de Nobeis.
Olhei o senhor e entendi, alguém que deveria ter poder de
uma super indicação acima de tudo, colocou o sobrinho lá e este se
matou em algo assim.
— Senhor, o que estamos tentando desenvolver aqui, é uma
linha de produtos que podem ser revolucionários na física, na enge-
nharia, na química, mas é que o prospecto, que nunca vi, falava que
o que tentavam fazer aqui era mortal a seres vivos, a proposta, pro-
var que ou fazemos certo ou não fazemos.
— Algo prático?
— Soltar uma bomba nuclear hoje, que parou a segunda
guerra, pois todos sabemos que o que foi solto lá não funciona. –
Ouvi e demorei para entender.
O senhor olha para a general.
— Não entendi.
— Se disto, mas corremos atrás de algo, que não precisa levar
alguém, mas que possa levar a um local especifico, algo que sabe-
mos que desenvolvemos, os arquivos secretos daquele dia, falam,
não funcionou, mas temos as duas explosões, e sabemos que fize-
mos, mas não termos ainda o como fazer, sabemos que precisamos,
mas não sabemos ainda como General Carter.
83
— Nisto que querem chegar? – Perguntei.
— Um dos pontos, mas pelo jeito, nem o senhor sabia do pro-
jeto e lhe impuseram de cima para baixo. – A general.
— E acha que isto nos aproxima daquilo, ele falou que não
conseguimos muito.
— Senhor, ele é meticuloso, ele já estabeleceu regras de tra-
balho, ele com certeza registrou cada passo, ele gastou do bolso
para fazer isto, sabe disto.
— Um maluco a mais nestas salas.
A senhora sai e olho para o equipamento começar a ser tira-
do, se me levassem neste ponto e me mantivessem isolado, não sei
o que seria de minhas expectativas ali, mas foi o que fizeram, dois
militares entram, vejo a senhora sair, o general também, apontarem
para mim armas e mandarem encostar na parede, e esvaziaram o
lugar.
Eu não sabia o que seria daquilo, mas alguém surgiria com
aquilo, sabe quando você se sente roubado e não tem o que fazer.
Quando fecharam a porta, eu estava com cafeína ainda na
veia, com os dados sem ter registrado, e já tinham levado tudo,
devem ter parado a ultima analise de raio atômico, eles não queri-
am os dados, então não era isto que me tiraria dali.
Sentei na mesa, olho os sinais, de tudo que fizeram, nada,
nem uma folha deixaram desta vez, e talvez eles conseguissem des-
ta vez me tirar do prumo.
Na minha cabeça as ideias surgiam, todo o projeto, todas as
linhas, toda a dinâmica, mas o sentir-se preso, roubado e que não
era aquilo que eles queriam, me fez deitar na cama, olhando o teto,
tentando pensar, tentando respirar, não estava dando certo, a raiva
estava me tomando.
Que merda fiz de ter aceito o convite?
Demorei para adormecer, demorei para saber que estava
dormindo, de tão agitado que estava.

84
Uma semana inerte
na cama, acho que emagre-
ci, não tinha vontade de
comer, eles não devolveram
o computador, eles não me
deram nem um parabéns
desmotivado, eles apenas
apontam as armas e saíram, eu não queria mais estar ali, mas tinha
certeza, alguém queria matar aquilo, e se fugisse, agora me matari-
am e justificariam.
Odeio este lugar, se antes achava legal, agora desprezo os
cantos, a privacidade, o cara ideal para fazer isto, pois eu sumir nin-
guém nem iria falar que tinha sumido, estava ali sentado quando vi
baterem na porta, mas estava aberta, eu não a fechei mais, eles
entravam quando queriam.
Olho um rapaz entrar com vestes de radioatividade, me olhar
e falar.
— Encosta na parede.
Vi outro entrar e o primeiro me algema, não sabia o que po-
deria acontecer agora, mas morrer era parte disto.
Os corredores vazios, e sou levado a uma sala, e sentado lá,
não sabia o que estava acontecendo, talvez a hora de deixar todos
os problemas no passado, eu não acreditava em Deus, então não
era minha função duvidar que serviria de adubo a terra.
Vi sentarem mais 3 rapazes, mas eu estava sem roupa de pro-
teção e algemado, o resto me olhava como um coitado, eu me olho
no espelho ao fundo, uma semana sem banho, sem fazer a barba,
estava horrível no reflexo ao fundo, sorri disto.
Talvez estivesse no ponto que mais me sentia mal, mas não
parecia fazer sentido tudo aquilo.
Eu não estava prestando atenção quando um rapaz veio a
porta e fala.
— Claris R. Sanches?
Apenas me levantei e ele olha os rapazes a porta e não fala
nada, mas ele nitidamente não entendia o algemado.
85
Eu também não, mas entro na sala e olho para o rapaz, que
me faz sinal para sentar.
— Nome.
— C. R. Sanches.
— O candidato a Nobel, fala serio.
Não falei nada, ele nem sabia quem eu era, para que dar in-
formação. Me chama pelo nome e me pergunta meu nome?
— Me passaram para verificar sua demência, dizem estar em
um teste de isolamento, não toma banho desde quando?
— Uma semana.
— Não pretende tomar banho?
— Preso não recebo visita, não acho que isto preocupe al-
guém, se quando tomava banho ninguém ia lá, agora não faz dife-
rença.
— Porque está algemado.
— Alguém deve ter escrito perigoso em algum lugar, e esque-
ceram de tirar, apenas isto.
— Qual sua formação?
— Economia, incompleto.
— O que faz para passar o tempo?
— Durmo.
— Não vai ao refeitório?
— Estou isolado senhor, se não tem minha ficha, para que
pergunta as coisas?
— Agressivo.
— Não, decepcionado, apenas isto.
— Me falaram que não come a uma semana.
— Regime forçado.
— Acha graça nisto?
Inclinei o corpo para frente e falei.
— Estou sem identificação, então não tenho como sair do
quarto, sem comunicador, sem computador, a uma semana nin-
guém leva nada para que coma, não vou implorar, mas sim senhor,
sou Claris Robert Sanches, candidato a Nobel, preso na sua instala-
ção porque assinei um papel sem pensar que poderiam me deter
sem direitos constitucionais, se não posso pedir comida, não tenho
mais dinheiro ou acesos a ele, e ninguém vinha olhar se estou respi-
86
rando quando estou acordado, para que mandar um psicólogo me
entrevistar, já acabou?
O rapaz olha a ficha, não sei o que escreveu, mas me dispen-
sou, os rapazes me empurram no corredor e volto ao quarto, al-
guém havia limpado o local, mas ainda sem comunicação para fora,
sentei e voltei a dormir, não tinha o que fazer, e não queriam que
fizesse, talvez morresse ali, mas coloquei algo a cabeça, não queria
mais ajudar, e se algo saísse errado, não sei, as vezes temo pelos
meus pensamentos, as vezes quando nos tiram da cela, poderia ser
uma esperança, mas não.
Respiro e levanto, vou ao banho, faço a barba e volto a cama,
as vezes temia a loucura, mas ainda tinha minha sanidade.
Meus pensamentos foram ao rapaz, pensa em ser o único ser
que não estava com roupas contra radioatividade em algum lugar,
isto deveria ser uma pista, mas não queria resolver enigmas, não
coisas que não saberia o uso, ou me roubariam após.
Eu não tinha comida, não tinha nada que pudesse pedir uma
e as vezes achava estar fraco, o sono já era sinal de fraqueza.
O pegar no sono, estava a cada dia mais fácil, estava perden-
do toda a consciência, e ninguém estava nem ai para isto.
Lembro de ter dormido, estava cansado, mas não queria
acordar, e um dia, com o estomago reclamando, eu não acordaria.

87
Acordo assustado,
tento me mexer e não con-
sigo, uma luz a meu rosto,
mal consigo olhar em volta,
e tudo que sei, é que fui
dormir, não sei mais que dia
estou, mas nitidamente
estou preso a uma cama, não dava nem para me mexer e estava ali,
estático, não via nada, a luz atrapalhava, então apenas fechei os
olhos, o silencio a volta, deveria estar preso a cama, mas não conse-
guia me mexer, nunca fui de dormir de barriga para cima, mas
quando não se tem alternativa, se dorme.
Não sei quanto tempo estava ali, pois eu não ouvia nada além
de um equipamento, que parecia um bip longe, dormir, acordar e
esperar a morte, será que ainda estava vivo, que tudo não foi um
sonho, será que sai do hospital mesmo, quando fui internado por
Tuberculose, será que minha mente criou tudo, este barulho longe,
me lembra isto, me lembra que estou vivo, a dor me lembra isto.
A inercia naquela cama, foi cortada pelo apagar da luz, vi um
rosto chegar perto, mas não reconheci, os olhos pareciam embaça-
dos, mas com as mãos presas, um simples cisco no olho, parecia um
desafio imenso.
Ela não fala muita coisa, mas pela primeira vez vi que estava
em uma enfermaria, ela me sentou, com o controle da cama, uma
enfermaria, não entendi, mas a volta estavam outras pessoas, so-
mente ali, mais de 12 pessoas, e não sabia onde estava, mas pelo
menos não era no hospital em San Francisco, pois se fosse tudo
teria sido uma alucinação.
Vi que começam a levantar os demais, as pessoas estranhan-
do, mas vi o rapaz ao fundo, parecia Carson, o que acontecera, o
que fizeram, experimentos as vezes passam do ponto, e não sabia
mais nem se estava vivo mesmo.
Não falei, as pessoas a volta pareciam todas muito frágeis, al-
guns ainda não foram sentados, o barulho era do soro ao braço,
mas estava muito magro, olhando minhas mãos, estranho ela, mas
88
fecho os olhos, não queria ver nada, mas era evidente, alguém ten-
tou um prospecto de experiência radical, esta era a sensação olhan-
do os a volta, mas isto nunca acontece, não oficialmente.
Foram duas semanas a mais, eu não troquei ideia, mas soube
pelas conversas a volta, muita gente reclamando de ter assinado
estar naquela base, que alguém teria de responder por sua quase
morte, mas eu estranho, pois não me parecia isto, ou eu estava
louco por ter achado que estava mesmo fazendo algo.
Estava quieto e ouvi alguém ao lado da cama e abri os olhos.
— Qual o estado dele Doutor?
— Dos que mais resistiram a loucura, mas ele parece ter qua-
se morrido, pois no fim, deixaram ele uma semana sem comer.
— Este General Carson, parece querer matar a todos.
— Não entendi o que aconteceu?
— Nem eu, mas vazou que algo estava errado, e não sei, mas
com certeza, tem gente que vai pular fora.
Eu olhava os dois rapazes conversando, não conhecia, mas ni-
tidamente algo não deu certo, ou era para me convencer disto.
As vezes alguém saia pela porta, mas a maioria estava muito
fraco, e foram dois meses para por os pés no chão, olhar em volta e
pensar no que faria.
Vi o general chegar e falar que todos tinham passado pelo
teste psicológico, e que estaria agora assumindo a parte administra-
tiva da base.
Eu olhei o senhor e soube que foi real parte daquilo, mas as
vezes tinha algo errado, e com certeza, algo que tinha produtos
radioativos como parte do sistema.
As pessoas não sabiam quem eu era, então quando saio pela
porta, vi que muitos estavam voltando as suas atividades, mas eu
não tinha atividade, olho aquele pátio interno, nunca fora ali, o frio
dizia, inverno, olho sem saber o que fazer até um militar me apontar
do outro lado e dois rapazes armados virem para meu lado.
— Nos acompanhe.
— Tenho opção?
Eles não responderam, fui levado a uma sala, e lá estava o ra-
paz que estivera no meu quarto, ele estava olhando os estudos e os
dados que me roubaram, e me olha.
89
— Bom ver que sobreviveu.
Não respondi. Vi o diploma na parede, Robert Carter, doutor
em Química. O sistema estava em testes, o rapaz não entendeu
nada, e parecia que ele não entendera, os medidores de radioativi-
dade na parede, indicavam medo.
— Preciso de ajuda para resolver isto, não entendi, você de-
senvolveu uma ideia simples e a aplicou sem pensar nas consequên-
cias, alguns falam que você criou um objeto reativo, que quase le-
vou esta base a interdição, e não parece preocupado com o que fez.
Continuava sem falar, o rapaz assumiu o meu trabalho, e pa-
recia perdido nos cálculos, nas possibilidades e me pergunta.
— Como você consegue em uma tarde fazer um teste que es-
tou a 3 meses tentando reproduzir e não consigo.
Eu não queria mais brincar disto, e olho o rapaz.
— Boa sorte então.
— Não vai ajudar?
— Mortos não ajudam rapaz, pelo seu estado físico, um dos
covardes que se dizem exercito, como estes dois a porta, que viram
pessoas morrerem, e apenas fizeram de conta que não era com
eles, boa sorte.
Olhei o militar a porta e perguntei.
— Para onde, detenção ou buraco?
— Me chamou de que?
— Cumplice de assassinato, com permissão, apenas isto.
O rapaz me olha furioso e falo.
— Quer bater, quem sabe morra de uma vez.
O rapaz ao lado falou.
— O doutor não dispensou.
— Problema dele. Não meu.
— Não entendeu que estavam todos sobre controle e sobre
monitoração. – O rapaz as costas.
Não olhei para o rapaz, olhava o militar.
— Levem ele a detenção, ele tem de esfriar a cabeça.
Sorri, estava frio, estava com uma roupa leve de hospital e
olhei para o rapaz que estava furioso.
— Quanto mais longe desta bomba radioativa, melhor.

90
O militar saiu e o acompanhei, fui para a detenção para valer
desta vez, já tinha passado um dia lá, mas agora, não sabia o que
fariam, eu não poderia sair, não poderia falar nada, e sabia que
quando atravesso 3 alas para a detenção, sorrio, pelo menos não
morreria por primeiro.
Na detenção olho um senhor a frente e ele me pergunta o
meu nome, acusação, não respondi, não deveria ter, e por fim, ele
me coloca em uma cela que pelo menos tinha um colchonete leve,
mas para quem saíra de uma cama hospitalar, com certeza morreria
por ali.
Acho que estou querendo fugir, querendo voltar no tempo e
nunca ter entrado naquele laboratório.
Falar é fácil, fazer bem difícil, vi quando trouxeram o cabo
Carson para a mesma cela, não falei nada, eu deveria ter prejudica-
do muita gente, e ele me olha.
— Acho que ainda querem nos matar.
Olhei em volta, muito ajeitado para uma detenção, olho os
cantos, muito limpos, olho para a frente, e não tínha gente nas de-
tenções próximas e não respondo.
— Me falaram que havia fugido.
Apenas levantei as sobrancelhas, como se dissesse, estou
aqui ainda.
— Não vai falar nada?
— Não quero mais brincar de casinha com um bando de
pseudo adultos, cansei.
Eu deitei na cama e fechei os olhos, não sabia o que eles que-
riam, mas era obvio, mandaram para lá alguém que já falara comi-
go.
— Acha que eles querem o que?
— Eles querem o que não tenho como dar, minha vida em
prol de alguém ficar famoso.
— E porque acha que saberia algo que os fariam famosos?
— Eu não tenho noção nem se não delirei durante tanto tem-
po, acho que deveria ter morrido, e quando me mandam para cá,
sinal que ainda estou naquela posição, obedeça ou lhe matamos,
então me matem de uma vez.

91
Eu estava deitado, sem saber como reagir, ainda estava deti-
do, e teria de montar as fatias dos acontecimentos.
— As vezes acho que eles não sabem porque o trouxeram pa-
ra dentro.
— Acho que eles não me queriam aqui, mas tinham de me ti-
rar das ruas, para não terminar o trabalho que estava fazendo.
— Mas eles tem formas mais eficientes de fazer isto.
Sorri, verdade, por isto que estava ali, eles ainda queriam al-
go, algo que achavam que eu sabia, mas não tinham como pergun-
tar, o que poderia ser.
— Mas se querem algo, pedissem, é muita idiotice pegar um
cara sem formação especifica, com apenas metade de um pulmão e
jogar em um alojamento e sem dizer nada, o deixar fazer merda.
— Dizem que fez algo impensado.
— Impensado?
— Um material altamente radioativo.
— Césio 135 não tem nada de incrível, reativo, fácil de fundir,
mas foi um teste idiota, as vezes queremos mostrar nosso valor, e
não entendemos o que eles querem, então não adianta eu fazer em
parceria com algo, o controle básico da Matéria Escura, na frequên-
cia de criação, 12 milissegundos, não adianta em um experimento
ter criado dois gazes nobres, não adianta estabelecer um metal
novo, mais pesado, mais reativo e mais estável do que os radioati-
vos, pois eu não sei o que eles querem.
— Não entendi.
— Acha que não sei rapaz, que o colocaram aqui para me fa-
zer falar, e por mais que negue não muda o fato, você não sabe o
que eles querem, pois nem eles sabem, ou pior, eles queriam algo,
mas não o que querem agora, que todo corredor tem gente com
roupas de proteção contra radioatividade, todos importantes, eu
eles colocam em uma veste hospitalar e mandam para a detenção,
então eles estão tentando algo, e ao mesmo tempo, é radioativo,
não podia ser visto pelos demais, e no meio disto, provável vingança
por uma morte, de alguém que continua arriscando a vida dos de-
mais, então vou apenas esperar a morte, pois eles não sabem com o
que estão mexendo.
— E com o que eles estariam mexendo?
92
— A ordem básica da matéria, a pergunta que me fiz, porque
uma reação tão imensa em 50 milissegundos, pois manualmente
não se consegue fazer, mas com os equipamentos que tinham nun-
ca chegaria a 12, mas se por algo, eu recuo no tempo, eu paro a
matéria, imagina nos eletros correndo como malucos, e pararem
nestes 50 milissegundos, é um espaço de tempo onde eu posso
trocar todos os elétrons de lugar, estudar eles, estabelecer até suas
orbitas exatas, então por acidente, eu criei algo que eu acho incrí-
vel, mas é apenas um acidente.
— Eles não acreditam em acidentes.
— Então o filho do General não morreu rapaz.
— O vi morto.
— Então eles sabem que acidentes acontecem.
Fechei os olhos e tentei descansar, estava cansado, não sabia
se estavam ouvindo, mas tinha quase certeza de que sim.
Na minha cabeça estava no fato que quando entrei pela por-
ta, estava no inicio da primavera, se estava no inverno, estava ali a
mais de 9 meses, parecia ter um buraco de tempo de 3 meses.
Estava enlouquecendo?
“Não, quando bebi no centro de San Diego, estava na primei-
ra semana do Verão.”

93
Acordei e tinha mais
gente a volta, olho para
Carson e ele fala provocan-
do.
— A bela adormecida
acordou.
Olho ainda sonolento
em volta.
— Visitas?
Reparo que as celas vazias agora estavam cheias, olho para os
rapazes ao corredor ao fundo e pergunta.
— Vai dizer que tinha uma detenção na área 2?
— Sim, como sabem que viemos de lá?
— Gente se achando Deus, experiências que podem gerar em
50 milissegundos, material radioativo, altamente reativo, então
quem eles não vão por em roupas radioativas, tiram do lugar, e
aproveitam para dispor de gente perto para entender o problema.
Carson sorriu e o rapaz a entrada pergunta.
— E quem é que tinha uma cela apenas para você, matou
quem?
Pensei, talvez ninguém, talvez meia base do exercito.
— O problema, que deveriam ter me enterrado, mas tem
medo de alguém descobrir, apenas isto.
— Descobrir?
— Provavelmente é politica, me jogaram em um contrato de
sigilo, como os que entram nesta base, mas a ideia, provavelmente
era dar fim em mim, mas eles precisavam de pessoas me vendo
externamente, nem sei porque, desconfio, mas imagina alguém
descobrir que alguém candidato a Nobel, foi morto pelo exercito
Americano, apenas porque um General Cagão, o quer morto.
— E concorreu a que?
— O problema, isto é passado, isto não estabelece o hoje, já
que ali fora, tem gente com roupas radioativas, se olhar no bolso,
está na cor escurecida, então ou aqui está radioativo, ou eles vieram
de uma área radioativa, quando me mostraram uma porção de pes-
94
soas com as mesmas vestes, sempre olhava apenas o controle de
radioatividade, pois roupas nada praticas, mas que podem os salvar
da morte, já se a radioatividade estiver presente aqui, estamos mor-
tos mesmo, antes tarde do que nunca para virar adubo.
— E o que a ala 2 tem haver com isto? – Carson.
— Os laboratórios que você trabalhava, onde eu pensei que
trabalharia, mas eles conseguiram ver em um dia, que não poderi-
am me deixar ali, então no dia que sai da observação, entrei em
isolamento, e ali que alguém com diploma na parede, sobrenome
Carter, doutor em química, tentava entender o que fiz, como se diz,
se eu morrer, ele seria o autor, então ele tinha de reproduzir o que
fiz, mas algo ele deve ter feito errado, e se o fez, podemos estar
todos mortos.
Carson me olha.
— Qual o maior erro que eles poderiam escolher fazer?
— Eu escolhi um material barato e pesado para fazer, com
ponto de ebulição acima dos 1500 graus, pois não queria transfor-
mar em gás, a operação durou ao todo, 5 intervalos de 50 milisse-
gundos, com intervalo de operação, outros 5 intervalos de 50 milis-
segundos, e mesmo assim duas das substancias, se apresentaram
como gás.
— E qual o medo referente a isto?
— O uso do Césio, transformaria em gás reativo muito rápido,
se a pessoa fizesse isto sem controle, agora pensa em algo na forma
de gás, nos corredores e dutos de ventilação do setor dois.
Carson tenta não olhar em volta, mas muitos estavam preo-
cupados, e fala.
— Temos de os alertar.
— Eles acabam de ser alertados, Carson.
— Como pode ter certeza.
— Eles já sabiam, pior, dai um general perde o segundo filho,
e de quem é a culpa?
Os rapazes olham para mim, um maluco a mais ali pregando
algo fora do controle.
O rapaz faz sinal para alguém no corredor e vi o tirarem dali,
sorri, ele achava mesmo que não sabia.
Ele estava saindo e me olha.
95
— As vezes apenas tem de prestar mais atenção senhor San-
ches, nem tudo é conspiração.
— Nem tudo para vocês, para mim, me enchi deste lugar.
Eu nem tinha levantado da cama, então apenas fiquei ali, es-
tava ainda me sentindo fraco.
A segurança tira mais duas pessoas, eu fiquei a olhar os de-
mais, pareciam todos muito bons para estarem em uma detenção,
pior, acho que somente eu daquele grupo estava com a barba por
fazer, cômicos.
Eu me levanto e olho para o corredor, olho para o lado opos-
to e vi que as demais celas estavam muito menos cheias, eu não
sabia o que faria, cansado novamente, vi servirem uma gororoba,
comi sem reclamar, as vezes tenho problemas em saber se não es-
tou a beira da loucura.
Quando no fim do dia, eles começam a transferir as pessoas,
para outro lugar, nem sabia se ficaria, eu estranhava ainda pois sa-
bia que não tinham nada contra mim.
Começava a esfriar e vi aquele grupo de pessoas armadas en-
trarem no corredor, um senhor abrir a porta e perguntar.
— Senhor C. R. Sanches?
— Sim.
— Nos acompanhe.
Estranhei, mas fomos no sentido dos blocos mais afastados
do dois, estranho pois atravessamos o pátio interno e entramos em
outro pátio, onde nitidamente estavam medicando alguns, outros
estavam isolados, e fui parado a frente de um senhor, sabia que
teria de ficar quieto para me posicionar, mas não sabia se consegui-
ria.
Vi o senhor entrar pela porta, General Carson.
— O pseudo economista metido a cientista, vão acreditar
neste senhor ai, pois parecem querer me afastar.
Eu não falei nada, não fui indagado.
— General Carson, um motivo para manter um Nobel de Físi-
ca preso em suas detenções, sem um processo administrativo se-
quer, para quem está trabalhando General.
— Ele está trabalhando para nós, apenas isto, e desobedeceu
ordens referente a vazamento de informação.
96
Tentei não rir, mas o senhor me olha.
— Esta acusação é grave, o que tem a falar.
— Não sei o que está acontecendo, apenas isto, mas referen-
te a vazamento de informação, desafio o General a provar isto, já
que meu contrato é de sigilo de trabalho, não de movimento, e
também não de gerencia alimentar, duvido que qualquer dos rapa-
zes que o General fez passarem fome, privação de liberdade, tenha
uma clausula de renuncia aos direitos constitucionais.
— Não sabe do que está falando.
— Certo, fui visto fora daqui tomando uma cerveja em um
bar, a quantos dias General.
— Você estava dividindo informações confidenciais.
— Com o travesseiro, pois estava dormindo quando me trou-
xeram algemado, e de lá para cá, estávamos entrando no verão,
estou preso nesta base desde então.
— Tem de obedecer as hierarquias. – Carter.
Me calei, já tinha desabafado e nada do que falasse iria pesar
a meu favor, os senhores estavam apenas fazendo de conta que
tinham interesse de fazer algo.
O senhor me olha e fala.
— Está detido até terminarmos a investigação.
— Se me trouxe da detenção, para me dizer que estava deti-
do, e não terei direito de defesa, me deixa dormir da próxima vez,
ou quem sabe me mata de uma vez.
— Levem ele, esta muito alterado.
Sorri, o rapaz desta vez me algemou e iria sair pela porta,
quando vi aquele senhor entrar por ela, quer dizer, vi aquela capa
negra, escura, chapéu negro, com uma insígnia no bolso, ZA, o rosto
não se via, mas o ser olha para o general.
— Área restrita. – Carter olhando a porta, mas ficou evidente
o recuar de corpo, como se algo o assustasse.
— Apenas alertando ao senhor General Carter, e a comissão
de inquérito, o nome de Sanches acaba de ser colocado na posição
de proteção minha, e se ele morrer aqui dentro, pode ter certeza,
vai querer ter morrido General.
Não sabia quem era, mas estranhei, vi a cara de medo do Ge-
neral que fala.
97
— Vai defender este negocio ai?
— Está avisado, outra coisa, a base que toca General Carter,
passa a ser vigiada pelo meu pessoal, melhor voltar a ser um Gene-
ral, e não um louco.
O senhor sai, vi o rapaz as costas soltar minha algema e fui
conduzido a mesma cela, agora vazia, mas trouxeram comida e
agua, e nitidamente, algo estava diferente, não sabia quem era
aquele senhor, teria de pensar na descrição, roupão negro, chapéu
a cabeça, porte atlético, sem um rosto, uma insígnia na roupa com o
símbolo, realmente algo estava mudando.
O que eu entendia daquela lenda, apenas lenda mesmo, al-
guns falavam que existia, alguns que era apenas uma invenção do
pessoal que gostava de conspirações.

98
Adormeci e acordei
naquela cela, e vi um dos
rapazes a porta olhar outro
e fazer um sinal, dois dos
vigias vieram e um falou.
— Senhor Sanches, a
direção da base quer lhe
falar.
O rapaz me alcançou roupas, e me vesti, vi que era uma mu-
dança de rumo, e não estava entendendo ainda.
Me conduziram a uma sala, não fora ali antes, mas estava ali
uma comissão, não conhecia ninguém, mas foi rápido, me deram
minhas credenciais, em troca de duas assinaturas referente a sigilo
do que acontecera ali, eu não sabia o que acontecera ali, mas na
minha cabeça estava tentando sair vivo, mesmo que perdesse um
dinheiro e uma experiência, sair vivo era a ideia principal.
Vi que os rapazes me conduziram a meu alojamento, e vi mi-
nhas coisas lá, como se não tivessem nunca as tirado de lá, olho o
computador sobre a mesa, não sabia se deveria acessar, mas ape-
nas o ligo, olho os arquivos a tela, eles tentaram por as coisas como
antes, mas era evidente que mexeram em tudo, olho a mesa e mi-
nhas anotações estavam lá, era evidente que pegaram as folhas no
lixo, mas minha duvida, estavam radioativas ou não.
Sei lá, as vezes queria acreditar que estava normal, mas algo
me dizia, tem algo que não entendi ainda.
Vi quando bateram a porta, e vi o rapaz passar o recado que a
diretora, queria falar comigo.
Eu fecho a porta e penso em onde conseguiria um leitor de
radioatividade, caminho até o comando e vejo que estavam mu-
dando a placa a porta, olho a Doutora General Berger chegar e olhar
para mim.
— Ainda não lhe mandaram para casa?
Estanho a frase, mas vi o rapaz abrir a porta e viu um senhor,
aparência uns 35 anos, sentado a mesa, não a cadeira e olhar para a
General e falar.
99
— Bom dia Doutora.
— Quem é que mobiliza esta base?
— Alguns me chamam de Encanador, mas mandaram dar um
jeito nesta bagunça, e o Zelador me mandou para cá, para ajeitar as
coisas, e precisamos conversar.
— O que aprontaram aqui que uma lenda interfere.
— Um general, que tem muitos primos, irmãos e tios no exer-
cito resolveu detonar uma base e preciso da senhora novamente
aqui.
— E quem vai assinar isto, pois a ultima vez me mandaram
para Jureal. Depois Raton.
— Sei que alguns apelam para as indicações e para os amigos
senhora, mas preciso de ordem, e uma que não precise uma leva de
mortes a mais, e preciso saber se vocês dois conseguem se enten-
der, já que vi que poucos entendem o que aconteceu aqui, mas
alguém sentado em um quarto morrendo, entendeu, estranho co-
mo um general pode gerar mais de 30 mortes, e ninguém o afasta,
mas a pergunta senhora, consegue assumir esta base e por ela fun-
cional.
— O que o general fez que 30 pessoas morreram?
— Lembra da experiência do rapaz ao seu lado.
— Sim, aquela experiência me gerou uma transferência para
Jureal.
Eu não olhava a senhora, tentava entender o problema.
— O senhor após lhe afastar, parou de dar comida ao senhor
ao lado, e a todos que sabiam daquele experimento, com uma justi-
ficativa, aquela de teste psicológico e físico, isto para tentar roubar
a pesquisa, mas o filho do General, não conseguiu o intuito de deci-
frar os rascunhos e experiências do senhor Sanches, ele após tentar
um acordo, tenta reproduzir o mesmo efeito e tivemos 30 pessoas
mortas por absorver material radioativo através dos sistemas de ar,
algo de segundos, o tocar dos alarmes e as pessoas caírem mortas,
o senhor Carter não está feliz, perdeu o segundo filho para esta
experiência, e não podemos deixar ele para encobrir isto, terminar
de matar mais pessoas que provavelmente não entenderam nada.
— Está dizendo que temos parte da base radioativa?

100
— Se me tiraram de Utah tem de entender, algo precisava ser
resolvido e limpo, estamos limpando a região, estamos repintando
tudo, após lavar as paredes com jato de areia, estamos pintando os
últimos prospectos de mudança, mas a pergunta, aceita a designa-
ção General Berger.
— Me reporto a quem?
— Você assume a direção geral da base Doutora, e queremos
saber, consegue?
Ela me olha e fala.
— Pelo jeito quase o mataram, mas não entendi aquele dia.
Eu olhei o rapaz e ouvi.
— O que aconteceu General, é que o rapaz ao lado, abriu uma
nova linha de produtos químicos básicos, mas não os radioativos, e
sim algo mais pesado e complexo, e pelo que entendi, a ideia era o
general dizer que desenvolveram nesta base, mas quem o desen-
volvera não levaria o credito, mas ele teria de reproduzir o efeito e
fazer os registros, mas o rapaz ao lado, escreveu em uma forma
básica o que entendeu, adoro esta forma de transformar tudo em
números e escrever através disto, mas o não poder dividir com ou-
tros, fez o experimento dar errado, não sei o que exatamente foi
feito, mas o rapaz morreu antes do experimento.
Olhei o rapaz e perguntei.
— Qual gás ele gerou?
— Algo muito instável, radioativo, temos ele depois da reação
com o pulmão, césio 142.
— E como isolaram, isto penetra em qualquer coisa. - Pergun-
tei.
— Tem coisas que precisam de algo para se proliferarem, mas
ele reativo, explode ao contato com agua.
— Explodiu nos dutos de ventilação? – Perguntei.
— Nos dutos, nos pulmões, em qualquer contato com oxigê-
nio, mas como a explosão deve ter alterado até o produto inicial,
não sabemos, precisamos saber o que não fazer, e queremos o se-
nhor trabalhando para isto senhor Sanches, e sabemos que deve
estar querendo pular fora, mas sua abordagem em algo de um pal-
mo, fez o efeito ser controlável, se fosse feito nos prospectos que vi
no corredor de ideias da base, teríamos tirado toda a vida ao sul da
101
Califórnia, mas sabemos que passou por problemas internos, e se
não quiser fazer aqui, temos uma proposta depois da JH Tecnologia,
para você, mas preferimos isto dentro de regras mais fechadas.
Sabe quando alguém lhe fala que quer lhe dar um emprego, e
você não sabe o que falar, ele me olha serio e fala.
— Tem de entender senhor Sanches, as vezes, ser genial, tem
seus custos, sei que estou a mais de 50 anos estudando e fazendo
prospectos para o governo, e pode ter certeza, se toda vez que um
general faz merda tivesse desistido, muito não teria acontecido.
A General olha o senhor e fala.
— E quem está dando segurança para a base?
— Todos ao corredor, que tiverem a insígnia ZA, estão autori-
zados a lhe dar toda a estrutura senhora, pode ter certeza para tira-
rem o Zelador da sua calma, sinal que isto poderia ter sido bem pior.
O senhor sai e vi a senhora me olhar.
— Pelo jeito os dois estão perdidos em meio a uma crise, mas
o que acha que podemos fazer.
— Se me autorizar, verifico, mas imagino quem morreu.
— Quem?
— Qual a sala ao lado do filho do General?
— A sala de controle do General, as moças que controlavam
tudo – vi que a senhora pensou – 28 pessoas em uma sala sendo
invadida por gás mortal ao lado.
— Não sei quantos trabalhavam lá, mas um dos mortos foi o
filho do general, e alguém tem de ter visto e dado o alerta.
— Vamos ver este estrago.
Um senhor entra pela porta e passa a senhora os comandos e
a situação, fiquei ouvindo, mas fomos a região dos estragos, tive-
mos de por roupa de segurança para entrar, olhei para os controles
de radioatividade, sabia que naquele local não tinha, vi o estrago na
sala, tudo destruído, olho o prospecto e olho para os estragos, sepa-
ro o material, fui separando em caixas herméticas, vi os relatórios
do acontecido, vi que ele havia tentado, mas era a segunda tentati-
va, ele já estourara uma, olho o sistema e falo.
— Maluco.
Eu olho os prospectos e falo.

102
— Ele se suicidou General, pois ele colocou o material na vol-
tagem e amperagem do sistema ao fundo.
Ela olha para o sistema preso ao sistema da base, não em sis-
temas de ampliação exatos de energia.
Eu recolho cada pedaço, cada prospecto, olhando os unifor-
mes, a radioatividade estava normal, mas é que ele transformou o
Césio em gás, quente, subo a cadeira e tiro a proteção do sistema
de ar, olho para o mesmo e apenas vejo que até os insetos caídos ao
fundo, teria de examinar.
O sistema era muito estável, mas o rapaz não entendeu, ele
não pensou no meu primeiro teste, ele foi apresentado ao segundo,
eu estava a olhar e registrar aquilo, vi que teria de recriar, não sabia
se queria, mas obvio, algo estava fora do contesto.
Após esvaziar o local, vi que começam a tirar as peças, e en-
traram com um compressor e lixaram as paredes com areia, toda a
peça, tiraram a areia, e começam a pintar a peça com uma espécie
de borracha epóxi.
Vi um rapaz me indicar uma sala ao longe, onde reuni tudo, e
vi que tinha sistema, vi que o prospecto tinha sido alterado, enten-
do a logica que o rapaz pensou, mas a genialidade era algo que nem
sempre dava resultados, lembro da primeira vez, do primeiro erro,
não fora tão arrasador, mas poderia ter morrido.
Estava debruçado nos equipamentos e vi a senhora entrar e
me olhar.
— Entendeu o que aconteceu?
— Faço um relatório.
— Vai ficar?
— Não sei se querem eu aqui senhora, é fácil dizer que sim,
mas tudo que fiz, foi por teimosia, vocês não pediram para que fi-
zesse nada aqui.
— Preciso de um prospecto para este laboratório, e pelo jeito
vamos ter de saber o que está acontecendo.
— Meu quarto tinha mais sistemas de segurança que a sala
dele senhora.
— Teremos de conversar, mas pelo jeito aquele experimento
deixou um doutor em química querendo algo.
— Um Nobel de Química.
103
— Acha que chega a tanto?
— O problema, é que todos os documentos que assinei, não
posso falar disto externamente a base, sem a permissão da base,
mas é inerente a Química, se alguém provasse a existências de mais
duas camadas de valência, só o provar da possibilidade e do calculo
da possibilidade daria o Nobel, mas este teste, repetido cientifica-
mente, prova que temos possibilidade de criar novos elementos,
mas pela primeira vez, criando elementos não reativos.
— Mas e a radioatividade do local ali atrás.
Pego o tecido no meu uniforme e falo.
— Não tem radioatividade, morreram por asfixia, pois eles
inalaram algo que os explodiu o pulmão.
— E porque dos alarmes?
— Alarme contra produtos químicos, o produto ainda está ali,
entendi o que eles estão fazendo, eles estão eliminando a possibili-
dade de ter sobrado algo ainda ali. E o general queria convencer os
demais que tinha radioatividade.
— E pelo jeito o medo os fez isolar o lugar.
— Césio reativo é mortal senhora.
— Certo, eles primeiro isolaram e depois devem começar a
sair as autopsias dos demais.
— Sim.
— E não quer trabalhar aqui?
— Se tiver como fazer os estudos químicos, e alertar os de-
mais, posso até ficar, mas se for para apenas desenvolver algo que
vai nos matar a todos, não.
— Pede muito.
— Sei disto.
Voltei a fazer o relatório, e pego parte do produto na fase 5
do prospecto e ali estava algo estranho, um reativo de mesma va-
lência do Oganessono, estranho, mas separo o pouco que estava ali,
um liquido, inerte, não um gás nobre, estranho ter algo na composi-
ção da fileira 18 da tabela, mas que teria de achar um lugar para os
por, pois não era um gás nobre, e estranho a estabilidade, algo que
ficaria no estado liquido até dois mil graus, um elemento a estudar,
e estava ali e verifico que o produto no recipiente 4, também tinha

104
o mesmo numero atômico, mas ele tinha camadas de elétrons dife-
rentes, o que os dava estabilidade diferente e peso diferente.
Mergulhei naquelas anotações, e começo a fazer os cálculos,
eu estava ali e acho que quase esqueci que tinha gente em volta,
quando olho vi que os demais me olhavam, vi que a Doutora Gene-
ral ainda estava ali.
— Pelo jeito achou algo interessante.
— Quem sabe damos o nome de quem se matou para desco-
bri este produto.
— Pelo jeito quando falam que é organizado, é que olha os
mínimos detalhes de algo, mas espero uma posição amanha.
— Vou tentar não me matar até lá.
Ela me olha atravessada e sai por ali, eu registrei os 5 estados
de algo que não sabia o que era, mas que achava ser um grande
avanço químico, mas junto ele transformou em gás césio, e morreu
por isto, tirar as proteções, não entendi porque ele fez isto, mas
teria de verificar.
Um laudo que saiu 3 dias após, e mesmo a contra gosto, aca-
bou vazando as mortes.

105
Três dias depois esta-
va pensando que me pren-
deriam de volta, olho aque-
le laboratório, quando olho
aquela moça entrar na sala
e falar.
— E dai, vai continuar
mentindo?
— Perdida aqui?
— Foi difícil voltar para dentro, mas ainda está aqui.
— Não entendi.
— Quando se infiltra alguém, as vezes os demais desconfiam,
e no meio disto, os dois se dão mal.
— Não parece ter se dado mal.
— Eu sei que me dei mal, e as vezes as pessoas demoram a
saber do acontecido, mas e dai, vamos trabalhar juntos de novo?
— Estava lá me vigiando?
— Garantindo algo que não preciso falar.
— Algo que não precisa falar.
— Claris, as paredes aqui tem escuta, não vou falar nada com
nada, eles ainda nos vigiam.
— O problema é que eles não sabem o que querem aqui.
— E vai ficar mesmo assim.
— Para quem achava estar pobre, descubro que tenho uma
reserva a conta, mesmo sem ter ido receber, para os demais 500 mil
dólares é trocado, para mim uma fortuna.
— Mereceu, sabe disto.
— E qual sua função?
— Aquela que ninguém viu.
— Que ninguém viu?
Ela olha em volta e fala.
— Que alguém tinha sido contratado para lhe matar em San
Diego, e não viu nada, apenas dormiu.
— Não entendi.

106
— Eles lhe deixaram sair, pois teria de ser onde não tivesse
controle, que não fosse na base a morte.
— O que fiz que tenho tantos inimigos?
— Se eu entendesse disto, não seria auxiliar de uma criança.
— Auxiliar de uma criança?
— Já deve ter ouvido falar de uma criança chamada John Hel-
lier, um rapaz hoje com 14 anos, bilionário.
Sorri, não poderia ser e perguntei algo sem sentir, as vezes is-
to me vinha rápido demais.
— Me responderia algo sinceramente?
— Fala.
— Quantos anos tem?
— A 4 anos parecia mais velha que hoje.
— Certo, mas não gosta do menino?
— Não entendeu, não sou um ser senhor Claris Robert San-
ches, sou bem mais que isto.
— Bem mais?
— Estamos distraindo a vigilância, e dai, vamos provar ao
mundo as suas loucuras?
— Porque me apoiaram?
— Dizem que você chegou a uma forma de criar um produto
que em ligação com fibras de carbono, fica mais maleável, mais
resistente e pode servir a algo especial.
— Algo especial?
— Elevadores espaciais.
Sorri, alguém viu o que fiz do outro lado do país, estranho is-
to, e como alguns falavam no hospital, área de reabilitação, o ser a
minha frente faz parte de algo que chamam de ZA, Zelador Agencia,
e se não me engano, alguém treinada pessoalmente pelo Zelador.
— E o que seu mestre quer?
— Ele precisa que se estabeleça como se pode chegar a esta
linha de produtos, ele quer usar para erguer com segurança o se-
gundo elevador espacial para começar a construir os demais eleva-
dores espaciais.
— E lhe coloca em um buraco destes?
— As vezes temos de entender que o mundo é feito de ações,
e estas, nos dão o caminho a seguir.
107
— Ações? – Perguntei.
— Você fez um trabalho de mestre na descoberta anterior,
pois você é detalhista e de ação, não fica pensando em não devo me
meter, você ainda está aqui dentro, você quer algo.
— Ouvi uma afirmativa estranha, e não sei como ajudar.
— Que afirmativa?
— Que o “Bom Menino” não funcionou, que alguém mandou
algo ao passado para que a ação acontecesse, que temos de desen-
volver isto ainda.
— Mas seus relatos, que este tipo de viagem, me disseram
que pode ser mortal.
— Sim, mas uma bomba, não é viva, é apenas materiais que
podem ficar apenas mais reativos, não menos.
— Certo, uma função que pode nem ser sua.
— Sim, mas posso ter feito algo que levará alguém a fazer is-
to, eu não importa, e sim, o todo.
Vi ela sorrir e vi a General entrar pela porta e ao seu lado,
dois rapazes, um deles era o Cabo Carson.
— Bom dia, pelo jeito já conhece Mary.
— Ela controlava dados de satélites na Universidade.
— Sabe que tem um relatório dizendo que a mataram, e o
General quer dizer que não mandou fazer.
A olhei e ela falou.
— As vezes algumas coisas doem, apenas isto.
Olho a General e pergunta.
— O que faremos General Berger, estamos tentando desco-
brir algo que pode ajudar, mas preso em um laboratório, ninguém
vai tentar resolver o problema.
— Me autorizaram a fazer um grupo, estão todos aqui, e você
vai reproduzir a experiência, todos querem saber o que você fez,
como fez, e qual a importância disto.
— Temos de repetir o experimento para verificar se foi sorte
ou entendemos o que fizemos.
— Acha seguro fazer aqui?
— Podemos criar na ala que era a detenção da área 2, ela é
isolada, mais funda, e podemos criar algo para isolar o local.
— Sabe que temos problemas de recursos.
108
Olhei Mary que fala.
— Acho que algo desta importância, o pentágono libera um
recurso General – Mary.
— Certo, então vamos provar o que?
— Vamos fazer o exame do que sobrou, soube que isolaram
parte e parte mandaram para Utah, sacanagem ter de refazer. –
Falei olhando a General.
— Às vezes a sorte, de alguém ver a genialidade, pois senão
poderia estar morto.
Não comentei, mas a moça ao lado disse que alguém iria ten-
tar e foi detido, então algo aconteceu, os horrores de uma base
chamada Sandy deveria estar por trás da moça, mas isto para mim
era apenas lenda.
Vi que os dois próximos dias, foi a montagem de um laborató-
rio maior em espaço, mas com peças no tamanho que fizera antes,
o pedir de parte daquilo, estabelecia o remontar, reorganizar, ver os
produtos e materiais, as caixas de teste, e a quase certeza, que es-
tava em algo estável a nível de liquido, me fez repetir algumas es-
truturas, e tudo a volta parecia parado.
Vi a general entrar no laboratório e me olhar.
— Pelo jeito a influencia de alguém forçou a base a mandar
observadores, eu não gosto de observadores. – A senhora.
— Quem vai observar?
— Uma comissão da Revista Cientifica e do Conselho de Quí-
mica, eles parecem ter duvidas do motivo de estar ali, mas vieram, e
não sei que horas vai ser o experimento.
— Apenas tenta não narrar tudo, se entendi a dinâmica do
processo, vou refazer os dois processos quase ao mesmo tempo,
mas em um ambiente controlado e limitado, isolado, pelo que en-
tendi, conseguimos com este novo equipamento, que me fornece-
ram, a fazer o teste na frequência da Matéria Escura, então ampli-
amos o prospecto, pois podemos ter até 8 divisões, não 5, e isto que
tenho de tentar fazer de forma consciente, de forma controlada,
estamos apenas testando os limites e os sistemas de isolamento de
cada parte.
Quando coloquei o nitrogênio, o oxigênio e o chumbo, no
primeiro prospecto, deixei tudo encaminhado, para ser no automá-
109
tico, pois não teria como controlar aquilo a mão e tudo se passaria
muito rápido, eu encaminhei o sistema que o rapaz fizeram, mas
agora com os mesmos sistemas de controle e isolamento da área.
Os dois sistemas estavam ali e fiz sinal para todos saírem, e
chego a sala ao lado, vi o surgir dos materiais, vendo o sistema ace-
lerar e fazer a operação, eu começo por pedir para Carson isolar
cada peça, e com calma jogamos em cada um dos reservatórios e ali
estava algo impensável, uma cadeia de 8 divisões do Oganessono, 8
divisões de produtos estáveis, olho os valores, tínhamos 12 novos
produtos estáveis e coloco o prospecto no sistema e olho para Mary
que fala.
— Um processo simples, mas cheio de detalhes, pelo jeito
não é apenas um economista.
— Um economista chato.
Ela sorri e coloco a mesa os produtos e vi os senhores na sala
ao lado se levantarem, e começamos a por os produtos que tería-
mos de dar nomes.
Estava a provocar, e sabia que tinha muito a nomear, era o
começo de algo e queria confirmar os dados no dia seguinte, então
teria de ter todos os dados, de fusão a ebulição, de ionização a ele-
troafinidade, além do raio e densidade de cada elemento.
Carson para ao lado e pergunta.
— O que pretende com isto?
— Os estudos, temos de conseguir a partir deste momento,
agora estudando os dados, conseguir que algo passe do ponto um
ao 8, sem interferência química.
— Certo, algo tão rápido, mas que altera toda a dinâmica de
estado da partícula.
— Pode ser que seja, mas vamos repetir a experiência por 3
dias, e se todos os dados se confirmarem, vamos mandar aos rapa-
zes as costas, o que consideramos a descoberta.
— Mas que dados são estes?
Eu olhei o rapaz que era químico ao lado e perguntei.
— Posso estar enganado, por isto preciso de auxilio.
— Estaríamos reescrevendo uma tabela após anos.

110
— Ela sempre foi se adaptando, mas se estou certo, estamos
falando de duas camadas eletrônicas a mais, e uma a mais de valên-
cia, não entendi se uma ou duas, estou ainda tentando entender.
Coloco uma imagem e falo.
— Eu nunca havia ouvido falar destes trechos em amarelo,
mas pode ser minha ignorância em química.

Mostrei para o rapaz e ele fala fazendo um traço em alguns


quadrados e fala.
— Estes também não são naturais estes valores..

— Temos a coluna que o sistema colocou como x por não sa-


ber como a nomear, apenas em dois itens, mas a alteração do nú-
cleo vai dar mais estudo do que eu tenho capacidade intelectual e
técnica, mas se provado existir uma forma de remodelar a linha s
em dois níveis a mais, e o p em mais um, nitidamente isto alterou a
dinâmica interna do produto, um equilíbrio quântico que levou coi-
sas que deveriam ser sólidos, para líquidos ou gazes com uma exce-
ção, e não entendi ainda a dinâmica do acontecido, mas dispondo
de mais elétrons, estáveis, mesmo sabendo que alguns vão precisar
doar ou recebe elétrons para formar o material estável, a dinâmica
que me assusta, pois o que força a abertura das camas a mais, é o

111
fazer transpor o tempo pelas camadas de Matéria Escura, ou como
defendo, o tempo.
— Acho que isto você não consegue provar. – O rapaz.
— Sei disto, mas as câmera vão mostrar, todos os experimen-
tos, mesmo que em microssegundos, surgiram como experimento
antes do ligar do experimento, então eles podem negar, podem não
querer aceitar, mas é esta quebra, este parar dos elétrons no tem-
po, que gera o permitir do alocar, e quem gera as duas camadas
eletrônicas a mais, e a frequência do experimento.
— Porque acha isto?
— Na primeira experiência não tinha conseguido chegar a
frequência, e ele gerou apenas uma camada eletrônica a mais.
— Por isto quer testar novamente?
— Estamos no limite menor, pelo que entendi, mas vamos fa-
zer a mesma pesquisa na frequência inferior a da Matéria Escura, se
estiver certo, nada vai acontecer, mesmo com toda a energia, quer
dizer, podemos criar algo mais pesado, mas ainda nas camadas até a
Q, por isto, vamos refazer, e no fim de 3 dias, quero que me auxilie
a provar que não sou maluco.
— E tudo isto para um fim dubio?
— Eles estão olhando, mas não existe dubio, apenas limites,
uma bomba deste tamanho, tenho certeza, um quilo de Radio, teria
pelos cálculos em frequência baixa, para poder jogar mais longe no
tempo possível, transformar apenas em Plutônio, e detonaria uma
cidade no passado, sem nunca eu ter ido lá.
— Está falando serio? – O rapaz.
— Este é o proposito do experimento, só que o que me fala-
ram é que vivemos uma realidade modificada por um experimento
destes, e temos de ter certeza de que é passível de ser feito, pois
não vamos querer errar e matar inocentes.
— Acha que alguém errou?
— Tunguska pode ter sido um erro assim.
— Certo, você pode achar razoes de fatos sem explicação.
— Sim, mas se for uma arma, não sai pela porta a teoria, sai
apenas o que eles podem saber. – Falei olhando Carson e Mary.
— Ninguém está aqui para deixar algo sair.

112
— Aqueles senhores de pé, é gente interessada, mas vamos
repetir a experiência e em momento algum, vamos por o termo,
Matéria Escura no estudo.
— Porque não. – O rapaz.
— Você pode não acreditar rapaz, mas é sinônimo de passa-
do, linhas do passado, registramos o que podemos registrar, o fazer
para frente ou para trás no tempo, não altera a diferença do calcu-
lo, então apenas usamos os prospectos e evitamos demonstrar que
não fizemos nada, apenas sabemos quando temos de simular aos
olhos ao vidro que começamos.
— Certo, mas vai refazer tudo.
— Limpar e isolar gera mais trabalho, do que apenas fazer,
mas temos de esvaziar os líquidos dos sistemas de giro, pois eles
assim que perderem calor, vão petrificar lá dentro e teremos de
fazer outro protótipo.
Comecei a passar as instruções e falei olhando para a General
do outro lado do vidro.
— Podemos conversar?
Ela concorda e saio pela porta lateral e numa sala ao lado ela
me olha e fala.
— Problemas?
— Apenas determinar onde no passado, estava exatamente
duas cidades japonesas.
— Acha que consegue.
— Vamos fazer um teste antes, mas para os senhores ali, avi-
as que vamos refazer o experimento 3 vezes, por 3 dias, e documen-
tar isto por vídeo e por relatórios, para ter certeza que não estamos
sendo enganados pela arrogância da ciência.
— Eles parecem estar ansiosos.
— Pensa em você não saber como por uma leva de novos
elementos em uma tabela, vou pensar nisto, estamos as registran-
do, isolando e aproveitando para estudar a abrangência, e quando
os senhores não estiverem mais olhando, vamos testar algo mais
real, preciso da ideia de energia necessária para recuar cada dia ao
passado.
— Algo grande pelo jeito.

113
— A diferença é que com um quilo de Radio, eu faço o estra-
go de Hiroshima senhora.
— E acha que vai provar algo antes?
— Pelo que entendi, a JH Tecnologia está financiando este
experimento para que tenhamos a liga que saiu a pouco, do expe-
rimento, para fazer fibras mais resistentes e tencionáveis para os
elevadores espaciais.
— Sim, então está focando nisto porque sabe quem nos fi-
nancia este prospecto.
— Quando se coloca uma lenda na sala, tem de se saber.
— Lenda?
— Sabe a moça ao fundo.
— Ela não é uma lenda.
— Ela é a moça que estava ao lado de John Hellier quando do
lançamento da JH Energia, a 6 anos.
A General olha para dentro e fala.
— Então eles estavam lhe vigiando e pensamos que você es-
tava se envolvendo com ela.
— Ela me vigiava desde o outro experimento, mas quando vi
uma lenda entrar na sala quando ia a primeira acusação, não vi o
seu rosto, mas imagina ver o General Carter dar um passo de medo,
diante de alguém que vestia preto, chapéu, todo paramentado para
não se ver seu rosto, falar firme e no bolso a única coisa visível, o ZA
em Branco, eu juro que ainda tento entender o todo.
— Por isto os demais interviram, o Zelador veio em pessoa, is-
to é mais do que um prospecto simples.
— Se ele tem o dobro apenas da informação que tenho, ele
apoiaria isto, nem que inventando um motivo, já que a senhora
falou que é essencial que as bombas estourem nas datas programa-
das.
— Pode ser, mas o que foi o experimento ali.
— Vamos o refazer para ter certeza, mas seria estar somando
20 elementos na tabela periódica.
— Isto que deixou os senhores interessados?
— O resultado dos estudos, vai gerar pelo menos uns 10 anos
a mais de estudos e teorias senhora.

114
— Certo, mas então vai usar a experiência para desenvolver
um método para fazer o produto que o senhor John Hellier quer e
aproveita para testar e por a comunidade cientifica em polvorosa.
— Quando terminar isto, vou propor um estudo ao Doutor
Francis, e quem sabe ele me aceita de volta.
— Eles não o querem lá.
— Alguém pode não me querer lá senhora, mas se eles quise-
rem que leve a outra universidade o estudo, levo.
— Certo, algo a provar?
— Estabelecer o porque quando se olha as camadas de Maté-
ria Escura, que o universo é mais novo do que se espera.
— E qual a importância disto?
— Se as frequências estão certas, e eu jogar uma bomba em
Nagasaki e acertar Marte, estabeleceria que o universo tem 2 bi-
lhões de anos a menos.
— Uma diferença que geraria um erro de calculo imenso, é o
que quer dizer, não adianta ter a tecnologia e jogar no lugar errado.
E como é passado, não teríamos como saber.
— Temos, mas dai usamos eventos que não sabemos o que
causou, como Tunguska para testar o evento.
— Área remota e que pode lhe dizer se os cálculos estão cer-
tos, mas como vai verificar isto?
— Eu tenho de estudar ainda muito General, para lançar algo
que não quero olhar o resultado, sei necessário, mas sei que foi
uma covardia.
— Se perdêssemos a guerra teria sido pior.
— Talvez.
— E vai fazer o teste varias vezes.
— Três para entender o mecanismo ali, depois vamos ter de
ver qual o valor que isto tem as empresas de John Hellier.
— Nossas contas com ele são enormes.
Sorri, já era uma parceria imensa, e pelo jeito iria aumentar.
Volto para dentro e vi os senhores saírem e Mary me olha e
fala.
— Não entendi o funcionamento que gera o resultado 4, que
é a liga que John quer.

115
— Isto que queremos exato, pode parecer fácil, mas o traba-
lho é árduo após os experimentos.
— As vezes ver você fazer pode parecer fácil.
— 30 pessoas morreram porque acham que tecnologia é
apenas observar de longe.
— Eu estaria ali se não tivessem tentado me matar.
— Então as vezes tem mal que vem para bem.
— Eles estranham sua forma fria de ser.
— Acha que sou frio?
— Comparado a John, você é o sol.
Sorri, ela pelo jeito estava querendo provocar.
Voltei a olhar os resultados, e olho para o Químico e pergun-
to.
— Impressão minha ou todos os produtos, mantiveram a
propriedade do produto de origem.
— Em grande parte sim, ponto de fusão a 328, ebulição a
1750, ionização a 716 e eletroafinidade a 35,1, as mudanças mudam
a partir dai, mas é que densidade e raio foram ampliados por ganho
de dinâmica, mas pensa em algo que dobrou a densidade, mas com
raio dobrado foi ao liquido.
— Então estou certo em manter eles como subprodutos do
Chumbo?
— Sim.
— Vou criar apenas uma nomeação temporária, pois preciso
diferenciar os elementos para ter os números exatos para estabele-
cer amanha, depois os demais se matem para estabelecer os no-
mes.
O rapaz sorriu e fiz uma criação numérica sobre o símbolo do
Chumbo, e dispus na parede a experiência, e olhei os senhores e
falei no prospecto.
— Boa tarde, não temos ainda a confirmação real disto, mas
o que nos apresenta é uma dinâmica de pelo menos 20 novos ele-
mentos, todos derivados do chumbo, teremos de estudar a forma
de os por na tabela periódica, e temos a linha de gazes que derivam
do chumbo, gerando 5 gazes nobres, vamos refazer a experiência
que foi feita hoje, pois temos de confirmar os dados, pois a experi-
ência, parece ampliar em duas as camadas de elétrons, então temos
116
de refazer, pois isto seria uma mudança muito radical, tentamos
duvidar antes, mas os resultados de hoje, foram estes, se ele se
repetir por 3 vezes, vamos anunciar a descoberta.
Os senhores começam a conversar do outro lado do vidro,
não os ouvia, era apenas para os informar, não para explicar ainda,
fui ao canto e limpei todas as peças e com ajuda preparamos duas
mesas a mais e Carson perguntou.
— Vai ampliar?
— Dois testes de confirmação e dois de ampliação do projeto,
quero testar sem a frequência correta, na mesma que fiz no primei-
ro prospecto, eu não tenho a prova do primeiro teste ainda.
— Certo, quer tudo documentado?
— Sim, nem que tenha de editar depois para mostrar para os
demais.
O rapaz que eu nem sabia o nome chega a mim e fala.
— Sou Jonathan Rick.
— Eu coloco os demais para fazer minhas loucuras, antes nin-
guém me ouvia, parece que agora estão todos loucos como eu.
— O que fez, provando possível algo que se me falassem no
inicio do dia, diria impossível, mas tem razão, fica bem claro que os
experimentos surgem todos antes do ligar do equipamento, os mais
distantes antes e os mais próximos quase no ligar do equipamento.
— Toma cuidado com o Og / 1Pb.
Pego a ficha dele, reviso, olho para o produto, estranho algo
estável e que o próprio produto se mostrava instável, mas com cer-
teza, altamente reativo, penso no que poderia se fazer com algo tão
frágil e complexo, imprimo o adesivo de rotulação e colo na caixa.
As vezes temos de separar com calma, e sabia que nem sem-
pre a tive, prendi no vidro e Carson me olha.

117
— Não entendi esta linha, serie Oganessono.
— O Oganessono, é um gás nobre, mas todos estes líquidos,
tem a mesma massa do Oganessono, então embora derivados de
um produto bem diferente, achei mais propicio, temos oito com-
postos com mesmo numero atômico, e os 8 se comportam diferen-
te, fisicamente falando, mas todos, nitidamente derivados de uma
evolução.
— Acha que outros compostos fariam o mesmo caminho?
— Sim, mas vou demonstrar apenas o que pretendo, poderia
me perder em tentativas, e não é algo bom.
— O que quer dizer com isto?
— Não sei ainda! – Desconversando. Eu não tinha certeza, e
não sabia com quem estava falando, queria fazer um prospecto,
mas achava que seria um ramo novo da química, e não entendia
nada disto, e sabia que ainda não confiava nas pessoas a volta.
Terminei de preparar as coisas, mas não deixei nada pronto,
acho que desconfio ainda que um dia estarei preso novamente.

118
Acordo com dor nas
costas, com a boca seca,
tomo uma agua e olho em
volta, estava no quarto, mas
quando olho o corredor,
parecia estranho, vazio,
olho as luzes, pareciam
estranhas, caminho até o laboratório e olho que estava tudo estra-
nho, olho a porta e vejo a General.
— O que está acontecendo? – Berger.
— Acordei assustado, a energia está sendo sugada por algo,
as luzes estão a um quarto da potencia, não sei quanto tempo dor-
mi, mas minha barba diz, 3 dias.
A senhora olha para mim e fala.
— Nos traiu.
Acho que estava cansado disto e falo.
— Trair, eu não roubei vocês, e algo entrou aqui e tentou al-
go, não sei o que, mas com certeza, tentaram.
— E quer que acredite.
Vi a moça chegar a porta e perguntar.
— Como dormi tanto.
— Quanto dormiu? – Perguntei.
— 52 horas.
— Como sabe? – A General.
— Eu tenho controles internos atualizados diariamente, e
quando fui fazer a atualização do dia, o sistema queria saber porque
não o fiz nas ultimas 52 horas.
Olho o corredor e pergunto a general.
— O que a fez desconfiar de mim?
— Os senhores de ontem, falaram que você não é de confian-
ça, que você atrai desgraça.
— Eles eram químicos ou religiosos? – Perguntei quase no au-
tomático, não mudava a indagação, infantil.
Quando olho o laboratório olho a parede e faço sinal para a
senhora recuar, vi algo estranho, a moça olha o braço e fala.
119
— Radioatividade mortal se expostos muito tempo.
— Qual o elemento radioativo? – Perguntei.
— Plutônio.
— Porque os alarmes não tocaram? – A General.
Ouvi o ruído ao fundo, estava tocando, mas era como se um
alarme tocasse com pouca energia, bem lento.
— Está tocando, mas sem energia, mas ela deveria tocar a
partir de uma bateria, então o que está errado? – Perguntei.
— O que acha estar acontecendo. – A general.
— Qual o primeiro nome do Cabo Carson? – Perguntei.
— Paulo.
Não deveríamos ter acordado, mas algo me dizia que parte da
base estava recuando no tempo, e não poderia ir contra isto, mas
sinal que tinham muitas intensões paralelas na historia.
— Algo que tenha de saber? – Mary.
— Pela idade, filho de Peter Carson, não sei se conhece a his-
toria, para mim, como você, lenda.
— O menino Pedra? – A general.
— É uma desconfiança, pode ser qualquer outro Carson por
ai.
— O gosto na boca em si me dava como gás arsêniato, isto
apaga as pessoas, ainda bem que é um derivado para dormir, não
para matar. – Mary.
Olho em volta e falo.
— Temos de isolar a área, isto está fora do tempo General,
vamos aos uniformes contra radioatividade, e isolar a área, talvez
tenhamos de acordar alguns.
— Certo, mas acha que eles conseguira algo?
— Algo está recuando parte da base no tempo, ou pelo me-
nos uma boa parte dela, se chegar a um lugar e ver uma nevoa, não
atravessa, não sabemos o que pode acontecer com um ser vivo que
atravessa um tempo recuando.
Nós três chegamos aos uniformes e fomos lacrando os labo-
ratórios, olho o laboratório que deveria estar a maquina, olho pela
parede de vidro e vejo tudo estático, eles estavam ali indo a algo,
como se nada acontecesse.

120
Entro na sala das moças ao lado, com a ajuda de Mary e da
General recuamos elas para longe da sala, estavam todas desacor-
dadas, olho o relógio a parede do laboratório pelo vidro e falava que
era 3 e meia da manha, recuando, não via o tempo, mas o relógio
recuava a parede.
— Não temos como os deter? – General Berger.
— Se abrir a porta, estarei no tempo que eles estão recuando,
eles já estão a mais de 18 horas de nós e não se mexeram ainda, a
interferência temporal deve se esticar a algumas salas, mas vamos
lacrar os tubos de radiação e vamos tentar evitar que morramos por
não estarmos estáticos no tempo, e sim em movimento.
— Qual a ideia?
Não sabia, alguém iria ao passado, eu não queria ir, mas olho
a senhora e falo.
— A ideia é sobrevier, temos de estar o mais próximo do
campo de interferência, mas não nele, as pessoas das salas distan-
tes nem vão notar, quer dizer, vamos precisar de leite, para qual-
quer mal preparo do Arsênico , vamos ao outro laboratório.
— Mas destruíram tudo.
— Eles queriam algo, e como não conheço os dois, eles queri-
am algo, e não entendi ainda o que.
— Salvar o pai?
— Acho que não é isto.
Caminhamos voltando, todos que achamos no caminho, ten-
tamos induzir ao caminho, era algo que para os a fora da barreira de
interferência, não iriam acordar, mas como poucos ainda para den-
tro da área de interferência, deu tempo de sairmos da interferência
do sonífero.
Quando chegamos a um corredor, vimos aquela nevoa ao
longe, estranho que a luz parecia ser forte depois da nevoa, mas
depois fica turva, o tempo parece recuar lentamente e depois acele-
rar o recuo, faço sinal para a General recuar, encostar a parede, e
vimos todos passando por nós sem nos ver, e Mary parece não en-
tender, viu ela passar por ela, e vimos o general entrando e passan-
do, e vimos o primeiro acalmar, caminhamos para frente e vimos o
general entrando na minha sala, e tirando tudo, vi minha decepção,
vi o experimento recuando, vi o voltar ao ponto anterior, quando
121
sou trazido ao local, e vejo o conduzirem de Mary para fora, vi o
trancarem a porta do quarto e põem o sonífero por baixo da porta,
vi o general olhar para Carson, para o filho, coisas vistas ao contra-
rio, não me dava toda a posição.
O tempo acelera voltando, o tempo, as vezes não queria pa-
rar, e anos em segundos.
Quando tudo parou, senti o cheiro de hospital e olho para o
quarto, não, ali de novo não.
Eu olho para o medico entrar e falar com o auxiliar e a ficha a
mão dele, senti o corpo ficar ali, e ouvi a general olhar para mim e
falar.
— Não pode ficar ai.
Eu não conseguia mais me afastar do corpo, senti ela conti-
nuar a recuar, o que não combinava, era o sorriso de Mary, mas
senti o medico aplicar o remédio ao meu braço, olho o senhor sair e
olho aquele menino entrar pela porta e me tocar a mão.
— Sei que não vai lembrar senhor Sanches, mas é um agrade-
cimento por meu pai.
Não conseguia falar, estava entubado, meus olhos de deses-
pero de ficar ali.
— Só vai com calma senhor Claris.
Senti o sono me tomar.

122
Acordo e olho em
volta, odiei estar ali, pois
teria de viver tudo de novo,
mas a cara de surpresa do
atendente não pareceu
mudar.
Se pudesse me me-
che, estaria revoltado, voltei a 2020, UTI da Covid19, entubado,
amarrado a cama, aquela sensação horrível de ter algo a garganta, o
coçar da pele, não via as feridas do corpo que ficara 22 dias naquela
UTI, dor no corpo, magro.
O rapaz chega e viu que os meus instrumentos pareciam bem
e com ajuda de um rapaz, todos aparamentados para aquela região,
todos isolados para não pegar a doença, começam por tirar do cano
de oxigenação, sentia a garganta estranha, mal saiu um ruído, o
rapaz pediu calma, e tirou amostra do muco nasal e da laringe.
Eu acabara de voltar dos mortos, estavam fazendo isto quan-
do um aparelho para ao fundo e o grupo me deixou ali a olhar em
volta enquanto um senhor se entregava a morte ao fundo.
Mais dois dias para o exame sair, respirava ainda com dificul-
dade, vi a radiografia, tudo indicava que tinha perdido parte do
pulmão, senti o catarro no peito e cuspi ao lado, sangue.
O medico entra na enfermagem, o enfermeiro passa os exa-
mes para o medico que a minha frente fala, poderia falar as palavras
antes dele.
— Refaz, alguém trocou o exame, mantem isolado ele.
Nunca havia me perguntado porque naquele dia, tinha ido
para o isolamento e depois para uma enfermaria, mas sei cada pas-
so do que vai acontecer, mas agora, vou reparar direito.
Dois dias a mais, começando a engolir com mais firmesa, veio
a noticia que meu seguro de saúde, não cobriria mais eu estar ali,
sabia que bom ou não, teria de sair.
Certo, eu não sou de ficar inerte, e quando eles mandaram
sumir eu sumi do hospital, mas antes achava que estava condenado

123
a morte, agora, sei que algo aconteceu, e se fosse para refazer tudo,
refaria, e pensaria no que poderia fazer.
Estranho viver tudo e não saber se poderia mudar algo, por
anos repetidos o pensamento mais normal, era como um descrente
da viagem no tempo, estava refazendo as coisas.
O refazer de todo o caminho, me fez mais atento, quantas ve-
zes eu tentei falar diferente e saíram as mesmas palavras, eu não
entendia isto, mas aquele caminho já tinha acontecido, e não teria
como mudar.
Mesmo o ir ao exercito, poderia fazer diferente, e não conse-
gui, passei novamente pelo experimento e quase morri de novo, e
tudo me leva ao mesmo ponto.
Mas olho o ponto que eu achava que teria de mudar, quando
dei as costas e sai do laboratório, e não ajudei aquele rapaz, mas a
duvida era grande, pois algo me jogou ao passado e uma coisa eu
não queria, o looping eterno em um espaço de tempo.
Eu vi o rapaz me olhar e falar novamente.
— Bom ver que sobreviveu.
— O problema de sua família, não sabe pedir ajuda sem ma-
chucar a pessoa ao lado.
— Sabe quem sou.
— As paredes falam que é Robert Carter, nunca entendi como
seu irmão morreu, não era seu o experimento?
— Quer saber demais.
— Pode ser, mas não usa Césio, é suicídio.
O rapaz me olha e fala.
— Pelo jeito é mesmo um espião aqui dentro.
— Espião? Me rouba e me chama de espião?
— Levem ele daqui.
Lembro do caminho e o senhor que controlava o local me
conduz a uma cela, vazia, olho o colchonete, sinto o frio, deito e
descanso um pouco.
Acordo com um movimento e vi Carson ali, olho em volta e
falo.
— Me seria sincero em uma coisa Cabo Carson.
— Se puder?
— Verdade que seu pai é Peter Carson?
124
Vi o rosto do rapaz mudar e falar baixo.
— Poucos aqui sabem disto.
— Quando for fazer, posso ajudar, apenas eles não precisam
saber o que, quando e como.
— Acha que tem como ajudar.
— Se não ajudar não saio daqui.
— E porque ajudaria?
— Se precisar, pede.
Voltei a deitar.

125
Acordo e olho apenas
Carson ali e ele me fala.
— Acham que estou
conspirando com você.
— O general sabe
quem foi seu pai?
— Não.
— Então fica tranquilo menino, ninguém provaria que você é
filho de uma estatua, muito menos se ele voltar ao convívio, com
cara de 14 anos.
— Aparência se modifica, mas... – o rapaz se cala ouvindo os
alarmes dispararem e se viu a correria para o lado oposto e me olha.
— O que aconteceu?
— Se a historia se repetir varias vezes, Robert Carter acaba de
fazer alguma burrada.
— Como assim?
— Jogo de Brios, mas calma, hora de manter a calma.
— Porque?
— Tem de entender, a General apoiaria sua ideia se ela sou-
ber do problema, acho que até o Zelador apoiaria.
— Zelador, fala serio, isto é lenda.
Sorri e apenas sento na cama e vi quando fomos conduzidos
os dois para a sala de Carter.
Entrei e olhei os rapazes da comissão de sindicância, mas era
apenas tentar achar um culpado, e ouço o general falar.
— Vão acreditar em algo deste senhor?
Olho para ele e falo.
— Quem matei desta vez que resolveram me ouvir.
— Você atraiu uma desgraça para esta base.
— Sim, agora a pergunta, o que eu controlo disto?
— Acha que alguém vai interferir por você, vai ser detido até
o fim da analise.
Olhei o senhor sem olhar para a porta falar.
— Área Restrita. – O senhor fala e olha a porta, não olhei,
mas vi os olhos do general recuarem e ouvi.
126
— Apenas alertando ao senhor General Carter, e a comissão
de inquérito, o nome de Sanches acaba de ser colocado na posição
de proteção minha, e se ele morrer aqui dentro, pode ter certeza,
vai querer ter morrido General.
O general olhava assustado, Carson ao lado era uma mudança
e olho para o Zelador e falo.
— Obrigado pelo apoio.
O ser se me olhava não sabia, a roupa realmente não me dava
a visão de quem estava ali, olho ele olhar no sentido do General e
terminar.
— Está avisado, outra coisa, a base que toca General Carter,
passa a ser vigiada pelo meu pessoal, melhor voltar a ser um Gene-
ral, e não um louco.
O senhor sai e olho o general que fala.
— Conduzam os dois a cela, quero pensar.
Eu e Carson voltamos a detenção e Carson fala.
— Conhece o Zelador, você falou dele e ele veio lhe apoiar,
para mim uma lenda.
— Para mim, Peter Carson é lenda, não o Zelador, e ele veio
apenas falar, raramente ele aparece, normalmente ele manda o
Encanador, dai seriam mortes.
— Certo, mas acha que o que vai acontecer.
— Provavelmente vamos refazer tudo que fizemos antes, nos
próximos dias, e após isto, como falei, não precisa detonar uma
base para fazer o que tem de fazer.
— Parece saber o que aconteceu.
— Você não acredita, mas eu já vivi isto, e espero parar o
loop na primeira volta, não viver no loop.
— E porque acha que se é um loop você sairia?
— Eu fiz questão de vir até este momento do loop, eu poderia
ter nem vindo a base, mas isto não ajudaria nada no seu caso, ape-
nas no meu.
— Está dizendo que já viveu isto, é impossível.
— Pode ser impossível, mas amanha o general estará afasta-
do e trarão alguém que afastaram para Jureal para a base.
— E se não acontecer assim?
— Improviso, pois o Loop se desfaria naturalmente.
127
Às vezes acho maluquice, mas se tivesse de refazer varias ve-
zes a mesma coisa, poderia ficar maluco.
Às vezes eu mesmo tinha de lembrar-me que não sabia tanto
sobre aquilo, mas tinha uma certeza, ninguém sabia, e a minha du-
vida inicial, se na primeira explosão, a matéria era densa, mas era
formada por camadas simples, nada de compostos pesados, e com a
evolução, ela se tornou mais densa, a diferença de massa poderia
ser para cima, do nosso calculo, e isto reduziria a idade do universo,
e isto faria com que experimentos não dessem certo.
Fecho os olhos e tendo por as ideias em ordem.

128
Acordo com alguém
me mexendo e olho o segu-
rança falar.
— Acorda, a direção
quer lhe falar.
Ele me alcança a rou-
pa, visto e olho para Carson
que pergunta, como se querendo uma resposta.
— O que aprontou?
Nos conduziram a uma sala, já tinha vivido isto ali antes, mas
estava ali uma comissão, não conhecia ninguém antes e continuava
sem conhecer, mas foi rápido, me deram minhas credenciais, em
troca de duas assinaturas referente a sigilo do que acontecera ali,
eu não sabia o que acontecera ali, mas na minha cabeça estava sair
daquela repetição de atos.
Vi que os rapazes me conduziram a meu alojamento, e vi mi-
nhas coisas lá, como se não tivessem nunca as tirado de lá, olho o
computador sobre a mesa, não sabia se deveria acessar, mas ape-
nas o ligo, olho os arquivos a tela, eles tentaram por as coisas como
antes, mas era evidente que mexeram em tudo, olho a mesa e mi-
nhas anotações estavam lá, era evidente que pegaram as folhas no
lixo, mas minha duvida, está não hora de mudar a curva?
Vi quando bateram a porta, e vi o rapaz passar o recado que a
diretora, queria falar comigo.
Eu fecho a porta e caminho até o comando e vejo que esta-
vam mudando a placa a porta, olho a Doutora General Berger che-
gar e olhar para mim.
— Ainda não sei se podemos ser sinceros?
Estanho a frase, mas vi o rapaz abrir a porta e viu um senhor,
aparência uns 35 anos, sentado a mesa, não a cadeira e olhar para a
General e falar.
— Bom dia Doutora.
— Quem é que mobiliza esta base?

129
— Alguns me chamam de Encanador, mas mandaram dar um
jeito nesta bagunça, e o Zelador me mandou para cá, para ajeitar as
coisas, e precisamos conversar.
— O que aprontaram aqui que uma lenda interfere.
— Um general, que tem muitos primos, irmãos e tios no exer-
cito resolveu detonar uma base e preciso da senhora novamente
aqui.
— E quem vai assinar isto, pois a ultima vez me mandaram
para Jureal.
— Sei que alguns apelam para as indicações e para os amigos
senhora, mas preciso de ordem, e uma que não precise uma leva de
mortes a mais, e preciso saber se vocês dois conseguem se enten-
der, já que vi que poucos entendem o que aconteceu aqui, mas
alguém sentado em um quarto morrendo, entendeu, estranho co-
mo um general pode gerar mais de 30 mortes, e ninguém o afasta,
mas a pergunta senhora, consegue assumir esta base e por ela fun-
cional.
— O que o general fez que 30 pessoas morreram?
— Lembra da experiência do rapaz ao seu lado.
— Sim, aquela experiência me gerou uma transferência para
Jureal.
Eu não olhava a senhora, tentando me fazer de perdido.
— O senhor após lhe afastar, parou de dar comida ao senhor
ao lado, e a todos que sabiam daquele experimento, com uma justi-
ficativa, aquela de teste psicológico e físico, isto para tentar roubar
a pesquisa, mas o filho do General, não conseguiu o intuito de deci-
frar os rascunhos e experiências do senhor Sanches, ele após tentar
um acordo, tenta reproduzir o mesmo efeito e tivemos 30 pessoas
que parecem sumir de um laboratório em operação e surgir num
corredor ao fundo, algo de segundos, o tocar dos alarmes e duas
pessoas caírem mortas, o senhor Carter não está feliz, perdeu o
segundo filho para esta experiência, e não podemos deixar ele para
encobrir isto, terminar de matar mais pessoas que provavelmente
não entenderam nada.
— Está dizendo que temos parte da base radioativa?
— Se me tiraram de Utah tem de entender, algo precisava ser
resolvido e limpo, estamos limpando a região, estamos repintando
130
tudo, após lavar as paredes com jato de areia, estamos pintando os
últimos prospectos de mudança, mas a pergunta, aceita a designa-
ção General Berger.
— Me reporto a quem?
— Você assume a direção geral da base Doutora, e queremos
saber, consegue?
Ela me olha e fala.
— Pelo jeito quase o mataram, mas não entendi aquele dia.
Eu olhei o rapaz e ouvi.
— O que aconteceu General, é que o rapaz ao lado, abriu uma
nova linha de produtos químicos básicos, mas não os radioativos, e
sim algo mais pesado e complexo, e pelo que entendi, a ideia era o
general dizer que desenvolveram nesta base, mas quem o desen-
volvera não levaria o credito, mas ele teria de reproduzir o efeito e
fazer os registros, mas o rapaz ao lado, escreveu em uma forma
básica o que entendeu, adoro esta forma de transformar tudo em
números e escrever através disto, mas o não poder dividir com ou-
tros, fez o experimento dar errado, não sei o que exatamente foi
feito, mas o rapaz morreu antes do experimento.
Olhei o rapaz e perguntei.
— Qual gás ele gerou?
— Algo muito instável, temos ele depois da reação com o
pulmão, césio 142.
— E como isolaram, isto penetra em qualquer coisa. - Pergun-
tei.
— Tem coisas que precisam de algo para se proliferarem, mas
ele reativo, explode ao contato com agua.
— Explodiu nos dutos de ventilação? – Perguntei.
— Nos dutos, nos pulmões, em qualquer contato com oxigê-
nio, mas como a explosão deve ter alterado até o produto inicial,
não sabemos, precisamos saber o que não fazer, e queremos o se-
nhor trabalhando para isto senhor Sanches, e sabemos que deve
estar querendo pular fora, mas sua abordagem em algo de um pal-
mo, fez o efeito ser controlável, se fosse feito nos prospectos que vi
no corredor de ideias da base, teríamos tirado toda a vida ao sul da
Califórnia, mas sabemos que passou por problemas internos, e se

131
não quiser fazer aqui, temos uma proposta depois da JH Tecnologia,
para você, mas preferimos isto dentro de regras mais fechadas.
Sabe quando se ouve algo uma segunda vez e ainda não se
sabe o que falar?
— Tem de entender senhor Sanches, as vezes, ser genial, tem
seus custos, sei que estou a mais de 50 anos estudando e fazendo
prospectos para o governo, e pode ter certeza, se toda vez que um
general faz merda tivesse desistido, muito não teria acontecido.
A General olha o senhor e fala.
— E quem está dando segurança para a base?
— Todos ao corredor, que tiverem a insígnia ZA, estão autori-
zados a lhe dar toda a estrutura senhora, pode ter certeza para tira-
rem o Zelador da sua calma, sinal que isto poderia ter sido bem pior.
O senhor sai e vi a senhora me olhar.
— Pelo jeito os dois estão perdidos em meio a uma crise, mas
o que acha que podemos fazer. – Doutora.
— Não sei a senhora, não sei em que ponto voltou para vir ao
futuro de novo, mas para mim, reviver quase 5 anos, é de matar, se
voltar a isto, enlouqueço.
Ela sorri e olha em volta.
— Acha que eles aceitam?
— Senhora, eu terei de refazer todos os testes, mas desta vez,
não chama ninguém para olhar, não precisamos de mais pressão, e
sei que preciso terminar isto e ir a frente.
— Acha que qual a ideia que nos jogou nisto de volta.
— Isto que tenho de descobrir.
Fomos a área do acidente e vimos os relatos estranhos de
pessoas que caem e não lembram de ter chego ao corredor, eu olho
o experimento e vejo que o rapaz, mesmo alertado, pensou o inver-
so, que era uma forma dele se desviar do seu objetivo, então quan-
do a pessoa tem certeza que está no caminho certo, não adianta
alertar, e se a pessoa não aceita alerta, estar ao lado, pode ser mor-
te certa.
O complexo de refazer os testes e começar a levantar os da-
dos, fez Carson chegar ali novamente, ele me olha e pergunta.
— O que quer fazer.

132
— Fazer direito Carson, pois toda vez que se joga alguém no
Loop, pode uma hora a pessoa se encher e sair dele, e tudo que deu
certo em outra experiência, não dar mais.
— Certo, e acha que qual o problema?
— Desviamos parte, todas estas moças na versão anterior,
haviam morrido, mas não temos como refazer uma loucura, então
vamos fazer com calma e sem precisar intoxicar todos a volta.
— Certo, mas porque então estão no loop?
— Deixar claro que reviver toda uma historia, me fez estudar
um pouco mais o problema, mas vou pedir para mudar algumas
coisas de lugar e isolar toda esta área realmente.
— O que os rapazes estão fazendo ali.
— Dando a sensação de que é radioativo, então vamos esta-
belecer que poucos estarão para dentro.
— Poucos?
— Sim, você e seu ajudante, nem eu estarei para dentro.
— Quer dizer que existem mais pessoas no loop?
— Sim, então primeiro vamos fazer a limpeza, depois desco-
brir a camada que precisa descobrir, e por fim, fazer com que tudo
dê certo.
Levantei todos os dados referente ao prospecto e começo a
fazer os levantamentos finais daquela experiência que não fora um
fracasso, mas estava passando o vídeo lentamente e ouvi a Doutora
General as costas.
— O que tanto olha?
— O problema de pegar um experimento de outro, e refazer
sem a devida atenção, pensei que ele tinha entendido o básico, o
Doutor em Química era ele, não eu, mas teríamos como o refazer
Doutora, não sei até onde vai minha detenção.
— Pelo jeito ainda está hostil?
— Quando pensei que sairia pela frente, entrei num Loop de
5 anos, e temos o que fazer senhora.
— E o que fazemos.
— Eu vou fazer o teste como anterior, mas consegue que as
pessoas façam uma obra na parte que está o laboratório 2.
— Uma obra?

133
Eu olhei para ela e fui ao sistema, puxei pela rede, o que eu
pensei para aquele momento, estava na nuvem, ela olha e fala.
— Para que isto?
— Primeiro, eles vão tentar de novo, pois eles não lembram
de nada, sinal que eles morreram na experiência, segundo, desliga
os monitoramentos e tira as pessoas a volta, faz toda a linha de
defesa e consegue que se faça estas 3 medidas de instalação, antes
de mostrar para eles como faz.
— Certo, pensei que não lembrava.
— Eu tentei ser o mais fiel ao que fiz na vez anterior, mas é
que na noite entre hoje e amanha que adormecemos, então vamos
segurar as coisas, dormir longe, e se eles se forem, damos um jeito
senhora.
— Certo, vou providenciar algumas coisas.
Eu fui ao laboratório e começo a remontar o prospecto, acho
que em si, eu já tinha feito então tinha de cuidar para não cair na
arrogância e morrer antes.
Fiz todos os prospectos, lembro que escrevi os dados nor-
malmente ao lado, na vez anterior, eu os codifico, todos olhavam,
mas falava que depois de apresentado da Doutora falávamos sobre
aquilo.
Cada calculo mudado, cada coisa mudada, uma coisa me veio
a mente, de alguma forma, eu ajudei, e fui parado no momento da
confirmação de que ajudei, talvez aquele toque, aquela cura, me
fazia querer ajudar eles novamente.
Novamente tentando fazer algo diferente, por 5 anos me re-
peti, me contentei com o caminho, mas eu acho que é agora que
tenho de desviar.
Carson para ao meu lado e pergunta.
— Vamos fazer os testes quando?
— Eles ainda estão arrumando as coisas aqui, falta material, e
preciso dormir, estou ainda meio cansado e fraco.
Saio dali e vou a direção e a General me coloca em um quarto
na ala 4, era para mudar o fato, nem que para que estivéssemos
fora do local.

134
Acordo, parecia me-
lhor, vou ao refeitório e
tomo um bom café da ma-
nhã, a partir deste momen-
to, fosse o loop reeditado
me teria em um ponto dife-
rente.
Vou ao laboratório 2 e os rapazes terminavam de pintar as
paredes, e a General me olha.
— Acha que temos como evitar?
— Eu não sei o que eles fizeram e quando, mas uma hora eles
acertam, espero ser na segunda tentativa.
— Você pelo jeito parou onde precisava, mas o que faremos?
— Sem alarde, vi que começaram a construir uma segunda
parede de isolamento, vamos fechar as janelas de observação, e
entre as duas paredes, uma linha de metal pesado aterrado.
— Eles estão fazendo o aterramento, e depois vão por as pla-
cas, acha que devemos fechar os corredores acima e abaixo?
— Tudo que não sei existir e que está na abrangência que vi-
mos com nossos olhos, aquela parede lá da entrada da ala 3, eu
isolava.
— Certo, ainda pensando em não documentar aquilo?
— Posso pedir para falar com o Doutor Francis?
— Quer que não se perca isto, pelo que entendi?
— Sim.
A General saiu e Mary chega ao lado e pergunto.
— Teria como me ajudar em uma coisa?
— O que?
— Falar com John Hellier?
— Urgente?
— Sim, parar e desenvolver de vez algo.
— Ele parece querer falar com você, e pela primeira vez você
saiu do discurso que tenho na memoria.
Eu estranhei ela olhar para mim e falar.
— Ele vem falar com você no fim do dia! Só não estranhe.
135
— Por quê?
— Ele se apresentou a você como o Encanador.
Eu não comentei, para mim isto tinha ficado claro antes, mas
as vezes as pessoas tem de ter a certeza de que entendemos.
Fui ao segundo laboratório e vi Carson olhando os escritos,
ele tentava decifrar, mas eu queria terminar de fazer antes.
— Calma, a General disse que posso lhe mostrar amanha os
relatos, é apenas uma forma que se tornou tão automática no es-
crever, que as vezes acho que penso por números.
— E vamos reproduzir a experiência?
— Sim, a General quer algumas pessoas olhando, para regis-
trarmos isto, e vou pedir a cada um de vocês atenção redobrada em
cada um dos prospectos.
— Por quê? – O rapaz ao fundo.
— Não nos conhecemos, Claris Sanches.
— Sou Jonathan Rick!
— Primeiro, em cada um dos recipientes, deve surgir, um gás
reativo, um inerte e um produto, os gazes, vão sair por cima, serem
filtrados, os sistemas de identificação os vão analisar, e nos dar os
dados que queremos, pois estes dados que nos interessam.
— Certo, e o que esperamos dos dados?
— Algo melhor do que o que fiz em confinamento, antes de
piorar por falta de comida.
— Certo, e acha que os dados darão resultados comprobató-
rios?
— Sim, mas os repetiremos, 3 vezes, para garantir que sabe-
mos o que estamos fazendo, e só publicamos se os três dados forem
iguais.
— E vai escrever em código até lá? – Rick.
— Como falei com Carson, eu passo o dado assim que a Ge-
neral permitir.
— Sabe porque mudaram os quartos da Área 2? – Carson.
— Não, mas eu não reclamei, se tivesse ali na hora da experi-
ência poderia estar morto.
— Acha que é segurança?
— Sim, se viram, estão erguendo um sistema de parede dupla
e de exaustão de ar, com oxigênio próprio, acho que é segurança.
136
Eu olhei Carson e falei.
— E fica entre nós o que é verdade e mentira na frase.
Carson me olha desconfiado, mas Rick olha desconfiado para
Carson que sorri, não sei se entendi o que Carson pensou.
Mas para mim, os Carson, pelo menos o pai do rapaz, era co-
nhecido por saber se as pessoas estavam mentindo ou não.
— E começamos por onde? – Carson.
— Vou terminar de montar, de por nas mesas as tabelas que
quero que preencham de cada produto, acredito que por ter dois
produtos na entrada terei no mínimo dois na saída, mas se tiver um
terceiro gás que fique confinado.
— E se algum dos produtos sair do comando, não cair no in-
volucro.
— Para isto tem as roupas de segurança e a vedação da sala
na hora do experimento.
Olhei Rick parecer temer.
Olhei o vidro que dava para a sala ao lado e vi Dr. Francis de-
pois de um bom tempo, saio pela porta e aperto a mão de Francis
que fala.
— Aqui que se esconde?
— Sim, vou pedir ajuda Doutor, e não sei se pode ajudar?
— Sabe que tem gente pressionando para não o chamar de
volta e não entendi por quê?
— Porque eles não entenderam o que vamos fazer aqui hoje,
e queria o senhor como observador, sei que parece loucura, mas o
pré-teste me diz que se me ajudar, tem gente que vai nos xingar no
mundo acadêmico.
— Como assim xingar?
— As pessoas se dedicam anos, e não ganham um Nobel, o
senhor já tem dois.
— E quer o que com isto?
— O terceiro Novel, em Química e o concertar do erro do
primeiro Nobel.
— Tem um erro?
— Sim, se o experimento der resultado, sinal que o universo é
2 bilhões de anos mais novo.
— E o que isto implicaria?
137
— Teria de jogar naquele seu calculo, mas talvez não acabás-
semos nem em gelo e nem em explosão, ai teria de pensar se acre-
dito em Deus.
— Porque isto lhe mudaria a forma de crer, sinal que é pesa-
da a desconfiança, faz falta as suas desconfianças malucas.
— Senhor, pensa em fazer uma explosão, com uma massa x,
em uma velocidade y, com uma força α, se eu não pensar na reação,
ela nunca por livre escolha, em um universo que prega o caos, vai
chegar a um valor de equilíbrio nos 24 bilhões de anos e estabilizar.
— E o que vai provar ali?
— Na verdade é algo a pensar, e nunca tenho com quem tro-
car ideias aqui dentro.
— Área restrita e com tudo muito restrito?
— Sim, mas sei que a ideia é estranha senhor e paramos no
ponto que nos tiraram as pernas, mas o que se prova com o expe-
rimento, é que podemos evoluir muito no universo, mas não enten-
do tanto de física, lembra?
— Sim.
— Mas em um experimento tentando entender se a frequên-
cia estava certa, fizemos um pré-teste, mas o experimento vai pro-
var algo que não sei se sai pela porta, a viagem ao passado, mas o
que vimos, é que se eu paro o tempo e coloco energia, como os
eletros estão parados, eles mudam de lugar e se alocam, de acordo
com o que a energia permite de fusão de núcleo, de real, temos a
formação e um novo gás, e um produto na mesma tabela, mas que
tem mais duas camadas de valência, e não sou químico também.
— Está dizendo que o experimento, cria um produto Químico
que não existe? Ele é reativo?
— Podemos criar reativos e um gás nobre, mas somamos
massa ao gás nobre e ele se comporta como um liquido.
— E prova os 12 milésimos de segundo?
— Sim.
Vi um senhor entrar pela porta, estranho ter o mesmo rosto e
não parecer a mesma pessoa, mas ele chega a nós e fala.
— Boa tarde, pelo jeito cheguei em uma boa hora, John Helli-
er! – O senhor esticando a mão. – Não é todo dia que se conhece
dois prêmios Nobel.
138
Olhei o senhor e falei.
— Boa tarde, bom que pode vir.
— O que gostaria de perguntar?
— Se sua empresa não teria interesse em continuar a financi-
ar nossas pesquisas, pois sem recursos, e dentro de um local onde a
ciência não é trocada, parece jogar estudos, dinheiro, tudo na gave-
ta.
— Saiba que seu estar aqui, é de grande valia senhor Claris,
mas entendo que deve ter problemas com alguns.
— Não, Fanes não são problema, são teimosos. – Falei apenas
para ver a reação do senhor que olha para a sala do lado e pergun-
ta.
— Então todos estão olhando a pesquisa, isto lhe incomoda?
— Eles querem uma coisa, o exercito outra, o senhor outra, e
eu preso a ciência senhor John. – Falei olhando o senhor.
— E não quer estar na briga?
— A briga está nos tirando a conquista, se eles querem algo,
teriam de pedir, não, acham que entenderam, o general que o se-
nhor afastou, quer outra coisa, o exercito, outra coisa, suas empre-
sas outra coisa, se todos se sabotam, todos ficam sem suas preten-
sões.
— E quer que acredite que você e Mary estão em um Loop?
— Não, estamos se voltar a acontecer em um novo Loop, pois
o de ontem nós desviamos.
— Certo, e o que seria bom?
— Acho que descobrir que não se pode viajar ao passado,
sem a devida proteção, é o começo, pois se eu paro todos os elé-
trons, eu paro a energia do corpo, mesmo protegido.
— E como não morreu então?
— Eu parei em uma reanimação que já havia vivido, e não es-
tava no centro do experimento.
— E teria como se resolver isto? – John.
— Se no centro sem proteção, não, se estivesse em uma por-
ção da energia, e pudesse fazer em um salto controlado.
— Do que os dois estão falando. – Francis.
— Explico depois Doutor.

139
— Entendi que não é um produto, são 4, e que cada um quer
um resultado diferente, e pelo jeito desconfia que pode o fazer.
— Sim, sei que pode ser feito, apenas não sei ainda como o fi-
zemos.
— Certo, a certeza que fez, mas não sabe como, vou falar
com a universidade e ver se reabrimos aquela pesquisa, mas desta
vez mais fechada, tinha muita gente olhando aquilo.
— Até o senhor. – Falei.
— Sim, mas não era para destruírem antes do fim, são uns
idiotas mesmo.
— Não entendi quem o fez senhor?
— Um consorcio Inglês-Japonês, mas eles não conseguiram
nada ainda, algumas pessoas são monitoradas de longe.
— Agradeço se conseguir apoiar nosso trabalho senhor.
— Vai provar que aquela liga é possível hoje?
— Sim, vou tentar não errar nada hoje.
O senhor se despede e olho para o doutor Francis.
— Está querendo voltar por cima.
— Voltar, as vezes me sinto preso em uma instalação militar.
— Certo, e me quer vendo hoje?
— Sim, se reparar, tem de estar atento, pois os materiais vão
surgir antes de eu apertar o fazer, para os demais pode ser uma
encenação, e os tempos são curtos, então para entender, tem de
estar bem atento aos dados.
Vi mais dois observadores chegarem e me despeço e vou ao
local, olho Carson e falo.
— Vamos tentar não parar hoje, antes de ter os dados que
quero.
— Pressa agora?
— Dai consigo explicar minhas anotações com calma amanha,
para não existir erros.
— Certo, um passo por vez, mas pelo jeito quer provar algo.
— As vezes temos de tentar agradar quem financia isto aqui
dentro rapaz.
— Fazendo politica?
— Sim.

140
Armamos o primeiro experimento, o segundo e por fim o ter-
ceiro experimento, dai armamos mais duas bancadas para repetir
exatamente o primeiro experimento.
Começamos a nos preparar, vimos generais, a Doutora Gene-
ral, dois cientistas de uma revista e começamos a fazer os experi-
mentos, não sabia como seria a recepção, mas fizemos todas as
linhas de pesquisa, e começamos a anotar as experiências, docu-
mentar e por no papel, estranho surgir uma parte que nem enten-
dia direito, já fizera isto antes, mas quando repetida, três vezes a
primeira para provar o método, e depois estendida, chegamos a
algo que eu teria de estudar para entender.
Eu peguei uma planilha e preenchi, e destaquei apenas o que
queria, e olhei para o químico e falo.
— Se entendi algo errado me corrija.
— Não, você pensou ate em dados que normalmente volta-
mos depois para fazer, mas isto é incrível.
A general entra na sala e fala.
— Quer dar a pré-conclusão?
— Sim, não sei se está bem estruturada, mas está dentro dos
aspectos dos projetos que fazia na faculdade, e temos o produto
que nosso parceiro quer.
— As vezes me assusta saber que aquele senhor é o Encana-
dor.
Eu olhei em volta e falei.
— Tem de observar melhor Doutora.
— Vai dizer que acredita não ser o mesmo?
— Os dois que vimos são familiares, mas a pergunta, porque
me confirmariam antes, para não me assustar, se fosse mesmo o
mesmo, parecem muito iguais, mas o primeiro era menos artificial,
sinal que este é o da lenda.
— E pelo jeito quer continuar isto fora daqui.
— Temos três usos, um militar, que sabemos que vamos de-
senvolver aqui Doutora, um de engenharia, através do que conse-
guimos, e tem a ciência por trás de tudo.
— Mas colocou que a viagem ao passado é impossível pelas
conclusões iniciais.
— Não queremos virar cobaia General.
141
Ela olha em volta e fala.
— Por isto quer sair daqui?
— Eles ainda podem tentar senhora, e quem ficar ali, fica no
loop, se todos os participantes morrerem, encontramos os corpos, e
vamos a frente, o tempo é um só, quantas vezes tentou falar algo
fora do script já vivido senhora, e sua boca parece ter emitido as
mesmas palavras?
— Muitas, sinal que não tínhamos direito de fazer diferente?
— Não sei senhora, não sei mesmo, mas eu fui até o ponto
que podia e quando pude, falei.
— Certo, não queria voltar de novo, mas se não conseguísse-
mos?
— Acredito que se não saíssemos, é porque haveríamos mor-
rido, seria uma lembrança, não reviver as coisas.
— E o que conseguiu ali?
Alcancei para ela a nova tabela periódica.

Caminhei para a sala ao lado pegando na mesa uma serie de


folhas que estavam sendo impressas.
142
Chego a sala e vi o rapaz sentar ao meu lado e falar.
— Boa noite a todos, sei que do vidro pouco viram, pois é um
vidro para a segurança de vocês, mas o objetivo deste trabalho, era
complementar parte do trabalho que foi parado da Universidade da
Califórnia, o teste que provaria que temos o surgir a cada 12 milé-
simos de segundo, da Matéria Escura, então colocamos algo na
mesma frequência da matéria, e através de um método de estabili-
zação de gravidade, tentamos dispor num espaço confinado o mate-
rial que queríamos testar se ele se modificaria, se olharem na expe-
riência, filmada ao fundo, antes do ligar do aparelho, em intervalos
de 12milisegundos, com espaçamento de 50 milésimos entre cada
ativação, parte do material surge antes de ser ativado, nos cinco
espaços. Isto prova que a frequência de surgimento é mesmo de 12
milissegundos, e que conseguimos transmutar algo em milésimos
de segundo ao passado, mas as consequências físicas da matéria,
pois para fazer o experimento, injetamos nitrogênio liquido, e
chumbo na primeira experiência, o parar do tempo, que para mim
era apenas teórico, para os elétrons da matéria, e com a energia
que fornecemos, se forma outro produto, o que temos na primeira
experiência, é 18 produtos, apenas o íon se manteve instável, e
repetimos a experiência com chumbo 3 vezes, para verificar se o
processo era este mesmo, ou tínhamos errado em algo, fizemos o
mesmo teste com outros produtos, e o que obtemos até este mo-
mento é algo que estamos estudando, pois temos como conse-
quência, duas camadas de valência a mais e uma camada de elé-
trons a mais, era para ser apenas um teste, mas ele se mostrou mui-
to mais complexo, e na planilha que estão lhes passando, estão os
pontos a mais que ainda não nomeamos, são nomes temporários
para não nos confundirmos.

143
Coloco no monitor ao fundo a imagem ampliada do que havi-
am descoberto e começo a narrar os pontos e os testes, os militares
estavam nitidamente boiando, e o brilho nos olhos dos 3 cientistas e
um dos senhores perguntou.
— Mediram as propriedades?
— Sim, ponto de fusão, ebulição, ionização e eletroafinidade.
O que nos dá outra curiosidade. – Olho os dados – temos uma linha
de novos elementos, que se comportam como o chumbo, ou o que
quero dizer, ponto de fusão a 328, ebulição a 1750, ionização a 716
e eletroafinidade a 35,1.
— E eles tem numero de massa diferente?
— Sim, temos nesta lista, 3 novos gases nobres, e se repara-
rem, não sabemos ainda como definir isto, mas a linha primeira tem
como padrão uma camada eletrônica a mais, a R e a segunda linha,
todos os produtos, tem duas camadas, a R e a S.
O senhor ao lado pergunta.
— Tem formação em química?
— Não senhor, o químico responsável que está supervisio-
nando o experimento que deveríamos ter feito a quase um ano
atrás na universidade, fomos sabotados, é Jonathan Rick ao meu
lado, sou apenas C. R. Sanches, não entendo de química.
— E comanda um experimento químico?
Eu olho a General e falo.
— Se eles não querem acompanhar General, pode os retirar,
estamos abrindo a civis por consideração a ciência, se eles não que-
rem, não os forço.
A general olha o senhor que olha assustado.
— Senhor Barton, poderia nos acompanhar, já que não esta-
mos aqui para discutir formação, já que os seus formados não fize-
ram um experimento nem semelhante. – A senhora.
Os outros dois ficaram quietos, e ela fala.
— Qualquer um pode pedir para sair, eu pedi para ele expor
para a comunidade por achar que era importante, é um trabalho
sobre sigilo, que já nos levou 3 bons químicos, a morte, então ape-
lamos para quem entende do todo, não de uma tabela. – A senhora
olhando os demais.
Um fala baixo.
144
— Nos atemos a perguntas técnicas.
Peguei o microfone e falei.
— Estamos pelos próximos 3 dias, repetindo as experiências
análogas, e devemos publicar as conclusões em uma semana.
A general olha para mim, sabia que ela não queria publicar,
eles saíram e antes dela falar fui duro.
— Não vamos por dados senhora, é apenas afirmar que o
exercito dos Estados Unidos, nesta instalação provou ser possível
criar uma cadeia de elementos com duas camadas eletrônicas a
mais.
— Pelo jeito não gosta de ser interrompido.
— Quero gente pensando no problema, estes foram os que
ridicularizaram o trabalho de Francis por 3 anos, quando chegamos
a fazer metade das descobertas, nos sabotam e ninguém nem tenta
apoiar.
— E acha que temos o produto?
— Esta selecionado no fundo, um quilo do material, ele vai
querer o material ou a técnica de fazer isto?
— Acha prudente passar?
— Se entendi o problema, um quilo do material dá para ele
produzir 4 metros do que ele precisa, ele quer algo que se estenda
até a estratosfera, são quilômetros.
— Certo, se fosse fornecer precisaria de contratos, mesmo o
chumbo tem um preço barato se pensar em um quilo, em toneladas
é outra coisa.
— Sim, mas as vezes vender a tecnologia ou a trocar por algo
é mais interessante.
— Certo.
— Me autoriza a passar aos rapazes o que fizemos?
— Sabe o risco?
— Sim, mas como dormir pensando que eles vão tentar aque-
la noite, depois na próxima, e depois na seguinte.
— Certo, autorizo.
Entrei e olhei Carson e falei.
— Vamos a sala ao fundo, e falamos sobre o que fizemos ali, e
o que foram as conclusões que não falamos.

145
Eu traduzi os escritos e fui explicando toda a logica do dispor
de velocidade, peso, paredes grossas para dispor de um experimen-
to, e que a soma de matéria que estivesse na parte interna que so-
masse a energia, seria a de interação, que se colocar pouca, apenas
o local, se colocar muita, tem de ser continua e de pouca ampera-
gem, pois vai explodir ao fim.
Expliquei até o que não pretendia, não sabia onde eles erra-
ram da vez anterior, mas vi Carson anotar algumas coisas, e depois
sai, pedi permissão para ir a cidade, e era próximo das 10 da noite
quando Francis entra pela porta e ao seu lado estava Mary.
— Fugiu de lá? – Mary.
— Os dois rapazes a porta devem estar curiosos.
Mary olha os dois e fala.
— Sempre digo que os peões são os mais perigosos, eles não
se preocupam com quem matam e se morrem, apenas obedecem.
Tomei uma cerveja, Mary confirmou com Francis que tería-
mos novamente um laboratório e apoio da Universidade, e depois
de conversa jogada fora, voltei a base, estava entrando, madrugada
e ouço aquele ruído agudo, os vidros a volta racharam e todos
olham o clarão e o sumir de parte do laboratório.
Fui ao alojamento e apenas olho ao fundo, sorri, agora en-
tendi de onde vinham aqueles escombros ao fundo, no fundo da
base, tomo um banho e tento chegar a região, mas estava isolada.
A general chega as costas e me pergunta.
— O que aconteceu?
— Não me deram acesso senhora.
O soldado dá acesso a ela que me aponta e avancei para en-
trar na área, passo na gaveta da entrada e pego um analisador de
radiação e chego ao lado da General.
— Pensei que iria junto.
— Espero que tenhamos isolado o suficiente.
— Parece que sim, mas o que falamos?
— Não sabemos, o laboratório estava em manutenção depois
do ultimo acidente.
Ela me olha e fala.
— E como foi a conversa?

146
— Estranho não poder falar nada, mas faz parte, mas pelo jei-
to vou precisar de um químico e de um físico novamente.
— Pensei que iria pular fora?
— Não conversamos sobre isto, mas sei que existe colabora-
ção civil, mesmo que nem tão civil seja.
— Pensou em desenvolver o que?
— Temos que fazer o Bom Menino chegar lá senhora.
— Certo, o motivo da pesquisa, que parece que até os iniciais
se esqueceram ou se deixaram levar pela incompetência.
Chegamos a frente e tinha um buraco, o andar de baixo, o de
cima, num raio de 20 metros, aproximado, tudo tinha sumido.
— E onde eles foram? – A general.
— Senhora, se olhar atenta, agora vai entender os destroços
junto ao campo a frente, que pelo jeito, estão ali de antes de cons-
truir a base.
Ela me olha e fala.
— Tinha pensado nisto.
— Se eu dividir um pensamento ele pode não se realizar.
— Mas por isto pediu para isolar a área?
— Sim.
Passei o marcador para ela e falei.
— Sem radiação.
Ela olha o aparelho e me viu começar a voltar para meu alo-
jamento, estava cansado e meio alcoolizado.

147
Entrar no laboratório,
sem a ultima parede, era
estranho, mas peguei os
estudos, e com ajuda de uns
rapazes nos instalamos
longe dali, em outra sala,
muito parecida com a pri-
meira, juraria ser a mesma se não soubesse como estava a outra.
Coloco as coisas no lugar, ligo tudo, o computador e começo
a fazer a tese, o experimento, registrar as coisas, estranho que as
vezes colocamos na nuvem quase no automático, e ali não o coloca-
va, talvez isto os fizessem nos vigiar mais fácil anteriormente.
Olho os dados e faço o experimento completo para o Ferro,
estranho pois ao acaso tinha pego o único numero que deformava a
casa R depois de alcançada, dos mais instáveis, mas o caminho esta-
va ali, e eu estranhava, estava terminando de fazer o primeiro pro-
duto, tive de me ater ao ferro, por ter em estoque, não por escolha,
mas em si, colocando 7 vezes em intervalos cada vez maiores, chego
a um fato, e isto me intrigava, o ferro mesmo somado mais energia,
não passava do numero atômico numero 162, tentei uma serie in-
teira com mais energia, mas parecia estável e agradável naquela
ultima configuração, todos os demais produtos criados, reagiam
como se fossem ferro, com ponto de fusão a 1535 graus, ponto de
ebulição a três mil graus, os demais fatores mudavam.
Talvez tenha perdido a noção de tempo, pois quando anotei
as coisas e fui ao alojamento, já estava escuro.
Estranho como o dia voa quando estamos trabalhando.

148
Acordei e fui ao refei-
tório, obvio, me cuidando
um pouco, mas ainda sem
saber até que ponto eu iria,
uma coisa é você pegar uma
folha e escrever o que fez,
outra as pessoas entende-
rem, já que nem eu sabia o que fazer naquele momento.
Tomei o café e fui ao laboratório, porque não me surpreendia
em não ver nada lá, olho o segurança que fala.
— Tiraram tudo hoje cedo, não sei o que tiraram.
Eu entro e abro a gaveta, olho o computador nele, ligo ele e
penso se peço algo ou espero mais alguém morrer.
Olho a folha na gaveta e penso que um dia, me disseram que
se chamasse toda a atenção sobre algo, o resto seria levado.
Pego o papel e fico a olhar os dados.

149
Estava pensando em pegar as peças de cromo e fazer a mes-
ma serie de coisas para ver no que dava, pretendia fazer pelo me-
nos 10 vezes para analisar o que acontecia, se existia uma regra.
Agora tinha de esperar, saber se cancelaram, transferiram ou
estavam apenas querendo que eu fugisse de uma vez.
Mas ligo o computador e apenas reescrevo o que fizera no dia
anterior, não era problema, corrijo algumas falhas, e fico pensando
que eu estava querendo sacanear com os químicos com aquele ins-
trumento que criara, pois eu pegava um quilo de qualquer produto
e poderia através do colocar energia e maior intervalo de tempo,
aumentar a densidade do produto, sacanagem a minha, mas talvez
fosse a hora de desencanar daquele lugar, meu contrato de sigilo
estava acabando, eu juro que parece que trabalhei pouco, mas tal-
vez por não ter visto 3 meses passar, mas pelo menos agora ou
morria ou me tiravam dali.
Estava na mesa anotando coisas quando vi o general Carter a
porta me olhando.
— Pensou que ficaria com aqueles estudos?
— Nem os fiz ainda, estranho gente que para se manter ativo,
tem de achar inimigo onde não existe, mas já me tirara os experi-
mentos anteriores, pior, matou um filho com aquilo.
— Você matou meu filho, não eu.
— Sabe a verdade, entendo para os demais, ficar com este
discurso, é mais cômodo, mas estou esperando as novas ordens.
— Daqui a pouco afastam Berger novamente e vai ver o peso
da minha mão.
— Como o Zelador falou, morro, o problema não será mais
meu senhor.
O general pareceu olhar em volta.
— Acha que ele interferiria por você?
— Acabou de me tirar o que desenvolvia para uma base que
para mim é ficção, para por na mão de outro maluco.
— Pelo menos Berger me livrou daquele peso morto do Car-
son, outro que parecia que sempre interferiam por ele.
Sorri, pois para mim o rapaz apenas tinha ido ao passado,
qualquer hora surgia mais velho por ai.
— E parece calmo, não sabe mesmo o que está acontecendo?
150
— Sei lá, parece que o senhor veio me por ou no buraco ou
para fora, não tenho ideia.
— Eles vão destruir tudo que você fez, acha mesmo que vou
deixar algo para um inútil como você?
— Não, não espero nada do senhor.
— E não reclama mais, sinal que nem tem ideia do que fazer,
mas em horas estarei na direção desta base de novo.
Olhei aquele senhor, em seu uniforme impecável, e não resis-
ti a pergunta.
— As vezes queria saber o que sente um general que manda
matar alguém como aquela Mary.
— Aquilo é uma inútil que achou que poderia atrapalhar a
minha ideia, de dar fim em você.
— Nunca entendi porque dar fim em mim, mas acontece,
gente maluca tem de monte por ai.
— Não sou maluco.
— Certo, sabe quem é Mary Herter?
— Dizem ser uma agente da CIA treinada em sobrevivência e
que é uma das protegidas do Zelador.
— E como se chama alguém que manda matar a senhorita
Herter se não de maluco.
O general me olha serio, talvez ele tenha se tocado do pro-
blema e olha em volta e fala.
— O Zelador já me vigiava.
— Acha mesmo general que se voltar a esta direção, não vai a
julgamento pelas 30 pessoas mortes neste lugar?
— Não posso ser culpado de um acidente.
O general olha a General Berger chegar e fala.
— Achava mesmo que não retomaria meu posto?
A senhora olha as costas e fala.
— Disse que era só falar que iriam lhe devolver ao cargo que
ele aparecia para responder pelos crimes.
O diretor da Inteligência olha para Carter e fala.
— Vai ser levado a Washington e vai ter de relatar todas as
mortes neste local General, e saiba, qualquer coisa a partir deste
momento, vamos usar para tirar um incompetente do caminho.

151
Eu não sabia bem o que estava acontecendo, vi o senhor sair
dali acompanhado por rapazes bem armados e ouvi o senhor ao
lado da General.
— A general Berger falou que tem interesse em tentar desen-
volver algo para um dos problemas que temos, e que poderia fazer
através de um contrato civil, não entendi a ideia em si.
— Bom dia, sou C. R. Sanches, meu contrato de um ano com
total sigilo está terminando, e graças a problemas internos, não
tivemos como desenvolver o que nos permitiria, e o contrato está
acabando, acho que um contrato com algo civil em metas, é mais
lucrativo, pelo menos para vocês, e me permite também atender a
demandas fora do exercito, sobre coisas que nada tem de relevân-
cia para o exercito.
— O que não teria relevância? – O senhor.
— A idade do universo, seu formato, sua composição, as mu-
danças químicas que podem gerar novos elementos químicos.
— Certo, a parte cientifica, mas acredita que consegue de-
senvolver algo.
— Sim, estamos no caminho certo, e tem gente que nem en-
tendeu ainda qual caminho é, mas não sei se interessa a proposta.
— Acho que temos de fazer um bom contrato, alguns falam
que quer pular fora, e pelo jeito vem trabalhar e um general já o
ameaçava.
— Senhor, eu não perderia meu tempo com o General, sei
que ele cometeu alguns erros, e eu não sujaria minhas mãos com
ele.
— Mas ele sairia impune.
— Senhor, ele mandou matar Mary Herter, acha mesmo que
o protetor dela vai deixar ele sair por ai se Glorificando disto.
O general olha a senhora e fala.
— Entendi, ele pode até achar que volta, mas temos muita
gente dando proteção que é gente do Zelador, sinal que esperavam
qualquer movimento do senhor Carter.
— Se a conclusão do senhor Sanches for real, ele nem chega a
Washington. – A General Berger.
Eu olhava os dois, esperando o que tinha de fazer.

152
— Seus equipamentos mudamos para uma sala melhor e sem
vidro de observação, ontem um monte de pessoas me perguntou
sobre o que estava fazendo senhor Sanches, e embora não saiba o
que está fazendo, sei que é detalhista, e não é bom ver os demais
sobre o que fez antes da hora.
Sorri por dentro, pensara tudo errado.
Peguei minhas coisas e perguntei.
— E onde continuo o meu serviço, temos ainda 15 dias, para
terminar este relatório e começarmos a pensar naquele problema
General. – Falei olhando a Doutora.
— Acha que consegue?
— No mínimo abrimos o caminho para isto, mas obvio, isto
não se faz em um lugar que o sistema esteja aberto, não se faz em
publico, disto que falava, tem coisa que não se fala fora de locais
onde o segredo é essencial, e obvio, o que fazia aqui, não era segre-
do.
A senhora sorriu, e me conduziram a nova sala, em um corre-
dor com acesso restrito, com uma sala maior e com uma bancada
bem elaborada, sistema contra incêndio, a porta de entrada dizia
por si, protegido contra explosões, olho os sistemas e passo a gene-
ral o que precisaria ali, para começar a testar o que queria, e os
dados de radiotelescópio que precisava para estabelecer a exata
idade do universo, e com isto, estabelecer o ponto a atacar.
Ela olha a lista e sai, eu começo a ajeitar o laboratório, pois
embora pareça fácil, ferro é fácil ter um quilo, cromo, também, mas
para os gazes teria de fazer um esquema, pois não sei o que geraria
o hidrogênio, pois para o fazer, teria de estar congelado, e não po-
deria somar oxigênio no sistema, pois existem na combinação de
hidrogênio e oxigênio, coisas bem reativas. Evitar a reação antes da
experiência, pois após, acreditava que não aconteceria, mas real-
mente, teria de fazer o mesmo teste, no vácuo, mas isto poderia
fazer após.
Começo depois das 4 da tarde os primeiros 5 testes com car-
bono, gerando uma segunda lista e lá estava um ponto, o ponto
onde naquela formação não se absorvia mais energia, então se ti-
vesse isto se repetindo, poderia ser algo a entender porque.

153
Estava fazendo testes, não me toco da hora, talvez isto tenha
me colocado no primeiro problema de tuberculose, não saber a
hora de parar, vi o rapaz entrar na porta e me perguntar se tinha
dormido ali, e somente nesta hora me toquei que já era manha,
sorri e ele entregou algumas coisas, e dispôs de uma carta da Gene-
ral, onde falava que estavam estudando um laboratório apenas para
esta experiência, e que teríamos de conversar.
Estranho, mas vi os materiais, desta vez não paguei por eles,
sinal que era serio e os dados dos radiotelescópios, com que teria
de falar e os códigos de liberação, bom saber que trataria com pes-
soas que já falara antes, mas ligar e pedir dados, fez com certeza
alguns olharem para os dados, e isto saberia bem mais tarde.
Talvez se você entendesse disto, saberia que pedir medidas
de radio, frequência dela, me estabelecia se estava inclinada ou
não, a frequência tinha pequenas variantes, mas era mais fácil de
monitorar do que a luz, os fótons, então começo a por no programa
que baixei no computador ao fundo, aqueles cálculos não ficariam
na nuvem.
Enquanto o sistema ao fundo fazia a primeira leva de testes
com o manganês, eu fazia o colocar dos primeiros dados no pro-
grama, eu queria algo que parecia sem sentido, saber exatos quan-
tas fatias de tempo existiam, e se o intervalo de surgimento da fatia
eu já sabia, eu saberia o exato valor da idade do universo, e se com
isto eu conseguisse o exato local de cada coisa, tentaria fazer testes
menos exatos, e com eles, teria de aprender não apenar a fatia, e
sim o local onde a fatia que nos incluía estava.
E sabia que teria de ter pelo menos 60 dados diários, de cada
radiotelescópio, dos 12 que me colocaram a disposição, para em 15
dias, conseguir o mínimo, o ideal disto é algo que dure perto de 2
anos para se formar realmente os fatos.
Uma coisa me veio a mente, se o elemento mantinha o valor
de fusão e abolição, ele era o mesmo produto, não um a mais, tal-
vez fosse o que a pesquisa queria me falar, mas não funcionou com
o Chumbo, porque? E começo a revisar o processo e descobri que
existia um erro no calculo, os valores mudavam quando mudavam
de forma, dois dos subprodutos do ferro deram em líquidos, e isto
estabelecia que naqueles dois a fusão e ebulição não eram iguais, e
154
fico olhando o que tinha de diferença, teria de ir muito a fundo para
descobrir, e minha falta de formação pesava, estava fazendo testes
que poderiam vir a desenvolver uma linha toda diferenciada de
produtos, e através disto, mudar minha própria situação.
Estranho ao terminar a terceira linha de testes, novamente
tinha um limite máximo, após aquilo, não se modificava tal produto,
estranho como o acaso me mostrava isto, e a teimosia, quer dizer.
Estava em meio ao fim daquele dia e os resultados me davam
algo a confirmar, mas tudo indicava um numero ainda aproximado
de fatias, 6,8x10¹⁸, isto já me induzira antes aos dois bilhões de anos
a menos do universo, mas agora confirmando aos poucos, e poucas
pessoas entenderiam aquilo, pois não parecia fazer sentido.
Estava calculando quando a General Berger entrou na sala.
— É seguro.
— A parte instrumental já está parada por hoje, estou colo-
cando os números dos radiotelescópios num programa que vai me
calcular entre outras coisas a quantidade de fatias.
— Porque quer tanto este numero? – Um rapaz ao fundo.
Olhei para a General e ela fala.
— Pode responder.
— No ponto mais fino, deste ponto, deste material, que cha-
mamos de Massa Escura, você tem próximo de divisões no milíme-
tro, e cada divisão destas, é um ano, enquanto o sistema não con-
seguir me dizer datas, apenas anos, não me servem, estaremos de-
terminando divisões primeiro para determinar meses, depois dias.
O rapaz olha a senhora e pergunta.
— Mas para que isto?
— Isto ainda é parte do segredo deste local, e que viemos
conversar, pois nos foi cedido pelo exercito, um local, que não vou
falar, pois não sei se o local foi varrido, mas os dois, vão para lá, vão
levar este equipamento e desenvolver o resto, a entrada é contro-
lada, mas não sabem quantos laboratórios existem lá, é civil e mili-
tar, e uns não sabem dos outros, já que aparenta por cima ser um
condomínio, a segurança parece de terceiros, e cada local tem uma
entrada.
— E o que vamos desenvolver lá senhora? – O rapaz.
— Algo que temos de manter em segredo total. – Falei.
155
— Algo ilegal? – O rapaz.
Olhei a senhora e perguntei.
— Quando vamos?
— Ainda a noite, é uma casa, eles mobiliaram ontem, e de-
vemos transferir tudo que fez, até os registros para lá, o sistema
interno da casa, recebe informações por um sistema, e tem o pró-
prio, isolado de tudo.
Pensei que não era só eu que achava isto segredo, mas tinha
de mudar o foco da conversa.
Fui ao meu alojamento e preparei as coisas, não tinha tantas
assim, depois voltei ao laboratório e encaixotamos todos os produ-
tos e estudos, sei que nem tudo era como me falavam, segredo por
um lado, gera segredo por todos os demais.
Sabia que me afastar também era me tirar dali, mas isto não
queria dizer que não me monitorariam em outros lugares.
Chegamos a casa, região afastada do centro de San Diego, pa-
recia apenas um condomínio de casas muito boas, o segurança ape-
nas pediu as identificações, minha e do rapaz, ele passa na catraca,
nos devolve e abre a entrada.
Colocamos as coisas na sala, tinha um barracão em anexo a
casa com um imenso laboratório, no fundo um gerador de energia,
se via a caixa de agua, estranho uma casa que tinha 4 quartos muito
bons no segundo piso, coloquei minhas coisas, estava cansado, vi se
tinha algo na cozinha, fiz um lanche e fui descansar.

156
Acordo, aquela cama
me fez dormir como a mui-
to não dormia, vou a cozi-
nha, faço um lanche capri-
chado, como olhando para
fora, olho o sinal do celular
e sabia que a casa era toda
isolada para contatos via ar, mas as vezes poderia ser outra coisa.
Vou a parte do fundo, olho o laboratório e lá estava o rapaz
que não sabia ainda quem era.
— Não nos apresentamos antes.
O rapaz me olha e fala.
— Sou Peter Paterson, doutor em Química, não sei o que pre-
tende com isto, não parece química.
— Isto é um estudo, ainda primário, que está dando formas
diferentes a mesmos produtos, antes de os tornar em ligas.
— Não entendi.
— Uma coisa é eu dizer que o ferro tem numero atômico 26,
outra coisa é eu falar que o Ferro tem uma família atômica, que tem
os números 26, 28, 30, 32, 36, 38, 44, 46, 54, 58, 64, 68, 76, 80, 88,
94, 102, 108, 114, 120, 124, 129, 132, 136, 144, 148, 152, 156, 160,
162 através de um método de condensação do material, temos o
estado 144 e o 148 que são líquidos, e ocupam menos da metade
do espaço do que o original de 26, então estamos testando um mé-
todo de comprimir os átomos, gerando através do ferro outros pro-
dutos.
— Mas isto não é algo para ser secreto.
— Sei que não entendeu, e não sei até onde posso falar sobre
isto, a general me deixou um aviso que vai mandar um físico tam-
bém, e que posso fazer videoconferência com o Doutor Francis, nas
partes voltadas a Física Espacial.
— Não entendi mesmo, mas quer a prova cientifica disto.
— Sim. – Comecei a explicar para ele os métodos e o que ge-
rava, qual a pretensão daquele primeiro trabalho, que iriamos dei-

157
xar bem redondo o método, antes de testar algo como aquilo com
dois produtos menos instáveis, como uranio e plutônio.
Sabia até a pergunta seguinte.
— Mas porque fazer com materiais instáveis.
— Este é o segredo, e obvio, quando for para testar o que pe-
diram, não será na Califórnia, provavelmente será em Nevada.
— Vão fazer uma bomba?
— Não, vamos transformar uma missão que tendia a fracasso
em historia já contada.
— Não entendi.
— Imagina uma historia que você já ouviu milhares de vezes,
e tem apenas um erro naquela historia.
— Apenas um erro?
— Não explodiu. – Falei para ver a reação.
— O que está dizendo?
— Que ou fizemos ou fizemos, o Bom Menino, não funcionou,
mas sabemos que algo aconteceu.
— Está dizendo que a missão é no passado, por isto precisa
testar o fazer e o transportar pelo espaço, e se errarmos?
— Existem nos dias próximos 3 explosões não históricas e não
explicáveis, provavelmente nosso teste, e primeiro vamos fazer os
pré testes para dar certeza e não saberemos onde erramos.
— Teremos de adivinhas?
— Não, a explosão na Austrália, tinha vestígios de Tungstênio,
em Tunguska, tinha de Plutônio, na proximidade das Ilhas Virgens,
Plutônio, no deserto de Utah é de uranio.
— Quer dizer, podemos ter errado duas vezes?
— Sim, e isto nos dará as posições e razões dos erros.
— E poucos sabem?
— Estamos fazendo um serviço para as empresas de John Hel-
lier, que vão financiar sem saber esta empreitada.
— E porque eles o fariam?
— Uma das caixas, existe um produto, derivado do Chumbo,
que ganhou elasticidade e peso, eles usaram a elasticidade para
criar fibras deste material e segundo o próprio Hellier, algo que o
permite por elevadores espaciais mais fáceis no espaço.

158
— Então temos um financiador de um produto caro, seria is-
to?
— Digamos que se eu consigo produzir algo na base do
chumbo, é bem mais barato do que super fibra de carbono.
Eu voltei a explicar as posições, distancias que tínhamos feito,
sempre respeitando que o produto surgia desviado a oeste com
inclinação de 11graus, que aquilo que parecia fácil, foi resultado de
testes que agora vendo, parecem não ter existido.
O rapaz foi anotando, estava prestando bastante atenção, se
ele estava entendendo não sei.
O ir fazendo de uma serie de experimentos, estava revelando
algo interessante, um os problemas de interferência dos elementos,
sessava em pouco mais de 3 segundos, todas as alterações se da-
vam na casa dos milissegundos, e isto era de certa forma bizarro,
pois sem equipamento de precisão não se faria aqueles testes, tal-
vez toda aquele recuar em algo que se passava tão rápido era assus-
tador, pois eu precisava de energia apenas neste tempo, mas os
materiais surgiam de em intervalos de 5 minutos a 30 segundos,
então algo de 12 milésimos de segundo me gerava 30 segundos em
recuo temporal, depois os materiais até surgiam, mas não se altera-
vam além da ultima alteração.
Eu fiz uns cálculos simples e soltei sem sentir um.
— Merda.
Peter me olha e pergunta.
— O que não gostou?
— O consumo que gasto nos 3 segundos de operação, se eu
precisar deixar ela ligada, 17 minutos, primeiro, não sei se aguenta-
ria, segundo, a energia direta de metade dos Estados Unidos, gasto
mensal, em 17 minutos, qual a amperagem do cabo para resistir a
isto, existe tecnologia para isto?
O rapaz olha para mim serio e fala.
— Não vai desistir no primeiro dia?
— Não, mas preciso de respostas, e isto talvez me faça ter de
pensar mais, me faria um favor.
— Fala.
— Pega nas amostras, o Ferro 80, o Cromo 78 e o Manganês
79 e verifica as propriedades deles.
159
— Assim que se fala, se não temos, criamos. – Fala o rapaz,
parecia que algo tinha despertado nele quando soube do objetivo
da experiência.
Fiz as medições e poderia testar a mesma coisa com ampera-
gem maior e voltagem menor, e coloquei no calculo e mudei a vol-
tagem do que estávamos fazendo, iniciando a linha de testes finais
do Manganês.
— O que pretende com as mudanças?
— Pode não dar certo, mas é que posso acumular ampera-
gem alta em baterias, reduzindo a voltagem necessária.
— Certo, tentando algo que precise de menos energia.
— Tem de considerar, que isto é teórico, mas vamos lançar
sobre uma cidade do outro lado do pacifico, e temos uma distancia
y entre o ponto do experimento e a cidade, se precisamos de um
ponto especifico, precisamos de estar numa posição que pode vari-
ar, então não podemos considerar toda a energia, podemos precisar
estar dentro de um navio.
— Não entendi.
— Temos de acertar a cidade, na data, e no local, então é
uma conta que vamos ter de experimentar, e antes do segundo
teste, não saberemos se deu certo. Ainda mais que estamos dispa-
rados no espaço.
— Certo, estamos não só recuando no tempo como tendo de
saber onde no espaço ele estaria?
— Sim, e sabemos que temos um pequeno desvio, para cima,
então é estranho, mas podemos fazer um pré-teste e acertar a lua
em uma distancia de 81 anos.
— Certo, tem mais pormenores do que parece e temos de
achar as respostas no passado.
— Sim, por isto vamos fazer varias experiências, mas somente
quando for para valer vamos usar Plutônio, pois até agora sabemos
que com plutônio erramos pelo menos uma vez, os novos cálculos
demoraram 3 dias para ficar prontos novamente.
— E vai precisar de mais gente para fazer isto.
— Sim, como disse, não entendo de física tão a fundo e nem
de física espacial, já que estamos fazendo algo baseados numa des-
coberta da física espacial.
160
— Sua descoberta quer dizer.
— Só palpitei, e levamos sorte.
— Quando se fala em viajem no tempo, não pensei em con-
certar o passado e sim, interferir no passado.
— Garanto, interferência no passado é algo difícil de aconte-
cer, pior, enlouquecedor as vezes.
— Fala como se tivesse alguma experiência nisto.
— Apenas teórica.
Volto a fazer os cálculos, enquanto o rapaz foi verificar pro-
priedades, e sabia que nem sempre se acertava de cara, mas teria
algum tempo de experiência para o fazer.
Era fim de tarde quando o carro da General chegou com o
chefe da Inteligência. E um carro ao fundo, onde estavam duas pes-
soas que eu não esperava, Mary e Francis.
Eles entram na sala e a general olha-me.
— Temos uma proposta, pois pelo jeito a coisa vai sair cara.
— Menos em todos os sentidos do que o projeto Manhattan,
e tudo que pedir vai continuar sendo do exercito senhora.
Francis me olhou e falou.
— Não sei no que está me metendo, mas esta casa é bem me-
lhor que aquele seu alojamento.
Sorri sem graça.
Mary me sorri e verifico que os dois motoristas ficaram para
fora armados.
— Sei que aquele primeiro contrato que vence em 7 dias, es-
tabelecia que era basicamente integrante da base, mas agora esta-
mos firmando como pesquisador civil, o contrato lhe dá direito so-
bre as pesquisas, e nos dá o resultado que precisamos, como aquele
material que vendemos ao senhor Hellier.
Ela me alcança um contrato que pega com o senhor da segu-
rança, eu deveria ler atentamente, então eu sentei e li o que estava
assinando, algo que antes não ligava, agora iria olhar as entrelinhas,
para saber onde estava metido, contrato de dois anos prorrogável,
interessante, pela primeira vez na vida entrando na camada media
da sociedade americana, por pelo menos dois anos.
Assinei o papel e ela me passou uma copia e fala.

161
— Terá de narrar o que acontece aqui, pois vimos que tudo
que fez vazou por estarmos o monitorando.
A senhora olha para o senhor Francis e fala.
— Explica para o senhor Francis o objetivo, já que estamos
em um prospecto que poucos saberão, como explicar o gasto de
recursos sobre algo que eles não podem saber que estamos fazen-
do, a ética atual não nos deixaria fazer.
Ela olha para Mary e fala.
— Senhora Herter entra neste projeto como olhos do nosso
patrocinador, então sabem quem está financiando esta parte.
Olhei para Mary que sorri, acho que esta senhora era um
pouco mais velha do que a que conhecera, não sei, posso estar con-
fuso, mas sinal que estava desconfiando da sombra.
A General sai, e olho Francis que olha em volta e fala.
— Juro que não entendi como você sai dos alojamentos para
uma casa destas.
— Bem vindo, não sei qual a proposta ao senhor?
— Estamos terminando o ano lá, minhas turmas apenas no
ano que vem, e a senhora Herter veio com a proposta do senhor
Hellier, para tentarmos terminar o prospecto anterior, e que estarí-
amos em uma nova pesquisa paralela aquela, que nos geraria um
novo contrato.
— E a Universidade?
— Eles vão mandar seu contrato de adendo ao prospecto, pa-
rece que o senhor Hellier exigiu que fosse você.
— As vezes nem eu entendo onde estamos, mas tem de en-
tender, tudo para dentro daquela parede, podemos falar somente
em 7 dias, então podemos falar sobre os demais dados.
— Certo, o que está ali ainda está em sigilo.
— Como não sei qual seria a interpretação deles referente a
isto, melhor não arriscar, já vi tirarem tudo de um laboratório, pois
estava fora da determinação de sigilo.
— E o que vão desenvolver ali?
— Parte vai continuar no segredo, coisa do exercito, parte al-
go que o senhor Peterson ao nosso lado vai nos ajudar a entender,
pois desenvolvemos um pequeno equipamento, e através dele,
podemos mudar a densidade de um quilo de ferro, conseguimos
162
realizar 29 mudanças de estado, a partir deste ponto, o material é
estável para interação.
— E qual a ideia? – Francis.
— O que estávamos apenas trocando ideias, era quantificar
as fatias da massa escura.
— Objetivo? – Francis.
— Se cada uma delas se formou a cada 12 milésimos de se-
gundo, e eu conseguir quantificar, eu sei qual a idade exata do uni-
verso senhor.
Francis parou me olhando, não sei o que ele pensou.
— Está falando em reduzir a margem de erro a quanto?
— 0,00001%.
— E o que pretende com isto?
— Senhor, temos como provar que a matéria escura é o tem-
po.
— Tem certeza disto?
— Em 7 dias lhe mostro.
— Então você está tentando fechar a pesquisa?
— Fiquei triste como o senhor, de não acabar aquilo.
— As vezes somente quando afastamos alguém por pressão
entendemos o quanto a pessoa resolvia problemas básicos, e que
pensar fora da caixa é para poucos.
Fiz que não entendi, ajudei o senhor a levar as coisas para ci-
ma, apresentei os quartos dos dois, e Mary me olha.
— Me olha diferente.
— Não, apenas é que minha observação diria que você é a
que regrediu no tempo, e a moça da base era outra.
A moça sorriu e fala.
— As vezes esquecemos que tem gente que tem um grau de
observação maior, mas está melhor.
— Ver toda aquela historia de 2020 de novo, foi triste, mas
qual o prospecto que Hellier acha melhor?
— Ele gostaria de testar estes materiais, não entendi ainda
como você os obtêm, pois grandes laboratórios não conseguem o
mesmo produto, e você apresenta uma linha deles.

163
— Então mantem a calma, pois vamos mudar uma linha para
ele, testar, acho que pelos valores, deve ser o que mais será de uso
geral.
— Por quê?
— Uma linha estável, e que de alguma forma vou precisar
transformar em produto, pois para usar algo – parei na frase, por
anos me perguntava porque não morremos, e olho para o laborató-
rio pela janela e desço.
Desci ao escritório, pois por 7 dias ainda tinha acesso aos da-
dos da base, e baixo o projeto do setor 2, olho as paredes entre o
prospecto 2 e 3 e penso algo impossível, mas sim, ali tinha uma
proteção a mais que não estava no prospecto da base.
Passo um pedido para terminar de retirar parte dos dados do
setor 2 para analise, e pelo jeito o não ter o que fazer fez a General
autorizar, pedi um veiculo e um rapaz me pega no local e saímos no
sentido da base, entro, a General me olha e fala.
— Problemas, você não parecia querer voltar.
— Não sei.
Eu chego a parede divisória da base, onde a partir daquele lo-
cal tinha um buraco, olho a parede lisa, olho o material e apenas
tirou uma amostra.
— Desconfiou de algo.
— Se olhar para baixo, vou lá tirar uma amostra também, mas
o circulo parou nesta parede, Quem projetou este lugar senhora,
pois parece que toda esta parte estava preparada para sumir, exis-
tem paredes projetadas para isolar a reação.
Desci e peguei o material ao piso, nas divisórias de dois cor-
redores, e falei.
— Tem uma historia não contada ainda. E isto que tenho de
descobrir.
— Acredita que alguém sabia?
— A pergunta senhora, porque não morremos, na primeira
vez, não passamos para o lado oposto, estávamos bem nesta divisão
final, lembro de nos apoiarmos a parede, e ver tudo passar por nós,
enquanto as moças que não encostamos, pois era a divisão, a nevoa
aqui, não voltaram, enquanto todo resto parece ter ficado, nos to-

164
cando a parede, esta – aponto ela – que tem este material estranho,
voltamos e sobrevivemos.
— E quer saber qual era.
— Quem sabe nos explique.
— Aquela moça teria voltado também.
— Sim.
A senhora entendeu que eu fizera o relatório, mas queria
descobrir o que não iria ao relatório.
— Posso fotografar?
— Sim, quer descobrir o que ninguém nem sabe que aconte-
ceu, e não vamos por em um relatório.
— Passaríamos por loucos.
Sabia que tinha algo ali, algo que não fora explicado, eu não
tinha como verificar os da primeira explosão, mas pode ter sido que
deu certo na primeira vez, apenas teríamos de estar fora, não sabia.
Voltei à região em San Diego, o rapaz pediu a identificação e
entrei, chego ao laboratório e peço a analise daquele material.
A maquina me dá os dados rápidos, sinal que conhecia o ma-
terial, ou já o tinha feito.
Elemento com numero atômico, 125, massa 311,4, existência
de camada R, fusão de 328, ebulição de 1750.
Fui a tabela e estranhei, era o produto que fizemos na base
com chumbo.
Pego o projeto da base e olho quem a projetou e construiu,
aquele John Hellier no criar do projeto e execução para o exercito,
deveria me surpreender, mas não, então ele sabia fazer, o que ele
queria?
Anoto as coisas e vou descansar.

165
Mary surge cedo a
cozinha, pois eu ainda fazia
o meu dejejum e a olho.
— Seria sincera
Mary?
— Se me for permiti-
do.
— Hellier quer que desenvolvamos ou quer proibir que se fa-
ça isto, pois de alguma forma, sei que ele ajudou.
— Eu sei que não entendeu, mas eu estava a mais tempo que
me lembro naquele loop, e não tinha ainda chegado no ponto que
pudesse ajudar, pois não tinha o material para ajudar, você faz isto
como se fosse fácil, Hellier diz que a sensação que ele tem, é que
certas pessoas são feitas para resolver problemas, e outras, para
mantes como era antes.
— Por isto sorriu naquele dia.
— Sim, sei que estranha, mas quando não voltei, isto foi incrí-
vel, pois era o sinal que agora vamos a algo que já não vivi, a loucu-
ra de fazer algo 20 vezes, é terrível.
A olhei, talvez a tenha entendido, pois não queria uma se-
gunda, imagina ficar ali até poder voltar a viver, 20 vezes.
Olhei para ela e falei.
— Sabe como desconfiei?
— A parede de isolamento da área de acidente.
— Estava ali a muito tempo?
— Desde a criação, Hellier diz que voltei com aquele material,
e ele acreditou em mim pelo material, pois aquilo era algo que nun-
ca ele havia visto, e ele já havia visto muita coisa.
— Acha que conseguimos lançar a bomba?
— Acho que vamos precisar estudar muito.
— Vou esperar 6 dias para avançar.
— Acha que podem tirar tudo ao final do contrato?
— Acredito.
Estava conversando e Francis entrou pela porta e fala.
166
— Sabe o agito que está na comunidade cientifica.
— Por quê?
— Afirmam que contaram os números exatos de camadas da
matéria escura, e vão dar uma coletiva em Frankfurt as 16 horas de
lá, daqui a pouco.
Sorri e falei.
— Não quer reunir o pessoal na universidade, para que veja-
mos isto todos juntos Doutor.
— Não parece preocupado.
— Senhor, eles não sabem o que estão falando, ou se sabem,
saberei da onde veio o trabalho.
— Acha que lhe isolaram porque estava vazando as coisas?
— Acho que sim.
— E não se preocupa?
— Doutor, nosso contrato começa dentro de 6 dias, e tudo
que posso fazer, é esperar, mas quem sabe a universidade não deixa
a gente trabalhar de graça 6 dias lá.
— Certo, eles nem tem noção dos valores deste projeto Cla-
ris, sei que para muitos é uma fortuna, mas acho apertado o pros-
pecto.
Sorri e nos ajeitamos, identificadores, alarme e saímos no
sentido da universidade.
Se por um lado um pouco de estrada parecia me fazer bem,
eu estava voltando para onde me colocaram para fora.
Quer dizer, eu sai antes de me porem para fora.
Chegamos e o doutor foi falar com o reitor, o senhor sai e não
me olha, não sei, parecia pessoal o problema, mas não levei para o
pessoal e ele mostra o adendo que estavam fazendo ao antigo labo-
ratório, para o atual projeto, que uma ampliação feita para um pro-
jeto sempre vinha bem.
Ele olha para o prospecto e vi que usaríamos o espaço anteri-
or e mais um barracão ao lado, que ira até o limite da universidade,
mas não era um barracão normal, tinha as entradas, e pareciam
estar derrubando terra nas laterais, como se fosse uma proteção
extra, e para não aparecer fácil.
Olho o senhor olhar o prospecto e entregar ao Dr. Francis, e vi
que tinha 5 andares internos, e um andar superior, como o senhor
167
foi mostrar a construção eu subi para ver o que eles fariam na co-
bertura, e vi que estavam instalando radiotelescópios, tinha 8 insta-
lados e parecia que iriam instalar varias fileiras de 4 radiotransmis-
sores, as bases estavam sendo colocadas por uns, e outros instala-
vam o que era erguido por um guindaste que não vimos quando
chegamos, pois estava na parte do fundo.
Sorri, pois a universidade receberia um laboratório completo
de radio monitoramento, estava observando e ouvi as costas.
— O que eles estão instalando ai?
— Radio Monitoramento, vamos ter as nossas próprias medi-
as de radiofrequência.
— O laboratório aqui é imenso.
— Talvez você não tenha entendido a proposta deste pros-
pecto que você foi puxado para dentro.
— Uma bomba?
— Uma revolução industrial.
— Como assim?
— A ideia simples, é pegarmos 66 elementos químicos, e com
eles gerar 1914 elementos secundários e estudarmos suas proprie-
dades e suas aplicabilidades, talvez não saiba, mas com um quilo
que chumbo alterado, se fez uma proteção na forma de tinta, que
isola uma área de experimentos, estranho pois alguém poderia ter
usado para fazer algo mais incrível, e resolveu pensar no problema,
não na solução.
— E o que fará disto?
— Estamos prestes a colocar novamente a Califórnia um pas-
so a frente do resto do planeta, provavelmente veremos industrias
surgirem a volta, e isto nos fará novamente especiais.
— Certo, se lá temos uma missão, aqui é ciência?
— Sim, mas vamos fazer a apresentação disto para uma co-
munidade cientifica que esta curiosa.
— Acha que isto vai gerar algum bônus?
— Sei que para vocês deve ser normal um contrato de dois
anos no valor que foi assinado, mas para mim não é.
O rapaz me olha, não sei o que ele pensou, ou ficou na duvida
e perguntei.
— Não foi colocado neste projeto?
168
— Dizem que vamos tratar disto em um mês, quando estiver
mais inteirado do problema.
Me calei, olhei em volta e começo a descer, talvez estivesse
ainda muito aberto ou algo estava errado.
As vezes é bom sair da mesmice, vi o pessoal ligar na TV In-
terna que receberia a comunicação que teria tradução simultânea,
ainda bem, meu alemão não é bom.
Vi começarem a apresentar e vi que os rapazes vieram a fren-
te e anunciaram o numero da descoberta, que tinham se dedicado
muito para isto, e fico a olhar o que a pessoa traduzia, teria de
acreditar nas palavras, mas o numero era reduzido para apresenta-
ção, teria de ter acesso ao relatório.
O Dr. Francis chega ao lado e pergunta.
— O que acha do numero.
— Depende do relatório senhor.
— Bateu com o que você acha que daria?
— Estão dois bilhões de anos mais velhos, se o numero deles,
se confirmar, e o problema é a ideia exata, não aproximada.
— Como exata?
— Ou as contei ou fiz de conta que contei senhor, pois um
ano deve gerar aproximadamente 2,6x10⁹, exatamente,
2.630.160.012 é um ano, mas meu calculo dava para algo em torno
de 6,4x10¹⁹, para dar a quantidade 6,8x10¹⁹ teria de estar conside-
rando o universo através do seu calculo, de idade do universo e não
contando fatias Doutor.
— A correção que você quer provar.
— O problema é que ainda é um calculo aproximado, o siste-
ma está somando, não achando que vai dar algo, vai dar um numero
de 20 dígitos, e acredito que por ser um numero que cresce, estou
tentando contar do mais antigo ao mais novo, pois quando termi-
nar, terei números para o valor inferior, pois surgem 83 fatias por
segundo Doutor.
— Certo, uma conta que não fecha nunca, mas que daria a
idade do universo pondo a idade exata do universo.
— Não, pondo a idade exata, após a segunda explosão, po-
demos ter um milhão de anos a mais, mas não temos como medir
exatamente o espaço de tempo entre o primeiro e o segundo, teria
169
de provar que a massa era tão grande para não existir tempo na-
quele momento.
— Isto teríamos como provar Claris. – Fala o senhor.
— Então teríamos a idade do universo temporal.
— Olha que tenho de anotar isto. – Francis sorrindo.
— Isto? – Perguntei.
— Talvez tenha criado um termo, cientifico, neste instante, o
universo a partir do momento que temos tempo.
Sorri, acho que as vezes precisava mesmo trocar ideia.
— Então acha que podemos considerar aproximadamente
certo o numero deles?
— Acho que podemos deixar o numero deles ali até terminar
de fazer nosso numero, vai que por algum motivo convergimos,
posso ter errado senhor.
— Certo, e não lemos ainda o prospecto.
— Sim, primeiro eles estão baseados em nossa pesquisa, de
que cada camada representa 12 milésimos de segundo.
— Certo, você quer provar os 12, antes de qualquer coisa,
depois contar todos eles, mas não entendi todo este espaço.
— Isto é para uma tese, físico-espacial-química.
— E como teríamos uma tese destas?
— Segundo o senhor, cada parte mais antiga, se consegue ler
os compostos a partir de suas linhas de luz.
— Da refração da luz, sim.
— Pelo que entendi, os mais distantes, tem no prospecto,
apenas Hélio e Hidrogênio, na segunda distancia, temos Carbono,
Nitrogênio, oxigênio, carbono, boro, berílio, lítio, flúor e neônio, e
os dois primeiros, dai temos uma distancia um pouco mais próxima,
e teremos os anteriores e alumínio, silício, fosforo, enxofre, cloro,
Argônio, sódio e magnésio.
— O que quer dizer com isto?
— Que a cada evolução do universo, fomos gerando produtos
mais pesados, e nisto que consiste a teoria, pois eu desenvolvi uma
forma de testar o máximo da camada, e após os dois grupos a se-
guir, não consegui ainda passar, então para mim, pela química, en-
traríamos em uma camada superior, de evolução química, primeiro
pela linha r da química e depois pela s, e teríamos próximo de 1914
170
elementos a mais na natureza, e até este ponto, estou propondo
evoluirmos no planeta terra o que seria a evolução após mais duas
explosões e reedições de todo o universo a nossa volta.
— E acha que provamos isto, uma tese como disse, astrofísi-
ca, astroquímica e astro espacial?
— Uma proposta bem audaciosa para um quase economista.
– Falei para ver o senhor tirar sarro.
— E conseguiu que alguém investisse nisto.
— Doutor, qual o nível industrial local, comparado ao resto
do mundo, se estivéssemos desenvolvendo produtos sobre materi-
ais que os demais nem tem ideia de como se cria?
— Sempre digo que você olha estes anúncios e não se deses-
pera, eu já estaria desesperado.
— Nosso financiador quer que desenvolvamos isto, e pode ter
certeza, poucos tem coragem para revisar seus trabalhos, admitindo
onde erramos, e isto que faremos.
— Por isto os demais não entendem você, você está com a
certeza de que o que publicamos está com um pequeno erro, para
quem olha daqui, pois entre 24,5 e 26 bilhões de anos, para quem
vive anos, poucos deles, é algo impensável.
— Sim, mas é que sabe como sou com dados.
— Sim, entendi quando reli o meu ultimo relatório a soma de
erros que você não teria deixado passar, mas pelo jeito o numero de
pessoas vai reduzir nossa margem.
— Temos os salários, na proposta separados da verba para o
projeto Doutor, nós não estamos construindo isto, tenho a sensação
que alguém tinha parte disto desativado em algum lugar, pois as
coisas estão aceleradas.
— Certo, o reitor não quer voltar atrás no que fez, e parece
que alguém se impôs aqui.
— Tem investidor que liga direto ao governador.
Fui olhando os laboratórios, e teria de inclinar as mesas antes,
fazer da forma que daria certo, sem explicar nem para quem fazia
que seria daquela forma.
Laboratórios de química, de física, e aquela sala com um big
servidor para nos dar os dados dos Radio Telescópios.
O reitor chega ao lado e fala meio bruto.
171
— Não sei porque insiste neste senhor doutor Francis.
As vezes queria saber o que fiz de mal a estas pessoas, mas é
que o brio de alguns parecem intocáveis.
O doutor Francis olha o reitor e fala serio.
— Se fazendo de desentendido Reitor, Claris que conseguiu
que Hellier investisse nesta ideia, sabe disto, não entendo ainda
aquele atentado, mas aquilo, é passado, e melhor saber passar so-
bre o passado reitor. – Juro que ouvi Francis falar e fiquei assustado,
alguém me defendendo não estou acostumado.
O senhor se afasta e não comentei nada e ouvi.
— Não sei a merda que ele fez, mas é evidente que fez, e não
sabe como voltar ao ponto anterior.
— Quando inaugurarmos, vamos fazer nossos cálculos dentro
do nosso servidor, e ele não estará na rede senhor, eles nos monito-
ravam pela nuvem, e pessoalmente quando não conseguiam o intui-
to pela nuvem.
— Acha que provamos isto mesmo?
— É uma teoria, algumas coisas conseguimos provar, outras,
interpretar os dados, mas para provar teríamos de voltar no tempo,
outra coisa que faremos, é a animação daqueles dados, referente ao
universo.
— Quer terminar aquele prospecto?
— Seu erro foi gerado por aquela sabotagem, sabemos que
estamos atrasados um ano naquele projeto.
— E vai o transformar em maior.
— Se pudermos crescer, fazer a região crescer e dar dados
confiáveis para que os próximos possam continuar nosso trabalho,
isto será legal.

172
Uma semana se pas-
sou, e estou aqui a olhar
para a experiência ao fundo,
e não sei ainda se tudo vai
ser como os primeiros da-
dos, mas parece que existe
uma logica eletrônica nisto,
mas primeiro vamos fechar o prospecto.
O rapaz me olha e fala.
— O que vamos fazer hoje?
— Não sei, a General mandou um recado pedindo para que se
apresente lá, não sei, deve ser para lhe inteirar das coisas.
— Certo, vou e volto, mas não sabe o que faremos?
— Tem um prospecto de instalação ao fundo de um servidor
para calcular nossos cálculos.
— Certo, e vai continuar a experiência com os materiais?
— O pessoal quer me mandar material muito impuro, preciso
deles puros.
O rapaz saiu, e recebi uma ligação da General falando que iria
mudar o químico, e que ele se apresentaria até o fim do dia.
Eu raramente penso no pessoal, mas sabia que o trabalho do
rapaz estava impecável, mas entendi de cara que não era para pas-
sar mais do que o básico para o rapaz, mas fica difícil não passar o
básico, quando tudo é básico em uma tentativa totalmente nova.
Por vídeo conferencia falei com o Dr. Francis, que começa a
pegar as medidas de radio e infravermelha dos pontos que ele de-
terminou e começava a confirmar, muito distantes, elementos bási-
cos, quando vai se aproximando, vão surgindo mais elementos, mas
para quem analisa toda a volta, como os mais distantes são muito
mais do que os próximos, a falsa sensação de que no universo te-
mos muito hidrogênio e hélio, na verdade já tivemos muito hidro-
gênio e hélio, embora maior parte ainda, a forma de medir estava
dando certo, talvez no fim, chamássemos os mais próximos de mais
velhos, e os mais distantes de mais jovens.

173
O levantamento químico fazia as pessoas olharem para a
química em dois aspectos, o espacial e o elemento.
As vezes tinha de evitar perguntar sobre os dados, mas as coi-
sas estavam andando na universidade e ali, parado.
Eu estava construindo um involucro de pouco mais de dois
palmos, e pedi as baterias e geradores, e começo a passar o cabo
para fora, onde ligaria tudo isto junto.
Eu fiz 12 quilos da liga Chumbo 125, e enviei para Utah, era a
primeira de algumas remessas.
As peças que tinha pedido chegam e começo a montar com
maior diâmetro, eu não conseguiria impor mais energia sem os ge-
radores, baterias e transformadores.
Estava terminando de montar a primeira das 10 sequencias,
não estava com paciência de fazer de 5 em 5, mas precisava fazer
testes de distancia e altura, e teria de filmar para isto, para acertar
aos poucos.
Quando olho para traz e ali estava Jonathan Rick, olhei a ge-
neral e perguntei.
— Quando Carson chega?
Rick me olha e fala serio.
— Ele tem uma missão mais difícil.
— Nem preciso saber, mas você é o novo químico?
— Sim, dizem que você quer realmente matar japoneses.
— Não, se for para escolher, eu não faço, mas dai em algum
erro, vai acontecer, pois se não entendeu que o que já foi vivido, vai
acontecer porque está estabelecido, não entendeu nada.
— Entendi, o prospecto de saída do pai de Paulo, tem de ser
posterior a ida dele ao passado, estranho como algo que diziam
interferir, ser tão fixo.
— E pediram para voltar?
— Nos não sumimos, não esquece, não existe a prova de que
estávamos lá.
— Um loop ou quantos? – Perguntei.
— Já era o oitavo loop.
— E pelo jeito cada um passou um tempo se aperfeiçoando
neste ponto.

174
— Sim, mas você surgiu nos penúltimo Loop, vimos que fo-
mos precipitados, entendemos que você não iria falar nada, mas
nos deu todos os pontos de erro, ninguém sendo sincero e todos
querendo sair daquele ponto. Estranho como você fez de forma as
coisas serem contidas, e mesmo assim não deixou de levar o antigo
espaço, mas pelo jeito quer ir mais longe, e nossa função agora po-
de ser focada a frente.
— Não entendi ainda o que eles querem senhor Sanches, mas
sei que eles têm mais entendimento que muitos.
— Só deixar claro que estava me dando bem com Peter Pa-
terson, as vezes somar é melhor do que ter de voltar a explicar o
que ele estava fazendo para outro.
— Certo, esqueço que você põem os outros para fazer, quan-
do é o repetitivo, mas o que pretende?
— Começamos agora, e vamos fazer alguns testes, mas tenho
de preparar o teste, pois preciso do gerador ao fundo funcionando,
as baterias funcionando, os cabos instalados, a parte cientifica fica
para a universidade, aquilo é fazer, catalogar, verificar as proprie-
dades, não o que pretendemos. – Falei.
— As vezes esqueço que você organizava coisas demoradas,
mas pelo jeito tirou daqui até Francis.
— Alguém tem de fazer a coisa lá, ele tem família, casa, toda
uma estrutura, que não tenho senhora.
— Certo, chama menos pessoas para perto, não tinha pensa-
do nisto.
— E não acha que este Paterson pergunta de mais?
— Ele não entendeu ainda que boca fechada o leva para me-
nos problemas, e ao lado, nunca terá poucos problemas.
— E pelo jeito espera conseguir.
— Senhora, quando o prospecto do que me propuseram para
os próximos dois anos, estabelece algo que eu nunca pensei, mas
agora vamos ao trabalho.
Rick me olha e pergunta.
— O que vamos fazer?
— Estamos terminando de contar as fatias exatas da massa
escura, isto é um valor crescente.
— E qual a exatidão que quer? – Rick.
175
— Que alguém me possa dizer o dia e a hora do evento nas
fatias da massa escura.
— Quer chegar a este precisão?
— Precisamos, se queremos fazer, tem de ser exato.
— E o que montava?
— Uma casa de ressonância, temos um quilo de Plutônio, mas
não posso testar isto aqui, pois tem de entender que não adianta
nada eu fazer um teste que eu morra.
— Certo, e quer testar onde?
— Primeiro vamos testar distancias, depois reatividade, e por
fim, testes reais.
Volto a preparar o instrumento, era maior, mas não porque
queria maior, e sim precisava mais energia, e talvez precisasse de-
pois de algo 2 vezes maior, não era questão de querer, mas energia
de mais em um sistema mínimo, ele apenas evaporaria.
Eu queria fazer uma reação interna, e não externa, o teste
por tamanho, quando ligar, pensei em algo retornar 12 minutos,
agora calculado, e deveria voltar no meio da sala ao lado, peço para
o rapaz por uma mesa na sala e uma câmera filmando a sala, e colo-
car uma espuma sobre a mesa, eu termino de montar e sorrio ao
ver o objeto surgir na sala, termino de fazer toda a preparação e
após quase 12 minutos ligo o instrumento a mesa por 288 milési-
mos de segundo.
Com calma vou a sala e pego o material, com uma luva, colo-
co em um recipiente, e começo a analise de estrutura, e estava lá,
uma operação de segundos que me geraria muito trabalho, a gene-
ral bem ao fundo, viu eu pegar o material, talvez aquele clarear no
aparecer não tivesse visto antes, mas sei que muitos olharam, ele
surge a uns 30 centímetros da mesa, em altura, e caiu sobre a es-
puma e medi cada operação e o tempo exato, pois até aquele mo-
mento era tudo aproximado.
A medida pela câmera, pelos milímetros, as vezes queria, a
estabilidade do material, a prova de que se poderia fazer algo útil
com aquilo, e não entendia se era possível.
A senhora olha para mim e pergunta.
— Qual o problema?
— Tentando pensar em uma utilidade para isto.
176
— E não achou?
— Acho que vou fazer testes, e estes dependem muito mais
de muita observação.
— Mas estranho como apenas você consegue mandar coisas
assim ao passado, com tanta precisão. – A General.
— A verdade é assustadora, mas ainda não consigo com tanta
precisão.
— E uma subida pequena não lhe incomoda?
— Incomoda, ainda mais que terei de testar em alturas dife-
rentes, e verificar o comportamento referente ao giro planetário,
sei que é estranho, mas estamos sendo influenciados sobre algo,
algo que não me parece natural, deveria estar indo no sentido opos-
to, mas não, e não entendo ainda o valor, terei de pensar sobre isto.
Rick me olha e fala.
— Quer descobrir as forças que estão envolvidas?
— Sim, acredito que o desvio para cima, é referente ao mo-
vimento do planeta no espaço, não sei se a gravidade atua nesta
parada temporal, mais o giro do planeta atua.
O rapaz anota algumas coisas e fala.
— E não fala sobre o funcionamento do equipamento.
— Vocês fizeram algo capaz de mover toneladas ao passado.
— Mas sem controle.
— Sim Rick, não esquece, se der resultado, provavelmente te-
remos de verificar o sentido que vão as coisas.
Eu realimentei o experimento, novamente coloquei um quilo
de chumbo, mas desta fez, pintei ele com a tinta que vi a composi-
ção e fiz o mesmo experimento.
A General me olha e pergunta.
— Vai fazer as experiências mais de uma vez?
Sorri, pois não fiz a mesma, e olho para Rick e falo.
— Isto que permitiu não morrermos Rick.
— Não entendi.
Tirei a tinta e coloquei na analise e ali ainda era Chumbo na-
tural.
— Não alterou a composição, e porque isto teria ajudado?
— Esta tinta, isolava todo o complexo 2 de interação com as
partes vizinhas a exceção da sala de experimentos, então sem isto,
177
teriam alterado internamente e morrido. – Pego o material, estra-
nha esta propriedade, não entendi como alguém chegou a isto, mas
sinal que tem outras propriedades.
Olho os dados e começo a anotar, eu teria muita coisa a ex-
perimentar, mas o tempo teria de passar.
Vi Paterson entrar pela porta e me olhar, estava escurecendo.
— Voltou?
— Sim, agora com contrato de sigilo, pelo jeito é serio.
— Sabe que sim.
A General se retirou, Rick se retirou e olhei Paterson.
— Demorou, pensei que era uma ida e volta.
— Precisou de ajuda?
— Eles falam que vem ajudar e ficam apenas olhando. – Falei
sorrindo, mas ser assistido me irritava.
O rapaz sorriu e fala.
— Acha que conseguimos o que falamos?
Olhei Paterson, estava pensando e falei.
— Vamos por no papel todos os experimentos que vamos
realizar aqui, em 20 dias, preciso que me ajude a montar uma após
outra, e sei que já entendeu a montagem, mas agora vamos regis-
trar cada montagem, vamos fazer de forma técnica, milimétrica,
vamos narrar os milésimos de segundo, vamos estabelecer a altura,
até acertar o ponto exato de parada dos produtos.
— Certo, quer não apenas fazer, quer exata cada evento.
— Sim, mas hoje ficou tarde, vamos começar amanha.

178
Acordo, sabia que te-
ria muito a fazer, o labora-
tório estava organizado, e
começamos a fazer a sepa-
ração dos 18 pontos no
laboratório, e em cada divi-
são, colocar as 29 divisões
em cada separação, e começamos a instalar os instrumentos do
primeiro experimento, começamos a separar os prospectos, e chego
as caixas, começo a separar as amostras, olho a pureza, testo o
equipamento de teste com cada um deles, os deixando mais preci-
sos, olho o conjunto de ideias e de produtos esperados, estranhos
ter de recriar uma lista, onde cada gerava inicialmente uma sub
lista.
Paterson me olha e pergunta.
— Porque 3 amostras de cada elemento?
— Porque vamos fazer 3 vezes cada experimento, quando da
segunda vez tem de dar igual a primeira, e repetir a terceira vez.
— Quer o experimento feito de três formas?
— Não, na exata forma, mas quero somar apenas em mais
energia, tem de se manter, pelo que entendi, então vamos registrar,
e documentar.
— Pelo jeito quer provar possível.
— Sim, é um experimento que pode nos levar a um fato, e es-
te fato diz respeito a idade, ao fim do universo e a dinâmica de uni-
verso que viveremos.
— E falam serio do Bom Menino?
— Sim, mas eles estão pensando em um prospecto, eu sei
onde quero chegar Paterson, apenas tenho de fazer as coisas irem
no sentido que quero.
— Todos falam que os objetos surgem no lugar que não de-
vem.
— Eu estava pensando sobre isto, e acredito que eu que esta-
va pensando errado.
— Porque?
179
— O planeta gira num sentido, mas o passado, gira no outro,
e a cada 12 milésimos de segundo, surge um novo complexo de
matéria escura, mas temos de pensar onde ela está, e não onde o
planeta está, temos de recuar pensando que a cada 12 milésimos a
frente, estamos 12 milésimos no sentido oposto e muda o calculo.
— Então acha que entendeu onde vão surgir as coisas?
— Vamos testar e indo acertando, se daqui a 18 dias tivermos
um padrão, sinal que conseguimos entender o sentido, se temos o
calculo de tempo, de sentido, e teremos de acertar a dinâmica de
amperagem, já que pelo que entendi, isto é o segundo complexo de
testes.
— Segundo?
— O chegar ao produto final em amperagem maior, e distan-
cia maior em amperagem menor.
— E vamos testar?
— Estamos reescrevendo a historia da tabela periódica.
— Nunca entendi isto direito.
— Tem de ver que o que fizemos com o Ferro, vamos fazer
com os 18 elementos da linha 4 da tabela periódica, o que estou
falando é que vamos testar eles, e se a logica imposta aos poucos
componentes que testamos, se repetir, cada um deles uma linha a
mais, de 29 evoluções, isto transforma o que são hoje 18 elementos
básicos que vão do Potássio ao Criptônio, criar uma linha de produ-
tos e elementos, os tornando em 540 elementos, não mais 18.
— Isto que falam que é uma revolução?
— Sim, e o parar das demais forças, dão a força de atração
uma força imensa que gera o novo elemento, quanto mais tempo
damos a esta atração, mais pesado o elemento resultante, e é ten-
tando provar o resultado máximo do universo, e o resultado, esta-
remos tentando imaginar o que será a cada passo a frente.
— E pelo jeito entrei em um projeto químico que todos nem
imaginam existir?
— Eles já imaginam, mas ainda não temos como provar o que
cremos, mas vou dar uma saída, e no fim da tarde, começamos o
primeiro teste de equipamento.
— Vou fazendo as coisas, pelo jeito quer a coisa exata?

180
— Sim, e pensa em poder subir cada uma das partes que fi-
zemos, pois quero ir deixando mais preciso.
Saio dali, e vou a estrada, paro a entra dos laboratórios, pedi
o carro e um motorista me leva a Los Angeles, e lá olho o Doutor
Francis que fala.
— Veio?
— O que precisa Doutor?
— Organizar isto, as vezes as pessoas esquecem que traba-
lhos científicos é mais suor do que neurônios, pois precisamos dos
dados, e preciso de você aqui?
— Quem está no grupo?
— Pela primeira vez passamos de 200 colaboradores, temos
gente, tocado por Thomas, nos radiotelescópios. Temos nos cálculos
aquela Mary, temos ali 60 pessoas alimentando dados, na parte de
computação temos Robson, que está terminando de instalar os
radiotelescópios, e soube que teremos 6 sistemas internos de radio-
telescópio, em 5 estados, que este ao teto é para distrair os incul-
tos.
— E os dados, como estamos fazendo?
— Pensa em um grupo de 30 pessoas colocando dados o
tempo inteiro e estarem correndo.
— Pelo jeito precisa organização. – Falei.
Francis sorriu e olha em volta.
— Sim, tem muita gente pensando no que vamos calcular,
mas o que pretende?
— Vamos fazer uma filmagem aqui, amanha, que vai gerar a
sua entrevista depois de amanha, anunciando a confirmação de que
a cada 12 milésimos de segundo, surge a matéria escura, e que es-
tamos estudando de onde vem a contrapartida da energia, e qual a
perda disto.
— Acha que vamos chegar a que?
— Ao ponto que paramos de acelerar, dai vamos a parte que
paramos, e o momento que determinamos qual será a idade do
universo, pois em teoria, teríamos chegando a metade do tempo.
— Um senhor calculo.

181
Entrei e fui colocando as pessoas em um parâmetro de funci-
onamento, e uma serie de metas, pois nada daquilo sem as metas,
tinha sentido.
Após isto entramos na parte de simulação, e o pessoal come-
çava a por os dados, de cada ponto e se tinha a forma do universo
inicial, a evolução, estavam começando a documentar onde estava
exatamente a matéria escura, e paro naquela forma e vi que Francis
olha para mim.
— Acha que erraram ai?
— Acho que tenho de pensar.
— Certo, estamos em uma ideia, e ela ainda não foi apresen-
tada – Vi que Francis chega ao lado, olhando os dados que eu olha-
va e pergunta.
— Sabe que não deveria existir isto ai.
— Estamos falando em um espaço, que estaria a mais de 24
bilhões de anos luz de nós, é projeção, nada do que está lá chegou
aqui, é uma simulação, então o erro é nos dados, pois temos eles
até 14 bilhões de anos luz, não temos após isto, todo resto, ainda
não chegou a nós para calcularmos, mas temos o ponto que o que
está a 6 bilhões de anos luz estará em 14, através da matéria escura,
ela nos dá onde estarão as coisas no ponto 14, estabelecendo o que
simulamos e toda a dinâmica do que vemos, e da verdade, vemos os
mais distantes acelerando, mas a matéria escura mostra que o que
vemos já não está na mesma dinâmica.
— Certo, temos os dados, você está os montando, mas acha
que esta simulação chega a isto? – Francis olhando os rapazes.
Eu chego ao rapaz e pergunto.
— Estão se entendendo com os dados?
— Estamos começando agora, os dados que estamos inserin-
do estava já nas nuvens, mas dizem que vamos evoluir isto nos pró-
ximos dias.
— Sim, estamos calculando os dados, transformando linhas
de radio vindas de pelo menos 22 locais no planeta, mais 5 internos
que vão nos dar dados diários que precisamos alimentar a ideia.
— E qual o objetivo dos dados?

182
— Eu e o doutor ao lado ganhamos um Nobel, mas não nos
foi permitido terminar o estudo, então estamos terminando os es-
tudos e os dados que eram objetivo inicial do projeto.
— Terminando os dados anteriores, alguns dizem que não se
precisa a tamanha precisão. – O senhor de nome Call.
— Sei que para uns é apenas uma novidade a apresentar, mas
o Doutor Francis me quer administrando os dados para que final-
mente cheguemos aos dados que confirmam os prospectos da colo-
cação que nos deu o Nobel, provando os 12 pontos que estabele-
cemos.
— E pela quantidade de dados querem uma simulação do que
está acontecendo?
— Sim, somente vendo os dados, podemos estabelecer o flu-
xo de acontecimentos.
Francis me olha e fala.
— Mas não faz sentido.
— Sei disto, agora começo a pensar em uma ideia maluca pa-
ra o senhor ridicularizar.
— Como assim?
— Algo teria de ser considerado, quando do surgimento, algo
nos fez desviar para a existência, e não para a extinção.
O senhor me olhou sem entender.
— Senhor, se não existisse algo para mudar a operação inicial,
para cada partícula inicial surgiria uma anti partícula e elas se ani-
quilariam, partimos do pressuposto anterior que o todo surge ali, e
o que está olhando, é algo que está ali, mas não vemos, pior que
estamos a cada momento mais próximo do valor da matéria inicial,
dai poderemos jogar em um sistema para que ele calcule a pressão
e possibilidade de algo tão denso, com valores reais.
— Acha que chegamos a provar o inicio?
— Não, vamos fazer uma teoria respondendo algumas duvi-
das desagradáveis, e uma, porque não nos extinguimos na criação,
segundo, quanto é necessário em integração, que é física, mas não
é temporal, para sair do estado inicial a expansão.
— E o que acha que é?
— Ali ao lado, parece que temos um super buraco negro, ou
uma curva espaço/tempo tão profunda, que não vemos nada ali.
183
— Tão densa em que sentido?
— Lembra que olhando de cima, tínhamos o local inicial do
universo?
— Sim.
— Este ponto inicial, gira em torno da curva espaço/tempo, e
este movimento, gera todo resto.
— Acha que identificamos não o inicio, mas o que nos gerou o
inicio, não o ponto que toda a massa iria, mas algo ao lado?
— Sim, e o que me gerou a duvida, e estou falando mais do
que o normal Doutor, mas foi pensar que se estivéssemos em uma
imensa massa que gerava esta deformação do espaço tempo, não
deveríamos ter a forma de um cone por onde escapamos do ponto
inicial?
— E todos pensando que entenderam e parece que o único
que não parou de pensar foi você.
Sorri, foi covardia, pois eu pensei duplamente nisto, pois o vi-
vi duplamente, e foi assim que surgiu a ideia.
O senhor olha os dados e fala.
— Está dizendo que no ponto que não tem nada na simulação
estabelece que tem algo?
— Algo que para que giremos nesta rota, tem um universo gi-
rando em torno dele, temos de ter pela distancia, velocidade e mas-
sa, ter de 45% da massa dele.
Francis me olha e fala.
— Muda todos os cálculos, isto que queria dizer?
— Sim, estávamos indo neste sentido, mas não chegamos a
ele, acabamos por errar, pois não tivemos como gerar isto, mas se
olhar o tempo, a massa escura que surge neste ponto, ela está mui-
to, mais muito mais compactada do que do todo.
Francis aproxima e fala.
— Por si a massa escura prova a existência de algo ai, estra-
nho que somente olhando agora entendemos uma dinâmica de
universo que ignorávamos, e isto nos estabelece um retorno, ou um
possível retorno, pois soma no conjunto muita matéria.
— Sim, mas tem outros pontos que não temos ainda a posi-
ção, mas que pode nos por em uma interpretação maior.
— Aqueles dados que não falou?
184
— Não tenho ainda ideia, mas a massa escura que temos em
dados da evolução, e parte das estrelas, estão em sentido que não
deveriam.
— Como assim?
— Já pensou se o surgir for natural, ou pelo menos mais natu-
ral do que pensamos?
— Acha que podemos estar cruzando um outro universo?
— Algo acelera parte do universo mais do que deveria, e a
existência de algo com massa seria a explicação mais aceitável para
a força escura, não para a massa escura.
— Quer terminar de pensar em tudo?
— Não, tentar uma teoria que abrace o que temos a frente, e
isto não quer dizer uma explicação fácil, já que lembra que quería-
mos ter todos os dados para fazer uma pesquisa maior.
— Sim, mas agora você está tocando algo a parte, alguns não
entendem o que está fazendo.
Me despeço do rapaz e falo.
— Vamos a parte que não é somente astrofísica.
Chegam a uma parte do laboratório, João cumprimenta Rick
que fala.
— Veio, pensei que não sairia daquela casa.
— Temos de conversar, sei que deve estranhar por você para
cá, e manter Paterson lá, mas é que preciso de algumas analises
para que funcione lá, e que não teria como fazer por dentro de uma
base do exercito.
— Porque não?
— Astrofísica não é o forte do exercito.
— Certo, e quer fazer o que?
— Eu, você e o doutor Francis, gerar uma nova ciência, a As-
troquímica, pois eu preciso saber qual a composição de algo que
está distorcendo uma parte do nosso universo conhecido, e tudo
indica que é mais leve que o nosso, e que vamos de encontro a esta
parte, velocidade menor que a nossa, parece um universo que tem
nos compostos mais pesados, Ferro e não passam pelo Germânio, é
uma assinatura diferente do nosso universo e vamos no sentido
dele.
— Mas qual a importância disto? – Rick.
185
— Esta parte não posso falar aqui Rick, sabe disto, mas como
estaremos usando os dados de vários locais, não dá para fazer por
dentro de um sistema que não pode ser aberto.
— Certo, mas tem importância?
— Sim. – Eu menti, sabia pela forma que ele me olhou que
soube que menti, e fala.
— Juro que não entendi.
— A importância não está no que está lá, mas se não fechar-
mos os números aqui, eu nunca acertaria um endereço no passado,
e isto não deveria estar sendo falado aqui.
O rapaz olha Francis.
— Certo, precisa os dados o mais precisos, e algo que parece
não concordar com os cálculos o faz dedicar um tempo a isto?
— Somos puxados para lá, algo que está entrando ali, que
vamos para lá pois eles tem massa, e nos determina uma velocidade
maior do que deveríamos, então o que quero provar, mas pode ser
que não seja isto, que temos dois universos criados, e o nosso está
atravessando o outro, mas o que chega a nós, é um universo mais
novo que o nosso, e se for isto, precisamos determinar a massa
disto aproximada, para conseguir o que pretendemos.
O rapaz olha os dados e fala.
— Certo, pensei que estava me tirando de lá para não atrapa-
lhar, e quer saber algo que acredita importante.
— Paterson lá, faz sem perguntar uma mesma experiência 10
vezes, e a refaz com calma e não se pergunta porque, precisamos de
gente pensando, enquanto outros fazem os testes.
— As vezes acho que lá que está a descoberta.
— Lá é a parte cansativa que pode ser feita lá, vamos levantar
ao fundo um grupo para fazer parte aqui, mas estão entrando com
os equipamentos ainda e terminando de erguer as coisas, pois va-
mos fazer lá e aqui, mas é que parece algo fácil, mas ter de fazer,
refazer e fazer de novo, não é trabalho fácil, é repetitivo e demora-
do.
— Vai por parte do trabalho para cá?
— Outros 18 elementos vamos fazer aqui.
— Certo, pensei que faria apenas lá. – Rick.

186
— Acho que todos fazendo, teremos problemas, vamos ter de
estudar uma forma de expor isto, pois é uma mudança, eu tenho a
minha forma de fazer, mas obvio, vai ser difícil ter consenso.
— Pensou em uma forma. – Francis.
— Sim.
Cheguei ao fundo, aquela parte do laboratório e estavam ain-
da montando os moveis, e olhei em volta, chego a uma divisão que
tinham feito para mim e para os diretores daquilo.
Entramos e olho Francis.
— Tem um espaço aqui para olhar os dados, tudo que esta-
mos fazendo tem parte interna e externa ao planeta.
— E pretende chegar a quanto?
— No fundo Francis, estamos desenvolvendo uma forma de
olhar para os novos materiais e olhar se temos as mesmas frequên-
cias de luz, pois se me deparar com uma parte mais antiga, a nível
químico, quero saber.
Rick parecia não entender.
— Como assim?
— É uma teoria, mas na nossa parte que vivemos, estamos na
quarta evolução do universo, e provocando uma quinta na reação
química, transformamos o que era 90 elementos em 2700 elemen-
tos, ainda estamos estudando isto.
— Mas qual a logica?
— Não provamos isto ainda, mas tudo indica uma primeira
idade do nosso universo onde havia apenas hidrogênio e hélio, dai
as coisas foram se somando e se gerou a cada idade do universo
uma soma de produtos, com o gerar de uma linha eletrônica a mais,
mas temos de estudar isto, mas a minha proposta inicial para a ta-
bela é usar um resumido do prospecto.

187
Coloco o prospecto do ferro e falo.
— As vezes queria uma solução, mas começamos a fazer o
prospecto e obvio, tem o prospeto total, mas tem de ter algo que
nos permita ensinar as pessoas.
Francis olha para mim e fala.
— Uma forma normal e já usada?
— Sim, e na tabela de produtos já deixar claro o que é gás
nobre e o que é liquido, no prospecto de alteração.
— E pretende fazer isto até o fim para dizer o que achou?
— Eu estou pensando em olhar o universo procurando algo
assim, teríamos um universo mais complexo.
— Certo, vou pensar nisto, está falando que a descoberta é
tão complexa que muda a física espacial, a química e o que mais?
— Não sei, mas pensa em algo que pesa mais que qualquer
coisa que conhecemos e ainda é liquido.
— Certo, você está dizendo que temos algo para usos indus-
triais, mas pensou em algo?
— É muita coisa, por isto preciso trocar uma ideia senhor.
— Certo, mas acha que chega a quanto?
— 2654 elementos não radioativos em uma tabela, nem en-
trei nas problemáticas neste complexo.
— E a nível do que estávamos provando?
— Como falamos, vamos estabelecer o numero mais exato
possível do numero de camadas da mataria escura, assim que o
fizermos, teremos isto multiplicado por 12 milésimos de segundo, a
idade do universo local.
— Local?
— Sim, segundo ponto, o descobrir do girar a volta de algo
mais massivo pode nos dar a massa do universo, o que quer dizer,
podemos calcular a partir dai o momento que a massa escura vai
forçar o parar do universo e vamos começar a encolher, mas o esta-
belecer da dinâmica do que conhecemos, identificamos uma entra-
da de algo externo ao nosso universo e isto significa, nem nosso
universo está sozinho.
— Uma teoria que vai gerar controvérsia.
— Sim, mas teorias as vezes são o que nos forçam a ir a fren-
te, pensar e mudar o complexo de coisas, dai vamos tentar demons-
188
trar o valor da massa do universo conhecido, e as interferências que
nos geram o crescer, acelerado, induzindo massas externas, esta-
mos próximos do calculo disto doutor.
— E pelo jeito estaremos anunciando descobertas.
— Sim – Estranhei pois quem me mandava frear estava me
dando corda.
— E qual vai ser o anuncio da semana?
— A confirmação da frequência da Matéria escura, confirma-
da e dimensionada sua quantidade, e baseado nisto nossa conclu-
são da idade do universo.
— Nosso numero, e nossa técnica para afirmar isto? – Francis.
— Sim, começamos com esta afirmação na quarta e na sexta,
sentamos eu, o senhor, Rick, e falamos da existência de um método
que nos fez provar a frequência da matéria e sua sequencia de sur-
gimento, mas este experimento nos fez uma descoberta química,
que estaríamos dividindo, que era a possibilidade de somarmos em
um material, como Ferro e ter todas as divisões dele, entre o natu-
ral e o mais evolutivo que conseguimos com este método, que seria
transformar ele a partir da soma de elétrons, e partículas funda-
mentas, o tornando em um gás nobre e estável.
— Vamos falar sobre isto quando?
— Sexta.
— E qual seria a confirmação da semana seguinte?
— A confirmação através do experimento que a Matéria Es-
cura corresponde ao tempo, mas a descoberta do tempo, na nossa
tecnologia atual, é inviável viajar ao passado, pois o parar do elé-
tron, modifica toda a dinâmica dos materiais.
— E anunciaríamos o que na parte química na semana seguin-
te?
— Toda a dinâmica da família do Ferro, enquanto testamos
todos os demais prospectos.
— E pelo jeito avançando?
— Temos de terminar de calcular o prospecto para confirmar
na terceira semana, que o universo conhecido gira em torno de uma
dobra espaço/tempo, que não sabemos o que é, ainda, mas o girar
em torno de algo que pela dinâmica de velocidade e distancia nos

189
dá a massa do objeto, e isto nos gera pela primeira vez, em suposi-
ção a massa real do nosso universo.
— E o que geraria de discussão na química na terceira sema-
na.
— Ainda trabalhando senhor, mas se estiver certo, fecharía-
mos os 18 primeiros materiais e suas evoluções, e toda a dinâmica
de como os detectar por emissão de radio no universo.
Rick sorri e pergunta.
— Tudo isto para distrair os olhos dos demais?
— Eles não entenderiam o complexo prospecto do que esta-
mos fazendo, mas a ideia de fechar toda a pesquisa na casa em San
Diego em duas semanas e meia, é para começar a pensar no pro-
blema maior.
— Certo, então em duas semanas e meio teríamos o que? –
Francis me olhando.
— Próximo de 2600 materiais novos a estudar.
— E vai fazer o que com isto referente ao espaço? – Francis.
— Verificar se o que vem no nosso sentido nos faria mal, sua
composição e toda a dinâmica do que realmente tem ali.
— E pelo jeito vai a uma correria. – Rick.
— Eu estou mais parado do que o normal. – Falei olhando o
doutor e falei – e tem uma liga que acho que vai ser melhor para
nosso financiador.
Olho os prospectos de instalação e fui passando o que tinham
de mudar, parte a parte e Rick viu que tinha coisa que ele ignorava,
e olha os prospectos chegando, e pergunta.
— Mas o que vamos desenvolver aqui?
— O material que preciso para chegar ao objetivo de lá.
— E qual o que parece querer?
— Pensa em ter uma molécula, HO5, uma forma de Hidrogê-
nio que pudesse se ligar a 5 átomos de Oxigênio.
Francis olha para mim e pergunta.
— Vai mudar pelo jeito a forma de viver.
— Isto é algo que absorve muito calor senhor, se eu conseguir
por algo assim em um foguete, e lançar quilos, poucos em Vênus,
em questão de horas teria aquilo se tornando agua no planeta vizi-
nho.
190
— Algo para roubar calor da atmosfera?
— Sim, mas é apenas um uso sem logica, mas é que quando
se fala em algo que pode ser usado como reagente, acho que tenho
de cuidar com o que penso.
— Certo, mas pelo jeito quer uma evolução que nunca ouvi.
— Acho que teremos muita evolução a partir dai, mas é tra-
balho para décadas, pois hoje temos 120 elementos, e estou falan-
do em somar 1600 elementos, se alguns temos poucos usos hoje,
por falta de aplicabilidade, imagina você ter nos atuais, menos de
10% do total de elementos.
— Certo, uma gama de produtos e inovações, e pelo jeito é
serio quando fala que alguém viu o potencial disto, dizem que o
senhor Hellier viu o potencial de sua descoberta, agora entendo,
para quem é conhecido por estar a frente dos demais, ele quer algo
poderoso.
— Ele quer algo que o permita fazer um gerador de fusão nu-
clear, e talvez um destes matérias seja mais indicado.
— Certo, abrir um caminho destes é algo realmente incrível.
Rick me olha serio, ele parecia contrariado.
— Problemas?
— Não gosto deste Hellier.
— Algum motivo serio para isto? – Perguntei.
— Dizem que ele que pediu ao Encanador para dar fim no
General Carter.
— Algo serio, pois isto é fofoca. – Falei.
— Ele atrapalha muito em varias coisas. – Rick.
Olhei Francis e falei.
— Nos daria um momento?
Francis sai e olhei serio Rick.
— Então considere que ele para atrapalhar, pegou o único
quilo de Chumbo alterado e pintou a volta de toda a área do com-
plexo 2, quando o fez, a 40 anos, e isto lhe permitiu chegar vivo em
todas as vezes ao passado, teria morrido apenas uma única vez.
Rick me olha e fala.
— Mas como ele saberia?

191
— Não é o ponto, eu estou vivo por isto, então não tenho na-
da contra ele, e infantilidade a favor de alguém que teria lhe mata-
do e nem olhado ao lado, acho infantilidade.
— Mas...
— Não vou discutir nada referente a procedências pessoais
que se definem por uma palavra que começa com F, mas tenta
manter o foco no que pretendemos, não no que os demais preten-
dem.
Rick me viu se afastar e cheguei ao doutor.
— Vamos ao escritório Doutor.
— Problemas?
— Frescura de militar que quer voltar para onde seguem as
cegas seus lideres.
Francis sorriu e falou.
— O general Sanches se apresentando?
Sorri, eles tiravam sarro da minha forma impositiva de ser.
Verifiquei como as pessoas estavam, peguei o contato de to-
dos, coloquei em meu comunicador, eu ainda o chamava de celular,
mas eles tinham uma nova denominação, sempre me esquecia estas
partes bobas.
Estranho estar com um departamento inteiro de pesquisa, eu
estranho, pois a poucos dias, estava no mesmo lugar sem respeito,
agora estava coordenando para o Doutor, 200 pessoas.
Francis sentou-se a minha frente no restaurante a saída e fala
— As vezes preciso conversar Claris, sei que não tive como o
manter ao lado, mas pelo jeito conseguiu um caminho.
— Sem detalhes da parte difícil de falar senhor, mas na minha
cabeça quero terminar o que começamos.
— Certo, porque lhe financiaram?
— Se eu posso pegar um subproduto do chumbo, e com um
sistema de encaixes, junto com uma fibra de continuidade, gerar
uma corda que pode segurar um elevador espacial, estabelece onde
está a pretensão.
— Uma liga que seria das mais caras do mundo.
— Algo que se precisa ter quantidade, não se pode ser caro
para fabricar.
— E acredita que provamos o que falou?
192
— Acho que sim, mas depois de amanha passo cedo para
conversar, não sei ainda o todo que vamos falar.
Comi alguma coisa e voltei a casa, vi que Paterson estava a sa-
la, parecia desmotivado.
— Problemas?
— Aquele Rick passou ai logo depois que saiu e falou que iria
me tirar daqui, que não adiantava fazer algo bom, que ele me tiraria
daqui.
Olhei o rapaz, nem imaginei isto, e falo.
— Acho que tem de relevar estes que acham que mandam
Paterson, pois eles são apenas gente que não entendo.
— Mas...
— Tem uma coisa que tem de saber, vou tentar puxar Rick
para o outro projeto, pode parecer as vezes que estou o levando ao
holofote, mas o que estamos fazendo aqui, é segredo militar e que
eu e você sabemos fazer, apenas nós dois.
— Mas...
— Todos os equipamentos vão para lá já feitos e calibrados,
mas pelo jeito se desmotivou?
— O senhor demorou.
— Aqui eu falo com você, lá tem duzentas pessoas para dar
um caminho, é mais complicado.
— E não se preocupa muito pelo jeito se vou pular fora.
— Eu não mando nos demais, vi que iriam por Rick aqui e falei
para a General que estava me dando bem com você.
— Certo, e se ele aparecer?
— Sinal que terei de lhe indicar para fazer isto na Universida-
de, e vai ser difícil manter o segredo com alguém que acha que po-
de interferir para lhe tirar, sinal que quando achar que pode me
mandar para casa o faz.
— E não vai reclamar?
— Prepara as coisas, mas não marca nada para Sexta, que vai
a uma mesa de apresentação do que faremos amanha.
— Faremos amanha?
— Se eles querem nos substituir, vamos dar motivos para to-
do resto nos querer em outros lugares.

193
Amanhece quarta fei-
ra e começo cedo a fazer os
testes, Paterson chega fil-
mando e registrando, e
começa a por os números
numa tabela, estranho algo
assim, mas teríamos de
encher uma tabela imensa e estávamos fazendo a referente ao Fer-
ro, estávamos verificando que a inercia final do universo seria pela
soma de gazes nobres, isto parecia irreal.
A possibilidade foi colocada no papel e os cálculos do pros-
pecto da tarde chegam ao final, parei os testes, fiz o rapaz fechar
tudo, ligamos o alarme, guardamos os prospectos tiramos os calços,
e nós dois se preparamos para ir a universidade.
Pedi um carro e nos mandamos para a universidade.
Chegando a Los Angeles, sede da Universidade da Califórnia
criada para nosso prospecto, vi a imprensa, o doutro chega ao meu
lado e pergunta.
— Conseguiu o numero.
Peguei o papel e lá estava.
“24.487.392.292 anos e 136 dias”
Francis olha para o numero e fala.
— Tão preciso?
— O numero de camadas da Matéria escura, confirma este
numero, se entendemos e for o que pensamos, este é o numero.
— Certo, um numero exato pois é uma conta exata, mas pode
ter um erro?
— De 0,000005%, podem ser 132 dias ou 140 dias.
— Uma precisão que deixaria todos confusos, mas não preci-
samos deles confusos.
— Verdade, apenas lhe passando o numero, e os dados, de-
pois temos de falar sobre algumas coisas.
— Algumas?
— Após isto.
— Grave?
194
— Frequência de um material que não foi documentado ain-
da, e que nos mostra onde está a parte mais antiga da nossa galáxia
e onde está a mais nova.
— E confirma o andar da galáxia?
— Indica exatamente o sentido de crescimento.
Rick pareceu estranhar Paterson ali, estou tentado ignorar o
clima, mas se era para jogar, eu jogaria.
Quando sentei a mesa, um químico ao lado, o Doutor e ele fa-
la.
— Boa tarde a todos, viemos através dos nossos estudos ao
numero de fatias da matéria escura e chegamos através de um ex-
perimento que vamos anexar aos estudos da Revista Cientifica, mas
confirmamos que a cada 20 milésimos de segundo, surge uma ca-
mada integral de matéria escura, demoramos anos contando as
fatias e chegamos ao numero de fatias, e temos a partir dai uma
conta simples, para determinar a idade do universo temporal, e
chegamos a 24 bilhões quatrocentos e oitenta e sete milhões de
anos, temos o valor exato que estará no estudo, se a matéria escura
se comportou constantemente do ponto inicial até agora, temos a
idade precisa do universo.
Muita gente para um dado exato, não estávamos falando de
algo a estudar, estávamos entregando um numero fechado, soube
depois que em vários locais do mundo, pegaram nosso estudo pu-
blicado no fim daquele dia para revisar.
Saímos da mesa e Rick para a minha frente e pergunta.
— O que ele faz aqui?
— Somos uma equipe senhor Rick, não entendo esta sua for-
ma de querer o controle, quer algo apenas seu, tenha uma ideia e a
financie, a tire do papel.
— Mas ele não iria ficar na outra parte?
— Em teoria sim, mas a pergunta que faria a você, já que pa-
rece falar uma coisa pela frente e outra pelas costas, quer ficar lá,
ou aqui, já que diz querer algo e pressiona no sentido oposto.
— Ele foi fofocar?
— Não, quero sinceridade e comprometimento senhor Rick,
isto não é birra, não é experiência em casa, não é coisa de amigos, é

195
coisa seria e que precisa de comprometimento, e preciso saber,
quer ir para lá ou ficar por aqui?
Rick olha para mim serio e fala.
— Tem de ver que lá tem mais haver com a missão.
— Então quer ficar lá e fazer os experimentos?
— Sim, mais próximo da base, e sem divagações sobre coisas
que não preciso fazer.
— Isto se chama preguiça, mas então amanha vou pedir para
a General inverter os dois, pois preciso disto funcionando.
Rick olha para mim serio novamente, ele parecia querer me
interferir, as vezes tentava ficar mais calmo, mas sentia como se
alguém me quisesse mais calmo e isto me enervava.
— E veio com ele para falar isto?
— Não entendo esta agressividade Rick, eu disse que preciso
dos estudos, mas parece querer algo que não fala, eu não leio men-
tes, você parece em uma birra, e desculpa, ciência não se faz de
birras.
— E não teria nada contra eu assumir lá?
— De forma alguma, mas dai faríamos a troca na sexta, pois
não quero parar nada lá e nada aqui.
Rick se afasta e olhei para o Doutor e falei.
— Juro que não entendo este rapaz?
— Ele parece estranho. – Francis.
Eu apresentei o local a Paterson que soube que ali também
tinha uma casa para os rapazes do grupo de estudos e que não era
nada ruim, entendeu que ali as coisas eram maiores, que ali se re-
gistrava tudo, e que as anotações precisavam ser colocadas, ali teri-
am o acesso direto aos sinais de radio do universo a volta, e Francis
olha para os dois e pergunta.
— O que queria falar sobre as coisas?
— Temos ainda pouca coisa que temos a frequência dos ma-
teriais novos, mas jogamos no sistema e pedimos para nos transmi-
tirem se tinha a frequência do ferro em gás em algum lugar, e nos
deparamos com algo que não sei entender ainda, mas para algo que
deveria ser mais estável, temos uma nebulosa inteira em duas galá-
xias distantes que tem o gás, e começamos hoje a olhar isto.

196
Apresentei ao Doutor o que parecia ser a parte mais antiga do
mapa a volta, e ele fala.
— Faz sentido, pelas distancias, estamos em um entremeio,
mas sinal que temos mais um sinal a provar nossa teoria de forma
do universo?
— Sim.
Saímos dali e fomos a casa, sabia que a general não iria gos-
tar, mas ela que estava dando corda a este Rick, então apenas pas-
sei o pedido para a general e expliquei que iriamos terminar os tes-
tes, que mesmo na outra base, teria de lembrar, sigilo do que está-
vamos fazendo.
Fui descansar pensando nos prospectos.

197
Dois dias a mais e es-
távamos na quinta feira e
terminamos o prospecto e
fomos a universidade, e
Rick perguntou se poderia
se mudar para a casa, ele
parecia com pressa, com ele
saindo, apresentei Paterson aos demais e Paul Carson para a minha
frente.
— Voltou?
— Dizem por ai que vão tirar tudo isto de você.
— Tudo?
— Seu financiador teve acesso a outro processo, e parece que
não lhe informaram.
— E mandou você me avisar?
— Eles me querem lá.
— Lá?
— Utah!
— Boa sorte, mas eu não me preocupo com o futuro, estou
em um contrato de 2 anos, pago, então se eles querem que pare, é
só mandarem eu parar.
— Alguns acham perigoso.
— Se precisar de algo no futuro, lembra que devo uma ajuda
a seu pai, sei que não entende.
Paul me olha intrigado e pergunta.
— Sabia e ajudou sem falar?
— Digamos que eu teria morrido de COVID em San Francisco
em 2020, as vezes apenas alguém lhe toca a beira da cama, lhe ge-
rando uma recuperação que os médicos não entendem, seu seguro
de saúde já não cobria nada e me chutam de lá.
— E aceitaria o fim?
— Boa sorte, mas sabe qual o projeto que vão levar para lá?
— Bom Menino.
— Se precisar falar sobre os cálculos, estarem em alguma sar-
jeta tentando sobreviver.
198
Olho o rapaz sair e Paterson que estava ao lado pergunta.
— É serio que vão cancelar?
— As vezes sim, as vezes é apenas uma dica, para não bater
forte, mas sei que todos tentam pular fora da parte tecnológica.
Quando a imprensa chega, vi que poucos vieram, eles espera-
vam apenas um técnico falar, Francis não estava naquele grupo, e
sim um químico e como Rick não apareceu, entendi que enquanto
fazia a declaração ali, poderiam tirar tudo de lá.
Os poucos senhores chegam e olho para Francis ao fundo, ele
estava ali para descobrir o que falaríamos.
— Boa Noite a todos, estamos aqui para deixar claro os pros-
pectos que surgiram a nível químico, do processo que provou que a
matéria escura tinha uma curva de frequência de 20 milissegundos,
e dispor da tecnologia que isto representa.
Eu começo pela explicação do método, depois dos resultados,
dos efeitos indesejados, gerados por dois experimentos, a homena-
gem a dois rapazes que faleceram antes dele entrar neste prospecto
e que gostaria de homenagear.
O narrar de um evento de 50 milissegundos de regressão
temporal, o abrir graças o parar do tempo neste tempo muito pe-
queno, e as consequências na química de elementos, que estavam
com o estudo de dois produtos, o Chumbo e o Ferro prontos, com
seus subprodutos, e tendiam a cada dia, refazer e confirmar cada
prospecto destes elementos, e que testamos como este material
poderia ser lido por radiofrequência a distancia, e mapeamos o que
era a parte mais antiga da nossa galáxia, e qual a mais nova, desco-
brindo a confirmação da ordem de crescimento da galáxia.
Francis se manteve fora da mesa, eu queria ele ali, mas pare-
cia que novamente eles me queriam fora, ou queriam eu pensando,
eles não pareciam interessados na minha sanidade mental.
As perguntas que geralmente seriam poucas, com apenas
dois senhores com graduação, virou uma discussão técnica, de mé-
todo, que me fez pensar em cada prospecto, estranho que o não ter
de muitos ali no fim foi positivo.
Terminou e olho para Mary ali e estranho, pensei que ela ti-
nha debandado, não, eu que estava comprando a propaganda.
— Quando dizem que você é perigoso, hoje mostrou isto.
199
— Perigoso? – Perguntei.
— Transformou algo que todos achavam ser um prospecto de
pouco valor em algo totalmente diferente.
— As vezes eu acho que somente eu me interesso pela ciên-
cia em volta, vocês querem os produtos, eles querem os méritos, eu
quero apenas descobrir o que não sei.
— Sabe que a pressão parece aumentar?
— Se vocês abandonam projetos tão rápido, não devem ser o
que a historia conta sobre vocês.
— E pelo jeito não se preocupa.
— As vezes acho que morri e estou sonhando.
— E o que faremos na semana que vem?
— Aqueles dados precisam ser computados, toda aquela di-
nâmica nos explica o universo.
— Mas não entendo porque acha importante?
— Se eu pegar o Berílio e o avançar, eu estou avançando um
Metal Alcalino a um Metal Representativo, leve, mais leve que o
Alumínio, mais resistente, se junto com isto eu regredir o Alumínio,
eu crio uma liga, leve, dinâmica e que pode ser bem interessante.
— Uma liga de dois produtos que ninguém daria nada?
— Mais leve, com pontos de fusão e ebulição mais altos.
— E isto não fala ali?
— Ali é Química, se olhar, somente os doutores em Química
entenderam o problema de uma declaração destas.
— E todos querendo lhe passar a perna.
— Estou aqui enquanto eles quiserem, sei que muitos me de-
testam, eles aprontam e eu sou o problema.
Mary se afasta, apresento Paterson a sua nova casa e pego o
carro e volto para San Diego, chego lá e tudo estava revirado, mas
ainda estava lá, chamo o vigia e pergunto quem teve acesso, pois
tinham revirado tudo.
Ele fala que o único que entrou pela frente foi Rick, eu aciono
a segurança, para deixar bem claro que foi invadido e que aquilo
pode ter vazado e que não era um local seguro para o que pretendí-
amos fazer.
Era madrugada quando fui dormir.

200
Quando acordo, já
cansado de ter de recome-
çar as coisas, as vezes os
sonhos desandam, e a noite
não foi boa, mas precisava
ir a frente e escolher um
lado.
Fui ao laboratório e Rick não estava lá, começo a por tudo em
ordem e organizar a bagunça, os materiais tinham sumido, e vi a
General entrar e ver a bagunça e olhar o segurança.
— Quem fez isto?
— Não vimos senhora, apenas aquele Cabo Jonathan Rick que
foi transferido disse que iria trabalhar para não pensar.
Eu ouvia mas não falei nada, e pior, em algum lugar alguém
iria tentar fazer isto, ou melhor, quase certeza, alguém iria tentar
reproduzir longe dos olhos aquilo.
Olhei a General e falei.
— Algum motivo para ele fazer isto Doutora?
— Não entendi, dizem que vão transferir o projeto Pequeno
Garoto a outro lugar.
— Se é este tipo de trabalho que vão fazer, não quero estar
perto senhora, sabe que um loop já me deixou maluco.
— Certo, mas acha que ele levou algo?
— Tudo que fizemos ali, é afinar os equipamentos para ter as
medidas precisas, esta usando um trabalho repetitivo, para acertar
o prospecto de direção, de sentido, de tempo, as pessoas as vezes
acham que um trabalho se realiza por magia.
— E acha que o exercito mantem seu contrato se mandarem
a outro lugar?
— Doutora, alguém tem de o fazer, se estão me pagando para
o fazer, não interessa se os demais vão tentar, eu vou realizar.
— E não se preocupa em aparecer?
— Já acho que apareço de mais, pois tem gente que até me
odeia, mas o que não falamos senhora, como fico, pois o contrato
está em minha conta, em dinheiro, o contrato, não sei o que me dá
201
em estrutura, mas eles apostam mais alto que um premio de Nobel,
ou mais exatamente, 12 vezes o valor, mas não sei se devolvo, se
continuo, ou o que eles querem?
— Certo, e não gastou quase nada?
— Eu sou alguém que gasta, pois não sei quando vou morrer,
mas ainda estava vendo vocês providenciarem, então a pergunta é
como fico, pois se tiver de achar outro lugar, dou um jeito.
— Pelo jeito acha que é fofoca?
— Não, acho que é um prospecto que estava muito visível, e
alguém resolveu o por na invisibilidade, isto quer dizer que tudo que
fizer, vai ter a parte técnica e cientifica na sede nova da Universida-
de construída na região de Los Angeles, estou usando o servidor de
lá para calcular o que preciso, o Bom Menino é a menor parte de
tudo isto senhora.
— Certo, ele é o resultado.
— Sim, e não tenho certeza se conseguimos interferir, tem de
ter algo a mais, que ainda não entendo.
— Acha que não conseguimos?
— Sei que conseguimos, mas vou financiar uma ida de alguém
ao local, e me traduzir tudo que ele conseguir sobre vestígio da ex-
plosão, hora, tentar calcular em que altura ela foi detonada.
— Você quer algo meticuloso.
— Sabe que toda historia pode me dar o que preciso, e isto
me faz pensar, resolver um problema, é mais complexo do que se
imagina.
—Não entendo o que pretende?
— Eu tenho na documentação, 4 explosões no passado que
me dão o vestígio de mesmo material, mas tenho de fazer de uma
forma que me dê diferença de todas elas.
— Algo que você descubra qual foi?
— Sim, mas as pessoas acham que já temos os dados, esta-
mos começando a os fazer.
— E pelo jeito vai pensar em uma forma de fazer as coisas?
— Eu estava pensando nos dados, e me veio uma possibilida-
de que tenho de refutar antes de qualquer coisa.
— Algo grave?
— Não, algo que atrapalha o fim que desejamos.
202
— Isto que ninguém vê, o rapaz das ideias estranhas e que as
fala, pelo jeito o doutor Francis levou sorte.
— Ele estava na duvida hoje se nos manteríamos, muita fofo-
ca destes que não entendem, nem tudo que parece fácil, é fácil.
— Escondendo fatos?
— Sim, aquele equipamento é resultado de um segredo mili-
tar, e pode parecer fácil o fazer, acho que quando o fiz estava deli-
rando, pois eu me superei.
— E acha que eles não conseguem fazer igual?
— Acho que a proposta era afinar o método para que quando
se fizer uma liga, ela ser a melhor possível, mas como falei com
aquela Mary, teríamos uma liga melhor evoluindo um material mais
leve, a algo mais maleável e dinâmico, mas estamos começando
ainda.
Voltei a ajeitar as coisas e a general fica a olhar a bagunça,
começo a por as coisas no lugar, verificar os funcionamentos, vejo
os materiais nos estoques, verifico os dados no sistema, elevo um
dos lados da bancada, começo a por o sistema em cada um dos
equipamentos e vou armando cada um dos medidores.
Coloco os 18 tipos de materiais, e como não poderia ligar to-
dos juntos, eu liguei um, o segundo, o terceiro, e fui até o ultimo
dos 18 elementos ali, e o sistema começa me dar a consistência do
que os equipamentos faziam, a cada bancada, o que era um produ-
to, tinha 30 intervalos, e o do trigésimo ainda não estava bom.
A general viu que eu não fui aos demais, mas ao ultimo.
— Não parece feliz?
— O objetivo é o ultimo ficar estável, ele ainda sobre um
pouco de interferência, mas como disse, estamos ainda afinando os
equipamentos.
A senhora olha o sistema dar uma listagem e pergunta.
— O que esta listagem estabelece?
— Para cada um dos elementos químicos puros colocados no
sistema, ele gera outras 29 subprodutos, usamos isto para fixar a
direção exata pelo tamanho e pelo peso, pois muda, então estamos
afinando a direção, sentido, enquanto mudamos a historia da quí-
mica no Planeta.

203
— Todos falam que vocês fez uma super narração ontem com
dois elementos, que aquilo era uma revolução, e esta dizendo que
mostrou menos quanto ontem?
— Apenas o que estava pronto, o que começamos na base e
confirmamos aqui, mas estamos iniciando 36 elementos, e temos
apenas os resultados de 18 deles ainda.
— E vai fazer rápido assim?
— Eu faço, mudo a amperagem para ver se altera algo, e no
terceiro teste a voltagem, e por fim refaço o primeiro teste, então
quando se pede 4 quantidades de cada elemento, eu vou usar os 4,
e se algo der errado, eu com certeza refaço.
— Você pelo jeito quer provar algo?
— Algo que não quero provar, quero fazer.
Pego os resultados e jogo no sistema e a senhora fala.
— Consegue fazer sem ajudante?
— Eu fiz o Paterson olhar cada milímetro dos equipamentos,
para ele saber reproduzir exatamente a mesma coisa na universida-
de, e mesmo assim tem algo que você não vê.
— Algo?
— Todos os elementos surgem nestas caixas herméticas, com
proteção total de ar, luz e interferência externa, e o sistema os ana-
lisa antes mesmo de nos separar os elementos, então estou melho-
rando o sistema, para conseguir fazer o que não é fácil.
— Certo, ver o fazer não os faz entender.
Sorri e continuei, toda vez que tínhamos um teste tínhamos
muitos dados, e começo a fechar a lista de produtos e algo que pa-
recia quase se repetir, estranho produtos com o mesmo numero
atômico e totalmente diferentes fisicamente.
Estava começando a estudar isto, pois cada um deveria ter
um desenho, a dinâmica disto faria mudar a composição, e isto faria
a grande diferença.
A senhora sai, e anoto todos os dados, se alguém achava fácil
fazer aquilo, não sei se era arrogância minha, mas eu não achava
fácil.
Quando terminei de anotar todos os dados dos elementos,
estava com problemas no Criptônio, pois ele precisava estar a -157
graus célsius, para estar solido, e pior, em -153 se tornava gás, en-
204
tão entre o solido sair do solido e ir ao gasoso era muito rápido, e o
manter da temperatura até o ponto exato da experiência fazia ter
algo especial naquela parte.
O surgir de gases em algo gasoso parecia normal, e o congelar
após fazia parte do sistema, e da analise, mas estranho quando se
soma algo e no meio disto, se tem um solido, no caso, 3 formatos
que ficavam sólidos até 2 graus positivo.
O estabelecer dos dados, me fez por tudo no ponto novamen-
te e refiz o teste próximo as 18 horas, e começo a ver se tinha dife-
rença e vejo que apenas nos íons resultantes.
Era próximo da meia noite quando me recolho.

205
Uma semana se passa
e vou a universidade, admi-
nistrar de longe, por vídeo
conferencia não era a mes-
ma coisa, e sair com os tes-
tes feitos, me fez primeiro ir
falar com Paterson, um
grupo ali e coloco os dados na mesa e ele me olha e sorri.
— Acelerando lá?
— Deixou bem ajeitado, me permite fazer dois testes por dia,
o que me gera a cada dois dias 18 elementos, vocês se enrolam, eu
acelero.
— E não vai reclamar da minha velocidade?
— Lhe deixei o mais difícil, pois a parte dos gazes ficou com
você, sei que é mais difícil.
— Certo, então temos até hoje quantos produtos?
— 72 deles, já temos uma tabela inteira de produtos, e não
temos ainda o todo do prospecto.
Um senhor ao fundo olha os dados e fala.
— Quando me falaram que o prospecto era criar mais ele-
mentos para evolução química, juro que duvidei. – O senhor que eu
ainda não sabia o nome.
— A verdade senhor, é que algo que deveria nos dizer, temos
um ponto a passar, estabelece o inicio de um estudo, queria propor
a Paterson, a desenvolver um grupo para criar os sub produtos,
desenhando o grupo puro, para que isto seja apresentado aos pou-
cos mas que ajude os demais entenderem, pois eu se olhar um Hi-
drogênio 23, ele em nada é semelhante ao Vanádio.
Paterson me olha e fala.
— Entendi, para não confundirem, pois cada elemento tem
uma estrutura, e mesmo com números atômicos iguais, são produ-
tos totalmente diferente.
— Sim, pensa em você gerar com o Criptônio um metal no-
bre.
— Isto é algo a explicar realmente.
206
— Somente pela forma se entende que algo pode solidificar
ou se tornar liquida, a zero graus célsius. – Falei olhando Paterson.
— E o que quer fazer?
— Que elabore uma apresentação, vamos começar a montar
a nossa tabela a parede, se der para por o desenhar do solido, seria
uma forma das pessoas entenderem o quanto é complexo e quero
começar na semana que vem, um segundo grupo de testes aqui.
— Vai terminar o resto lá?
— Sabe que lá tem proteção contra radioatividade, mas a
proposta é somarmos ao prospecto.
— Somar? – Uma moça.
— Sim, nem todos os produtos vão ser passiveis, inicialmente,
mas vamos fazer uma forma de aquecer alguns elementos, introdu-
zindo mais matéria, ampliando a pressão, e fazer o mesmo teste.
— Porque disto senhor Sanches?
— Quero saber o caminho que algo assim tomaria próximo a
um buraco negro, já que estamos falando em parar o tempo e am-
pliar a pressão.
— Quer tentar algo para ver a estrutura da matéria num es-
tado deste?
— Sim, eu estava pensando no como o fazer, vamos fazer
apenas 74 elementos, selecionando os elementos sólidos, não artifi-
ciais, como estamos falando em por mais em menor espaço, a ideia,
é pressionar, e tentar verificar o que acontece, pois vamos tentar
ampliar ao processo a frequência, então quero ver se conseguimos
estabelecer o parar de algo, e manter algo sobre pressão.
— Sabe da impossibilidade? – O senhor.
— Sim, mas quero provar a impossibilidade.
— Entendi, não é apenas um teste, é provar o teste, pois pa-
rece saber o que vai conseguir.
— Não, este talvez seja o ponto, eu não sei, se alguém me fa-
lasse que se eu pegasse o Criptônio e criaria um metal, solido a zero
graus, não acreditaria, mas o desenho dele, proporcionou isto.
— Certo, estamos entrando em um ramo novo, mas acredita
que os números se mantem? – O senhor.
— Pensa em um teste feito com amperagem baixa, 2,5 ampe-
res, com amperagem a 70 amperes, a 12 mil volts, e a 12 volts, e em
207
todos os testes, o mesmo produto, então não fizemos um teste
fácil, não fizemos um prospecto fácil, pior, temos como fazer o
mesmo sobre pressão.
— Então não abriram todos os dados?
— Estamos aqui para discutir eles, e se me perguntar porque
acelero, pois hoje, anunciamos algo, que alguém está tentando re-
produzir fora daqui, e não quero eles errando, por terem pressa.
Começamos a discutir a parte técnica e era perto das 18 ho-
ras quando Paterson chama a mesa eu, o doutor, Mary como finan-
ciadora e começa a apresentar os resultados da semana, agora em
um grande telão ao fundo, se a uma semana estava vazio, agora
estava cheio, e todos os detalhes do experimento passado, e a de-
monstração que tinham todos os novos elementos, e que eles não
eram os mesmos, Paterson tinha o desenho básico do Hidrogênio, e
rabiscou na tela explicando que chegavam ao H com numero atômi-
co 23 e coloca a diferença, do Vanádio, se via as pessoas ao fundo
prestando atenção.
Olho as pessoas, enquanto Paterson dava uma aula do que fi-
zemos, das evoluções confirmadas nesta semana.
Começam as perguntas, e obvio, Paterson sabia os termos
químicos o que facilitava os demais entenderem, saímos da mesa e
o doutor Francis me olha.
— Vai revolucionar mesmo este ramo?
— A manha temos a sua!
— E vamos falar sobre isto?
Fiz sinal e entramos e os rapazes se reúnem e falo.
— Doutor, este é o experimento passado a 200 quadros por
segundo.
Os demais olham o experimento, estranham, pois começam
por colocar a frequência da matéria escura, a energia, e começa a
surgir as coisas, e se vê o movimento de inicio do processo e todos
se olham e falo.
— Repetimos o processo, mais de 288 vezes, e todas elas, se
repetem, deduzimos a partir dai, que a Massa Escura, é o passado,
quando colocamos as coisas na frequência, as coisas surgem antes
do inicio do experimento, então estou dividindo isto, mas para mim,
é uma prova que a Matéria Escura, é o tempo.
208
Um rapaz olha o experimento e fala.
— Está dizendo que não é teórico ser fatias de tempo, se pro-
va a fatia do tempo?
— E que os primeiros 348 milésimos de segundo, toda a ma-
téria se altera, mostrando o risco de parar o tempo, para viajar ao
passado, teríamos de evitar os múltiplos, pois estranho, é como se o
equilíbrio nos 12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96, 108, 120, 132, 144, 156,
168, 180, 192, 204, 216, 228, 240, 252, 264, 276, 288, 300, 312, 324,
336 e 348, após isto, a alteração se consegue controlar, mas esta-
mos falando de até onde fizemos os testes, o estudo que preten-
demos mostrar, é os dados destes testes, com os espaços, com os
tempos, com todas as especificações possíveis.
Coloco o segundo vídeo e falo.
— O segundo ponto, o materializar da imagem revelada do
nosso universo, a rádio frequência mostrando que temos um ponto
ao qual giramos em torno, e pelos cálculos, confirmados, que temos
um objeto, os cálculos dizem que ali tem algo que tem 54,897% da
massa do conjunto.
Todos me ouviam e falo sorrindo.
— Como todos sabem, dividimos as coisas para poder ir a
frente, e o que conseguimos analisando a Matéria Escura, é que
nem sempre este buraco seja ele o que for, esteve ali, mas é o apro-
ximar dele, que nos faz gerar um universo, pois parte da matéria
não se desfez, e isto estabelece uma teoria do porque não nos ex-
tinguimos no inicio do universo.
Mostrei a simulação e o Doutor sorri.
— E temos a simulação?
— Sim, mas o calculo que não chegamos ainda, é o momento
que vamos parar de crescer.
Um rapaz ao fundo olha os dados e pergunta.
— Mas porque, não seria um calculo mais exato agora.
— Seria, se não tivéssemos duas situações a considerar.
Eu pego a imagem e separo em três partes, e falo.
— A idade destes materiais que veem de todos os lados, e a
direção e sentido deles, me induz que o nosso universo, caminha
numa linha de espaço, e conseguimos propor que esta parte, não
fazia parte do universo inicial, ela anda no sentido oposto, e começa
209
a desviar agora o núcleo do que nos gera o giro, e estamos em uma
dança gravitacional com este universo, e se olharmos a ponta ex-
terna oposta, temos algo mais novo, ainda os primeiros registros,
temos onde a matéria escura de lá está avançando, e dando o sen-
tido, me induzindo que é cedo para terminar este calculo.
O doutor olha os estudos e fala.
— Então estamos usando a analise da idade dos compostos
para afirmar que temos material mais velho?
— Sim, se formos formar algo assim, vamos ainda mais o do-
bro da vida do nosso universo para chegar a compostos assim.
O senhor anota e fala.
— Um universo mais animado?
— Sim, com varias idades, mas para mim, isto ainda é teórico,
os cálculos induzem que para ter materiais que nós estamos forçan-
do o criar, precisaríamos de mais 40 bilhões de anos, por isto vamos
na parte química, induzir o que formamos induzindo pressão, mas
isto é a parte que começamos a testar semana que vem.
— E quer provar isto? – Francis.
— Justificar a tese, não temos como provar assim em pouco
tempo. São ideias a testar e levantar ideias.
— Certo, vou ler tudo, pensei que a grande apresentação ti-
nha sido ali atrás?
— É, esqueci, ali fizemos toda a analise de frequência dos ma-
teriais novos, que nos induz que tem um universo inteiro dentro do
nosso que é mais velho, e pensem, estamos falando de algo que
está a 12 bilhões de anos luz, e que é mais velho que o que temos
aqui em 40 bilhões de anos.
Francis me olha e fala.
— Pessoal, se me perguntavam porque eu insistia na presen-
ça de Sanches, é por esta dinâmica, ele consegue gerir 4 grupos de
trabalho, e se não entenderam, vamos fazer uma declaração ama-
nha, como a que fizemos a um ano e pouco atrás.
Sorri por dentro, mantendo-me serio.
— Peço que confirmem os dados, eu vou estudar os vídeos e
saibam, não acabou ainda, nós geralmente filtramos e refinamos os
estudos, não deixamos eles abertos demais, gostamos de fazer a
coisas ficar clara a quem não entende. – Francis.
210
O pessoal sai e Francis me olha.
— Acelerando?
— Tem gente pressionando para nos parar de novo, e se nos
pararem em uma semana, teremos terminado parte do que queria
provar a um ano atrás. – Falei.
— Ainda tentando aquilo, agora entendi o quanto aquele
atentado nos tirou do caminho, tínhamos tudo isto a descobrir e
fomos parados.
— Sim, mas estuda os vídeos, pois amanha é seu dia.
O senhor sorriu.

211
Amanheço no sába-
do, e todo o agito veio a
mim, com a general me
passando uma mensagem
nas primeiras horas, a revis-
ta cientifica falava que as
descobertas do Grupo da
Universidade da Califórnia junto com o Exercito Americano, tinham
provado e desenvolvido toda uma nova linha de evolução química, e
quando me levam para a base em San Diego, eu fico tenso, acho
que estava gostando de estar fora de lá.
Olho os militares e a general me olhar.
— Calma, ainda não entendi.
— Quem vem ai que parece fora do combinado.
Olho o presidente parar a frente em seu carro e não entendi,
mas isto estava além da minha alçada de simples quase economista.
O senhor chega e me cumprimenta e fala.
— Prazer, não é todo dia que comparam um Norte Americano
a gênios mundiais, e queria conhecer o rapaz que deixa cientistas
desconcertados.
Eu não entendi naquela hora, saberia mais a frente que ti-
nham me indicado novamente a dois Nobéis, e estava prestes a ter
uma terceira indicação e não sabia se merecia tudo, os demais que
o faziam, eu apenas estava no lugar certo na hora certa.
— Agradeço, mas isto é um trabalho de muita gente senhor.
— Sei que colocou muitos a trabalhar, soube que era o cami-
nho que teria tomado a um ano, e que muitos pressionaram e atra-
palharam, talvez agora eles entendam que estamos um ano atrasa-
dos, e vim parabenizar, pois merece senhor Sanches.
Sorri sem graça, e vi a condecoração presidencial, isto não
esperava, e vi alguns virem me cumprimentar, juro que não conhe-
ço e não sou tão ligado a politica, mas o governador também estava
ali e estava sem saber o que falar.
Quando sai dali perto do meio dia, no sentido da Universida-
de, sabia que teria muita gente lá hoje.
212
Olho os grupos chegando, vi a presença de políticos, de presi-
dentes, do pessoal ligado ao Nobel, eles iriam anunciar algo e o
presidente e o governador estavam lá para isto.
Sentamos na mesa e começamos a preparar, o doutor me
olhou e falou.
— Meu assessor está chamando toda atenção.
— Vamos manter a calma.
— Como, com gente de toda a ciência presente, e pelo jeito
eles imaginam algo.
— Desconfio que não, eles estão ai para indicar o trabalho de
ontem, ao Nobel doutor.
— Disputar o de Química não sendo químico?
— Nem Físico sou, acho que levei sorte de não terminar a fa-
culdade, talvez fosse alguém triste em um escritório qualquer.
O senhor sorriu e após um tempo os senhores nos comuni-
cam que concorreríamos com o grupo ao Nobel de Química, pela
descoberta de elementos novos, pelo de Física por provar a fre-
quência da Matéria Escura.
O doutor Francis sorria, novamente em destaque e finalmen-
te se formou uma senhora mesa, pois não teríamos como com o
governador, com o reitor da universidade, com o presidente no
local não os colocar a mesa.
Politica, estávamos ali e começamos a apresentação, e o co-
meço vai pela demonstração da frequência dos novos materiais, e o
descobri por este caminho, que tínhamos espalhado pelo nosso
universo, materiais mais antigos, mais novos, e uma dinâmica de
sentido deste material no universo.
Muita gente ouvindo, sendo transmitido pelo canal da univer-
sidade, começamos a falar do experimento na frequência da Maté-
ria Escura, que toda frequência tinha sua anti frequência, que anu-
lava a mesma, e que alcançando isto, naquela frequência, determi-
návamos o isolar dela, ampliando a anti frequência, chegávamos a
frequência usada para o experimento, e que mostrava o efeito no
sistema e as pessoas não entendem a primeira vez, mas ela induzia
que realmente a Matéria Escura era uma marca temporal, e o que
se via, era o resultado do experimento ser alcançado antes de acio-
nar o experimento.
213
Todos se voltam ao vídeo, o presidente olha aquilo, um tu-
multuo se fez, Paterson pedir um momento, e termina de demos-
trar o experimento.
Call toma o lugar e fala sobre o trabalho que retomaram, ba-
seado no anterior, através da radio frequência e começa a mostra a
forma atual do universo e o descobrir de algo, que tinha uma massa
imensa, e que todo aquele universo visível, girava em torno dele, e
que toda a dinâmica de movimento estabelecia através daquilo, a
soma da massa total do nosso universo visível.
Os senhores que vieram para anunciar a indicação se olham,
se eles acharam que eles tinham parado, não tinham, e o doutro foi
a frente e fala sobre o calculo, que explicava que a existência daque-
la força gera a força que explica o inicio, porque tínhamos mais ma-
téria do que antimatéria, mostrando os cálculos, a dinâmica daquilo.
O doutor olha para mim, eu não era de falar nestes momen-
tos, mas era para estabelecer o que estava acontecendo, e começo
a explicar o que surgia a frente, a simulação do universo que está-
vamos e explico que tinham coisas que não entendíamos, e uma era
aquela soma de matéria mais velha do que o universo que estáva-
mos, e que nos induzia, que estávamos sendo atravessados por um
segundo universo, mostro a simulação de nosso movimento e da
parte que era mais antiga.
Eu volto a cadeira e o senhor Francis coloca o valor do que
era a matéria que girava naquele sentido, e que a evolução química
da matéria, estabelecia que aquela parte não combinava com a
idade que tínhamos do universo, pois algo que para chegar aquele
material, naturalmente, 40 bilhões de anos, em um universo de 24
bilhões de anos, não fazia sentido, e que estavam preparando um
estudo para provar a idade que se precisava para chegar aquele
material, e toda a dinâmica daquilo.
Francis olha para mim e fala que aqueles dados sobre a maté-
ria escura, foram confirmados por mais de 280 vezes, que toda
aquela apresentação foi o trabalho de muita gente e citou cada uma
delas, algumas não estavam ali, outras em situação póstuma e que
o trabalho continuava, pois estavam ainda analisando os dados.
Por fim ele coloca a imagem do universo as costas e chega
naquele imenso quadro e faz um circulo e fala.
214
— Neste pontinho, estão o agrupamento das 22 Galáxias pró-
ximas. – Obrigado pela atenção, vamos abrir as perguntas.
As pessoas começam a fazer perguntas, o Doutor a responder
e viu que muitos estavam incrédulos, e no fim, aquilo que parecia
uma reunião para todos se posicionarem a favor ou contra, mas
olho aqueles olhos ao fundo, muita gente, estranho estar ali de Hel-
lier a Carson, de Presidente a Governador, de Curador a General.
Eu saio do tumultuo, as vezes ainda tinha de respirar, e chego
a parte externa e vejo Hellier me olhar.
— Pelo jeito os demais não entenderam onde queriam che-
gar, vocês estão indo a base da ciência, os elementos, a forma do
universo visível, e pelo que entendi, todos comentam, vocês prova-
ram a viajem no tempo, e isto ficou nas entrelinhas hoje, mas ama-
nha, todos vão querer provar o contrario.
Sorri, olhando em volta.
— Ainda está arisco.
— Eu sei que existe pressão para me tirar daqui, mas deixa-
mos claro a pesquisa, pois se alguém errar depois, foi por escolha.
— E descobriu quem colocou aquela proteção, sei que deve
estar querendo saber como a desenvolvi, eu quero saber quem pin-
tou algo ali quando ninguém olhava.
Não falei nada, ele queria me induzir que não fora ele, talvez
acreditasse, mas não sabia exatamente o que o senhor queria.
— Acho que estou na parte previa do estudo, dai vamos ter
de ver a compatibilidade das ligas, para mim este é o começo do
trabalho.
— Me forçaram um estudo para que um dos laboratórios em
Utah tocasse, não entendi.
— Tirar o investimento daqui, eles não entenderam ainda.
— Certo, acha que eles vão conseguir lá?
— Eu não me preocupo com a meta dos demais senhor Helli-
er, e sim com as minhas.
— Certo, foco funciona mais que dispersar ideias, mas sabe
que eles vieram impressionados, e vão sair como se tivessem de
verificar qual estudo seria o mais indicado ao Nobel.
— Esta parte politica em parte deixo com o Doutor Francis.
Hellier entra e vi um senhor parar ao meu lado.
215
— Podemos conversar senhor Sanches.
— Nos conhecemos?
— Ainda não. Mas teria uma proposta para o senhor.
— Uma proposta?
— Amanha apareço para conversar, sei que você pode estar
num caminho, e preciso de ajuda.
— Ajuda?
— Sim, as vezes nos ajudamos e chegamos mais longe.
— E quem vai me procurar amanha? – Perguntei.
— Pierre Martins.
Olhei o rapaz, não sei, parecia conhecido, mas volto ao pros-
pecto e para a parte interna, quando olhei para onde o senhor foi,
estava vazio, devo ter me confundido do lado que ele foi, e volto a
área que todos estavam e o doutor me chama.
— Se escondendo dos holofotes.
— As vezes tenho de respirar.
O senhor foi me apresentando as pessoas, e a noite voou,
quando deu 23 horas, eu me retiro da reunião, e volto para a casa
em San Diego.

216
Acordo e olho os
prospectos, preparo para
mais um dia de testes e
estava em meio aquilo
quando me veio a pergunta
a cabeça, quem era Pierre
Martins, fui a internet e vi
que tinham milhares de pessoas no mundo com aquele nome, sota-
que estranho, tentei francês, e acessei o sistema da universidade e
uma imagem, e surge o senhor, Arqueólogo, estranho, pois o que eu
poderia ajudar um arqueólogo, pouca coisa de caminhos nos últi-
mos 5 anos, parecia alguém que foi famoso e sumiu.
Era próximo das 11 horas quando o segurança anuncia o se-
nhor, estranho alguém que parecia olhar em volta, procurando as
câmeras, lembrei dele me cercar na parte externa, talvez ele não
tenha visto a câmera incutida na divisória, mas eu sou paranoico
com segurança, e nem sempre fui assim, mas lembro de ter pedido
a instalação das câmeras onde não pudessem ser vistas tanto ali
como no laboratório.
O senhor me cumprimenta e olha em volta e fala.
— Podemos conversar onde não tenha uma câmera senhor
Sanches.
— Sabe que estranho isto?
— Soube que alguns lhe tiraram uma missão, e queria tentar
lhe convencer em não desistir.
— Uma missão?
— Bom Menino.
— Sei que não gosto de falar isto, e poucos entenderiam so-
bre isto, mas o que um arqueólogo poderia me ajudar nisto, e não
estranhe, eu sou direto.
— Tinha câmera onde estava?
— Sim.
— E onde não teria uma câmera?
— Sabe que tudo aqui é sigilo da mesma forma.

217
— O problema que o que parece sigilo, tendo câmeras e sis-
temas, deixa de o ser.
Pensei em paranoia e indiquei o sentido da sala, e entramos
nos barracões, o senhor olha a quantidade de experimentos e sentei
olhando ele olhar em volta.
— E aqui não teria?
Não respondi, olhei ele e perguntei.
— Desculpa estar estranhando sua presença.
— Digamos que uma parte de mim, precisa de ajuda, e não
tenho como o ajudar diretamente.
— Uma parte de você?
— Em teoria, estou em uma sala de aula, no Texas dando au-
las de historia para estudantes que não querem saber de historia.
— E como poderia ser real?
— Quando você cria um paradoxo de Bootstrap, e não tem
como o desfazer, você pode apenas gerar um Loop eterno, ou um
complexo de coisas sem controle.
— E como um Arqueólogo cria ou entra em um paradoxo de
Bootstrap que gere um loop.
— Eu estou fora do Loop, mas um dia a 5 anos, na França, sou
francês, descobri um artefato que não poderia se encaixar no estra-
to que estava estudando, pensa em você estar estudando um estra-
to de 16 mil anos e se deparar com um tecido artificial, de resinas
naturais mas elaboradas quimicamente, e que estavam ali, a minha
frente vestindo ossos em um canto, como se alguém se escondeu ali
e morreu ali.
— Sou ouvido.
— Este descobrimento, como cético que era, me levou a ten-
tar descobrir o que estava errado, quem havia colocado ali aquele
material, e me deparo com um estrato de resina de uma planta que
não existe mais, ela evoluiu, e não existe naquela forma na nature-
za, ou era artificial ou a planta que a produz, não produzia daquela
forma, e escavando achamos uma sala, onde tinha um equipamen-
to, mas o mais incrível, é que a sala era tão densa, que dava para
andar no teto.
— Num substrato de 16 mil anos, diria impossível.

218
— Sim, e as paredes dela são compostos de uma liga, mais
pesada de Tenessino, mais denso que o que conhecemos e estável,
mas assim mesmo radioativo.
— Esta falando serio?
— Sim, depois de dois anos desmentindo, resolvi testar e des-
cobri que para pontos específicos, no passado, podemos viajar, e
isto criou um grupo de pessoas que se dedicava a isto, e sei que
confio em poucas pessoas para dividir isto.
— Está dizendo que é um viajante no tempo?
— Alguns me chamavam lá na França de “Senhor Tempo”,
mas no nosso prospecto, estavam varias missões na segunda guer-
ra, e num dia que para você não aconteceu, para mim já e estou
voltando a ele, um grupo forte dentro do que se formou, resolveu
me tirar do caminho, e assaltar o local da descoberta, no dia do
achado inicial, e neste momento, tem um eu, que não descobriu
nada, mas a viajem no tempo, está parada.
— E porque quer me falar isto?
— O pessoal que tirou a tentativa do Bom Menino de você, é
parte do grupo que fazia isto, mas na hora que eles assaltaram as
pessoas, parte delas voltou no tempo, com as memorias, mas sem a
tecnologia, e este grupo quer voltar a interferir e não sabe como.
— E onde posso ajudar, parece uma historia muito estranha.
— Ajudando a transformar isto que sei funcionar em tecnolo-
gia e assim ajudar a mim mesmo, a me ajudar no futuro próximo.
Cocei a cabeça, não sei o que pensar disto, parecia algo im-
possível e falei.
— E como começo isto?
O rapaz tirou um prospecto e falou, me alcançando.
— Na França, eles desenvolveram os prospectos de movimen-
to interno ao planeta, e com 8 salas que digamos, eu na minha pa-
ranoia nunca abri a existência aos demais, consigo lançar as pessoas
no passado em 8 direções de tempo. – Ele me passa um prospecto,
me ajuda e lhe ajudo, mas saiba, eu não posso vir todo dia, pois não
posso passar de 12 minutos por tempo, estou acompanhando uma
realidade que sabia existir, mas que eles não se prenderam a olhar,
a consequência das interferências.
Peguei o papel e olhei para ele.
219
— Esta quantidade de Tenessino, terei de ganhar 100 vezes o
Nobel.
— Então descubra como eles fizeram, pois alguém a 16 mil
anos começou isto, a frequência de energia sempre vai do passado
ao futuro, eu vindo do passado, consigo ficar até 24 horas sem in-
terferir no andamento das coisas, imagine que tem gente presa do
passado e do futuro nesta sua realidade, a mais de 5 anos.
— Certo, mas como entramos em contato?
— Vou tentar passar uma vez por semana.
— Mas isto vai sair caro.
Ele me passa uma lista de empresas, e fala.
— Investe parte do que ganhou nelas, a partir de amanha, e
saca em uma semana.
Eu olhei o nome, eram ações, eu nunca investi em ações, e
olho sem entender, era quase um teste de confiança.
Olho ele sair pela porta e sumir na calçada, como se algo mais
brilhoso que o sol me forçasse a desviar a vista.
Eu paro naquele prospecto e olho para o valor do Ferro em
natura, e olho os detalhes do prospecto, e penso no que deveria
fazer, e começo a pensar no como produzir em quantidade algo,
sem chamar a atenção, e obvio, passei o olho no prospecto, eu de-
veria ser maluco de acreditar em uma historia daquelas.
Eu entro em contato com um conhecido da faculdade, per-
gunto sobre investimentos e pergunto se ele poderia me indicar
alguém para o fazer, ele me explica que isto era um mercado para
quem tinha calma, e explico o que queria, ele estranha e me fala.
— Vai perder dinheiro assim.
— Imagino, por isto queria alguém que soubesse como fazer,
é um teste e gostaria de saber se é possível.
— Verifico, quando quer fazer e por quanto tempo?
— Comprar amanha e vender em 8 dias, valor, 30 mil dólares.
— Verifico para você.
Eu olho um terreno que chamavam de instável e compro ele,
ali ao lado, ligo para uma empreiteira e peço para abrir um buraco e
fazer uma estrutura para ser preenchida, eu pensei em algo maluco,
mas tentaria.

220
Era fim da tarde quando inicio os testes e acelero naquela ta-
bela e olho para a composição do equipamento, ligas estranhas,
mas que conseguiria, metais pesado, penso no prospecto e na ideia,
estranho como o meu sistema funcionava muito semelhante, e me
deparo com a tradução dos escritos a parede e ali estava uma liga
de chumbo oxido, pensei no composto que foi isolado, as peças
eram feitas, por dentro dela, pintadas com esta liga, e depois se
colocava os demais produtos, e ali tinha o sistema de giro, de ener-
gia e de programação, estranho pois alguém chegou a mim e me
apresenta uma ideia, e estranho por ver o meu prospecto naquilo.
Eu teria de me dedicar 7 dias no prospecto anterior e as vezes
não poderia perder em um prospecto, mas no fim da tarde Homer,
me passa onde deveria depositar o dinheiro e que ele cobraria uma
pequena taxa para administrar isto por 7 dias.
As vezes achamos que estamos caindo na provocação, mas
não teria como jogar tudo, e para mim, aquilo não iria valorizar tan-
to assim, mas termino o prospecto da linha dos Lantanídios, começo
a marcar os produtos e os resultados, a cabeça estava distante.
Sim, eu trabalhei o domingo inteiro, e quando caio na cama
aqueles cálculos ainda estava em minha cabeça, teria de pedir os
cálculos para saber qual era a composição daquilo.

221
A semana foi corrida
e o anuncio da sexta estava
a frente, e olho e reviso ele
com Paterson, peço ao pes-
soal da programação algo
nos parâmetros que preci-
sava, e que calculassem
pontos específicos, de acordo com uma formula que me foi passa-
da, peço para o satélite medir produtos em uma região da França,
lembro de ter olhado aquela região, mas agora sabia o que era aqui-
lo.
Apresentamos os novos elementos, a nova forma de o apre-
sentar e agora tinha muita gente ali.
Eu estava tentando não falar do prospecto do Bom Menino,
mas quando volto a casa a General me olha.
— Problemas senhora?
— Dizem que comprou um terreno ao lado e esta fazendo um
buraco.
— É um pequeno experimento, dois buracos, estarei com-
prando ferro e o alterando fisicamente, para ficar mais denso e vou
montar um local de teste para o que recebi para fazer.
— Dizem que recebeu um dia um rapaz estranho.
— As vezes preciso de assessoria de investimento, mas acho
que não era alguém serio, tudo que o rapaz falou, todos os demais
que me cercam afirmassem ser impossível e não recomendável que
perderia dinheiro.
— E que prospecto é este?
— Um prédio de 8 andares para baixo.
— E chama de pequeno prospecto?
— O que cabe no meus prospecto.
— Certo, vim verificar, as vezes tem muito fofoqueiro.
— As vezes eles deveriam trabalhar senhora, eu em 3 sema-
nas refiz toda a tabela periódica e tem gente ainda apenas fofocan-
do.
— Dizem que semana que vem tem uma grande descoberta.
222
— Na verdade uma tentativa, pois ainda estou refinando o
processo, como sempre digo, as pessoas demoram 3 anos para fazer
algo, as vezes tem de ter calma para algumas coisas.
— E vai por o nome deste rapaz no papel para verificar?
— Acho que não tem problema, professor de Arqueologia,
mas que se olhar os prospecto de investimentos em bolsa dele,
alguém que parece entender um pouco, e as vezes é bom falar de
algo que não seja física senhora.
— Certo, alguém da faculdade?
— Não, um professor francês que leciona historia no Texas.
A senhora pareceu relaxar, não saberia o que ela queria sa-
ber, mas era obvio, devem ter varrido a historia do senhor.

223
Segunda feira acordo
com o telefone, era Homer
querendo a confirmação se
queria vender, estranhei
pois ele falou que estava
valorizando a uma semana
acelerado, e confirmo a
venda, estranho quando ele deposita o valor as 10 da manha, quan-
do abriu o pregão, e os 30 mil dólares tinham virado 475 mil dóla-
res, olho o prospecto dos materiais e passo o pedido das formas,
nas formas que queria, e peço o material para fazer uma grande
conversora de material, e nela iria depositar ferro, que entraria nos
moldes liquido e mudaríamos a forma, e novamente entraríamos
com mais produto, estava pedindo o material, ainda não tinha cer-
teza, mas agora tinha recursos para erguer aquilo, e não sei se foi
algo que o rapaz sabia, mas ficou obvio que tinha possibilidade da
historia ser real.
Junto com isto, somei recursos no prospecto dos novos ele-
mentos, e vou a universidade, teria de verificar alguns dados, e em
meio a isto, entender a complexidade das coisas.
Paterson me olha e fala.
— Veio, esta meio afastado.
— Tentando recursos para não parar, mas agora o equipa-
mento esta pago e vamos o terminar de montar.
— Certo.
Começamos a por os sistemas de compressão, de incidência
do material e de giro, e começamos a testar lento, sem frequência,
sem a energia interna.
Novamente vamos ao Chumbo, e quando um quilo de chum-
bo a 12 milissegundos, vira algo que não entendia, hora de pensar e
não repetir rapidamente.
Paterson viu que não gostei do resultado, eu sento e começo
a pensar, e por os dados e lá estava, algo que diziam que eu teria de
ter um acelerador de partículas para fazer o tinha a minha frente.
Paterson não entendeu o que aconteceu.
224
— Porque mandou não mexer.
— O índice de radiação é alto, e desprendemos muitos ios de-
le, quero ver a reação.
— Porque?
— O químico aqui é você, mas temos de pensar no que seria a
estrutura dentro de um buraco negro, mas a matéria se altera muito
mais fácil quando o tempo não está em movimento, os elétrons
sobre pressão, no lugar de se fundirem, escaparam todos, o núcleo,
pareceu se dissolver, e o que era um quilo de Chumbo, é um quilo
de um produto que não sei designar, pois um quilo de algo que não
tem elétrons, radioativo e – sorri – altamente explosivo se exposto
ao oxigênio, e que é composto de apenas núcleo.
— Certo, um produto para se tomar cuidado.
— Temos de isolar a área, para mexer, pois é um elemento
radioativo, altamente instável, e que está ali, inerte até tentarmos
mexer nele.
— E vamos fazer o que?
Pensei, levantei e chego ao experimento, faço sinal para to-
dos saírem, e peço para o segurança controlar a entrada, vi o Dou-
tor Francis chegar perto.
— Problemas? – Ele olhando as pessoas saindo.
— O teste de hoje fez algo muito reativo e radioativo, e não
queremos arriscar, vamos tirar uma pequena quantidade, e testar
as propriedades, mas as vezes algumas coisas me assustam.
— E o que usou?
— Chumbo.
— E no que ele se tornou?
— Um objeto maleável, que está dentro de um recipiente ao
fundo, mas que é altamente corrosivo, então está comendo o mate-
rial a volta, e aquela tinta baseada em diamante, é bem estável se-
nhor.
— Certo, mas não tem propriedade.
— O experimento tirou todos os elétrons do experimento,
eles estão isolados, e o núcleo se tornou solido e visguento, mas
procurando elétrons para iniciar uma reação.
— Certo, e vai testar onde?
— Na sala que não testamos ainda, a do fundo.
225
Com a minha calma característica, com o lugar sem ninguém,
eu e Paterson colocamos as roupas contra radioatividade, e tiramos
o recipiente ainda no vácuo e colocamos em um carrinho e com
calma vamos ao fundo, onde tinham paredes de chumbo, e coloca-
mos o recipiente em uma mesa, e tiramos o ar da mesma, e por
uma mão mecânica abrimos o involucro e tiramos 1 grama do mate-
rial, visguento e difícil de afastar, e colocamos em um recipiente e o
mesmo mediu a composição, as propriedades e quando expomos o
pequeno pedaço a oxigênio, soube que se ouviu no prédio ao lado a
explosão, as paredes se mantiveram e medimos a radioatividade de
algo como aquilo, e olho para os resultados e olho Paterson.
— Pode não saber, mas foi isto que explodiu no céu de Hiros-
hima.
Peguei uma caixa mais isolada, e com todo cuidado, coloca-
mos em um recipiente bem mais seguro e isolado, e começamos a
terminar o teste.
Paterson me olha e fala.
— E como tem certeza?
— Não tenho ainda, mas sinal que posso fazer com chumbo,
não com algo reativo.
— Certo, e pelo jeito os demais acham que você desistiu.
Pego o telefone e disco para a General Berger e falo.
— Boa noite General.
— Problemas?
— Não tenho como testar este material próximo de uma ci-
dade, e não sei onde poderíamos testar.
— Este material?
— 5 gramas de algo que é mais forte em explosão do que o
Bom Menino.
— Vou falar com alguns, imaginei que me ligaria.
— Vai dizer que a fofoca se prova mais rápida que a velocida-
de da luz General.
— Mais rápida não, mas pelo jeito o resultado apareceu onde
não deveria.
— As vezes acontece, sabe disto, quase morri por algo assim.
— Sim, mas dizem que um som ensurdecedor veio de um la-
boratório da universidade, todos se perguntando o que foi.
226
— Não tenho uma respostas para isto General.
— Certo, isola o problema que transferimos depois.
— Já está isolado.
— Sinal que tinha pensado em acontecer algo.
— Sim.
Eu desliguei e os dois saem e o reitor olha para mim, ele já
não gostava de mim, ele queria se livrar de mim e nem sabia se
poderia e pergunta.
— O que aconteceu?
Terminei de tirar a roupa e falo.
— Não sei ainda senhor reitor, o Exercito pediu para que tes-
tássemos um material, 1 grama dele, e estamos estudando os estra-
gos deste material, mas eles poderiam me avisado da reatividade de
algo assim.
Eu passo por ele e chego ao maquinário que usamos e fecho a
sala, e liguei no sistema de espuma, que ajudava a tirar a radioativi-
dade do local, somando a espuma o íon radioativo o transformando
em estável.
Depois faço o mesmo na sala de teste, e com a saída do pes-
soal Francis me olha e fala.
— O pessoal ficou preocupado.
— Eu fiquei senhor, mas vamos terminar de lavar e limpar pa-
ra amanha eles poderem usar.
Quando a General Berger chega com os rapazes, eu indico
qual o recipiente, e eles tiram dali de helicóptero, termino de lim-
par, meço o nível de radioatividade, normal, e vou descansar.

227
Eu olho a terça, co-
meço a fazer as duas ligas
que eu precisava, mas está-
veis e coloco nas formas ao
fundo, e olho as peças, para
cada produto, uma serie de
10 itens de cada.
Na parte de fora, os caminhões de minério de ferro chegavam
e soltavam um pouco acima e termino de montar o sistema para
usar aquele material, instalo um gerador, coloco gasolina e começo
a por com uma pá, minério impuro de ferro numa esteira, e quando
marcou a quantidade tinha em um lado o que escorria ao buraco e
as impurezas do outro, o que tínhamos ali era um Ferro com nume-
ro atômico de 120, com densidade de 29 g/cm, e teria de esperar a
primeira a densidade ir ao solido para colocar a nova forma para
voltar a encher.
Estava a fazer a parte de trabalho quando vi os militares para-
rem ao fundo e vi um general sair e me olhar.
— Senhor Sanches?
— Sim.
— A general pediu que o conduzisse a base.
— Sem problemas, apenas vou desligar a maquina.
O senhor pareceu desgostoso, mas peguei a carteira e sai no
sentido do carro e fomos a base.
A general olha para os senhores a mesa e ela me olha.
— Bom dia, não atende o telefone?
— Estava tentando forçar os músculos para pensar nos erros
de ontem, e nos acertos.
A senhora olha um senhor que fala.
— Boa tarde, sou General Dallan, e me foi fornecido um ma-
terial ontem, que preciso saber a procedência, pois aquilo estão
tentando entender.
— Não sei até onde posso abrir sobre o que fazíamos. – Falei.
— Ele faz parte do grupo de pessoas que estão no mundo pa-
ra nos dar cobertura senhor Sanches.
228
— Certo, ele sabe do projeto Bom Menino?
— Sim.
— Então a explicação é, cuida com aquilo, precisamos de 5
gramas daquilo para cumprir a missão.
— Acha possível?
— Sim, mas estava estudando os limites de uma tecnologia, e
me deparo com algo que não deveria acontecer, mas o produto esta
em pressão para manter ele estável, e não indico ele ficar exposto a
nada que ele possa roubar elétrons.
— Não entendi.
— Senhor, quando você funde um prospecto de dois hidrogê-
nios, você ganha a energia da diferença de massa, nos por um expe-
rimento, criamos um material que tem o oposto da capacidade, ele
esta querendo roubar energia dos seres a volta, simulando o dobro
da massa em mesma área sem os elétrons, então é instável, volátil,
altamente corrosivo e como algo que perdeu elétrons, radioativo.
— Mas para que serve isto?
— Uma arma, uma fonte de estudo, talvez uma fonte de anti
energia.
— Anti Energia?
— Se eu soltar isto, ele vai puxar para ele elétrons e gerar de-
sequilíbrio a toda volta até ele conquistar o equilíbrio. – Falei.
— Dizem que fez um som aterrador?
— Foi apenas movimento de ar senhora, pensa em uma sala
isolada puxar para ela todo ar que tinha numa distancia de 20 me-
tros, isto gera ruído, e este ruído foi ouvido.
— E para que desenvolveu isto?
— A ideia é densidade, é um teste, fizemos com algo pesado
para tentar regular a maquina, mas não deu certo, a ideia, de algu-
ma forma, juntar dois deutérios, em uma caixa de 7 centímetros
cúbicos.
Dallan sorriu e olhou a general.
— Entendi, mas então qual foi a energia dispendida para esta
operação, pois precisaria de muita coisa?
— Isto que estamos estudando, alguns olham para nossa ex-
periência pensando em viajem no tempo, nós estamos pensando no
segundo do processo, no parar do tempo, pois neste momento,
229
elétrons estáticos, força forte estática, eu consigo unir dois átomos
de deutério, e se conseguirmos, teremos fusão nuclear em caixas
pequenas, talvez pela primeira vez, sejamos realmente um povo
destinado ao universo.
Dallan olha para mim, ele se interessou.
— Precisa de financiamento, pois isto é algo que todos cor-
rem atrás.
— Eu preciso ainda entender todo o processo, estamos em
uma curva da ciência, mas ainda não está faltando recurso, não
adianta querer dinheiro agora, não sendo a hora de por dinheiro.
— Alguém comedido nos recursos, mas vou manter contato
com a General Berger, pensei que era mais problema, não digo que
não é problema, mas se a tentativa é fusão nuclear, sim, todo o
planeta espera isto.
O senhor olha a general e fala.
— Imaginei que tivesse algo maior, para o senhor Hellier co-
locar dinheiro, mas vamos dar cobertura, as vezes temos de arriscar
menos, mas soube que o lugar era seguro, apenas faltou uma pro-
teção acústica.
Tentei não sorrir, mas pelo menos não era uma bronca e sim
um alerta, e depois de meia hora estava novamente em casa, olho
para a pilha ao fundo, olho as peças, olho as formas para as peças,
eu penso no que queria, e primeiro faço a liga, depois com energia
elétrica, transformo a liga em liquida e coloco nas formas, nas exa-
tas 76 partes metálicas daquela peça, como ainda faltava um pouco
para o fim do dia, coloquei outra forma no buraco e preenchi a for-
ma.
Como o material a volta teria de ser preenchido, e a segunda
parte da forma, que era apenas preencher, deixo no automático e
entro, começando a montar o que pretendia.
Foi mais um dia cansativo, estava pensando sobre o evento, e
era hora de pensar, não de bater em alguém, mas as ideias fervilha-
vam a mente.

230
Acordo 4 dias após,
olho em volta e olho para
fora, o terreno ao fundo
estava agora coberto com
uma camada de metal, a
entrada era por uma casa
simples ao lado, pego mais
uma das peças e entrou na oitava sala, estava tentando algo mais
simples, mas depois de muito trabalho, tinha luz, tinha energia,
tinha rotação, tinha os sistemas que deixavam os dois metais em
estado liquido, tinha um sistema que controlava o girar, e coloco o
sistema e a energia, eu queria ver funcionar, eu saio da sala e ligo,
queria ver se o caminho me dava alguma informação, e sinto aquela
energia, a medir, a registrar, a tentar entender, o girar fazia o anular
das partículas, a tinta que criamos, gerava o isolar do metal liquido
e do estrutural da maquina, estava a olhar aquilo, precisava pensar
e subo para a casa, estava chegando quando ouço alguém as costas.
— Levanta as mãos.
Me virei calmamente virando para quem entrava e vi a Gene-
ral e alguns militares entrarem e não falei nada.
— Revirem a casa.
— Problemas General? – A olhando aos olhos.
— Viemos verificar, pois você ficou 10 dias sem dar noticias,
reviramos a casa e você não estava nela a 5 dias, onde se escondeu.
Minha cabeça estava na pergunta e tento computar as coisas.
— 10 dias?
— Sim.
— Não sei exatamente o que aconteceu senhora, estava em
um experimento, mas fiquei apenas 12 horas nele.
— Não estamos brincando senhor Sanches.
Eu sorri, não sei o que pensaram, mas eu estava tentando
computar o fato, eu avancei no tempo 10 dias em questão de 12
horas esterno ao aparelho, teria de estudar isto.
— Não é algo engraçado senhor Sanches. – Um general as
costas.
231
— Não o conheço senhor, mas se passei 10 dias fora e só sen-
ti 12 horas, eu tenho um acerto em algum lugar, mas não pretendia
os deixar preocupados.
A general me olha, parece entender e fala.
— Podem se retirar, pelo jeito algo aconteceu que não pode
ser narrado rapazes.
Os rapazes saíram e a general me olha.
— Temos de conversar.
— Sim, não imaginava que estava gerando problema, mas pa-
rece que gerei, e talvez precise novamente de um auxiliar, nem que
seja para me alertar que o dia está acabando.
— Por que?
— Se você cria um local que o tempo quase não passa, eu
trabalhei um dia normal de 12 horas, mas não tinha noção de que
na parte externa da experiência o tempo estava na passagem nor-
mal, eu não senti passar 10 dias senhora.
— Certo, você tem alguns eventos que não compareceu.
— Vou me desculpar com eles, mas vou pensar em algo para
servir de controle.
— Certo, mas qual o progresso.
— Preciso pensar nisto, estava pensando em comer algo e
pensar um pouco, as vezes esqueço do corpo.
— Certo, se cuida, pois sabemos que seu pulmão não é tão
bom e tem emagrecido.
Olhei a senhora e a vi sair e ligo para o Dr. Francis e para Pa-
terson, me desculpei, me informei como estavam os dados e como
as coisas estavam, as vezes achava que eles relaxavam quando eu
estava longe, mas sentei a sala e fiz os cálculos, e soube que teria de
cuidar, estava a olhar o prospecto e o segurança me confirma se
receberia um rapaz que estivera ali nos últimos 3 dias.
Olhei para Pierre Martins entrar pela porta e me olhar, o
cumprimentei e ouvi.
— Soube que andou sumido, tem gente falando que tinham
lhe colocado em outro lugar, um secreto.
— As vezes me assusto, mas qual a diferença de tempo entre
fora de dentro do prospecto de tempo em Vichy?
— Pensando que seria um dos detalhes a controlar?
232
— Apenas curiosidade, mas o que precisava falar?
— Vim conversar, as vezes parece que falo e tenho de me re-
petir para alguém acreditar.
— Eu sou de fazer senhor Pierre, mas a pergunta, como pode-
ria ajudar você nisto?
— Deixar claro que não sei quem fez isto, entra naquilo de
usar algo que encontrei e não ter achado alguém que o fez, e em
meio a isto, mas como eu corro na sua realidade sem memoria, não
queria que se perdesse isto.
— E como faria isto?
— Me alertando de que iria acontecer.
— E lhe alertei?
— Sim.
— Lembra de ter me ajudado?
— Não.
— Então vamos fazer o seguinte, apenas me diz quando eu
vou lhe alertar, e deixa comigo.
— Mas...
— Tem uma coisa que eu sei senhor Pierre.
— O que?
— Este protótipo que você me mostrou, é o que eu uso para
fazer meus experimentos, vi que você nunca teve acesso ao que diz
saber como fazer nas demais peças, pois seu projeto não tem por-
tas.
— Pensei não ser necessário.
— Primeiro teria de por lá, segundo, fornecer energia e ma-
nutenção para isto, mas um protótipo pintado com uma tinta anti-
corrosiva e antioxidante, sistemas em cabos, não fiação, para não
deteriorar pelo tempo, e os elementos químicos que vocês afirmam
estar no protótipo não são os corretos.
— Pelo jeito enquanto os demais lhe procuravam, trabalhava.
— Tem de ver que algo assim, precisa de um calculo, e talvez,
os pontos de ligação não sejam apenas os de lá.
— Porque?
— Os cálculos não deixariam sair do tempo próximo, mas por
satélite sei os 18 pontos no planeta que preciso ter isto instalado.
— E como vai o fazer, estranho você me falar isto.
233
— Pierre, eu estou ainda estudando, mas preciso saber, teria
como saber a idade exata que foi colocado no local que está?
— Quando voltei ao local, os moradores diziam já estar lá, um
local de adoração pois a parada temporal no templo, dava a sensa-
ção de que a pessoa passava dias sem comer, sentei muito neste
lugar pensando e não sei, sempre perdia a noção das coisas, do
tempo, mas isto me ajudava a pensar.
— Certo, pelo que entendi da sua pouca historia que consegui
investigar, você foi assaltado em uma escavação em Vichy a 5 anos,
seria isto, o aviso teria de ser antes disto.
— A logica diz isto, mas eu sou alguém que tem pulado de lo-
cal a local em casa a 5 anos, esperando não ter de fazer isto o resto
da vida.
— Você estava em transito quando fizeram o assalto?
— Sim, eu não estava na existência, mas as coisas em si desa-
pareceram nas instalação, e demorei 3 anos para conseguir sair da
idade media para cá.
— Certo, e está conseguindo se virar?
— Tenho de ficar longe de identificadores, e não tenho como
provar ser eu mesmo.
— Certo, vou verificar se posso ter um auxiliar aqui, embora
tenho a sensação que não precisa.
— Verdade, eu tenho um local de passagem no futuro.
— Então se cuida, vou pensar no que fazer, e ver se consigo
ajudar você.
— Mas é serio que este prospecto é seu?
— Sim, é serio.
— E porque parece pensar muito.
— Sou por não dividir com muitos, o que pretendo, mas sei
que as vezes, as coisas podem ser recuadas no tempo.
— Certo, você deu um caminho de recuar no tempo, mas pa-
rece que quando eles desfizeram algo, eles recuaram parte do tem-
po, no todo.
— Não acredito nisto, mas ainda estou estudando o proble-
ma.
— Pensei que teria de lhe convencer.

234
— Se tiver uma nova dica para investimentos, agradeço. - Fa-
lei sorrindo.
— Tem de ver que as ações valorizam geralmente em picos,
estabilizam, mas os momentos exatos para ganhos, estes estão ai.
Sorri, ele usou apenas para me motivar.
Depois de um tempo ele sai e olho Paterson chegando e o
cumprimentei.
— Voltou.
— O Doutor se preocupou com seu sumiço, tivemos de nos
conter em apresentar o que você parece saber o que é, e não nos
fala antes.
— Eu analiso dados, mas não os olhei ainda, e vou precisar de
um prospecto de gastos, e de investimentos, pois parece que só me
meto em problemas insolúveis.
— Insolúveis?
— Ajudar os aliados a ganhar a segunda guerra.
— Certo, tem gente que acha que é fácil fazer algo.
— Tenho de ajudar alguém e com o tempo, me ajudar.
— Certo, mas está bem.
— Quer ver algo estranho?
— Estranho?
— Sim.
— Estava fazendo um teste?
— Sim.
Saímos para a parte dos fundos, passamos para o endereço
ao lado e falei.
— O desafio inicial, cronometra o seu relógio com o que está
aqui em cima, e desce e sobe a escada o mais rápido possível.
Paterson não entendeu, mas acertou o relógio, e desceu, e
subiu, ele demorou um minuto descendo, um subindo e seu relógio
dizia que ele perdera 20 minutos para fazer o teste, ele me olha e
fala.
— Mas como?
— Agora algo mais complexo, você vai descer, abrir a porta,
dar uma volta a volta da sala que tem ao lado e subir novamente.
Queria que tentasse na parte da escada tentar manter a velocidade
anterior, para saber qual a diferença que gastaria na parte baixa.
235
Paterson acertou o relógio e desceu, eu sentei e esperei, o re-
lógio de Paterson falava que ele demorou 3 minutos e 15 segundos.
Paterson olha o relógio e o para novamente e me olha.
— Que maluquice criou ali em baixo?
— Algo que é nosso segredo ainda Paterson.
— Mas não entendi.
— Eu passei 12 horas ali e vocês deram falta de mim por 10
dias, eu não sabia o que havia criado, mas isto que criamos ali, um
local de densidade tão grande que se eu parar o tempo, eu o avanço
ou recuo.
— Mas não vai falar disto?
— Não, vamos pedir para fazer uma viajem de 10 dias, ama-
nha cedo, para entender isto.
— Não quer deixar os demais preocupados?
— Eles não veriam isto, mas quero testar algumas coisas, e
para isto preciso de você ali, e temos de ter um sistema que funcio-
ne com perda de bits e ache normal.
— Vai tentar algo.
— Precisamos de roupa para radioatividade.
— Vamos fazer loucuras de novo?
— Sim, eu olho o prospecto e quero testar com calma.
Eu fui olhar o prospecto e a programação, olho os escritos do
rapaz e sorri, olho as anotações e olho as anotações do rapaz, que
ele escreveu, achamos na parede num estrato de 16 mil anos.
Paterson foi se ajeitar ao quarto novamente e fui olhar os de-
talhes, o rapaz não entendera o que estava escrito, e não iria tradu-
zir, talvez eles estivessem procurando uma linguagem primitiva, não
uma como a deles.
Eu olho os prospectos meus, e não a tradução dele e começo
a pensar no que eles imaginaram, não poderia ser um sistema, pois
um sistema se parasse, todos paravam, tinha de ser dentro de re-
gras físicas e matemáticas, não programas.
Eu penso no que queria e começo a anotar, quando penso no
quanto por um lado o loop nos tirava o pé de algo que não se podia
mudar, mas por outro, o que se prestava mais atenção e aprendia,
trazíamos com nós, talvez antes não soubesse para que usaria aque-
les cálculos, agora sabia.
236
Eu penso na estrutura e no que ela poderia influenciar o pla-
neta inteiro, eram apenas 8 pontos e poderia quase dizer o que
faria, mas precisaria ter certeza de que aquilo estivesse isolado, e
com muito trabalho, chego ao que queria fazer, e não tinha recursos
para isto.
Dormir agitado, e com os cálculos a toda.

237
Amanhece e após avi-
sar que ficaríamos 10 dias
afastados, descemos ao
local e vi que o equilíbrio de
tempo poderia ser conse-
guido, pois tínhamos como
deixar o sistema girando, eu
faço a analise do prospecto e vou a parte alta e pego as vestes, olho
a casa, a segurança a frente parecia agitada, olho em volta, fecho a
entrada e olho aquele general chegando a casa.
Eu saio a entrada e vi a surpresa do senhor.
— Problemas senhor Carter?
O general irmão do desaparecido Carter me olha e fala.
— Acha que alguém da minha família vai esquecer de você?
— Não entendi ainda para quem sua familia trabalha, mas
eles não sabem conversar senhor general?
— Estes rapazes não sabem mesmo me informar, me afirma-
ram que estava distante por 10 dias.
— O que precisa general, isto que preciso saber.
— Dizem que você tem um experimento aqui que vale muito.
— Transferiram para a Universidade, eles não confiam em
mim. – Pior que tinham transferido por medo, quando eu sumi.
— Acha que acredito?
Abri a porta e olhei para o barracão ao fundo, o senhor en-
trou com dois rapazes que me apontavam a arma e o senhor viu
que estava tudo vazio.
— Mas não tem nada. – O general.
— Já respondi isto.
Vi mais gente chegando e vi a General entrar e olhar o gene-
ral e me olhar.
— Pelo jeito percebeu algo.
— Não entendi, ele está procurando algo que alguém afirmou
estar aqui, um dos seus rapazes deve ter passado a historia a frente,
e quando se disse, não estaria aqui, eles surgem.
— Mas o que ele quer?
238
— O irmão deste conseguiu inimizade com o Zelador, acho
que ele quer paz.
O general viu que estavam cercados e vem para a sala, e me
olha.
— Pelo jeito era para ver quem lhe vigiava este papo de sair
da cidade por 10 dias.
— Eu não falei que sairia da cidade por 10 dias, eu falei que
me afastaria por 10 dias, é diferente.
— E pelo jeito estava apenas descansando, pois não tem nada
na casa. – O general.
— Senhor, eu, um quase economista, que nem tem formação
completa, as vezes me canso, dizem por ai que sou um burro de
carga, mas mesmo os burros cansam e tem de pastar as vezes para
se alimentar.
O senhor faz sinal para os demais e sai, e olho a general.
— Pelo jeito esperava isto.
— Não, esta casa tem coisa estranhas, sai de minha casamata
para apenas pegar duas roupas e me deparo com a confusão.
— Casamata? – A general.
— Sabe mais que os demais General, o que tinha ao fundo
deste terreno a duas semanas?
A senhora olha para fora, o buraco, ela olha o terreno aplai-
nado, liso, uma grama sobre ele, e apenas uma casa que parecia de
serviço.
— E ninguém nem olharia?
— Eles não querem ver, eles querem grátis, eu estou pensan-
do e começando a fazer as coisas.
— E não teria como ver isto?
— General, tem muita gente ouvindo.
Ela olha em volta e fala.
— Poderiam esperar lá fora.
Os rapazes saem e ela pergunta.
— E o que tem ali?
— Um equipamento que altera toda a dinâmica de tempo, es-
tar ali é se preparar para perder tempo, pois uma hora lá, é 20 horas
aqui fora senhora.
— Algo em experimento e que não tem como mostrar ainda.
239
— Testar sim, não entendi ainda o funcionamento.
Ela sai e subo, pego duas vestes de radiação e vi que a segu-
rança foi reforçada, pego o equipamento de respiração e desço, vi a
cara de Paterson como se não tivesse entendendo minha rapidez.
— Releva, toda vez que subimos, as coisas se aceleram, lá o
tempo está normal, aqui que ele demora.
Colocamos as vestes e acertei o calculo, nos vestimos, colo-
camos os cilindros de ar, pegando duas lanternas e saltamos para
um endereço, vimos o sistema parar, olhei a radioatividade, olha-
mos em volta, e vi que era um pouco mais desgastado, mas o mes-
mo material, pego a amostra da parede, e fico pensando em quanto
tempo diria que tinha aquela parede.
Vinte vezes menos tempo do que a verdade, caminhamos por
3 salas, uma delas estava toda tomada por formigas, a escuridão e a
claustrofobia era perigosa, e estávamos com oxigênio, o teste de ar
determinava radioativo e venenoso, verificamos os dados, o estado
das três estruturas que estavam funcionais, voltamos a sala, e reati-
vamos a maquina e vi surgir a base, saímos dela e tiramos as roupas
caminhando fomos a desinfecção, e por si, olhei em volta e falei.
— Vamos ver se os dados nos dizem para onde fomos exata-
mente e como podemos usar isto.
— Não entendi o que fizemos e onde fomos?
— Uma estrutura que colocaremos para funcionar, mas que
ficou por algum motivo radioativa.
— Como assim colocamos para funcionar.
— Pode não saber, mas nós a colocamos, a frente da data de
hoje na curva de tempo ao passado da França.
— E porque tem certeza de que você o fez?
— Porque eu nunca tinha ido lá, mas sei exatamente como é.
— Mas porque disto?
— A pergunta, ir a França em uma passagem destas, por si já
deveria valer o esforço.
— Fomos a França?
— Sim, e ainda não temos como usar as passagens como um
horizonte de evento, criar portas especificas que lhe deixam lá e lhe
trariam de volta, mas estou pensando em lhe mandar para a França
e você entregar um recado para alguém.
240
— Tem um plano?
— Alguém me soprou que parte das vitorias na segunda
grande guerra, não foram exatamente como planejamos.
— E este alguém saberia disto como?
— Digamos que esta parte não posso contar ainda.
— Porque não?
— Porque você tem sigilo de informação com o exercito, não
comigo, e tem coisas, que não se divide com tantas pessoas assim.
— Certo, estamos em um projeto seu, e pelo jeito, ninguém
sabe.
— Se olhou, eu fiz o protótipo de uma maquina do tempo, e
ninguém viu eu a fazer.
— Verdade, em um buraco que todos falavam que você esta-
va enchendo de cascalho de ferro.
— Está vendo cascalho em algum lugar?
— Não, mas então você quer conseguir mesmo o feito do
Bom Menino?
— Sim, acho que entendi parte do problema, e agora temos o
primeiro protótipo, e o que isto me revela ainda tenho de aprender.
Comecei a sair e Paterson veio atrás, e ele viu que era noite,
passamos 4 horas dentro do espaço, mas não sabia quanto tempo
tínhamos usado dentro da maquina, estranhamente, olho para fora
e vi que a General estava saindo ainda e falei.
— E podemos usar a maquina para nos devolver em parte a
hora correta que deveríamos estar.
— Certo, mas o que faremos?
— Vamos a universidade, preciso verificar os dados.
— Dados?
— Se não me engano, o funcionamento permite eu por áto-
mos em sincronia, e isto que induz o processo, usar a sincrônica
quântica para criar 8 pontos, que quando um ligar, todos se ligam.
— Mas como teremos energia?
— Com a fusão de um pósitron eu mantenho o sistema funci-
onando por mais de 50 mil anos.
— Está falando em fusão nuclear?

241
— Estou falando em encostar dois pósitron, e gerar energia
para nosso sistema que pode nos permitir jogar ao passado ou ao
futuro alguém.
— Mas como conseguiríamos ir ao futuro?
— A viagem inicial, para nos não vai aparentar, mas vai de-
morar, pois estaremos como aqui, quase parados diante de um
tempo que avança rápido, uma vez chego lá, todas as demais cama-
das de realidade já terão se formado, não vivemos o presente ainda,
mas ele já terá acontecido.
— Porque acha que é isto?
— A logica, que a viajem sempre vai do passado ao futuro,
mas uma vez ela deixando registrado o caminho, ele vai se desenro-
lar.
Pegamos os documentos, a chave do carro e fomos a univer-
sidade, eu não passava lá a algum tempo.
Entramos no laboratório e fui olhar os dados, o universo cada
vez mais definido, os dados cada vez mais reais, estávamos ainda
analisando os dados, mas as descobertas estavam gerando muitos
outros estudos, sabia que eu estava um pouco ausente, e chego ao
sistema de radio e aciono ele, estava com satélites monitorando 8
pontos no planeta, e isto me fazia olhar os dados atentos.
— O que olhamos?
— Acionamos o aparelho aqui – Aponto no mapa onde estava
a casa, e se viu o surgir da energia ali, e olho os oito pontos no
mesmo segundo, brilhar.
— Então é serio, tem algo nestes pontos?
— Sim, mas isto ainda é nosso segredo.
— Certo, tem mais alguém neste esquema?
— Sim, alguém que chamaremos apenas de “Senhor do Tem-
po”, para ninguém perguntar mais nada.
— Vai começar a despistar então?
Não falei, coloquei os dados, as coordenadas e as dimensões
de frequência, para saber o que estava acontecendo.
Tinha medo de mexer nisto, e se a verdade deixasse de exis-
tir, se tudo que sei, não importasse mais, pois mudou-se tudo no
passado.
Pego os dados e salvo em meu comunicador.
242
Olho para uma empresa e lembro do que parecia uma dica e
ligo para Homer e peço para ele comprar 30 mil em uma ação e 5
mil e outra. Eu não sabia se minha pequena logica de economista
estava certa, mas joguei o chamariz e desviei o mesmo.
Voltamos para a casa, ligo o computador e começo a olhar os
esquemas de funcionamento, Paterson subiu e eu verifico os dados,
e faço o prospecto de gastos para a semana.
Subo para dormir cansado.

243
Acordo e olho em vol-
ta, sento e olho pela janela
e sinto como se os eventos
começassem a fazer senti-
do.
Ligo para a general e
pergunto se teriam como
conseguir em um local afastado, um local para construir algo longe
dos olhos. Ela estranha, mas disse que iria fazer umas ligações, eu
estranho que logo em seguida eu recebo primeiro a ligação de Hel-
lier me perguntando onde queria o local e se precisava, logo em
seguida, Dallan me liga e pergunta o mesmo, obvio, eu queria os
dois espaços, e talvez, isto fosse algo que muitos não entendessem.
Então eu acabara de pedir recursos, espaço e algo a mais.
Eu peço a empresa que fez os protótipos iniciais as peças para
um novo experimento, peça a peça, aparelho de solda, e algumas
coisas, sabia que eles tinham uma maquina de corte a plasma, o que
agilizava os cortes e me fazia poder pensar em começar a montar
aquilo a tarde.
No meu prospecto, inicial, começo a verificar o sistema de gi-
ro do plasma aquecido, depois do transformar em plasma, algo que
poderia passar desapercebido, um sistema para manter o plasma
ionizado centralizado sem tocar em nada, as camadas de proteção e
os prospectos disto.
Eu desenhei o prospecto que me passou a cabeça e os 8
prospectos que pretendia fazer aos poucos e mudar de lugar, estra-
nho pensar em por algo longe de um local através de uma tecnolo-
gia que nem sabia se existia.
No meu papel eu já estava trabalhando com todos os pros-
pectos com materiais que já haviam passado do limite da transfor-
mação, então eles não deveriam se modificar muito.
Então quando a tarde chega as peças cortadas de acordo com
o que pedi, eu começo a montar aquele prospecto, dois projetos a
parte, um de tempo e um de fusão, Paterson me olha e pergunta.
— Vai começar tudo de novo?
244
— Não, separa o barracão em apenas duas divisões, e na pri-
meira vamos montar um protótipo e na segunda um conjunto de
ideias que podem ou não dar certo.
Paterson pegou o prospecto e foi ao barracão, o que ele pen-
sou eu não sei, mas eu estava tentando pensar no que queria quan-
do termino de montar aquele protótipo, não tinha um metro de
raio, e começo a por os sistemas de imãs, e na entrada um prospec-
to de velocidade, penso no funcionamento, estejam certos que es-
tava pensando em algo que funcionasse sem sistema, pois não exis-
tia motivo para por sistemas em coisas que queria que funcionas-
sem eternamente sem manutenção ou vírus.
Eu termino de montar e vejo chegar mais material, e coloco o
gerador ao fundo e começo a testar o giro, ainda não tinha um áto-
mo de Hidrogênio Pósitron para iniciar a escalada.
Eu no começo do prospecto, não coloquei nada para gerar
pressão, mas sim para gerar a quebra temporal e aproximar os áto-
mos dispersando os elétrons, eu faço a experiência e o vejo a tem-
peratura do elemento subir e a carga dele mudar e correr para o
corredor, e na sequencia, não mais de um quilo de pósitrons trans-
formados começam a girar, a energia começa a ficar incrível e Pa-
terson olha para o que estava fazendo e pergunta.
— O que está fazendo?
Olhei em volta e falei baixo.
— O primeiro reator de fusão nuclear já experimentado.
Paterson olha serio e viu que agora o pequeno equipamento
estava gerando energia, muita energia.
Ele sorri e fala.
— Estava falando serio em fazer fusão nuclear?
— Sim.
Olhei a sala ao lado e perguntei.
— Terminou de montar?
— Não entendi o que pretende?
— Temos dois modelos reduzidos de projeto, mas este que
estou montando, vai estar diante do que pretendo fazer.
Começo a testar as energias do segundo prospecto, mas dei-
xando o primeiro ativo.

245
— Não tem perigo de algo ao lado dar errado e morrermos
todos? – Paterson.
— A verdade ali, se o hidrogênio perder velocidade, ele perde
energia, e com isto, deixa de se fundir e para a energia.
— Quer dizer um sistema que os riscos são pequenos?
— Sim, mas não entendi ainda de onde veio a radioatividade
deste sistema, não era para acontecer.
— Não seria o desgaste gerado por este campo de parada
temporal?
Tive de pensar, poderia ser algo assim, mas não aparentava
estar acontecendo algo assim.
Por isto começo a fazer os testes e o telefone toca.
Atendo e marco com Dallan, ele mandaria um helicóptero nos
pegar ali, ligo para a General e peço segurança na casa que tinha um
experimento caro sendo executado ali.
A general chega na casa meia hora antes do helicóptero e viu
aquilo girando a sala, me olha e pergunta.
— Mais uma engenhoca?
— Sim, uma super engenhoca.
— Vai onde?
— Pedi se não conseguiriam um local para realizar uma expe-
riência num deserto longe dos olhos.
— Certo, algo em local seguro, mas isso ai, tem risco?
— Sim, risco de ser roubada e perdermos anos de pesquisa.
— Algo pelo jeito importante?
— Sim General, apenas explico na volta.
Saímos dali e o helicóptero nos deixou no Lago Seco, e vimos
o general Dallan e alguns assistentes.
— Não sei se é suficientemente isolado? – O general.
— Parece, mas não ficamos muito visíveis?
— Toda a volta é controlado por nós, e ninguém precisa, nem
você saber onde fica nossa base neste lago.
Olhei em volta e fiquei pensando e perguntei.
— E se fizer um buraco aqui, tem algum problema?
Dallan olha para mim estranhando e pergunta.
— Buraco?
— A soma de 8 buracos, que depois talvez cubra de sal.
246
— E como seriam estes buracos?
— Coisa simples. – Falei e peguei um rabisco no bolso alcan-
çando para o senhor.

Dallan olha estranhando e pergunta.


— E o que pretende com isto?
— Desenvolver algo longe dos olhos, pois estamos prestes a
ser roubados e não tenho como parar alguns generais do exercito,
que parecem já ter se vendido.
— E isto daria retorno?
— Se desse para fazer em lugar com gente em volta faria se-
nhor Dallan, mas não quero arriscar.
— Certo, vamos delimitar uma área, quer pelo jeito cavar no
sal, vou providenciar 8 locais que você não teria problemas aqui, e
se quiser começar, você que sabe quando.
— Problemas com empreiteiras particulares neste lugar?
— Não, pelo jeito mais algumas teorias de conspiração vão
surgir neste deserto. – Dallan sorrindo.
Quando começamos a delimitar o local e liguei para a empre-
sa que fez o buraco para mim, eles estranharam onde iria fazer mais
buracos, quando liguei para a empresa que me fez os moldes e pedi
mais 8 conjuntos completos, eles pareceram felizes, mas era fim da
tarde e estávamos voando para San Diego de novo.
Paterson nitidamente não estava entendendo.
— Não parece fazer sentido.
Sorri e falei.

247
— Sei que não parece fazer sentido, mas na minha cabeça, faz
sentido, e quando der errado, somente eu saberei onde deu errado.
Estávamos chegando quando Homer me ligou e perguntou se
tinha certeza dos investimentos, pois tinham caído 3% naquele dia.
Olhei para fora e falei.
— Sei que posso estar errado, mas compra mais cinco de on-
de tinha comprado 5 e mais 30 de onde tinha comprado 30.
— Parece saber o que está fazendo.
— Desta vez é algo diferente.
O rapaz armou as compras por sistema para a manha seguin-
te, e me passou os comprovantes.
Eu ligo o computador e olho as câmeras e vejo que alguém
estava ainda me vigiando, e olho em volta.
Entramos na casa e o protótipo havia sumido e não tinha nin-
guém guardando o local.
Liguei para a General que falou que não sabia de nada, mas
tinha a imagem do pessoal assim que sai tirando as coisas, vi que
eles foram ao fundo e desceram as escadas, mas acharam apenas a
sala vazia e não sei o que pensaram.
No fundo estava o protótipo que tinha um muito parecido na
universidade, então eles nem mexeram.
Estava pensando no que faria quando olho a TV ao fundo dar
a noticia de um grande acidente na Virginia, não era o meu protóti-
po, olho Paterson que fala.
— Acha que eles conseguem?
— Juro que as vezes me canso de fazer, deixar testando e um
merdinha me roubar de novo, mas o problema é que as pessoas
querem as coisas de graça, e assim não vai funcionar.
— E estas compras em ações.
— Amanha vai ser um dia agitado em alguns ramos de nego-
cio, e não sei como vai ser o fim do dia.
Refiz o protótipo e pedi novamente as peças para o dia se-
guinte, as vezes as pessoas precisam respeitar algo, mas estava dis-
posto a ficar 5 dias no deserto.

248
Estou a 5 dias olhan-
do a cada dia um buraco se
encher e um material que
somente meu sistema pro-
dutivo consegue fazer ain-
da, os protótipos das peças,
estão no pequeno laborató-
rio que tenho a frente em uma super tenda profissional, eu, Pater-
son e mais 12 rapazes estamos instalados neste local.
Eu preparei cada sistema e montei em cada fundo daquelas
estruturas um objeto experimental de fusão, eu os coloquei em
sincronia quântica, e naquele dia, estava a fim de deixar todos con-
fusos.
Eu aciono o primeiro, e nos relógios de regressão, eu o situo a
mais de 22 mil anos, passado, e começa pelo abaixo de Hiroshima,
segundo ponto, abaixo das montanhas Sandy eu Utah, terceiro,
Vichy na França, fui colocando os aparelhos em sincronia e progra-
mando o energizar de todos os 8 aparelhos internos, em cada um
dos conjunto.
Paterson não entendia o que pedi, mas dou o comando para
todos saírem, todos saem, alguns demoravam mais para isto, mas
contamos todas as pessoas, pois estava carregando tudo, e uma luz
avermelhada toma todos os 8 conjuntos, e eles somem da minha
frente, as pessoas não entenderam, mas novamente estavam insta-
lados, agora ativos, a partir de pontos específicos.
Quando o esforço de 5 dias sumiu da nossa frente, muitos me
olhavam estranho, pois o que era uma liga metálica em 8 locais do
chão, virou 8 pontos de terra vindas no sentido oposto, preenchen-
do os espaços com isto.
Eu no fim daquele dia, ligo para Romer e peço para vender as
ações na tarde do dia seguinte.
Cansado cai na cama em San Diego e apaguei.

249
Amanheço com o te-
lefone tocando e o general
Dallan me perguntando.
— Podemos falar ra-
paz?
— Sim, no que posso
ajudar?
— Dizem que você fez um agito por 5 dias, e agora tirou tudo
do deserto, uma pergunta, é serio isto?
— Sei que parece estranho senhor, mas agradeço a coopera-
ção, é que minha forma de me sentir vigiado e sobre teste o tempo
inteiro as vezes me faz esconder do meu braço esquerdo o que o
direito está fazendo.
— Acredita que consegue o intuito?
— Acredito que sim, mas mantem isolado, é que tem coisa
que as pessoas só acreditam vendo.
— Então ainda pretende usar o deserto?
— Sim, mas preciso verificar algumas coisas longe do deserto,
fiquei parado lá 5 dias, os testes foram favoráveis, mas estas coisas
não se fazem do dia para a noite.
— Certo, esqueci que era um teste, não entendi o que foi o
teste?
— Teste de sincronia Quântica, agora vou testar se a sincronia
realmente funciona.
Desliguei e vi o protótipo desmontado novo chegar ali e co-
meço a montar novamente ele.
Paterson me olha e fala que o Doutor estava precisando e
ajuda na universidade, perguntando se poderia ir.
— Sim, mas não esquece, hoje a noite tens uma missão.
— Uma missão?
— Sim.
Eu montei o protótipo novamente e o fiz funcionar, tiro a par-
te que forneceu o quase um quilo de Hidrogênio para o sistema, e
vejo o funcionamento dele, era noite e desligo a luz da rua e coloco
nos cabos na fiação e ligo toda a casa.
250
Estava olhando de fora a casa quando vi Pierre chegando e
pedir para falar comigo.
Fiz sinal para ele entrar e fui entrando junto, chego ao mapa a
parede e falo.
— Sabe porque da escolha de Hiroshima para a bomba?
— Não? – Ele falou.
— Eles desconfiavam de que eles estavam fazendo algo im-
portante lá, mas o que vamos falar fica entre nós.
— Problemas?
— O prospecto na França, parece que está radioativo, é o
único que está radioativo, estranho pois não existe nada radioativo
no sistema.
— Tem certeza disto?
— Sim, e é só lembrar que no passado, você não precisava
usar as roupas de passagem para estar na residência.
— Verdade.
— No futuro também não, apenas para usar a maquina, pois
a passagem estava sendo feita pela França.
— Desconfia de algo? – Pierre perguntou.
— Sim, que os alemães tentaram descobrir para que funcio-
nava aquilo na segunda guerra.
— Mas acha que não vamos conseguir usar?
— Precisamos testar a partir de amanha, e queria saber se es-
tará no grupo que o fará.
— Descobriu como funciona?
— Eu usei a ultima semana, para fazer e mandar ao passado
as 8 unidades de tempo, mas eu preciso ir ao futuro e voltar, e não
sei como serei recebido.
— Porque precisa disto?
— Pois na minha realidade, ainda o tempo não se dilatou ao
futuro, futuro ainda não aconteceu aqui.
— Certo, e acha que consegue algo assim?
— Não sei, como você se virava no futuro?
O rapaz me mostra umas moedas e fala.
— Eu trocava estas moedas por dinheiro no futuro e fazia al-
gumas coisas assim.
— E conseguiríamos algo de valor no futuro?
251
— Geralmente quando se fala em Futuro, se fala em autôma-
tos, e suas utilidades, sistemas de fusão e suas utilidades.
Fiz sinal para ele entrar e descemos a região que construí e
ele sorri.
— Você realmente recriou algo aqui.
— Sim, mas em que ano teríamos como trocar moedas por
algo importante.
— Quer conhecer lhe apresento.
Entro e pergunto.
— Posso usar estas moedas como modelo?
— Sim, pode.
O rapaz sorriu e me viu fazer a analise, sim, não era o metal
que se pensava, e sim algo que eu sabia fazer, uso a base ao fundo
para fazer os moldes e derramo umas apenas vinte unidades, coloco
o lado do fundo e aperto, espero uns minutos, faço o acabamento e
olho o rapaz pegar uma moeda e falar.
— Sabe até a composição.
Não respondi, mas descemos, indiquei o local para por as
roupas, ele a coloca e fala pelo comunicador, já estava na minha
veste.
— Sei fazer do andar baixo de Paris, não por aqui.
Eu não sabia para onde ele queria ir, mas então apenas sor-
rio, coloco as duas voltas e o símbolo que indicava Paris e vejo os
sistemas girando a volta.
Vi o rapaz sair e dar uma volta, se via tudo ativo e ele me
olha.
— Sabe que estranho sua posição?
— Sou sempre o assistente, não o homem a frente das câme-
ras, sei que muitos não entendem.
Ele me olha e pergunta.
— O que está ativo?
— 7 de oito conjuntos, não sei o que aconteceu, mas tenho
um prospecto de funcionamento, mas como o que foi criado em
sincronia quântica, sei que um dos aparelhos não está funcionando.
— Fez algo em sincronia quântica, sabe que terei de acredi-
tar, pois de física não entendo muito.
— Duvido, mas o que faríamos aqui?
252
O rapaz põem a luz a parede e vi a porta, ele abre e saímos
com calma e fomos a que ficava acima daquela e vi uma anotação
do rapaz a parede.
— Parti daqui a ultima vez, eu estava em uma missão quando
eles resolveram fazer a operação que basicamente cancelou tudo
isto.
— Talvez a ordem das coisas não sejam por nós entendidas,
pois eu a 5 anos, estava um ponto atrás, e tive um problema com o
tempo e voltei a 2020.
— Viveu um Loop?
— Sim, e soube que quando é nossa vida, não conseguimos
mudar, os demais tem de mudar por nós.
— Certo.
Vi o rapaz ligar o prospecto e fomos ao aparelho, ele ligou e vi
que mudamos para um local escuro, saímos por uma porta, olhando
acima uma igreja, a frente a cidade e ele fala.
— Estamos em uma cidade de nome Vic, o francês que falam
lá fora é uma mistura, que tem de ter calma para os entender, eles
entendem inglês, mas tem de falar lentamente.
— Certo, e vamos onde?
— Vamos dar uma volta, a cidade é pequena, temos uma re-
de local de comida, os sistemas de transporte, o sistema religioso, e
as empresas de serviço.
— E vamos onde?
— Na de comida, que lá compramos um pouco de todo resto.
Aqueles carros que pareciam leves a rua, a arborização, as
coisas estranhas aos olhos, como a cor dos cabelos, aqueles rostos
harmonizados, parecia muito estranho aos olhos.
Entramos em uma mercado imenso, mas fomos a um local de
antiguidades ao fundo, e o rapaz sorriu ao ver Pierre.
— Alguém que me traz coisas de valor, bons fluidos! – o rapaz
que olha para Pierre sorrindo e me olha.
— Alguém novo na cidade se cuida Pierre.
Não entendi, mas sabia que estava fora do meu mundinho, e
estar em um local bem no futuro e não ver tudo destruído e sim
caminhando em uma estrutura boa e confortável, reciclável, me fez
sonhar com bons projetos.
253
Pierre limpa uma moeda e pergunta.
— Vamos ver se estamos mesmo gerando bons fluidos.
O rapaz olha a única moeda e fala.
— Cada vez pior a quantidade.
— Temos duas, não é muito, mas tem de considerar que es-
tamos tentando não ficar muito tempo, então depende de você se
vai ficar com elas.
— Sabe que tenho de ter minha margem.
— Quanto pagaria?
— 15 mil créditos por moeda.
Como eu não sabia os preços de nada ali, não me meti na
conversa, estava pensando em tentar algo, mas ainda olhava em
volta, admirado, teria de segurar o sorriso.
O senhor olha para longe e vi um grupo de policiais vindo e
Pierre fala olhando o senhor.
— Pelo jeito não vamos fazer negocio hoje.
— Certo, pago 30.
Pierre estica um aparelho, eu não sabia o que era, mas passa
os créditos, ele me olha e fala.
— Mantem a calma e tira o sorriso do rosto.
Um policial chega a nós e aponta uma espécie de caneta pe-
quena, não sabia o que era, mas fiquei serio e Pierre olha o senhor.
— Estava indo a delegacia.
O senhor olha para Pierre e fala.
— E não foram ainda lá avisar que estavam aqui por quê?
— Apenas tinha de comer algo e passamos aqui para comprar
algo antes, mas bom ver que está calmo, pois me cercou em menos
de 15 minutos.
— Sabe que não gosto de você.
Pierre sorri e fala.
— Passamos lá depois.
— E quem é o amigo?
— Apenas um amigo.
— E vão ficar muito tempo?
— Depende, da ultima vez me deu minutos para sair da sua
cidade.
— E saiu sem saber por onde.
254
— Se falasse estaria lá para me deter.
Eles saem e olho para Pierre e pergunto.
— Qual o problema deste senhor?
— Talvez agora entenda o existir de uma estatua de plástico
reciclado na praça central, com a nossa cara.
O senhor ao fundo olha para mim, não conhecia o local ainda,
mas fomos a parte interna daquilo que parecia um Wall Mart, mas
era maior, e chegamos a parte de autômatos de serviço, tinham
vários modelos e o rapaz me indica alguns, para fazer parte do gru-
po de auxilio, eu vi que ele comprou 40 deles, e começamos a vol-
tar, estávamos entrando na peça, e fomos passando os autômatos,
não entendia muito disto, mas não fomos a delegacia, apenas su-
mimos de lá antes de qualquer coisa.
Paramos na peça e começamos a passar para a sede em San
Diego e olho para o espaço de tempo, e sorrio, voltei dois minutos
após ter saído.
Sentamos ao fundo e Pierre fala.
— Eu estava precisando algo para recomeçar, deixei lá 20 de-
les, vejo que sem falar nada, fez, estranho gente de ação, principal-
mente quando são mais eficientes que eu.
— As vezes a ideia parece estupida, até se ver o seu projeto
em algo que todos indicam que funciona.
— E acelerou?
— Sei que parece fácil fazer Pierre, mas temos 8 pontos insta-
lados no planeta, distancia máxima para passado, 22 mil anos, por-
que? Foi a data que colocamos as estruturas lá.
— Certo, antes disto nem vai rolar?
— Sim, pois estaria antes da base inicial, estranho pois os
pontos de 22 mil anos, todos eles, eram com a parte alta acima do
solo, apenas ela, sinal que houve um desmoronamento na região de
Vichy ali por 19 mil anos atrás, sei que ainda estudo este surgir fora,
e o deixar da estrutura visível em locais específicos, vou ter de com-
prar áreas e ainda não tenho dinheiro.
— Uma dica, investe 5 mil dólares em 12 empresas, que vou
lhe passar e terá recursos dentro de 12 meses.
Sorri e peguei a lista.
— Como funcionam estes autômatos?
255
— Prospectos de comercio das Industrias Hellier, eles a partir
do ano 3 mil e pouco viram os donos mundiais deste mercado, ain-
da mais com as colônias fora do planeta.
— Certo, mas estava falando da programação?
— Tem uma central de comando, aceita programações bási-
cas, e atendem a comandos de voz, entendem 78 línguas natural-
mente, e não interagem, apenas cumprem ordens.
— Vai fazer o que agora?
— Voltar a Vic, falar com o Capitão San, e acertar as coisas,
começar a fazer uma linha de ação, se não pode ser no passado que
seja a frente do tempo.
O rapaz volta para dentro e eu olho os autômatos, olho a pos-
tura, teria de ter roupas e equipamento de segurança, estranho ter
20 pares de mãos a mais, dou a ordem e todos se postam no andar
superior em um dos quartos que não usava.
Desço e fico a pensar no que faria, passo as ações que Homer
deveria comprar e soube que ele queria saber quando venderia as
ações que comprara, pois estava uma correria por elas.
Eu olho os prospectos e falo que poderia vender elas no dia
de amanha, estaria colocando outra soma de dinheiro na conta e
investiria perto de 60 mil dólares em outras empresas, sorrio das
palavras para Homer, eu falando que agora eram 12 ações para
rentabilidade em 12 meses.
Homer sorriu, estanho como as coisas estavam acontecendo
e tento comprar 8 imóveis, 7 deles eu consegui, o em Vichy ainda
não seria agora.
Paro e penso no que estava fazendo, não sabia, mas ligo para
Hellier e pergunto se poderíamos falar sobre investimentos.
O senhor estranhou eu ligando, mas era algo que queria, e
precisava instalar outras 8 bases para ter minha forma de locomo-
ção, e sabia que a fibra de carbono com uma haste interna maleável
e resistente, parecia a forma mais fácil de obter sucesso no colocar
do primeiro elevador espacial.
Estava agitado e não consegui dormir, estava pregado quando
vou ao banho pela manha.

256
Saio do banho, tomo
um remédio para a cabeça,
um café forte e volto a pen-
sar no prospecto que girava
a sala, olho o agito a entra-
da e vi aquele senhor, um
menino de 14 anos e Mary.
Olho para eles entrarem e os olhos de Hellier ir ao protótipo e
sorrir.
— Me disseram que estava em outro projeto.
— Eu ainda não sei o que vou fazer Hellier, mas sei que a so-
ma de tecnologia, pode me fazer ir a frente, mas eu sou o pobre,
que tenho de pedir favor para fazer as coisas.
— E se incomoda com isto.
— Não existe segredo em coisas que tenho de pedir permis-
são para fazer.
— E quer fazer algo, pelo jeito.
— Algumas, mas queria trocar uma ideia.
— E o local é seguro?
— Acho que eles não vão entender, mas a pergunta, já ouviu
falar de um grupo francês de nome “Senhores do Tempo”.
— Falavam bastante disto, agora apenas pessoas deslocadas
e em aparênte loucura.
— Quero ajudar o “Senhor Tempo” voltar a ativa, pois ele que
nos ajudou a ganhar a segunda guerra.
— Certo, algo assim tem de se apoiar, mas sabe que alguns
dizem que o “Senhor Tempo” sumiu.
— Sei que não posso forçar a realidade atual, dizem que ain-
da vão mais quase 5 anos para os organizadores reais daquilo acha-
rem onde o “Senhor Tempo” está.
— E não quer antecipar?
— Pensa na merda que fizeram, eles por interferência religio-
sa, de um dos membros, voltam ao passado, e alteram o mesmo no
ponto que descobririam algo que já existia, e que já era controlado,

257
e eles voltam ao nada, pois quem o achou não o fez e tudo desan-
dou, o “Senhor Tempo” nem sabe quem é nesta realidade.
— Nesta realidade? – Mary.
— Sim, pois ele estava em missão quando o fizeram, então
tem um perdido no tempo, e um vivendo como professor no Texas.
— E não quer interferir.
— Ele fora Hellier, nos permite agir.
— Agir.
Olhei para o corredor e falei baixo.
— S36 desça.
Hellier estranhou, pois ele achou que a casa estava vazia e viu
um rapaz descer a escada.
— O que vamos falar agora Helier, é como podemos ajustar
metas para estarmos sempre a frente.
— Quem é o rapaz. – Mary.
— Queria saber se na parceria que pretendo ter com o senhor
Hellier, poderia me ceder autômatos de trabalho, este é o S36, se
considerar que o primeiro modelo você deu o nome de A1, e desen-
volveu 100 protótipos por letra, e no ano 8675 as empresas Hellier
já terão criado, 1835 modelos evolutivos de Autômatos, este é o
S36, existem mais modernos.
Hellier levanta-se, estava no desenvolver disto ainda, estrutu-
ra de fibra de carbono alimentada por luz, olha a evolução e sorri.
— E quer entrar nisto.
— Eles se forem por este caminho, teremos cidades limpas,
evoluídas, recicladas, mesmo que tenha dificuldade de reconhecer
as pessoas a rua, mas entendo a logica que seguiram.
— Logica?
— Harmonização facial, ela chega a um ponto no futuro, que
você não diria pela aparência se é Fanes ou Humano.
Hellier me olha e pergunta.
— Acha que eles vão por este caminho?
— Sim, e a sua frente está um protótipo que não temos ainda
como o produzir, e tudo, passa pelo evoluir do que gira ao fundo.
Hellier olha para o protótipo e fala.
— Funcionam a fusão?
— Sim, funcionam a fusão.
258
— E obedecem a funções ou sistemas?
— Ordens faladas, ainda tentando entender o funcionamen-
to.
— E quer parceria nisto.
— Quero, a frente tem um sistema de fusão que funciona se-
nhor Hellier, uma revolução.
— Certo, acha seguro este sistema?
— Como eu não preciso de mais do que dois quilos de Hidro-
gênio para gerar um ano de funcionamento de um reator deste, e
hidrogênio não é algo que se parar, gere problemas a volta, estou
estudando os sistemas de prospectos.
— Sabe que muitos lhe olham desconfiado.
— Senhor, estranho eu mesmo, mas não dá para parar no
meio, e logico, preciso que deixe os rapazes forçados do exercito
continuarem a tentar fazer por aquele sino a tentativa, não preci-
samos que eles saibam ainda que o estamos fazendo.
— Quer dizer que sabia que eles levariam o projeto para lá.
— Eu tinha uma ideia, mas não tinha acabado de fazer os
produtos deste prospecto, hoje terminei o prospecto, e não tenho
como deixar isto aberto, este é um segundo segredo.
— E vai atrair quem a este projeto.
— Se tenho uma versão Humanoide que posso usar antes de
8000, e obedecem ordens, vou começar com eles e tentar resgatar
o “Senhor Tempo”, do passado.
— Um prospecto com autômatos e duas pessoas?
— Quatro, uma Mary, eu, Paterson e Pierre, mas para isto
preciso de recursos e de estrutura, onde não se veja.
— Certo, vamos firmar isto, quer servir de rumo!
— Senhor, os 5 dias no deserto, serviram para fixarmos o
ponto de evolução no passado, então quando se fala em 8 mil anos
no passado, é que lá está fixado o nosso ponto inicial no passado,
quando fui ao futuro, oito mil e poucos anos, foi por regra, se o
tempo não tivesse passado para mim, e para o equipamento, eu
não conseguira agir, pois sempre a linha é para frente, mas a volta é
através da frequência da matéria escura, e se ela não tivesse se
formado, não teria como o fazer.
— Estava dedicando a isto.
259
— Enquanto testava os protótipos, alguém levou um daqui, a
general fala que não viu, você diz que não viu, mas tenho certeza
que os dois viram.
O senhor me encara e fala.
— Todos pensando que você estava apenas querendo a parte
de levantamento espacial.
— O problema, é que o equipamento que me permite fazer
isto, veio da pesquisa que nos confirmou o que era a matéria escu-
ra, e diante dela, novos materiais, diante dela, aproximar dois hi-
drogênio lentamente e ver a consequência.
O senhor sorriu e olha para Paterson chegar e olho ele e falo.
— Verifica para nós o prospecto no barracão, quero fazer um
teste a tarde.
O rapaz foi ao trabalho, mas fica a olhar aquele rapaz de pé a
sala, parecia um soldado e não teria ainda como saber que não era,
eu só tinha uma roupa de segurança, então era o único que mostra-
ria, Paterson se perdeu no tempo, pois ele não voltou na noite.
Hellier faz algumas ligações e fechamos um acordo de coope-
ração e recursos, e um espaço em Sandy em Utah, e saberia se é
serio após isto, pois teria de ir lá verificar.
Hellier apresenta o menino que me olha.
— Não entendi porque dividir com você parte dos recursos e
dos segredos, mas se o vô acha que é lucrativo, sinal que terei de
falar com ele.
Olhei Hellier que não o corrige, isto me coloca uma pulga na
orelha e olho para o senhor sair, teria dois dias para a entrada de
capital, a frase do menino, me fez pensar no que faria.
Homer me confirma a venda e olho o saldo, estava capitaliza-
do naquele momento e peço 20 roupas de segurança, compro um
terreno na região de Santa Ana, uma casa grande, uma grande re-
serva.
O encomendar de uma obra lá, e o chamar um carro de
transporte para os rapazes, fez Paterson vir de dentro assim que
eles saíram.
— Problemas Paterson?
— Pensei que estava pondo mais gente para dentro.

260
— Tenho que sumir um pouco mesmo, e não sei se vai ficar
na universidade ou aqui.
— E o projeto ali fora?
— Eles querem tirar de nós. – Menti.
— E não sabe o que fazer?
— Não.
— E não vai me por pelo jeito no plano.
— Ninguém quer ficar nos planos, não entendi, mas ninguém
me quer nele.
— Acha que o senhor Hellier não quer?
— Fala uma coisa e faz outra, dai não funciona lá e ele fica
pensando em como pode tomar aqui, pressiona a General, que com
certeza vai dar este protótipo para ele como sinal de negocio feito.
Paterson olha para mim serio.
— Eles acham que você é apenas o quase economista, sabe
disto, sei que tem ideias que você colocando no papel, parece que
são suas, mas já ouvi o Doutor, ele nos dá liberdade para falar e nos
incrementa em conteúdo.
Não respondi, para dar a sensação que concordava e falo.
— Vou pensar, sei que tem dois dias para Hellier me dar a
resposta, e dependendo da resposta, tenho convite para dar pales-
tras em pelo menos 40 lugares durante o ano e defender um troca-
do, mas isto eles não precisam saber ainda.
— E o que vai fazer nestes dois dias?
— Pensar como posso ajudar eles a chegarem no ponto que
precisam estar para o Bom Menino funcionar.
Paterson me olha e fala.
— Esta casa não deu sorte.
Sorri e ele termina.
— Ajeito as minhas coisas para ir a Universidade, e pelo jeito
está pensando em pular fora.
— Acho que eles não me deixam pular fora.
— Certo, mas se cuida.
Paterson subiu, pega as poucas coisas, coloca na mala e sai
pela porta, eu estranho, mas pelo jeito as pessoas ainda não confia-
vam em mim, e não queriam eu a frente de algo.

261
Pego os projetos, as formas, os projetos, os pequenos mode-
los e coloco na primeira sala do projeto ao fundo da casa.
Eu carrego o sistema ao lado e aciono ele, dou as coordena-
das do terreno que havia comprado e ao fundo do terreno apenas
surge aquela terra mais fofa, começo a desmontar os prospectos e
as coisas que tinha feito, coloco em uma mala algumas coisas, e os
projetos, estava pensando em o que fazer, estava na duvida, teria
de falar com alguém, ninguém conversava, estranho um dia que
poderia ser positivo, mas em uma frase me coloca na defensiva e
mudando de planos.
O terreno ao fundo, da casa que eu estava, coloco a vender
pela mesma moça que me vendera ele.
Vou a cama, tentando descansar, estava bem cansado, talvez
isto que me tirasse a calma.

262
Dois dia esperando
um contato, e Hellier me
liga dizendo que não teria
como me financiar, que
tinha uma proposta melhor,
eu ligo para a General e
pergunto se teria problemas
de devolver o dinheiro referente ao prospecto do Bom Menino, e
partir para outra coisa.
Ela não fez questão de me ter ali, então eu faço a devolução e
recebo a confirmação dela de que estava fora, disse que estava
saindo da casa naquele fim de semana.
Ligo para o Doutor que fala que os dados estão se confirman-
do, que os números estavam bons, que o grupo de cientistas estava
fazendo grandes evoluções a partir da Teoria dele, não comentei, as
vezes estamos em uma curva, e ela apenas se apresenta a frente.
Eu saio dali e vou ao terreno que comprara, olho a casa mais
simples, olho os autômatos cultivando ao fundo, era um grupo de
autômato sendo usados para cuidar de uma nova plantação de vi-
nho, e sorrio, entro na casa e começo a fazer o que pretendia, e se
alguns me queriam longe, eu sumi.
Estranho como as coisas andam, a cabeça cheia de ideias, a
confirmação da entrega do Nobel de Química, faziam 6 meses que
não aparecia, mas sem confirmar onde estava, confirmei a estada
lá, e quando chego ao local, o Doutor Francis sorri, alguns parece-
ram nem me reconhecer, cumprimentei os rapazes, e sou conduzido
a uma mesa onde iriam apresenta os vencedores, dividir por 3 sem-
pre me dava um destaque que ali eu não pretendia ter.
Obvio que alguns me olhavam, eles me descartaram, sabia
que um projeto de algo que não deveria ter nada que explodisse,
explodiu em Utah, mas como se fala, não é o material que estabele-
ce a ciência, é o método de se usar os materiais.
O receber do premio, estabelecia que já tinha meu nome,
deste ser que não tinha muito autoestima, era um caminho que por
anos não acreditei mais.
263
Vi que ao final, Hellier chega ao meu lado e fala.
— Sumido.
— Ninguém me quer por perto senhor Hellier.
— Parece ter ficado chateado.
— Entendi que o senhor se deixou levar pela genética, achar
que um herdeiro genético, seria o ideal, então deixa de ser aplicável
os projetos que requerem segredo e responsabilidade, diante de
alguém que cria uma empresa familiar, e independente do estragar
tudo, a genética, a família, falaria mais alto.
Sei que ofendi, a cara do senhor, que era evidentemente um
dos clones do Zelador, me olha e fala.
— Sabe que posso tirar seu nome da minha proteção.
— Eu se morrer, já fiz mais do que muitos a volta, e a frase,
mostra que é real, ficou ofendido com a verdade, espero que saiba
o que está fazendo, todos me indicavam como alguém frio, calculis-
ta, centrado, esqueci que quando se troca fraudas se perde esta
parte das pessoas.
Hellier me olhava com raiva e fala.
— Quer se dar mal.
— Diz para seu patrão, ou seu programador, que se for para
mandar um autômato, não precisa mandar nem aqui e nem em
minha casa, pois se não percebeu que joguei conversa fora quando
foi lá, não percebeu o básico seja lá que numero você tenha, H1,
pode ser?
O ser me olha e Mary chega perto e fala.
— Vai brigar com ele mesmo?
— Quando ele quiser falar, já estarei morto, não se preocupe
Mary, sua parte ao lado, pelo menos referente a mim acabou.
— Pelo jeito não gostou de algo.
— Acho que ser roubado por quem pode pagar, é mais triste
do que ter a carteira batida por um qualquer.
— Tem muita pressão sobre ele, não imagina quanto.
— Não se preocupe, vim apenas ver se realmente estaria nos
livros de química, nada mais me segura aqui.
— E pelo jeito desistiu.
— Tem muita gente ouvindo moça.

264
Muita gente me cumprimenta, as vezes queria voltar ao nor-
mal, mas as coisas já não eram normais.
As vezes as pessoas querem mudar de posição, mas não sabi-
am como, e algumas coisas descobri com o tempo, e não haveria
como parar aquilo.
Quando saio pela porta, aquele carro a porta, o motorista fez
alguns me olharem, mas eu saio do local e olho os dois carros de
segurança, me acompanharem, um a frente e um aos fundos.
Volto a fazenda, os carros dos seguranças param a entrada e
olho para a casa, as vezes queria não ser sozinho, mas o agito me
irritava, poderia tocar um grupo grande, mas não era uma pessoa
sociável, e em meio a isto o isolar era algo mais indicado.

265
Mais 3 meses, mesmo
lugar, entrega do Nobel de
Astrofísica, e de Física Espa-
cial, não sei o que as pesso-
as estavam pensando, mas
deveriam estar pensando
que aquele conjunto de
dinheiro me garantiria um futuro e isto me tiraria do caminho.
Eu entro na sala e vi o Doutor Francis me olhar e falar.
— Não vai voltar a trabalhar?
— Ninguém me convidou a trabalhar doutor.
— Sabe que tem gente falando que você abriu o caminho pa-
ra malucos voltarem a falar de viagem no tempo.
— Malucos até alguém conseguir doutor.
— Certo, mas sabe que entraremos em um seleto grupo de
pessoas que tem Nobel, e não apenas um, mas as vezes precisava
trocar umas ideias.
— Tenho evitado até o celular, odeio gente lhe rastreando
para saber onde está.
— Problemas?
— Criei um vinho, Cabernet, vinhos Sanches, e ninguém nem
liga o vinho a mim.
— Investiu em algo o dinheiro, isto é bom, Homer que fala
que você quando investe em algo, tem gente que lhe segue, pois
você sabe ganhar dinheiro com ações.
— Vou acabar tendo de fazer direto, pois ele põem muita
gente para seguir a dica.
— E atrapalha.
— Sim, mas pelo jeito as coisas estão agitadas, muito politico.
– Falei olhando em volta.
— A General Berger pergunta de você, ela deve chegar por ai
a qualquer hora.
Sorri sem graça, vi Hellier novamente ali, ele queria algo, ele
chegara a um reator de fusão, estava fazendo fortunas com isto,

266
mas embora soubesse que metade do projeto era meu, não estava
ganhando um centavo daquilo.
As vezes as pessoas parecem converter ao mesmo lugar, vi
que tinha gente estranha e vi quando Pierre entra pela porta e veio
direto a mim, ele me olha sem falar nada e me passa um blazer, eu
olho aquilo e o coloco sobre a camisa de manga que estava, e olho
em volta, ele não fala nada, mas vi dois S62 a porta e vi a segurança,
tinha algo errado, e sabia que alguém morreria ali, e não sabia
quem, mas tudo indicava que eu era o alvo.
Pierre vai a outra entrada, e se antes Hellier me olhava, agora
não mais, esqueci que eu o desafiara vir pessoalmente, e agora ele
estava ali, em meio a confusão.
Fomos a mesa de premiação, e obvio, quando em meio a dis-
cussão um dos que entregariam o premio, atribuem ao doutor e a
universidade, e que propunha tirar meu nome do premio.
Eu sorri, o doutor falou que era um erro e apenas peguei o
microfone e falo.
— Concordo com isto, o doutro Francis fez todo o trabalho,
mas a universidade apenas recebeu para dar auxilio, não precisam
me ouvir, mas nem eu e nem a universidade temos o direito de tirar
o brilho do premio do Doutro Francis.
Me levantei, e fui ao grupo, se eles queriam me tirar da mesa,
que fosse agora, fui ao fundo e encostei em uma parede, alguns me
olhavam, e vi quando aquele rapaz armado entra e veio para meu
lado, ele chega a mim e senti ele pegar na arma, mas ele não sentiu
o S62 o tocar pelas costas com um imobilizador e o mesmo cai.
O S62 o encosta ao lado e tira a arma e coloca na divisão das
pernas a recolhendo.
Eu me abaixei um pouco e depois recuei um pouco mais e
sentei em uma cadeira a olhar ao fundo.
Um senhor da universidade passa a minha frente e fala.
— Acha que continuaria dando os prêmios a um desqualifica-
do, como você?
— Posso ser desqualificado, mas pior é quem para não sentir-
se um nada, tem de desqualificar um desqualificado.
O rapaz olha atravessado e vi a General parar ao meu lado e
falar.
267
— Sumiu, tem gente que precisa de ajuda e não quer pedir.
— Tem gente querendo que eu morra senhora, para não pe-
dir ajuda, então melhor me manter longe.
— Não exagera senhor Sanches.
— Eles acham que vim apenas para receber dinheiro.
— E não veio para isto?
— Eu queria estar ganhando fortuna com sistemas mais pro-
pícios de geração de energia, mas as vezes temos de ter calma.
— Calma.
— Eles querem ficar ricos, eu me contento com o que ganho
hoje, por mais que seja pouco.
— Sabe que Hellier disse que você o desacatou.
— Alguém desacata o Zelador e está vivo?
A general olha o senhor e fala.
— Tem certeza disto.
— Deste ai sim, o da vez anterior era um daqueles sósias dele,
alguns falam em Clones dele.
— Certo, mas o desacatou?
— Ele com sua ajuda me roubaram General, eu não levei para
o pessoal, mas poderíamos chegar mais longe sem isto.
A general me olha e fala.
— Sabia pelo jeito e se retirou do campo, não entendi, você
deu sumiço no que tinha feito ao fundo. Devolveu o dinheiro e to-
dos ainda ficam lhe sacaneando.
— Se não me querem dar o valor do que descobri, que fi-
quem com o que está no relatório, pois eu sei fazer senhora, provar
aquilo, estudei aquilo, se eles não querem avançar, e basta o que
está ali, fiquem com o que tem ali.
— E veio fazer o que?
— Me fizeram sair de casa para dar dois Nobeis, e me infor-
mam que um já cancelaram, quem sabe cancelem o segundo, se o
fizerem, eu vou embora, antes do fim.
— E não vai fazer as pazes com ele.
— O ser que aparenta humano escorado ao fundo, um autô-
mato de Hellier que veio me matar senhora.
Ela olha o que parecia um rapaz aparentemente desacordado
ao fundo e olha Hellier que soube que não dera certo.
268
— E não teme morrer?
— Hellier perdeu a chance de ter como descansar, sem tanto
risco, a oferta era para ele, não para mim, se ele acha que o Zelador
protege uma lista, o Zelador não é atacado por quem ele não con-
segue enfrentar.
— E não vai falar isto?
— Ele não quer falar, e vamos em uma guerra tecnológica por
séculos, esta guerra alimenta a ciência no planeta, isto gera uma
evolução, isto é mais importante do que o que ele acha.
A general olha o senhor e olhei para ele vir o meu sentido, pa-
recia mais duro, este era o ser que muitos tinham pavor por ai, tal-
vez ele me matasse, talvez não.
— Acha que vou deixar você se dar bem?
— Não é função sua deixar alguém se dar bem ou mal, ou en-
tendi tudo errado, era função manter o equilíbrio que nos garantiria
a frente na corrida mundial.
— Mas você não faz parte disto.
— Se não fizesse, não tinha mandado aquela maquina me
matar, ainda não estou revidando, uma hora me encho.
— Acha que pode comigo.
Olhei ele serio e falo, encarando alguém que era mortal.
— Se um dia eu morrer senhor Zelador, saiba, alguém vai vol-
tar no tempo e lhe matar ainda no berço, pois se o Zelador deixou
de ter função, eu como nacionalista, assumo a minha parte, de o
parar, e se não entendeu isto ainda, não vou falar, pode tentar, mas
saiba, o dia que um destes conseguir, apago você e sua família da
historia, não me sentirei culpado pois não fui eu que lhe ataquei,
sabe disto, outra coisa ladrãozinho de quinta, cuida, nem todos
gostam de ser roubados.
Vi a fúria nos olhos dele, era evidente que tinham dois segu-
ranças autômatos do senhor as costas, eles afastavam as pessoas
naquele momento, mas era evidente a raiva.
— Acho que não sabe do que está falando.
Sorri, era provocação e o senhor estava caindo.
— Certo, me explique todas as sua incompetências na morte
daquela criança chamada Pedro Rosa, acho que ficou velho, tá com
cara de um senhor jovem, mas envelheceu por dentro.
269
O senhor olha em volta e fala.
— Vai dizer que você que deu segurança a ele.
— Não precisei ainda, ainda só como um observador, só vou
interferir se for preciso, pois ele cresce em força e determinação
toda vez que vocês o desafiam.
O senhor pareceu pensar e muda de assunto, não iria falar de
suas incompetências.
— Você não entende de nada, provocamos o recuar daquela
brincadeira dos Senhores do Tempo, e não vou apoiar algo que po-
de nos tirar a nossa liderança.
Olhei a general e falei.
— Quando tiver a próxima reunião daquele grupo do Bom
Menino, avisa eles que o Senhor do Tempo, já o realizou, que não
precisa mais se preocupar.
A general me olha e fala.
— Então não estava tão parado assim.
— Eu estar parado, garantiu a alguém a paz para fazer o que
tinha de ser feito.
O senhor me olha com raiva.
— Não tem motivo para me odiar senhor Hellier, pois não o
roubei, não usei seus recursos, não o trai e não o convidei a vir aqui,
se acha que me tirar um premio, me para, não entendeu nem a
própria logica que usa, que longe dos holofotes, fica tudo mais fácil,
tudo com menos peso.
— Pelo jeito veio provocar.
— Não, vim receber um premio, que eu descobri, mas é bom
saber que se pode influenciar nestes, e se eles são influenciáveis,
deixam de ter valor cientifico.
— Um nada querendo um Nobel, um palhaço.
— Posso lhe dever a vida senhor, mas não vou me entregar a
morte, se queria-me morto, tivesse me deixado morrer, não me
estressava com esta criancice.
Olhei os rapazes anunciarem ao fundo o próximo novel, e não
fui citado, eu apenas aperto o botão ao bolço de dois rapazes imen-
sos chegam perto e me olham e falo olhando a general.
— De saída, se não precisava vir, não me chamassem.

270
Os dos autômatos abrem caminho e saio, não sei se alguém
daria falta, mas eu trabalhei por aquele premio, e fui excluído, bom
saber que alguns não queriam me dever nada.
Eu olho para o prospecto e ligo para o escritório de uma em-
presa nova na cidade, e marco com o presidente, um francês de
nome Pietro Martins, e o carro vai no sentido da empresa.
O rapaz me recebe na entrada e o cumprimento.
— Boa noite, sei que é tarde.
— O senhor não é o senhor Sanches?
— Sim, eu mesmo.
— Não deveria estar em um recebimento de Nobel?
— Eles me tiraram de lá, mas preciso saber se realmente vo-
cês descobriram como fazer um campo de exclusão.
— Porque?
— Eu tenho uma proposta, não sei se seria com o senhor ou
com o proprietário, mas um dos mercados que entrei, é no forneci-
mento mais barato e ecológico, para 20 cidades ao sul da Califórnia,
de energia baseadas em um prospecto de fusão, mas me interessa
muito ampliar isto, e para que desse certo, precisaria de um campo
de exclusão.
— E acredita que teríamos como ser parceiros, o proprietário
desta empresa fala em energia como sendo o que deveria ser gra-
tuito, não cobrado, e parece que quer o inverso.
— Eu acho que quem pode, tem de pagar, assim financiamos
outros problemas, mas a ideia pode ser em parceria ou referente a
compra do direito de uso da tecnologia.
— E pelo jeito enquanto alguns falam nas empresas Hellier,
quer concorrer.
— Outra coisa, se protejam, Hellier é nacionalista e colocou
tudo que conseguiu contra vocês.
— Tudo.
— De banqueiro a atirador.
— Um alerta?
— Sim.
— Passo o prospecto, não entendo de fusão, mas é nítido que
quer entrar nisto.
— Silenciosamente.
271
Pego o cartão do rapaz e saio, os rapazes olham para mim e
abrem a porta.
Eu vou ao aeroporto, não porque iria viajar, mas as vezes ser-
via de despiste, eu pego uma sacola inflável, entro no aeroporto,
vou aos banheiros, troco de roupa, coloco um boné e uma camiseta,
desinflo a sacola, e saio no sentido do hotel ao fundo, caminhando
uma quadra, peço um quarto e começo a pensar no problema, eu
ligo a TV e lá estava o recebimento do Nobel, as informações e as
propagandas, e vejo que estava tudo normal, adormeço, precisa
ganhar um dia, e isto era para agora.

272
Quando saio de ma-
drugada do aeroporto, não
sei se alguém me seguia,
mas eu vou ao sitio, chego
lá e vejo que a casa estava
cercada, estava as costas e
ouvi um senhor falar.
— Cuidado, tem um assassino na casa.
— Ele matou alguém?
— Sim, dizem que ele matou um senhor ontem na entrega de
prêmios, e não sei, o senhor ali não é muito conhecido.
Peguei o telefone e liguei para Paterson e perguntei.
— O que aconteceu Paterson, porque eles estão me acusan-
do.
Paterson olha em volta e fala.
— Dizem que você saiu daqui, um atirador matou o senhor na
saída, e parece que todos indicaram você.
— Todos, vocês me roubam, matam um senhor do bem se-
nhor Paterson e me acusam, foi isto.
— Não fiz isto.
Eu dou a volta, o senhor me olhava desconfiado, eu chego ao
policial e pergunto.
— Posso entender a operação?
— Se afaste, o senhor ali é perigoso.
— O senhor ali não está em casa, ele não pode ser perigoso,
quem inventou isto, querem matar alguém.
— Se afaste rapaz.
Eu me viro para o rapaz da imprensa ao fundo e falo.
— Alguém não está no bolso do Hellier aqui?
Uma moça me olha e fala.
— Porque acusa assim?
— Cercados, mirando para matar, em alguém que nem está
em casa, e não tem uma prova contra ele, quem pagou os policiais.
Um policial chega as costas e fala.
— Se nos acusar vai preso.
273
— Então vamos, pois quem vocês querem matar ali não está
ali, e só vejo gente com o dedo no gatilho.
— O senhor ali matou um Nobel de Física.
— Fala serio, sou um Nobel de Física, e que saiba, ninguém
viu o senhor ali atirando.
— Era o único dos interessados que não estava lá.
— Desculpa, mas quem tem interesse além dos políticos em
Nobel, fala serio, e isto não torna ninguém culpado, só pode ter
dinheiro de Hellier nisto, e pode ter certeza, a imprensa está ouvin-
do isto e gravando, e se Hellier mandou matar quem ele roubou o
projeto de fusão nuclear, digamos que ele sim, era um suspeito.
A repórter me olha e pergunta.
— E de quem seria a casa ao fundo.
— Poderia dizer, C. R. Sanches, o parceiro das descobertas do
Dr. Francis.
O policial olha para mim e pergunta ríspido.
— E como saberia, é cumplice.
— Cumplice, não seja cômico senhor policial, qual a descrição
do criminoso.
O senhor não a tinha, e fala.
— Isto não tem importância.
— Vão matar alguém, depois vai sobrar para vocês, e todos
sabem, esta chácara é da produção de vinhos Sanches, do senhor C.
R. Sanches, e não sabe a cara do senhor Sanches.
A repórter sorriu, ela entendeu e o policial não.
— Não existe inocência nisto.
Pego o telefone e disco para Pierre e falo.
— Tudo bem Pierre Martins?
— Sim, problemas?
— A chácara de Sanches está cercada, teria como me fazer
um favor.
— Favor.
— Tirar o Doutor do local do assassinato antes do tiro?
— Sabe que é complicado.
— Usa um S36 com mascara Pierre.
O policial se afasta e a moça olha para mim.
— O que esta acontecendo.
274
— Você entendeu, eles querem matar alguém, mas é um si-
tio, com 20 funcionários, daqui a pouco vai começar um massacre.
Pego o telefone e disco para Pietro e falo.
— Desculpa não poder ir a reunião de hoje senhor Pierre
Martins, mas me acusam de uma assassinato no mesmo momento
que estava ai.
— E sabe quem foi?
— Um dos meninos do Zelador.
A moça arregala os olhos, eu saio dali e ela olha o repórter e
pergunta.
— Gravou?
— Sim, a discussão inteira, e não entendi, não tenho como
por na integral, mas o senhor falou em tirar o doutor do local antes
do tiro, mas isto foi ontem.
— Também não entendi.
Pierre me liga e pregunta.
— Onde está?
— Ao lado do carro, o com sistema de transporte, na entrada
da fazenda.
Tinha um repórter encostado no carro, sorrio, pois o carro
brilhou e sumiu, eu olho o local, dia anterior, discretamente olho ao
canto e me vejo, eu estava discutindo com o senhor Hellier, então
chego ao Doutor e falo.
— Temos de conversar senhor.
— Sabe que não tenho nada referente ao tira seu nome da
premiação.
— Sei disto, mas preciso que confie em mim doutor, se rece-
ber este premio ali, vai morrer, pois eles querem me culpar pela sua
morte.
— Mas...
Eu olho a porta e um autômato entra e Pierre entra ao lado e
estica para o autômato uma mascara e fala.
— Sei que não acredita senhor, mas estar lá é estar morto.
— E vai por alguém ali para levar o tiro?
— Ele sobrevive a tiros senhor.
Francis me olha e fala.
— Mas como posso ter certeza.
275
— Porque já aconteceu, apenas eles não sabem senhor.
Vi o autômato entrar e ir a mesa, e vi eu mesmo saindo ao
fundo, o senhor nos olha e saímos dali, pelo fundo, no sentido da
fazenda, e olhamos o prospecto, e avançamos apenas um dia no
tempo.
Pierre me alcança uma mascara e colocamos em um dos au-
tômatos e ele sai pela porta, eu vejo as luzes sobre ele, ele levantar
as mãos e ser abalroado por 12 tiros.
Entramos no transporte e passamos ao Deserto de Sal , saí-
mos para fora e Francis pergunta.
— Onde estamos?
— Deserto de Sal.
— Como viemos vir aqui.
— Senhor, fomos lá apenas para lhe tirar, e temos de esperar
os acontecimentos. – Entro na sede a frente e Pierre olha para mim.
— Um local para receber e retransmitir?
— Sim, mas deixa eu avisar Dallan que não morri.
Entramos na sede, tinha ali pelo menos 130 autômatos de
serviço e de proteção, a trabalhar, a documentar a coisas.
— Acho que pode ser uma boa base do Senhor Tempo.
Ele sorri e fala.
— Eu pensando em pedir e já está pronto.
Pego o telefone e ligo para o General Dallan e ele pergunta.
— Está bem rapaz.
— Apenas alertando, estou bem, não se mete.
— Quem lhe quer morto?
— Zelador.
— Merda, o que fez?
— Ele se apresentou para mim, como John Hellier, então eu
saber quem é ele, já seria motivo, ele ter me roubado o pré pros-
pecto de fusão nuclear, que toca sua base ai, um segundo, e ele
colocou dinheiro grosso nos bolsos, para a morte do Dr. Francis para
me culpar disto.
— Uma grande perda.
— Se ele tivesse morrido seria General.
Dallan sorri do outro lado do telefone e fala.
— Certo, algo mais?
276
— Ele quer parar o menino, o pequeno Rosa.
— Aquele é mais perigoso que eu senhor Sanches.
Sorri, liguei a TV e passava na TV a operação e depois da ver-
são do policial de resistência, eles mostram a imagem do senhor
saindo de mãos levantadas e levando 12 tiros.
A policia olha a reportagem e o corregedor da policia chega e
olha para os policiais.
— Que merda fizeram.
— O senhor era um assassino, morreu.
— Não temos nada o ligando a morte, vocês o executaram,
espero a arma dos três e distintivos, vocês vão responder pelas
mortes, não foram lá para matar, e sim o trazer a nós.
Anoitece e os dois corpos, o dos dois autômatos estavam nas
gavetas, esperando autopsia, e os mesmos começam a usar a força
que os forjava, que os gerava energia, para começarem a derreter
nas gavetas fechadas do congelador.
O corregedor estava quase saindo de sua sala quando eu ligo
para ele e pergunto.
— Boa noite, Corregedor Palmer?
— Sim.
— Sei que pode parecer uma brincadeira sem graça, mas eu
estranho estar chegando a cidade, e ter uma informação de que fui
morto em minha chácara.
— Com quem falo?
— Claris Robert Sanches!
O senhor chama o rapaz a porta e pergunta.
— E onde o senhor estaria, pois estão o dando como faleci-
do?
— Eu estou chegando na minha produção de vinhos, em San-
ta Ana, e preciso saber quem dos meus funcionários foi morto se-
nhor, pois se alguém morreu, preciso saber quem.
— E porque teria se ausentado da cidade logo após um assas-
sinato, já que é acusado de uma morte.
— Isto é outra coisa, quem me acusa, eu não tinha uma dis-
cussão sequer com o senhor Francis, quem me acusa senhor.
— John Hellier.

277
— Merda, sinal que tenho de por colete a prova de balas, ele
compra para apagar quem quer.
— Ele é um bom empresário.
— Bom saber que serei morto pelo bom empresário, mas es-
tou chegando na minha casa, e o que fui fazer, não posso falar por
telefone senhor, pois para sua lei, é impossível.
— Impossível?
— Tirar alguém da mira de uma bala. – Desligo.
Passamos para a casa em Santa Ana, olho para fora, e fico a
pensar no que faria, olho o Dr. Francis e falo.
— Calma, tenho de achar uma forma de não morrermos.
— Mas quem são estes rapazes que se matam por você?
Sorri e falei.
— Isso é segredo Francis, um segredo chamado S36!
— Não entendi.
— Autômatos de serviço, modelo S36!
O senhor olha estranho, mas ele não tinha ido a minha casa
ainda e vi Pierre sair e abro um vinho e o senhor sorri.
— Pelo jeito enquanto os demais se preocupavam com o No-
bel você avançou.
— Senhor, se antes eu tinha a curiosidade que me levava a
frente, agora tenho a vontade de avançar, de proteger, eu soube do
atentado após o acontecimento, e não ataquei ninguém, hoje eu
tenho mais dinheiro na conta do que eu gastei antes de tudo isto,
então eu não me preocupo se alguém me roubou, apenas queria
desenvolver para chegar mais longe.
— E pelo jeito desenvolveu algo muito estranho, fomos para
um lado, para outro, e não pareceu sairmos do lugar.
Um autômato entrou pela porta e me avisou que o Correge-
dor estava saindo da cidade ao lado para aquele sentido, vinha com
3 carros de policia, e eu não sabia se ele fora comprado ou não.
Eu ligo as câmeras e olho para os autômatos e falo.
— Se recolham.
Francis olha para mim, depois para eles, nas paredes do fun-
do, existiam espécies de recuos na parede, uma comporta descia e
omitia os autômatos ali.
— E quando vale um autômato destes?
278
— Sem preço neste tempo, no futuro, quase lixo.
Estávamos tomando a segunda taça de vinho quando um se-
nhor bate a porta, eu apenas aperto um botão e falo.
— Entrem.
Os policiais entram na peça, mirando em nós, e olho para o
corregedor e falo.
— Boa noite.
O senhor olha o senhor Francis ali e pergunta.
— Mas o vi tomar um tiro.
— Sim, a pergunta, como todos viram e ninguém fez nada.
— Foi muito rápido. – O chefe da policia ao fundo.
— Entrem, estávamos tomando um vinho e tentando enten-
der o que está acontecendo. – Falei.
— Mas os dois deveriam estar mortos. – O chefe da policia.
— Senhores, tem coisa que não se fala, nem para as pessoas
envolvidas, temos um grupo que dá segurança a Hellier, mas ele não
pode saber, então as vezes ele se acha perseguido.
— Mas o acusou. – Corregedor.
— Ele ouvia a ligação senhor. – Falei.
— E como se faz alguém não morrer a tiro?
— Se alguém tiver os corpos, acredito que ninguém tem, jus-
tifico a minha morte. – Falei, o professor estava quieto, tomando o
vinho, eu não sabia o quanto ele sabia.
O telefone do Chefe de policia toca, ele se afasta, o correge-
dor me olha serio.
— E se escondeu para não morrer.
Eu olhei para o policial a porta e falei.
— Eu falei com aquele policial ali a porta, do lado de fora do
cerco, afirmando que o proprietário não estava aqui, ele nem sabia
a cara do acusado, atiram no primeiro que saiu pela porta, mas eu
não tinha chego em casa ainda.
O policial olha para mim e fala.
— O que faz aqui, você estava do lado de fora.
— C. R. Sanches, para os que não entenderam o que vieram
matar e nem se perguntaram porque. – Falei levantando e estican-
do a mão ao senhor.
— Mas...
279
O chefe de policia chega e fala.
— Os dois corpos sumiram Corregedor.
— Se eles estão vivos, obvio que sumiria, mas não entendi
porque desta guerra de informação.
— Senhor, no futuro, lá pelo ano 3 mil, meus herdeiros, e os
herdeiros de Hellier, ainda teremos nossas rixas, mas serão financei-
ras, não a bala.
— Mas ninguém pede uma morte por trocado.
— O protótipo que faz de Hellier o proprietário da primeira
empresa de energia baseada em fusão, não é trocado.
— Não entendo o porque isto seria um mercado.
— Digamos senhor Corregedor, já ouviu falar de CRS Energia
Elétrica Inc.
— Sim, fornece energia para a cidade e Los Angeles, até a di-
visa com o México.
— O que seria uma empresa que cobra pouco, 10 dólares em
7 milhões de residências?
— Uma empresa nacional em crescimento.
— Então entende qual a guerra, empresas nacionais tentando
crescer, uma sobre a outra.
— E porque acha este o motivo.
— A CRS está chegando a grande San Francisco, dai ela vai
passar de 16 milhões de residências, e vai passar a ser uma empresa
que vai faturar quase 2 bilhões de dólares ano. Mas Hellier quer
este mercado, e não o tem.
— Não entendi.
— CRS vem de Claris Robert Sanches, eu, então é uma briga
de gente que quer se dizer correta, mas eu sou simples, continuarei
a ser simples, independente de ter ou não San Francisco.
O corregedor entendeu, bilhões de dólares era o negocio, e
pelo jeito as coisas estavam quente.
— Mas vimos o senhor Francis ser morto.
— Tem como manter um segredo entre nós senhor?
— Segredo?
— Hellier e minha empresa correm atrás do desenvolvimento
de autômatos de serviço, os dois grupos estão avançados, mas ain-
da não temos mercado para isto.
280
— Vai querer me convencer que não era você, era uma ma-
quina, não sou tão idiota.
Olho a porta e falo.
— Um S36 se apresente.
Todos se armam, pois uma porta se levantou e um rapaz saiu
da parede, e olho para o senhor.
— Vocês atiraram em dois destes, apenas isto, mas isto é de-
senvolvimento para o exercito, então é segredo ainda.
O rapaz chega ao lado e me levanto, ele tinha um rosto jo-
vem, mas era apenas para passar desapercebido, eu pego uma mas-
cara com minha cara e estico para o ser que tira o rosto dele, ajei-
tando as pálpebras e coloca a nova mascara e olho para o senhor.
— Sei que as vezes a verdade é difícil, não estou lhe desmere-
cendo senhor, apenas explicando, toda a inteligência dizia que teria
um atentado ali, apenas nos defendemos.
— E esta tentando explicar isto, mas tem de se cuidar.
— Geralmente eu não apareço, eu mandei para o local um
destes no dia de ontem, não queria morrer. – Falei olhando o se-
nhor.
— E pelo jeito poderia não ser você.
— Senhor, se você fosse fazer algo errado, saberia pelo entrar
no lugar do que não deve ver, autômatos como o que vê, é autôma-
to residencial, existem coisas mais violentas que isto.
— Dois fornecedores do exercito, pelo que entendi. – O Chefe
da policia.
— Sim, mas não precisavam de um atentado para me culpar,
eles me atraíram para lá dizendo que teria uma condecoração por
ajudar o senhor Francis, depois eles fazem questão de dizer que eu
não seria condecorado, usam palavras pesadas, tem de ver que
olhar em uma tela através dos olhos de um autômato, tem uma
visão muito mais engraçada disto.
O grupo sai e olho o senhor e falo.
— Agora saímos.
— Vamos voltar para onde?
— Lhe deixo em casa.
Um carro chega ao local, olho os policiais olharem aqueles
seguranças imensos, e entramos no carro.
281
Deixo Francis em casa, e vou para um hotel em Los Angeles.
Eu queria parar de pensar que era alvo, mas não tinha ainda
como parar isto.
Demoro para dormir, desci e passei pessoalmente a instrução
para alguns autômatos, estava pensando em revidar e não queria
parecer ainda, mas não estava conseguindo, depois de um tempo
eu subo, caio a cama e apago.
Eu acordo sedo, vou ao café, e vejo a reportagem ao fundo fa-
lar que uma investigação seria estava sendo conduzida pela policia
local, pois dois premiados senhores, que foram dados como morto,
estavam vivos, e a policia estava tentando entender o acontecido,
um dos casos era de CR Sanches, que tinham as imagens da hora
que fora atingido, e outra do Dr. Francis, que tem imagens da hora
que ele foi abalroado na saída da festa de entrega do Nobel de
Química, eu olhava a reportagem e queria uma dica, mas eles pas-
saram para a previsão do tempo e uma briga de transito entre dois
atores famosos.
Olho o telefone e atendo.
— Bom dia doutor.
— Bom dia, a policia esta me conduzindo a delegacia, algo
sobre ter me passado por morto.
— Quem declarou que você estava morto foi eles senhor, não
o senhor, e ainda não sei se teremos paz.
— Pelo jeito vão lhe conduzir também.
— Eles devem tentar descobrir onde estou, mas vou ligar para
o advogado antes.
— Acha que conseguiria uma representação?
— Sim, mas calma, eu chego a delegacia quase junto com vo-
cê. Calma.
Ligo para um advogado da Universidade, e marco com ele na
delegacia, o senhor falou que estava a frente da delegacia então
pergunto.
— A imprensa já está ai? – Eu olhava pelo vidro do hotel a
frente, aquele tumultuo, o senhor confirma e falo que estou lá em 5
minutos.
Pago o café e me levanto, dois autômatos na posição de segu-
rança aguardam a minha saída e começo a sair do hotel a frente e
282
olho para a confusão, olho os policiais do outro lado da rua, talvez
eles não soubessem quem eu era, mas os seguranças abrindo cami-
nho fez os repórteres me olharem, e uma moça para a minha fren-
te.
— Senhor Sanches, poderia explicar a acusação de que forjou
sua morte.
— Boa pergunta senhorita Mary, sabe como eu, estava lá que
os policiais não deixaram eu chegar a casa, então sei que tem eu na
parte externa, tentei conversar, mas não ficaria ali forçando a en-
trada, sei que não morri, mas eu não afirmei que morri, assim como
o Dr. Francis não afirmou que foi atingido, estranho um concorrente
meu no mercado energético no país, me acusar da morte de alguém
que não morreu, se o delegado quer fazer certo, que chame quem
me acusou de ter matado alguém que está vivo.
— E a afirmação de que eles tinham o corpo?
— Boa pergunta, se eles tinham, continuam tendo.
— E se hospedou em frente?
— Aqui eles me deixam sair e ir a delegacia, sem ser abalroa-
do por 12 tiros.
Forcei a entrada e cumprimento o advogado que fala.
— Não queria perder a festa?
— Vamos entrar, parece que todos não tem o que fazer hoje
na cidade, não dá para dois famosos se pegarem na esquina?
O advogado sorriu, eu não sabia se tinha uma petição para
me apresentar, então deixei o advogado falar.
— Boa tarde, um dos meus dois clientes se apresentando.
Eu olhei o Delegado, que chega a porta e fala.
— Mandei o conduzir.
— Se tivesse apenas conversado ontem delegado, não preci-
sava disto tudo, e se vai fazer escândalo, quero pedir a convocação
de quem me acusou da morte, se vai nos processar, que processe os
dois lados, não só um.
— Sei fazer meu serviço.
— Espero que saiba, pois tem muita gente ai fora querendo
explicação ainda sobre aquele tiroteio do meu sitio de produção de
vinho, e estou aqui vindo do hotel em frente para não inventarem
resistência novamente.
283
— Nos acusando.
— Imagina, mas tudo depende da conversa, se for para nos
ferrar delegado, você cai junto, pois vou pedir a analise de todas
aquelas 12 balas no colete.
O advogado viu que eu não fui para conversar, eu fui para me
impor, e quando o doutor entrou pela porta, estava eu a olhar para
o delegado.
— Hoje quero uma acareação de vocês dois.
Sacudi a cabeça negativamente e o senhor parecia querer me
complicar, olhei para o delegado e depois para o meu advogado e
perguntei.
— Posso dar uma ligação antes senhor delegado?
— Não tenho medo de pressão.
— Posso?
— Sim.
Peguei o telefone e disquei para Mary, eu não sabia o telefo-
ne de Hellier.
— Bom dia Mary Herter, Hellier está ao lado?
Ela pensa e fala.
— Passo para ele.
— Bom dia Hellier.
— Acha que vou negociar com você?
— A pergunta, vale a perda de recursos, apenas para não fa-
zer o que diz ser estrutural para que aconteça, vale mesmo perder
bilhões por birra?
— Não é birra.
— Então a resposta é vale perder, é isto?
— Não gosto de você.
— Ninguém gosta, isto não é novidade, mas então avisa este
ser oculto que esta ai dentro, que C. R. Sanches, declara os 352
agentes do Zelador, inimigos da minha pátria, pois quando eles ser-
vem apenas a um velho, deixa de ser pela pátria, boa sorte, posso
ser detido, mas quando olhar em volta, vale o que valei na reunião
para você pessoalmente.
Se o delegado achou que iria por panos quentes eu não o fiz e
olho o senhor e falo.

284
— Me diga delegado, ou Xerife, nunca sei a designação, qual
a acusação que tem contra mim, já que não morrer atingido por
seus rapazes, era algo bom para você em teoria, mas parece querer
me ferrar, então considero que o atirar para matar era ordem sua?
— Esta me acusando.
— Devolvendo a acusação, pois eu não declarei que estava
morto, quem o fez, foram seus homens, quando lhe chamo para
esclarecer o problema, fica a noite inteira pensando em como nos
ferrar pela manha, não tem trabalho nesta delegacia, pede a conta,
pois é meus impostos que pagam isto.
— Esta muito exaltado.
— Quer que lhe empreste um colete de Kefler para o senhor
e fique a frente de mãos para cima torcendo que não atinjam a ca-
beça? Acha mesmo que é bom tomar tiros delegado.
— Mas falou que...
— Se declarar isto senhor, vamos ter a entrada do exercito
pela porta, sabe que o chamei a parte para não por o exercito nisto,
mas parece querer os colocar, era tão simples deixar os processos a
gaveta e os encerrar por simples ausência dos crimes, mas parece
querer nos complicar ainda Xerife.
— Mas...
— Quer mesmo problema, estou falando alto para que recue
a tempo senhor, pois quando puser os dados no papel, não tem
volta, vai ser um bando de bons policiais afastados, um delegado
chamado pela imprensa de incompetente.
O corregedor entra pela porta e olha o delegado e fala.
— Ele tem razão Xerife, se for por os dados, terá de ter os
corpos, terá de afirmar quem fez as declarações, a conversa de on-
tem era referente a por panos quentes, o que mudou.
O senhor olha a entrada e não tinha apoio, teria de pensar,
ele parecia pensar no que falaria. Me olha e fala.
— Mas vi você ameaçar Hellier.
— Não, viu eu trocar farpas com Hellier, e ameaçar a estrutu-
ra de um fantasma, pois o Zelador é algo que não tem como você
provar que existe para mim.
— E não vai deixar barato?
— Eles atiraram no Doutor e sei que não os prenderia.
285
— E como sabe que foram eles?
Olhei o advogado que fala.
— Eles tem seus direitos Xerife, tem de considerar que os
dois foram os atacados, não os criminosos, nitidamente eles já con-
versaram com o senhor e isto não está na petição, então toda a
afirmação de que eles poderiam esconder a realidade, cai por terra,
toda a afirmação de que eles forjaram suas mortes, se precisa de
muitos dias sem os corpos para decretar a morte.
Na entrada da cidade, um senhor que geneticamente era um
clone do senhor Hellier, era detido por um grupo de autômatos, o
mesmo acontece em outros 50 estados americanos, com o deter
dos representantes de Hellier, eu sabia que estava acontecendo,
mas estar ali, era ter testemunhas que não fiz.
Estávamos em um impasse e era nítido o incomodo em recu-
ar do delegado, foi feito a declaração de nossas versões do aconte-
cimento e saímos pela porta, a imprensa nos barra e apenas sorrio e
passamos, fomos a um carro e saímos no sentido da universidade.
Muitos não acreditavam que estávamos vivos, e o doutor me
olha e fala.
— Sabe a quantidade de furos que tem nesta historia?
— Acha que eles acreditariam na verdade? – Perguntei.
O senhor olha o advogado, sorri e fala.
— Não, eles não acreditariam, mas vai voltar a me auxiliar?
— Sabe que não entendi aquele dia, me convidam e me ex-
cluíram, mas as vezes as coisas caminham doutor.
— Eu não entendi aquele dia, mas sei que tem uma comissão
em Estocolmo perguntando porque da alteração sem aviso, e pode
não saber Sanches, você é que merece aquele Nobel, pior que pelo
pouco que vi, foi tão ao fundo nisto que o verdadeiro premio não
tem como se falar.
— Na verdade estou dando o caminho, para alguém no futuro
assumir seu lugar, mas obvio que Hellier deve estar vendo que nos
protegemos e tentando entender como?
— O que acha que ele não entendeu?
— Eu faço um prospecto que ele poderia funcionar dentro de
um autômato, ele tem um sistema que para levar a fusão, precisa

286
de muita refrigeração, a bomba que ele montou não é a fusão, e sim
o que precisa para gerar a fusão.
— Certo, você parecia estar desenvolvendo isto e eles pare-
cem ter lhe colocado para correr.
O carro para a frente de uma empresa que tinha a fachada
Rosa Inc, o doutor não entendeu, mas o advogado olha para mim e
pergunta.
— Tem noção do que é a proposta?
— Dizem que o menino vem conversar, não sei, mas quando
se quer crescer e não se pode ter meia tecnologia, hora de se colo-
car no caminho, dizem que este menino é confusão.
O advogado sorriu e subimos, o doutor mostrava no rosto o
que eu devo ter mostrado na primeira vez que fui ao local, pois era
lindo aquela queda no centro do prédio, chegamos a sala de Pietro
Martins e ele nos recebe, vejo o menino, pequeno mesmo, a lenda
em si de Pedro Rosa estava a minha frente.
— Bom dia. – O menino em Inglês.
— Bom dia, as vezes perco as palavras.
— Sei que sou pequeno.
— Não é isto, apenas desenvolvemos um protótipo de fusão,
e fomos roubados em parte por outra empresa, e preciso de parce-
ria para fornecer isto a minha nação.
— Acha que consegue estabelecer que montante de ganhos?
– Pedro me olhando.
— Perto de um bilhão de dólares por estado americano que
entrarmos, sei que nem todos teremos entrada, mas se tiver um
sistema que gere um campo de exclusão, posso desenvolver um
sistema que me permitiria vender energia em todos os estados, de
forma barata, segura e que nos permitiria manter o crescimento.
O menino me estica uma proposta e fala.
— Podemos começar com um teste, nos mostrar eficientes e
com isto avançar, sei que poucos me levam a serio senhor Sanches,
mas se mostrar eficiência em dois estados Mexicanos e mais 5 esta-
dos Americanos, crescemos, se não, estudamos onde podemos mu-
dar.
Olho o prospecto, estranho, alguém parecia ter lido minhas
ideias e me propunha mais do que pensei, ele estava pensando em
287
avançar em dois sentidos e com adendos de crescimento se desse
certo, entrando de 5 em 5 estados americanos, avançar para Brasil,
américa central e Canadá, o prospecto me fazia pensar e falo.
— Podemos começar pelos estados indicados, acredito que
conseguimos um sistema seguro.
O menino me estica a mão e a aperta e fala.
— Para mim senhor Sanches, palavra vale mais que papel, se
quer mudar o mundo, sinal que é das pessoas a apoiar.
Saímos dali e Francis me olha.
— Não entendi, está firmando uma parceria de empresa com
um estrangeiro para fornecer energia elétrica?
— Sim, a proposta dele é fornecermos também na nação de-
le, se funcionar bem aqui.
— E tem gente achando que você esta recuando.
Sorri e não respondi.

288
Duas semanas a mais
e estou desembarcando em
Estocolmo, e sou recebido
pelas pessoas ligadas ao
Nobel, e estranho pois fui
muito bem tratado e um
senhor todo aparamentado
me recebe, era uma cerimonia oficial, e me colocaram uma manta
sobre o que vestia, e um senhor de nome Pietri me denomina os
dois Nobel e uma menção honrosa por não ter me atido a discus-
sões politicas.
Vi na entrada Pierre que me cumprimenta.
— Sabe que preciso refazer meu conjunto de membros.
— E precisa de ajuda?
— Não quer fundar sua empresa de energia na França?
Sorri, estranho como as coisas estavam andando, mas sim, eu
tinha interesse em melhorar o mundo, e diminuir o risco dos deje-
tos nucleares e a extinção da queima de carvão para produção de
energia, fazia sentido para mim.
— Acha que se isso lhe facilitar eu não tenho nada contra.
— Tenho um membro novo, que apoiaria a entrada da sua
empresa, em uma campanha de renovação e crescimento sustentá-
vel, sei que a politica é sempre complicada.
Sorri, pois sabia que o crescimento passava por isto, as vezes
um planeta crescendo com novos nomes, com gente indo ao espa-
ço, com gente repensando o viver na Terra, parecia um caminho.
Estava a sair pela porta da sede em Estocolmo, quando um
agito se fez a minha frente e olho para fora e Pietro olha em volta e
coloca a mão ao ouvido e fala.
— Espera um pouco.
Olho em volta e vi aquele senhor ao longe e falei.
— Apenas tenta acalmar, se for para me tirar daqui no futuro,
me tira antes da porta.
— Certo, mas quem é o senhor.

289
— Nossa concorrência, mas calma, ele não sabe quem é você,
aproveita e fica as costas.
Eu toco o comando ao bolso, e um rapaz vem a minha frente
e me entrega um colete, os senhores para dentro viram que um
carro parou a frente e começo a sair, do outro lado da rua vi que
tinha gente mirando em mim.
Estranho pois uma hora estavam lá e na outra não, eu chego
a frente do senhor e falo.
— Continua no caminho errado Hellier.
— Você sumiu com mais de 100 pessoas.
— Mais de 3 mil, pois você insistiu em repor.
— Não vai negar.
— Enquanto não voltar a ser quem era, não.
— Por quê?
— Eu interfiro referente a linhas que não viverei, mas que
manterei seguras, você vive sua linha, mas se a frente deter você as
vezes, faz parte do objetivo de termos mais dois mil anos de paz,
então não me negarei ao esforço, o farei.
— Sabe que defendo a hegemonia.
— Então entenda, estou defendendo a vida dos hegemônicos,
não adianta ser hegemônicos e 30% dos americanos perderem seus
herdeiros em uma guerra estupida em 30 anos.
— Guerra estupida?
— Não vou entregar o que tem de fazer, mas ser o Zelador, e
está ensinando alguém para estar ali daqui a 30 anos, é Zelar a con-
tinuidade também, não só a hegemonia, e continuidade requer
respeito.
— Uma criança querendo me ensinar.
— Diz um senhor lá em Utah que quando a pessoa estabelece
na idade a inteligência, ignora o quão a idiotice leva ao futuro. –
Não resisti e acabei usando uma frase do senhor a frente.
— Se dizendo um idiota?
— Sim, sou e não nego, sei que quer o reconhecimento pelo
descobrir da fusão, a vontade, eu não a quero restrita, explica como
fez e as portas as minhas costas se abrirão aos méritos, mas eu não
o fiz por mérito, o alcançar é consequência, não objetivo.

290
— Sei que você fez algumas coisas incríveis, mas não vou re-
negar minha raiz novamente.
— Sem problema, mas não esquece, quem estará apagando
os seus bisnetos da historia, é você, não eu, foi um alerta, mas pare-
ce ainda tentar achar pelo em ovo, paciência.
O senhor parecia esperar que alguém atirasse em mim, mas
como não aconteceu, eu abri espaço e avancei até o carro, sorri sem
graça, alguém queria a guerra.
Sai e fui ao aeroporto e dali a França ao lado, Paris.

291
Fazia já um ano da
data que entreguei a casa e
olhei em volta quando vejo
aquela senhora entrando
pela porta do vinhedo, ago-
ra bem cuidado, com os
frutos pequenos, a toda
volta no caminho, aquela senhora a entrada com aquele grupo de
militares me fez olhar os protótipos ao fundo, o fazer eles se reco-
lherem, as pessoas ao campo começam a entrar e com a calma de
quem estava de camiseta, chinelo, meias e uma bermuda, saio a
porta e olho aquela senhora.
— Perdida aqui General Berger!
Ela me olha, talvez esperasse alguém mais oculto, e fala.
— Tem interferência por sua prisão em Washington.
— Se a liberdade deixa de ser o símbolo desta nação, acho
que podemos desistir de nossa bandeira e historia.
— Se nos acompanhar por bem.
— Posso por uma roupa pelo menos, estava apenas assistindo
o inicio do dia.
— Se não tentar fugir.
— Se fosse para fugir, não estaria mais aqui senhora.
— Não entendo sua calma.
— Eu já fui abalroado na entrada desta casa, e nada mudou.
Eu entro e pego uma calça, uma blusa, começo a por o sapato
e olho os militares a entrarem pela porta e um me apontar a arma.
— Sempre digo que o covarde, se identifica nesta hora. - En-
carando o militar que me apontava a arma.
A general entra e termino de por o sapato e levanto as mãos
e falo.
— Se querem me deter, bom saber que mais uma vez rasgam
a constituição.
O rapaz me revistou e olho para o caminho a frente e os rapa-
zes foram falando “Vazio” as costas, e a senhora me olha e fala.
— Onde foram?
292
— Quem?
— Os funcionários?
Não respondi, apenas caminho pela estrada de entrada, me
fazem entrar em um veiculo e saímos no sentido de San Diego.
Me colocam a uma sala e um senhor me olha.
— Este é o alvo?
— Não, este é o senhor C. R. Sanches General, pediu para o
trazer o trouxemos, ele não é alvo. – A general as costas.
— O defendendo?
— Ele fornece energia a esta base, é empresário, americano,
tem 3 Nobel, e não estava fazendo nada ilegal. – A senhora.
O general me olha e pergunta.
— O que fez que uma hora o Zelador o quer vivo, outra hora
morto.
— Ele não me quer morto senhor, ele não me quer parado, já
me quis morto, mas ele mesmo se tocou que seria uma burrada, e
não tentou de novo.
— Alguns afirmam que ele quer sua morte.
— John Hellier quer minha morte, não o Zelador.
— E porque o Zelador não o iria querer morto? Se Hellier o
quer, não sei se tem noções a este respeito. – O senhor que eu não
sabia o nome.
— Zelador é uma função senhor, podemos mudar o Zelador,
mas quem me odeia, tem nome, registro e endereço, o Zelador é
um conjunto de 342 pessoas espalhadas ao planeta, com mais 7 mil
outros auxiliares, se o Zelador me quer morto, estou morto.
A general me olha, ela não falou nada, mas o senhor pergun-
ta.
— O que alguém como você, que não tem formação comple-
ta, tem de envolvimento com Pedro Rosa.
— Uma criança que tinha o dinheiro que eu não tinha, para
montar a empresa que tenho hoje.
— Um financiador?
— Sim, uma criança que dizem ter os Diamantes mais caros
do mundo, nunca os vi.
— E não nega isto?

293
— Senhor, tenho uma empresa, em parceria com aquela cri-
ança, fornecemos energia elétrica a 47 milhões de residências nesta
nação, este é o meu envolvimento com Pedro Rosa que lhe diz res-
peito.
— E não nega isto?
— Não, eu propus sociedade a quem tinha dinheiro, e montei
uma empresa que no mundo, tem vinte e duas parcerias, que forne-
ce energia elétrica a mais de 450 milhões de pontos, acabei cres-
cendo mais externamente que internamente, por parcerias, não por
escolha, mas não entendo o que eu fiz que estou aqui?
— Quebrou um contrato de sigilo do Exercito Nacional.
— Quer ser engraçado?
— Não é engraçado.
— Certo, em que quebrei o sigilo com o exercito desta nação,
já que neste instante, tenho contrato de sigilo com 25 bases do seu
exercito, entre marinha, aeronáutica e exercito, qual deles eu que-
brei, e tem certeza, pois com o senhor, eu não posso nem citar as-
suntos de sigilo.
O senhor olha a general Berger e pergunta.
— Do que ele está falando?
— O referente a esta base, desculpa senhor, não podemos
abrir, os demais, nem ideia.
O general a olha, ele pedira aquela base uma detenção, eles o
fizeram sem contestar, eu pensava poder ser uma encenação, mas
ai é paranoia mesmo, mas começava a acreditar que eu modelara
meu caminho, e isto, estabelecia que se tivesse algo contra mim, eu
mesmo teria interferido, mudando meu caminho.
As vezes acho loucura pensar em algo assim.
Eu tinha de manter a calma, mas estava em um dia calmo, e
não teria como acelerar mais do que faço, quando em trabalho,
muitas horas o fazendo, quando em descanso, descansando de ver-
dade.
— Querem que lhe transfira para Washington, tem gente que
não concorda com esta visão.
Sorri e olhei a General e falei.
— Mandaram alguém que nem sabe nada, pelo menos isto,
mas se não chegar a Washington senhora, se cuida.
294
O senhor olha atravessado e olha a General.
— Acho que não entendeu nada.
— Se não entendi, chegamos a Washington, se entendi, mor-
ro no caminho, e infelizmente, quem me conduz morre junto, mas
com certeza, alguém vai perder milhões, eu tiraria meu dinheiro das
empresas Hellier se eu morrer.
Fui conduzido a base ao fundo, vi o banheiro, e um rapaz a
porta e perguntei se poderia ir ao banheiro.
O senhor olha para mim e fala.
— Acha engraçado se enrolar?
— Apenas não quero me mijar no caminho, pega mal entre-
gar um detido todo mijado general.
O senhor olha para os dois rapazes e fala.
— Acompanhem ele ao banheiro.
Os rapazes me conduzem ao banheiro, eu fui ao vazo e na-
quele momento, senti o meio, alguém havia aberto uma saída, eu
toco a parede e a atravesso, vejo um autômato atravessar no senti-
do oposto.
Estava ao longe olhando quando vejo o helicóptero subir e
um míssil terra ar o derrubar, o explodir e todos olharem assustados
para aquele acidente.
Eu saio dali e ligo para Homer e falo para vender todas as
ações que eu tinha das empresas Hellier.
O rapaz não comentou, mas imaginei ele pensando em como
eu estava vivo, e volto para casa, e não tinha ninguém lá, aciono os
autômatos e eles começam a cuidar do sitio novamente.
Eu sento a sala e olho as ações e olho dos autômatos ao fun-
do e falo.
— Detona a entrada por Sandy, a pela casa do senhor Hellier
e detona apenas uma divisão de estrutura do elevador espacial, que
ele continue subindo até não aguentar e estourar.
Os grupos saem e olho o campo a frente e olho o meu telefo-
ne tocar, olho quem liga e não atendi, em teoria estaria no helicóp-
tero, mas passo uma mensagem para Dallan dizendo que era para
manter a versão da imprensa, era hora de mudar.
Vi Pierre entrar pela porta e falar.
— Nos assustou.
295
— Tenta se manter longe nos próximos 3 dias Pierre.
— Vai revidar?
— Sim, cansei de dar chance a este senhor mudar de ideia, e
não posso ver o desandar a frente.
— Se cuida.
Eu peguei a mascara de autômato e coloquei, era incomoda,
coloquei os óculos escuros, peguei o carro e fui a estrada, estava
cansado, mas dirigi até o deserto de Sal, olho os autômatos e os
grupos ao longe, me postei duro e entrei, e olho o sistema de in-
formação e o que dizia no sistema do Zelador, quase 6 meses para o
menino me dar acesso ao sistema do senhor.
Vi o tamanho da base, sistemas de clonagem, laboratório com
pessoas sumidas, poderia o condenar fácil, mas ele estava apren-
dendo com aquilo e estava lá desde a década de 80, muito tempo,
as leis mudaram, o que se considerava certo ou errado, também.
Muita gente querendo contato e meu celular ficara na casa
em Santa Ana, e fico a pensar nos caminhos que deveria tomar.
O desligar da energia por sistema do laboratório, vi os siste-
mas de emergência ligarem e começarem a descarregar, vi o siste-
ma de contenção do hidrogênio fundido começar falhar e começar a
esquentar em 12 usinas de energia e elas começam a parar, uma a
uma, o dinheiro das ações já estavam na conta quando as mesmas
começam desabar em preço.
Uma interferência em uma programação, fez um modelo de
teste de um autômato que dava segurança a um senador, o matar.
Um grupo de pessoas estava tentando retomar o sistema elé-
trico e 3 estados entre eles Utah inteiro, desaba.
Eu estava revidando o sistema do Zelador e o mesmo chega a
sua sala e olha tudo desligado e olha em volta e fala, eu o via pela
câmera e um com o mesmo rosto o olha a entrada.
— Ele alertou que se o matasse teria revide John.
Hellier olha para a entrada e vê Mary forçar a porta e entrar,
estavam travando tudo.
— O sistema interno de emergência está descarregando, te-
nho de descobrir onde.
— Porque Hellier. – Mary.
— Ele quer deter meu neto.
296
— Sinal que seu neto quer fazer algo no futuro que ele não
concorda, e se para isto tem de lhe deter, ele o fará.
— Já retomo o comando.
O telefone de Hellier toca e um rapaz fala.
— 12 sistemas de contenção do hidrogênio falharam, temos
12 estourados e mais 22 em estado critico senhor, o que faço.
Eu olhava ele tentando entender, ele para e pergunta para
Mary.
— Aquele Pierre Martins está onde?
— Dando aula no Texas.
— Como algo que foi morto pode me parar, o que ele estava
fazendo que não entendo?
— Nitidamente ele apenas o observava, ele alertou que man-
teria o senhor no caminho, mas é nítido senhor, nem o exercito tem
como dizer que ele estava naquele helicóptero.
— Ele não é dado como morto?
— Não, os que pressionou a mandar alguém lá o mandar ao
Pentágono estão se perguntando dos demais mortos.
Hellier olha os protótipos parando, os sistemas caindo e olho
para a entrada e Pierre fala.
— Quer que faça o que?
— Ele ainda não quer mudar Pierre.
— Mas qual a saída.
— Propor a ele, o salvar, me tirar do banheiro como eu mes-
mo o fiz, para sair de lá.
Pierre sai e fico a olhar o senhor, fazia uma hora de caos e ve-
jo o senhor atender o telefone.
— Boa tarde, o senhor John Hellier.
— Quem gostaria?
— Alguém que não existe, pois eu fui deixado no ano de 1100
em uma operação senhor Hellier.
— Pierre Martins?
— Se não tivesse um inerte com o mesmo nome, sim, seria
eu.
— E porque me liga?

297
— As empresas em nome de Sanches, vão parar a Califórnia,
e não me adianta tirar ele do helicóptero, se continuar tentando o
matar, dou outro jeito se for o caso.
— E como o tiraria, não entendi o que está acontecendo?
— Nem eu entendi, toda a linha de acontecimentos, mas o
estrago ainda é no tempo próximo, logo vai se espalhar o estrago,
mas teria de ver as câmeras da base, não tenho acesso, para ver
qual o melhor momento para substituir por um S36.
— Tem um destes para isto, estranho estes seres?
— Temos de aproveitar enquanto eles não somem senhor,
pois isto é uma invenção sua, se elas começarem a sumir, não terei
como ajudar.
— E porque não desapareceram ainda?
— Sinal que existe como se chegar ao mesmo ponto, mas po-
de ser apenas reflexo de que refizemos o evento.
— Vou pensar se vale o esforço.
— Sem problemas, vou verificar outra forma de fazer.
Olho para a porta e vejo os autômatos voltando e um fala.
— Vamos fazer o que senhor Sanches?
— Ainda não sei, temos de nos fazer de inertes e em deca-
dência, aguardando ainda.
Olho os prospectos da base de Sandy e olho para os projetos,
fui os puxando e olho aquele prospecto ao canto e passo os dados
para Dallan, se ele estaria vendo não sabia.
Eu esperava uma ideia, e o senhor preferia ver desandar e
não estava fazendo nada.
Estava a olhar quando vi aquele menino entrar no comando e
falar com o vô.
— Esta tudo desandando vô, faz alguma coisa.
— As vezes é o custo que temos neto.
— Custos?
— Lembra do que falou daquele senhor Sanches?
— Sim, um inútil, que se faz de inteligente, não tem berço,
nem Deus no coração, que acha que vamos fazer algo com ele, não
precisamos dele vô.
— Ele morreu hoje cedo, e tudo começou a desandar.

298
— Mas ele não era nada, o sistema diz que ele não faria falta,
um entre tantos bilhões de mortes que não faz diferença.
— Sei que me convenceu a partir do sistema disto neto, mas
se o fosse, não estaria desandando.
— Algo haver com aquele assunto de passado?
— Sim, alguém que achava não estar entre nós me liga e per-
gunta se teríamos como evitar o desandar de tudo, não respondi
ainda, mas não entendi, como tudo isto desanda tão rápido.
— O segredo vô, tudo a volta depende de energia, e parece
que quando se chega ao prospecto que nos deixaria independente
ele falha, quem é o idiota que não nos avisou do risco.
— Ele morreu hoje pela manha, e ele avisou, discutimos isto.
— Não temos de ter consideração, isto nos faz moles.
Hellier olha o neto, não funcionaria, isto que Sanches falou,
ele não ouviu, mas a cara de cobrança do menino fez Hellier olhar
para Mary.
— Quando chega o combustível?
— Duas horas, até ligar os sistemas anteriores, vai mais de 6
horas, mas recuperamos.
— Sei que não concordava com a morte.
— Sabe que pessoas que pensam, são poucas hoje em dia,
quando por birra, se elimina alguém que desculpa Hellier, que me
tirou de um loop, apenas por não querer ele, pois vi você gostar da
ideia, conversa com o neto e muda de ideia, mas controlar através
do tempo é mais eficiente que por erros, e se desandou, algo ele fez
que sem ele não se mantem, então ou ele volta e concerta ou de-
sanda, sabe a regra.
— Mas é um descendente de Mexicano, um qualquer. – O
menino olhando Mary.
Eu olho a discussão e olho para os eventos e cancelo o deto-
nar de duas estruturas e religo o gerador, teria de ser diferente, mas
se eles me viam como alguém que deveria ser morto apenas pelo
meu sobrenome.
O senhor não entendeu, mas vi ele olhar tudo voltar e olha
para Mary e pergunta.
— Me confirma se ele morreu.
— Acha que tiraram ele de lá?
299
— Foi o que Pierre me ligou propondo, não dei bola, ele deve
ter ligado para mais alguém.
Os prospectos dele começam a funcionar e saio da câmera,
não era bom ouvir aquilo, e não me dariam valor, pois discriminação
por origem não tem como se mudar.
Ligo para Homer e falo.
— Estou lhe passando por e-mail as ações que deve comprar
com o que entrou de recursos hoje.
— Acha que as ações de Hellier vão cair?
— São ações fortes, tiveram problema, mas é hora de vender
e dentro de 15 dias comprar de novo.
— Pelo jeito teve informação privilegiada hoje, muitos me
perguntavam porque estava vendendo no começo do dia, todos
estavam no desespero de vender agora a pouco.
— Quando você deixa uma criança de 14 anos brincar de en-
genheiro e Hellier está longe para o parar, gera estas coisas.
— Dizem que o menino é um gênio.
— Dizem que ele desligou uma serie de proteções eletromag-
néticas dos sistemas deles hoje, pois disse que não precisava daqui-
lo, e economizaria dinheiro.
Homer sorriu e se despediu, eu entro na rede para ver as no-
ticias, era bem mais rápido do que a TV, e me inteirava dos proble-
mas, mas parte de Utah não tinha noticia, pois estava sem luz, o
narrar da falta de luz era externa aos pontos que faltavam luz, fora
os sistemas internos mantidos a pouca energia, sorri de estar enfia-
do naquilo.
As vezes para quem achava que morreria lá atrás, me fazia as
vezes não temer a morte, tento manter o raciocínio, talvez eu esti-
vesse me negando desde o começo, era discriminação, e as vezes
não nos vemos como os demais.
Olho os autômatos, eu nunca me dei bem com pessoas, talvez
fosse alguém que se morresse, ninguém daria falta, um dia tive pais,
irmão, meus pais já são mortos, meu irmão, morreu no Iraque, en-
tão o ultimo de uma família, e olhando em volta, não me sentia bem
com aquilo.
Estava olhando as noticias e vem de uma fonte não declarada
que o neto de Hellier haveria feito algo e que isto custou ao senhor
300
Hellier 12 geradores de fusão, que explodiram, e que aos poucos
estava voltando a luz em 12 estados.
Eu olho para o telefone, queria olhar mais, mas não me faria
feliz, deito na cama ao fundo e fico olhando o teto, pensando, as
vezes os pensamentos se atropelavam, e estava me sentido discri-
minado, e sabia, teria de passar sobre meus sentimentos.

301
Três dias e olho para
os dados, estava em casa,
acho que muitos achavam
que tinha morrido, eu sem-
pre gostei da costa Oeste, e
começava a pensar em mu-
dar para o Leste, sinal que
não estava conseguindo me reinventar, odiava a ideia de gente que
se acha o correto, e não o é.
Estava olhando os dados, quando Pedro Rosa me liga e ouço
o menino falar.
— Como está senhor Sanches?
— Bem, tentando não pensar que poderia ter morrido.
— E acha que conseguimos produzir para cobrir o mercado de
gente que quer algo diferenciado?
— Queria todos ganhando, mas tem teimoso que discrimina
eu e você, por não ter origem Inglesa.
— Pelo jeito ouviu mais do que queria?
— Sim, estranho gente que acha ser melhor apenas pela ori-
gem, parece infantilidade.
— Não sei como é isto, eu sou uma criança, mas acalma, gen-
te que não aprendeu o básico, tem de monte, eu por exemplo.
— E vamos avançar em que sentido?
— Quer com os recursos que tem, ser meu parceiro na San-
ches Autômatos.
— Olha que não sabia por onde entraria neste ramo.
— E sabia que iria entrar?
Sorri, pois sabia e não teria como explicar.
— Segredos de um maluco odiado e jurado de morte pelo Ze-
lador, acho que nem eu pensei em ser tão conhecido.
Ouvi a rizada e o comentário.
— Sabe que nem sempre a fama é ruim, mas tenta paz, eu
sempre tento, mesmo com este idiota, que faz testes animais, com
humanos perdidos nas estradas, com o próprio genoma, e se acha o
salvador da pátria, tem muita gente que odeia ele.
302
— Acha que ele desenvolve o sistema de fusão para aquele
autômato de guerra?
— Não sei, apenas tenta manter a calma, pois nem todos gos-
tam de nós, mesmo que provemos ser uteis, sempre tem os idiotas
que se propõem a nos matar.
— Acha que ele aceita uma trégua?
— Pelo que entendi, ele vai culpar o neto do problema, o que
é uma boa, já que evita muito problema para ele.
— Às vezes acabamos batendo forte demais.
— Tenta voltar a ser você, as vezes eu me perco e apenas vol-
to a ser o menino que vai a aula para não pensar nas merdas que fiz.
Sorri, eu deveria estar mesmo mal, pois eu estava ouvindo
um conselho de um menino de 14 anos a achando fazer sentido.
Olho os autômatos em volta e agradeço e desligo.
Quando se olha um prospecto, e não se entende, normal-
mente se pergunta ou se coopta a pessoa ao seu projeto, vi muitas
vezes Francis fazer isto, mas agora parecia que eu teria de fazer, e
eu era o rapaz dos pedidos ríspidos e das metas, não da boa vizi-
nhança.
Eu estava pensando e entro no sistema do elevador espacial e
dou o alarme de erro estrutural, era só olharem, pois ainda não
estava no critico, mas como iriam concertar, nem ideia.
As vezes eu tenho medo de minhas ideias, mas olho o projeto
do autômato e vejo que o menino me passa o prospecto para o
mesmo, um projeto para guerra inicialmente, bem mais reforçado, e
com sistema de energia que funcionava a refração de luz, transfor-
mar a refração em energia, através de pele e material ao qual era
feito, novamente iria me bater na química.
O comprar de terremos para barracões em Los Angeles, o pe-
dir das obras, o tentar pensar em algo que não fosse apenas a idio-
tice que tinha ouvido.
As vezes temos de ter o caminho de tudo isto, e nem sempre
é fácil, mas era um ponto a mais, estava querendo começar a pen-
sar em futuro e estava com medo de levar um tiro pelas costas.
Os dados que tínhamos ali no Deserto de Sal estabeleciam
uma linha de interferência perigosa, entendo onde alguns gostariam
de nos parar, mas olhando por cima, aquelas casinhas simples, 8
303
delas, no deserto de sal a toda volta, teria de acreditar muito pia-
mente em teorias da conspiração para acreditar na verdade.
Como estava naquela base que observava os 8 pontos, vi Pi-
erre sair de um deles e caminhar até mim.
— Não sei o que fez, mas está uma correria na base do eleva-
dor espacial, e Hellier quer pressionar todos os militares americanos
para me por na lista de terrorista.
— Coitado da sua outra versão, inerte e parada. – Falei.
— Não teve graça.
— Não é engraçado, sinal que temos de sumir novamente.
— Alguém entregou que você está vivo.
Pensei, muitos poderiam ter feito isto, poderia ser uma ara-
puca e olho ele e começo a carregar todos os laboratórios ao campo
a frente, e coloco em 8 endereços fixos, no passado, e Pierre me
olha intrigado, e vê os 8 buracos surgirem ao chão.
Eu começo a recuar e Pierre entendeu, alguém iria nos atacar,
pelo menos eu achava que sim, como não estava me comunicando,
teriam de forçar o discurso para que indicassem onde eu estava.
Olho para os autômatos e eles entram no laboratório ao fun-
do, e vejo os aviões vindo sobre as montanhas as costas, vinham de
Nevada, olho a formação e a energia do levar de algo ao passado,
cobre os buracos com terra, nos oito pontos, ainda olhava, sabia
que a proteção sobre a cabeça era grande, mas o que mais me indi-
cava ali, era uma proteção de exclusão, e espero olhando o campo.
Via o medo nos olhos de Pierre, vi ele olhar em volta e o
campo a frente começar a receber bomba, uma serie que abriu um
corredor buracos em meio ao deserto.
Olho a poeira correr a volta do campo de proteção e olho o
céu, obvio que ficou visível que ali tinha algo, mas ligo a energia e
sumimos dali, com tudo, deixando um buraco ao piso, e aquela es-
trutura surge em Mendocino, ao norte de San Francisco e Pierre
olha em volta e fala.
— Estamos onde?
— Entre duas montanhas, Mendocino, ainda Califórnia.
— E qual a ideia?
— Sumimos entre o primeiro bombardeiro e o segundo, e não
vou explicar ao senhor Hellier mais nada.
304
— Pelo jeito queria ele pedindo lhe tirarem de lá.
— Ele tem certeza que você o fez, mas ele ainda não sabe o
que quer, então deixa ele sofrer por inercia.
— E acha que consigo escapar dele.
— Fixa uma data de volta sempre naquele espaço de 3 meses
ali no deserto.
— Certo, um espaço de tempo para estar, e que nem está
mais lá.
— Acho que o problema é saber o que fazer, eu não sei ainda
o que vou fazer, mas vou tentar isolar os locais padrão, mas ainda
preciso de 3 dias para ver se o senhor Hellier tem dó de dinheiro.
— Acha que ele toma jeito?
— Saberei em 15 dias, mas este é o novo ponto de disparo,
mas recomendo usar aquele espaço lá, naquele intervalo de tempo,
para lançar ao passado ou futuro.
— Entendi a ideia, sei que tenta não perguntar sobre as coi-
sas, sei que se abstém, apenas quando acha que pode pedir, acho
que você consegue ser um controlador do tempo melhor que eu,
pois requer não olhar, requer não julgar, sei que muitos pensam de
você o que deixa pensarem, mas de forma alguma é apenas um
quase economista.
Sorri, vi o dia avançar e passei para casa, já esperando a
bomba.
Chego a casa com ela cercada, conhecia aquele modelo do
exercito, autômatos de guerra, e apenas penso que talvez não te-
nha tido tempo de reagir, e uma hora aconteceria.
Mas eu olho a casa cercada e saio para fora, suicida, sorri da
minha ideia boba, e olho aquelas maquinas aparentando moças,
mas armadas e apontando as armas para mim.
Olho em volta, talvez fosse meu ultimo dia, e não estava pre-
ocupado, estava na historia, estava na felicidade de estar ali, para
quem achou que morreria numa cama a alguns anos, estava na so-
bra e talvez pronto para encarar o fim.
Apenas maquinas me apontando, se duvidar ele nem estava
por perto, não sabia o que aconteceria, estava de colete, mas aque-
las luzes nos meus olhos estabelecia que atirariam na minha cabeça.

305
Ouço o primeiro tiro, sinto o peito, aquele soco, desvio a ca-
beça e sinto o tiro raspar minha orelha, um segundo no peito, ainda
no colete, mas doía, pois eu não era um atleta, era apenas um me-
tido a cientista.
De uma hora para outra, ouço a serie de explosões, não en-
tendi, mas os tiros silenciaram, não sabia quem vinha pôs isto, mas
a dor me fez me encolher, eu apenas ouvi a explosão e a casa ao
fundo sumiu as costas, eu senti o calor e não apaguei, não sei,
quando os pensamentos somem.

306
Há três meses, olho
para fora, não sei exata-
mente como aquele autô-
mato ao fundo me tirou de
lá, mas sei que fui tirado, sei
que me conseguiram uma
identidade desta nação que
fala esta língua que não entendo, tento, mas olho aquele menino ao
fundo, não estou no mesmo terreno, mas ele construiu a frente
uma serie de casas, e olhando em volta, um lugar calmo, longe e
perto, e todos falam que não morri, mas sei que muitos acreditam
que morri, antes muitos achavam que estava vivo, e os que me
acham mortos achavam que estava vivo, uma inversão que me fazia
olhar em volta, e não entender muito o que eles falam.
Olho a irmã dele me olhar e falar.
— Melhorou? – Renata.
— Sim, estranho estar onde nem sei onde fica.
— Como meu irmão fala, nossa terra levamos com nós, inde-
pendente de onde estamos.
— E pelo jeito ele corre?
— Meu irmão tomou o mundo e eles nem viram.
Chego a sala e os comandos do “Manual do Tempo” estavam
a toda, as empresas CRS estavam a tomar o mundo, as pessoas se
perguntando onde eu tinha me escondido, as pessoas falando que
havia morrido, o adiar do projeto de elevador espacial, o vender de
tecnologia pela Rosas Inc. para Hellier, para ele conseguir controlar
o calor, onde nem precisava o ter.
Estranho, hoje falo de um dinheiro que nunca gastei, e sei
que o menino me tirou do local, estranho pois hoje controlamos
mais os eventos que o Zelador, sabemos que parte da fama dele,
nós a fizemos, e a própria sobrevivência dele as vezes, fomos nós,
mas ele não precisa saber.
Olho Pierre entrar pela porta e me olhar.
— Quando voltamos?
— As vezes queria saber o que aconteceu de verdade.
307
— Quando se fala em dinheiro, as vezes as pessoas se ven-
dem, não existe romantismo no processo industrial americano.
Olho para fora, e falo olhando para Pedro.
— Qual a situação na California?
— Pode ter certeza que vai estranhar os lugares.
— Ainda não entendi onde estamos?
— Num planeta a 700 anos luz da Terra, mas muita coisa mu-
dou de lá para cá, e tivemos muitas mortes, e todos que atrapalha-
vam, sumiram nos últimos 3 meses.
— Não entendi.
— Melhor não entender, iria me considerar um inimigo.
Olho Pierre que fala.
— Tudo parado, eu não tenho como ser o “Senhor Tempo”
nesta distancia.
Meu olhar foi a Pedro que fala.
— Acalma, a terra está sendo reconstruída, tenta descansar, o
planeta esta tomado por uma empresa, que você tem parte, e eles
não sabem, pois ninguém fala do sistema de fusão do prospecto de
autômatos da RS Inc.
Olho aquele menino, dizem que o planeta passou por uma
explosão solar nos últimos meses, o menino a minha frente nos
tirou de lá, e muitos devem estar precisando de ajuda, mas eu estou
prestes a voltar a um mundo diferente, e não sei o que achar, eu sai
de lá em uma emboscada de autômatos, e não sei o que pensar.

A historia continua...

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